as melhores listas de história

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as melhores listas de história
AS MELHORES LISTAS DE HISTÓRIA
D
esde que eu criei o blog História Digital, em 2009, tenho introduzido
frequentemente listas sobre os mais variados aspectos da história. Desde então, elas
têm sido, junto aos resumos, os artigos mais lidos e comentados do blog. Este
interesse pelas listas decorre da curiosidade que temos de conhecer os hábitos e
características de nossos antepassados.
Mas, afinal, o que são listas? Se buscarmos uma definição no dicionário, "uma lista é uma
forma de organização através da enumeração de dados para melhor visualização da
informação". Não poderia haver definição melhor! Se por um lado divertem, por outro
geram discussão na sua elaboração. Estas listas foram extraídas e adaptadas de fontes
variadas, de livros e revistas de história, a sites de renome internacional, como o Listverse.
Já faz um tempo que pretendia desenvolver uma versão para impressão ou leitura em
dispositivos móveis. Neste caso, estamos publicando e disponibilizando, gratuitamente, as
10 listas mais visitadas e/ou comentadas do blog. Algumas são polêmicas, outras são
engraçadas, mas todas interessantes e informativas.
Para evitar deixar o arquivo muito pesado para download ou impressão, decidimos por
retirar as imagens de cada objeto. No entanto, para aqueles que desejam maior
aprofundamento visual, ou mesmo fazer comentários, inserimos o link no rodapé para a
versão online de cada uma das listas. Aliás, esta versão online também traz a introdução de
cada lista e o motivo pelo qual foi produzida.
Divirta-se!!!
Prof. Michel Goulart
SUMÁRIO
10 músicas de protesto à ditadura militar ---------------------- p. 03
10 torturas da ditadura militar ----------------------------------- p. 06
10 armas antigas exóticas ------------------------------------------ p. 09
10 ideologias do nazi-fascismo ------------------------------------ p. 12
10 filmes históricos imperdíveis ---------------------------------- p. 15
10 terríveis trabalhos romanos ----------------------------------- p. 18
10 revoltas que ocorreram na Bahia ---------------------------- p. 21
10 mulheres guerreiras imbatíveis ------------------------------- p. 24
10 abusos sofridos pela mulher ----------------------------------- p. 28
10 falsas profecias sobre o fim do mundo ----------------------- p. 31
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10 músicas de protesto à ditadura militar*
1- Alegria, alegria
Esta música foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o
anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao
cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más
condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais
interessava formar brasileiros alienados.
Trecho: O sol se reparte em crimes / Espaçonaves, guerrilhas / Em cardinales bonitas / Eu
vou...
2- Caminhando
Música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser
perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de
Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que
lutavam pela abertura política.Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o
regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército.
Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De armas na
mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela pátria / E viver sem
razão
3- Cálice
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Acesse a versão online para conferir todas as imagens e vídeos referentes a esta lista.
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Esta música, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo
dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem
lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a
morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a
sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale-se” para criticar o regime
instaurado.
Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já não
corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na garganta
4- O bêbado e o equilibrista
Música composta por Aldir Blanc e João Bosco e gravado por Elis Regina, em
1979. Representava o pedido da população pela anistia ampla, geral e irrestrita, um
movimento consolidado no final da década de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e
Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir
Herzog, assassinados sob tortura pelo exército.
Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num
rabo de foguete / Chora! A nossa PátriaMãe gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo
do Brasil…..
5- Mosca na sopa
Esta é uma música de Raul Seixas, lançada em 1973. Apesar das controvérsias acerca do
sentido da música, a letra faz uma referência clara à ditadura militar. Através de uma
metáfora, o povo é a “mosca” e, a ditadura militar, “a sopa”. Desta forma, o povo é
apresentado como aquele que incomoda, que não pode ser eliminado, pois sempre vão
existir aqueles que se levantam contra regimes opressores.
Trecho: E não adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode assim me exterminar /
Porque você mata uma / E vem outra em meu lugar…..
6- É proibido proibir
Música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma manifestação das
grandes mudanças culturais que estavam ocorrendo no mundo na década de 1960. Na
apresentação realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de
Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório. Indignado,
Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era o
barulho dentro do teatro.
Trecho: Me dê um beijo meu amor / Eles estão nos esperando / Os automóveis ardem em
chamas / Derrubar as prateleiras / As estantes, as estátuas / As vidraças, louças / Livros,
sim…..
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7- Apesar de você
Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo
militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Esta música foi lançada em 1970, durante o
governo do general Médici. A letra faz uma clara referência a este ditador. Para driblar a
censura, ele afirmou que a música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era
muito autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exército
logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar nas rádios.
Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros. Juro! /
Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse samba no escuro
8- Acender as velas
Esta música, lançada em 1965, é considerada uma das maiores composições do sambista Zé
Keti. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964. A letra
deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela.
Faz uma crítica social as péssimas condições de vida nos morros do Rio de Janeiro, na
década de 1960.
Trecho: Acender as velas / Já é profissão / Quando não tem samba / Tem desilusão / É
mais um coração / Que deixa de bater / Um anjo vai pro céu
9- Que as crianças cantem livres
Esta é uma composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou
em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar.
Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime,
no fim da década de 1960 até meados dadécada de 1970.
Trecho: E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não
pode amar sem dor / E que o passado abra os presentes pro futuro / Que não dormiu e
preparou o amanhecer…..
10- Jorge Maravilha
Esta música, lançada em 1974, é mais uma de Chico Buarque, agora sob o pseudônimo de
Julinho de Adelaide, criado para driblar a censura. Os versos “você não gosta de mim, mas
sua filha gosta” parecia uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Mas, na verdade,
fazia alusão à família dogeneral Geisel. Geisel odiava Chico Buarque. No entanto, a filha
do militar manifestava interesse pelo trabalho do compositor.
