CONCORDÂNCIA VERBAL

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CONCORDÂNCIA VERBAL
Manual de Orientações Metodológicas para o Professor
L íngua P ortuguesa – E nsino M édio – C aderno 9
CONCORDÂNCIA VERBAL
CONCORDÂNCIA VERBAL
ABORDAGEM DO ASSUNTO
Trata-se de um conteúdo bastante extenso e seria conveniente que
a parte teórica fosse intercalada com atividades direcionadas, a fim
de que a apreensão desse conteúdo fundamental seja satisfatória.
Assim, o professor pode dividir o tópico de concordância verbal
em duas aulas de 50 minutos, de modo que os últimos 20
sejam reservados para a realização da análise de algum texto
ou resolução de exercícios dissertativos.
As concordâncias verbal e nominal são temas bastante sensíveis
aos alunos e diz respeito diretamente a situações de fala
cotidiana em que eles se flagram reconhecendo os desvios de
concordância no discurso alheio ou nos próprios. Esse pode ser
um momento de interlocução importante de que o professor,
com a ajuda dos alunos, pode se valer para promover, ainda que
breve, uma discussão sobre as noções de purismo linguístico e
de sociolinguística. Novamente, trata-se de realizar uma práxis
pedagógica a partir da qual a abordagem do conteúdo privilegie
a bagagem cultural e linguística de nossos alunos. Algumas
propagandas e imagens podem contribuir para o desencadeamento
desse debate.
Se o professor julgar conveniente, pode organizar os alunos em
quartetos e pedir que, na próxima aula, cada um leve um bombom.
Na aula seguinte, o professor recolhe os doces e coloca em um
saco, esse será o prêmio do grupo vencedor. Para a execução
da atividade, o professor entrega para cada grupo um conjunto
de 20 orações em que haja alternativas quanto à concordância
(podem ser exames extraídos de vestibular). Ganha o grupo que
fizer mais alternativas corretas, em menos tempo. Para dificultar
o nível da brincadeira, o professor pode pedir que os alunos
justifiquem cada uma de suas escolhas. É importante ter algumas
perguntas extras para o caso de haver empate entre os grupos.
Durante a explicação, procure agrupar as regras de acordo com
um sequência que parta dos conceitos mais simples e conhecidos
aos que suscitam mais dúvidas para os alunos. A gradação
ascendente relativa ao grau de dificuldade torna o aluno mais
confiante, o que auxilia significativamente o desenvolvimento
das etapas posteriores. Sugerimos a seguinte sequência para a
abordagem da concordância verbal:
01. Verbo com sujeito simples – o verbo concorda em número
e pessoa com o sujeito, não interessando a posição.
Ele chegou tarde.
Nós voltaremos logo.
Chegaram os alunos.
02. Sujeito composto antes do verbo:
a) o verbo vai para o plural:
Recife e Jaboatão dos Guararapes são as principais
cidades do litoral pernambucano.
b) o verbo poderá ficar no singular:
Se os núcleos do sujeito forem sinônimos:
A decência e honestidade é coisa rara nos dias atuais.
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Quando os núcleos formam uma gradação:
A angústia, a solidão, a falta de companhia levou-o
ao vício da bebida.
para o
Professor
Observação: se o coletivo vier especificado, o verbo pode
ficar no singular ou ir para o plural.
A equipe de cinegrafistas acompanhou o protesto dos
professores pelas ruas do Recife.
A equipe de cinegrafistas acompanharam o protesto dos
professores pelas ruas do Recife.
Quando os núcleos aparecem resumidos por tudo,
nada, ninguém.
Diretores, gerentes, supervisores, ninguém faltou.
A ameaça, o terrorismo, a agressão, nada o assustava.
07.Sujeito é substantivo que só tem plural – quando o
sujeito é um substantivo usado somente no plural, há
duas possibilidades:
03. Sujeito composto depois do verbo:
a) o verbo vai para o plural:
a) se o substantivo não vier precedido de artigo, fica no
singular.
