dos resumos em PDF - 1º Infecto - Centro
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Resumo dos Trabalhos Científicos ÍNDICE Apresentações Orais OR-1 CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE POSITIVAS PARA O GENE BLANDM ISOLADAS NOS HOSPITAIS DE BRASÍLIA-DF ...............................................................................9 OR-2 AVALIAÇÃO DE CUSTOS FEDERAIS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES DO BRASIL EM 2013 .........................10 OR-3 TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR PNEUMONIA E INFLUENZA EM IDOSOS NO BRASIL: SÉRIE HISTÓRICA DE 2008 - 2014 ...........................................................................................................................................11 OR-4 INVESTIGAÇÃO IN SILICO DA DOENÇA DE CHAGAS: MODELANDO A INTERAÇÃO MACRÓFAGO / T. CRUZI .....................12 OR-5 MICROCEFALIA ASSOCIADO AO ZIKA VÍRUS: RELATO DE CASO .....................................................................................13 Pôsteres PO-24-01 DETECÇÃO GENOTÍPICA DE BLAKPC EM K. PNEUMONIAE RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS ISOLADAS NO LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DE GOIÁS ........................................................................................15 PO-24-02 AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DO COMPOSTO CURCUMINA E DO DERIVADO N-ACILHIDRAZONA EM ESPÉCIES DE CANDIDA .................................................................................................................................................16 PO-24-03 USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS DE ALTO CUSTO: OTIMIZAÇAO DE CUSTOS HOSPITALARES ..............................17 PO-24-04 ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE HEPATITES VIRAIS E APLICAÇÃO DE TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO DE HEPATITE C COMO FOCO DE UMA AÇÃO EDUCATIVA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................18 PO-24-05 ANÁLISE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CASOS DE HEPATITE C CONFIRMADOS NA MACRORREGIÃO DO SUDOESTE GOIANO .................................................................................................................................................19 PO-24-06 RELATO DE CASO: APRESENTAÇÃO CUTÂNEA DE LINFOMA PLASMABLÁSTICO EM PACIENTE COM VÍRUS DA IMUDEFICIENCIA HUMANA ............................................................................................................................20 PO-24-07 PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL .......................................................................................................21 PO-24-08 DOENÇA DE KAWASAKI-SÍMILE EM ADULTO HIV POSITIVO. UMA RARA ASSOCIAÇÃO ....................................................22 PO-24-09 VACINAÇÃO CONTRA O PNEUMOCOCO EM CRIANÇAS DE GOIÂNIA: ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS AO ATRASO VACINAL ...............................................................................................................................23 PO-24-10 O RETRATO DA IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B NO CENTRO-OESTE NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADAS ..........................24 PO-24-11 O ATUAL E PREOCUPANTE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO BRASIL .......................................................25 PO-24-12 IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE PERFUROCORTANTES COM DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NA OCORRÊNCIA DE ACIDENTE PROFISSIONAL COM MATERIAL BIOLÓGICO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA DE GOIÁS .........................................................................................................................................26 PO-24-13 PERFIL DE PRECAUÇÕES ESPECIAIS EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS ......................................27 PO-24-14 INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO DE ETIOLOGIA FÚNGICA APÓS MASTECTOMIA COM PRÓTESE .....................................28 PO-24-15 LISTERIOSE NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO ....................................................................................................................29 PO-24-16 HIDATIDOSE PULMONAR E HEPÁTICA ASSOCIADA A SÍNDROME DE BUDD - CHIARI ......................................................30 PO-24-17 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ASSOCIADA A CARCINOMA BASOESCAMOSO EM PACIENTE IMUNOMPETENTE .....................31 PO-24-18 SÍNDROME DE WEIL: A FORMA GRAVE DA LEPTOSPIROSE AUTÓCTONE EM GOIÁS .......................................................32 PO-24-19 RELATO DE CASO: TUBERCULOSE PÉLVICA SIMULANDO NEOPLASIA GINECOLÓGICA ...................................................33 PO-24-20 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO BRASIL ...............................................................................................34 PO-24-21 HANSENÍASE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO .....................................................................35 PO-24-22 ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES PARA TRATAMENTO DE DENGUE HEMORRÁGICA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2015 ................................................................................................................36 PO-24-23 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO POR TÉTANO NEONATAL NA REGIÃO CENTRO OESTE NO PERÍODO DE 2008 A 2015 .......................................................................................................................................37 PO-24-24 HIDATIDOSE MESENTÉRICA SIMULANDO NEOPLASIA PÉLVICA EM IDOSA: RELATO DE CASO ........................................38 PO-24-25 HLA E HANSENIASE : UMA META-ANALISE .....................................................................................................................39 PO-24-26 POLIMORFISMO GENÉTICO DO GENE HLA E HANSENÍASE .............................................................................................40 PO-24-27 CANDIDIASE DA MUCOSA VULVOVAGINAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIA-GO ....................................................41 PO-24-28 INFECÇÃO OPORTUNISTA GRAVE POR PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS E SPOROTRIX SCHENCKII EM PACIENTE PORTADOR DO HIV: RELATO DE CASO .....................................................................................................42 PO-24-29 CAPTAÇÃO DE FERRO MEDIADA POR SIDERÓFOROS EM CLADOPHIALOPHORA CARRIONII ...........................................43 PO-24-30 CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO CANDIDA PARAPSILOSIS ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS ......................................................................................................44 PO-24-31 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVO DO SUL DE MATO GROSSO COLONIZADOS POR ESPÉCIES DE CANDIDA ..........................................................................................................................................45 PO-24-32 SEPSE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA ..................................................46 PO-24-33 ENTEROCOCCUS FAECIUM: UMA RARA ETIOLOGIA DE MENINGITE BACTERIANA AGUDA ...............................................47 PO-24-34 MENINGITE DE MOLLARET RELACIONADA AO VÍRUS HERPES SIMPLES - UM DIAGNÓSTICO A SER LEMBRADO .........................................................................................................................................................48 PO-24-35 ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO ........................49 PO-24-36 ENDOCARDITE INFECCIOSA: MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS COMO APRESENTAÇÃO DA DOENÇA RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................................50 PO-24-37 PERSPECTIVA DO TRATAMENTO HOSPITALAR DE INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS AÉREAS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO .......................................................................................................................................51 PO-24-38 MENINGITE FATAL CAUSADA POR PREVOTELLA LOESCHEII: UM RELATO DE CASO ........................................................52 PO-24-39 METAHEMOGLOBINEMIA ASSOCIADA A PRIMAQUINA: UMA COMPLICAÇÃO RARA, PORÉM GRAVE ...............................53 PO-25-01 SURTO DE BACTÉRIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A POLIMIXINA B EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIA- GOIÁS .....................................................................................................................................54 PO-25-02 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À DIFERENTES ANTIBIÓTICOS DAS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS SPP E BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS ISOLADOS DO AR E SUPERFÍCIES DE DIFERENTES SETORES DE UM HOSPITAL DE GOIÂNIA-GO .............................................................................................................................................55 PO-25-03 DIFÍCIL TRATAMENTO DE PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E VHC. COMO PROCEDER? ...................................56 PO-25-04 HEPATITES VIRAIS - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2007 A 2015 ............................57 PO-25-05 REUNIÃO CLÍNICA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O ATENDIMENTO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ..........................................................................58 PO-25-06 NEUROCHAGAS EM IMUNOSSUPRIMIDO: RELATO DE CASO .........................................................................................59 PO-25-07 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ENTRE NEUROTOXOPLASMOSE E NEUROCHAGAS NO PACIENTE COM INFECÇÃO PELO VÍRUSDA IMUNODEFICIENCIA HUMANA ......................................................................................60 PO-25-08 VACINAS X REAÇÃO ADVERSA: FREQUENCIA NO HOSPITAL SECUNDÁRIO DO DF ..........................................................61 PO-25-09 PREVALÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS A VACINA PENTAVALENTE EM REGIÃO ADMINISTRATIVA DO DF ..........................62 PO-25-10 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS SOBRE FERIDAS INFECTADAS ...............................63 PO-25-11 INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO POR MICOBACTÉRIAS EM PACIENTES SUBMETIDAS A CIRURGIA PLÁSTICA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA ...........................................................................................................................64 PO-25-12 SEPSE POR RHIZOBIUM RADIOBACTER EM PACIENTE COM HANSENÍASE .....................................................................65 PO-25-13 RELATO DE CASO: SEPSE POR RHODOCOCCUS EQUI EM PACIENTE COM REAÇÃO HANSÊNICA ...................................66 PO-25-14 PERFIL DA MORTALIDADE POR MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS NO ESTADO DE GOIÁS NO PERÍODO DE 1998 A 2012 .......................................................................................................................................67 PO-25-15 ETEROPARASITOSES EM INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE, CAMPO GRANDE - MS, BRASIL .................................68 PO-25-16 REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER EM PACIENTE DIAGNOSTICADO COM LEPTOSPIROSE: RELATO DE CASO ........................69 PO-25-17 O PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PÓS-INFECÇÃO POR ZIKA EM GOIÁS: RELATO DE CASO .........................................................................................................................................70 PO-25-18 O PROCESSO DE GESTÃO NO PLANO DE COMBATE À DENGUE .....................................................................................71 PO-25-19 BORRELIOSE DE LYME SÍMILE - RELATO DE CASO .........................................................................................................72 PO-25-20 PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM ADULTO. RELATO DE CASO NO ESTADO DO AMAPÁ ......................................................73 PO-25-21 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE MALÁRIA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO, MANAUS, AMAZONAS, EM 25 ANOS ......................................................74 PO-25-22 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: REGISTRO EM INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO AMAZONAS ..............................................................................................................................................................75 PO-25-23 MIOSITE AGUDA BENIGNA POR DENGUE: RELATO DE CASO ..........................................................................................76 PO-25-24 TERCEIRA RECIDIVA DE CALAZAR CONCOMITANTE A MONONUCLEOSE INFECCIOSA: RELATO DE CASO .......................77 PO-25-25 HISTOPLASMOSE DISSEMINADA AGUDA GRAVE EM IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO DE CASO .................................78 PO-25-26 CAXUMBA COMPLICADA COM ORQUITE: RELATO DE CASO ...........................................................................................79 PO-25-27 SINDROME DE MILLER FISHER SECUNDARIA A INFECÇÃO VIRAL: RELATO DE CASO .....................................................80 PO-25-28 AÇÃO BIOLÓGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CINNAMOMUM CASSIA E CYMBOPOGON FLEXUOSUS SOBRE ISOLADOS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS ..............................................................................81 PO-25-29 ÓBITO CAUSADO PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1 EM CRIANÇA: RELATO DE CASO ......................................................82 PO-25-30 NEUROSSÍFILIS: RELATO DE CASO ................................................................................................................................83 PO-25-31 SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS NO ESTADO DE GOIÁS .....................................................84 PO-25-32 LOBOMICOSE: MAIS UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA E COM TRATAMENTO AINDA INSUFICIENTE ..................................85 PO-25-33 LETALIDADE DE HISTOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS NO CENTRO-OESTE BRASILEIRO .....................................86 PO-25-34 AÇÃO DE COMPOSTOS NATURAIS SOBRE LEVEDURAS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS ......................87 PO-25-35 SÉRIE DE CASOS DE NEUROSSÍFILIS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA ...............................................88 PO-25-36 ASPECTOS IMAGENOLÓGICOS DA TUBERCULOSE EM INDIVÍDUOS COM CONDIÇÕES VARIADAS DE IMUNOSSUPRESSÃO .....................................................................................................................................................89 PO-25-37 PROJETO XERIFES DO AEDES ........................................................................................................................................90 PO-25-38 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PROGRAMA DE CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL ...................................91 PO-25-39 A INFECÇÃO POR CLAMÍDIA TRACHOMATIS PODERIA INTERFERIR NA OVULAÇÃO DE MULHERES INFÉRTEIS? ESTUDO CASO-CONTROLE ..........................................................................................................................92 Apresentações Orais APRESENTAÇÕES ORAIS OR-1 CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE POSITIVAS PARA O GENE BLANDM ISOLADAS NOS HOSPITAIS DE BRASÍLIA-DF 3 LUGAR Autores: CELIO FARIA-JUNIOR; LILIAN OLIVEIRA RODRIGUES; JAMES OKI CARVALHO; ALESSANDRA FREITAS BASTOS; HOMERO MÁRCIO BARBOSA; ELI MENDES FERREIRA; ELLY RODRIGO PORTO; GLAURA CALDO LIMA; ALEX PEREIRA LEITE Instituição: LACEN-DF - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:15-12:25:00 Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 3º LUGAR INTRODUÇÃO Klebsiella pneumoniae é um receptor notório de genes de resistência, e ao longo das últimas duas décadas, tem sido responsável pela dispersão de blaKPC e, ultimamente, blaNDM. O LACEN-DF tem monitorado a circulação hospitalar de cepas portando blaNDM desde a detecção inicial de uma cepa de Providencia rettigeri produtora de NDM em junho de 2013. Neste estudo foram caracterizadas cepas de K. pneumoniae positivas para blaNDM. OBJETIVO Caracterizar fenotipicamente e genotipicamente as cepas de K. pneumoniae positivas para blaNDM isoladas em Brasília-DF. METODOLOGIA De junho de 2013 e janeiro de 2016, o LACEN-DF recebeu 309 cepas de K. pneumoniae resistentes aos carbapenens de 31 hospitais. A identificação foi confirmada usando o VITEK MS (BioMérieux) e o teste de susceptibilidade foi realizado no MicroScan WalkAway (Beckman Coulter). Discos de imipenem e meropenem combinados com 100mM EDTA foram usados na triagem de cepas produtoras de metalo-β-lactamases. Foi utilizada a técnica de PCR na detecção dos genes blaKPC e blaNDM. A técnica de RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) foi usada na tipagem molecular bacteriana. RESULTADOS Noventa e quatro cepas (30,4%), isoladas em 20 hospitais, foram positivas para o gene blaNDM (KP-NDM). A maioria foi isolada de amostras clínicas (56,4%, 53/94). Nenhuma cepa de KP-NDM mostrou sensibilidade aos β-lactâmicos, exceto ao aztreonam com 5 cepas sensíveis. Somente 6,5% (n. 6) e 14,9% (n. 14) foram sensíveis a ciprofloxacina e levofloxacina, respectivamente. Amicacina (com 66% das cepas sensíveis) foi o aminoglicosídeo mais ativo (gentamicina, 43,6%, 41; tobramicina 8,5%, 8). Tigeciclina foi ativa em 69,1% (65) das cepas e colistina, em 92,1% (82). Entre os antimicrobianos de uso em infecção urinária, fosfomicina foi o mais ativo (88,8%, 79), seguido de nitrofurantoína (36,2%, 34) e sulfametoxazol trimetoprima (11,7%, 11). Além do gene blaNDM, cinco cepas portavam também o gene blaKPC (KP-NDM-KPC). As cepas de KP-NDM-KPC foram separadas em 4 padrões clonais de RAPD, encontrados em 3 hospitais. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Poucos antimicrobianos mostraram-se ativos em KP-NDM e colistina apresentou-se como o antimicrobiano com menor frequência de resistência. As cepas de KP-NDM-KPC recentemente isoladas são policlonais, ao contrário dos primeiros casos de KP-NDM detectados no DF. A emergência de cepas pontando múltiplos genes codificadores de carbapenemase ameaçam as novas opções terapêuticas, como os antimicrobianos associados 9 a inibidores seletivos de carbapenemase (avibactam). índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. APRESENTAÇÕES ORAIS OR-2 AVALIAÇÃO DE CUSTOS FEDERAIS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES DO BRASIL EM 2013 Autores: WIDER CARLOS B. DE MOURA; SELMA LINA SUZUKI; JEANINE ROCHA WOYCICKI; CARLA MAGDA S. DOMINGUES; RUTH MINAMISAVA; ANA LÚCIA S.S. DE ANDRADE; CRISTIANA MARIA TOSCANO Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Ag.Financiadora: MINISTÉRIO DA SAÚDE/CAPES. Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:25-12:35:00 Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 1º LUGAR 1 LUGAR INTRODUÇÃO As vacinas são importantes tecnologias em saúde e vem sendo utilizadas há várias décadas para prevenir uma série de doenças de alta morbi-mortalidade. O conhecimento dos custos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é importante para realizar estimativas de custos incrementais na introdução de novas vacinas e de impacto orçamentário das mesmas, além de subsidiar estudos de custo-efetividade. OBJETIVO Estimar o custo do PNI, na esfera federal considerando o ano base de 2013 e analisar as aquisições de imunobiológicos utilizadas no Brasil considerando quantitativo e custos no período de 2004-2015. METODOLOGIA Foram realizados dois estudos sob a perspectiva do SUS. Um estudo descritivo retrospectivo de custo de programa, para a análise de custos do PNI no nível federal, de janeiro a dezembro de 2013; e um estudo retrospectivo do tipo ecológico descritivo, de série histórica de quantidade e custos de imunobiológicos comprados pelo PNI de 2004-2015. Foram considerados os seguintes componentes de custo: insumos (imunobiológicos, seringas e agulhas), recursos humanos, transporte, infraestrutura predial e serviços, equipamentos de escritório, repasses para a rede de frio e outros (mobilização social, treinamento, publicações e pesquisas). A análise de série temporal considerou vacinas e soros/imunoglobulinas e foi estratificada por produção nacional e internacional; mecanismo de compra; e vacinas convencionais do calendário de rotina e vacinas introduzidas a partir de 2006. RESULTADOS O total de custos do PNI pelo nível federal em 2013 foi de R$1.467.100.455, sendo R$ 1.304.032.414 (88,9%) para insumos, R$78.282.800 (5,3%) com transportes, R$3.210.770 (0,2%) com recursos humanos e R$81.574.471 (5,6%) com os demais componentes (infraestrutura predial, equipamentos, repasses para a rede de frio e outros). Um total de 2.910.669.114 doses de imunobiológicos foram adquiridas pelo PNI no período de 2004-2015, a um custo de R$15.473.789.880. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Com a introdução de novas vacinas no calendário vacinal, os custos do PNI aumentaram significativamente, justificando a adoção de estratégia de transferência de tecnologias para produção de novas vacinas e promovendo a autossuficiência nacional na produção de imunobiológicos. Os resultados desse estudo são de grande importância para subsidiar o planejamento de políticas públicas e aplicação dos recursos do SUS. 10 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. APRESENTAÇÕES ORAIS OR-3 TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR PNEUMONIA E INFLUENZA EM IDOSOS NO BRASIL: SÉRIE HISTÓRICA DE 2008 - 2014 Autores: DENISMAR BORGES MIRANDA; OTALIBA LIBÂNIO MORAIS NETO; RUTH MINAMISAVA; GABRIELA MOREIRA POLICENA; ANA LUIZA BIERRENBACH; ANA LÚCIA ANDRADE Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:35-12:45:00 Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 2º LUGAR 2 LUGAR INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem se observado mudanças importantes na estrutura demográfica do Brasil, em especial para o aumento da longevidade, com repercussões sobre o perfil da demanda por serviços de saúde. Conhecer as tendências de mortalidade por doenças respiratórias em idoso auxilia na elaboração de estratégias preventivas, uma vez que, na população idosa, a infecção respiratória aguda representa importante causa de mortalidade em todo o mundo, sendo a pneumonia-PNM e a influenza-INF os principais agravos. OBJETIVO Avaliar a tendência da mortalidade por PNM e INF em idosos no período de 2008-2014 no Brasil. METODOLOGIA Foi realizado um estudo ecológico de série temporal com óbitos registrados no Sistema de Informação de Mortalidade do SUS e estimativas da população idosa (≥ 65anos) do IBGE. Taxas mensais de mortalidade por PNM (CID-10:J12-J18), INF (CID-10:J09-J11), todas as causas exceto respiratórias-TCER (CID-10:todos exceto Capítulo X) como grupo de comparação e causas mal definidas-CMD (CID-10: Capítulo XVIII), foram calculados para o período do estudo. Para análise da tendência foi utilizado modelo de regressão linear de Prais-Winsten. Calculou-se taxa de incremento médio mensal-TIM e respectivo IC95% para identificar a tendência da série. RESULTADOS No período de 2008-2014 ocorreram 302.982 óbitos por PNM e 1.202 óbitos por INF em idosos. A análise de tendência mostrou crescimento para taxa de mortalidade por PNM (TIM:0,44%; 0,32; 0,56, p<0,001) e estacionária para INF (TIM:-0,16%; -1,09; 0,77, p=0,699), ambos em idosos ≥65anos. Para TCER, a tendência mostrou-se estacionária para ≥65anos (TIM:-0,01%; -0,04; 0,02, p=0,393), porém com redução no estrato entre 65-74anos (TIM:-0,07%; -0,09; -0,05, p<0,001). Observou-se redução da taxa de mortalidade por CMD em idosos ≥65anos (TIM:-0,27; -0,27; -0,33, p<0,001). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O incremento observado na tendência de mortalidade em idosos por PNM no Brasil, nesta série, implica na necessidade de análise mais aprofundada dos fatores associados a este aumento, bem como aplicação de técnicas estatísticas capazes de descartar artefatos que possam explicar estes achados. Em relação as taxas de INF, após a pandemia de 2009, observou-se picos de mortalidade nos meses sazonais dos anos 2012 e 2013, o que corrobora a necessidade de uma análise vinculada a subtipos circulantes do vírus da INF nos meses sazonais. 11 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. APRESENTAÇÕES ORAIS OR-4 INVESTIGAÇÃO IN SILICO DA DOENÇA DE CHAGAS: MODELANDO A INTERAÇÃO MACRÓFAGO / T. CRUZI Autores: LUCAS A. BESSA CARDOSO; ANNA LUIZA AMÂNCIO VIDAL; LARISSA PARIS GASPARINE; WILLIAN CORDEIRO FARAGO; MAURÍLIO DE ARAÚJO POSSI; ALCIONE DE PAIVA OLIVEIRA; ANDREIA PATRICIA GOMES; RODRIGO SIQUEIRA BATISTA; LUIZ ALBERTO SANTANA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - Cidade/UF: UBERABA/MG Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:45-12:55:00 Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL INTRODUÇÃO A doença de Chagas (DC) - causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi -, endêmica em algumas regiões do Brasil, é um dos maiores exemplos de doenças negligenciadas, de acordo com a OMS. O entendimento da doença e o desenvolvimento de métodos para seu tratamento são de grande interesse para a clínica e para a saúde pública. A DC evolui de forma lenta e grande parte do conhecimento sobre a mesma é extrapolada de modelos animais, o que tem importantes implicações éticas e demanda grande tempo de pesquisa. Neste contexto, as pesquisas in silico têm a potencialidade para auxiliar a investigação fisiopatológica da DC, de forma rápida e pouco onerosa. OBJETIVO Utilizar o AutoSimmune - software de simulação do Sistema Imune (SI), desenvolvido por uma parceria entre os departamentos de Informática (DPI) e Medicina e Enfermagem (DEM) da Universidade Federal de Viçosa - para estudar a interação entre a forma tripomastigota do T. cruzi e o macrófago (Mo). METODOLOGIA Foram implementadas no AutoSimmune as interações entre T. cruzi e Mo em tecido genérico, utilizando-se uma máquina de estados que ditava as ações realizadas por cada entidade, aproximando-se do observado in vivo. Cada ação ocorria no intervalo de tempo denominado tick. Os parâmetros de quantidade de Mo e T. cruzi, e a possibilidade de escape dos mecanismos imunes, eram as variáveis modificadas no início de cada simulação no tempo definido de 1825 ticks. A quantidade final de T. cruzi foi utilizada como parâmetro para análise da evolução da infecção. RESULTADOS Com inóculo de 300 T. cruzi, os Mos eliminaram os parasitos em 20 simulações com fator de escape máximo de 0,52. No inóculo de 3000 T. cruzi, o menor fator de escape onde o número destes agentes não zerou foi 0,24% e o maior em que o número de parasitos zerou foi 0,37. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A experimentação in silico permitiu considerável redução do tempo necessário para avaliação da interação T. cruzi Mo na DC. Em três meses de simulação, foram realizadas 1092 testes, que corresponderiam a 546 anos de observação in vivo. Os experimentos no AutoSimmune permitiram a otimização do tempo e evitou a utilização de cobaias. Conclui-se que os métodos computacionais configuram ferramenta promissora para estudos fisiopatológicos na DC. 12 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. APRESENTAÇÕES ORAIS OR-5 MICROCEFALIA ASSOCIADO AO ZIKA VÍRUS: RELATO DE CASO Autores: HALISSON RODRIGUES DE ANDRADE; GETÚLIO BERNARDO MORATO FILHO; JORGE HENRIQUE CARLOS AIRES; JOÃO CARLOS GEBER JÚNIOR Instituição: ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:55-13:05:00 Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL INTRODUÇÃO O Zika vírus (ZIKV) foi descoberto em 1947, a partir do sangue de um macaco rhesus sentinela colocado na Floresta Zika em Uganda. É associado a febre baixa e exantema maculopapular. O vírus permaneceu relativamente desconhecido até a aproximadamente há um ano com sua entrada no Brasil. Desde então, o vírus tornouse a primeira doença infecciosa importante ligada a defeitos congênitos a ser descoberto em mais de meio século. Estudos preliminares do Brasil tem indicado que 29% das mulheres infectadas pelo ZIKV durante a gravidez apresentam anormalidades fetais pela Ultrassonografia e 17% dos fetos apresentavam microcefalia, atrofia cerebral e calcificações. Em outro estudo foi encontrado anormalidades oculares em 35% dos fetos. Em relatos de microcefalia, a infecção materna pelo ZIKV, ocorreu mais frequentemente entre a 7ª e a 13ª semana de gestação. OBJETIVO Descrever o pré-natal de gestante com provável infecção por ZIKV e as consequências pós-natais para a criança. METODOLOGIA Primigesta, 36 anos, quando em 8ª semana de gestação, apresentou exantema, febre baixa e artralgia, refere que 10 dias antes havia feito viagem ao Rio de Janeiro e que 15 dias antes havia realizado viagem para hotel fazenda, nos arredores do município de Alexânia, Goiás. Nas ecografia fetais, foi vista redução do perímetro cefálico e ventriculomegalia, confirmada por ressonância magnética. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O ZIKV tem sido relacionado ao aumento de casos de microcefalia, lesões cerebrais e oculares. A mãe da criança apresentou durante a gestação, sinais e sintomas sugestivos de uma possível infecção pelo ZIKV. Outras causas foram descartadas pela sorologia materna. Criança nasceu com 38 semanas e 4 dias de gestação e perímetro cefálico de 28,5cm. Na tomografia de crânio da criança, foi visto microcefalia com proeminente redução volumétrica encefálica, com importante redução da substância branca, simplificação giral/lisencefálica e focos de calcificação nos núcleos da base, periventriculares e subcorticais. O mapeamento de retina, evidenciou grande lesão cicatricial macular em olho esquerdo e alterações pigmentares em olho direito, lesões provavelmente associadas à infecção congênita. A criança apresenta atraso desenvolvimento neuropsicomotor, baixo peso, além hipotonia muscular principalmente em língua, bochechas, necessitando de sonda nasoenteral. Apesar de não haver confirmação do caso como relacionado a infecção pelo ZIKV, as lesões apresentadas pela criança corroboram com o encontrado atualmente na literatura. 13 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. Pôsteres PÔSTERES PO-24-01 DETECÇÃO GENOTÍPICA DE BLAKPC EM K. PNEUMONIAE RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS ISOLADAS NO LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DE GOIÁS Autores: ANA BEATRIZ MORI LIMA; CASSIANE CASANOVA; ANA BEATRIZ A DA COSTA CARDOSO; CARLOS OLIVEIRA PORTO; LARISSA MONTEIRO S DELIBERALLI; WÂNIA SOUZA RAMOS; ZÂNIA PAULA DE A. C. M. FARIA; ANA PAULA D. CARVALHO-ASSEF; ROBMARY MATIAS DE ALMEIDA Instituição: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS (LACEN-GO) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 01 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Klebsiella pneumoniae configura como relevante patógeno envolvido em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). A emergência da resistência aos carbapenêmicos entre enterobactérias representa séria ameaça à saúde pública. O fato agrava-se em decorrência da disseminação de genes codificadores de resistência em ambientes nosocomiais por meio de transferência horizontal, resultando em falência clínica, restrição de alternativas terapêuticas e aumento da mortalidade. OBJETIVO Determinar a prevalência de isolamento e realizar detecção genotípica de blaKPC em K. pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos isoladas de pacientes internados em unidades de saúde pública de Goiás. METODOLOGIA Estudo epidemiológico do tipo analítico, realizado no período de janeiro/2013 a dezembro/2015 em hospitais públicos de Goiás. Participaram da pesquisa instituições de referência no atendimento de casos de média e alta complexidade nas áreas de saúde materna e infantil, urgência e emergência e doenças infecciosas vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. A identificação e o perfil de suscetibilidade foram realizados no Laboratório de Saúde Pública de Goiás (LACEN-GO) por meio do sistema VITEK 2® (bioMérieux) associado aos testes bioquímicos manuais e disco-difusão (Kirby-Bauer). A triagem fenotípica para detectar possível produção de KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) foi executada por meio do teste de Hodge modificado. A genotipagem para confirmar presença de blaKPC em K. pneumoniae foi realizada por reação em cadeia da polimerase em tempo real pelo LAPIH/FIOCRUZ. RESULTADOS RESULTADOS: Foram recuperados 365 isolados bacterianos resistentes aos carbapenêmicos de diversas amostras clínicas. Destes, 79 (21,6%) foram identificados como K. pneumoniae, sendo que 62 (78,5%) albergavam genes codificadores de KPC. Em 17 (21,5%) bactérias não foram detectados genes codificadores de produção enzimática, sugerindo presença de outros mecanismos de resistência. Os patógenos foram recuperados de: fragmento ósseo, ferida, ponta de cateter, sangue, secreção traqueal e urina. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O isolamento de Klebsiella albergando genes codificadores de KPC reforçam a importância da transmissão horizontal entre os patógenos nosocomiais. O conhecimento sobre o perfil de suscetibilidade e a vigilância genotípica são essenciais para reduzir a escalada da resistência envolvendo K. pneumoniae e os episódios de IRAS na ambiência das instituições de saúde pública de Goiás. 15 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-02 AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DO COMPOSTO CURCUMINA E DO DERIVADO N-ACILHIDRAZONA EM ESPÉCIES DE CANDIDA Autores: FERNANDA ALMEIDA ANDRADE; CAROLINA R. COSTA CARVALHO; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA; LISANDRA ALVES SOUZA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 02 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO As infecções causadas por leveduras do gênero Candida são denominadas candidíase ou candidose e são consideradas doenças oportunísticas com características superficiais ou invasivas. Espécies de Candida podem desenvolver mecanismos de defesa aos principais antifúngicos disponíveis para uso clínico contra infecções, dificultando e limitando o tratamento. Produtos naturais são utilizados pela população com finalidade terapêutica, pois possuem muitos constituintes e metabólitos secundários que apresentam bioatividade contra doenças infecciosas. Os compostos fenólicos, como a Curcuma longa Linn ou açafrão é utilizado em grande escala pela população principalmente como condimento alimentar e como medicamento natural. As hidrazonas são compostos sintéticos associadas com atividade antimicrobiana, antioxidante, antiparasitária, anticonvulsiva, analgésica, anti-inflamatória e anti-tumorais. OBJETIVO Os objetivos deste trabalho foram determinar a suscetibilidade in vitro (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) de espécies de Candida sob ação dos compostos Curcumina e N-acilhidrazona. METODOLOGIA Foram utilizadas 20 isolados de Candida spp. procedentes da micoteca do Laboratório de Micologia da UFG, sendo 08 C. albicans, 09 C. parapsilosis, 01 C. tropicalis e 01 ATCC 28367 de C.albicans. O teste de suscetibilidade dos isolados frente aos compostos Curcumina e N-acilhidrazona foi determinado de acordo com o teste de microdiluição em caldo padronizado pelo documento M27-A3 e M27S4 definidos pelo CLSI em placas de microtitulação contendo 96 poços (CLSI 2008, 2012). A determinação da CFM foi obtida a partir do teste de microdiluição em caldo, de onde foram retirados 10 μL do meio contidos nos orifícios, nas concentrações correspondentes à CIM, 2x e 4x CIM e inoculado em placa de Petri contendo Ágar Sabouraud Dextrose (ASD). A determinação dos resultados foi realizada após 24h de incubação para as duas metodologias. RESULTADOS O composto curcumina apresentou valores de CIM entre 16 e 512 µg/ml. Para o derivado N-acilhidrazona os valores de CIM variaram de 32 a 512 µg/ml. A CFM da curcumina teve uma variação entre 64 µg/ml a 512 µg/ ml e a CFM da N-acilhidrazona variou entre 256 a valores maiores que 512 µg/ml. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os compostos curcumina e N-acilhidrazona apresentaram atividade antifúngica contra leveduras do gênero Candida, demonstrando que essa atividade está em acordo com a literatura. O polifenól curcumina mostrou maior potencial antifúngico, confirmando suas propriedades antimicrobianas. 16 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-03 USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS DE ALTO CUSTO: OTIMIZAÇAO DE CUSTOS HOSPITALARES Autores: BRUNO GEDEON DE ARAUJO; VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES; ADRIANA CRISTINA PAES; ALAÍDE FRANCISCA DE CASTRO; ELIZABETH QUEIROZ; HERVALDO SAMPAIO CARVALHO; KÁRITA ALMEIDA DA FONSECA Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 03 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O uso racional de medicamentos (URM) ocorre quando o paciente recebe o tratamento farmacológico adequado às suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por tempo adequado e com menor custo para a comunidade e para si próprio. O URM relacionado aos antimicrobianos (ATM), além de considerar os aspectos citados, objetiva maximizar a cura clínica, a prevenção de infecções, a diminuição de reações adversas a estes medicamentos e a redução de resistência bacteriana. OBJETIVO Descrever a estratégica do Hospital Universitário de Brasília (HUB) na promoção do URM, com foco na redução dos custos de tratamento envolvendo ATM de alto custo. METODOLOGIA Foram implantadas as seguintes ações: a) Identificação de ATM de alto custo e com maior impacto financeiro para o HUB; b) Classificação dos ATM em quatro grupos, conforme indicação terapêutica, espectro de ação, marcadores de gravidade, e custo do tratamento; c) Implantação de formulário de Solicitação de ATM para dois grupos de ATM; d) Implantação da Norma de Prescrição e dispensação de ATM; e) Implantação de necessidade de autorização prévia da Infectologia para iniciar tratamento de ATM de alto custo. RESULTADOS Os quatro grupos foram classificados em: ATM-não-controlado; ATM-profilático; ATM-controlado e ATM-restrito. Os medicamentos de alto custo foram classificados como ATM-restritos, são eles: Anfotericina B lipossomal, Daptomicina, Ertapenem, Linezolida, Micafungina e Voriconazol. Após implantação do Protocolo, foi possível reduzir o uso dos referidos medicamentos, com redução de custo anual de aproximadamente R$700.000,00 (setecentos mil reais), em comparação ao consumo anterior à implantação destas ações. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O HUB é um hospital público e atende aos usuários do Sistema Único de Saúde, com financiamento estritamente público. A redução dos custos hospitalares é uma meta institucional de forma a viabilizar o atendimento integral dos seus usuários. A vinculação da dispensa dos ATM-restritos à autorização da Infectologia favoreceu também a otimização do resultado terapêutico. O trabalho em conjunto dos Setores de Vigilância em Saúde por meio da Infectologia e do setor de Apoio Terapêutico por meio da Unidade de Farmácia Clínica, com o apoio da Gerência de Atenção em Saúde e Superintendência, viabilizou a implantação das medidas para racionalização dos custos de tratamento com ATM de alto custo, otimizando os recursos disponíveis para o HUB. 17 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-04 ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE HEPATITES VIRAIS E APLICAÇÃO DE TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO DE HEPATITE C COMO FOCO DE UMA AÇÃO EDUCATIVA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: PEDRO COSTA MOREIRA; CIBELLE DA SILVA XAVIER; JHÉSSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES SILVA; JAKSON DA SILVA PACHECO; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; ANNAH RACHEL GRACIANO; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 04 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As hepatites virais têm como característica principal a instalação de um processo inflamatório no fígado que pode ser agudo ou crônico, causado por vírus hepatotrópicos. Existem, atualmente, cinco principais tipos virais responsáveis pelo processo patológico: A, B, C, Delta e E. Trata-se de um assunto de extrema relevância não somente na saúde pública de nosso país, mas também do mundo. Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde feita no ano de 2005, afirma que existem cerca de 325 milhões de portadores crônicos da hepatite B e 170 milhões da hepatite C no mundo, com cerca de 2 e 3 milhões, respectivamente, no Brasil. Afirma-se uma proporção de aproximadamente 1 em cada 12 pessoas são portadoras de Hepatite B ou C, o que é um dado alarmante, visto que supera até mesmo as estatísticas do HIV. OBJETIVO Orientar adultos jovens e idosos sobre como prevenir a infecção pelos principais vírus causadores de hepatite, democratizando assim as informações a respeito destas doenças perante a população em geral, estimulando-os a terem uma rotina de promoção à saúde e estimulando as ações preventivas. METODOLOGIA A atividade ocorreu durante o XIII Encontro das Ligas Acadêmicas (ELA) da Faculdade de Medicina da UFG, no período das 8 horas às 18 horas, no Shopping Estação Goiânia, no dia 24 de agosto de 2014. Para concretização da mesma utilizou-se de um stand, um quadro de fixação de recados, balões, enfeites diversos, material impresso e aplicação de testes rápidos para diagnóstico de hepatite C em qualquer pessoa que aceitava participar por livre espontânea vontade, maior de 18 anos, qualquer sexo e que aceitava responder os questionários. RESULTADOS Notou-se a deficiência de conhecimento a respeito das hepatites virais por parte da população em geral, porém ficou nítido o grande aprendizado adquirido pelos participantes, que tiveram suas dúvidas sanadas. Além disso, foram feitos 66 testes rápidos os quais todos tiveram resultado negativo, contrariando os indicadores epidemiológicos de prevalência das hepatites virais na população. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A ação teve o intuito de promover a saúde, compartilhando informações a respeito das hepatites virais, concluindo-se que é de grande importância a prevenção e o diagnóstico das pessoas portadoras de hepatites, visto que a doença pode se apresentar assintomática e ter uma evolução silenciosa. 18 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-05 ANÁLISE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CASOS DE HEPATITE C CONFIRMADOS NA MACRORREGIÃO DO SUDOESTE GOIANO Autores: PEDRO PAULO DIAS SÁ; WANDERSON SANT ANA ALMEIDA; HÉLIO RANES MENEZES FILHO; RENATA BEATRIZ SILVA; EDLAINE FARIA MOURA VILLELA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - REGIONAL JATAÍ - Cidade/UF: JATAÍ/GO Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 05 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus da Hepatite C é considerada um problema de saúde pública e está relacionada ao desenvolvimento de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Sabe-se que a prevalência desta infecção no Brasil é variável de acordo com as regiões geográficas. OBJETIVO Avaliar o perfil epidemiológico da Hepatite C em pacientes notificados na região Sudoeste do estado de Goiás entre 2010 e 2015. METODOLOGIA Foram analisados dados tabulados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, selecionando-se os casos de Hepatite C diagnosticados no Sudoeste Goiano, no período de 2010 a 2015. RESULTADOS Foram confirmados 65 casos de Hepatite C, com maior número de casos em 2013 e 2014 (n=17). Os Municípios com maior número de casos foram Rio Verde e Jataí, com 28 e 24 casos, respectivamente. Corroborando com a literatura, houve maior incidência no gênero masculino com 69,23% dos casos. Entre as mulheres, 4 foram diagnosticadas durante a gestação gestantes. Quanto a idade, 55,39% dos casos apresentavam entre 40 e 59 anos e o grau de escolaridade, quando relatado, correspondia a no mínimo Ensino Fundamental completo em 41,54% dos casos, estes resultados divergem da literatura em estudos regionais, que aponta maior número de casos entre jovens com idade inferior a 30 anos e baixo nível de escolaridade. A forma de infecção foi ignorada ou não relatada em 83,08% (n=54) dos casos, entretanto sabe-se que a via de transmissão mais comum é a parenteral. Quanto a forma clínica, 75,39% (n=49) eram portadores ou apresentavam Hepatite Crônica, o que pode ser explicado pelo desenvolvimento silencioso da infecção. No diagnóstico laboratorial, apresentaram resultados reagentes para anti HCV 92,31% (n=60) dos casos. Cinco casos os dados não foram preenchidos corretamente e, oito casos foram confirmados como coinfecção pelos vírus HBV e HCV. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A maior prevalência de indivíduos com mais de 40 anos e do diagnóstico da doença na forma crônica demonstra a necessidade de elaboração de políticas de saúde voltadas para a prevenção da transmissão do vírus HCV na região do Sudoeste Goiano, bem como para o diagnóstico precoce da doença, que tem caráter siencioso. 19 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-06 RELATO DE CASO: APRESENTAÇÃO CUTÂNEA DE LINFOMA PLASMABLÁSTICO EM PACIENTE COM VÍRUS DA IMUDEFICIENCIA HUMANA Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; WALERIANO FERREIRA FREITAS; LUIZA MORAIS MATOS; JORGE LUIZ ANTONIO ABRAHÃO Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 06 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O Linfoma não-Hodgkin é uma das complicações oncológicas mais freqüentes em portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O linfoma plasmablástico constitui uma variação do Linfoma difuso de células B. OBJETIVO Relatar um caso de linfoma plasmablástico de apresentação cutânea em paciente com HIV . METODOLOGIA Relato de caso. RESULTADOS JSGS, 51 anos, com história de lesões nodulares cutâneas progressivas em região de axila direita, há 8 meses. Referia febre intermitente e perda ponderal. Evoluiu com aumento importante da lesão, com necrose local e drenagem de secreção sero-sanguinolenta. A TC de tórax mostrou lesão ulcerada com densidade de partes moles em fossa axilar direita, de limites imprecisos, contornos irregulares, medindo 6,68cm X 6,29cm X 10cm. Solicitado anti-HIV que foi positivo. Realizou biópsia incisional que mostrou Linfoma Plasmablástico, com expressão monoclonal de cadeia leve de imunoglobulina kappa. CD4 250 cél/mcL e carga viral de 2822 cópias/mL log 3,45. Iniciada TARV com TDF+3TC+LPV/r e esquema quimioterápico EPOCH, finalizando 6 ciclos. Paciente apresentou regressão das lesões neoplásicas e recuperação do peso, além de bom estado geral. Seguiu acompanhado pela Infectologia e Hematologia em regime ambulatorial, porém houve recidiva tumoral com metástase óssea e óbito. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O linfoma plasmablástico é de acordo com a classificação WHO-EORTC um linfoma difuso de grandes células B. Desde sua descrição inicial há pouca publicação sobre ele, a maioria dos casos sendo de localização oral em pacientes HIV positivos. Os casos extraorais são raros e incluem a mucosa nasal, nódulos linfáticos, estômago, pulmão e pele. 20 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-07 PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL Autores: ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 07 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Um aspecto central da política de saúde do Governo Brasileiro, desde a metade da década de 1980, é o combate à AIDS (acquired imune deficiency syndrome) e a outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). No ano de 2005 o governo brasileiro desenvolveu metas específicas visando à prevenção e o controle das DST e do HIV (vírus da imunodeficiência humana), no âmbito de cada esfera de governo e nos seus respectivos territórios, de forma integrada e compartilhada entre os diversos atores que participam na luta contra a epidemia do HIV/aids e de outras DST. Mediante tais discussões e para verificar o padrão de resolubilidade das medidas preventivas no combate à AIDS e infecção pelo HIV, objetivou-se com esse estudo estimar a prevalência de AIDS no Brasil entre os anos 2000 e 2014, fazendo distinção entre o sexo feminino e masculino e identificar o coeficiente de mortalidade específica dessa afecção durante os anos 2000 e 2013. OBJETIVO verificar a prevalência de AIDS no Brasil entre os anos de 2000 e 2014 e a taxa de mortalidade entre 2000 e 2013, correlacionando as taxas por sexo feminino e masculino e idade. METODOLOGIA Estudo ecológico analítico com delineamento de tendência temporal. As fontes de dados utilizadas foram o SIH, SIM e IBGE. As variáveis quantificadas referem-se ao sexo e idade da população geral. Os grupos selecionados tinham faixa etária entre 0 e 100 anos de idade. RESULTADOS O estudo realizado demonstrou que entre os anos de 2000 e 2014 houve uma redução importante na prevalência de AIDS no Brasil. Quanto aos achados por sexo, a maior taxa de prevalência geral correspondeu ao ano de 2001 com taxa de 0.027% (IC 95%: 0.027% - 0.028%), enquanto a menor taxa foi relativa ao ano de 2014 com taxa correspondente a 0.010% (IC 95%: 0.010% - 0.010%). Quanto ao número de casos referentes às faixas etárias, houve uma redução importante no número de casos absolutos entre os anos de 2005 e 2006 e posterior aumento entre 2006 e 2007. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Concluiu-se que o comportamento epidemiológico de AIDS no Brasil no decorrer dos últimos 15 anos foi favorável, havendo decréscimo importante de 2000 para 2014 embora os coeficientes de mortalidade não tenham se alterado no decorrer do período analisado. 21 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-08 DOENÇA DE KAWASAKI-SÍMILE EM ADULTO HIV POSITIVO. UMA RARA ASSOCIAÇÃO Autores: YARA PAULA D. LACERDA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 08 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica aguda que atinge vasos de médio calibre que ocorre principalmente em crianças até os cinco anos, e raramente em adultos. O comprometimento cardíaco é o mais importante. O diagnóstico é eminentemente clínico. OBJETIVOS Relatar a associação de DK-símile em homem HIV positivo. METODOLOGIA Homem de 25 anos de idade, portador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em tratamento antirretroviral há 2 anos, apresentou-se com febre aferida de 39° C por 11 dias, hiperemia conjuntival, descamação de lábios e hiperemia de língua, evoluindo após 5 dias com exantema maculopapular e eritema em mãos e pés, com posterior descamação laminar e poliartralgia. Paciente não fez uso de drogas além dos antirretrovirais. Ao exame apresentava-se febril (38,5°C), com hiperemia intensa das conjuntivas, sem exsudação, hiperemia de língua, descamação dos lábios, descamação laminar de mãos e pés, e sem linfonodomegalias. Os exames mostraram PCR 133,3 mg/dL; VHS 84 mm/h, piúria estéril, hemograma normal, hemoculturas e cultura de orofaringe negativas. Enzimas hepáticas, análise do líquor, provas reumatológicas e ASLO normais. Radiografia de tórax e eletrocardiograma sem alterações. Iniciada terapia de suporte clínico, bem como realizada uma dose de 1.200.000 U de penicilina benzatina intramuscular, devido a possibilidade inicial de infecção estreptocóccica. Foi solicitado ecocardiograma que revelou ectasia do tronco da artéria coronária esquerda (0,43 cm de diâmetro). Iniciado ácido acetilsalicílico 2g/dia e imunoglobulina endovenosa (2g/kg em dose única). Houve defervescência da febre após 2 dias do inicio da terapia com melhora progressiva das provas inflamatórias e do quadro clínico. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO A DK em adultos é rara e não existem critérios diagnósticos validados para adultos, sendo comum nesta situação a denominação DK-símile. O diagnóstico baseia-se em febre por mais de 5 dias e mais 4 dos 5 critérios: conjuntivite não exsudativa, alterações orais, eritema e edema de mãos e pés com descamação, exantema polimórfico e linfonodomegalia cervical. No caso em questão o paciente preenchia 4 dos 5 critérios e apresentava alteração ecocardiográfica sugestiva. O diagnóstico e a intervenção precoces são cruciais na prevenção da morbimortalidade cardiovascular. Há necessidade de formular e/ou validar critérios diagnósticos para DK em adultos, bem como aventar a possibilidade da associação com a SIDA. 22 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-09 VACINAÇÃO CONTRA O PNEUMOCOCO EM CRIANÇAS DE GOIÂNIA: ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS AO ATRASO VACINAL Autores: ANA LUCIA SARTORI; ELIANE TEREZINHA AFONSO; RUTH MINAMISAVA; GABRIELA MOREIRA POLICENA; GRÉCIA CAROLINA PESSONI; ANA LUIZA BIERRENBACH; ANA LÚCIA ANDRADE Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: SINOP/MT Ag.Financiadora: FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE GOIÁS Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 09 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (PCV10) foi introduzida no calendário de imunização de Goiânia em junho de 2010 no esquema vacinal 3+1 (2,4,6 e 12 meses de idade). Desde 2011, coberturas vacinais superiores a 90% têm sido registradas em Goiânia. Todavia, a cobertura vacinal não permite identificar atrasos no recebimento da vacina, que tendem a expor a criança ao risco de desenvolver doença pneumocócica. OBJETIVO Analisar fatores associados ao atraso da vacinação em relação à primeira dose e ao esquema vacinal completo/3+1. METODOLOGIA Estudo de coorte retrospectiva, de base populacional, com crianças nascidas em Goiânia no ano de 2012 e cadastradas no sistema de registros de vacinação da rede pública de Goiânia (SICAA). Crianças que receberam a primeira dose da PCV10 foram seguidas até os dois anos de idade. Para a definição da coorte de estudo e escolha de variáveis associadas ao atraso da vacinação realizou-se um linkage determinístico entre os registros incluídos no SICAA e os registros incluídos no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. O atraso da vacinação foi definido como ter recebido a primeira dose da PCV10 ou ter concluído o esquema/3+1 28 dias após a idade recomendada (2 e 12 meses de idade, respectivamente) pelo Programa Nacional de Imunização. A proporção de atraso foi calculada para a primeira dose e para o esquema/3+1 (número de crianças vacinadas com atraso/número de crianças incluídas na coorte x100). Fatores associados ao atraso foram examinados usando regressão linear generalizada. RESULTADOS A coorte de estudo foi composta por 14,282 crianças. Para a primeira dose o atraso da vacinação foi de 9,4%. Um total de 9.547 (66,9%) crianças concluíram o esquema/3+1, e dessas, 39,2% concluíram-no com atraso. Fatores independentemente associados ao atraso da primeira dose da PCV10 foram baixo peso ao nascer, baixo nível de escolaridade materna e <7 consultas no pré-natal (PN). Mães jovens, <7 consultas no PN e atraso da primeira dose estiveram independentemente associados à conclusão do esquema/3+1 com atraso ou à não conclusão. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O atraso no recebimento da primeira dose está associado ao atraso ou à não conclusão do esquema/3+1 em idade oportuna. Ações para aumentar o número de consultas de PN podem ser estratégicas para reduzir o atraso vacinal e para a conclusão do esquema/3+1. 23 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-10 O RETRATO DA IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B NO CENTRO-OESTE NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADAS Autores: FÁBIO FERREIRA MARQUES; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; CIBELLE DA SILVA XAVIER; CLARA BRAGA DOS SANTOS AZEVEDO Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 10 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) acomete milhões de pessoas em todo mundo. Por isso, desde 1998, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, recomenda a vacinação universal das pessoas contra hepatite B a partir do nascimento, o que resulta em elevada eficácia na prevenção da infecção vertical. Vale ressaltar que a partir de 2001, a faixa etária foi ampliada até 19 anos de idade. OBJETIVO Analisar a prevalência da imunização contra hepatite B no Centro-Oeste, na última década. METODOLOGIA Refere-se a um estudo quantitativo transversal realizado no Centro-Oeste de 1995 a 2015 com uma amostra composta indivíduos de todas as faixas etárias. Os dados foram obtidos do sistema DATASUS, de ordem secundária, na categoria de base de dados do Programa Nacional de Imunizações. RESULTADOS No período analisado houve 25557182 imunizações contra VHB, com desvio padrão de 553248,7 ao ano, sendo que 2001 possui a maior quantidade, 9% do total. É importante ressaltar que menores de 1 ano tiveram a maiores aplicações até o ano de 2012, sendo que após isso a faixa etária de 20 a 59 anos predominaram na vacinação. Em relação aos estados, é possível constatar que Goiás teve o maior número de imunizados, 36,76%, seguido de Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, 24,2%, 20,83% e 18,2% respectivamente. Além disso, menores de 1 ano tiveram o maior número de vacinações, com 39,96%, e pessoas acima de 60 anos a menor quantidade com 1,27%. Percebe-se também que o Distrito Federal teve maior imunização em 1996, sendo que de 1998 a 2000 prevaleceu o Mato Grosso, e a partir disso Goiás teve um pico muito grande em 2001, com 56,68% do total no ano e 5,11% do total durante o todo período analisado. Além disso, depois de 2005 a quantidade de imunizações permaneceu pouco variável. Vale ressaltar que por causa desse grande número existem muitos poucos casos de hepatite B, em torno de 70 casos por ano a partir de 2007. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Diversos estudos mostram que as vacinas contra hepatite B têm boa imunogenicidade e são eficazes. Todavia, a ocorrência de reação anafilática até duas horas após a aplicação de dose anterior contraindica o prosseguimento do esquema vacinal. Apesar da indicação para vacinar neonatos, a quantidade ainda é muito baixa. Logo, é preciso um melhor conhecimento sobre a frequência do VHB e a implementação de estratégias diferentes da imunização para uma menor disseminação de novos casos. 24 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-11 O ATUAL E PREOCUPANTE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO BRASIL Autores: LUCAS MIKE NAVES SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRAÚLIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 11 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A coqueluche, também conhecida por tosse comprida ou tosse espasmódica, é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório inferior e constitui importante causa de morbimortalidade infantil. É causada pela bactéria Bordetella pertussis, sendo o homem o seu único reservatório natural. É ser altamente contagiosa, sendo lactentes e crianças menores os mais acometidos. A transmissão ocorre pelo contato direto com indivíduos sintomáticos, por meio de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou mesmo durante a fala. Após a introdução da vacina DTP, que protege contra coqueluche e também contra tétano e difteria, ocorreu significativa redução da ocorrência de coqueluche em todo o mundo. Contudo, nos últimos anos, notou-se o ressurgimento dessa doença, fazendo com que ela se torne novamente um problema de saúde pública. OBJETIVO Analisar a prevalência de coqueluche no Brasil no período de 2000 a 2014 e a taxa de mortalidade entre 2000 e 2013, fazendo correlação com a distribuição por sexo e por faixa etária. METODOLOGIA Estudo ecológico descritivo com delineamento de tendência temporal. Para a obtenção de dados, foram utilizadas as fontes SIH, SIM, SINAN e IBGE. As variáveis analisadas referem-se ao sexo e à idade RESULTADOS Houve grande aumento na prevalência da coqueluche no Brasil. Em 2000, a prevalência por 100.000 habitantes foi de 0.5 (IC 95%: 0.48 – 0.54), saltando, em 2014, para 2.43 (IC 95%: 2.36 – 2.50). As crianças menores de um ano são as mais acometidas pela doença. Em ambos os sexos, a taxa de prevalência da doença foi maior no ano de 2014, quando o sexo masculino alcançou taxa de 2.3 (IC 95%: 2.21 – 2.4) e, o feminino, de 2.55 para cada 100.000 habitantes (IC 95%: 2.46 – 2.65). A taxa de mortalidade por coqueluche cresceu no período estudado. Em 2000, essa taxa era de 0.53 para cada 100.000 habitantes (IC 95%: 0.23 – 1.24), atingindo o mínimo em 2006, com valor de apenas 0.1 (IC 95%: 0.2 – 0.55). A mortalidade pela doença alcançou seu pico no ano seguinte, em 2007, com taxa de 13.46 (IC 95%: 11.41 – 15.87). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O panorama da coqueluche no Brasil vem se mostrando desfavorável no decorrer dos anos, dada a elevação da prevalência da doença, sobretudo nas crianças menores de um ano, que representam a população mais vulnerável à letalidade da doença. 25 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-12 IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE PERFUROCORTANTES COM DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NA OCORRÊNCIA DE ACIDENTE PROFISSIONAL COM MATERIAL BIOLÓGICO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA DE GOIÁS Autores: ANDREA INÊS SPADETO AIRES; ANA CARLA DIAS LEITE; CÁSSIA SILVA MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA BARBOSA MIRANDA; KÁSSIA CECILIA PIRETTI; LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; MARIA LOURDES ALVES; PATRICIA FATIMA MONTEIRO SOUZA; THAIS YOSHIDA Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 12 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO A exposição ocupacional a material biológico potencialmente contaminado é um problema grave, porém prevenível. Os acidentes com perfurocortantes estão associados à transmissão de patógenos como os vírus da hepatite B e C e vírus da AIDS, sendo a equipe de enfermagem a mais susceptível. Agulhas com lúmen são responsáveis por 56% de todos os acidentes com perfurocortantes. Estratégias que visem à eliminação do uso de agulhas reduzem acidentes relacionados a circuitos intravenosos. A Norma Regulamentadora-NR 32 de 2005 e Portaria 1748 de 20/08/2011 estabeleceram diretrizes para adoção de medidas de segurança, com atenção aos riscos biológicos e prevenção de riscos de acidentes com material perfurocortante. Enquanto estratégia foi instituída em 2011 a Comissão de Acidente com Material Biológico na instituição e elaborado um Plano de Prevenção interno. Em 2012 foi padronizado o uso de perfurocortantes com dispositivos de segurança. OBJETIVO Verificar o impacto da utilização de perfurocortantes com dispositivo de segurança na ocorrência de acidente com material biológico. METODOLOGIA Estudo de coorte retrospectivo que analisou a ocorrência de acidentes com material biológico antes (2009 a 2011) e após (2013 a 2015) a implantação de perfurocortantes com dispositivo de segurança, em hospital referência em infectologia de Goiás. Foram realizadas análises estatísticas simples em EXCEL. RESULTADOS Foram registrados 188 acidentes no período analisado, 84% em profissionais do sexo feminino, 34% com idade 30 e 39 anos, 70,7% são da enfermagem, 46,8% técnicos em enfermagem. No período pré-implantação 64,6% dos acidentes foram com perfurocortantes e 35,4% em mucosa/pele não íntegra. No período de implantação houve aumento para 75% nos acidentes por perfurocortantes, sendo observada redução para 48% nesse tipo de acidente no período pós-implantação. O tipo de material biológico envolvido foi sangue, 65,4% e 50,5% no período pré-implantação e pós-implantação respectivamente. O uso de antirretroviral de 50,6% diminuiu para 39% nos acidentes após a implantação e não houve soro-conversão. 26 DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O número de acidentes com material biológico se manteve nos períodos analisados. O aumento dos acidentes durante a implantação pode ter influência da inabilidade no manuseio de novas tecnologias e é citado por referências nacionais. Houve diminuição dos acidentes por perfurocortantes após a implantação de dispositivos de segurança e menor gravidade dos casos, comprovando maior segurança para o trabalhador. índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-13 PERFIL DE PRECAUÇÕES ESPECIAIS EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Autores: ANDREA INÊS SPADETO AIRES; ANA CARLA DIAS LEITE; CASSIA SILVA MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA BARBOSA MIRANDA; KASSIA CECILIA PIRETTI; LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; MARIA DE LOURDE ALVES; PATRICIA FATIMA MONTEIRO SOUZA; THAIS YOSHIDA Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 13 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O Hospital de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad (HDT/ HAA) é referência para tratamento de doenças infectocontagiosas. O perfil de pacientes em sua maioria são imunodeprimidos o que os tornam mais susceptíveis a agravos relacionados a transmissão de micro-organismos. Diante da importância do controle da disseminação destes micro-organismos, as medidas de precaução são uma das ações mais efetivas no controle da transmissão cruzada de infecções. OBJETIVO O presente trabalho objetiva conhecer a prevalência das precauções especiais e sua relação direta com o bloqueio de leitos. METODOLOGIA Trata-se de um estudo observacional, com análise quantitativa dos dados, coletados no ano de 2015 por meio de busca ativa diária das precauções, lançados em planilha própria e analisados pelo programa EXCEL. RESULTADOS No ano de 2015 considerando o número de pacientes dia (21.976), 36,5% dos pacientes permaneceram em precaução especial, sendo 23,8% em precaução por aerossóis, 17,2% em precaução por contato e 1,6% em precaução por gotículas. Destes pacientes, 12,2% permaneceram em mais de uma precaução, resultando em um total de 31,2% dos dias de bloqueio de leitos. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os resultados revelaram indicadores importantes das características das precauções. A maioria das precauções foi por aerossóis devido ao perfil de pacientes susceptíveis a infecções respiratórias, entre elas a tuberculose. A precaução de contato também foi relevante tanto por isolamento de micro-organismos multirresistentes como por vigilância de pacientes provenientes de outras unidades de saúde. Considerando a interferência das precauções no bloqueio de leitos, faz-se necessário um sistemático gerenciamento e auditoria das precauções, garantindo a correta indicação e a permanência do paciente por tempo adequado. 27 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-14 INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO DE ETIOLOGIA FÚNGICA APÓS MASTECTOMIA COM PRÓTESE Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; CYNTHIA BEISERT CARNEIRO; ISABELA PEREIRA RODRIGUES; VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 14 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Infecções de sítio cirúrgico (ISC) são pouco frequentes e muito indesejadas após cirurgias limpas. O Staphylococcus sp é o principal agente etiológico, sendo rara a etiologia fúngica. OBJETIVO Relatar um caso de infecção de sítio cirúrgico de etiologia fúngica. METODOLOGIA Paciente de 53 anos, submetida a mastectomia radical modificada, esvaziamento axilar esquerdo e mastectomia simples a direita, com colocação de próteses mamárias para tratamento de carcinoma ductal invasivo em mama esquerda. Previamente submetida a quimioterapia citorredutora. Evoluiu com ISC profunda após cerca de 30 dias, sem resposta ao tratamento clínico com antibióticos, sendo necessária a retirada das próteses. A cultura do intra-operatório veio inicialmente positiva para Staphylococcus aureus sensível a meticilina, tendo tratado com sulfametoxazol-trimetoprim (alérgica a beta-lactâmicos). Após 20 dias evoluiu com dor em região intermamária, sinais flogísticos e calafrios, sendo reinternada. Nesta ocasião foi observado na cultura de fungos da amostra coletada anteriormente o crescimento de Penicillium spp, Candida spp e Aspergillus spp. Tomografia e ressonância nuclear magnética de parede torácica evidenciaram borramento de tecido celular subcutâneo, sugerindo edema de parede torácica anterior. Biópsia incisional revelou leve infiltrado inflamatório crônico superficial e profundo, de localização perivascular e perianexial, e pesquisa direta para fungos com presença de esporos hialinos e leveduras. Devido a piora clínica, com drenagem espontânea abundante de secreção purulenta pela ferida operatória, foi optado pelo tratamento com Anfotericina B desoxicolato 0,5mg/kg por 4 semanas. Evoluiu com boa cicatrização da ferida de biópsia excisional, resolução do eritema e diminuição importante do edema em região intermamária, mas sempre com dor local. Após 2 semanas da alta apresentou quadro de herpes zoster. A paciente retomou o tratamento para a neoplasia, mas houve recaída da doença de base, encontrando-se atualmente em quimioterapia paliativa. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO ISC de etiologia fúngica é rara e geralmente associada a contaminação do ar no ambiente cirúrgico. O herpes zoster apresentado posteriormente ao quadro reflete a imunossupressão da paciente e o atraso no tratamento da doença de base devido à ISC pode ter reduzido suas chances de cura da neoplasia. 28 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-15 LISTERIOSE NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO Autores: MARINA SOUZA ROCHA; MELISSA DE ANDRADE BAQUEIRO; SUZY MOURA TRINDADE VIANA; MARINA MACHADO MAGALHÃES CARDOSO; DANIELA VINHAES DOS REIS; CAMILA PEREIRA ROSA; ANA MARIA FARIA ESTEVES; NATHÁLIA GOMES MIALICHI; VICTÓRIA GONTIJO NEVES; FÁBIO SANTANA DOS PASSOS Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - CIDADE/UF: BRASÍLIA/DF Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 15 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Listeriose é uma toxinfecção alimentar. Durante a gestação, costuma ser assintomática sendo evidenciada através de exames laboratoriais e a suspeita levantada por manifestações inespecíficas. Suas consequências vão desde quadro leve na gestação até o óbito. OBJETIVO A presente revisão literária busca demonstrar o impacto da Listeriose durante a gestação, demonstrando a importância do seu diagnóstico para o tratamento precoce que é capaz de evitar sequelas e óbitos no conjunto feto-mãe. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi uma revisão literária nas bases de dados Scielo e PubMed, com as palavras-chave Listeriose, gestação, listeriosis, onde foram selecionados artigos que possibilitaram a descrição da doença com enfoque nas suas manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. RESULTADOS A infecção é causada pelo Listeria monocytogenesse, um bacilo gram positivo aeróbio encontrado principalmente em alimentos processados, sendo sua transmissão principal por ingestão dos mesmos. Costuma se manifestar em estados imunocomprometidos ou com doença de base grave como neoplasias hematológicas, insuficiência renal, diabetes mellitus, drogas imunossupressoras, gestantes, recém-nascidos e idosos. A bactéria atinge a corrente sanguínea e pode disseminar por todo o organismo, predispondo-se à placenta e ao sistema nervoso central. Sendo assim, pode ser transmitida ao feto pela via transplacentária, mas também pelo canal vaginal. Na gestante, os sintomas assemelham-se aos da gripe, podendo apresentar sintomas gastrointestinais inespecíficos ou sintomas urinários. A mortalidade perinatal chega a 45% dos casos, sendo a infecção até o primeiro trimestre de gestação quase sempre fatal para o feto. O diagnóstico é feito com o encontro de bactéria em cultura de amostra de sítios estéreis. Seu tratamento é antibioticoterapia com Ampicilina ou Penicilina com duração de duas a seis semanas. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Apesar de ser uma doença perigosa e um patógeno potencialmente perigoso, não existem no Brasil programas de saúde pública voltados para essa doença em particular, sendo necessária uma maior atenção e abordagem em políticas de prevenção para diagnóstico e tratamentos precoces, diminuindo a mortalidade da doença. 29 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-16 HIDATIDOSE PULMONAR E HEPÁTICA ASSOCIADA A SÍNDROME DE BUDD CHIARI Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; GUSTAVO ADOLFO SIERRA ROMERO; CESAR OMAR CARRANZA TAMAYO Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 16 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A hidatidose é uma zoonose que eventualmente afeta o homem, hospedeiro acidental. Os órgãos afetados com maior frequência são o fígado (70%) e os pulmões (20%). OBJETIVO Apresenta-se caso de hidatidose acompanhado no Hospital Universitário de Brasília. METODOLOGIA PMS, masculino, 66 anos, natural de Erechim - RS (zona rural), onde viveu até os 7 anos de idade. Mudou-se para São Paulo (zona rural) e posteriormente para o Pará, onde percorria todo o estado por ser caminhoneiro. Desde 2010 reside em Planaltina - DF. Iniciou em fevereiro/2015 um quadro insidioso de astenia, empachamento, aumento de volume abdominal, emagrecimento e tosse seca, por vezes com expectoração de líquido amarelado. Após seis meses apresentou dispneia súbita, procurando então ajuda médica. À admissão apresentava diminuição do murmúrio vesicular nas bases associado a creptações difusas, hepatomegalia e Traube ocupado. Foram realizadas ultrassonografia abdominal e tomografias computadorizadas que revelaram: tromboembolismo pulmonar, síndrome de Budd-Chiari devido a compressão extrínseca da veia cava inferior por lesão hepática expansiva cística e multiloculada, e múltiplos nódulos pulmonares. Possuía plaquetopenia, anticorpo anti-hidatidose IgG reagente, marcadores tumorais sem alterações e endoscopia digestiva alta com duas varizes esofágicas de médio calibre, com red spots e varizes esofagogástricas. Feita biópsia de nódulo pulmonar com laudo informando fibroplasia, negativo para neoplasia. Após diagnóstico de hidatidose foi iniciado albendazol 800 mg/dia e solicitado parecer para cirurgia geral. Apresentava risco cirúrgico moderado da parte respiratória e elevado da parte cardíaca (ASA III) devido a hipoxemia, sendo então descartada a possibilidade de realizar o procedimento. Com a terapia instituída o paciente apresentou melhora importante da tosse. Mantém acompanhamento ambulatorial com quadro clínico estável, com recidiva da tosse após curto período de suspensão da droga por conta própria, porém mantém hepatomegalia. Em acompanhamento também pela hematologia para avaliar estado de hipercoagulabilidade. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Devido à apresentação clínica e aos dados de deslocamento, o quadro apresentado pode ter como etiologias E. vogeli ou menos provavelmente E. oligarthrus. Infecção por E. multilocularis não é descrita no Brasil. Apesar de ser uma patologia pouco frequente no país, a hidatidose é ainda uma doença com importante potencial de morbidade para os indivíduos moradores e visitantes de áreas endêmicas. 30 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-17 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ASSOCIADA A CARCINOMA BASOESCAMOSO EM PACIENTE IMUNOMPETENTE Autores: DANIELLE SANTOS GRISOLIA; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE; MARIA AUXILIADO CYSNEIROS; DÊNIS MASASHI SUGITA; TIAGO ARANTES PEREIRA; MIRIAN CRISTINA LEANDRO DORTA; ANA MARIA DE OLIVEIRA Instituição: HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 17 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença endêmica de importante relevância no Brasil. Várias condições imunossupressoras alteram sua evolução, levando a aumento em sua incidência, apresentações não usuais, maior gravidade e recidivas mais frequentes. A associação desta patologia com o câncer é pouco usual e não são claras as conclusões quanto a etiopatogenia da co-apresentação. OBJETIVO Descrever um caso de LTA concomitante com carcinoma basoescamoso e discutir a relevância da associação entre as doenças. METODOLOGIA Homem de 73 anos, lavrador, há cerca de quatro anos com lesão ulcerada em hemiface esquerda, estendendose ao globo ocular do mesmo lado. O paciente não possuía comorbidades conhecidas e apresentou investigação negativa para imunodeficiência. Foi realizada biópsia da lesão e diagnosticado leishmaniose tegumentar e carcinoma basoescamoso. A Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) demonstrou Leishmania viannia e a neoplasia foi confirmada por Imunohistoquímica. O paciente foi tratado com antimônio pentavalente (15mg/ kg/dia por 20 dias), além de sessões de radioterapia, enucleação e amplo desbridamento cirúrgico, havendo evolução clínica favorável, porém com perda total do olho esquerdo. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A associação e a gravidade da LTA em pacientes com câncer é um assunto pouco estudado e até o momento não é claro se há relação direta entre as duas patologias. Alguns estudos sugerem que a inflamação crônica provocada pela Leishmaniose poderia predispor a transformação maligna observada em alguns casos. O carcinoma basoescamoso é uma neoplasia epitelial rara, com incidência variando de 1 a 2% de todos os carcinomas de pele. Pela raridade desta apresentação, em revisão da literatura realizada nas bases de dados PubMed, MEDLINE e LILACS, não há descrição até então de carcinoma basoescamoso associado à LTA, tratando-se este do primeiro caso descrito. A Leishmaniose é uma doença desafiadora que requer um alto índice de suspeição para o seu diagnóstico. A concomitância de LTA e neoplasias têm evolução mais agressiva em relação às doenças separadamente, podendo levar a sequelas desfigurantes como a ocorrida neste caso, com impacto social e psíquico para o indivíduo. 