Trecho: E como já dizia Jorge Maravilha / Prenhe de razão / Mais vale uma filha na mão /
Do que dois pais voando / Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
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10 torturas da ditadura militar*
1- Pau-de-Arara
O Pau-de-Arara consistia numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos
amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o
corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase
nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques, a
palmatória e o afogamento.
2- Choque Elétrico
O Choque Elétrico foi um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados
durante o regime militar. Geralmente, o choque dado através telefone de campanha do
exército que possuía dois fios longos que eram ligados ao cor-po nu, normalmente nas
partes sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O acusado recebia descargas
sucessivas, a ponto de cair no chão.
3- Pimentinha
A Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu
interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos
termi-nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa
máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.
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4- Afogamento
No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma
mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a
engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou
tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do
afogamento.
5- Cadeira do Dragão
A Cadeira do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados
numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado
na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores
enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.
6- Geladeira
Na Geladeira, os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de
ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um
sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam
sons irritantes. Os presos ficavam na “geladeira” por vários dias, sem água ou comida.
7- Palmatória
A Palmatória era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento
era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o
sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias partes do
corpo, principalmente em seus órgãos genitais.
8- Produtos Químicos
Haviam vários Produtos Químicos que eram comprovadamente utilizados como método de
tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal, substância que fazia
a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns casos, ácido era jogado no rosto da
vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo deformação permanente.
9- Agressões Físicas
Vários tipos de Agressões Físicas eram combinadosàs outras formas de tortura. Um dos
mais cruéis era o popular “telefone”. Com as duas mãos em forma de concha, o torturador
dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que
podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.
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10- Tortura Psicológica
De certa forma, falar de Tortura Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de
tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de
tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições
que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.
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10 armas antigas exóticas*
1- Katar
Katar é uma arma de origem indiana. É uma adaga composta de lâminas e um bracelete,
para que possa formar uma extensão do braço. Era muito usado pelos mercenários da
Antiguidade para executar suas vítimas com muita velocidade, precisão e silêncio. São
perfeitas para perfurar armaduras. Eram armas utilizadas para cortar carne e matar bois.
2- Macuahuitl
Macuahuitl, também conhecida como “espada de madeira”, era uma arma usada pelos
astecas e outros povos que habitavam no que atualmenteé o México central. Era uma
espécie de clava achatada de onde sobressaíam várias lâminas de obsidiana, um tipo de
vidro vulcânico muito utilizado para o fabrico de instrumentos cortantes pelos povos précolombianos, desconhecedores da tecnologia do bronze.
3- Atlatl
Um Atlatl é um dispositivo utilizado para aumentar a velocidade inicial de lançamento de
um projétil. É constituído geralmente por um bastão de comprimento variável com um
gancho em uma das extremidades. O propulsor prolonga o braço humano e multiplica sua
força. Era utilizado por diversas culturas do mundo, incluindo povos ameríndios, como os
tarairus no Brasil. Na pré-história, também era chamado de propulsor de azagaia.
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4- Kylies
Os kylies, ou bumerangues de caça, eram usados como arma de arremesso para caçar
lagartos, pássaros e outros animais pequenos. Seu uso como uma arma da batalha teve um
papel menor. Quando jogados voavam em linha reta e não retornavam ao atirador. O kylie
mais velho foi encontrado datado em 20.000 anos e foi feito da presa de marfim de um
mamute.
5- Boleadeira
Boleadeira é uma espécie de funda lançada nos pés do animal enquanto ele corria,
causando-lhe assim a queda e possibilitando ao caçador ir ao local dessa queda e matar o
animal. A boleadeira é composta de bolas metálicas ou pedras arredondadas (bolas ou
boleadoras em castelhano) amarradas entre si por cordas tendo em cada uma das
extremidades uma das bolas, em comparação com o lariat ou riata do cowboy.
6- Zarabatana
A zarabatana é uma arma que consiste num tubo originalmente de madeira (caule oco) pelo
qual são soprados pequenos dardos, setas ou projéteis. As zarabatanas eram utilizados pelos
povos indígenasda América do Sul (Amazônia e Guianas) e Sudeste da Ásia, e por algumas
tribos da América do Norte, que as utilizavam para caçar pequenos animais, nomeadamente
pássaros, esquilos, macacos e coelhos.
7- Fundíbulo
Um fundíbulo é uma arma de arremesso constituída por uma correia ou corda dobrada, em
cujo centro é colocado o objeto que se deseja lançar. Também chamada de atiradeira,
catapulta ou estilingue, embora alguns desses nomes possam remeter a tipos de armas de
arremesso específicos. Uma das mais antigas e primitivas armas feitas pelo homem, seu uso
é registrado entre os primitivos australianos, e diversos povos da Antigüidade, tais como
gregose hebreus.
8- Cestus
O cestus é uma luva de batalha antiga, muito utilizada nas lutas greco-romanas. Era usado
como as luvas de boxe modernas, mas eram feitas com tiras de couro e algumas vezes
preenchidas com placas de ferro. Em alguns casos, eram usadas com inserção de uma
lâmina ou espículas no seu modo mais letal.
9- Tewhatewha
Um tewhatwha era uma arma de contusão utilizada pelos maoris. Ela tem o formato de um
machado e, antes utilizada em batalhas, hoje é utilizada em cerimônias religiosas. Era
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utilizado para defesa e golpes rápidos. O golpe, geralmente, não era dado com a ponta,
como em um machado comum, mas com a parte mais fina da arma. Era comuma adição de
penas de pombo ou falcão na parte traseira como forma de confundir o oponente.
10- Borduna
Parte importante da cultura bélica indígena, a borduna não era uma ferramenta de uso diário
como o arco e flecha, se destinando unicamente para a guerra. A borduna nada mais era do
que uma clava – um pau pesado em uma extremidade, que causava danos pelo impacto
direto. As formas dessa arma e até os nomes (borduna, manacã, tangapema, ivirapema,
tacape, etc), variam de grupo indígenapara grupo indígena.