Chegaram ao estádio os jogadores e o técnico.
Cambaleavam na rua Marília e Dirceu.
b) o verbo concorda com o núcleo mais próximo:
Chegou ao estádio o técnico e os jogadores.
04. Sujeito composto por pessoas diferentes:
A primeira pessoa prevalece sobre a segunda, que prevalece
sobre a terceira:
Nós e eles jogaremos futebol amanhã.
A professora e eu fotografamos vários tipos de pássaros.
Tu e ele ficareis atentos.
05. Núcleos do sujeito ligados por OU:
a) se houver ideia de exclusão ou retificação, o verbo fica
no singular ou concordará com o núcleo do sujeito mais
próximo.
Paulo ou George será o novo gerente.
O assassino ou os assassinos não deixaram nenhuma
pista para os policiais.
b) se não houver ideia de exclusão, o verbo vai para o
plural.
A bebida ou o fumo são prejudiciais à saúde.
Estados Unidos ainda é a maior potência econômica
do mundo?
b) se o substantivo for precedido de artigo, o verbo vai
para o plural.
As Minas Gerais possuem grandes paisagens naturais.
08. Sujeito é um pronome de tratamento – quando o sujeito
é um pronome de tratamento, o verbo vai para a 3a
pessoa:
Vossa Excelência agiu corretamente.
Vossas Excelências votaram a nova lei.
09. Sujeito são os pronomes relativos QUE e QUEM:
a) se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo
concordará em número e pessoa com o antecedente
do pronome.
Fui eu que liguei o rádio.
Fomos nós que consertamos a TV.
b) se o sujeito for o pronome quem, o verbo fica na 3a
pessoa do singular.
Não sou eu quem faz o jantar.
Fui eu quem pagou o jantar.
06. Sujeito coletivo – quando o sujeito é um coletivo, o verbo
concorda com ele:
10. Os núcleos do sujeito são verbos no infinitivo – o verbo
vai para o plural se os infinitivos forem determinados por
artigos. Caso os infinitivos não apareçam determinados,
o verbo poderá ficar no singular:
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A multidão aplaudiu o discurso do diretor.
As boiadas seguiam seu caminho pelo pantanal.
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Correr e caminhar é um ótimo exercício.
O cantar e o dançar divertem qualquer pessoa.
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11.Verbo com a partícula apassivadora SE – o verbo
concorda com o sujeito:
Observação: Quando acompanhado de verbo auxiliar, esse
fica invariável na 3a pessoa do singular.
Devia haver cinco anos que não falávamos com Rita.
Verbos que exprimem fenômenos da natureza usados em
sentido figurado deixam de ser impessoais.
Choviam lágrimas de seus olhos.
Vende-se uma geladeira.
Compram-se carros.
12. Verbo com índice de indeterminação do sujeito – o verbo
permanece na 3a pessoa do singular:
Precisa-se de pedreiros.
Trabalha-se muito nessa cidade.
Ainda morre-se de fome no sertão brasileiro.
13. Sujeito formado por expressões:
a) Um ou outro – o verbo concorda no singular com o
sujeito.
Um ou outro jogador merecia críticas.
Um ou outro levava a irmã ao colégio.
b) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem...
— o verbo flexiona-se preferencialmente no plural.
c) Um dos que, uma das que — o verbo flexiona-se no
plural ou no singular.
Um e outro permaneciam aguardando a chamada.
Nem um nem outro quiseram tomar banho.
Antônio é um dos que mais estuda/estudam matemática.
d) Mais de, menos de — o verbo concorda com o numeral
a que se refere.
15. Concordância do verbo SER — o verbo SER ora concorda
com o sujeito ora concorda com o predicativo:
a) Quando o sujeito for um dos pronomes que ou quem,
o verbo ser concordará obrigatoriamente com o
predicativo.
b) O verbo ser concordará com o numeral na indicação
de tempo.