31 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-18 SÍNDROME DE WEIL: A FORMA GRAVE DA LEPTOSPIROSE AUTÓCTONE EM GOIÁS Autores: DÉBORA LUIZA MEIRELES DE MELO; MYLLENA ALVES VIEIRA; RENATA CASTRO DAN REIS; GUSTAVO EDREIRA NEVES; MOARA ALVES S A BORGES; MARINA MASCA RORI PEDROSA; LISIA G M M TOMICH Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - HDT - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 18 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A leptospirose é uma zoonose causada por espiroquetas do gênero Leptospira. Apresenta-se como doença anictérica autolimitada ou como doença ictérica grave conhecida como sd. de Weil. OBJETIVO Relatamos 5 casos atendindos no período de dez/15 a fev/16. METODOLOGIA Caso A:Homem,37a,admitido em 08/12, morador e trabalhador de zn rural Itumbiara. Queixa de febre, mialgia e adinamia há 5d, evoluindo com vômitos, diarreia, oligúria e dispneia.Na sua cidade foi submetido a IOT. Na entrada:hb10,ht31, leuco de 26900 com desvio, plaq229000, BT0,5; INR 2,3; CPK acima do limite, cr 11, ur 325. Iniciado hemodiálise(HD),mas paciente evoluiu com hemorragia em SNC, indo a óbito. CasoB:Mulher,60a,admitida em 13/01, proveniente de Anapólis,com ratos em domicílio e limpeza do quintal 2sem antes. Há 10d com mialgia,febre, cefaleia, ictericia, coluria, náuseas, diarreia e fraqueza.Chega com hb9, ht20, leuco11.900 s/desvio,79000plaquetas,BT 7(BD28),INR 1,CPK 20,Cr 5,2; ur152. Não necessitou de ventilação mecânica(VM) ou HD, recebendo alta. CasoC:Homem,29a,admitido em 25/01, trabalhador da zn rural de Mozarlândia. Relato de febre, cefaleia, fraqueza e tosse com hemoptoicos há 5d, além de dispneia e oligúria. Exames:hb10, ht 31,15300leuc com desvio, plaq 60000, BT16(BD14),INR 0,9; CPK 386,cr 6,6; ur c245.Iniciado HD,mas não necessitou VM. Recuperou função renal com alta. CasoD: Homem ,42a,admitido em 09/02, procedente de Goiânia, teve sua casa alagada no fim do mês de jan/16. Há 5 dias febre e mialgia.Há 3d com tosse e dispneia. Chegou:hb10, ht30,leuco 9100 s/desvio, plaq 48000, BT6(BD5), INR 1,2; CPK 503, cr 1,8; ur 40,oligúrico. Necessitou de VM.Iniciou HD em 11/02 como recuperação da função renal e recebeu alta. CasoE:Homem,59a, admitido em 16/12,andarilho e manipulador de lixo em Goiânia-GO.Há 8d com febre, mialgia, dor abdominal, diarreia, vômitos e hemoptoicos. Exames: hb7,9; ht23,leuco21600 sem desvio, plaq105000,BT3(D2),INR1,16; CPK1519, cr1,5; ur99.Necessitou de VM e não necessitou de HD e recebeu alta. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A sd de Weil é doença grave com letalidade de 40%. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente. Chama a atenção no nosso relato as diferentes manifestações clínicas e os diferentes níveis de gravidade, mas todos com epidemiologia bem caracterizada e apenas 1 óbito, sendo no paciente com admissão e inicio de HD mais tardio. Este relato mostra a crescente disseminação da leptospirose no nosso estado, sendo fundamental inclui-la nos diagnósticos diferenciais. 32 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-19 RELATO DE CASO: TUBERCULOSE PÉLVICA SIMULANDO NEOPLASIA GINECOLÓGICA Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; WALERIANO FERREIRA FREITAS; MARIANA ALCAZAS DE SOUZA Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 19 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO A tuberculose pélvica está comumente associada à tuberculose peritoneal, envolvendo toda cavidade do abdome, fato pelo qual as duas entidades são estudadas em conjunto na maioria dos trabalhos. Os sintomas desta doença são geralmente inespecíficos e, mesmo quando o grau de suspeição é alto, estabelecer o diagnóstico pode ser difícil Sua importância reside no fato de que pode mimetizar clínica e laboratorialmente o carcinoma ovariano ou outro tumor ginecológico. OBJETIVO Relatar um caso de tuberculose pélvica simulando neoplasia ginecológica. METODOLOGIA Relato de caso. RESULTADOS M.F., sexo feminino, 39 anos, relata que iniciou quadro de dor abdominal em cólica contínua, aumento de volume abdominal progressivo, hiporexia e emagrecimento (cerca de 20kg) há cerca de 8 meses. Ao ultrassom de abdome foi evidenciada ascite de moderado volume, realizando paracentese diagnóstica que verificou no líquido ascítico aumento de proteínas (6,4) e presença de células sugestivas de malignidade. A paciente foi internada na enfermaria da gastroenterologia para investigação, sendo realizada TC de abdome com contraste que evidenciou moderada ascite livre, pequeno grau de linfonodomegalia abdominal, útero de aspecto miomatoso e massa em anexos ovarianos. Com o aumento considerável do CA125 (359,9) foi encaminhada para Oncoginecologia. Realizou videolaparoscopia, que drenou bastante líquido ascítico e colhido material para biópsia. O anatomopatológico demonstrou processo inflamatório crônico granulomatoso de padrão tuberculóide. Anti-HIV negativo. Foi transferida para a Infectologia e tratada com RIPE por 9 meses. O nível de CA 125 normalizou e a paciente obteve alta com cura clinica. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Acredita-se que a maioria dos casos de tuberculose peritoneal resulte de reativação de focos tuberculosos latentes no peritônio estabelecidos previamente por disseminação hematogênica de um foco primário pulmonar que se resolveu e não é radiograficamente aparente. Embora a maioria dos pacientes apresente ascite, os sintomas iniciais são quase sempre inespecíficos. Casos suspeitos devem ser submetidos a laparoscopia diagnóstica. A elevação serica dos marcadores tumorais ovarianos (CA 125) pode ser observada na tuberculose peritoneal quando ha acometimento dos ovários, sendo um diagnostico diferencial que deve ser sempre lembrado em paciente jovem, imunocompetente e com quadro arrastado de ascite inexplicável. 33 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-20 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO BRASIL Autores: FÁBIO FERREIRA MARQUES; HENRIQUE AUGUSTO NASCIMENTO; LARISSA AMORIM SILVA; RAYANE CARNEIRO AMORIM; VICTÓRIA REIS SILVA; WILLIAM ALVARES Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 20 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Koch e transmitida por gotículas eliminadas pela respiração, espirros e tosse, acometendo o sistema respiratório e deprimindo o sistema imune. No Brasil, estima-se que cerca de 185 mil pessoas são infectadas por ano. OBJETIVO Desenvolver um perfil epidemiológico dos casos de tuberculose pulmonar e as complicações da tuberculose respiratória na população brasileira. METODOLOGIA É um estudo epidemiológico transversal realizado no Brasil entre os anos de 1979 e 2013. A coleta de dados foi feita no sistema DATASUS, de ordem secundária, no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), com variáveis significantes de TB. RESULTADOS Constatou-se que de 1979 a 2013 houve 225 mil óbitos. A região Sudeste teve 50% do total de mortes e a Nordeste 28%. Nas outras regiões observam-se incidências significativamente menores, com a menor na região Centro-oeste, 4%. Os dados mostram também que, assim como as prevalências se mantém constantes por Unidade da Federação, a variação, ano a ano, é extremamente pequena. Em relação a faixa etária, a mortalidade acomete mais os adultos e idosos, com aumento exponencial nas idades a partir da faixa 20-29 anos, com um aumento de 139% de 30 a 39 anos, e de 232% para as idades entre 40 e 49 anos. Após essa faixa, há um pequeno decréscimo por marco etário, com diminuição de, em média, 16,56% por categoria. Além disso, em relação ao sexo, o número de homens que morreram foi, em média, 117% maior do que o de mulheres, sendo que em todo o período analisado o sexo masculino representa 67,55% dos casos. Vale ressaltar que, de acordo com a literatura, a TB é a maior causa de morte de pacientes soropositivos, e a taxa de mortalidade pela TB de pacientes coinfectados é aproximadamente 5x maior quando comparada à taxa de mortalidade da TB em pacientes não coinfectados. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A partir dos dados, observa-se que a TB é uma grave doença infectocontagiosa. O sexo masculino é o mais acometido pela “peste branca” ilustrando mais uma vez a disparidade do cuidado da saúde entre os gêneros. A idade mais atingida pelo bacilo foi de 40 a 69 anos de idade. Os maiores índices de mortalidade relacionados a TB pulmonar ocorreram em pessoas residentes das Regiões Sudeste e Nordeste. Por fim, através da literatura, por mais antiga e fácil que seja em tratar essa doença, muitos casos ainda são diagnosticados tardiamente, evidenciando falhas no processo curativo. 34 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-21 HANSENÍASE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Autores: IGOR DIEGO CARRIJO DOS SANTOS; KÉTUNY DA SILVA OLIVEIRA; MATEUS MARQUES SILVA; MATHEUS CERQUEIRA BRAGA; LAURA DE LIMA CRIVELLARO; KARINA CRISTINA SANTOS LOPES Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 21 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Hanseníase é uma doença infecciosa granulomatosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. É uma doença de evolução lenta e que apresenta sinais e sintomas dermatoneurológicos, tais como lesões na pele e nos nervos periféricos, sendo mais frequentes nas mãos, pés e olhos. OBJETIVO Apresentar informações que contribuam para a realização do diagnóstico e tratamento da hanseníase, com foco na eliminação das fontes de infecção e na prevenção de sequelas nos pacientes acometidos pela doença. METODOLOGIA Foram realizados levantamentos bibliográficos de fontes tais como MEDLINE, LILACS e SciELO, com os termos “leprosy and diagnosis and treatment”; “Mycobacterium leprae” e, ainda, de um estudo na Portaria n° 3.125 de 7/10/2010 do Ministério da Saúde, que está relacionada ao controle da hanseníase no país. RESULTADOS A formação tuberculóide das lesões se dá por infiltrados de células fagocitárias que se estendem pela derme profunda, podendo atingir a camada basal da epiderme. As lesões histopatológicas apresentam maior invasão fagocitária, causando densidade de bacilos que possuem uma espessa camada em sua parede celular. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Considerada uma doença negligenciada no Brasil, por ser o segundo país com o maior número absoluto de casos, a hanseníase tem sua transmissão relacionada ao contato íntimo e prolongado com indivíduos não tratados. Apesar de ser uma doença de pele, a transmissão ocorre através da saliva, tosse, espirro ou ainda secreções nasais. A resposta imune apresentada em decorrência da infecção pode ser classificada como inata ou adquirida. A resposta inata, algumas células do hospedeiro, ao reconhecerem estruturas do microrganismo por meio de receptores, geram a produção de IL-12/23 e a diferenciação dos macrófagos e das células dendríticas. Esses componentes tornam possível a transformação de linfócitos responsáveis pela produção de INF-gama e, portanto, a indução dos elementos que promovem a eliminação do bacilo. Essa resposta ocasiona diferenças imunofisiológicas, dependendo da forma infectante da bactéria, relacionadas à formação de granuloma e à quantidade de células dendríticas nas lesões. As lesões histopatológicas apresentam maior invasão fagocitária, causando densidade de bacilos que possuem uma espessa camada em sua parede celular. As formas de tratamento são, frequentemente o isolamento e proteção adequada do paciente e dos cuidadores. 35 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-22 ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES PARA TRATAMENTO DE DENGUE HEMORRÁGICA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2015 Autores: LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA ; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 22 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Dengue é uma doença febril aguda não contagiosa. O vírus responsável pela infecção é uma arbovírus do gênero Flavivirus, sendo reconhecidos quatro sorotipos. A transmissão é feita pela picada dos mosquitos contaminados no homem, sendo registrados casos de transmissão parenteral. A infecção pelo vírus provoca sintomas de amplo espectro, desde formas oligossintomáticas e autolimitadas até quadros graves, que podem evoluir com óbito. A forma hemorrágica pode surgir após o período de desfervescência da febre, com manifestações espontâneas ou provocadas. OBJETIVO Reconhecer os casos de tratamento de dengue hemorrágica no Brasil entre os anos de 2011 e 2015 de acordo com os dados do DATASUS. METODOLOGIA Trata-se de um estudo quantitativo, de base populacional e delineamento transversal, com dados de origem secundária, extraídos do DATASUS. Foram avaliados quesitos como complexidade, regime, tipo de procedimento, óbitos, permanência, ano e região. RESULTADOS De acordo com dados analisados, todos os procedimentos realizados são de média complexidade e com 70,14% sendo tratados em regime público. O número de óbitos no período foi de 554 e a taxa de mortalidade de 5,38. Dentre os anos analisados, 2011 foi o que obteve maior número de tratamentos, com 40,34% e 2014 o menor, com 10,38%. Segundo as regiões do país, a Nordeste apresentou o maior número de casos, representando 38,61% dos casos de urgência e 46,59% dos casos eletivos, enquanto a região Sul ficou com 1,87% dos casos de urgência e 1,39% dos casos eletivos. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A dengue ainda é um problema de saúde pública muito comum no Brasil, o qual exige um custo elevado ao país e pode levar muitos pacientes a óbito. Ocorre em todas as regiões do Brasil, porém sua forma hemorrágica tem sido prevalente em regiões com população mais carentes, como a região Nordeste enquanto a Sul apresentou números menores de tratamento. É uma doença que pode ser evitada, por meio de educação em saúde através de meios de comunicação e mobilização social e proteção individual. Dessa maneira, busca-se a conscientização de toda a população com intuito de evitar a doença. 36 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-23 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO POR TÉTANO NEONATAL NA REGIÃO CENTRO OESTE NO PERÍODO DE 2008 A 2015 Autores: JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA ; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 23 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O tétano é uma doença infecciosa não-contagiosa, causada pelo Clostridium tetani, um bacilo Gram positivo anaeróbio, responsável pela produção de uma exotoxina (tetanospasmina). Em neonatos, a doença é causada pela aplicação de substâncias contaminadas na ferida do coto umbilical, como, por exemplo, instrumentos para secção do cordão umbilical. Geralmente ocorre em filhos de mães não-vacinadas ou inadequadamente vacinadas no pré-natal. OBJETIVO Conhecer a realidade do centro oeste sobre a incidência de casos de Tétano neonatal e compará-la com o Brasil. METODOLOGIA Pesquisa quantitativa transversal epidemiológica no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. Os dados foram obtidos do sistema de informação DATASUS, na categoria de base de dados segundo sistema de informações de morbidade hospitalar (SIH). Os dados foram quantificados e avaliados por escala de proporção posteriormente. RESULTADOS O número total de tétano neonatal identificado pelo Departamento de Informático do Sistema Único de Saúde (DATASUS) corresponde a 53. Na região centro oeste foram registrados 9 casos, sendo 7 no estado de Goiás, o que representa 13,2% do total do país. Alem disso, Petrolina de Goiás é a cidade com maior incidência da região, possuindo 58% dos casos. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Nota- se que ainda há um número significativo de casos de Tétano neonatal. É ainda preciso aumentar o acesso às consultas pré-natais para que as gestantes sejam orientadas sobre a necessidade de estar com esquema vacinal atualizado. Além disso, identificar e treinar parteiras contribui para que as mesmas se tornem conscientes sobre a importância de realizar um parto asséptico e limpo, bem como ensinar às mesmas quais cuidados devem ser efetuados na ferida umbilical para prevenir a contaminação tetânica. Por fim, fortalecer o trabalho de parceria com todas as áreas afins como a Saúde da Mulher, é um desafio fundamental para erradicar a doença. 37 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-24 HIDATIDOSE MESENTÉRICA SIMULANDO NEOPLASIA PÉLVICA EM IDOSA: RELATO DE CASO Autores: PATRÍCIA FREIRE CAVALCANTE; CYNTHIA CAETANO LOPES; NATÁLIA GOMES GEBIN; AGUINALDO GABARRON MURCIA FILHO; SEBASTIÃO ALVES PINTO; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 24 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A hidatidose (equinococose) é uma infecção zoonótica causada pela forma larval de cestoides do gênero Echinococcus. As principais espécies são E. granulosus, E. multilocularis e E. vogeli. Vários canídeos, incluindo o cão doméstico, são hospedeiros definitivos. Os ovinos são hospedeiros intermediários, assim como o homem acometido acidentalmente. OBJETIVO Relatar um caso de hidatidose de mesentério simulando neoplasia pélvica em idosa. Metodologia: Mulher, 82 anos, branca, solteira, natural de Goiás/Go, funcionária pública e aposentada. Há 9 meses iniciou urgência miccional, com polaciúria, mas sem disúria ou estrangúria. Há 7 meses acrescentou-se ao quadro supracitado episódios de náuseas e vômitos pós-alimentares. Negava febre, perda de peso ou diarreia. Notou discreto aumento de volume no baixo ventre. Frequenta rotineiramente a fazenda da família em município da mesorregião do Centro Goiano. O local possui criações de bovinos, suínos, ovinos, galináceos, patos e cães. Contato direto com galináceos e cães. Encontrava-se hipocorada, afebril e anictérica. Sem linfonodos palpáveis. Aparelho cardiovascular sem alterações. Pulmões com leve diminuição do murmúrios vesículares em bases. No abdome, fígado e baço não eram palpáveis. Massa palpável em pelve, mediana e paramediana esquerda, fixa, levemente dolorosa e firme (não pétrea), com cerca de 10 cm em seu maior diâmetro. Os exames de imagem (ultrassonografia transvaginal e suprapúbica e tomografia computadorizada de abdome evidenciaram formação solido-cística medindo cerca de 7,3 x 6,8 x 4,2 cm em região mediana/paramediana esquerda na pelve. Foi realizado laparotomia aberta com identificação de massa mesentérica de aspecto sólido-cística, submetida à excisão cirúrgica. O exame histopatológico identificou infecção por Echinococcus spp. (hidatidose). Após cirurgia, iniciou-se Albendazol 400mg 12/12h por 4 semanas. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO A hidatidose acomete o fígado, pulmões, cérebro e, raramente, outros órgaõs como baço, rins, ossos, órbita, mediastino, coração, omento e mesentério. A sintomatologia depende do tamanho, quantidade de cistos e órgãos acometidos, podendo simular neoplasias. O diagnóstico é feito por história clínica, epidemiologia, exame clínico e de imagem. O tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico. A hidatidose deve ser considerada no diagnóstico diferencial de massas pélvicas em área edêmica de Echinococcus spp. 38 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-25 HLA E HANSENIASE : UMA META-ANALISE Autores: ADELLE BUENO SILVA; KASSYA GERALDINO SOUZA; BÁRBARA MARIOTTO BORDIN Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 25 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A hanseníase é uma infecção granulomatosa crônica que afeta pele e nervos periféricos, causada pelo Mycobacterium leprae. Uma particularidade gerada por esta doença é o fato de grande parte dos indivíduos contaminados ter uma resistência imunológica ao agente causador. Recentes varreduras genômicas sugerem que o locus 6p21 está relacionado a susceptibilidade a hanseníase. Esta região possui um grupo de genes HLA (Antígeno de Histocompatibilidade Humano) altamente polimórficos, onde no estudo de sua patogênese foram detectados alelos candidatos que tiveram associação com a doença. OBJETIVO A meta-análise foi feita visando averiguar a relação entre o gene HLA na região DRB1 e a susceptibilidade ao bacilo. METODOLOGIA Foi feito uma revisão sistemática da literatura de estudos publicados avaliando a relação de HLA e a susceptibilidade ao desenvolvimento da hanseníase. Sendo a revisão dividida em duas fases a qualitativa, que compreende a elaboração da questão que se pretende responder: O polimorfismo genético no gene HLA (lócus DRB1) altera a susceptibilidade a hanseníase? e a quantitativa, que é a análise dos dados numéricos de forma estatística. RESULTADOS Os resultados obtidos nesta meta-análise sugerem que os alelos DRB1*15 e DRB1*16 associados a diferentes formas clínicas são suscetíveis à hanseníase, pois apresentam uma maior frequência alélica nesse grupo, com significância estatística. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A lista de doenças infecciosas associadas com o sistema HLA é cada vez maior e o nível de associação é bastante variável. Novos métodos de classificação e as atualizações de nomenclatura frequentes têm facilitado a compreensão do papel dos gene HLA neste sistema e a associação com várias doenças. Outras doenças têm sido relacionadas ao HLA-DRB1, dentre elas, doenças bacterianas como tuberculose, doenças virais como dengue.Como trabalho futuro, iremos identificar as fontes de heterogeneidade entre os resultados dos estudos, assim como estratificar as diferentes formas da doença. Palavras-chaves: Hanseníase,HLA,DRB1, Meta-analise, Mycobacterium leprae. 39 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-26 POLIMORFISMO GENÉTICO DO GENE HLA E HANSENÍASE Autores: KASSYA GERALDINO SOUZA; ADELLE BUENO SILVA; BÁRBARA MARIOTTO BORDIN Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 26 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Amplamente conhecida como “lepra” desde os tempos bíblicos,a hanseníase é uma doença infectocontagiosa de desenvolvimento crônico que se revela, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, causada pelo Mycobacterium leprae. A variabilidade na interação parasita-hospedeiro pode ser comprovada pelas manifestações clínicas de caráter espectral, desde formas localizadas não contagiosas em indivíduos com resposta imunológica competente (hanseníase tuberculoide - paucibacilar), até formas difusas contagiosas que ocorrem em doentes com resposta incompetente (hanseníase virchowiana multibacilar). Estudos vêm relacionando o gene HLA com a hanseníase a partir da observação das formas clínicas da doença que estão associadas ao perfil de resposta Th1/Th2 apresentado pelo hospedeiro, sendo esta resposta controlada por mecanismos tal qual a apresentação de antígenos e interação célula-célula dependente da expressão de genes HLA. OBJETIVO Avaliar a relação de polimorfismos genéticos do gene HLA e a resistência em relação ao desenvolvimento da hanseníase. METODOLOGIA Foram pesquisados artigos publicados sobre polimorfismos genéticos e hanseníase, indexados nas bases de dados PubMed, Medline e Scielo. Os artigos foram localizados com o uso das seguintes palavras-chaves: leprosy, genetic polymorphisms, HLA, HLA DRB1. Um dos critérios utilizados foram os estudos casos controles que abordassem o tema polimorfismo genético em DRB1 e hanseníase e que possuíssem dados quantitativos. Sendo selecionados artigos que estudaram a relação dos genes HLA com a hanseníase, e aqueles relacionados com a sua resistência. RESULTADOS Os resultados encontrados sugerem que os polimorfismos no gene HLA na região DRB1 onde se encontra os alelos DRB1*04, DRB1*07 e DRB1*09 estes conferem uma resistência a doença. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O sistema de Antígeno Leucocitário Humano (HLA) tornou-se uma ferramenta importante para a compreensão da patogênese de diversas doenças infecciosas; os alelos ou haplótipos HLA herdadas por um indivíduo pode prever vários fatores de risco e protetores relacionados a infecções causadas por vários agentes. Os alelos polimórficos DRB1*04 e DRB1*09 estão associados à proteção contra a dengue, hepatite C. Pensando em um trabalho futuro pretende-se estratificar as diferentes formas da doença e relaciona-las as aos alelos polimórficos, podendo-se assim compreender melhor este assunto. 40 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-27 CANDIDIASE DA MUCOSA VULVOVAGINAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIAGO Autores: ANDRESSA SANTANA SANTOS; WASHINGTON LUIS RIOS; HILDENE MENESES SILVA; CAROLINA RODRIGUES CARVALHO; LISANDRA ALVES SOUZA; NATÁLIA CARASEK CASCUDO; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PUBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 27 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As infecções fúngicas causadas por leveduras do gênero Candida aumentaram nos últimos anos por diferentes fatores dentre eles a utilização de antibióticos de amplo espectro e o aumento de pacientes imunocomprometidos. Embora um grande número de espécies seja descrito, Candida albicans, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida krusei e Candida guilliermondii são consideradas de interesse clínico. A candidíase vulvovaginal (CVV), infecção genital feminina, bastante comum no mundo, figura como a segunda entre todas as infecções de ocorrência na região vaginal. OBJETIVO O propósito deste trabalho foi identificar as espécies de Candida envolvidas em candidíase vulvovaginal, verificando ainda a suscetibilidade in vitro de fluconazol e de itraconazol, que usualmente fazem parte da terapia para esta infecção. METODOLOGIA Trata- se de um estudo epidemiológico de prevalência de candidiase, realizado durante o período de fevereiro a maio de 2016, no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas em Goiânia. Neste trabalho foram coletadas amostras de secreção vaginal de 17 mulheres, as quais foram semeadas em Agar Sabouraud Dextrose deixadas à temperatura ambiente por até 10 dias. O exame microscópico da colônia mostrou leveduras e pseudomicélio características das leveduras do gênero Candida. A identificação das espécies foi realizada através do cultivo em meio cromogênico, CHROMagar Candida (Difco), crescimento em ágar Cornmeal e do teste de assimilação de carboidratos usando-se nove diferentes carboidratos. Para verificar a concentração inibitória mínima (CIM) dos derivados azólicos propostos foi usado o teste de microdiluição em caldo. RESULTADOS Dentre as amostras coletadas, foram obtidos 11 isolados de Candida, que foram identificados como C. albicans (72,7%), C.tropicalis (18,2%), C. parapsilosis (9,1%). Nos testes de suscetibilidade, pode ser observada variação de CIM de 0,25 a >64 µg/ mL para fluconazol e de 0,125 a > 16 µg/ mL para itraconazol. Altos valores de CIM >64 µg/ mL de fluconazol para cinco isolados de C. albicans, e > 16 µg/ mL de itraconazol para um isolado desta espécie foram observados. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os resultados mostraram que C. albicans continua a ser a espécie mais comum como agente de candidíase de mucosa vulvovaginal e além disso a resistência verificada para os derivados azólicos sugere a necessidade de testes de suscetibilidade para o tratamento adequado deste processo infeccioso. 41 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-28 INFECÇÃO OPORTUNISTA GRAVE POR PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS E SPOROTRIX SCHENCKII EM PACIENTE PORTADOR DO HIV: RELATO DE CASO Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; MÁRIO HENRIQUE LEITE VASCONCELOS; VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 28 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A paracoccidioidomicose é endêmica no Brasil, mais prevalente na zona rural das regiões Centro Oeste e Sudeste. Sua incidência vem aumentando em regiões urbanas. Pacientes com Aids costumam evoluir com sintomas agudos e disseminados junto às manifestações da forma crônica. Já a esporotricose é uma micose de implantação, geralmente subaguda ou crônica. Um aumento significativo do número de casos tem sido descrito no Rio de Janeiro, sendo considerado um problema de saúde pública. Nos pacientes com Aids, pode ocorrer disseminação hematogênica e manifestações sistêmicas graves. OBJETIVO Relatar caso de paciente co-infectado por HIV, Paracoccidioides brasiliensis e Sporotrix schenckii. METODOLOGIA Paciente masculino, 49 anos, natural do Rio de Janeiro e morador de Brasília, com infecção pelo HIV há 10 anos. Referia há um mês lesões papulares e em placas em todo corpo, eritematosas, descamativas e pruriginosas, algumas com crostas hemáticas e drenagem de pus. Sob hipótese inicial de escabiose com infecção secundária, foi tratado com ivermectina oral e neomicina/bacitracina, sem melhora. Há 15 dias da internação evoluiu com febre de até 40°C associada a vômitos, calafrios e astenia intensa, seguidos de poliartrite intermitente piorada à movimentação, com aumento de volume, calor local e parestesia das mãos. Apresentava CD4: 59 cels/mm3 e carga viral do HIV de 2.085 cópias/ml, sendo então internado. Tomografias de tórax e abdome evidenciaram respectivamente múltiplos nódulos sólidos irregulares bilaterais e esplenomegalia, com proeminência dos linfonodos da região abdominal. Ecocardiograma sem sinais sugestivos de vegetações. Biópsia de pele com dermatite granulomatosa superficial e profunda, e cultura com crescimento de Paracoccidioides brasiliensis. Lavado bronco-alveolar com crescimento de Sporotrix schenckii. Realizou tratamento com anfotericina B desoxicolato 3mg/kg/dia seguido de itraconazol 200mg/dia e reintrodução da terapia antirretroviral (zidovudina, lamivudina e lopinavir/ritonavir). Apresenta melhora progressiva das lesões de pele, do quadro pulmonar e articular. Está com carga viral do HIV indetectável e lenta reconstituição imunológica. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O caso descrito apresenta uma forma clínica grave de duas infecções oportunistas em paciente com AIDS, sendo difícil atribuir as manifestações a uma ou outra infecção (exceto nos materiais com cultura positiva). O tratamento provavelmente será de de longa duração e a reconstituição imunológica é fundamental. 42 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-29 CAPTAÇÃO DE FERRO MEDIADA POR SIDERÓFOROS EM CLADOPHIALOPHORA CARRIONII Autores: EUSLAN DE ALMEIDA JUNIOR; KASSYO LOBATO POTENCIANO DA SILVA; BIANCA SILVA VIEIRA DE SOUZA; CÉLIA MARIA DE ALMEIDA SOARES; ALEXANDRE MELO BAILÃO; MIRELLE GARCIA SILVA BAILÃO Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: JATAÍ/GO Ag. Financiadora: CAPES, CNPQ E FAPEG Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 29 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A cromoblastomicose (CBM) é uma doença crônica com acometimento cutâneo e subcutâneo, causada principalmente por fungos dos gêneros Cladophialophora, Fonsecae e Phialophora. A manifestações clínicas incluem lesões eritematosas e descamativas que evoluem com prevalência de lesões verrucosas, principalmente nas extremidades de membros inferiores e superiores. O ferro é um micronutriente essencial para todos os eucariotos, assumindo papel importante na relação patógeno-hospedeiro. Durante a infecção, o hospedeiro limita a disponibilidade de ferro aos patógenos, os quais desenvolveram mecanismos de aquisição deste metal. Dentre eles, destaca-se a produção de sideróforos, moléculas que se ligam ao ferro com alta afinidade. A CBM é uma doença recalcitrante e não há tratamento padrão para esta micose, fato que abre novos horizontes para a pesquisa de rotas metabólicas próprias do fungo, como a via de produção de sideróforos, em que novos fármacos podem atuar. OBJETIVO O objetivo desse trabalho foi investigar a produção de sideróforos pela espécie Cladophialophora carrionii, agente etiológico da CBM. METODOLOGIA Inicialmente, foi realizada uma busca in silico, utilizando-se a ferramenta BLAST, por genes ortólogos relacionados à síntese e ao transporte de sideróforo no genoma de C. carrionii. A produção de sideróforos pelo fungo foi investigada utilizando-se o ensaio overlay-CAS. C. carrionii foi cultivado em meio definido na presença e ausência de ferro por 30 dias. Em seguida o O-CAS, o qual funciona como um indicador da produção de sideróforos, foi adicionado sobre as placas. RESULTADOS As análises in silico demonstraram que C. carrioni apresenta ortólogos de genes relacionados tanto à biossíntese quanto ao transporte de sideróforos. A análise da produção de sideróforos pelo ensaio O-CAS revelou que o fungo produz e secreta sideróforos quando cultivado em meio sem ferro, fato confirmado pela mudança de cor do O-CAS. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO As análises in silico e ensaios in vitro demonstraram que C. carrionii produz sideróforos e que esta produção é diretamente relacionada à baixa disponibilidade de ferro. Os genes ortólogos presentes no genoma do fungo indicam que os sideróforos produzidos são do tipo hidroxamato. Investigações serão realizadas a fim de confirmar este fato. Como a síntese de sideróforos é uma via não presente em humanos, este estudo traz novas perspectivas para a produção de fármacos que atuem no bloqueio da mesma auxiliando no estabelecimento de 43 um tratamento específico para a CBM. índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-30 CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO CANDIDA PARAPSILOSIS ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS Autores: FABIO SILVESTRE ATAIDES; THAISA C. SILVA; FERNANDA A. ANDRADE; FABYOLA A. SÁ; MARIA DO ROSARI RODRIGUES SILVA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 30 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Candida parapsilosis forma atualmente um complexo constituído por C. parapsilosis sensu stricto, C. orthopsilosis e C. metapsilosis. Apesar da estreita relação, as espécies deste complexo apresentam diferenças na sua prevalência clínica e ainda nas características de virulência no desenvolvimento do processo infeccioso. OBJETIVO Neste trabalho foram avaliados os atributos de virulência das espécies do complexo C. parapsilosis isolados de diferentes materiais clínicos. METODOLOGIA Foi determinado a produção de proteinase em soro albumina bovina, fosfolipase em meio acrescido com gema de ovo e hemolisina em agar Sabouraud suplementado com sangue de carneiro. Além disso foram verificados a habilidade de produção de biofilmes usando-se XTT e análise de aderência em células epiteliais bucais. RESULTADOS Os resultados mostraram que as espécies do complexo C. parapsilosis foram capazes de expressar alta atividade proteolítica, com exceção de dois isolados de C. metapsilosis isolados de infecção ungueal que não mostraram atividade para esta enzima. Atividade de fosfolipase foi verificada em nove isolados, enquanto que todas as espécies apresentaram uma alta capacidade hemolítica em meio suplementado com sangue de carneiro. Foi também verificado em nossos resultados que todos os isolados deste complexo foram capazes de formar biofilmes e apresentaram uma média de aderência de 95,98 leveduras/100 células epiteliais bucais. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A alta capacidade de virulência verificada entre os isolados do complexo C. parapsilosis, intensifica a necessidade do conhecimento dos atributos de virulência com papel relevante no estabelecimento do processo infeccioso. 44 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-31 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVO DO SUL DE MATO GROSSO COLONIZADOS POR ESPÉCIES DE CANDIDA Autores: JANAÍNA SOUSA DE LIMA; CAMILA AOYAMA VIEIRA; WÉRIKA WERYANNE ROSA DE SOUZA; SELMA VIERA DE MOURA; CLAUDINEIA DE ARAUJO; JULIANA HELENA CHAVEZ-PAVONI; LETICIA S. GOULART Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Cidade/UF: RONDONÓPOLIS/MT Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 31 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As espécies de Candida compreendem micro-organismos saprófitos, os quais, dependendo de fatores predisponentes podem tornar-se patogênicos. A presença de leveduras na mucosa oral na forma assintomática e um reduzido valor de contagem de células CD4 tem sido associados ao subsequente desenvolvimento de candidíase orofaríngea. OBJETIVO O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os pacientes HIV positivo colonizados por espécies de Candida e analisar os possíveis fatores associados à ocorrência da levedura na mucosa oral. METODOLOGIA Foram incluídos 199 indivíduos HIV/AIDS acompanhados em um Serviço de Saúde Especializado do Município de Rondonópolis, MT. Dados referentes a fatores sócio-demográficos, imunológicos e terapêuticos foram coletados dos prontuários médicos. Foram coletados swabs orais, que foram semeados em ágar Saboraud Dextrose acrescido de cloranfenicol e incubados a 37°C por 48h. As espécies das leveduras foram identificadas em meio cromogênico CHROMagar Candida. Foi utilizada a regressão de Poisson num modelo hierárquico de análise. RESULTADOS A prevalência de Candida spp. na população estudada foi de 50% (n=100) e Candida albicans foi a espécie mais freqüente (82%). Dos 100 indivíduos colonizados por espécies de Candida, 58% eram do sexo feminino, a média de idade ficou entre 42 anos, 37% tinham oito ou mais anos de estudo. A maioria era heterossexual (67%). O tempo médio de diagnóstico pelo HIV em anos foi de 5,4. Todos pacientes estavam em uso de drogas anti-retrovirais, sendo que 46% usavam a associação de Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos associados a um Inibidor da Protease. O valor médio da última contagem de linfócitos T CD4 foi 663células/mm3. Uma frequência de 16% destes pacientes era de usuários de drogas. As infecções oportunistas mais freqüentes foram Herpes-Zoster (25%) e candidíase (12%). A única variável significativa que apresentou associação à colonização por Candida foi a idade (p=0,02). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Nossos resultados permitiram identificar o perfil epidemiológico dos pacientes HIV positivo colonizados por espécies de Candida do sul de Mato Grosso. Somente possuir 60 anos ou mais representou risco à colonização oral por leveduras na população estudada. 45 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-32 SEPSE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA Autores: PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 32 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A sepse é uma síndrome caracterizada por sinais sistêmicos de infecção acompanhada por bacteremia. Devido às peculiaridades imunofisiológicas da fase inicial da vida, essa doença é uma grande responsável pela mortalidade infaltil, principalmente em pré-termos com peso inferior a 1500g. O estudo detalhado dos diversos âmbitos dessa doença tem extrema importância para redução da mortalidade em todas as idades e em escala mundial. OBJETIVO Quantificar os casos notificados de internação por sepse em paciente de até um ano de idade entre os anos de 2010 e 2016, traçando o perfil epidemiológico referente às variáveis sexo, raça, regime de atendimento e região. METODOLOGIA Estudo quantitativo com delineamento transversal de base populacional. Considerou-se o total de casos ocorridos no Brasil entre 2010 e abril de 2016, analisando as variáveis quantitativas numéricas dos casos notificados de sepse no primeiro ano de vida. Os dados utilizados foram de origem secundária, extraídos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Posteriormente, foi realizada estatística descritiva com organização e sintetização dos dados, que foram categorizados e analisados posteriormente por escala de proporção. RESULTADOS O número total de internações foi de 72.487. O sexo masculino representou 55,7% dessa totalidade. Em relação à etnia, houve considerável predominância de 26,7% na raça branca. A maior parte dos atendimentos foi realizada em regime privado (55%) e a região com maior número de internações foi o Sudeste, com 43,2%. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A população com menos de um ano possui alto risco para o advento da sepse, tendo essa doença grande papel na mortalidade infantil no Brasil. O traçado do perfil epidemiológico, apesar de sua grande importância, não tem sido o âmbito mais promissor abordado nos estudos sobre sepse. O foco principal desse desenvolvimento científico deve estar nas pesquisas imunológicas e microbiológicas que visam entender a complexidade de sua fisiopatologia ainda muito pouco compreendida. Apesar das limitações existem métodos que devem ser buscados para diminuir a mortalidade, como: diagnóstico precoce, uso criterioso de antibioticoterapia evitando tratamento empírico longo e priorizando o tratamento microorganismo-específico pós cultura. 46 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-33 ENTEROCOCCUS FAECIUM: UMA RARA ETIOLOGIA DE MENINGITE BACTERIANA AGUDA Autores: SARAH VIDAL DA SILVA; MURILO CASTRO GARROTE; RODRIGO A SALUM XIMENES; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 33 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As espécies de enterococos são importantes agentes de infecções nosocomiais e comunitárias, tanto em adultos e crianças, mas raramente estão associadas a meningites bacterianas agudas (MBA). Neurocirurgia, trauma cranioencefálico e imunossupressão são fatores relacionados a MBA por enterococos, bem como infecção enterocócica em outros sítios, como pielonefrite e endocardite. A principal espécie nesta condição é Enterococcus faecalis, sendo que Enterococcus faecium é um agente etiológico ainda mais incomum de MBA. OBJETIVO Descrever um caso de meningite espontânea por E. faecium. METODOLOGIA Homem, 46 anos, deu entrada com cefaléia holocraniana há 6 dias, tipo pulsátil, intensa, com irradiação para dorso. e vômitos. Referiu episódio de febre de 39,2°C há 3 dias. Ao exame estava afebril, hipocorado (+/4+) e sem sinais meníngeos. Referia hanseníase tratada há 12 anos, mas com uso crônico de prednisona (20 mg/dia) para controle de estados reacionais. Sem história de neurocirurgia e/ou trauma craniano. Os exames demonstraram leucocitose com desvio à esquerda, funções hepática e renal normais, e hiponatremia. O líquido cefalorraquidiano (LCR) exibia-se turvo xantocrômico, glicose 64 mg/dL, proteínas 84 mg/dL, 710 leucócitos/ mm³ (67% de neutrófilos), 40 hemácias/mm³, com ausência de bactérias ao Gram. A cultura do LCR revelou E. faecium sensível a vancomicina, teicoplanina e linezolida e resistente a penicilina e ampicilina. Ecocardiograma sem vegetações. Colonoscopia normal, bem como análise da urina. A tomografia computadorizada de crânio sem alterações. Inicialmente foi instituído ceftriaxone endovenoso (4g/dia), e com o isolamento de E. faecium instituiu-se vancomicina endovenosa (2,4 g/dia) associado a vancomicina intratecal (10 mg/dia) por 14 dias. O paciente recebeu alta sem sequelas aparentes. RESULTADOS DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Estima-se que 0,3% a 4% de todas as MBA sejam devidas a Enterococcus spp . Estes patógenos estão associados a MBA em pacientes submetidos a procedimentos neurológicos invasivos, trauma craniano e imunodeprimidos, incluindo o uso de corticoides, sendo este último o único fator predisponente aparente no presente caso. Não há consenso sobre o esquema terapêutico ideal (drogas, doses e duração) para MBA por E. faecium. No presente caso obteve-se sucesso com a associação de vancomicina endovenosa e intratecal. E. faecium deve ser considerado como etiologia em casos de MBA em usuários de corticoides. O melhor regime terapêutico para esta condição necessita ser determinado. 47 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-34 MENINGITE DE MOLLARET RELACIONADA AO VÍRUS HERPES SIMPLES - UM DIAGNÓSTICO A SER LEMBRADO Autores: LISSA R. MACHADO SILVA; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 34 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A meningite de Mollaret (MM) é uma forma rara e benigna de meningite linfocitária recorrente descrita pela primeira vez em 1944 por Pierre Mollaret, na França. É caracterizado por episódios autolimitados de meningite. O vírus herpes simples (HSV) tipo 2 é principal agente etiológico. Objetivos: Descrever um caso de MM relacionado ao vírus HSV, e discutir os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos. METODOLOGIA Mulher de 34 anos, admitida com história de dor súbita e de forte intensidade em região cervical e tórax há 3 dias, associado a rigidez de nuca, cefaleia intensa holocraniana, febre alta, náuseas e vômitos. Refere que desde os 11 anos apresenta episódios semelhantes (cerca de 7), sempre com diagnóstico de meningite viral, sendo o último há dois anos. O líquido cefalorraquidiano (LCR) evidenciava 117 células/mm³, 99% de linfócitos, glicose: 51 mg/dL, proteína:77mg/dL, as pesquisas diretas de bactérias, fungos e micobactérias negativas. A tomografia computadorizada do crânio (TCC) não evidenciou alterações. Foi iniciado tratamento com aciclovir pela suspeita clínica de meningite de Mollaret, com programação para 14 dias. Durante internação o resultado de reação em cadeia da polimerase (PCR) para HSV no LCR apresentou resultado positivo. Após 9 dias de internação, paciente evoluiu com remissão dos sintomas e recebe alta para acompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO A MM é uma doença rara, mais frequente em mulheres, que deve ser suspeitada em todos os casos de meningite aguda linfocitária recorrente. É importante a avaliação do LCR, assim como estudo com TCC e/ou ressonância nuclear magnética para definição diagnóstica. O PCR para HSV no líquor tem sensibilidade de 95% e especificidade 100%. O tratamento e prevenção de recorrências com aciclovir, bem com valaciclovir e fanciclovir, tem sido realizado, mas de modo questionável, pois não existem estudos controlados que comprovem a eficácia. O diagnóstico precoce de MM pode prevenir internações prolongadas, investigações desnecessárias e tratamento antimicrobianos empíricos prejudiciais. 48 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-35 ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO Autores: ANDRYELLE C. JESUS MARTINS; SORREYLLA PAULLA S. VASCONCELOS; TATIANE B. MENDES LEMES; ARIANA R.ROMÃO GODOI; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE Instituição: CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO CRER - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 35 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A exposição ocupacional a agentes biológicos é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho; as formas de exposição incluem: inoculação percutânea, por agulhas ou objetos cortantes, assim como por contato direto com pele e/ ou mucosas. OBJETIVO Avaliar o perfil de Acidente com Material Biológico (AMB) em trabalhadores de um Centro de Reabilitação e Readaptação na cidade de Goiânia METODOLOGIA Coorte descritiva de colaboradores acidentados com material biológico no período de julho de 2012 a dezembro de 2015. Os colaboradores com AMB foram atendidos conforme protocolo institucional, inicialmente avaliados pelo médico plantonista, com solicitação de exames. Posteriormente o colaborador foi acompanhado pela equipe do Serviço Controle de Infecção Hospitalar (SECIH), onde foram avaliados exames e feito seguimento para observar o desfecho do acidente. Os dados clínicos e laboratoriais foram registrados em Ficha de Atendimento específico. As informações foram armazenadas em banco de dados informatizado. A análise de dados foi realizada utilizando-se o programa SPSS 16.0. RESULTADOS Foram notificados 124 AMB. Os profissionais mais acometidos foram: técnicos em enfermagem 47 casos (37,9%), instrumentador cirúrgico 11 (8,9%) e enfermeiros 7 (5,6%). As exposições mais comuns foram percutânea 81 (65,3%) e mucosa 38 (30,6%). O material orgânico mais frequente foi sangue: 76 (61,3%). A distribuição dos acidentes no hospital foi principalmente no Centro Cirúrgico: 46 (37,1%), UTI: 34 (27,4%) e Internação: 24 (19,4%). Constatou-se que a maioria dos colaboradores tinha situação vacinal regular, com 85,5% de imunização completa; vacinas incompletas 1,6% e ignorados 12,9%. A proporção de Anti-HBs reagente foi de 81,5%. Os profissionais com uso de EPI totalizaram 78,2%. Em relação à evolução do caso, observou-se que 110 (88,7%) obtiveram alta sem soroconversão. Treze casos (10,5%) abandonaram o seguimento e um colaborador encontra-se em acompanhamento. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Nossos achados apontam a predominância de exposição ocupacional percutânea, notadamente nos técnicos em enfermagem, outros autores tem descrito a maior frequência de acidentes perfurocortantes nestes profissionais. É importante a educação continuada a fim de aumentar a adesão às medidas preventivas, notadamente a adesão ao uso de dispositivos de segurança no manejo de perfurocortantes. 49 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-36 ENDOCARDITE INFECCIOSA: MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS COMO APRESENTAÇÃO DA DOENÇA - RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Autores: MURILO FRAGA O. CALÁBRIA; CAROLINA DE O. ABRÃO; DÉBORA LUIZA MEIRELES DE MELO; ALINE NETO DE A. PEREIRA; FRANCYSNETH ALMEIDA CRUZ Instituição: HDT/HC-UFG - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 36 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Endocardite Infecciosa (EI) apresenta altos índices de morbimortalidade, à despeito da melhora de seu manejo. Mais comum em homens e os principais agentes etiológicos são: Staphylococcus e o Streptococcus. Anormalidades estruturais do coração são o principal fator de risco para a doença. Complicações neurológicas ocorrem em 15-30% dos casos de EI, decorrentes de embolização das vegetações, e a presença de complicações, como essas, piora o prognóstico da mesma. OBJETIVO Relatar caso de EI com manifestações neurológicas como apresentação da doença. METODOLOGIA R.P.V., 23 anos, febre, cefaléia, vômitos, déficit motor e crises convulsivas há 2 semanas. Glasgow 9, hemiparesia à esquerda, hiperreflexia à direita sem sinais de liberação piramidal e presença de sinais meníngeos. Ausculta cardíaca detectou sopro em foco mitral. Hemograma com leucocitose e plaquetopenia, PCR 198 (VR: 3.0). Líquor com hipercitose e hiperproteinorraquia. TCC com laudo de HSA e hipodensidade, sem efeito de massa, com hipótese de processo infeccioso meníngeo e possível encefalite associada. Hemograma com leucocitose e plaquetopenia, PCR de 198 (VR: 3,0). Mantido ceftriaxone e associado aciclovir. Hipótese de EI aguda com embolização para SNC. ECOTT mostrou dupla lesão mitral e imagem filamentar móvel em valva mitral (vegetação). Ceftriaxone e aciclovir foram suspensos, iniciados oxacilina e gentamicina. Piora do nível de consciência, intubado e encaminhado à UTI. Evoluiu com sepse de foco urinário e associado meropenem. Transferido para o HC-UFG. Piora neurológica com pupilas anisocóricas e ECG 6. Hemocultura positiva para Streptococcus sp., e mantido apenas meropenem. Novo ECOTT confirmou a vegetação em valva mitral. Submetido à cirurgia de troca valvar mitral por prótese metálica. Paciente evoluiu para óbito em 28/05/16. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A EI é um desafio diagnóstico, devendo ser suspeitada em diversas situações clínicas. Acometimento da valva mitral e tamanho da vegetação predizem risco de embolização. Embolização sistêmica ocorre em 25-30%, destacando-se a embolização neurológica, podendo ser a apresentação inicial da doença. Nas manifestações neurológicas, sinais focais predominam e acidente vascular isquêmico é a forma mais comum. Descreve-se, também, ataque isquêmico transitório, hemorragia subaracnóidea ou intraparenquimatosa, abcesso cerebral, meningite e encefalopatia. Embolismos cerebrais silenciosos ocorrerm em 35-60% dos casos. São muitas as indicações de cirurgia cardíaca, realizadas em cerca de 50% dos casos. 