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10 ideologias do nazi-fascismo*
1- Totalitarismo
Totalitarismo significa a presença de um estado forte, cujo poder central tem autoridade
absoluta. Esta ideologia defende que o indivíduo deve viver em função do estado. O
totalitarismo está baseado no seguinte princípio: “tudo dentro do estado, nada fora do
estado e ninguém contra o estado”. Para controlar um grupo decamponeses da cidade de
Guernica – imortalizada na pintura de mesmo nome criada por Picasso– Francisco Franco
teve a ajuda da aviação militar alemã (Luftwafe).
2- Militarismo
Militarismo é uma ideologia que acredita na guerra como fator de grandeza e prosperidade.
Assim, a sociedade só consegue se desenvolver quando governada ou guiada por conceitos
incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Segundo este princípio, Hitler
teria dito: “Na guerra eterna a humanidade se torna grande – na paz eterna, a humanidade
se arruinaria”.
3- Ultranacionalismo
Ultranacionalismo exalta tudo queé próprio da nação, de uma forma exagerada. Toda a
política interna está ligada ao desenvolvimento do poder nacional. Esta ideologia vem
carregada de autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e
opressão de populações não-nativas dentro da nação oude seu território e emocionalismo.
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4- Unipartidarismo
Unipartidarismo significa a existência de um só partido. Para fazer valer este princípio,
Hiter e Mussolini dominaram o poder executivo e judiciário, enfraqueceram o poder
legislativo, perseguiram políticos opositores e implantaram regimes ditatoriais em seus
países.
5- Controle da propaganda
O controle da propaganda era uma característica forte em regimes totalitários, destinado a
convencer as pessoas e manter o controle do Estado sobre a população. Junte-se a isto a
forte repressão política contra a liberdade de expressão, imprensa ou qualquer manifestação
contrária ao regime. Através dele, buscava-se manipular a opinião pública e fazer o povo
trabalhar e viver pelo regime.
6- Culto ao líder
O totalitarismo passou por um forte trabalho de culto ao líder, visando construir a imagem
de um governo forte e onipotente. A construção desta imagem ia desde a representação em
obras de arte, como o retrato a ser saudado nas escolas. Mussolini recebeu o título de Duce
e, Hitler, o título de Fuhrer. Ambas palavras significam algo como “Grande Chefe”. Na
Alemanha, a leitura do livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito por Hitler, era estimulada
entre a população.
7- Anticomunismo
As vezes é difícil compreender uma posição político-ideológica nos regimes nazi-fascistas,
em especial no nazismo. O regime alemão não depositava todas as suas fichas no
capitalismo, mas também odiava o comunismo, apesar do “nacional-socialismo”. Assim, o
anticomunismo se caracterizou pelo desprezoàs ideologias de esquerda, governos de origem
socialista, movimentos operários, greves e sindicatos.
8- Racismo
O racismo esteve presente mais visivelmente no nazismo alemão. Neste caso, o ódio era
disseminado a todos aqueles que não pertenciam à raça ariana, denominação dada às
características físicas e biológicas do chamado povo alemão. Este fato estimulou a eugenia,
ou seja, a tentativa de criar uma raça pura. No caso alemão, isto significava eliminar os
impuros, em especial os judeus.
9- Antissemitismo
O antissemitismo não surgiu na Alemanha, mas lá obteve seus contornos mais terríveis que
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levaram à morte de mais de 6 milhões de judeus em campos de concentração e extermínio,
como Auschwitz e Bikernau. Assim, o antissemitismo se manifestou através do ódio,
perseguição, tortura e extermínio dos judeus. A princípio, judeus tiveram seus bens
confiscados e muitos foram expulsos ou fugiram da Alemanha. Dentre os que
permaneciam, havia também o isolamento nos guetos e o uso como cobaias em
experiências científicas.
10- Expansionismo
A ideologia nazista pregava a existência de um espaço vital para os alemães, chamado de
lebensraum, ou seja, um grande território para que a raça ariana pudesse se desenvolver.
Vale ressaltar que Hitler tinha a intenção de conquistar praticamente o mundo todo,
assimilando as regiões que tivessem forte concentração alemã, como as colônias
germânicas no sul do Brasil. O expansionismo levou Hitler a invadir a Polônia, fato que fez
estourar a Segunda Guerra Mundial.
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10 filmes históricos imperdíveis*
1- A Guerra do Fogo
Guerra do Fogo é um filme de 1981, dirigido por Jean-Jacques Annaud. Retrata um período
na pré-história e dois grupos de hominídeos. O primeiro, que não fala e se comunica através
de gestos e grunhidos, é pouco evoluído e não domina a técnica de produzir o fogo; o outro
grupo tem comunicação e hábitos mais complexos, como a habilidade de fazer o fogo.
2- A Queda
A Queda é um filme de 2004, dirigido por Oliver Hirschbiegel. Em 1942, um grupo de
jovens mulheres é escoltado por oficiais das SS, até o QG de Hitler na Prússia. São
candidatas ao cargo de secretária pessoal do Führer. Entre elas, está Traudl Junge, uma
jovem de Munique, de 22 anos. A ideia de servir ao Führer pessoalmente a deixa radiante.
3- O Último Imperador
O Último Imperador é um filme de 1987, dirigido por Bernardo Bertolucci. Conta a história
da vida de Aisin-Gioro Puyi, o último imperador da China Imperial. Com a vitória
comunista em 1949, Puyi é entregue para a China – havia sido capturado por tropas
soviéticas em 1945, considerado criminoso de guerra, ficara preso em um gulag até essa
data.
4- A Lista de Schindler
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A Lista de Schindler é um filme de 1993, dirigido por Steven Spielberg. O exército polonês
fracassou perante o exército alemão no início da Segunda Guerra Mundial, na Europa.
