Crise do Movimento Moderno

Transcrição

Crise do Movimento Moderno
Crise do Movimento Moderno
as manifestações brutalistas
Período de cicatrização:
crise do pensamento racionalista
Guerra fria: polarização cultural; eliminação
das ambivalências
Escassez do aço
Oferta de novos produtos sintéticos:
plásticos, resinas, fibras
Existencialismo: Jean Paul Sartre
autenticidade e liberdade
responsabilidade total sobre sua existência
Reconhecer e instaurar em si o essencial
Cada um deve encontrar sua própria verdade,
pela qual possa viver ou morrer
nada pode ser bom para um sem o ser para
todos
1º CIAM – 1928 – La Sarraz, Suíça – industrialização; padronização
2º CIAM – 1929 – Frankfurt, Alemanha – habitação mínima
3º CIAM – 1930 – Bruxelas, Bélgica – unidade de vizinhança / divisão racional do solo
4º CIAM – 1933 – Marselha, França – Atenas, Grécia – A cidade funcional
5º CIAM – 1937 – Paris, França – Moradia e Lazer – relação da cidade com o seu sítio
1943 – publicação da Carta de Atenas
1943 – Giedion, Sert e Fernand Léger – Nove pontos para a monumentalidade
6º CIAM – 1947 – Bridgwater, Inglaterra - transcender a esterilidade da cidade
funcional, preocupação com o bem-estar emocional e material da população.
7º CIAM – 1949 – Bergamo, Itália - a formação nas escolas de arquitetura, presença
marcante dos estudantes
8º CIAM – 1951 – Hoddesdon, Inglaterra – coração da cidade – centro cívico. Primeira
revisão da cidade funcionalista
9º CIAM – 1953 – Aix-en-Provence, França – Habitat princípios estruturais do
desenvolvimento urbano
10º CIAM – 1956 – Dubrovnik, Yugoslávia - relação entre forma física e a necessidade
sociopsicológica.
11º CIAM /1º TEAM X – 1959 – Otterloo – sem tema pré-definido
1943 – Giedion, Sert e Fernand Léger – Nove pontos para a
monumentalidade
1 - monumentos são marcos humanos que devem ser criados como
símbolos de seus ideais, objetivos e ações.
2 – monumentos são a expressão das mais nobres necessidades
culturais.
3 – monumentos só são possíveis em períodos em que existam uma
consciência e uma cultura unificadoras.
4 – O último século presenciou uma desvalorização da
monumentalidade.
5 – O declínio e o mal uso da monumentalidade são a principal razão
pela qual os arquitetos modernos deliberadamente abandonaram a
idéia de monumento e se revoltaram contra ele.
6 – Uma nova etapa se apresenta. A nova economia do pós-guerra
mudou a estrutura das nações reorganizando a vida comunitária.
7 – as pessoas desejam edifícios que representem suas vidas
comunitárias.
8 – Locais para monumentos precisam ser planejados.
9 – materiais modernos e novas tecnologias estão disponíveis
1945 - Arte Bruta
Jean Dubuffet
1947 - Indústria Cultural – Horkheimer e Adorno
obra canônica de crítica à sociedade de consumo
“como foi possível que os ideais do iluminismo, as idéias de razão,
progresso e emancipação universal, tivessem se tornado o oposto
quando colocados em prática.”
O mercado de consumo contemporâneo não ajusta o nível de oferta
à demanda existente, mas visa à criação de nova demanda para
atender ao potencial da oferta.
Degradação do indivíduo como mero instrumento de trabalho ou
consumo
transformação da cultura em mercadoria manipulada, uniforme e
descartável
Resolver o problema da habitação social não era mais a questão a
ser resolvida, mas sim criar uma demanda para o estoque criado
pelo mercado imobiliário.
6º CIAM – 1947 –
Bridgwater, Inglaterra
transcender a esterilidade da cidade funcional
preocupação com o bem-estar emocional e
material da população.