50 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-37 PERSPECTIVA DO TRATAMENTO HOSPITALAR DE INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS AÉREAS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO Autores: BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; CIBELLE DA SILVA XAVIER; CLARA BRAGA DOS SANTOS AZEVEDO; FÁBIO FERREIRA MARQUES Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 37 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As infecções agudas de vias aéreas são definidas como todo processo infeccioso de etiologia viral ou bacteriano no sistema respiratório. Elas se subdividem em infecções das vias aéreas superiores (rinites, rinosinusites, amigdalites, otites, crupe e resfriados simples) e infecções das vias aéreas inferiores (pneumonias e bronquites). OBJETIVO Quantificar o tratamento hospitalar de infecções agudas das vias aéreas superiores e inferiores no Brasil entre 2011 e 2015. METODOLOGIA Trata-se de um estudo quantitativo e prospectivo com abordagem analítica observacional de corte transversal realizado no Brasil entre os anos 2011-2015. Utilizou-se uma população de estudo composta pelos casos de tratamento hospitalar de infecções agudas das vias aéreas. Os dados foram obtidos do sistema DATASUS, de ordem secundária, na categoria de base de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). RESULTADOS Entre 2011 e 2015 houveram 468202 casos de tratamento hospitalar de infecções de vias aéreas, dos quais 43,1% representam os casos referentes as vias aéreas superiores e 56,9% os casos de vias aeras inferiores. A média anual foi de 93640.4 casos, com desvio padrão de 1,2%, sendo que houve uma queda desde 2011 (21,38%) fazendo de 2015 o ano com menores índices (18,72%). Demograficamente o sudeste (34,89%) é responsável pelos maiores índices, seguido pelo nordeste (22,99%) e sul (17,20%). Além disso, foi constatado que o tratamento de infecções aguda das vias respiratórias é um procedimento de média complexidade e com predominância sob regime público (52,76%) em detrimento do privado (47,24%). Ressalta-se ainda que a grande maioria dos atendimentos foram realizados sob caráter de urgência (96,11%) e o restante em caráter eletivo (3,89%). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O tratamento de infecções agudas nas vias aéreas superiores tem decrescido nos últimos anos, o que pode ter influência do aumento das campanhas vacinais e num maior esclarecimento da população sobre as formas de prevenção e contagio das doenças causadoras de tal infecção. Vale ressaltar que esse predomínio do atendimento em caráter de urgência de se ao fato de que muitas vezes os prontos socorros são a porta de entrada para o atendimento hospitalar. Concomitantemente os pacientes também possuem a característica de procurarem auxilio medico nos casos mais graves, o que justifica as infecções agudas de vias aéreas terem maior prevalência, cujas complicações são de maior gravidade. 51 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-38 MENINGITE FATAL CAUSADA POR PREVOTELLA LOESCHEII: UM RELATO DE CASO Autores: JOÃO CARLOS GEBER-JÚNIOR; CELIO FARIA-JUNIOR; FLAVIANE BEATRIZ LARA; ANYELLE AMARO SOUSA; ALEX LEITE PEREIRA; HENRIQUE MARCONI PINHATI Instituição: HOSPITAL SÃO FRANCISCO - DF - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 38 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA INTRODUÇÃO Prevotella spp. são bacilos gram negativos, anaeróbios e não moveis que compõem a microbiota da orofaringe, cólon e vagina de indivíduos saudáveis. Devido à dificuldade no cultivo e identificação de anaeróbios, a patogênese associada a Prevotella spp. continua obscura. Doenças causadas por P. loescheii incluem abcesso cerebral, infecção de tecido mole, bacteremia, artrite séptica e infecção de prótese. Até o momento, nenhum caso de meningite causada por P. loescheii foi relato. OBJETIVO Relatar um caso de meningite causada por Prevotella loescheii e a utilização de sequenciamento genético na detecção e identificação de anaeróbios sem um cultivo primário. METODOLOGIA E.A.R.J, 14 anos de idade, negro e portador da síndrome de Osler-Weber-Rendu foi recebido no Hospital São Francisco (DF) para investigar a causa de hemorragias e permaneceu internado por 31 dias. Durante o curso da investigação, o paciente desenvolveu quadro neurológico e foi diagnosticado como meningite. Uma amostra de líquido cefalorraquidiano (LCR) foi colhida e enviado ao laboratório de microbiologia e iniciou-se tratamento com vancomicina e meropenem. O LCR estava purulento, mas a cultura foi negativa mesmo após 72h de incubação. Na bacterioscopia, observou-se vários BGNs, intra e extraceluares. A amostra foi enviada ao LACEN-DF, onde o DNA foi extraído com kit High Pure PCR Template Preparation (ROCHE). Usando a técnica de PCR, amplificouse o gene 16 rRNA com os primers U3 (5’-AGT GCC AGC AGC CGC GGT AA-3’), U4 (5’-AGG CCC GGG AAC GTA TTC AC-3’) e U5 [5’-TCA AAK GAA TTG ACG GGG GC-3’ (K=G+T)]. O sequenciamento dos amplificados foi realizado com o kit BigDye terminator cycle sequencing versão 2.0. Foi usado o sequenciador 3500 Genetic Analyzer (Applied Biosystems). As sequências de DNA obtidas foram confrontadas em bancos genômicos públicos, como Sepsitest-BLAST, SeqMatch/RDP e Blast/NCBI, sendo identificado como P. loescheii (97,6% de similaridade com a sequência nº AY836508.1 – GenBank/NCBI). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O paciente desenvolveu uma meninginte, provavelmente resultado de sua comorbidade, por P. loescheii. Até o presente momento, esse é o primeiro relato de meningite causada por P. loescheii. A técnica de sequenciamento genético, apesar de onerosa, tem se mostrado eficiente, e até mesmo superior aos métodos convencionais, na identificação de bactérias anaerobias. 52 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-24-39 METAHEMOGLOBINEMIA ASSOCIADA A PRIMAQUINA: UMA COMPLICAÇÃO RARA, PORÉM GRAVE Autores: MOARA A S B BORGES; MARINA M R PEDROSA; DÉBORA L M DE MELO; LISIA G M M TOMICH Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS (HDT) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 39 Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Metahemoglobinemia (MetHB) adquirida é rara e envolve desordem no carreamento de O2 causada pela oxidação da HB durante exposição a anestésicos, dapsona, primaquina e sulfonamidas. Causa anemia e hipóxia tecidual, podendo levar a dispneia, cefaleia, tontura, convulsões, acidose, arritmias, coma e óbito. OBJETIVO Apresentação de 2 casos de MetHB com diferentes desfechos. METODOLOGIA Caso 1:Homem de 27 anos admitido com diagnóstico de malária por Plasmodium vivax há 8 dias tratada com primaquina e cloroquina. Há 1 dia, iniciou dor torácica movimento-dependente à direita, associada a dispneia leve. Ao exame: PA120x90 mmHg, FC74bpm, FR20irpm, Tax36,7ºC, Glasgow 15, Sat 83% em máscara 8L/ min, ausculta pulmonar sem alterações. Exames: pH7,45/pO2152 (FiO2 60%)/ Sat 99%/pCO2 30/BE +3/DHL 205/MetHB 11%/ HB 14,3/Ht 43,3%/ leucócitos 7.200/plaquetas 191.000. Evoluiu bem com oxigenioterapia, recebendo alta 3 dias após. Caso 2: Homem de 27 anos HIV sem TARV há 2 anos teve pneumocistose há 25 dias, tratada com primaquina e clindamicina por farmacodermia grave à sulfonamida. Havia dispneia aos pequenos esforços que melhorava ao repouso e tosse produtiva com grande expectoração há 10 dias. Ao exame, se mostrava REG, emagrecido, taquidispneico usando musculatura acessória, acianótico, monilíase oral, PA80x60mmHg, FC155bpm, FR55irpm, Sat 74%, ausculta pulmonar com murmúrio diminuído difusamente. Exames: pH7,44/pO246/Sat 83%/pCO229/ HCO319,7/HB12,8/Ht38,2%/ leucócitos 12.600/plaquetas 280.000/DHL744/MetHB 5,3%. Evoluiu com IRA, instabilidade necessidade de droga vasoativa e IOT. Realizada dessensibilização do sulfametoxazol/trimetoprim no dia 21/01 e, então, suspensa primaquina. Desenvolveu PAV por MRSA em 22/01 tratada com linezolida. Em 31/01, apresentou PCR em assistolia, evoluindo para óbito. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO MetHB pode ser fatal se não reconhecida rapidamente: ausência de melhora da saturação com alto fluxo de O2 e diferença de saturação >5% entre gasometria e oxímetro. Primaquina é um potente indutor de MetHB, mesmo quando a atividade da G6PD é normal. O diagnóstico é feito quando a MetHB aumenta acima de 2%. Azul de metileno é recomendado com MetHB >20% em pacientes sintomáticos e >30% em assintomáticos. Comorbidades como anemia grave, cardiopatia e pneumopatia devem ser tratados mesmo com MetHB <10%. Nem sempre os sintomas se correlacionam com níveis de MetHB. Julgamento clínico é importante, pois o azul de metileno pode levar a hemólise grave, especialmente naqueles com deficiência de G6PD. 53 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-01 SURTO DE BACTÉRIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A POLIMIXINA B EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIA- GOIÁS Autores: MARINA MASCARENHA RORIZ PEDROSA; GUILLERMO SOCRATES P. DE LEMOS; LUCAS PEIXOTO BATISTA; MARTA MARIA DA SILVA DO AMARAL; TATIANA BACELAR ACIOLI LINS; CAROLINA RODRIGUES ANDRADE; LAYSA LORENA PEREIRA AGUIAR; RENATA BENEVIDES VASCO COELHO; VIVINA PEREIRA RAMOS Instituição: HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 01 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A tendência ao aumento da resistência aos antimicrobianos continua ameaçando a saúde global graças a produção limitada de novos antibióticos. As bactérias Gram-negativas multidroga resistentes são uma preocupação especial . No período de 30/08/2015 a 19/10/2015 observou-se um aumento do número de casos de K. pneumoniae resistente à polimixina B, no Hospital de Urgências de Goiânia, HUGO. OBJETIVO Descrever o surto de casos de Klebsiella pneumoniae resistente a Polimixina B ocorrido no HUGO no período de 30/08/15 a 19/10/15. METODOLOGIA Foram estudados todos os casos dos pacientes que tiveram cultura positiva para Klebsiella pneumoniae que apresentava resistência ao antimicrobiano polimixina B no período de 30/08 a 19/10/2015 no Hospital de Urgências. As amostras foram enviadas para análise em laboratório de referência opnde foi realizado estudo molecular e identificados 2 clones. Os pacientes receberam tratamento conforme orientação da equipe de infectologistas e foram acompanhados até o desfecho dos casos. RESULTADOS Os casos pertenciam a 07 pacientes de diferentes procedências, sendo 03 (43%) do sexo feminino e 04 (57%) do sexo masculino com idades variando de 37 a 87 anos. Com relação aos procedimentos realizados, 03 (43%) pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos sendo que dois deles (66,65%) foram submetidos à cirurgia na própria instituição onde ocorreu o surto e o outro paciente (33,35%) passou por cirurgia na instituição de origem. Foi realizada a cultura para bactérias aeróbias em diferentes amostras clínicas, assim distribuídas: 04 (57,1%) amostras de Secreção traqueal; 02 (28,6%) amostras de Sangue e 01 (14,3%) amostra de urina. Todas as culturas apresentaram crescimento de K. pneumoniae com resistência à polimixina B. Foi realizada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) e os isolados foram submetidos à análise molecular para verificar presença de vínculo genético entre os mesmos. Utilizou-se o método RAPD (Randon Amplification of Polymorphic DNA) e conclui-se os microrganismos pertenciam a dois diferentes clones, designados como “A” (57%) e “B” (43%). 54 DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Dentre os 07 casos, 04 (57%) receberam alta hospitalar e 03(43%) foram a óbito. Não se pode afirmar que os óbitos foram em conseqüência da infecção por bactéria multi- resistente aos antimicrobianos porque todos pacientes possuíam comorbidades. índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-02 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À DIFERENTES ANTIBIÓTICOS DAS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS SPP E BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS ISOLADOS DO AR E SUPERFÍCIES DE DIFERENTES SETORES DE UM HOSPITAL DE GOIÂNIA-GO Autores: MAYK TELES DE OLIVEIRA; LORRANNY MAYARA SILVA CUNHA; FERNANDA CARDOSO CRUZ; NATHÂNY KELLY RIBEIRO BATISTA; LUIZA TOUBAS CHAUL; VIRGÍNIA FARIAS ALVES; MARIA DO ROSARIO R. SILVA; CAROLINA RODRIGUES COSTA; MARIA TERESA FREITAS BARA; IEDA MARIA SAPATEIRO TORRES Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Ag. Financiadora: FAPEG - Nr. Processo: 2013012102440748 Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 02 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As infecções hospitalares (IH) constituem um grave problema da saúde pública, sendo os dados pouco divulgados no Brasil. Diversos estudos identificaram cepas correlacionadas às infecções de sítio cirúrgico encontrando micro-organismos como Enteroccocus, Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp coagulase negativa e bactérias Gram-negativas. É cada vez mais atual a ideia de que a profilaxia é o melhor caminho. OBJETIVO Verificar o perfil de resistência aos antibióticos dos Staphylococcus spp., e de bactérias Gram-negativas isoladas do ar e de superfícies no Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva e Sala de Lavagem e Esterilização de Materiais de um hospital em Goiânia-GO. METODOLOGIA Para amostragem do ar utilizou-se o método de impactação em meio sólido (Spin Air, IUL®) com os meios de cultura ágar caseína-soja, ágar manitol e ágar cetrimida, em duplicata. Para isolamento de bactérias nas superfícies previamente determinadas, utilizaram-se placas de contato (RODAC®) contendo ágar caseína-soja, acrescido de 0,1% de lecitina de soja e 0,7% de tween 80. A identificação dos micro-organismos foi realizada utilizando-se os cartões de identificação do Vitek® 2 Systems, BioMérieux inc. Os antibiogramas foram feitos de acordo com a metodologia de difusão de disco em Ágar Müeller-Hinton padronizada pelo CLSI. RESULTADOS Foram isoladas do ar e superfícies 39 bactérias Staphylococcus spp e 12 bactérias Gram-negativas. Nos Staphylococcus spp foram identificados em maior número as seguintes espécies: S. hominis spp hominis (36%) e S. haemolyticus (23%). Das enterobactérias e não-enterobactérias, 84% eram da espécie Enterobacter ludwigii e 67% Sphingomonas paucimobilis, respectivamente. Entre os Staphylococus spp., 56% apresentaram resistência simultânea à azitromicina, penicilina e oxacilina. Destas, 6 cepas foram isoladas do ar do centro cirúrgico, 9 da sala de esterilização e 4 da UTI. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO No Brasil não existem legislações que preconizam os limites microbianos encontrados no ar e superfícies hospitalares. As análises quantitativas e qualitativas do ar e superfícies constituem um instrumento essencial para o controle microbiológico de ambientes hospitalares, assim como para os estudos de cunho epidemiológico de infecções nosocomiais. 55 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-03 DIFÍCIL TRATAMENTO DE PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E VHC. COMO PROCEDER? Autores: RAPHAEL ANDRADE G. BORGES; GUILHERME DOS SANTOS QUEIROZ; FELIPE ALENCAR M. BORGES; SÔNIA MARIA GERALDES; DANIELLE RABELO G. VELDMAN; TAINÁ ALVES M. CORDEIRO; VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; VÍTOR DE C. N. PINHEIRO; RÔMULO COELHO CAVALCANTE; NAIRA COUTINHO O. ROCHA Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 03 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde de 2015, afirma que “a população dos renais crônicos em relação aos novos medicamentos existem poucos dados”. Portanto é no cotidiano que é necessário reafirmar qual a melhor conduta em cada caso. OBJETIVO Levar à reflexão do tratamento de Hepatite C em doença renal crônica terminal. METODOLOGIA MEPS, feminina, 35 anos, na gestação desenvolveu uma pré-eclampsia grave, tornou-se hipertensa com evolução pra insuficiência renal, sendo submetida a transplante de rim no ano 2000. Houve rejeição do enxerto, voltando à hemodiálise. Nesse tempo diagnosticada com VHC (vírus da hepatite C) e VHB (vírus da hepatite B), realizado exames de rastreamento no qual VHB-DNA menor que 20 UI/mL, PCR-VHC de 2.089.085 UI/mL, ecografia de abdome revelou hepatopatia crônica e com sinais de hipertensão portal (esplenomegalia). Realizouse também elastografia hepática - VHC/Metavir/F1F2, VHB/F2/F3, genotipagem do VHC genótipo 1. RESULTADOS Tentou-se tratar a hepatite C em 2014 com interferon peguilado 135 mg para tentar transplante renal, sem sucesso. A nefrologia relata que como paciente tem deficiência no transplante foi contraindicado o transplante antes do tratamento para hepatite C. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Tratar com o que temos, judicializar ou convencer a nefrologia de transplantar e depois tratar? O uso de Sofosbuvir e Daclatasvir deve ser feita com cautela e de forma individualizada (The European Association for the Study of the Liver, 2015), entretanto a paciente é anúrica, e segundo a bula da ANVISA “não se pode dar nenhuma recomendação de dose para os pacientes com insuficiência renal grave”. O que há de seguro em relação à ombitasvir/veruprevir/ritonavir + dasabuvir que “não afeta algumas vias de eliminação renal ativas, como transportadores e proteínas” (ANVISA), o mais seguro, mas não disponível no protocolo clínico, é interessante judicializar? Em relação ao transplante a paciente tem um grau de fibrose mínimo em relação ao VHC, portanto poderia transplantar o rim e tratar quando houvesse evidências de atividade do VHC no rim. Neste caso, não há apenas uma resposta o que leva a reflexão do protocolo e também da posição do nefrologista de não transplantar sem antes tratar o VHC. 56 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-04 HEPATITES VIRAIS - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2007 A 2015 Autores: TATIANE GONÇALVES SILVA; ANDRESSA OLIVEIRA PEREIRA; RAÍZA MICHELLE VIDAL SANTOS Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) Regional Jataí - Cidade/UF: JATAÍ/GO Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 04 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As hepatites virais são caracterizadas como infecções causadas por vírus que atacam o fígado produzindo inflamação. Têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. A susceptibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente e específica para cada tipo de vírus. A imunidade conferida pelas vacinas contra a hepatite A e hepatite B é duradoura e específica. OBJETIVO Este estudo objetivou analisar os dados referentes aos casos confirmados notificados no estado de Goiás no período de 2007 à 2015. METODOLOGIA Consistiu-se na análise quantitativa dos dados, apresentando frequências absolutas sobre os casos de hepatites virais. Deste modo, utilizou-se dados disponibilizados, principalmente, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/MS), referentes ao período de 2007 a 2015. Área estudada foi o estado de Goiás. Definiuse como casos de hepatites virais de acordo com o município de residência, tipo viral, gênero e faixa etária. RESULTADOS A partir da análise dos dados obtiveram-se dados que demonstram um total de 6759 casos confirmados notificados em Goiás por hepatite viral no período de 2007 a 2015. Desse total, 3282 casos pelo vírus B; 1517 pelo vírus C; 1449 pelo vírus A; 342 Ign/branco; 112 pelos vírus B+C; 23 pelos vírus A+B; 23 não se aplicam; vírus A+C foram 8; pelos vírus B+D foram 2 e um por vírus E. Dentre esses casos 3416 eram pacientes do sexo masculino e 3339 do sexo feminino. Maioria dos casos pertencia à faixa etária de 20 a 39 anos (2652) e a minoria acima de 80 anos (17). A cidade com maioria dos casos foi Goiânia com 1757 (25,99%) do total de casos no estado, sendo 981 (55,83%) pelo vírus B; 481 (27,37%) pelo vírus C; 241 (13,72%) pelo vírus A; 36 Ign/branco; 12 vírus B+C; 3 não de aplicam; 2 vírus A+C; único caso por vírus E no estado e nenhum caso por vírus B+D e nem por vírus A+B. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A presente análise de dados permite conhecer o comportamento das hepatites no estado de Goiás. Foi possível demonstrar que há o predomínio de Goiânia, provavelmente por nesta cidade haver uma maior população em comparação com as outras cidades. Nesse caso o fato de haver maior acesso aos serviços de saúde se restringe aos residentes na cidade de Goiânia. Predomínio entre jovens-adultos e do sexo masculino. Tanto no Estado quanto em Goiânia a maioria dos casos de hepatite viral foram causados pelo vírus B. 57 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-05 REUNIÃO CLÍNICA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O ATENDIMENTO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: LEANDRO CORREA MACHADO; SÍLVIA FURTADO DE BARROS; ELIANE MARIA F SEIDL; SILVANIA MARTINS SILVA; CLÁUDIA CARVALHO MAGALHÃES; MARIA INÊS TOLEDO; BIANCA AGRA BARBOSA; GUILHERME MARRETA C. AYRES; ELZA FERREIRA NORONHA Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 05 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Apesar dos avanços no tratamento de pessoas com HIV/aids (PVHA) a adesão à terapia antirretroviral (TARV) ainda é um desafio enfrentado no atendimento dos profissionais da equipe multiprofissional que substituiu o tratamento focado exclusivamente na atenção médica. Vários autores referem a importância da atenção multidisciplinar para resgatar PVHA com baixa adesão à TARV. OBJETIVO Relatar a experiência de reunião clínica multiprofissional sobre o atendimento de PVHA com problemas de adesão ao tratamento, realizada no Hospital Universitário de Brasília METODOLOGIA Descrição das estratégias utilizadas pela equipe multiprofissional em reuniões regulares realizadas mensalmente, com a participação de médicos, psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais, bem como de residentes, estagiários e internos visando a adesão ao tratamento. RESULTADOS Os casos a serem analisados na reunião clínica são escolhidos de forma consensual pelos profissionais das diferentes áreas, tendo prioridade os pacientes com dificuldades de adesão ao tratamento, em acompanhamento ambulatorial ou em contexto de internação. Para subsidiar a discussão, cada especialidade apresenta, com recurso audiovisual, o histórico do caso, avaliação atual, desafios e as condutas/intervenções implementadas. A partir das informações compartilhadas, a equipe define condutas integradas e por área, com base nas demandas do usuário. Uma síntese das deliberações da equipe é registrada, no intuito de manter a memória da reunião, favorecendo a implementação das condutas definidas. Esta estratégia está se constituindo em espaço de aprendizagem na perspectiva biopsicossocial do processo saúde-doença e de fortalecimento da interdisciplinaridade da equipe. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A reunião tem se mostrado uma ferramenta importante na melhoria da articulação e da comunicação da equipe, bem como da qualidade do atendimento aos pacientes. Tem propiciado ainda o desenvolvimento, por parte dos profissionais, de uma visão ampliada do conceito de saúde, se constituindo em espaço de sensibilização para o trabalho interdisciplinar, possibilitando trocas e maior conhecimento acerca das práticas e modos de atuação profissional de cada área. 58 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-06 NEUROCHAGAS EM IMUNOSSUPRIMIDO: RELATO DE CASO Autores: LISSA SILVA; DANIELLE GRISOLIA; LUIZ CARLOS SOUZA; MARINA PEDROSA; ANA BEATRIX CAIXETA; CAMILA ARAÚJO; AMANDA JORGE Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 06 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Doença de Chagas é uma antropozoonose de extrema relevância na América. Estima-se que existam cerca de 2 a 3 milhões de casos no Brasil, predominando as formas indeterminada e crônica. Em imunodeprimidos pode haver reativação destas formas, muitas vezes com quadros graves como encefalite ou miocardite. OBJETIVO Descrever um caso de reativação de Doença de Chagas em paciente HIV positivo. METODOLOGIA Homem de 62 anos, procedente de área rural do interior de Goiás, com diagnóstico de HIV há 17 anos e em abandono de tratamento há 2 anos. Foi encaminhado ao Hospital de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad, com história de cefaleia e vômitos há 2 meses e confusão mental há 10 dias, além hemiparesia braquiocrural direita e febre. Como a tomografia computadorizada (TC) de crânio evidenciou área nodular hipodensa no tálamo esquerdo com realce anelar após contraste e o líquor era normal, foi iniciado tratamento empírico para toxoplasmose. Porém o paciente evoluiu com piora clínica e em novo líquor evidenciou-se formas tripomastigotas de Trypanossoma cruzi. Foi iniciado tratamento com benzonidazol, mas houve piora do nível de consciência, com necessidade de Intubação e UTI. Com 12 dias de internação na UTI, evoluiu com pneumonia nosocomial e óbito. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Em recente revisão sistemática, observou-se que a reativação da doença ocorria com mais frequência em pacientes com CD4<200. A meningoencefalite é a mais frequente das reativações correspondendo a 70-85% dos casos. Em pacientes HIV o quadro clinico e os achados tomográficos são semelhantes a neurotoxoplasmose. Na análise direta do líquor é descrita a detecção das formas Tripomastigotas em 78% dos casos, sendo critério diagnóstico de encefalite chagásica. A mortalidade em casos de reativação varia de 55 a 79%, sendo ainda maior nos casos de meningoencefalite. O tratamento deverá ser realizado com Benzonidazol ou com Nifurtimox e é indicada profilaxia secundária com benzonidazol até um CD4 acima de 200. O Brasil avançou muito quanto ao controle de vetores e controle da infecção aguda, no entanto, com o surgimento da AIDS e de terapias imunossupressoras, a doença de Chagas volta a ter relevância no nosso contexto, sendo sempre necessário um alto índice de suspeição para evitarmos desfechos como o descrito. 