Judeus que viviam na Polônia foram transferidos para guetos. Horrorizado com as
atrocidades cometidas contra os judeus, Schindler decide usar sua fábrica para protegê-los.
5- O Nome da Rosa
O Nome da Rosa é um filme de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud. À última semana
de novembro de 1327, em um mosteiro da Itália medieval, a morte, em circunstâncias
insólitas, de sete monges em sete dias e noites, é o motor responsável pelo desenvolvimento
da ação. Um monge franciscano é chamado parasolucionar o mistério e cai nas malhas de
uma trama diabólica.
6- Gandhi
Gandhi é um filme de 1982, dirigido por Richard Attenborough. Retrata a vida de Mahatma
Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de
dominação do imperialismo inglês. O filme mostra momentos marcantes de sua luta e
organização, colocando em práticaa política de desobediência civil.
7- Ivan, o Terrível
Ivan, o Terrível é um filme dirigido por Sergei Eisenstein. A primeira parte do filme foi
produzida em 1944, e conta a história de Ivan IV (1530-1584), arquiduque de Moscou, que
se auto-proclama Czar de Rússia e se prepara para retomar territórios russos perdidos. A
segunda parte foi produzida em 1945, mas proibida por Stalin, na URSS, até 1958.
8- Spartacus
Spartacus é um filme de 1960, dirigido por Stanley Kubrick. Conta a história de Espártaco,
um homem que nasceu escravo. Condenado à morte por morder um guarda em uma mina
na Líbia, seu destino foi mudado por um lanista (negociante e treinador de gladiadores),
que o comprou para se tornar um gladiador.
9- ... E o Vento Levou
… E o Vento Levou é um filme de 1939, dirigido por Victor Fleming. Conta a saga de
Scarlett O’Hara, filha de um imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do sul dos
Estados Unidos, durante a guerra civil estadunidense. Após ficar viúva, Scarlett vai para a
cidade de Atlanta e acaba por servir aos confederados, na chamada Guerra de Secessão.
10- Ben-Hur
Ben-Hur é um filme de 1959, dirigido por William Wyler. Em Jerusalém, no início do
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século I, vive Judah Ben-Hur, um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala, um
amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um
desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene BenHur a viver como escravo.
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10 terríveis trabalhos romanos*
1- Nomenclator
O nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homemagenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia,
temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos
que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém,
anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o
papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus
escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.
2- Traficante de Escravos
Traficante de escravos era alguém que vendia escravos – por negócios ou lazer.
Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendêlos como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos
“indesejados” das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos
e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam
seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de
escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.
3- Ornador
O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E,
antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve
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apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a
cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje,
a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção
para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador
deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a
tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura
passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi.
4- Virgem Vestal
“Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem
mutilações e não pode ser filha de escravos”. Aí está a descrição de uma virgem vestal.
Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do
fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a
chama vestal e estavam em posição de grande honra – eram as únicas sacerdotisas da Roma
Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria
flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a
virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse,
porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o
significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada,
era também enterrada viva!
5- Dentista
Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares.
Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode
manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis
no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais – que não tinham o hábito de
escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles
com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de
vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava,
eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o
buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o
paciente!
6- Fabricante de Vinhos
Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos – a colheita da uva nas primeiras
horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto
entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar?
Seria um ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com
chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente
adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda
serviam o vinho em copos de chumbo.
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7- Pregustador
O pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não
desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das
mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte
de carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos
imperadores eram odiados, emuita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor
maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que
os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus
reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E,
se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.
8- Remador
A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns
quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os
músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a
mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os
pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a
remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que
implicava em açoite.
9- Depilador de Axilas
A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao
depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos
romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande
capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens – velhos
ou novos – se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por
um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com
axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.
10- Delator
Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que
pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um
“trabalho” oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social,
odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois
eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi,
certamente, Judas Iscariotes.
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10 revoltas que ocorreram na Bahia*
1- Guerra dos Aimorés
A Guerra dos Aimorés ocorreu entre 1555 e 1673. Segundo alguns comentaristas daépoca,
os Aimorés eram índios selvagens e nômades. No período mencionado, as suas tribos
vinham caçando, pescando e matando inimigos luso-brasileiros ao longo dos rios Jaguaripe
e Paraguaçu. Um rastro de devastação vinha desde a região de Ilhéus, Porto Seguro e outras
localidades.
2- Levante dos Tupinambás
O Levante dos Tupinambás ocorreu entre 1617 e 1621, durante o Período Colonial. A
revolta destes indígenas ocorreu, em parte, devido a escravização por parte de brasileiros e
lusitanos. E não ficou restrita apenas à Bahia. Em 7 de janeiro de 1619, os Tupinambás
chefiados por Guaimiaba, Cabelo de Velha, revoltaram-se contra os portugueses, atacando
o Forte do Presépio.
3- Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, em
Salvador. Da mesma forma que a Conjuração Mineira, também foi um movimento
separatista, influenciado pelas ideias iluministas e desejava a proclamação da República.
Porém, ao contrário daquela, esta teve maior participação popular edefendia o fim da
escravidão. A conjuração contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores,
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ex-escravos e escravos.
4- Revolução Liberal de 1821
A Revolução Liberal de 1821, foi uma adesão de Salvador ao movimento que ocorrera em
Portugal, na região do Porto, que exigiu a volta de D. João VI para aquele país. No caso
baiano, o movimento exigia uma Constituição para o país e teve participação de Cipriano
Barata, José Pedro de Alcântara e o capitão João Ribeiro Neves. Arevolução acabou
levando à Independência da Bahia, em 1823, quase um ano após a Independência do Brasil.