Unidade de Habitação de Marseille 1947-1952
Publicada nas obras completas em 1953
7º CIAM – 1949 –
Bergamo, Itália –
a formação nas escolas de arquitetura,
presença marcante dos estudantes
Hunstanton School, Norfolk – 1949-54
Alisson e Peter Smithson
Hunstanton School, Norfolk – 1949-54
Alisson e Peter Smithson
Hunstanton School, Norfolk
1949-54
Alisson e Peter Smithson
Hunstanton School, Norfolk – 1949-54
Alisson e Peter Smithson
Hunstanton School, Norfolk – 1949-54
Alisson e Peter Smithson
Hunstanton School, Norfolk
1949-54
Alisson e Peter Smithson
Capela de Ronchamps – 1950
Arq. Le Corbusier
Conjunto Golden Lane,1952
Conjunto Golden Lane 1952
Conjunto Golden Lane,1952 - rua interna
Colégio Brasil- Paraguai – 1952
Projeto Afonso Reidy
Exposição Parallel of Life and Art, 1953 - ICA
A&PSmithson, Nigel Henderson e Edoardo Paolozzi
Exposição Parallel of Life and Art, 1953 - ICA
A&PSmithson, Nigel Henderson e Edoardo Paolozzi
9º CIAM – 1953 – Aix-en-Provence, França –
Habitat princípios estruturais do desenvolvimento
urbano
Carta de Atenas - 1933
Manifesto 1953
Morar
Habitat
Trabalhar
Rua
Recrear
Bairro
Circular
Cidade
1953 – a expressão Novo Brutalismo - Architectural Design;
Soho House;
Alison: “decidimos que internamente não teria nenhum
revestimento, o edifício seria uma combinação de abrigo e
ambiente. Tijolo, concreto, madeira, tudo aparente. Se tivesse
sido construída seria a primeira experiência do Novo
Brutalismo na Inglaterra.”
“Materiais como amigo dos homens” – os elementos de
construção os únicos meios de expressão arquitetônica.
1957 - O Novo Brutalismo – Alison e Peter Smithson
Brutalismo - compromisso com a realidade
sociedade de massa / força de trabalho.
“Até agora Brutalismo tem sido discutido estilisticamente,
enquanto sua essência é ética.”
1954 The Doorn Manifesto:
1 – A carta de Atenas propôs uma técnica que contrapunha o caos do século XIX
e restaurava princípios de ordem entre as cidades.
2 – Através desta técnica a incrível variedade das atividades urbanas foi
classificada em quatro distintas funções, as quais acreditavam ser fundamentais.
3 – Cada função foi pensada como uma totalidade nela mesma. Urbanistas
poderiam compreender mais claramente o potencial do século XX.
4 – Nossa declaração tenta estabelecer um método que promoverá mais longe
esse potencial.
Encontro em Doorn, Holanda
Inglaterra: Alisson e Peter Smithson; John Voelker
Holanda: Aldo van Eyck; Jacob Bakema; Van Ginkel
1 – é inútil considerar a casa exceto como parte de uma comunidade, em
função da interação que as vincula.
2 – não deveríamos perder tempo codificando os elementos da casa antes de
cristalizar outra relação
3 – o habitat concerne a casa num tipo particular de comunidade.
4 – as comunidades são as mesmas em todo lugar:
a casa isolada
o povoado
cidades de vários tipos (industrial, administrativa, especial)
urbe multifuncional
5 – esses tipos podem se combinar, relacionados com o seu meio ambiente
(habitat) no perfil do vale do Geddes.
6 – toda comunidade deve ter uma lógica própria, por exemplo a facilidade de
circulação é conseqüência do tipo de transporte disponível; a densidade
deve crescer a medida que cresce a população.
7 – devemos estudar a habitação e os agrupamentos necessários para
produzir comunidades de diferentes escalas.
8 – A adequação de qualquer solução deverá vir do campo da invenção
arquitetônica mais do que da antropologia social.