Tudo são flores no início da relação.
Tudo é flores.
Isto são fenômenos da natureza.
d) Quando aparece nas expressões é muito, é pouco, é
bastante, o verbo ser fica no singular.
Grande número de empresários se revoltou contra o
governo.
A maioria das pessoas protestaram contra o aumento
da energia elétrica.
14. Concordância dos verbos impessoais — os verbos ficam
na 3a pessoa do singular, pois não possuem sujeito:
Havia cinco anos que moravam em Portugal.
Chovia muito naquela noite.
Faz dois meses que recebemos a carta.
É uma hora da madrugada.
São dezenove horas em ponto.
Já é meio dia e meia.
c) Quando o sujeito for os pronomes tudo, o, isso, aquilo,
isto, o verbo ser concorda, preferencialmente, com o
predicativo, mas poderá concordar com o sujeito.
Mais de um aluno apresentou a pesquisa de campo.
Mais de cem menores fugiram do presídio.
e) A maior parte de, grande número de — essas expressões
seguidas de substantivos ou de pronome no plural, o
verbo pode ir para o singular ou para o plural.
Que são homônimos?
Quem foram os vencedores do campeonato?
Quatro reais é pouco para irmos ao cinema.
Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
16. Concordância do verbo parecer:
Professor, atenção especial às possibilidades de concordância
do verbo parecer. O item b apresenta uma concordância
perfeitamente possível da perspectiva da norma culta, no
entanto é raríssima na língua falada. Isso certamente causará
estranheza aos alunos.
O verbo parecer antes de infinitivos admite duas
concordâncias:
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a) O verbo parecer se flexiona e o infinitivo não varia.
de
As paredes do prédio pareciam estremecer.
b) O verbo parecer não varia e o infinitivo é flexionado.
Os alunos parecia concordarem com o diretor da escola.
17. Expressões que indicam porcentagem — a concordância
do verbo com expressões que indicam porcentagem
depende da presença ou da ausência de outra palavra
depois de tais expressões:
a) porcentagem não seguida de outra palavra, o verbo
concorda com o número da porcentagem:
Considerando o alto valor do prédio, 8% significam
um bom dinheiro.
Dentre os empresários consultados, apenas 1% conhece
o projeto.
b) porcentagem seguida de palavra no singular ou plural,
o verbo concorda com a palavra:
Segundo pesquisa, 47% da população considera
regular o governo.
Apenas 1% dos empresários consultados conhecem o
projeto.
25% dos entrevistados pretendem gastar todo o 13o
salário.
Para fixar os conteúdos trabalhados, sugerimos os seguintes
exercícios: 08 a 12 (p. 5 do caderno); 25, 26 e 36 (p. 7 do
caderno). Os demais podem ser trabalhados como exercícios
extras ou como lição de casa.
para o
Professor
Quando funciona quando como predicativo (do sujeito ou
do objeto), o adjetivo anteposto poderá concordar com o
substantivo mais próximo ou ir para o plural:
Estava calmo o aluno e a aluna.
Estavam calmos o aluno e a aluna.
Se o adjetivo se referir a nomes próprios, o plural será
obrigatório:
As simpáticas Flávia e Luciana são irmãs.
Estavam contentes André e Fábio.
b) adjetivo posposto aos substantivos. Há duas opções
de concordância:
I. o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo:
Encontramos um rapaz e um homem preocupado.
II. o adjetivo vai para o plural, concordando com todos
os substantivos:
Encontramos um rapaz e um homem preocupados.
02. Um único substantivo determinado por mais de um
adjetivo. Quando vários adjetivos determinam um único
substantivo, há duas construções possíveis:
I. Estudava os idiomas francês, inglês e alemão.
II. Estudava o idioma francês, o inglês e o alemão.
03. As expressões é bom / é necessário / é proibido são
invariáveis , exceto se o sujeito vier precedido por artigo
ou outro determinante, obrigando-se, dessa forma a
concordância.