5- Federação dos Guanais
A Federação do Guanais foi uma revolução nativista, no ano de 1832, nas vilas de São
Félix e Cachoeira, constituindo-se um dos germes que provocaram a revolta maior de
1837, conhecida por Sabinada. Teve como característica um caráter autonomista e
republicano, com forte oposição ao governo imperial, e ocorreu devido a indefinição
política no país após a abdicação de D. Pedro I.
6- Revolta dos Malês
A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, na cidade de
Salvador, em 1835. Os escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião
islâmica, organizaram-se em torno de propostas radicais para libertação dos demais
escravos africanos que fossem muçulmanos. “Malê” é o termo que se utilizava para referirse aos escravos muçulmanos.
7- Sabinada
A Sabinada ocorreu de 1837 a 1838, durante o Período Regencial. Seu nome se originou do
líder do movimento, o médico Francisco Sabino. A causa principal foi a insatisfação com as
autoridades impostas pelos regentes na província. A revolta resultou na organização da
República Bahiense. A origem desta revolta é antiga e as motivações muito parecidas com
aquelas registradas na Conjuração Baiana e Federação dos Guanais. 4 revoltas do período
regencial brasileiro
8- Motim da Carne sem Osso
O Motim da Carne sem Osso ocorreu em Salvador, em 1858, durante o chamado Segundo
Reinado. Dentre os motivos, estavam os abusos praticados no comércio da farinha de
mandioca, fundamental à alimentação da maior parte da população daqueles tempos
naquela região. A frase que deu nome ao movimento foi: “Queremos carne sem osso e
farinha sem caroço!”
9- Guerra de Canudos
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A Guerra de Canudos ocorreu entre 1896 e 1897, durante a República Velha. O arraial de
Canudos foi criado sob a liderança de Antônio Conselheiro, e agregava famílias pobres do
sertão baiano. O movimento tinha caráter coletivista, messiânico e monarquista.
Conselheiro atribuía à República os males que sofria a população brasileira. Foram
necessárias quatro expedições para o exército conseguir vencer ossertanejos.
10- Levante Sertanejo
O Levante Sertanejo ocorreu entre 1919 e 1930 e foi altamente elitista, ligado aos interesses
dos grandes coronéis baianos. Neste caso, o coronéis Marcionillo Souza, Horácio de Matos,
e Anfiófilo Castelo Branco reagiram contra a Lei Estadual n.º 1.104, de 09 de maio de
1916, que pretendia minar seu imenso poder regional. O coronelismo foi um grande
fenômeno político da República Velha.
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10 mulheres guerreiras imbatíveis*
1- Judite
Judite foi uma rainha não-cristã que governou o reino etíope de D’mt por volta de 960. Ela
dominou o antigo reino de Axum, então capital sagrada da Etiópia. Ela foi responsável pela
destruição de monumentos, igrejas e tentou eliminar todos os membros da dinastia que
reinava, descendentes da rainha de Sabá. Suas ações foram registradas pela tradição oral e
em vários outros registros históricos. Acredita-se que ela matou o imperador e assumiu o
trono por 40 anos. Relatos de sua violência e crueldade ainda são contadas pelos
camponeses nas comunidades do Norte da Etiópia. Segundo as tradições, ela saqueou e
destruiu Debre Damo, local sagrado dos antigos reis da Etiópia.
2- Triêu Thi Trinh
Triêu Thi Trinh foi uma guerreira vietnamita do séc. III, que conseguiu resistir às forças de
ocupação do Reino Wu. Ela nasceu na província de Thanh Hoa, no norte do Vietnã.
Quando ela nasceu, sua província era controlada pelo Reino Wu, um dos três grandes reinos
da China. Triêu ficou órfã muito cedo e foi tratada como escrava até os 20 anos. Ela
conseguiu fugir para a floresta e montou um exército de 1000 guerreiros, entre homens e
mulheres. Com este poderio, conseguiu libertar uma área do Vietnã do domínio chinês.
Com 23 anos, já havia derrotado por volta de 30 batalhões Wu. Alguns documentos dizem
que Triêu surgia em batalha montada em um elefante, vestindo uma armadura dourada e
brandindo duas espadas.
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3- Budica
Budica foi rainha dos Icenos, povo britânico que liderou uma rebelião contra as forças de
ocupação do Império Romano, no séc. I. Ao morrer, seu marido havia deixado seu reino
para ser governado por uma aliança que envolvia suas filhas e o imperador romano. Porém,
os romanos não reconheceram a aliança e assumiram controle total sobre o reino. Na
ocasião, Budica foi açoitada e suas filhas foram estupradas.Mais tarde, ela foi escolhida
para liderar seu povo num ataque contra os romanos. Seu exército teve grande sucesso no
ataque e destruiu completamente as cidades de Colchester e Londres. Segundo Tácito, o
exército de Budica não fazia prisioneiros. Qualquer um que cruzasse seu caminho era
simplesmente exterminado. Já Dio Cassius relatou que as mulheres nobres romanas eram
decapitadas e tinham os seios cortados e costurados à boca. Ironicamente, há uma estátua
de Budica na cidade que ela mesma destruiu.
4- Irmãs Trung
As irmãs Trung foram líderes militares vietnamitas que conseguiram repelir invasões
chinesas por três anos seguidos. Elas são consideradas heroínas nacionais no Vietnã. Elas
nasceram no séc. I, durante os mil anos de ocupação chinesa. Após lutar contra uma
pequena unidade chinesa na aldeia em que viviam, elas montaram um exército formado
exclusivamente por mulheres. Dentro de poucos meses, elas tomaram de volta muitas
aldeias das mãos dos chineses e libertaram o Vietnã. Elas se tornaram rainhas e repeliram
os ataques chineses durante dois anos. No entanto, a China armou um grande exército para
esmagar as irmãs e, apesar do esforço das mulheres guerreiras, o exército chinês foi
vitorioso. Para evitar humilhação nas mãos do inimigo, as irmãs Trung cometeram suicídio,
afogando-se no rio Day.
