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Pedro Barateiro, “Boca de Cena”, 2010 “O Dia Pela Noite” é o nome do conjunto de 10 intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que durante 10 meses transformam o Lux. É desta maneira que queremos marcar o começo de uma nova década. A trocar “O Dia pela Noite”. 10 Artistas Plásticos / 10 Intervenções / 10 Meses / 01 Nova Década Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto, Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos, João Pedro Vale e Francisco Vidal odiapelanoite.luxfragil.com A obra que escolhemos para este flyer é “Boca de Cena”, uma escultura que está instalada no terraço, de Pedro Barateiro (n.1979, Almada). É lá que já nos habituámos a sentar, a rir, a dançar, a tirar fotografias, e é mesmo esse o intuito da obra em questão - a peça é apenas accionada quando o espectador decide vivê-la. O artista propõe uma série de acções, aqui ficam algumas para se quiserem acrescentarem à vossa lista: beijar, encenar peças de teatro amador, dormir, conversar com alguém que não conhecemos, pensar, fazer yoga, ficar à espera do nascer do sol, olhar para os outros e para nós próprios como actores e espectadores... ou então, inventem as vossas! SP “Boca de Cena”, 2010 Estrutura metálica, Viroc (aglomerado de madeira e cimento) 270 x 400 x 550 cm Foto: Luísa Ferreira em parceria com a Cortesia do artista e Galeria Pedro Cera pedro-barateiro.blogspot.com Não somos peças soltas nem somos para ser sozinhos. Já reparam no espaço que vai da ponta do queixo até à base do nariz, aquela parte da nossa cara com a boca mesmo ao meio? E já repararam como cabe na perfeição no pescoço de outra pessoa, aquela parte do nossa anatomia que liga a cabeça ao corpo? Durante um abraço, nunca pensaram em como um sistema de encaixe tão simples vos pode fazer sentir que pertencem, só por causa de dois braços abertos e depois fechados à nossa volta. E duas mãos dadas, já viram o que consolidam? O ritmo é o som que fazemos ao mexermos o corpo que temos. E quando damos o corpo que temos e nos deixamos encaixar, pertencemos e fazemos música, harmoniosa música. Somos peças que encaixam e têm um sítio reservado, perfeito. Não somos feitos para estar sozinhos porque há infinitas mil maneiras de estarmos acompanhados. Por isso, há que dançar para encontrar o nosso lugar, para haver quem harmonize por cima do nosso ritmo. Para ficarmos juntos e a gosto, Julho e Agosto, é um bom mês para começar outra vez. Quinta 01 Bar Disco Moullinex Quinta 01 Quinta 15 Ao mito está associado o rito e o segundo é o modo que acciona o primeiro na vida dos Homens. SebastiAn explica uma realidade, se na origem foi concebido pela parisiense Ed Banger agora pertence à cosmogonia musical. Ainda enigmático e obscuro atrás da permanente cortina de fumo exalado e indumentária preta enquanto actua, diz-se que trabalha em novo álbum, cujos 13 minutos do épico experimental/noise “Threnody” é prova? Nunca há certeza porque o mito é o nada que é tudo. Resta aguardar o ritual. MJC Midnight Juggernauts Quinta 01 Bastam os primeiros acordes cósmicos de “Into The Galaxy” para que o público fique histérico. Foi assim que o mundo os conheceu e é esta a sua imagem de marca. Primos direitos dos Cut Copy ou dos Presets fazem parte de uma fornada de grupos australianos onde as guitarras são tão importantes como a electrónica. Foram uma das melhores bandas que passaram pelo festival Alive em 2008 e agora chegam ao Lux com um disco novo nas mãos: “The Crystal Axis”. Em palco não são mais do que três músicos, os suficientes para transformarem cada concerto num momento épico. HM M.A.N.D.Y. Quinta 01 Não sabemos porque é que Patrick Bodmer e Phillip Jung decidiram apresentar-se como M.A.N.D.Y.. Aparentemente é uma private joke que ficará só para eles. Em compensação sabemos que M.A.N.D.Y. é sinónimo de boa música de dança. House com o feeling certo para a pista, típico da sua editora, a Get Physical. Se o nome da editora nos lembra que dançar é uma libertação do corpo, as suas edições