Aspirina é bom para dor de cabeça.
A aspirina é boa para dor de cabeça.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
É necessária paciência.
É necessária muita paciência.
Regra Geral: o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral
concordam em gênero e número com o nome a que se refere:
É proibido entrada de estranhos.
É proibida a entrada de estranhos.
Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos.
04. As palavras anexo / próprio / mesmo / quite concordam
com o termo a que se referem.
Casos Especiais
Segue anexo o livro.
Seguem anexas as fotografias.
Ela própria assinou os documentos.
Nós mesmos redigiremos o edital.
Estamos quites com a secretaria da universidade.
Estou quite com a secretaria da universidade.
01. Um único adjetivo referindo-se a mais de um substantivo:
a) adjetivo anteposto aos substantivos a que se refere.
Neste caso, o adjetivo deverá concordar com o
substantivo mais próximo:
Tiveste má ideia e pensamento.
Tiveste mau pensamento e ideia.
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Observação: a expressão em anexo é invariável.
Em anexo segue a procuração
Em anexo segue o despacho.
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05. A palavra bastante pode funcionar como pronome adjetivo
ou advérbio. Como pronome, concorda como o nome a que
se refere, mas, como advérbio, permanece invariável.
Bastantes pessoas compareceram à reunião.
Havia razões bastantes para que ela agisse daquela maneira.
Eles falam bastante.
As aeromoças foram bastante simpáticas.
Chegamos bastante tarde ao evento.
Nesta mesma regra, podem ser incluídas as palavras: meio,
muito, longe.
Como adjetivo ou pronome adjetivo:
Tomou meio litro de leite. / Tomou meia garrafa de suco.
Muitos alunos compareceram ao seminário.
Andei longes caminhos e longes terras.
Como advérbio:
Ela é meio louca.
Ela anda meio aborrecida.
A porta estava meio aberta.
Eles estudaram muito.
Eles moram longe.
06. A palavra possível, quando acompanha expressões
superlativas tais como o mais, a menos, o melhor, a pior,
o maior, a menor, varia conforme o artigo que integra essas
expressões:
Quero um carro o mais barato possível.
Comprou alimentos o menos caro possível.
Recebemos a melhor notícia possível.
Vestia roupas as mais modernas possíveis.
Dirigiu-lhes os melhores elogios possíveis.
As previsões eram as piores possíveis.
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Professor
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Para encerrar esse tópico, solicite aos alunos que, inspirados
nas imagens que abriram as aulas, peça, recolham durante uma
semana todos os tipos de texto, sobretudo da mídia escrita, e que
atuem como “detetives da língua portuguesa. O foco deve ser
os desvios de concordância verbal e nominal. Inclusive alguns
grupos podem se encarregar só da concordância verbal, outros só
da concordância nominal. Essa investigação pode resultar numa
série de trabalhos para os quais será interessante contar com a
ajuda dos professores de Redação, Geografia, História, Sociologia
e Artes. Podem ser organizadas apresentações teatrais em que
se trate dos desvios de maneira humorada e lúdica, pode haver
seminários, em que os alunos busquem fundamentos teóricos
para explicar os fenômenos verificados, pode-se, ainda, reunir
os estudos, em forma de artigos, em um livreto.
SUGESTÕES DE LEITURA
Dicionário prático de regência nominal. Celso Pedro Luft.
Ática (2004).
Dicionário prático de regência verbal. Celso Pedro Luft.
Ática (2007).
Gramática em 44 lições. Francisco Platão Savioli. Ática (1995).
Curso prático de gramática. Ernani Terra. Scipione (2002).
Minigramática. Jésus Barbosa de Souza; Samira Youssef
Campedelli. Saraiva (2002).
07. Pronomes de Tratamento. A concordância (verbal
e nominal) deve ser feita sempre em terceira pessoa.
