Ocupações Emergentes Maquinas e Equipamentos

Transcrição

nº 6
S É R I E O C U PA Ç Õ E S E M E R G E N T E S
S é r i e
Brasília
2004
O c u p a ç õ e s
E m e r g e n t e s
Confederação Nacional da Indústria – CNI e Conselho Nacional do SENAI
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SENAI – Departamento Nacional
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor-Geral
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações
nº 6
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
SÉRIE
S é r i e
Brasília
2005
OCUPAÇÕES
EMERGENTES
O c u p a ç õ e s
E m e r g e n t e s
© 2005. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
SENAI/DN
UNITEP – Unidade Tendências e Prospecção
Ficha Catalográfica
S491m
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento
Nacional. Setor máquinas e equipamentos - mudanças
ocupacionais. Brasília : SENAI/DN, 2005.
51 p. : il. ; 29 cm. (Série Ocupações Emergentes, 6)
ISBN 85-7519-130-6
1. Máquinas 2. Equipamentos 3. Indústria de Máquinas
I. Título
CDU 67.05
SENAI
Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte
Quadra 1 – Bloco C
Edifício Roberto Simonsen
70040-903 – Brasília – DF
Tel.: (61) 317-9000
Fax: (61) 317-9190
http:// www.senai.br
Sumário
Apresentação
1. Introdução
7
2. Metodologia
11
3. Setor de Máquinas e Equipamentos – Características Gerais
13
3.1 Estados Unidos
3.2 Canadá
3.3 Inglaterra
3.4 Austrália
3.5 Nova Zelândia
4.
Mudanças Ocupacionais
4.1 Ocupações Emergentes
4.2 Ocupações em Evolução
4.3 Ocupações Estáveis
5.
16
19
22
24
25
29
30
34
43
Conclusões
45
Sites de Interesse
47
Glossário
49
Apresentação
Dando continuidade à divulgação da Série Ocupações Emergentes, temos a
satisfação de disponibilizar o estudo sobre o setor de Máquinas e Equipamentos,
cujo foco se concentra nas mudanças ocupacionais ocorridas neste setor.
Este estudo tem o objetivo de identificar mudanças ocupacionais no setor
máquinas e equipamentos, com base em dados de outros países. Compreende a
identificação de ocupações deste setor e das mudanças relacionadas a estas
ocupações através de uma comparação entre os dados dos países estudados, de
suas classificações ocupacionais e da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Espera-se que este estudo possa ser um importante instrumento de informação
sobre o mundo do trabalho para empresas, entidades representativas de
empregadores e de trabalhadores, bem como para a tomada de decisões quanto à
formulação de políticas de educação profissional e de mercado de trabalho.
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor-Geral
1
Introdução
Ao longo dos anos, mudanças no mundo do trabalho vêm gradativamente
contribuindo para transformar as oportunidades profissionais. Por exemplo,
muitas das ocupações atuais não existiam há algum tempo. À medida que se
descobriram novas tecnologias, foram necessários profissionais dedicados à sua
utilização e aprimoramento. Quando esses profissionais realizavam um conjunto
de atividades bastante diferente das vigentes, conformava-se o surgimento de
uma nova ocupação.
Este movimento continuamente se repete e não tem somente o descobrimento de
novas tecnologias como elemento impulsionador. Mudanças estruturais no
mercado de trabalho são outras das responsáveis por seu desenvolvimento.
Formadas por diversos aspectos, como, por exemplo, tendências demográficas
devido às migrações, ao envelhecimento da população e ao aumento do nível de
escolaridade, bem como a fatores econômicos e novas regulamentações de
mercado, essas mudanças também contribuem para transformações ocupacionais.
Quanto maiores as mudanças estruturais e mais radicais as mudanças
tecnológicas, maiores são os impactos sobre a estrutura ocupacional. Como
resultado desses impactos, observam-se ocupações com um conjunto de
atividades totalmente novo e, em geral, não encontradas em classificações
ocupacionais. Em outros casos, observam-se ocupações cujo conjunto de
atividades se modifica. Essas ocupações conformam novas oportunidades
profissionais. Identificar e compreender estas oportunidades é um trabalho
complexo, mas de fundamental importância para o desenvolvimento e a formação
profissional.
Este estudo tem o objetivo de identificar mudanças ocupacionais no setor
máquinas e equipamentos, com base em dados de outros países. Compreende a
Introdução
9
identificação das ocupações desse setor e de mudanças relacionadas a essas
ocupações, através de uma comparação entre dados dos países estudados, de suas
classificações ocupacionais e da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
10
Setor Máquinas e Equipamentos: Ocupações Emergentes
2
Metodologia
O presente estudo foi desenvolvido com base em pesquisas a fontes de dados
secundários. Esses dados são resultantes de estudos setoriais gerais e/ou
ocupacionais realizados em outros países. A metodologia de trabalho envolveu
três etapas. A primeira etapa compreendeu um levantamento bibliográfico para
identificação de estudos setoriais gerais e/ou ocupacionais desenvolvidos em
outros países. Os países selecionados foram: EUA, Canadá, Austrália, Inglaterra e
Nova Zelândia. A escolha desses países baseia-se em dois aspectos: esses países
vêm desenvolvendo estudos sobre mudanças ocupacionais e suas classificações
ocupacionais são compatíveis com a Classificação Internacional Uniforme de
Ocupações (CIUO). Esta compatibilidade é fundamental, por permitir comparações
com a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações).
Após o levantamento bibliográfico, foi realizada uma comparação com as
ocupações vigentes na CBO para os setores estudados. Essa comparação, que
corresponde à segunda etapa desta metodologia, considerou as atividades de
trabalho de cada ocupação, conforme descritas na CBO, e as atividades de trabalho
das ocupações descritas nos estudos de outros países. Com base nessa comparação,
foram identificadas ocupações que se enquadram nas categorias de ocupações
emergentes, ocupações em evolução e ocupações estáveis.
Como conceito de ocupações emergentes e em evolução adotou-se a definição do
Bureau of Labor Statistics (BLS) dos Estados Unidos. Conforme essa instituição,
ocupações emergentes compreendem um conjunto de atividades, habilidades e
conhecimentos totalmente novos que, por esta razão, podem não estar presentes
nas classificações de ocupações vigentes nos países estudados. Ocupações em
evolução são ocupações cujo conjunto de atividades compreende mudanças. Essas
mudanças envolvem a adição e a supressão de atividades. Ocupações estáveis são
aquelas que não apresentam mudanças.
Metodologia
11
A terceira etapa compreende um detalhamento das ocupações emergentes e/ou
em evolução, quando encontradas, bem como das ocupações estáveis. Esse
detalhamento contém um conjunto de aspectos com o objetivo de descrever o
conteúdo do trabalho, competências e outros requisitos para o exercício dessas
ocupações. Em conjunto com esse detalhamento, explicam-se, com base nas fontes
de dados secundárias, as razões e/ou hipóteses para a classificação dessas
ocupações em emergentes, em evolução ou estáveis.
12
3
Setor de Máquinas e Equipamentos –
Características Gerais
O setor de máquinas e equipamentos é um dos mais antigos setores da manufatura
industrial. Compreende um conjunto de indústrias extremamente diversas, que
se dedicam desde a fabricação de pequenos componentes de precisão, tais como
agulhas para regular a dosagem de líquidos, até instalações industriais complexas,
tais como aquelas para a fundição de metais.
A grande abrangência e a diversidade desse setor dificultam a realização de estudos
consolidados. Em geral, a maioria das pesquisas concentra-se em subsetores,
porque suas atividades são mais específicas e atendem a mercados mais