5- Artemísia I de Cária
Artemísia I de Cária se tornou governante da Jônia, cliente dos persas. Ela é lembrada por
sua participação na Batalha da Salamina, no contextos das Guerras Médicas. Ela mesmo
aconselhou o rei Xerxes a não confrontar os gregos pelo mar. Porém, o rei ignorou o seu
conselho e ela participou da batalha comandando cinco navios, em 480 a.C. Em
determinado momento, os gregos estiveram próximos de capturar o seu trirreme, quando
ela pensou em um plano ardiloso para fugir. Rapidamente, ela afundou um navio persa,
fazendo os gregos pensarem que ela estava lutando ao lado deles. Assim, deixaram-na em
paz. Xerxes, assistindo de uma colina próxima, achou que ela tivesse afundado um navio
inimigo, e elogiou sua bravura. O rei persa ficou tão orgulhoso, que disse: “Meus homens
se transformaram em mulheres, e minhas mulheres em homens”. Artemísia tentou
convencer Xerxes a recuar para a Ásia Menor, contrariando os conselhos de outros
generais. No fim, os persas sofreram uma grande derrota.
6- Fu Hao
Fu Hao foi uma consorte do rei Wu Ding, da dinastian Shang, por volta de 1200 a.C. Ela
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também foi alta sacerdotisa e general militar, algo incomum no seu tempo. Sua tumba foi
descoberta intacta em Yinxu, com os tesouros conservados. Os estudiosos modernos
encontraram registros sobre ela em inscrições em artefatos em osso. Estas inscrições
mostram que ela liderou várias campanhas militares. Os vizinhos Tu lutaram contra os
Shang durante muitas gerações, mas Fu Hao os venceu em uma única batalha. Ela ainda
liderou outras campanhas contra os vizinhos Yi, Qiang e Ba, sendo que a batalha contra
estes últimos representou a maior emboscada registrada na História da China. Com um
exército de 13 mil soldados, ela foi a maior líder militar do seu tempo.
7- Ah-hotep I
Ah-hotep I foi uma figura tão importante no período do Novo Império, que chega a ser
considerada, pelos estudiosos, como a principal fundadora da 18ª Dinastia do Egito, no séc.
XVI a.C. Ela teve uma vida longa e influente e governou como regente após a morte de seu
pai. Neste período, permitiu que seus dois filhos – Kamose e Ahmose I – unificassem o
reino após a expulsão dos hicsos. Aliás, ela foi uma das responsáveis pela expulsãodeste
povo do Egito. Viveu até os noventa anos e foi enterrada ao lado de Kamose, em Tebas.
Armas e jóias encontradas na tumba de Ah-hotep I incluem um machado retratando
Ahmose I derrubando um soldado hicso e voando em direção à rainha, o que reforça o seu
papel na expulsão dos hicsos. Desta forma, ela ficou conhecida como a rainha guerreira.
Ela foi homenageada com uma estela, encomendado por Ahmose I no templo de Amon-Rá,
que elogia seus feitos militares.
8- Joana d’Arc
Joana d’Arc é considerada uma das mulheres mais fortes e guerreiras que o mundo já
conheceu. Nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, França. Ao completar 13 anos, a
jovem passou a ouvir vozes sagradas, que diziam que a menina deveria salvar a França dos
ingleses. Isto ocorreu no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito que se iniciou em 1337 e
teve fim em 1453. Tendo Joana completado 16 anos, o rei Carlos VII – ainda não coroado –
a equipou e abençoou no cerco de Orleans. Apesar de estarem em menor número, os
franceses contavam com a força, coragem e garra de Joana. A batalha durou alguns dias e
os ingleses recuaram. Depois de várias vitórias, Joana coroou Carlos VII, em 1429. Ela foi
a única pessoa registrada a comandar o exército de uma nação com apenas dezessete anos.
Ela foi julgadapor heresia em um falso tribunal e queimada na fogueira. Seu julgamento foi
declarado inválido pelo Papa, e ela foi canonizada como santa muitos anos mais tarde.
9- Zenóbia
Zenóbia governou a Síria de 250 a 275. Ela liderava seu exército montada em um cavalo,
com armadura completa. Durante o reinado do imperador romano Cláudio, ela impôs uma
derrota tão avassaladora sobre as tropas romanas, que as legiões tiveram que recuar
rapidamente para a Ásia Menor. Arábia, Armênia e Pérsia aliaram-se a ela e a declararam
rainha do Egito. Aureliano, sucessor de Cláudio, enviou seus melhores guerreiros para
derrotar Zenóbia, mas foram necessários quatro anos de cercos e batalhas para que Palmira
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– então capital da Síria – fosse conquistada. Zenóbia e mais nove rainhas de províncias
aliadas foram capturadas e levadas pelas estradas romanas, presas em correntes. Algum
tempo depois, sob ordens de Aureliano, Zenóbia foi exilada em Tibur, mas sua família
influenciou a política romana por muitas gerações.
10- Tamara da Geórgia
Tamara foi a filha do rei George III, da Geórgia. Seu pai a declarou co-governante e
herdeira, aparentemente para prevenir disputas após sua morte. Após a morte de George III,
Tamara ganhou a reputação de líder excepcional e foi apelidada de “Rei dos Reis e Rainha
das Rainhas”, por seu povo. Tamara desempenhou papel ativo na condução de seu exército.
Durante seu governo, a Geórgia atingiu o ápice político, cultural e econômico. Entre 1201 e
1203, os georgianos conquistaram e anexaram as capitais armenas de Ani e Dvin. Em 1204,
o exército de Tamara ocupou a cidade de Kars. Neste mesmo ano, Tamara ajudou a fundar
o Império de Trebizonda, na margem sul do Mar Negro. Faleceu em 1213.