mostram que se pode fazer house com cabeça, no ponto certo e com bom gosto. Os M.A.N.D.Y. são homeopáticos em termos de produção própria e remisturadores certeiros. Tão depressa recuperam para a pista Roxy Music e Rocker’s Hi Fi, como dão nova cara a produções de Tiefschwarz, Lindstrom e Mathew Dear. Autores de óptimas compilações misturadas, editaram com os Booka Shade faixas tão importantes como “Body Language” e a remistura de “Oh Superman”, de Laurie Anderson. Como dupla de DJs os M.A.N.D.Y. souberam tornar-se tão respeitados e requisitados quanto difíceis de juntar, sobretudo agora que Phillip trocou Berlim por Nova Iorque. Numa entrevista recente Phillip referiu que este ano apenas tocariam juntos nos festivais mais importantes e nos seus clubes favoritos. O Lux faz parte da lista, Julho não podia ter melhor começo. PR James Murphy Sexta 09 É o exemplo acabado do músico dos nossos dias. Alguém não particularmente dotado tecnicamente, mas capaz de superar insuficiências utilizando o conhecimento acumulado a consumir música durante anos. Capaz de transformar sensações interiores a partir dessa aprendizagem, utilizando possibilidades tecnológicas e acreditando na ética punk de que a exposição sem simulacros acabará por originar ideias personalizadas. A forma voluntariosa como se expõe e a criação de um som onde o rock descobre as possibilidades expressivas da música de dança, fazem dele uma das personalidades mais importantes da música popular da última década. VB Jesse Rose Sexta 23 Em inúmeras parcerias com produtores e bandas como os Hot Chip e como um dos responsáveis pela criação e disseminação do Fidget House em meados da década dos 00, Jesse Rose continua a senda hedonista apelando a Less Sleep nos seus últimos dois lançamentos. Agora menos ébrio e mais Chicago da velha escola, mantém na mesma a imprevisibilidade em “You Know It” – uma versão de “What’s Going On” de Marvin Gaye. Na Made To Play tem a sua editora e play to win como atitude, imprescindível para vencer em qualquer jogo. MJC Moullinex tem corrido o mundo. Bastou um lançamento (“Breakchops”) e algumas remixes (Two Door Cinema Club, Sebastien Tellier, Cut Copy, Telonius) para o reconhecimento. Vive em Munique onde se integrou na cena que se expande em volta da Gomma acabando esta por ser a sua editora. “Superman” inicia uma série de EPs e álbuns. Nesta noite a estreia é absoluta – Moullinex vai tocar o seu novo disco em formato banda. DT DJ Harvey é um mito. É inglês, vive há anos exilado entre a Califórnia e o Hawai, entregue ao surf, à boa vida e à melhor música, tem ar de profeta que não quer saber, mas sabe, e parece transformar em ouro tudo o que toca. Porque se DJ Harvey toca um disco, isso repercute-se como uma onda pelo mundo inteiro. Baleárico, novo e velho disco, soft e punk rock, house, hip hop, psicadelismo, música tribal de um qualquer país recôndito… Harvey pode tocar tudo e toca o que quer. O seu padrão de coolness é irrefutável. Não há como explicar objectivamente a lenda de Harvey Basset. Quando alguém está do lado certo da força, merece respeito e admiração. Foi dos primeiros DJs a actuar no Lux (esteve cá em 1998), volta agora, quebrando um longo interregno de actuações fora do território americano. Faltar é pecado. IS Disco Bar Bar Disco Leonaldo de Almeida SwitchSt(d)ance Disco Yen Sung António Alves Bar U-Night Slight Delay (Tiago & DJ Al) Rui Vargas & André Cascais Philipp Jung & Patrick Bodmer Sábado 07 Bar Disco Vítor Silveira SwitchSt(d)ance Bar Disco Tiago Leonaldo de Almeida Disco HORSE MEAT DISCO Luke Howard & Severino convidam James Murphy Dexter Sábado 10 Bar Disco Disco Dexter Photonz Sexta 13 Bar A TO Z Rui Vargas & Rui Murka Zé Pedro Moura Disco Leonaldo de Almeida Fiasco Pinkboy & Pan Sorbe Zé Pedro Moura Sábado 14 Yen Sung Tiago Disco Rui Vargas & André Cascais Bar Quinta 15 Bar U-Night Slight Delay (Tiago & Dj Al) Rui Vargas Quinta 12 Sexta 09 Bar André Nogueira e Sousa Vítor Silveira Pinkboy Sexta 06 Sábado 03 Angles Sexta 30 Bar Dexter Sonja Disco Bloop Recordings Magazino