homogêneos. A amplitude do setor também dificulta classificações e isto contribui
para conflitos entre dados e estatísticas de diferentes fontes.
Para melhor compreensão das atividades desse setor, o quadro a seguir contém
uma lista de seus subsetores. Esta lista foi elaborada a partir de uma comparação
entre as classificações industriais vigentes nos países estudados para a elaboração
deste trabalho: NAICS (North American Industry Classification System), NACE
( Nomenclature générale des activités économiques dans les Communautés Européennes)
e ANZSIC (Australian New Zealand Standard Industrial Classification) .
Subsetores de Atividades do Setor de Fabricação de Máquinas e Equipamentos
Descrição
1.
Fabricação de máquinas e tratores para agricultura.
2.
Fabricação de máquinas e equipamentos de transmissão, motores, bombas e
compressores.
3.
Fabricação de máquinas-ferramenta.
Setor de Máquinas e Equipamentos – Características Gerais
13
4.
Fabricação de eletrodomésticos.
5.
Fabricação de armas e munições.
6.
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso específico.
7.
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral.
Os dois últimos subsetores do quadro anterior podem ser expandidos em diversas
categorias, de acordo com subatividades. Em linhas gerais, o subsetor de máquinas
e equipamentos de uso geral compreende a fabricação de equipamentos para
transporte e movimentação de cargas, fornos industriais e equipamentos de ar
condicionado e calefação. O subsetor de máquinas e equipamentos de uso
específico envolve a fabricação de máquinas para utilização nas mais variadas
indústrias, como, por exemplo, a indústria têxtil, de alimentos e bebidas e de
fabricação de papel, entre outras.
Mais da metade dos produtos do setor de máquinas e equipamentos são bens de
capital acabados. O restante é formado por componentes utilizados na fabricação
desses bens. Os principais consumidores desses produtos são outras indústrias
do setor de manufatura, seguidas pelas indústrias automobilística e
eletroeletrônica.
O desempenho econômico do setor de máquinas e equipamentos é,
historicamente, melhor em períodos de expansão econômica, quando as
indústrias necessitam de novas máquinas e equipamentos para atender a um
maior número de pedidos. As atuais estratégias de modernização abandonaram
a substituição total e compreendem a atualização e substituição de
componentes de sistemas, com o objetivo de aumentar sua eficácia e eficiência.
Partes fundamentais são substituídos somente em ocasiões eventuais. Isso
significa que uma parte cada vez maior do investimento em máquinas e
equipamentos envolve hardware , software , s e r v i ç o s , design , c o n t r o l e e
componentes.
14
Em geral, os produtos do setor de máquinas e equipamentos evolvem um
mix d e t e c n o l o g i a s t r a d i c i o n a i s e i n o v a d o r a s , e n t r e a s q u a i s a
microeletrônica, ótica e novos materiais. Isso é resultado da evolução do
antigo conceito de máquinas para sistemas integrados, que incorporam um
número cada vez maior de tecnologias de ponta, contribuindo para aumentar
a necessidade de serviços adicionais. Dessa forma, muitos produtos são
oferecidos em conjunto com serviços, tais como treinamentos, consultorias
e manutenções.
Uma das principais características do setor de máquinas e equipamentos
compreende um forte relacionamento entre cada um de seus subsetores e as
indústrias para as quais fornecem seus produtos. Mais especificamente, as
tendências de cada subsetor são ditadas por mudanças tecnológicas,
investimentos, condições econômicas e de mercado das indústrias que utilizarão
suas máquinas e equipamentos. Por exemplo, fabricantes de máquinas-ferramenta
são sujeitos a mudanças tecnológicas e de mercado nas indústrias de conformação
de metais.
Como decorrência dessa característica, é comum a especialização. Para
atender a necessidades específicas, os produtos são geralmente customizados
e fabricados individualmente ou em pequenos lotes, embora sistemas
modulares sejam utilizados, sempre que possível, para facilitar economias
de escala.
Outras características importantes do setor de máquinas e equipamentos envolvem
custos e processos de produção. A fabricação de máquinas e equipamentos
compreende consideráveis investimentos na fase de projeto e grande complexidade
e precisão na fase de produção. Como resultado, os trabalhadores desse setor são,
em sua maioria, profissionais bastante especializados. Isso contribui para que os
custos de mão-de-obra sejam elevados quando em comparação com outros setores
de manufatura industrial.
15
Suprimentos, tais como peças e componentes, são outra fonte de custos elevados
para o setor. Tais insumos são produzidos por outras empresas que fazem parte
do mesmo setor ou são provenientes da indústria eletroeletrônica. Essa
característica é observada devido à crescente importância da microeletrônica na
manufatura de máquinas e equipamentos, cujos componentes podem corresponder
a cerca de 60% do valor dos produtos.
Em relação aos processos de fabricação, verifica-se a ausência de grande
diversificação. Isso ocorre porque o aço, insumo básico, contribui para que a
diversidade de processos não seja tão relevante quando comparada à
diversidade de produtos. O principal processo industrial do setor de máquinas
e equipamentos é intensivo em mão-de-obra e compreende a montagem. Outros
processos são intensivos em consumo de energia, tais como o corte, forja e
soldagem de metais e processos de acabamento, como, por exemplo, pintura e
aquecimento.
A seguir, apresenta-se uma visão geral do atual contexto do setor de máquinas e
equipamentos nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Nova Zelândia e Austrália.
Em primeiro lugar, apresenta-se uma visão geral desse setor em cada país. Em
seguida, descrevem-se tendências e relacionam-se impactos de transformações
setoriais sobre o conteúdo de trabalho das ocupações relacionadas à produção
industrial.
3.1 Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o setor de máquinas e equipamentos vem se recuperando
lentamente desde a década de 90, quando seus produtos perderam mercado para
a Alemanha e o Japão. Esse setor é predominantemente conformado por empresas
pequenas e de médio porte. A maioria das empresas conta com menos de cem
empregados. A diversidade e a especialização do setor impedem a dominação
do mercado por empresas de grande porte. Algumas exceções ocorrem quando
16
um determinado tipo de produto tem utilização suficientemente ampla para
criar um mercado razoável em termos de tamanho, como, por exemplo, bombas
industriais.
É bastante comum em estudos sobre o setor de máquinas e equipamentos
americano a classificação de empresas segundo dois tipos básicos de categorias:
job shop e batch producer. Essa classificação permite melhor caracterizar as
empresas de acordo com suas relações com outras indústrias e atividades de
manufatura.
A categoria job shop compreende pequenas empresas que fabricam produtos
customizados. Essas empresas não possuem uma linha de produtos definida e
trabalham segundo pedidos de clientes, que são de outros setores situados numa
determinada área geográfica, ou c l u s t e r , com as quais mantêm fortes
relacionamentos comerciais. Geralmente, são especializadas na fabricação de
ferramentas. Essa é uma característica comum à maioria das grandes regiões
industriais onde são produzidos equipamentos ou máquinas que utilizam essas
partes.
Muitas das empresas classificadas na categoria job shop possuem um único cliente.
Para essas empresas, novos negócios são provenientes principalmente de
indicações, de acordo com sua área de expertise. A competitividade é bastante