•
Ernesto Nathan Rogers – Casabella-continuitá - 1953-1964
•
A pré-existência ambiental e as práticas contemporâneas
•
a modernidade exige uma contínua crise e revisão.
•
Realidade x intervenção arquitetônica: não se pode projetar um
mesmo edifício em Milão ou no Brasil, ou mesmo em qualquer das
ruas de Milão, terá que se levar em consideração suas condições
específicas.
•
O contexto é o lugar destas pre-existências.
•
Contexto não nostalgicamente, mas como evidência de tradições,
gostos, necessidades, fatores ambientais específicos de localização
e cultura dos habitantes.
•
Inserir as necessidades da vida na cultura e – reciprocamente –
inserir cultura no dia-a-dia”.
Torre Velasca, Milão – 1950
BBPR – Belgiojoso, Peressutti e Rogers
•
Nikita Khrushchev – 1954 Removam as falhas do desenho, incrementem o
trabalho dos arquitetos
•
Sucesso na industrialização, aumento na qualidade e redução nos custos da
construção
•
Abandonar métodos obsoletos de design
•
Decoração x economia construtiva
•
Alguns arquitetos precisam de belos esboços, mas as pessoas precisam de
apartamentos. Elas não querem admirar desenhos, mas um lugar para morar.
•
Construtivismo x realismo socialista
•
Não somos contra beleza, mas contra o supérfluo. Fachadas devem ser belas e
atraentes pelas boas proporções de todo o edifício, pela correta utilização da textura
e das cores dos materiais expostos, e no honesto dimensionamento da estrutura.
•
Por volta de 1958, na União Soviética, 70% dos componentes arquitetônicos
construtivos eram pré-fabricados, em contraposição a 25% em 1950.
Derek Sugden House - 1955
Derek Sugden House - 1955
Derek Sugden House - 1955
Derek Sugden House - 1955
Marcel Breuer
Sede Unesco, Paris - 1955
Sede Unesco, Paris - 1955
Sede Unesco, Paris - 1955
Sede Unesco, Paris - 1955
House of the future - 1956
Patio and Pavillon - 1956
Maison Jaoul – 1956
Arq. Le Corbusier
1956 – 10º CIAM – Dubrovnik, Yugoslávia
relação entre forma física e a necessidade sociopsicológica.
Organização: Team X: Smithsons; ATBAT:George Candilis
e Shadrach Woods; Aldo van Eyck; William e Jill Howell; R.
Gutmann
Utopia do possível
respeito às necessidades e ao modo de vida das pessoas
diversidade dos modelos sociais e culturais
complexidade da vida urbana
1957 - Internacional Situacionista
Vanguarda artística emergiu como forte ativismo político, contra
todas as instâncias identificadas com o sistema.
Cobra Group – Copenhagen, Bruxelas e Amsterdã
Constant – Nova Babilonia: antítese à sociedade das mentiras;
simulação da situação de liberdade total,da abolição de todas as
normas, convenções e hábitos.
Guy Debord – Sociedade do Espetáculo: o espetáculo é o pesadelo
da sociedade moderna aprisionada.
Urbanismo unitário: uma nova forma de criatividade coletiva que
rejeita a lógica utilitária da sociedade de consumo a favor da
cidade dinâmica através da liberdade e da troca como ponto
central.
a mais importante atividade – o devaneio
psicogeografia – influência do ambiente geográfico no
comportamento dos individuos.
Convento La Tourette – 1957
Arq. Le Corbusier
Convento La Tourette – 1957
Arq. Le Corbusier
Abadia Saint John e Universidade, Minnesota - 1958
Abadia Saint John e Universidade, Minnesota - 1958
Biblioteca da Abadia Saint John
Minnesota - 1958
Capela da Abadia Saint John
Minnesota - 1958
1957 - Regionalismo e Arquitetura Moderna
James Stirling
Valorização da arquitetura vernácula, dos materiais e
métodos tradicionais.
