“End” (1992) – Artvazard Peleshian
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“End” (1992) – Artvazard Peleshian
“End” (1992) – Artvazard Peleshian • Olhar enquanto modo de revelar o mundo: O microcosmo de um trem em movimento. • Os infinitos recortes que esse microcosmo nos oferece. • Idéia de Subjetividade: Transforma uma viagem de trem em uma possibilidade de olhar. • Nada encenado. Tudo já está acontecendo, basta enquadrar (encontrar) esse “olhar”. • Recortar com o olhar/câmera. • O olhar de uma criança escondida (Lucrecia Martel) • Uma certa indefinição entre filmar e viver. (Filme Ensaio) • Distance Montage: Associação intuitiva entre a imagem e o corte. • O que intrigava o artista quando ele olhou/filmou, deve intrigar/emocionar o espectador. • Esculpir o Tempo – Andrei Tarkovsky • Daí vem o entendimento da obra? • Não existe sentido. A experiência é o sentido. (Cinema Fluxo) “Life” (1993) – Artvazard Peleshian • Microcosmo ainda mais reduzido: Um rosto, poucos planos. • Um rosto se transforma em uma potência. • Ressignificação e Potencialização dessa imagem • Poema Manoel de Barros - “O Fotógrafo” (Fotografar/Captar o Impalpável) • Peleshian fotografa o abstrato: A Vida? • Objetivo do cinema conceitual: Captar (fotografar) uma energia impalpável. • Ajudar a olhar. A Videoarte antes do Vídeo: Novos Olhares, Novas Percepções • Cinema Avant-garde (20's): 3 Fases • 1a e 2a Fase: Filmes dramáticos mas que usavam de trucagens e técnicas (foco suave, super exposição, ângulos diferentes): Germain Dullac, Jean Epstein. • 3a Fase: Mais radical: Duchamp, Man Ray. Começam abstrações mais intensas e mesmo manipulações da película. • O ápice: “Cão Andaluz” Buñuel/Dalí (impossibilita uma explicação racional) Marcel Duchamp, Rotoreliefs, c.1920 “Meshes of the Afternoon” (1943) – Maya Deren and Alexander Hammid • Mãe do Cinema Experimental • Entre o Fascinante e Bizarro (Experimentalismo primitivo: Simbólico) • Elementos de forte sentido psicanalítico: faca, chave, flor. • Estrutura Cíclica: Produzido em um ambiente de Guerra (alienação subjetiva) • Convoca constantemente o espectador a reorganizar sua compreensão do filme. • Progressão impossível: velocidade variável, estrutura condenada a repetição. • Atmosfera de paranóia suturada, aonde os amantes se transformam em assassinos . • Polêmica em relação a autoria da obra. “Dog Star Man” (1962-64) - Stan Brakhage • Pai do Cinema Experimental. • “If Maya Deren invented the American avant-garde cinema, Stan Brakhage realized its potential.” • Igualar o cinema as outras artes. • Imagem Absoluta: LUZ / TEMPO / ESPAÇO, utilizar o que é unicamente cinematográfico. • Forma Artesanal: Pintura/cortes/riscos/manifestações diretas na película. Exposições variadas, etc. Pioneiro em algumas dessas técnicas. • Exclui qualquer tipo de progressão dramática e insere uma trama unicamente sensorial. • Abstrato? Uma aventura da percepção. • Recusa Padrões: Continuous Present, cada trabalho é a continuação presente do outro. • Fusões dos planos criam camadas, dando aparência dimensional a obra. • Reorientam o nosso olhar • Figuras humanas em uma espécie de simbiose com as abstrações da película. Emergência de um Novo Meio • Nos anos 60 e 70 os artistas estavam buscando novas formas de expressão, novas invenções poéticas. • Surge o Portapack da Sonny: O vídeo se transforma nessa nova possibilidade. • Artistas plásticos foram os primeiros a experimentar a nova bitola, transformando-a já em uma disciplina das artes plásticas. • Vídeo Performances “Made in Brazil” (1975) - Letícia Parente “Three Transtions” (1973) - Peter Campus A Videoarte nasce de um ambiente tecnológico. Nam June Paik • Incorporou o vídeo ao ambiente da arte conceitual. • Ressignifica um sinal digital para um ambiente de arte. • Inaugura não só a “arte em vídeo”, mas sim a arte tecnológica e a busca por novas mídias. “Tv Magnet” • Estética do Ruído/Interferência: Experimentações em relação as imagens e as cores, potencializando isso no movimento da montagem. Distorções, Processamento, Contaminações, Ressignificações. • Se apropria da natureza instável da imagem, recolhe fragmentos e vestígios de outras articulações: TV, Música, Rádio, Cinema. “Beatles Electronique” (1969) - Nam June Paik • Desmaterialização da imagem • Vídeo nasce “entre” as imagens desses outros meios (reposicionamento) de qualquer origem. Colagem vertiginosa de referências e ruídos. • Uso de sintetizadores para trabalhar a instabilidade das imagens. • Fantasmas “abstratos” entre os ruídos/interferências da imagem (simbioses). • Trilha sonora de Kenneth Werner, “Four Loops”, quatro loops de músicas eletronicamente alteradas dos Beatles. • Interesses a frente de seu tempo. Última instalação: pós-video. Uso de lasers projetados em tecidos criando texturas. “Anthem” (1983) - Bill Viola • Estudo da capacidade cognitiva. Como a percepção funciona. • A Câmera em relação ao Olho Humano. • Conceito principal sobre o tempo. • Mais observacional (contemporâneo) de todos. • Desmaterialização da imagem em um sentido contemplativo e dilatado. • Anthem: Contém o espasmo de um respiro universal da humanidade. • O grito vai se transformando em outros sons contemporâneos: a cidade, a fabrica, a operação. • Temas transcendentais de nível sensorial. • Crítica a passividade do telespectador: Televison (1983)