acirrada, de forma que qualidade e reputação são as características mais
importantes para o sucesso no mercado.
A categoria batch producer compreende empresas mais especializadas, que fabricam
equipamentos e máquinas específicos para outras indústrias. Essas empresas
utilizam processos de fabricação padronizados para a manufatura de grandes
quantidades. Fabricam linhas de produtos facilmente identificáveis, embora o
aprimoramento de sistemas de comunicação e de transporte venha contribuindo
para que suas atividades sejam cada vez mais similares às atividades das empresas
da categoria anterior, com produtos mais customizados e menor ciclo de produção.
17
O nível de competitividade para as empresas da categoria batch producer varia
bastante, de acordo com os subsetores em que atuam. Preço e qualidade de
serviços contribuem para manter a competitividade dessas empresas no
mercado. Muitas empresas de pequeno e de médio porte monopolizam
mercados de máquinas ou equipamentos específicos, como, por exemplo, teares
circulares.
Entre os segmentos de atividades do setor de máquinas e equipamentos
americano vem se destacando a fabricação de instrumentos de controle, tais
como sensores e sistemas de visualização. Utilizados na monitoração e em
inspeções da produção, esses instrumentos contribuem para reduzir inspeções
manuais e detectam, identificam e permitem a visualização de falhas. A rápida
expansão de sua produção é devida, principalmente, à implementação da
abordagem Seis Sigma, que enfatiza monitoramentos constantes da produção,
seguidos de reestruturações, com o objetivo de reduzir defeitos ao nível zero.
Outro segmento de atividade em destaque compreende a fabricação de produtos
específicos para calefação, refrigeração e geração de eletricidade. O aumento da
produção desses equipamentos é devido à busca de novas formas de economia e
geração de energia, particularmente a energia solar e a eólica. Denominados
equipamentos geradores de energia ou energy equipments, esses equipamentos
são sistemas compostos, essencialmente, de partes metálicas e componentes
eletrônicos de controle.
O setor de máquinas e equipamentos americano vem utilizando um número cada
vez maior de tecnologias desenvolvidas por instituições governamentais que
atuam nas áreas de informática, ótica e novos materiais. Em função dessa
tendência, observa-se uma redução, nesse setor, de postos de trabalho relacionados
a tais áreas. Em contrapartida, instituições governamentais fornecedoras de
tecnologias para o setor dependem cada vez mais de seus produtos, o que contribui
para aumentar a demanda por trabalhadores ligados à produção industrial do
setor de máquinas e equipamentos.
18
Em relação à mão-de-obra do setor de máquinas e equipamentos, observa-se que,
em geral, cada subsetor depende do acesso ao setor de metal-mecânica. O setor
de metal-mecânica, por sua vez, depende do acesso a trabalhadores especializados
na operação de máquinas-ferramenta. Em conjunto, todos dependem de
trabalhadores especializados em conformação de metais e na estrutura educacional
que forma novos profissionais com as qualificações demandadas.
Ao mesmo tempo, o setor de máquinas e equipamentos também depende de
engenheiros e profissionais para pesquisa e desenvolvimento. Esse setor é mais
intensivo em conhecimento e em pesquisa e desenvolvimento e menos
intensivo em capital, que é uma característica de outros setores de manufatura
industrial. Investimentos em pesquisa em desenvolvimento demandam acesso
a profissionais inovadores, por meio de fortes relacionamentos com
universidades.
Os clusters de empresas de máquinas e equipamentos nos Estados Unidos são
cercados por uma estrutura regional que favorece o desenvolvimento, a
contratação e a retenção de trabalhadores de nível básico, técnico e superior,
fundamentalmente, um conjunto de profissionais especializado em metal-mecânica
e na operação de máquinas-ferramenta, e de engenheiros e profissionais com
experiência em design industrial.
3.2 Canadá
No Canadá, o setor de máquinas e equipamentos apresentou um crescimento
expressivo nos anos 90. Esse crescimento correspondeu a mais ou menos 6,1%
ao ano, o que representou o dobro do crescimento de toda a manufatura
industrial. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado, encontramse a flexibilidade e a capacidade de inovação das empresas do setor, bem como
sua habilidade de conquistar novos mercados para a exportação de seus
produtos.
19
Após uma década de crescimento expressivo, observam-se períodos de estagnação
e de crescimento lento para o setor de máquinas e equipamentos canadense. Os
maiores impactos dessa tendência concentram-se nos fabricantes de equipamentos
utilizados no setor automotivo. Principalmente nos dois primeiros anos da nova
década, novos pedidos foram praticamente interrompidos, devido a desacelerações
da produção em montadoras de automóveis dos Estados Unidos. Nesse cenário,
são mais favorecidas as empresas que têm uma base de clientes mais diversificada
e que fornecem seus produtos para outras indústrias além da automotiva.
Empresas fabricantes de máquinas para mineração e para construção enquadramse nesse exemplo.
O setor de máquinas e equipamentos canadense destaca-se na fabricação de
tecnologias avançadas para manufatura. O segmento de tecnologias avançadas
de manufatura ou AMT (Advanced Manufacturing Technologies) compreende
empresas dedicadas à fabricação de máquinas-ferramenta, equipamentos de
transporte automáticos, equipamentos de inspeção de produção, robôs
industriais, máquinas para o processamento de borracha e plásticos, moldes
para borrachas e plásticos, máquinas de soldagem e equipamentos de controle
eletrônicos.
Esse segmento tem dois grandes aspectos em seu favor. Em primeiro lugar,
cresceu expressivamente na primeira metade dos anos 90, um período
considerado recessivo para outros segmentos industriais. Sua taxa de
crescimento correspondeu a uma média de 17,4% ao ano, o que equivale ao dobro
do crescimento para o setor de máquinas e equipamentos como um todo e é
quatro vezes maior que o crescimento dos subsetores de máquinas para
mineração e construção. Isso permitiu consolidar um conjunto de empresas com
expertise e reconhecimento nessa área. Em segundo lugar, tecnologias de
manufatura avançadas contribuem para um aprimoramento expressivo do
desempenho da produção. Há uma forte correlação dessas tecnologias com
produtividade, lucratividade e crescimento.
20
O segmento de tecnologias avançadas de manufatura é bastante integrado com a
economia americana, de forma que a maior parte da produção é exportada para
os EUA. No Canadá, a difusão de tecnologias avançadas de manufatura é
considerada promissora, mas ainda é pequena. Atualmente, os clientes desse
segmento são empresas que já utilizam essas tecnologias e os maiores mercados
concentram-se nos setores automotivo, aeroespacial, de processamento de
alimentos e de telecomunicações.
Uma dos grandes desafios do setor de máquinas e equipamentos industriais no
Canadá compreende a dificuldade enfrentada por suas empresas em encontrar
mão-de-obra qualificada. Profissionais especializados no design, na construção e
na própria operação de máquinas e equipamentos são escassos. Embora muitos
esforços venham sendo empreendidos para resolver o problema, pesquisas
realizadas em empresas do setor mostram que não há um número suficiente de
tecnologistas, técnicos e engenheiros para manter ambientes de produção de 24
horas e sete dias por semana.
Durante anos, os governos federal e das províncias, em conjunto com
associações de empresas, vêm implementando programas para atrair um maior