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10 abusos sofridos pela mulher*
1- Vestimentas obrigatórias
Em 2001, um grupo militante chamado Lashkar-e-Jabar exigiu que as mulheres
muçulmanas da Caxemira usassem burcas – vestimenta que as cobre dos pés à cabeça -, sob
o risco de serem atacadas. Os homens jogaram ácido no rosto de duas mulheres que não se
cobriram em público. O grupo também exigiu que as mulheres hindu e sikh adotassem
vestimentas obrigatórias: defendiam que as mulheres hindu deveriam usar o bindi–
tradicional ponto colorido – na testa, e as mulheres sikh deveriam cobrir suas cabeças com
um pano cor de açafrão.
2- Infanticídio feminino
A política do filho único, na China, fez aumentar o desdém por crianças do sexo feminino:
aborto, negligência, abandono e infanticídio (assassinato de crianças) são alguns crimes que
atingem estas crianças. O resultado deste planejamento familiar foi uma média de 114
homens para cada 100 mulheres, entre crianças de 0 (recém-nascidas) a 4 anos de idade.
Normalmente, a taxa é de 105 homens para cada 100 mulheres.
3- Perseguição sexual
Muitos países criminalizam o sexo antes do casamento. No Marrocos, as penas para
violação do código penal, no que tange a esta questão, incorrem bem mais em mulheres do
que em homens. Mulheres solteiras grávidas, em particular, sofrem com a perseguição
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sexual. O código penal marroquino também considera o estupro de uma virgem como uma
circunstância agravante de agressão. A mensagem é clara: o grau de punição do agressor é
determinada pela experiência sexual da vítima.
4- Sequestro de noivas
O sequestro de noivas é uma prática comum no Quirguistão e Turcomenistão. Quando é
hora de se casar no Quirguistão, o homem ou sua família escolhem uma mulher, que será
sequestrada. O noivo, seus parentes e amigos a levam para a casa da família, onde as
mulheres mais velhas tentam convencer a mulher sequestradaa aceitar o casamento.
Algumas famílias mantém a mulher refém durante vários dias para fazê-la ceder. Na
Etiópia e Ruanda, o processo tem requintes de brutalidade, pois o homem, além de
sequestrar a mulher, também a estupra.
5- Morte por honra
Morte por honra é uma forma de punição cometida contra uma mulher que se julga ter
desonrado os membros de sua família. Geralmente, as vítimas são mulheres que: recusam
um casamento arranjado; são vítimas de um abuso sexual; buscam o divórcio; cometem
adultério; ou praticam sexo fora do casamento. A UNICEF relatou que, na Índia, mais de
5000 noivas são mortas anualmente porque seus dotes de casamento são considerados
insuficientes.
6- Queimadura
Queimadura é uma forma de violência doméstica praticada em partes da Índia, Paquistão,
Bangladesh e outros países localizados no ou ao redor do subcontinente indiano. O ato é
praticado da seguinte maneira: um homem, ou sua família, jogam querosene, gasolina ou
outros líquidos inflamáveis na esposa. Depois, ateiam fogo, levando a mulher à morte ou
lesões permanentes.
7- Ataques com ácido
Ataques ácidos são uma forma de violência que ocorrem principalmente no Afeganistão.
Perpetradores desses ataques jogam ácido em suas vítimas (normalmente em seus rostos),
queimando-as. As conseqüências incluem cicatrizes permanentes no rosto e no corpo, assim
como cegueira.
8- Mutilação genital feminina
A mutilação genital feminina se refere a todos os procedimentos de remoção parcial ou
total dos órgãos genitais femininos externos, assim como outras formas de lesão, quer por
razões culturais, religiosas, ou mesmo por razões terapêuticas. Estas formas de mutilação
aparecem no mundo todo, mas são mais comuns em regiões da África. Geralmente, ocorre
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entre os 4 e 8 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade desde a infância até a
adolescência. O procedimento, quando realizado sem anestesia, pode levar à morte por
choque, devido à imensa dor, ou por sangramento excessivo.
9- Tráfico de mulheres
Desde a queda da cortina de ferro, os países pobres do antigo bloco oriental, como a
Albânia, Moldávia, Roménia, Bulgária, Belarus e Ucrânia têm sido identificados como
principal origem do tráfico de mulheres e crianças. As meninas são freqüentemente atraídas
para os países ricos pela promessa de dinheiro e trabalho e, em seguida, reduzidas à
escravidão sexual. Estima-se que 2/3 das mulheres traficadas para prostituição, anualmente,
vêm da Europa Oriental, sendo que 3/4 delas nunca trabalhou como prostituta antes.
10- Servidão ritual
Em algumas partes de Gana, uma família pode ser punida por um delito tendo que entregar
uma mulher virgem para servir como escrava sexual dentro da família ofendida. Neste
sistema de escravidão, sob forma de servidão ritual, meninas virgens são dadas como
escravas em templos tradicionais e usadas sexualmente por sacerdotes.
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10 falsas profecias sobre o fim do mundo*
1. Grande Incêndio de Londres
Na tradição cristã, o número 666 é descrito, no livro bíblico do Apocalipse, como a “marca
da besta”. Baseado nisto, muitos europeus cristãos ficaram preocupados com a chegada do
ano 1666. Para piorar, no ano anterior, uma praga havia dizimado cerca de 100 mil pessoas,
um quinto da população deLondres, levando muitos a prever o fim dos tempos. Em 2 de
setembro de 1666, eclodiu um incêndio em uma padaria em Pudding Lane, em Londres. O
fogo se propagou durante três dias e queimou mais de 13 mil edifícios e casas. No final,
menos de 10 pessoas morreram no incêndio, que, embora catastrófico, não foi o fim do
mundo.