João Maria Quinta 08 Dj Harvey Quinta 05 Quinta 15 É precisamente nas actuações ao vivo que a música orgânica e quente dos Angles tem mais impacto. Por essa razão, o registo discográfico do sexteto sueco, que será apresentado no Lux, resulta da residência artística que o grupo efectuou na cidade de Coimbra, em Maio de 2009, no âmbito do Jazz ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. Música acessível e ao mesmo tempo desafiante, nos Angles encontramos alguns dos mais entusiasmantes instrumentistas da frente escandinava, cada um deles líder dos seus próprios projectos e envolvidos numa grande variedade de formações cuja projecção internacional é bem um indicativo da importância conquistada pela cena nórdica do jazz. O trompetista de expressão bop Magnus Broo com os Atomic ou os 4 Corners, o trombonista Mats Aleklint ao lado de Alberto Pinton, Torbjorn Zetterberg ou Fredrik Nordstrom, o contrabaixista Johan Berthling com um trajecto que vai do avantpop dos Tape a parcerias com Sten Sandell e Fredrik Ljungqvist, e Kjell Nordeson impondo-se como um baterista incontornável tanto na Suécia como em San Francisco, cidade americana onde tem a sua segunda casa. Neste concerto, o pianista Alexander Sethson substituirá o vibrafonista Mathias Stahl. Quinta 01 Bar Disco Quinta 29 Quinta 01 Sexta 02 Omar Souleyman O patrão de tudo o que concerne festa, Omar Souleyman é dos nomes mais emblemáticos e exuberantes de todo um novo olhar que, graças a editoras como a Sublime Frequencies, o Ocidente passou a ter sobre a realidade que não aparecia nem em televisão, nem em lojas de discos, e na internet só em línguas que não sabemos ler. Dos cantores mais populares da Síria, proporcionou uma das grandes celebrações em música de 2009 no Anfiteatro da Fundação Gulbenkian, que dançou como nunca antes. Acabou de lançar a terceira edição fora do seu país, “Jazeera Nights”, compilação de gravações incríveis em casamentos de 1995 a 2009. Lembrete precioso de que o potencial que temos para nos entendermos todos é realmente altíssimo, se toda a gente estiver a fim. Impossível não amar – se não conhecem garantimos que bastam uns segundos de música para ficarem convertidos. PG Quinta 01 © Ruvan Wijesooriya SebastiAn Green Ray SebastiAn Gunrose Leonaldo de Almeida Midnight Juggernauts (concerto) M.A.N.D.Y. (Philipp Jung e Patrick Bodmer) Zé Pedro Moura Quinta 19 Mr. Mitsuhirato Omar Souleyman (concerto) D.I.S.C.O. Texas Titan Thursdays Moullinex (concerto) D.I.S.C.O. Texas Gang Leonaldo de Almeida Tiago Disco D.I.S.C.O. Texas Titan Thursdays Discotexas GANG Bar Sexta 16 Sexta 20 Social Disco Club Dexter Disco Adventures in Wonderland Rui Vargas & Zé Pedro Moura Yen Sung Dexter Disco Adventures In Wonderland Rui Vargas & Zé Pedro Moura Bar Bar Sábado 17 Sábado 21 Bar Disco Leonaldo de Almeida Pinkboy TRUST! Bar Disco Quinta 22 Bar Disco PINKBOY Manu Re:Axis (Live) Expander Sexta 09 Luke Howard & Severino Quinta 15 Quinta 26 Quinta 15 Sexta 23 Disco A TO Z Rui Vargas & Rui Murka Disco Expander Sábado 10 Rui Vargas & Rui Murka Sábado 28 Let’s spend the night together Zé Pedro Moura & Leonaldo de Almeida André Cascais & Zé Salvador Bar Disco Quinta 29 Trol 2000 Angles (Concerto) Rui Vargas Disco Sexta 30 Disco Chocolate City Yen Sung & DJ Glue DJ Harvey Tiago Sexta 23 Sábado 31 Zé Pedro Moura & Mário Valente Disco Fiasco Pinkboy & Pan Sorbe Chocolate City Yen Sung convida Sam The Kid Trust! Design Gráfico: Diogo Potes (Alva DesignStudio • alva-alva.com) Textos de: Discotexas, Hugo Moutinho, Isilda Sanches, Mário João Camolas, Pedro Gomes, Pedro Rodrigues, Quim Albergaria, Susana Pomba e Vítor Belanciano. Bar Bar Bar Sábado 24 Let’s spend the night together Zé Pedro Moura & Leonaldo de Almeida Disco Mário João Dexter Bar Sexta 27 André Nogueira e Sousa Dexter Disco Jesse Rose Dinis Bar Bar Leonaldo de Almeida Pinkboy & Guille de Juan Rui Murka & Social Disco Club Bar Quinta 29 Concerto de apresentação do Festival jazz.pt #32 (8 a 12 de Setembro) Sexta 30
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