número de estudantes, mas sem sucesso. O número de jovens iniciando cursos
técnicos e universitários não é suficiente para suprir a demanda. Além disso,
as empresas não disponibilizam programas para desenvolver as qualificações
requisitadas para a manufatura de máquinas e equipamentos entre aprendizes
e estudantes.
Estudos recentes apontam um reconhecimento, por parte das empresas, de que
modelos educacionais que conjugam o aprendizado prático à teoria são mais
eficientes. Os currículos de cursos universitários e técnicos não são elaborados
para suprir as necessidades de empresas e muitos formandos não possuem a
experiência e o treinamento requisitados. Como resultado, a demanda direcionase a engenheiros e técnicos com experiência de trabalho.
21
3.3 Inglaterra
Na Inglaterra, o setor de máquinas e equipamentos é classificado como setor de
engenharia mecânica e é composto principalmente por empresas de pequeno e
médio porte. Cerca de 64% dessas empresas conta com menos de 9 empregados e
o restante emprega entre 19 e 100 profissionais. Em relação ao volume de produção,
o setor ocupa o quarto lugar no continente europeu, após a Alemanha, França e
Itália, e responde por cerca de 11% do total da manufatura de máquinas e
equipamentos no continente europeu.
Entre os subsetores que compõem o setor de máquinas e equipamentos da
Inglaterra, os fabricantes de máquinas de uso geral são em maior número. Esse
subsetor concentra-se na manufatura de equipamentos de transporte de cargas e
de refrigeração e compreende cerca de 35% do total geral de empresas do setor.
Em segundo lugar, destaca-se o subsetor de fabricação de máquinas-ferramenta,
com cerca de 18% do total de empresas do setor. Os demais subsetores são
igualmente representativos, mas o país é mundialmente reconhecido na produção
de equipamentos para o setor químico.
No final da década de 90, o setor de máquinas e equipamentos britânico exportou
cerca de 1/3 de sua produção para países desenvolvidos e em desenvolvimento
ao redor de todo o mundo, o que foi considerado um volume bastante
representativo. Nos anos mais recentes, as exportações diminuíram bastante.
Entre os fatores que contribuíram para essa redução, encontram-se: taxas de
câmbio não favoráveis, competitividade de países onde o custo de mão-de-obra
é menor, baixas margens de lucro diminuindo investimentos e a falta de
profissionais qualificados.
Num esforço para superar algumas dessas dificuldades, muitas empresas
interessadas em mercados estrangeiros estão desistindo da exportação direta e
considerando a possibilidade de terceirizar sua produção para empresas de outros
países. Essa opção vem sendo bem sucedida para as atividades de engenharia que
22
compreendem design, gestão de projetos e implementação de tecnologias de ponta.
As empresas do setor de máquinas e equipamentos da Inglaterra são
particularmente especializadas em tais áreas.
Entre as empresas que continuam a exportar, os maiores mercados
concentram-se no Leste Europeu e Estados Unidos, onde a maioria estabeleceu
grande reputação. Os subsetores de fabricação de máquinas têxteis e de
processamento de papel exportam a maior parte de sua produção para
mercados do sudoeste asiático. Outros subsetores que se destacam na
exportação atuam na fabricação de equipamentos de medição, máquinas para
o processamento de plásticos e de borracha, máquinas para impressão e para
empacotamento de produtos.
No final da década de 90, foram realizados alguns estudos no setor de máquinas
e equipamentos britânico, com o objetivo de identificar aspectos favoráveis e
desfavoráveis à competitividade do setor. Baseados em comparações com a
Alemanha, esses estudos identificaram como aspectos favoráveis os custos de
mão-de-obra, que são menores na Inglaterra do que na Alemanha, e um mercado
de trabalho mais flexível.
Como aspectos desfavoráveis, foram identificados padrões de baixa qualidade na
produção, poucas inovações em produtos e falta de pessoal qualificado. No setor
de máquinas e equipamentos britânico, inovações em produtos são bastante
escassas e, em geral, ocorrem somente em empresas de grande porte.
Investimentos realizados a partir da nova década contribuíram para resolver parte
dessas questões, elevando o padrão de produtos, que vêm apresentando maior
competitividade no mercado internacional. Em relação às inovações, as empresas
ainda encontram dificuldades para conseguir financiamentos, embora pesquisas
mais recentes venham indicando um pequeno aumento de investimentos em
pesquisa e desenvolvimento.
23
Atualmente, a maior questão compreende a falta de pessoal qualificado. A formação
de técnicos e engenheiros ainda é deficiente, quando comparada à Alemanha. O
sistema de formação alemão favorece a aprendizagem por intermédio da prática,
que é considerada muito importante nesse setor. Isso não acontece na Inglaterra,
onde, ao mesmo tempo, carreiras em engenharia mecânica não são consideradas
atraentes.
3.4 Austrália
A fabricação de máquinas e equipamentos é o setor mais importante da indústria
de manufatura australiana. Esse setor apresentou a maior taxa de crescimento
na última década, correspondendo a 35% do crescimento total da manufatura
industrial. Durante o mesmo período, experimentou um aumento gradativo de
exportações, que atualmente correspondem a cerca de 25% do total de sua
produção.
Nos anos mais recentes, o setor de máquinas e equipamentos australiano teve
ganhos significativos em eficiência, por meio de programas governamentais que
promoveram a redução de tarifas de produtos, implementações de novas
tecnologias e grandes investimentos de capital.
A Austrália é um dos líderes mundiais no design de máquinas-ferramenta de
controle numérico e máquinas de controle numérico para cortar e perfurar metais.
Esse subsetor conta com uma excelente infra-estrutura de pesquisa e
desenvolvimento, que compreende centros de pesquisa organizados sob a forma
de cooperativas. Tais centros reúnem pesquisadores de universidades e instituições
de pesquisa públicas e privadas, em acordos de colaboração de longo prazo.
O setor de máquinas e equipamentos australiano destaca-se também na produção
de ferramentas e equipamentos para utilização em outras máquinas e para a
conformação de metais, produtos que são comercializados nos mercados interno
e internacional, principalmente para o setor automobilístico.
24
Outro subsetor de destaque compreende a fabricação de moldes. Esse subsetor é
bastante competitivo, em termos de custos, no suprimento de matrizes e moldes
de alta qualidade para formas complexas, que são exportados principalmente para
países do mercado asiático. Aspectos significativos desse sucesso compreendem
uma extensa rede de colaboração entre as empresas do subsetor e atividades de
marketing internacional coletivas.
Alguns pontos desfavoráveis à competitividade do setor de máquinas e
equipamentos australiano envolvem o alto nível de importações de produtos desse
setor, que corresponde a cerca de 25% da demanda interna; regulamentações de
mercado que, embora estáveis, não são tão fortes; a assistência governamental
ao setor, que é considerada pequena, e a falta de mão-de-obra qualificada.
Com o objetivo de aumentar as qualificações de trabalhadores e contribuir para a
competitividade do setor, foram estabelecidos grupos de trabalho formados por
educadores e denominados agentes de conexão com indústrias. Criados a partir
de uma iniciativa governamental, os grupos de trabalho estudam conjuntos de
pequenas empresas para identificar necessidades de treinamento e estimular a
demanda por treinamentos no trabalho.
A partir da identificação de necessidades de treinamento, os grupos de trabalho
determinam conjuntos de trabalhadores para os quais o treinamento é considerado