2. Galinha Profeta de Leeds
Existem inúmeros exemplos de pessoas que proclamam o retorno de Jesus Cristo, mas
provavelmente nunca existiu um mensageiro mais estranho do que a galinha da cidade
inglesa de Leeds, em 1806. As pessoas da cidade contavam que uma galinha começou a
botar seus ovos no formato da frase “Christ is coming” (Cristo está chegando). Notícias do
incrível milagre se espalharam rapidamente, e muitas pessoas se convenceram que o dia do
juízo final estava próximo. A história começou a tomar proporções enormes, até que um
curioso cidadão da cidade observou a galinha botando os ovos – e descobriu que todos
tinham caído em uma brincadeira de mau gosto.
3. O Grande Desapontamento
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O fazendeiro estadunidense William Miller, depois de estudar a Bíblia durante vários anos,
concluiu que a data escolhida por Deus para acabar com o mundo poderia ser encontrada
em uma interpretação literal das escrituras. Ele explicava para seus seguidores (chamados
de adventistas ou milleristas) que o mundo acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de
marçode 1844. Ele pregava e publicava o bastante para conseguir milhares de seguidores,
que chegaram à conclusão que a data definitiva seria 23 de abril de 1834. Muitos
seguidores de Miller venderam ou doaram todas suas posses. Quando a data do fim do
mundo chegou, e Jesus não retornou, o grupo se desintegrou, mas alguns remanescentes
formaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
4. Cometa Halley
Em 1881, um astrônomo descobriu que a cauda de cometas têm um gás mortal, chamado de
cianogênio, tão tóxico quanto o cianeto, que é semelhante a ele. A descoberta não recebeu
muita atenção, até que alguém notou que a Terra passaria próxima à cauda do cometa
Halley, em 1910. O respeitado jornal estadunidense “The New York Times” e vários outros
questionavam se todas as pessoas do planeta morreriam envenenadas pelo gás tóxico, o que
levou a uma onda de pânico nos Estados Unidos. Finalmente, cientistas com a cabeça no
lugar explicaram que não havia motivos para temer a passagem do cometa,que ocorreu sem
maiores problemas.
5. Seita Heaven’s Gate
Quando o cometa Hale-Bopp apareceu em 1997, surgiram também rumores que uma nave
alienígena estaria seguindo o cometa. Além disso, as pessoas afirmavam que a nave estava
sendo escondida pela Nasa e pela comunidade de astrônomos, o que podia ser facilmente
refutado por qualquer pessoa com um telescópio. Apesar da negação da existência de tal
nave,os rumores foram divulgados amplamente, e inspiraram a criação de uma seita
chamada “Heaven’s Gate” (Portais do Céu, em tradução livre), que acreditava que o mundo
acabaria logo. Infelizmente, no dia 26 de março de 1997, o mundo acabou para 39 membros
do culto, que foram levados aum rancho no meio do deserto e cometeram suicídio por
acreditar que suas almas seriam levadas pelos alienígenas.
6. Profecias de Nostradamus
A escrita metafórica e obscura de Michel Nostredame, conhecido como Nostradamus,
intrigaram estudiosos por mais de 400 anos. Seus escritos, que dependem muito da
interpretação, foram traduzidos e reescritos em inúmeras versões. Uma das suas frases mais
famosas afirma “no ano 1999, sétimo mês/do céu viráo grande rei do terror”. Muitos
devotos das previsões de Nustradamus ficaram preocupados, já que ele tinha grande fama, e
acreditavam que esta era a sua previsão do fim do mundo.
7. Bug do Milênio
A virada do milênio deu origem a mais uma previsão para o fim do mundo: o problema,
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notado na década de 1970, seria que muitos computadores não conseguiriam ver a diferença
entre o ano 2000 e o ano de 1900. Ninguém tinha certeza do que isso significaria, mas
muitos sugeriam que problemas catastróficos poderiam ocorrer, desde blecautes enormes a
um holocausto nuclear. A venda de armas cresceu muito e várias pessoas prepararam
bunkers para viver após a catástrofe. Mesmo com todos os problemas previstos, o ano novo
começou normalmente, com alguns pequenos problemas em computadores isolados.
8. Desastre do Gelo
Na chegada do novo milênio, uma outra catástrofe global foi prevista por Richard Noone,
autor do livro “5/5/2000 Ice: The Ultimate Disaster” (“Gelo: o desastre final”, em tradução
livre, sem edição brasileira). Segundo o autor. O gelo da Antártica teria quase 5
quilômetros de espessura no dia 5 de maio de 2000, quando os planetas se alinhariam no
céu, resultando em uma morte gelada para toda a humanidade. O final dessa história foram
milhares de exemplares do livro vendidos, o enriquecimento do autor, mas sem mortes em
massa devido ao gelo derretido.
9. Última Testemunha de Deus
De acordo com o pastor da Igreja de Deus, Ronald Weinland, autor do livro“2008: God’s
Final Witness” (2008: a última testemunha de Deus, em tradução livre), centenas de
milhares de pessoas morreriam a partir de 2006, quando o livro foi lançado. Ao fim daquele
ano, o pastor afirmava que haveria no máximo dois anos antes do momento em que o
mundo entrasseno pior período de toda a existência humana. Até o segundo semestre
daquele ano, os Estados Unidos teriam sofrido um colapso, e não existiriam mais como um
país independente. De acordo com o que está escrito no livro, Weinland “coloca a sua
reputação em jogo no seu papel de profeta de Deus”.
10. Calendário Maia
Dezembro de 2012 marca o fim de um ciclo definido pelo Calendário Maia. Muitos
acreditam que isso se traduzirá em desastres e cataclismas naturais – algo muito próximo da
concepção cristã do Juízo Final. Outros acreditam que essa data marcará o fim da ênfase
materialista da civilização ocidental. De qualquer modo, as especulações sobre a natureza
dessa previsão estão se aproximando cada vez mais da ciência, mais particularmente das
transformações que ocorrem ciclicamente com as irradiações solares.
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