Influência de Le Corbusier e Alvar Aalto
Movimento alternativo, anti-oficial, anti-intelectual,
anti-sofisticado
Cosmopolitismo x provincianismo
Cultura de massa x cultura popular
Economist Building – 1959
Economist Building – 1959
Faculdade de Arquitetura de Yale 1959 Paul Rudolph
Faculdade de Arquitetura de Yale - 1959
1959 - 11º CIAM /1º TEAM X –
Otterloo – sem tema pré-definido
CIAM
método sistemático
TEAM X
método pragmático e empírico
objetivos totalizadores e
universais
análise isolada de caso a caso
Tema comum pré-estabelecido
Cada convidado apresenta e
discute seu projeto
Manifestos, teorias
Opinões, ensaios
Idéia do grupo = síntese das
várias opiniões.
Idéias do grupo = somatória das
idéias de cada um
Participantes especiais: Nathan Rogers; Ignazio
Gardella; Vico Magistretti e Giancarlo de Carlo;
Fernando Távora; Kenzo Tange e Louis Khan.
35 projetos
16 programas de caráter coletivo:
5 conjuntos residenciais
8 equipamentos urbanos e sociais (escolas, parques,
hospital e orfanato)
3 edifícios administrativos
1930
Imagens:
A solução estrutural e a cidade de arranha-céus,
imagens que contém um sistema urbano completo
Programa:
Popularizar o já estabelecido estilo do movimento
moderno – didática.
Método:
estabelecer categorias de situações gerais e
desenvolvê-las através da manipulação dialética
das categorias estabelecidas.
Técnicas:
Substituir edifícios e cidades existentes por novos
elementos categoricamente formulados.
Resultados:
edifícios protótipos e planos diretores, cada qual
articulado com o completo programa urbanístico
internacional. Independente da localização –
didático
1950 - John Voeker
Imagens aleatórias inspiradas em diferentes
fontes, a qual uma a uma contribui para mudar e
ampliar a experiência do espaço.
Pesquisar um sistema plástico que estabeleça
uma relação de reciprocidade e represente sob a
forma arquitetônica os modelos ecológicos préexistentes.
a observação empírica de situações particulares e
o desenvolvimento através da expressão
arquitetônica desses modelos únicos, frutos da
observação entre eles.
técnicas conscientes de renovação e expansão,
derivadas do reconhecimento das tendências
ecológicas, a serem descobertas em cada
situação particular
edifícios em situações únicas. Os elementos se
articulam e se integram aos modelos ecológicos,
fornecendo instrumentos de pesquisa para
possíveis desenvolvimentos de cada lugar.
1960-67, South Bank Arts Centre,
Chalk, Crompton, Herron, Joan Attenborough, Norman Engleback (GLC)
Estação de inverno, Flaine - 1961
Hotel - Estação de inverno, Flaine - 1961
Sala de estar do Hotel, Flaine
1961
Museu Whitney, Nova York - 1964
Museu Whitney, Nova York - 1964
Museu Whitney, Nova York - 1964
Igreja de São Francisco, Michigan - 1964
Universidade das Irmãs Beneditinas, North Dakota - 1967
Universidade das Irmãs Beneditinas, North Dakota - 1967
Universidade das Irmãs Beneditinas, North Dakota - 1967
Universidade das Irmãs Beneditinas, North Dakota - 1967
Universidade of Massachusetts, 1967
Universidade Yale, 1967
IBM, França – 1968
IBM, França – 1968
IBM – Flórida, 1968
O objetivo wakonyosai
• Conservar o espírito japonês
• Adquirir o poder da técnica ocidental
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Biblioteca e Centro Médico, Oita 1960-1962 – Arata Isozaki
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Centro Médico, Oita, 1960 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962
Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962
Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962
Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962
Arata Isozaki
Biblioteca Pública, Oita, 1962 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Res. Nakayama, Oita, 1964 – Arata Isozaki
Banco Fukuoka, Oita, 1966
Arata Isozaki

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