prioritário e estimulam a criação de cursos destinados a prover qualificações
demandadas em curto prazo. Ao mesmo tempo, trabalham no desenvolvimento
de cursos para suprir as necessidades de longo prazo das empresas.
3.5 Nova Zelândia
O setor de máquinas e equipamentos da Nova Zelândia ocupa o segundo lugar no
ranking de setores componentes da manufatura industrial deste país, respondendo
por 14% de seu total e sendo ultrapassado apenas pela área de fabricação de
alimentos, bebidas e tabaco. Atualmente, o setor é um expressivo empregador,
25
envolvendo um total de 42.700 trabalhadores, que, conforme estimativas, deverá
aumentar em cerca de 11.000 profissionais até o ano de 2011.
Durante a última década, esse setor não apresentou um crescimento expressivo,
contando com uma taxa de crescimento de cerca de 2,1% ao ano, menor do que o
produto interno bruto do país e menor que a taxa de crescimento da manufatura
em geral. Tal cenário modificou-se bastante ao longo dos últimos anos, quando o
setor apresentou um crescimento significativo e as previsões para os próximos
três anos são consideradas boas.
Grande parte da melhoria de desempenho do setor nos últimos anos é devida a
novos desenvolvimentos em design, tecnologias e processos de manufatura. O
subsetor de fabricação de máquinas agrícolas é o mais inovador, além de bastante
competitivo no mercado internacional. A Nova Zelândia também se destaca na
fabricação de equipamentos para transporte e movimentação de cargas
especificamente destinados à utilização em aeroportos e na fabricação de
equipamentos de transmissão de força motriz.
A maior parte das exportações dos produtos do setor de máquinas e
equipamentos neozelandês, correspondendo a um total de 44%, é direcionada
para a Austrália. Os Estados Unidos e a Inglaterra são os outros dois principais
mercados para as exportações desse setor, em que as importações ainda são
maiores do que as exportações, correspondendo a um número cerca de três vezes
maior.
Em relação à mão-de-obra, o setor enfrenta grandes desafios. Atualmente, grande
parte da mão-de-obra treinada e qualificada para o setor tem migrado para outros
países, atraída por melhores condições de trabalho e maiores salários. Essa
tendência é ainda maior entre profissionais recém-graduados. Outro problema
compreende profissionais formados em outros países. Embora o número de
imigrantes qualificados para trabalhar nesse setor continue aumentando, suas
qualificações nem sempre são facilmente reconhecidas devido à rigidez do sistema
26
de qualificações neozelandês, que é baseado no sistema inglês NVQs, ou novas
qualificações vocacionais.
Para solucionar o problema da falta de mão-de-obra qualificada, o governo vem
desenvolvendo programas em conjunto com empresas, universidades, escolas
técnicas e associações profissionais, com o objetivo de atrair, treinar, formar e
reter novos profissionais nesse mercado.
27
4
O setor de máquinas e equipamentos vem se direcionando a áreas em que
pode alcançar vantagens competitivas pelo desenvolvimento de técnicas
inovadoras e de tecnologias de ponta. Como resultado, vêm sendo cada vez
mais projetados e construídos produtos de alta qualidade e valor agregado
para nichos de mercado, como, por exemplo, sistemas de refrigeração
eficientes no consumo de energia, robôs e máquinas com sensores para o
controle da produção. Previsões para os próximos dez anos envolvem uma
redução da manufatura pesada, favorecendo a manufatura leve, com novos
materiais e com utilização cada vez maior de tecnologias nos processos de
design e de fabricação.
Os materiais, ferramentas e máquinas utilizados no setor modificaram-se muito
à medida que novas tecnologias foram desenvolvidas. Como resultado, houve uma
redução do trabalho manual e as qualificações vêm se modificando. Com a
automatização cada vez maior, há uma demanda crescente por qualificações
técnicas e de informática, particularmente nas áreas de manutenção, diagnóstico
e fabricação de ferramentas. Desenvolvimentos tecnológicos contribuíram para
aumentar a produção, reduzir custos e, conseqüentemente, aumentar a eficiência
e precisão na manufatura.
Atualmente, verifica-se uma demanda muito grande por profissionais qualificados
nas áreas de mecânica e, durante os últimos três anos, as empresas vêm
constantemente reportando dificuldades em encontrar engenheiros para cargos
relacionados ao comércio de máquinas e equipamentos, bem como para os
relacionados à produção. Uma das principais causas da falta de profissionais
qualificados é o fato de que apenas um número muito pequeno de empresas
empregou e treinou aprendizes e profissionais sem experiência ao longo dos
últimos dez anos. Ao mesmo tempo, observa-se uma redução no número de
29
engenheiros e técnicos graduados em mecânica. O número de recém-graduados é
muito inferior à demanda.
Diante da escassez de profissionais qualificados, o grande desafio do setor de
máquinas e equipamentos nos próximos anos compreende aumentar o número
de interessados em cursos de aprendizagem, técnicos e universitários nesse setor.
Algumas pesquisas indicam que, para atrair mão-de-obra para o setor, é necessário
apagar a imagem dos antigos “chãos-de-fábrica”, destacando sua evolução para
ambientes impulsionados por novas tecnologias que demandam profissionais
altamente qualificados.
O sucesso desse setor, em longo prazo, dependerá de sua habilidade em melhor
definir e acessar qualificações demandadas atual e futuramente e, ao mesmo
tempo, continuar a desenvolver métodos e processos inovadores ao longo de todos
os seus subsetores.
4.1 Ocupações Emergentes
Ocupações emergentes são definidas, neste estudo, conforme o conceito do BLS
( Bureau of Labor Statistics) dos Estados Unidos. Essas ocupações compreendem
um conjunto de atividades, habilidades e conhecimentos totalmente novos. Dessa
forma, em geral, não estão presentes em classificações ocupacionais.
No setor de máquinas e equipamentos as ocupações emergentes estão relacionadas
a transformações mais recentes, que envolvem a manufatura de tecnologias de
fabricação avançadas e novos materiais.
Tecnologias avançadas de fabricação destacam-se em alguns países, como, por
exemplo, o Canadá e Estados Unidos, onde vem se firmando como um setor especial
da manufatura de máquinas e equipamentos, dedicado, entre outras atividades, à
fabricação de robôs, equipamentos de controle de produção e máquinasferramenta.
30
Novos materiais conformam uma área em estágios iniciais de desenvolvimento,
que deverá avançar em função do desenvolvimento das nanotecnologias. Alguns
estudos estimam que os novos materiais causarão uma revolução na manufatura
de máquinas e equipamentos, que deixará de ser denominada “manufatura pesada”
e passará a ser conhecida como “manufatura leve”. Esses materiais deverão
aumentar a eficiência dos processos de manufatura, reduzindo efluentes e o
consumo de energia. Ao mesmo tempo, deverão favorecer o design de produtos,
permitindo a fabricação de formas inovadoras e inusitadas.
Relacionadas a essas áreas, as ocupações emergentes encontradas no setor de
máquinas e equipamentos compreendem os Técnicos em Automação e Robótica e a
ocupação transversal de Engenheiros de Materiais, esta última considerada transversal
porque se aplica a outros setores econômicos. Especificamente no setor de máquinas
e equipamentos, a ocupação de Engenheiro de Materiais tem o papel fundamental de
pesquisar e desenvolver novos materiais para aprimorar a fabricação de máquinas e
equipamentos. A seguir, descrevem-se as ocupações emergentes do setor.
Engenheiros de Materiais
Avaliam materiais e desenvolvem máquinas e processos para manufaturar