Ademais, um adjetivo referente a um pronome de tratamento
concordará com o sexo da pessoa representado por essa
pessoa.
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com os seus
problemas.
Vossa Alteza conhece muito bem seus inimigos.
Vossa Majestade está preocupado. (rei)
Vossa Majestade está preocupada. (rainha)
Para fixar os conteúdos, indicamos os seguintes exercícios: 49
a 63 (pp. 12 a 14 do caderno).
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Gabarito
01. O período em destaque está incorreto, porque o verbo haver, na oração, já
possui o significado de tempo decorrido, não existindo necessidade do uso
de atrás, que deixa a frase com pleonasmo vicioso. As redações Onde ele
jogava futebol há quinze anos e Onde ele jogava futebol quinze anos
atrás são possíveis.
02. Onde ele jogava futebol faz vinte anos.
03. Na questão 1, o verbo haver indica tempo decorrido, sendo sempre usado
no singular.
Na oração em destaque na questão 3, haver é verbo auxiliar da locução
verbal haviam se destacado, concordando normalmente com o sujeito, os
jogadores, expresso na oração anterior.
04. Entornar significa transbordar e, no texto, o autor se vale desse verbo para
dizer que Matthew Shirts bebe muito. Essa afirmação também se comprova
quando o autor afirma que Matthew Shirts tomou meia garrafa de uísque
quando assistia ao jogo entre Brasil e Holanda.
05. Matthew Shirts era um apaixonado pelo Brasil e também um apreciador
de bebidas. Assim, o autor afirma que Shirts bebe Brasil, evidenciando as
duas paixões do americano.
06. Colocando in entre parênteses antes da palavra inglesa Digest, o autor
demonstra não gostar das Seleções Digest, uma vez que indigesto — palavra
da língua portuguesa cuja sonoridade é sugerida na brincadeira do autor — é
algo, literalmente, de difícil digestão.
07. Esperam-se muitas alegrias na virada do século, embora haja, também,
previsões pessimistas.
08. E banheiro, tinha-se um só.
09. Havia horas do dia em que se faziam filas para entrar no banheiro. O verbo
ter não pode ser usado significando existir.
10. Ali se fazia a necessidade e se tomavam banhos.
11. A conjunção ou indica exclusão, fazendo, portanto, que o verbo concorde
com o termo mais próximo.
12. Na primeira oração, o verbo haver significa existir.
Na segunda oração, o a é preposição.
13. E
14. C
15. D
16. A
17. C
18. C
19. B 20. C
21. a) O verbo transitivo direto alugar, que está na voz passiva sintética,
expressa pela partícula apassivadora se, tem o termo casinhas e tinas
para lavadeiras como sujeito composto.
b) O autor, se “quisesse”, poderia cometer o erro de redigir “aluga-se
casinhas e tinas para lavadeiras”. Esse seria um erro bastante comum
de concordância.
22. a) O professor Paulo Freire admite que seus alunos se valham de outras
variedades da língua que não a culta, fazendo-os, no entanto, conhecêla, respeitá-la e usá-la nos momentos apropriados.
b) O comentário do jornal é injusto: o professor Paulo Freire afirma que
dirá ao aluno que a norma culta é necessária, mas que, ao contrário
do que se faz com frequência, não reprimirá sua variedade linguística.
Trata-se de uma abordagem diferente, e não de aceitação de erros como
quer o jornal.
23. a) O problema apontado na fala do delegado foi a falta de concordância
entre o sujeito Os convênios assinados e seu verbo, traduz, que deveria
estar no plural, traduzem.
b) O delegado do Ministério da Educação deveria, no mínimo, fazer bom
uso das normas de concordância. O título Sem comentários é crítica
do jornal a essa falha inadmissível.
24. B
25. Existem em nosso país duas constantes ...
26. 01 + 02 + 16 + 32 = 51
27. Mas aqueles pendões firmes, verticais, beijados pelo vento do mar, vieram
enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem
bem.