materiais para o uso em produtos que devem obedecer a especificações de design
e de desempenho. Desenvolvem novos usos para materiais conhecidos.
Especificamente na manufatura de máquinas e equipamentos, estudam e
desenvolvem novos materiais para sua fabricação.
Atividades de Trabalho:
Analisam dados de falhas em produtos e testes laboratoriais para
determinar causas de problemas e desenvolver soluções.
Conduzem ou supervisionam testes em matérias-primas ou produtos
acabados para assegurar sua qualidade.
Projetam e coordenam testes e procedimentos de fabricação.
31
Determinam métodos apropriados para fabricação e junção de materiais.
Avaliam especificações técnicas e fatores econômicos relacionados a
processos ou ao design de produtos.
Monitoram a performance e avaliam a deterioração de materiais.
Planejam e implementam operações laboratoriais para desenvolvimento
de novos materiais.
Resolvem problemas em diversos campos da engenharia, incluindo a
mecânica.
Especializações: Podem se especializar em pesquisa e desenvolvimento
ou em processos de manufatura.
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Matemática, Física, Engenharia de
Materiais. Ensino Superior, Mestrado e Doutorado.
Requisitos de Trabalho: Capacidade de identificar, analisar e resolver
problemas.
Condições de Trabalho: Podem trabalhar em plantas de produção têxtil
ou em laboratórios.
Requisitos Pessoais: Raciocínio crítico, capacidade de análise e monitoração
de operações.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Engenheiro Mecânico.
Correspondência CBO: 2144 - Engenheiros Mecânicos.
Correspondência CIUO: 2145 - Ingenieros Mecanicos.
Técnicos em Automação e Robótica
Instalam, programam e reparam robôs e equipamentos similares, tais como
equipamentos de controle programável, equipamentos para controle de robôs,
braços mecânicos e transportadores.
32
Interpretam manuais, modelos e diagramas esquemáticos para determinar
atividades e especificar equipamentos, ferramentas e partes, para atender a ordens
de serviço.
Inspecionam locais de instalação de robôs e sistemas de automação, para
verificar sua conformidade com especificações.
Posicionam robôs, utilizando ferramentas ou equipamentos hidráulicos.
Programam robôs para atividades específicas.
Testam circuitos eletrônicos.
Assistem em especificações e no desenvolvimento de projetos para a
fabricação de robôs e de sistemas de automação.
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Mecânica, Informática, Eletrônica.
Ensino Médio Profissionalizante.
problemas.
Condições de Trabalho: Podem trabalhar em plantas de manufatura ou
em laboratórios.
Requisitos Pessoais: Compreensão escrita, raciocínio dedutivo, capacidade
de tomar decisões.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Técnico em Mecânica.
Correspondência CBO: 3141- Técnicos Mecânicos.
Correspondência CIUO: 3 1 1 5 - Técnicos en Mecânica y Construcción Mecânica
33
4.2 Ocupações em Evolução
Conforme o conceito do BLS (Bureau of Labor Statistics) dos Estados Unidos, adotado
neste estudo, ocupações em evolução são aquelas cujo conjunto de atividades
compreende mudanças. Ocupações em evolução são diferentes das emergentes
porque são encontradas em classificações ocupacionais e suas atividades não são
totalmente novas.
As atividades de ocupações em evolução envolvem um conjunto que compreende
atividades que são descritas nas classificações em que estas ocupações são
encontradas e atividades novas, em geral não descritas. Estas últimas resultam
de mudanças ocupacionais que podem originar-se de três fatores: novas
tecnologias, novos processos de trabalho e novas regulamentações.
Podem também ser classificadas como ocupações em evolução as ocupações que,
embora não apresentem novas atividades em suas descrições, demandem
habilidades e conhecimentos novos, em função de transformações no setor em
que atuam, resultantes de inovações tecnológicas, de produtos e processos.
Nos países estudados, observou-se que inovações em materiais e tecnologias vêm
modificando o conteúdo de trabalho das ocupações ligadas à produção industrial
de máquinas e equipamentos. Essas modificações são igualmente distribuídas para
todas as ocupações e têm como ponto em comum o estabelecimento de
conhecimentos em informática, eletrônica e novos materiais como requisito
fundamental para atuação no setor.
Para as ocupações de nível fundamental, as transformações no conteúdo do trabalho
estão relacionadas às áreas de informática e eletrônica. Como o desenvolvimento
de máquinas e equipamentos envolve uma combinação cada vez maior dessas áreas,
os profissionais devem possuir qualificações para monitorar e operar equipamentos
cada vez mais sofisticados, cujo controle é realizado por meio da análise de dados.
Para as ocupações de nível técnico e superior, as transformações no conteúdo do
trabalho estão relacionadas principalmente aos novos materiais. Técnicos e
34
engenheiros envolvidos na fabricação de máquinas e equipamentos deverão cada
vez mais se familiarizar com aplicações de novos materiais na conformação de
produtos e ser capazes de especificar, definir e projetar produtos e componentes a
partir desses materiais. A seguir, descrevem-se as ocupações em evolução no setor
de máquinas e equipamentos, que compreendem os Engenheiros Mecânicos, Técnicos
em Mecânica, Montadores de Máquinas, Pintores Industriais, Ajustadores Mecânicos,
Ferramenteiros e Trabalhadores da Fabricação de Máquinas e Equipamentos.
Engenheiros Mecânicos
Engenheiros mecânicos projetam e especificam materiais e processos para a
construção e reparo de máquinas e equipamentos. Investigam problemas e falhas
em máquinas e estudam meios de aprimorar sua manufatura.
Determinam requisitos para a produção de máquinas e equipamentos.
Realizam investigações e/ou estudos de viabilidade para a construção e o
reparo de máquinas e equipamentos.
Pesquisam fontes de energia e materiais.
Estudam a segurança no trabalho e a segurança ambiental para a produção
de máquinas e equipamentos.
Preparam layouts, plantas e desenhos de máquinas e componentes,
manualmente ou com a utilização de CAD.
Realizam revisões e testes em produtos.
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Mecânica, Informática e Ciência dos
Materiais. Ensino Superior.
35
Requisitos de Trabalho: Capacidade de identificar, analisar e resolver problemas.
Condições de Trabalho: Podem trabalhar em plantas de produção têxtil
ou em laboratórios.
Requisitos Pessoais: Raciocínio crítico, capacidade de análise e monitoração
de operações.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Engenheiro Mecânico.
Correspondência CBO: 2144 - Engenheiros Mecânicos.
Correspondência CIUO: 2 1 4 5 - Ingenieros Mecanicos.
Técnicos em Mecânica
Aplicam princípios de mecânica para modificar, desenvolver e testar máquinas e
equipamentos, sob a supervisão de engenheiros.
Revisam instruções, projetos e desenhos para conferir especificações e
procedimentos para a fabricação de máquinas e equipamentos.
Preparam e realizam testes em unidades e componentes.
Fabricam, montam ou modificam componentes mecânicos.
Testam máquinas e equipamentos utilizando voltímetros, dispositivos de
testes e outros componentes elétricos.
Revisam instruções e especificações de projetos para identificar, modificar
e auxiliar no planejamento das etapas de fabricação, montagem e teste de
máquinas e equipamentos.
Inspecionam linhas de montagem.
36
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Mecânica, Informática Eletrônica.
Ensino Médio Profissionalizante.
problemas.
Condições de Trabalho: Podem trabalhar em plantas de manufatura ou
em laboratórios.
Requisitos Pessoais: Compreensão escrita, raciocínio dedutivo, capacidade
de tomar decisões.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Técnico em Mecânica.
Correspo-ndência CBO: 3141 - Técnicos Mecânicos.
Correspondência CIUO: 3 1 1 5 - Técnicos en Mecânica y Construcción Mecânica.
Montadores de Máquinas
Montadores de Máquinas montam partes e componentes para a fabricação de
máquinas e equipamentos.
Prendem com parafusos, clipes ou soldam partes de máquinas e equipamentos.
Posicionam e ajustam partes para montar molduras e motores.
Juntam partes e componentes de máquinas e equipamentos.
Inspecionam produtos, para verificar a existência de falhas.
Identificam e corrigem problemas de montagem.
Especializações: Não identificadas.
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Mecânica, Desenho, Metalurgia,
Matemática. Ensino Fundamental.
37
Requisitos de Trabalho: Capacidade de interpretar instruções e seguir
diagramas.
Condições de Trabalho: Trabalho em plantas de fabricação de máquinas e
equipamentos.
Requisitos Pessoais: Expressão verbal, capacidade de trabalhar em equipe,
destreza manual.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Trabalhadores de Fabricação
de Máquinas e Equipamentos.
Correspondência CBO: 7253 - Montadores de Máquinas Pesadas e Equipamentos
Agrícolas.
Correspondência CIUO: 8 2 8 1 - Montadores e Mecanismos y Elementos Mecanicos de
Maquinas.
Pintores Industriais
Pintam com pistolas automáticas ou pincéis e recuperam superfícies de máquinas
e equipamentos, partes e componentes.
Preparam e limpam superfícies para pintura.
Preparam metais com tratamentos químicos.
Secam metais.
Aplicam seladores e vernizes.
Selecionam e misturam tintas para alcançar a coloração especificada.
Secam partes e componentes em fornos.
Verificam a qualidade e espessura de camadas de pintura.
Dão polimento em produtos acabados.
38
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Matemática e Química. Ensino
Fundamental.
diagramas.
equipamentos.
Requisitos Pessoais: Expressão verbal, destreza manual.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Pintores de Obras e
Revestimentos de Interiores.
Correspondência CBO: 7233 - Trabalhadores da Pintura de Equipamentos, Veículos,
Estruturas Metálicas e Compósitos.
Correspondência CIUO: 7142 -
Barnizadores y Afines.
Ajustadores
Alinham, posicionam e juntam peças pré-fabricadas de metais para processos de
soldagem ou rebite.
Alinham peças, usando macacos hidráulicos, tensores, cunhas, pinos de
tração, alavancas e martelos.
Posicionam partes, manualmente ou com a ajuda de gruas.
Marcam pontos de referência, utilizando instrumentos de desenho e de medição.
Fornecem instruções para a soldagem de peças.
Retificam peças entortadas ou dobradas, utilizando prensas e outras
ferramentas e equipamentos.
39
Interpretam desenhos, plantas e instruções, aplicando conhecimentos de
geometria, efeitos de aquecimento, soldagem e espessura de metais.
diagramas.
equipamentos.
destreza manual.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Ferramenteiros.
Correspondência CBO: 7250 - Ajustadores Mecânicos Polivalentes.
Correspondência CIUO: 7 2 2 3 - Reguladores y Reguladores-Operadores de Maquinas
Herramientas.
Ferramenteiros
Preparam e ajustam máquinas-ferramenta e outras máquinas de produção, tais
como tornos automáticos ou máquinas com múltiplas funções. Essas máquinas
são operadas por outros trabalhadores na produção de máquinas e
equipamentos.
Estudam desenhos e outras instruções para determinar as seqüências de
operação de máquinas.
Selecionam ferramentas de corte ou moldes para o trabalho em máquinas
de precisão.
40
Medem e marcam pontos fixos e de referência, posicionam e ajustam ferramentas
de corte, utilizando ferramentas manuais, tais como chaves de fenda.
Ajustam guias, controles de parada e outros controles para assegurar o
tamanho das peças.
Monitoram o funcionamento, testam máquinas, fazem ajustes, aconselham
ou fornecem instruções a operadores.
Inspecionam o tamanho de produtos e reportam problemas ou reajustam
máquinas, utilizando instrumentos de medição.
diagramas.
equipamentos.
destreza manual.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Operadores de Teares.
Correspondência CBO: 7211 - Ferramenteiros e Afins.
Correspondência CIUO: 7222 - Herramentistas y Afines.
Trabalhadores da Fabricação de Máquinas e
Equipamentos
Trabalhadores da Fabricação de Máquinas e Equipamentos montam partes e
componentes, realizam atividades em linhas de produção e outras atividades
manuais da fabricação de máquinas e equipamentos.
41
Carregam e descarregam materiais, componentes e produtos acabados.
Inspecionam produtos, separando itens defeituosos.
Acondicionam e embalam produtos.
Conferem estoques de produtos.
Limpam máquinas, equipamentos e locais de trabalho.
Operam máquinas automáticas e semi-automáticas, tais como esteiras
transportadoras.
Realizam pequenas montagens e testes sob supervisão.
Área(s) de Aprendizagem / Educação: Mecânica, Desenho, Matemática.
Ensino Fundamental.
diagramas.
equipamentos.
destreza manual.
Ocupações Relacionadas / Correspondências: Montadores de Máquinas e
Equipamentos.
Correspondência CBO: 7253 - Montadores de Máquinas Pesadas e Equipamentos
Agrícolas.
Correspondência CIUO: 8 2 8 1 - Montadores e Mecanismos y Elementos Mecanicos de
Maquinas.
42
4.3 Ocupações Estáveis
Ocupações Estáveis compreendem um conjunto de ocupações para as quais não
são encontradas mudanças em seu grupo de atividades, conhecimentos ou áreas
de aprendizagem. Dadas as transformações em curso no setor de máquinas e
equipamentos, que se direcionam a novas tecnologias e materiais, todas as
ocupações desse setor encontram-se, de alguma forma, sujeitas a mudanças no
conteúdo de seu trabalho. Sendo assim, não foram encontradas ocupações que
possam ser classificadas como estáveis.
43
5
Conclusões
Ocupações emergentes e em evolução representam novas oportunidades no
mercado de trabalho, que surgem em função da adoção de novas tecnologias ou
de mudanças estruturais em mercados de trabalho. Este estudo descreveu essas
ocupações para o setor de manufatura de máquinas e equipamentos.
O setor de máquinas e equipamentos é o mais complexo dos setores da manufatura
industrial, envolvendo ambientes de manufatura de bens de capital simples e
sofisticados. A natureza cíclica do setor, respondendo à crescente competitividade
e a demandas – que podem envolver a provisão de soluções totais, compreendendo
a manutenção e atualização de máquinas e equipamentos em uso –, contribui
para grandes desafios.
Outro fator que contribui para maiores desafios nesse setor envolve a escassez
de mão-de-obra qualificada. Os países estudados reportam a origem desse
problema à falta de incentivos para atrair jovens para o setor, além da ausência
de programas de treinamento voltados para recém-formados e aprendizes, o
que faz com que a demanda se direcione a profissionais com experiência de
trabalho.
Em meio a tais desafios, o setor vem investindo em novos materiais e tecnologias
de manufatura avançadas, que vêm se afirmando como um subsetor de destaque
na economia de alguns países. As ocupações emergentes encontradas no setor de
máquinas e equipamentos relacionam-se a essas inovações.
Como ocupações em evolução apresentam-se todas as ocupações diretamente
relacionadas à produção industrial desse setor, que estão sujeitas a mudanças de
conteúdo de trabalho advindas da utilização de novas tecnologias e novos
materiais na fabricação de máquinas e equipamentos.
Conclusões
45
Dadas as transformações do setor, não se observou a ocorrência de ocupações
estáveis, que seriam conformadas por um grupo de ocupações não sujeito a
mudanças em seu conjunto de atividades, conhecimentos ou áreas de
aprendizagem.
46
Sites de Interesse
Access Excellence