28. “a rapaziada não são”, “nós ia”, “nós saía”, “nós levava”, “nós ficava”,
“arguma”e “nós vinhesse” são as marcas que diferenciam, na fala, o
interlocutor 2 de um falante culto da língua portuguesa. É possível afirmar
que o interlocutor 2 pertence às camadas populares por não ter contato com
as regras da gramática normativa.
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para o
Professor
29. Falta à alta autoridade do governo clareza e concisão, como pode ser
observado nos trechos:
“Tudo aquilo que a polícia necessitar de meios para...”, que poderia ser dito
assim: “Todos os meios de que a polícia necessitar para...”;
“doa a quem doer esses fatos”, em que há um erro de concordância na fala,
que deveria ser assim: “doam a quem doer esses fatos”.
30. a) “...os percalços que enfrentariam qualquer programa de estabilização...”
b) O autor do texto concordou o verbo enfrentar com seu objeto direto
percalços, quando deveria fazê-lo com o sujeito programa de
estabilização.
c) “...os percalços que enfrentaria qualquer programa de estabilização...”
31. a) Significando existir, o verbo haver fica sempre no singular.
b) Sentiram concorda com o pronome relativo que, cujo antecedente é
o demonstrativo os.
32. a) Havia jardins e manhãs naquele tempo: existia paz em toda parte.
b) Se houvesse mais homens honestos, não existiriam tantas brigas por
justiça.
33. B
34. D
35. C
36. E
37. C 38. E 39. E
40. B
41. D
42. C
43. E
44. B
45. D
46. E
47. C
48. A
49. a) O pronome citado retoma os termos peripécias e desfecho.
b) O pronome está no masculino plural porque abrange as duas situações
a seguir:
feminino + masculino = pronome pessoal no masculino;
plural + singular = pronome pessoal no plural.
50. “As mariposa (...) fica”
51. E
52. E
53. a) “Por que os namorados preferem andar sós, detestando as companhias?”
b) “Seu preparo e honestidade rara fizeram dele um funcionário invejado.
c) Enviamos anexos os dados solicitados por V. Sa. e colocamo-nos à
sua inteira disposição para quaisquer outros pedidos.
d) O diretor havia aceitado a tarefa de reformar a escola.
e) Esta é uma tarefa para eu fazer sozinho, não admito que se repartam
as responsabilidades entre mim e outra pessoa.
f) Ele tomou decisões as mais oportunas.
g) Quantos sonhos havia naquela ingênua cabecinha...
h) Cheguei há dois dias e voltarei daqui a quatro meses.
54. a) Com o verbo no plural, destaca-se a ideia de conjunto.
b) Com o verbo no plural, há a ideia de reciprocidade.
55. A
56. E
57. C 58. D
59. D
60. a) É um especialista em língua e literatura francesa/francesas.
b) Havia bastantes livros e revistas sobre a mesa.
c) São famosos o talento e a habilidade desse músico.
d) Favor enviar anexos os documentos solicitados.
e) Muito obrigada, agradeceu a moça, com um sorriso sem graça nos
lábios. Acho que é hora de eu própria tomar uma atitude.
61. a) Na primeira frase, o sujeito não está determinado por artigo e a
expressão “é bom” fica invariável.
Na segunda frase, a presença do artigo faz a expressão ficar variável.
b) Vale a mesma explicação do item anterior.
62. 1. obrigada
2. mesmos
3. anexas
4. alerta
5. meio
63. a) Tome esse chope o quanto antes para que nós possamos conhecer a
Baía de Guanabara, de que todos falam maravilhas.
b) Todos nós visamos ao êxito dessa missão; por isso é que devemos
obedecer, à risca, às ordens superiores.
c) A polícia não interveio a tempo de evitar o roubo.
d) Havia bastantes razões para confiarmos no teu amigo.

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