http://www.accessexcellence.org/AB/CC
Australian and New Zealand Standard Industrial Classification (ANZSIC)
http://www.arc.gov.au/apply_grants/anzsic_codes.htm
AZN Industry Brief – New Zealand Manufacturing – Exports the Key – jun 2002
CALMIS – California Labor Market Information
http://www.calmis.cahwnet.gov
CAMC (Canadian Aviation Maintenance Council)
http://www.aiac.ca/industry/careers/aviation.html
Career Guide
http://www.acwib.org/cg/cgquiklook.htm
CDR – Career Development Resources - EUA
http://www.cdr.state.tx.us/emerging/candidates.htm
Commonwelth Department of Education Science and Training – Austrália – Job Guide
http://www.kildare.adl.catholic.edu.au/jobguide/46.htm
East-Central Illinois – Education-to-Careers – New Occupations Emerging Across Industry Lines
http://www.etcworks.org/news/pr4.html
EDC – Education Development Center Inc.
http://www.edc.org/EWIT/ITOC614.PDF
Eriss Express – Workforce News & Issues
http://www.eriss.com/express/6/2.cfm
HRDC (Human Resources Development Canada) http://jobfutures.ca/doc/jf/emerging/emerging.shtml
http://www.ont.hrdc-drhc.gc.ca/english/lmi/eaid/ojf/ojf_home_e.html
http://www.drhc-hrdc.gc.ca/hrib/hrp-prh/redseal/english/analys_e.shtml
Illinois Labor Market Review
http://lmi.ides.state.il.us/lmr/newoccs.htm
MDCD - Michigan Department of Career Development
http://www.cctes.mde.state.mi.us/careerprepsys/emergingoccupations.pdf
Sites de Interesse
47
Metal Forming Occupations
http://www.pmaef.org/occupations/industry/index.htm
Minnesota Workforce Center
http://www.mnwfc.org/lmi/neo/appenda.htm
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego – Governo do Brasil
Notas Técnicas – Projeto de Reestruturação da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) –
julho, 2001.
NACE (Nomenclature générale des activités économiques dans les Communautés Européennes)
http://www.econ.ucl.ac.be/econ/FR/SERVICES/LOGISTIQUE/NOMENCLATURES/ACTIVITES/NACE/
nace3_70.html
NOC – National Occupational Classification – Canada
http://www.worklogic.com:81/noc/Query.htm
North American Industry Classification System (NAICS)
http://www.census.gov/epcd/www/naics.html
ONET (Occupational Network – EUA) Online
http://online.onetcenter.org
Skilltran
http://www.skilltran.com/jb_newemergoccs.htm
SWBIC (Southwest Biotechnology and Informatics Center)
http://www.swbic.org/links/3.1.1.2.php
THE INDUSTRIAL MACHINERY & SYSTEMS INDUSTRY CLUSTER IN NEW YORK STATE
Empire State Development Division of Policy and Research – 2001
www.empire.state.ny.us
UK National Statistics Office
http://www.statistics.gov.uk/
WAVE – Women Advancing Through Vocational Education and Training
http://www.southcom.com.au/~ingraphics/wave/about/nontrad.htm
48
Glossário 1
Acuidade auditiva – Habilidade de detectar ou determinar a diferença entre sons
que variam entre altas e baixas amplitudes.
Acuidade visual – Habilidade de ver detalhes de objetos próximos ou a distância.
Capacidade de concentração – Capacidade de não se distrair durante a realização
de uma atividade dentro de um período de tempo.
Capacidade de imaginar a visualização de objetos parados e em movimento –
Capacidade de prever como será a imagem de um objeto após sua movimentação
ou após uma reorganização ou movimentação de suas partes.
Capacidade de memorização – Capacidade de recordar informações tais como
palavras, números, imagens e procedimentos.
Capacidade de identificar problemas – Capacidade de reconhecer quando algo está errado
ou pode dar errado. Não envolve a resolução do problema, somente sua identificação.
Capacidade de organizar informações – Capacidade de seguir corretamente uma
regra ou um conjunto de regras para organizar objetos ou ações. Objetos ou ações
compreendem números, letras, palavras, figuras, frases, procedimentos, operações
lógicas ou matemáticas.
Capacidade de sintetizar informações – Capacidade de combinar informações de
forma coerente.
Clareza de comunicação – Capacidade de falar de forma clara, compreensível, para
ouvintes.
Compreensão escrita – Capacidade de ler e compreender informações e idéias
apresentadas sob a forma escrita.
1
Adaptado a partir de ONET (Occupational Network – EUA).
Glossário
49
Compreensão verbal – Capacidade de ouvir e compreender informações e idéias,
através de palavras e frases faladas.
Destreza manual – Habilidade de realizar movimentos rápidos e coordenados com
uma das mãos, com uma das mãos e um braço ou com as duas mãos, para pegar,
manipular ou montar objetos.
Discriminação de cores – Habilidade de detectar diferenças entre cores, envolvendo
formas e luminosidade.
Expressão escrita – Capacidade de comunicar informações e idéias sob a forma
escrita, de forma que outras pessoas possam compreender.
Expressão verbal – Capacidade de comunicar informações e idéias através da fala,
de forma que outras pessoas possam compreender.
Facilidade para trabalhar com números – Capacidade de realizar, rapidamente e
corretamente, as operações matemáticas básicas de adição, subtração,
multiplicação e divisão.
Fluência de idéias – Capacidade de gerar idéias sobre um determinado assunto.
Refere-se à quantidade de idéias geradas. Não envolve a qualidade, criatividade
ou se as idéias são corretas.
Força física – Habilidade de levantar, carregar, empurrar ou puxar objetos.
Habilidade de respostas rápidas a estímulos externos – Habilidade de responder
rapidamente (com mãos, dedos ou pés) a um sinal (som, luz, imagem, etc.).
Orientação espacial – Capacidade de reconhecer sua localização em relação ao
entorno ou a localização de objetos em relação a si próprio.
Orientação por detalhes – Capacidade de considerar detalhes em relação a um todo.
Originalidade – Capacidade de gerar idéias não usuais ou inteligentes a respeito
de um dado assunto ou situação, ou desenvolver soluções criativas para resolver
problemas.
50
Paciência – Capacidade de tratar situações difíceis ou inconvenientes mantendo o
autocontrole.
Persuasão – Capacidade de induzir o curso de uma ação através do exercício de
influência.
Precisão – Habilidade de executar ajustes precisos de forma rápida e repetida,
movimentando ferramentas, controles de máquinas ou veículos para posições
exatas.
Precisão para observações e medidas – Capacidade de realizar observações e tirar
medidas com exatidão.
Raciocínio crítico – Capacidade de avaliar argumentos baseados em critérios.
Raciocínio dedutivo – Capacidade de aplicar regras gerais a problemas específicos
para obter respostas lógicas. Envolve decidir se uma determinada resposta faz
sentido.
Raciocínio indutivo – Capacidade de combinar ou separar partes de informações
ou respostas específicas para formar regras gerais ou conclusões. Envolver gerar
explicações lógicas sobre a ocorrência de eventos aparentemente não relacionados.
Raciocínio matemático – Capacidade de compreender e organizar um problema e
selecionar um método ou fórmula matemática para sua resolução.
Glossário
51
SENAI/DN
Unidade Tendências e Prospecção – UNITEP
Luiz Antonio Cruz Caruso
Coordenador
Superintendência de Serviços Compartilhados – SSC
Área Compartilhada de Informação e Documentação – ACIND
Sylena Alexandre
Normalização Bibliográfica
Elaboração
Maria Ilca
de Souza Lima
Cely Curado
Revisão
Ortográfica
IMAGE UP
Projeto Gráfico e Diagramação

Ocupações Emergentes Maquinas e Equipamentos

Transcrição

Documentos relacionados

Bem-vindo(a) ao site de empregos do WorkBC

O Mercado de Trabalho Brasileiro na Era Neoliberal

serviços completo

Unidades Produtivas Industriais

Racismo na justiça, no trabalho, na rua

fabricação assistida por computador - FEELT

- Open Research Online

mai - TAG Investimentos

Escritório da Procuradora Geral de Massachusetts

Aceso ao documento em português