59 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-07 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ENTRE NEUROTOXOPLASMOSE E NEUROCHAGAS NO PACIENTE COM INFECÇÃO PELO VÍRUSDA IMUNODEFICIENCIA HUMANA Autores: LUÍSA LIMA ALVES ; NATÁLIA SANTOS DE MELO; MAYARA SOUZA MARTINS; BRUNA CAMPOS OLIVEIRA; MATHEUS VIEIRA MATOS; MAYRA FERNANDES RODRIGUES; DAYANNE AUGUSTA GONÇALVES Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 07 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO É grande a semelhança clínica, laboratorial, radiológica e anatomopatológica entre portadores das associações vírus da imunodeficiência humana (HIV) com doença de Chagas (DC) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) com toxoplasmose (T).Merece destaque o crescente aumento do número de casos relatados da associação HIV-DC, especialmente no Brasil, e a alta freqüência mundial da associação AIDS-T. OBJETIVO Análise das dificuldades no diagnóstico diferencial entre as encefalopatias chagásica e toxoplásmica, em pacientes HIV positivos. METODOLOGIA Paciente masculino, 61 anos, SIDA, em investigação de quadro neurológico.Há 2 meses refere cefaléia, vômitos e diminuição de força em MSE, evoluindo há 4 dias com confusão mental, astenia e diarréia. Relata uso irregular de TARV(Biovir, Atazanavir/Ritonavir), CD4 de 208 e CV 372834. Considerando o quadro clínico e epidemiologico,foi iniciado tratamento empírico para neurotoxoplasmose (NT).Colhido líquor:BAAR, VDRL,Tinta da China negativos,glicose 34, proteínas 59, ADA 1,5. Sorologias para hepatite C e B (não reagentes), imune à toxoplamose e CMV. Na TC de crânio com contraste: área nodular hipodensa no tálamo esquerdo medindo 2,5cm, com tênue realce anelar interno por contraste, sugestivo de NT.Mantido tratamento paciente evoluiu com piora do nível de consciência, ptose palpebral à esquerda e crises focais motoras mioclônicas.Novo líquor:análise direta com Trypanosoma cruzi.Iniciado tratamento para nerurochagas com Benzonidazol e solicitado sorologiaIgM para Chagas que veio reagente. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Envolvimento neurológico na AIDS é comum. 40-60% dos pacientes desenvolvem algum distúrbio neurológico.A reagudização da DC pode ocorrer em pacientes imunocomprometidos, é freqüente pacientes com HIV/AIDS avançada desenvolverem meningoencefalite ou efeito de massa intracraniano causado pelo T. Cruzi. O diagnóstico laboratorial da reativação da DC inclui:sorologia para T. Cruzi, neuroimagem e análise direta do LCR. Um resultado positivo para cultura de sangue não deve ser interpretado como evidência absoluta de reativação, em vista que resultados positivos destes exames ocorrem em chagásicos crônicos.O relato deste caso mostra-se pertinente ao apresentar um importante diagnostico diferencial no paciente com SIDA e comprometimento neurológico:DC. Um correto diagnóstico baseado na informação epidemiológica,clínica e sorológica tem um impacto significativo na sobrevivência do paciente, reduzindo mortalidade desta doença, especialmente na fase aguda. 60 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-08 VACINAS X REAÇÃO ADVERSA: FREQUENCIA NO HOSPITAL SECUNDÁRIO DO DF Autores: LETÍCIA MITI KUWAE; ANGÉLICA SAYEMI KUWAE; VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; MARINE GONTIJO FREITAS; ZILDENE S MOREIRA BITENCOURT; TATIANA FONSECA DA SILVA Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 08 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Desde a segunda metade do século XX as vacinas representam uma importante medida de saúde pública, sendo responsáveis não apenas pela erradicação de doenças, como também pelo aumento significativo da expectativa de vida, dados demonstram que do século XVIII para o século XXI a expectativa de vida praticamente dobrou. Assim como os demais produtos biológicos, as vacinas não se encontram livres de apresentarem reações adversas. Uma vez que o padrão de segurança destas está intrinsecamente relacionado ao êxito do programa de imunização, assegurar a biosegurrança da vacinação, assim como estar prepados para o manejo de possíveis reações adversas é de extrema importância para manter a credibilidade do programa de imunização. OBJETIVO Avaliar a frequência de reações adversas de acordo com o tipo de vacina aplicadas em um Hospital Secundário do DF entre os anos de 2014 a 2015. METODOLOGIA Estudo epidemiológico realizado a partir da análise de dados obtidos no Unidade Hospitalar Secundária do DF dos eventos adversos ocorridos pós-vacinação de todas as vacinas do programa nacional preconizadas para crianças até o primeiro ano de idade durante os anos de 2014 e 2015. RESULTADOS Nos ano de 2014 foram aplicadas um total de 66.035 doses de vacinas, sendo que 0,051% desse total apresentou algum tipo de evento adverso. As vacinas que apresentaram maiores taxas de reações adversas foram a Pentavalente com 0,33%, e a Pneumocócica com 0,22%. No ano 2015 um total de 46.254 doses foram aplicadas e dessas 0,056% apresentaram alguma manifestação adversa. Assim como no ano de 2014, as vacinas que apresentaram as maiores taxas de eventos adversos foram a Pentavalente com 0,48% e a Pneumocócica com 0,40%. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Ainda que as vacinas apresentem altos níveis de segurança, eventos adversos são inerentes às mesmas. No entanto, como demonstrado no estudo, a taxa de eventos adversos pós-vacinação é consideravelmente baixa. Com isso é possível concluir que as reações adversas existem, porém a sua segurança e eficácia é muito maior do que os eventos adversos. O que demonstra a importância do incentivo a adesão do programa de imunização nacional. 61 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-09 PREVALÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS A VACINA PENTAVALENTE EM REGIÃO ADMINISTRATIVA DO DF Autores: VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; ANGÉLICA SAYEMI KUWAE; LETÍCIA MITI KUWAE; JUVENAL FERNANDES DOS SANTOS; ZILDENE DOS SANTOS M BITENCOURT; TATIANA FONSECA DA SILVA Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 09 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Desde 2012 a vacina difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) é preconizada no calendário vacinal nacional, sendo aplicada em crianças com 2, 4 e 6 meses de idade1. A vacina pentavalente pode ocasionar uma série de eventos adversos, principalmente 48 a 72 horas após sua realização (1,2). Tais reações ocorrem principalmente devido à presença do componente pertússis na composição da vacina1. No entanto, a grande maioria destas apresentam um curso beningo e com bom prognóstico2. Ainda que as reações adversas após a aplicação da pentavalente sejam em sua maioria benignas, alguns eventos graves podem ocorrer, devendo a vacina ser contraindicada e substituída. São esses: episódio hipotônicohiporresponsivo nas primeiras 48 horas, convulsões nas primeiras 72 horas, reação anafilática nas primeiras duas horas e encefalopatia aguda nos primeiros sete dias após aplicação da vacina1. OBJETIVO Avaliar a prevalência de reações adversas graves ocorridas após vacinação da pentavalente e analisar a conduta tomada frente à situação. METODOLOGIA Estudo epidemiológico quantitativo e qualitativo baseado nos dados coletados de um Hospital Secundário do DF sobre os eventos adversos graves ocorridos após a vacinação da pentavalente em crianças até o primeiro ano de idade, no período de 2014 a 2015. RESULTADOS No ano de 2014, um total de 7549 doses de vacina pentavalente foram realizadas em crianças com um ano ou menos, sendo que desse total 0,33% apresentaram algum tipo de evento adverso e 0,16% foram considerados eventos adversos graves com substituição do esquema pela DTPa. Em 2015, 4125 doses de pentavalente foram realizadas em crianças com um ano ou menos, destas, 0,48% apresentaram eventos adversos e 0,27% foram considerados eventos graves com substituição do esquema pela DTPa. Todas as reações apresentaram cura sem sequelas. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Ainda que a vacina pentavalente possa apresentar um número considerável de reações adversas, suas taxas são pequenas quando analisado o tamanho da população que é coberta pela vacina. Além disso, mesmo os eventos adversos graves apresentam curso benigno e sem sequelas. Os dados avaliados mostram que a conduta tomada pela equipe de saúde foi adequada em substituir o esquema vacinal quando apresentado eventos adversos graves. 62 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-10 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS SOBRE FERIDAS INFECTADAS Autores: CARLOS MATHEUS PIERSON COLARES; HÉLIO GALDINO JÚNIOR; ANACLARA FERREIRA V TIPPLE Instituição: FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 10 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Recentemente biofilmes bacterianos têm sido implicados no retardo da cicatrização de feridas. Abordagens direcionadas na identificação de sinais e sintomas e na remoção dos biofilmes têm surgido como estratégias para o manejo de feridas crônicas com retardo na cicatrização devido infecção. Enfermeiros atuam na avaliação de feridas e auxiliam na decisão terapêutica dos produtos no tratamento de feridas e poucos estudos avaliaram o conhecimento de enfermeiros sobre este tema. OBJETIVO Avaliar o nível de conhecimento de enfermeiros sobre graus de contaminação em feridas, biofilmes e sinais de infecção em feridas. METODOLOGIA Estudo quantitativo, realizado em dois hospitais universitários, na cidade de Goiânia-GO (n=18), e outro na cidade de Cuiabá-MT (n=20), no período de novembro de 2015 a abril de 2016. A amostra constituiu-se de 38 enfermeiros envolvidos no tratamento de feridas nestes hospitais. A amostra foi calculada considerando erro amostral de 5% e nível de confiança de 95%. Aplicou-se um questionário em que os enfermeiros autoreferiram seu nível de conhecimento atual nos itens: conhecimento sobre infecção em feridas, biofilme em feridas e graus de contaminação de uma ferida, assinalando de 1 a 4 para cada item, sendo: 1 - nenhum conhecimento; 2 - baixo conhecimento; 3 - conhecimento intermediário e 4 - alto conhecimento. Logo após responderam uma questão de múltipla escolha relacionada a cada item e ao final assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A análise foi feita no software SPSS® 21, apresentando resultados em frequências simples, médias e desvios padrão. RESULTADOS O conhecimento autorreferido sobre o tema “infecção em feridas” obteve média de 2,5 (± 0,6). Quanto ao tema “biofilme em feridas” foi evidenciado média de 2,1 (± 0,6). O tema “conhecimento dos graus de contaminação de uma ferida” obteve a média 2,5 (± 0,6). Os indicadores evidenciam baixo conhecimento autorreferido nos temas pesquisados. Nas questões de múltipla escolha, 51,3% (n=20) dos enfermeiros não souberam especificar os sinais de infecção em feridas. 82,1% dos enfermeiros (n=32) não identificaram corretamente as características dos graus de contaminação (colonizada, criticamente colonizada e infectada) em uma lesão e 48,7% (n=19) não sabem o que são biofilmes. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Conclui-se que os enfermeiros deste estudo apresentam baixo conhecimento sobre infecção em feridas, o que foi confirmado pela alta frequência de respostas incorretas, apontando para a necessidade de capacitação sobre o tema. 63 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-11 INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO POR MICOBACTÉRIAS EM PACIENTES SUBMETIDAS A CIRURGIA PLÁSTICA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA Autores: JESSYCA RODRIGUES BRAGA; SILVANA DE LIMA V. DOS SANTOS; MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO; ALEXSANDRA GOMES R S DA SILVA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 11 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS). No Brasil, ocupa a terceira posição, dentre as infecções registradas em serviços de saúde, e atinge cerca de 14% a 16% dos pacientes hospitalizados Dentre as ISC, as causadas pelas Micobactérias Não Tuberculosas (MNT) têm se tornado cada vez mais frequentes, aumentando a prevalência de ISC na prática clínica. OBJETIVO Descrever o perfil epidemiológico das ISC por MNT em pacientes submetidos à cirurgia plástica. METODOLOGIA Estudo epidemiológico retrospectivo, realizado em Goiânia-Go. A fonte de dados foi constituída por todos os casos de ISC causadas por MNT, notificados à Coordenação Municipal de Controle de Infecção e Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (COMCISS), no período de 2006 a dezembro de 2015. A coleta de dados constituiu-se das fichas de notificação arquivadas na COMCISS. Os dados foram coletados no período de outubro/dezembro de 2015 e março de 2016. RESULTADOS Verificou-se maior número de casos notificados no ano de 2011. Dos 75 casos de pacientes com ISC/MNT, 69 foram provenientes de instituições de saúde da rede privada. Identificou-se que a maioria era do sexo feminino com média de idade de 33,36 anos. Destacou-se a mamoplastia em 36 dos casos, seguida por mamoplastia e abdominoplastia (32). A técnica cirúrgica mais utilizada foi à convencional (58), seguida da por vídeo (2). Dentre os sinais/sintomas manifestados pelos pacientes com diagnóstico de ISC/MNT destacou-se: (63) secreção e (36) edema. Dos 75 casos, 70 foram confirmados e cinco de suspeitos. Das 72 culturas realizadas para MNT, 66 foram positivas e quatro negativas. As espécies identificadas com maior prevalência foram o Mycobacterium fortuitum (27) e Mycobacterium abscessus (12). O tratamento terapêutico de 71 pacientes foi realizado, destes 32 associou-se o tratamento cirúrgico à antibioticoterapia. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A literatura nacional e internacional sobre casos ISC/MNT em pacientes submetidos a cirurgias estéticas destacam os implantes de prótese mamária e a lipoaspiração, como sendo as mais frequentes. Destacam ainda, que, M. abscessus, M. fortuitum e M. chelonae, são as espécies mais relacionadas a esses agravos. Essas evidências sinalizam para novos estudos, direcionados a análise microbiológica das próteses mamárias, previamente a mamoplastia e validação do processamento do instrumental cirúrgico. 64 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-12 SEPSE POR RHIZOBIUM RADIOBACTER EM PACIENTE COM HANSENÍASE Autores: LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; ANDRÉA INÊS SPADETO AIRES; PATRÍCIA FÁTIMA MONTEIRO DE SOUZA; ANA CARLA DIAS LEITE; KÁSSIA CECÍLIA PIRETTI; CÁSSIA SILVA DE MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA BARBOSA DE MIRANDA; MARIA DE LOURDES ALVES; THAIS YOSHIDA Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 12 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Rhizobium radiobacter (Agrobacterium radiobacter) é um bacilo gram negativo aeróbio do gênero Agrobacterium, reconhecido como fitopatógeno. Desde o primeiro caso de infecção humana em 1980, R. radiobacter tem emergido como oportunista humano. A maioria dos pacientes tem uma doença de base grave como imunossupressão, doenças malignas, doença renal, uso de corticóide e infecção pelo HIV. As apresentações incluem sepse por cateter venoso central (CVC), endocardite em válvulas protéticas, infecção do trato urinário, peritonites e pneumonia. Há boa resposta a antimicrobianos e o desfecho normalmente é favorável. OBJETIVO Relatar o primeiro caso de sepse por Rhizobium radiobacter em um hospital de referência para o tratamento de doenças infectocontagiosas de Goiás. METODOLOGIA Relato de caso. RESULTADOS Paciente masculino, 66 anos, com história de Hanseníase diagnosticada em 2010 e tratada até 2013. Evoluiu com quadros reacionais fazendo uso de prednisona. Em 2013 diagnosticou-se câncer de próstata e fez radioterapia. Admitido em out/2015 para tratamento de infecção secundária em lesões sequelares de hanseníase localizadas em perna e pé direitos, com dor e secreção amarelada, calafrios, oligúria, febre e dispneia. Foi tratado com ciprofloxacino e clindamicina com melhora. No 29° dia de internação hospitalar (DIH) evoluiu com febre alta, sonolência, hipotensão e piora da secreção nas lesões. Solicitado hemocultura, iniciado vancomicina e polimixina B e medidas do protocolo de sepses com melhora. A hemocultura identificou Rhizobium radiobacter sensível a ampicilina/sulbactam, ceftazidima, ciprofloxacina, levofloxacina e cotrimoxazol. O paciente evoluiu com uma infecção de partes moles por KPC e Acinetobacter baumanii evoluindo com óbito no 78° DIH não relacionado à infecção pelo Rhizobium radiobacter. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Neste relato, descreve-se um caso de sepse secundária à infecção de pele em lesões sequelares de hanseníase. Esse caso é consistente com a literatura por ser o paciente portador de condição imunossupressora. Não houve relação com CVC, apesar da forte relação descrita na literatura. A maioria das cepas de infecções humanas são sensíveis a cefepime, piperacilina-tazobactam, carbapenem e ciprofloxacino. Neste relato, a cepa foi sensível a todos os antimicrobianos testados. Salienta-se a necessidade de incluir Rhizobium radiobacter como patógeno oportunista emergente em IrAS. 65 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-13 RELATO DE CASO: SEPSE POR RHODOCOCCUS EQUI EM PACIENTE COM REAÇÃO HANSÊNICA Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; MARIANA ALCAZAS DE SOUZA; JORGE LUIZ ANTONIO ABRAHÃO; WALERIANO FERREIRA FREITAS Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF Área: INFECÇÕES EM IMUNODEPRIMIDOS NÃO AIDS - Sessão: PAINEL 13 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Rodococose é causada pelo cocobacilo gram positivo Rhodococcus equi. A infecção pode ser adquirida por via inalatória ou transcutânea e foi descrita inicialmente em medicina veterinária. A forma clínica da infecção em humanos mais comum é a pulmonar, causando abscessos. OBJETIVO Relatar um caso de Rodococose em paciente com reação hansênica. METODOLOGIA Relato de Caso. RESULTADOS Paciente masculino, 37 anos, proveniente de Barreiras (BA), apresentando há 1 mês quadro de dispnéia aos esforços e dor torácica esquerda, associada à febre, perda ponderal e edema generalizado. Vinha em acompanhamento de reação hansênica tipo 2, tratando com Talidomida. Na TC de tórax foi evidenciado empiema pleural à esquerda, e atelectasia pulmonar ipsilateral. Iniciado meropenem e vancomicina, porém Realizada toracocentese com análise do líquido pleural evidenciando bacilos gram positivos. Hemocultura isolou Rhodococcus equi, e houve crescimento desse microrganismo também em líquido pleural. Acrescentou-se levofloxacina e rifampicina, entretanto evoluiu com persistência da febre, realizando TC de abdome que mostrou abscesso esplênico, necessitando de esplenectomia. Após o procedimento apresentou melhora clínica progressiva, recebendo alta hospitalar. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O Rhodococcus equi é patógeno oportunista emergente especialmente em pacientes infectados pelo HIV. O quadro pulmonar mais comum da Rodococose é a pneumonia necrosante com abscesso, devendo entrar no diagnóstico diferencial de lesões pulmonares escavadas. As manifestações extrapulmonares são decorrentes de bacteremia, sendo descritas como meningite e abscesso cerebral, abscessos ósseo, cutâneo, hepatoesplênico. Além da antibioticoterapia, o tratamento consiste em ressecção cirúrgica de tecidos necróticos e drenagem de abscessos. A infecção por Rhodococcus equi deve ser suspeitada em todo paciente imunodeprimido e/ou com HIV com pneumonia de evolução lenta, especialmente em presença de necrose tecidual e abscesso. 66 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-14 PERFIL DA MORTALIDADE POR MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS NO ESTADO DE GOIÁS NO PERÍODO DE 1998 A 2012 Autores: ALESSANDRA PEREIRA CARDOSO; RENATA BEATRIZ SILVA Instituição: REGIONAL JATAÍ/UFG - Cidade/UF: JATAÍ/GO Área: INFECÇÕES EM IMUNODEPRIMIDOS NÃO AIDS - Sessão: PAINEL 14 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As meningites de etiologia bacteriana constituem um importante problema de Saúde Pública e estão relacionadas a faixa etária pediátrica, apresentando alta mortalidade. OBJETIVO Avaliar o perfil da taxa de mortalidade por meningite bacteriana em pacientes pediátricos notificados no estado de Goiás entre 1998 e 2012. METODOLOGIA Foram analisados dados tabulados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, analisando-se os casos de óbitos por meningites bacterianas em pediatria notificados em Goiás, no período de 1998 a 2012. RESULTADOS Foram confirmados 528 casos de óbitos por meningites bacterianas, com maior número de casos em 1998 (n=60) e 1999 (n=59). A maior taxa de mortalidade no estado foi registrada para o sexo masculino com 0,83 óbitos/105 habitantes e entre crianças com iade inferior a 1 ano (n=145) com 12,36 óbitos/105 habitantes. Ao longo do período de tempo avaliado foi registrada queda no número total de óbitos por meningites bacterianas e na taxa de mortalidade entre crianças de até 1 ano de idade. Em 16,55% (n=24) dos óbitos, as mães encontravamse na faixa etária de 20 a 24 anos e 23,45% (n=34) completaram 37 a 41 semanas de gestação. Em 59,31% dos óbitos de crianças com menos de 1 ano (n=86), não foi relatado o peso ao nascer, mas entre os casos relatados 17,93% (n=20) pesavam entre 3,000 a 3,999 Kg, sendo 24,83% (n=36) dos partos vaginais. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A maior taxa de mortalidade no estado registrada entre crianças com idade inferior a 1 ano relaciona-se com a menor resposta imunológica em recém nascidos e crianças menores de 2 anos. A queda no número total de óbitos por meningites bacterianas e na taxa de mortalidade entre crianças de até 1 ano de idade, pode ser atribuída entre outros fatores, a imunização de crianças na rede pública. Falhas no registro de dados relacionados às gestações e ao parto prejudicam a análise epidemiológica. Os dados deste estudo revelam a importância da vacinação, do diagnóstico e do tratamento adequado das meningites bacterianas a fim de reduzir as taxas de mortalidade e evitar sequelas. Além disso, o aprimoramento do registro de dados e o desenvolvimento de estudos epidemiológicos irão contribuir para o planejamento e aplicação de políticas de saúde que possam melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento destas infecções através de campanhas de imunização e da assistência em saúde à criança. 67 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-15 ETEROPARASITOSES EM INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE, CAMPO GRANDE - MS, BRASIL Autores: LARISSA GABRIELLE CURVAL Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - Cidade/UF: CAMPO GRANDE/MS Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 15 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO As parasitoses intestinais são consideradas um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, com índices que podem chegar até 90%, aumentando a frequência à medida que diminui o nível socioeconômico das populações atingidas. Infecções parasitárias entre indivíduos privados de liberdade constituem uma preocupação, uma vez que essa população se encontra mais suscetível às doenças infecciosas. OBJETIVO Trata-se de um estudo transversal, analítico e quantitativo que teve por objetivo estimar a prevalência de enteroparasitos em população privada de liberdade em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada em três presídios, o de Segurança Máxima Masculino, o Estabelecimento Penal Feminino e o Semiaberto. Voluntários que aceitaram o convite e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e foram entrevistados individualmente. A amostra fecal foi coletada em frasco contendo solução conservante e preservadas à temperatura ambiente até o momento do exame parasitológico. Para o diagnóstico de enteroparasitos foram utilizados os métodos de centrifugação em éter e sedimentação espontânea. Foram analisadas duas lâminas do sedimento para a conclusão do diagnóstico. RESULTADOS Do total de amostras analisadas (n=510), obteve-se uma prevalência de 20,2%. As espécies patogênicas mais diagnosticadas foram Giardia lamblia (18,4%) e Entamoeba histolytica/E. dispar (10,7%). Dentre as espécies não patogênicas, Endolimax nana (53,4%) e Iodamoeba bütschlii (40,8%) foram as mais frequentes. As infecções mistas representaram 51,4% do total de amostras positivas. Os indivíduos do presídio de Segurança Máxima Masculino, apresentaram maior prevalência para enteroparasitos (p= 0,0085) em relação ao Semiaberto, permitindo sugerir a maior probabilidade de contaminação em populações institucionalizadas em regime totalmente fechado. Houve maior prevalência de infecções parasitárias entre indivíduos que não haviam feito nenhum tratamento antiparasitário nos últimos dois anos (p<0,001). Dos sintomas analisados, não houve significância quando relacionados à positividade da amostra para algum tipo de parasito, por se tratarem de sintomas inespecíficos, e possivelmente devido à grande quantidade de indivíduos assintomáticos. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Observou-se a presença de infecções por parasitos de transmissão direta e, se os indivíduos não receberem tratamento e ou orientações profiláticas, tendem a atuarem como propagadores das formas parasitárias, dentro ou fora das instituições penais. 68 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-16 REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER EM PACIENTE DIAGNOSTICADO COM LEPTOSPIROSE: RELATO DE CASO Autores: LUILSON GERALDO COELHO JÚNIOR; MAIRE STEFANI LEMES; DANIEL LIMA SOUZA; EVANDRO MESSIAS NEVES DA SILVA; FELIPE UCHOA BATISTA; RENATA DUARTE GOMES; GABRIELLY BORGES MACHADO Instituição: FACULDADE ATENAS - Cidade/UF: PARACATU/MG Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 16 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A leptospirose é uma doença infecciosa febril, com amplo espectro clinico, podendo variar desde formas inaparentes até formas graves, com alta letalidade. O tratamento recomendado inclui antibióticos, que podem induzir uma reação de Jarisch-Herxheimer. A reação de Jarisch-Herxheimer é caracterizada por uma resposta inflamatória aguda associada com a liberação de grandes quantidades de citocinas, resultante do apuramento das espiroquetas da circulação. OBJETIVO Relatar um caso de reação de Jarisch-Herxheimer em paciente diagnosticado com leptospirose. METODOLOGIA Paciente 65 anos, sexo masculino, brasileiro, minerador, há 1 mês reside em um galpão na área de mineração no interior do estado de Goiás. Começou no dia 01/02/16 quadro de mal estar geral, febre, adinamia, hiporexia, perda ponderal de 5kg associada a mialgia, artralgia e cefaléia intensa. Foi internado durante 3 dias com suspeita de leptospirose, diagnóstico não confirmado, foi prescrito Amoxicilina 500mg via oral 8/8h e alta hospitalar. Em consulta de retorno, refere melhora dos sintomas, após o tratamento. No dia 26/02/16 o paciente apresentou intensa mialgia e prostração, icterícia, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneas no dorso: placas eritematosas, bordas elevadas e não descamativas, febre (40ºC) cefaléia, calafrios e dispnéia; sinais característicos da reação de Jarisch-Herxheimer. ELISA leptospirose IgM não reator, IgG reator Foi hospitalizado e prescrito medicação sintomática: morfina 2mg de 6/6h, dipirona 01 ampola 6/6h. O paciente evoluiu com melhora clínica, mantendo-se afebril no segundo dia de internação, com melhora da dispnéia e mialgia. Paciente m bom estado geral, anictérico, acianótico, afebril, recebeu alta hospitalar. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A reação de Jarisch-Herxheimer é de caráter benigno e auto limitado, é uma complicação do tratamento com antimicrobianos. Os sintomas são febre associada ao tremor, cefaléia, mialgia, lesões cutâneas e artralgia. A reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer dentro de horas após o início da antibioticoterapia, consistindo em reação inflamatória em resposta à intensa liberação de antígenos provenientes da destruição maciça de leptospiras. O tratamento é apenas sintomático (analgésicos e antitérmicos), involuindo espontaneamente em 12 a 48h não justificando a interrupção do antibiótico. A prevalência desta reação na leptospirose é desconhecida, sendo tipicamente descrita em casos de sífilis; portanto, fazem-se necessários mais estudos sobre a reação na leptospirose. 69 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-17 O PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PÓSINFECÇÃO POR ZIKA EM GOIÁS: RELATO DE CASO Autores: MARIANNA PERES TASSARA; LARISSA SOUSA DINIZ; MARCOS ALEXANDRE D. CARNEIRO; ABILIO MARQUES DE ASSIS; DANIELA FERRANDINI ANDRADE; ANA BEATRIX FERREIRA CAIXETA Instituição: INSTITUTO DE ANGIOLOGIA DE GOIÂNIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Ag.Financiadora: NÃO - Nr. Processo: 2 Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 17 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA RESUMO Em 1947 o Zika vírus foi isolado em Uganda, na África, e se tornou atualmente a arbovirose emergente no mundo. A febre do Zika provavelmente foi introduzida no Brasil durante a Copa do Mundo em 2014, mas só em fevereiro de 2015 foi confirmado os primeiros casos por métodos moleculares no Nordeste. Em Goiás o primeiro caso foi confirmado em dezembro de 2015, na cidade de Santo Antônio do descoberto, em uma gestante. Este vírus causa uma doença febril associada a outros sintomas, como cefaleia, exantema, edema e dores articulares. A maioria dos casos tem evolução benigna, porém já foram descritos quadros mais graves acometendo o sistema nervoso central (Síndrome de Guillain-Barré (SGB), mielite transversa e meningite) na Polinésia e no Brasil. Este manuscrito relata o caso de uma mulher, procedente do interior de Goiás, 35 anos com história de quadro súbito de febre, cefaleia, artralgia e rash maculopapular pruriginoso com resolução espontânea. Após quatorze dias evoluiu com paralisia flácida ascendente, inicialmente com paralisia dos membros inferiores, evoluindo com parestesia e posterior paralisia dos membros superiores e dificuldade de mastigação. O exame de líquor demosntrou aumento de proteínas com celularidade normal. As alterações eletrofisiológicas foram compatíveis com Síndrome de Guillain-Barré e a Ressonância Magnética de crânio, coluna torácica e coluna lombo-sacra estavam normais. A paciente foi tratada com Imunoglobulina Humana por cinco dias, dexametasona e reabilitação com recuperação lenta e gradual dos movimentos. Atualmente, ainda em reabilitação pois apresenta sequelas residuais e limitações funcionais que dificultam a realização de atividades básicas da vida diária. O PCR no líquor detectou Zika vírus, confirmando o primeiro caso de SGB por Zika vírus em Goiás. 70 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-18 O PROCESSO DE GESTÃO NO PLANO DE COMBATE À DENGUE Autores: MYRELLA MACEDO CANÇADO; ELLEN SYNTHIA FERNANDES OLIVEIRA; MARIA ALVES BARBOSA; RICARDO ANTÔNIO GONÇALVES TEIXEIRA; DAYSE CRISTINE DANTAS NERI DE SOUZA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 18 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A prevenção da dengue é uma atividade complexa em virtude dos diversos fatores que transpõem o setor saúde e que são importantes determinantes na disseminação e sobrevivência do mosquito transmissor Aedes aegypti. Tendo em vista tamanha complexidade, é fundamental a elaboração de programas de prevenção e controle da dengue pautados na gestão e no planejamento, bem como o envolvimento articulado entre educação, saneamento, cultura, transporte, turismo, segurança pública e meio ambiente. Nessa perspectiva, o Governo do Estado de Goiás resolveu criar o Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue, o qual compõe-se de representantes do setor público e do setor privado, com a finalidade de promover ações de prevenção e controle contra dengue. O reconhecimento do potencial do Comitê para mobilizar diferentes instâncias para o planejamento de ações efetivas contra dengue são aspectos relevantes que nortearam o objeto de estudo desta pesquisa: a atuação dos representantes do Comitê nas ações de prevenção contra dengue sob o enfoque da gestão e do planejamento. OBJETIVO Verificar se os representantes do Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue de Goiás realizam ações de prevenção contra dengue sob o enfoque da gestão e do planejamento. METODOLOGIA Estudo descritivo-analítico, transversal de natureza qualitativa, realizado em Goiânia, no período de agosto de 2012 a agosto de 2014. Os representantes do Comitê responderam questionário semi-estruturado, sendo que os dados quantitativos foram analisados por meio software SPSS e os dados qualitativos por meio da análise de conteúdo com auxílio do software webQDA. RESULTADOS A análise de conteúdo ocorreu pelas categorias: assessoria, supervisão e avaliação. Na assessoria, os técnicos da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Brasil, apoiaram os municípios por meio da distribuição de insumos. Quanto à supervisão, foram realizados monitoramento e inspeção nos municípios. E na avaliação, foi observado se as metas pactuadas foram cumpridas e se os dados eram consistentes. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os representantes do Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue de Goiás realizaram ações de prevenção contra a doença no campo da gestão e do planejamento. Diante disso, a assessoria, a supervisão e a avaliação são extremamente importantes para o desenvolvimento do processo. Todavia, estas ações precisam ser fortalecidas e implementadas dentro do Comitê, empoderando e responsabilizando todos os representantes. 71 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-19 BORRELIOSE DE LYME SÍMILE - RELATO DE CASO Autores: NATHALIA BARROS FERREIRA; LILIANY RODRIGUES DA SILVA; MARIA DE NAZARÉ MIRANDA CAVALCANTE; NAYARA DE CASTRO VALENTE; NARDIEL ALVES BATISTA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP - Cidade/UF: MACAPÁ/AP Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 19 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO No Brasil a Doença de Lyme (DL) é denominada Síndrome de Baggio-Yoshinari: enfermidade infecciosa nova e emergente, transmitida por carrapatos não pertencentes ao complexo Ixodes ricinus, causada por bactérias espiroquetas (Borrelia burgdorferi), que origina manifestações clínicas semelhantes às observadas na DL, exceto pela ocorrência de recidivas clínicas e desordens autoimunes.10,14 Os fatores de risco para transmissão da doença são: a agropecuária, o convívio do homem com animais e atividades ao ar livre. A DL é de caráter crônico e afeta vários sistemas incluindo alterações cutâneas, articulares, neurológicas e cardiovasculares.3,4,7 OBJETIVO Relatar o primeiro caso de Borreliose de Lyme-símile documentado no Estado do Amapá. METODOLOGIA Paciente M.C.M., feminina, 31 anos, residente em Macapá. Foi atendida no Ambulatório de Infectologia em fevereiro de 2016, há 20 dias com quadro de cefaléia holocraniana, intensa, sem melhora com analgesia; febre alta, contínua, com calafrios; pequenas vesículas na pele, seguidas de eritema com sinais flogísticos, nas nádegas dorso, mãos, calcanhares e pés e artralgia de grandes articulações bilateral, intensa. Acompanhava astenia, anorexia, disfagia e odinofagia. Referiu presença de inúmeros carrapatos em sua residência. Foi iniciado tratamento empírico com Doxiciclina 100mg 12/12 horas. Retornou com resultado de Sorologia para Anticorpos IgM Anti-Borrelia burgdorferi positivo; IgG negativo. Hoje a paciente apresenta remissão dos sintomas, à exceção da artralgia nos calcanhares. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Após um período de 3 a 32 dias da picada do carrapato, as bactérias migram da pele através linfa e do sangue para outros órgãos ou zonas cutâneas, causando eritema migrans em alguns casos9,11. Os achados de Berger (1989)2 evidenciaram sintomas percebidos na paciente como cansaço, dor músculo-esquelética, cefaleia, febre e artralgia. Meses após os sintomas iniciais podem surgir edemas articulares recorrentes3,9. O diagnóstico envolve epidemiologia e manifestações clínicas compatíveis. Atualmente são recomendados ensaios ELISA para detecção da bactéria6,8 O tratamento de escolha é através de doxiciclina oral de 14-21 dias. Artrite de Lyme pode ser tratada via oral por um mês.1,8 Considera-se que a doença venha sendo sub-diagnosticada e indevidamente tratada no Amapá. Medidas de saúde, saneamento e educação à população e ao profissional de saúde poderiam reduzir seus riscos. 72 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-20 PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM ADULTO. RELATO DE CASO NO ESTADO DO AMAPÁ Autores: NATHALIA BARROS FERREIRA; ELZA MARIA REZENDE DE ALMEIDA; MIGUEL PINHEIRO BORGES NETO; DANIELLE BARBOZA ARAÚJO Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP - Cidade/UF: MACAPÁ/AP Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 20 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Paracoccidioidomicose é considerada a infecção fúngica sistemica mais importante da America Latina, com 80% dos casos no Brasil3. Seu agente etiológico é o fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. Pode se manifestar de diversas formas, apesar de a maioria dos casos se mostrar assintomática. Em adultos se observa mais formas crônicas e disseminadas, que geralmente apresentam lesões envolvendo mucosa oral, vias aéreas e pulmões. A proporção de acometimento homem e mulher é de 15:1.(3,4,5) OBJETIVO Relatar caso de Paracoccidioidomicose no Estado do Amapá. METODOLOGIA Paciente J.S.M, 46 anos, trabalhador rural, internou em fevereiro de 2016 com nódulo doloroso e endurecido na região retromandibular direita com prurido e flogose há 5 meses, evoluindo para pústula que drenou conteúdo pio-sanguinolento e somaram-se outras lesões satélites na região. Evoluiu com febre diária, cefaleia, astenia, gengivorragia, odontalgia, com amolecimento e queda dos dentes em duas semanas. Há 2 meses evolui com tosse produtiva esverdeada, dor torácica esquerda, então procurou atendimento em Macapá. Apresentou episódio de hemoptise franca e piora dos sintomas e foi internado. Surgiu nova lesão pruriginosa e sangrante em dorso e na mucosa oral, dolorosa e percebeu perda ponderal significativa. Ao exame: hiperplasia gengival, lesão dupla hipocrômica na mucosa oral, atrofia e perda da força muscular em membros inferiores. Múltiplos linfonodos supurados em cadeias cervical posterior, úlcera de bordos elevados, fundo sujo e bordos sangrantes submandibulares, e úlcera de bordos planos em região cervical anterior esquerda. Na secreção da pele foram visualizados inúmeros polimorfonucleares. Exame histopatológico mostrou células leveduriformes com múltiplos brotamentos em “roda de leme”. Raio-X e TC de tórax: opacidades nodulares e micronodulares difusas, com múltiplas cavitações. Iniciou-se tratamento com Itraconazol, havendo melhora considerável do quadro clínico. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O caso condiz com o perfil de forma crônica do adulto (indivíduos a partir da quarta década de vida com progressão insidiosa, multifocal)1. O tratamento requer controle clínico de fase aguda seguido de manutenção. Pode-se usar Sulfametoxazol e Trimetoprim por longo período (> 12 meses). Os riscos são de acometimento gastrointestinal e hematológico7. De acordo com o Consenso em Paracoccidioidomicose, 20066, este caso requer seguimento ambulatorial, pesquisa de comorbidades associadas, como HIV e neoplasias, e controle das possíveis sequelas. 73 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-21 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE MALÁRIA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO, MANAUS, AMAZONAS, EM 25 ANOS Autores: PEDRO HENRIQUE MATIAS PERES; MARIA DAS GRAÇAS SARAIVA Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (UCB) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 21 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), desde a sua fundação, tem tido participação importante no diagnóstico e no atendimento das doenças infecciosas e parasitárias, notadamente das transmitidas por vetores, com destaque para a malária. OBJETIVO Analisar aspectos epidemiológicos dos casos de malária na FMT-HVD, entre janeiro de 1988 e dezembro de 2012. METODOLOGIA Foram incluídos todos os casos de malária com diagnóstico positivo através de exames de amostras de sangue em lâminas, pelo processo de gota espessa. As variáveis foram espécies de Plasmodium, internações, óbitos, gênero, lâmina de verificação de cura (LVC-retorno) e ocorrência em gestantes. RESULTADOS No período de 1988 a 2012 foram diagnosticados 260.905 casos de malária, sendo pelo Plasmodium falciparum 47.152 (18,1%), P. vivax 210.863 (80,8%) e P. falciparum + P. vivax (infecção mista) 2.890 (1,1%). Nesses 25 anos, foram internados 8.132 casos (P. falciparum 4.210 – 51,8% e P. vivax 3.922 – 48,2% casos), desses 53 evoluíram para óbito, taxa letalidade 0,7%. A partir de 2002 foram reduzindo as internações pelo P. falciparum e ocorreu ascensão pelo P. vivax. Entre 2003 e 2012, foram registrados 144.199 casos, destes, 91.668 (63,6%) foram do sexo masculino. No mesmo período, 179.404 amostras foram examinadas (LVC) para controle de cura dos doentes, sendo que 23.981 (13,4%) ainda estavam positivas. Foram registrados 3.566 casos em gestantes, dos quais 948 (26,6%) P. falciparum, 2.580 (72,3%) P. vivax e 38 (1,1%) infecção mista. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Destaca-se a participação da FMT-HVD no diagnóstico e no atendimento dos doentes, onde, com acompanhamento dos tratamentos realizados de modo eficaz com identificação dos casos persistentes, o que foi verificado através da avaliação médica durante os retornos dos enfermos, e da quantidade de LVC realizadas, sendo um importante indicador de qualidade dos serviços prestados pela Instituição. Referente à malária nas gestantes, essa população específica merece atenção especial no seu atendimento devido aos riscos decorrentes desse agravo principalmente na infecção causada pelo P. falciparum. Sobre as internações, os registros mostram que mesmo com a descentralização para diagnóstico da malária, a elucidação do diagnóstico é tardia, mantendo assim, a fonte de infecção no Amazonas e a notificação de casos graves comprometendo a otimização dos recursos hospitalares e da economia regional. 74 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-22 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: REGISTRO EM INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO AMAZONAS Autores: PEDRO HENRIQUE MATIAS PERES; MARIA DAS GRAÇAS GOMES SARAIVA Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 22 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO No Amazonas, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) tem sido registrada ao longo dos anos, se configurando como importante problema de saúde pública na Região. OBJETIVO Visualizar o seu perfil epidemiológico da doença na região Amazônica para que haja medidas de atuação na cadeia de transmissão, medidas educativas, medidas administrativas e vacina. METODOLOGIA Foram incluídos no estudo todos os casos de LTA diagnosticados e notificados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), autóctones de municípios do Amazonas, entre 2007 e 2012. As informações foram de banco de dados secundários, utilizando-se o Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN Net)/Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública/FMT-HVD. Estratificou-se os casos por ano de diagnóstico, por forma clínica, zona de ocorrência, município de infecção, sexo, faixa etária, raça/cor, relação com o trabalho, e escolaridade. Para a distribuição geográfica dos casos usou-se o programa ArcGIS®. RESULTADOS Foram registrados 4.552 casos de LTA, sendo a maioria dos casos (1.048 - 23,0%) de 2007, e a menor ocorrência (318 - 7,0 %) em 2010. A forma clínica cutânea foi mais representativa (4.526 - 99,4 % casos), enquanto a mucosa foi 26 (0,6 %). Da zona urbana foi 2.611 (57,4 %) casos, da zona rural 1.743 (38,3%) e sem informação 198 (4,3%). Entre os municípios, Manaus contribuiu com 3.413 (75,0%) casos, seguido de Rio Preto da Eva com 505 (11.1%) e Presidente Figueiredo com 220 (4,8%). O sexo masculino foi o mais acometido (3.502 - 76,9% casos), o feminino somou 1.022 (22,5%) e sem informação 28 (0,6%). Ocorreram casos em todas as faixas etárias, entre 20 e 49 anos 2.671 (58,7%) casos. A raça/cor parda foi mais acometida com 3.083 (67,7%) casos, as demais (branca, negra e indígena) juntas somaram 1.443 (31,7%) e sem informação 26 (0,6%). Casos relacionados ao trabalho foram 1.168 (25,7%), porém, com informação ignorada 1.964 (43,1%). Na escolaridade entre os registros, ensino fundamental foi mais expressivo (789 - 17,3% casos), mas, o maior número de casos (3.039 - 66,7%) ficou sem informação. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO No Amazonas, a LTA acometeu especialmente pessoas do sexo masculino e na faixa etária entre 20 e 49 anos, o que se deve principalmente as atividades laborais. O alto registro sem informação possivelmente decorre de falha na ocasião da investigação. A maior ocorrência de casos em Manaus, em sua maioria é pelos assentamentos humanos próximos às matas ou em áreas recém-desmatadas. 75 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-23 MIOSITE AGUDA BENIGNA POR DENGUE: RELATO DE CASO Autores: RENATA RODRIGUES ROSA; AMANDA V. E. DA ROCHA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JACQUELINE B. V. CAMELO; LIAN P. CUALHETA Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 23 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Miosite Aguda Benigna da infância é caracterizada por intensa mialgia, comprometendo bilateralmente as panturrilhas e, às vezes, as coxas. Em diversas séries de literatura, observou-se que a maioria das crianças apresentava títulos muito elevados das enzimas musculares, em aprticular da creatinofosfoquinase (CPK). Nos últimos anos, tem sido relatado um aumento nos quadros de Miosite Aguda Benigna, devido ao vírus da Dengue, na população pediátrica. O prognóstico é favorável. OBJETIVO Relatar um caso de Miosite Aguda Benigna por Dengue um uma criança de 8 anos que evoluiu com melhora completa. METODOLOGIA Paciente do sexo masculino com 8 anos iniciou quadro de febre há 3 dias da admissão, associado a epistaxe volumosa e 3 episódios de vômitos. Evoluiu há 2 dias com quadro de dor em mebros inferiores, com dificuldade para deambular, além de exantema maculopapular em face. A dor caracteriza-se por ser difusa, piora com o movimento (tentativa para deambular) e concentra-se nos músculos, principalmente nas coxas. Nega história de traumas. Antecedente epidemiológico: pai está com febre e exantema difuso pelo corpo. Ao exame físico, a força muscular, os reflexos e a sensibilidade estão preservados. Nos exames complementares, hemoglobina de 12,8, hematócrito de 37,9%, leucócitos de 3100, CPK de 3747 (elevada), função renal preservada, marcadores hepáticos sem alterações. Teste Rápido para Dengue IgM: positivo; IgG: não reagente. Foi iniciada hidratação endovenosa, medida da diurese, vigilância clínica rigorosa e exames laboratoriais diários. Após quatro dias da admissão, houve melhora clínica, pois o paciente conseguia se levantar sem apoio e deambular sem dor, além de melhora laboratorial com CPK de 229. Paciente recebeu alta com melhora completa do quadro álgico e motor. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO No caso clínico descrito, o diagnóstico de Dengue foi confirmado e o paciente tratado segundo os protocolos do Ministério da Saúde, tendo evoluído com melhora completa do quadro de dificuldade para deambular, demonstrando a benignidade da Miosite Viral Aguda da Infância. 76 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-24 TERCEIRA RECIDIVA DE CALAZAR CONCOMITANTE A MONONUCLEOSE INFECCIOSA: RELATO DE CASO Autores: RENATA RODRIGUES ROSA; AMANDA VIEIRA E. DA ROCHA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JACQUELINE B. VIEIRA CAMELO; ISIS C. F. OLIVEIRA Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 24 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A Leishmaniose Visceral (Calazar) é uma antropozoonose endêmica no Brasil, causada por um protozoário do gênero Leishmania, ocorre com mais frequência no sexo masculino e menores de 5 anos, com baixo nível sócio-econômico. A transmissão se dá através da picada da fêmea de flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis. As manifestações clínicas variam de febre irregular e de longa duração, hepatoesplenomegalia, emagrecimento, edema, palidez, astenia, anorexia caquexia e morte se não for tratada. Considera-se recidiva de Calazar o recrudescimento da sintomatologia em até 12 meses após a cura clínica. OBJETIVO Relatar o caso clínico de um paciente de 3 anos e 9 meses com diagnósticode Calazar recidivado pela terceira vez e adenomegalia generalizada importante, com sorologia positiva para Mononucleose Infecciosa. METODOLOGIA Paciente de 3 anos e 9 meses, sexo masculino, pardo, natural e procedente de zona rural de Redenção do Pará, com história de ter iniciado há 2 semanas febre aferida associada a congestão nasal, coriza, espirros, distensão abdominal, linfonodos aumentados difusamente, hiporexia e perda de 2 Kg no último mês. Ao exame, apresentava baço aumentado (5 cm) e fígado aumentado de 2 cm, além de linfonodomegalias difusas, mais proeminente na região cervical (cerca de 10 cm). Antecedente de ter submetido a tratamento para Calazar por duas vezes no primeiro ano de vida e por uma vez no segundo ano de vida. Tratado por 3 vezes com Glucantime. Feito hipóteses de recidiva de Leishmaniose Visceral, Imunodeficiências (Congênita ou Adquirida) ou Síndrome Monolike. Nos exames laboratoriais, notou-se inversão do padrão albumina/globulina, hemograma com pancitopenia, mielograma com discreta hipercelularidigade megacariocíticapara a idade e Teste Rápido para Leishmaniose positivo. Sorologia para Epstein Barr vírus resultou IgG e IgM positivo, levando ao esclarecimento das linfonodomegalias generalizadas. Realizado tratamento com Anfotericina B desoxicolato e notado excelente resposta clínica, com cessar da febre em 1 semana e redução da hepatoesplenomegalia em 2 semanas. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A terceira recidiva (quarto episódio) de Calazar em um paciente de 3 anos leva a suspeita de algum grau de imunossupressão, causando recidivas da doença. Assim foi iniciada investigação ambulatorial para imunodeficiência congênita. Foi solicitado sorologia para HIV que resultou negativo. Com relação às adenomegalias difusas, a sorologia positiva para Epstein Barr esclareceu esse achado clínico. 77 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-25 HISTOPLASMOSE DISSEMINADA AGUDA GRAVE EM IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO DE CASO Autores: JORDANA MACHADO ARAUJO; LAYS SP PIMENTEL; MICHAELLA J DE ALMADA; DÉBORA LM DE MELO; LISIA GMM TOMICH Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS (HDT) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 25 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Histoplasmose disseminada aguda é uma doença fúngica sistêmica causada por Histoplasma capsulatum, que é endêmico na América do Sul. As manifestações clínicas variam de infecção assintomática a forma disseminada envolvendo pulmão, trato gastrointestinal, adrenal, medula óssea. OBJETIVO Relatar uma doença rara em paciente imunocompetente. METODOLOGIA Homem de 49 anos, trabalhador rural, procedente de Aragarças/GO, admitido no HDT em 19/08/15 com febre há 3 semanas, tosse com hemoptoicos e insuficiência respiratória aguda (IRpA) grave. Foi intubado e encaminhado à UTI. Apresentava antecedentes de contato com pesticidas e limpeza de telhado de galpão sem equipamento de proteção. TC de tórax evidenciou espessamento do interstício peri-broncovascular bilateral e difuso, além de focos de consolidação nas bases, sendo iniciado ceftriaxone e claritromicina. Exames: Hb 14,3/ Ht 41,3%/ Leucócitos 15.100 (B 3% S 70%)/ Ur 106/ Cr 2,4, HIV negativo, BAAR e PCR para tuberculose negativos no escarro. Evoluiu com síndrome do desconforto respiratório agudo e piora progressiva da função renal. Após 9 dias de internação hospitalar (DIH), evoluiu com pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) por Klebsiella oxytoca ESBL, recebendo meropenem. Em 02/09/15 foi realizada biópsia pulmonar a céu aberto, com posterior identificação de H. capsulatum no fragmento. Iniciado anfotericina B desoxicolato em 15/09, mas substituído por complexo lipídico 7 dias depois por IRA não-dialítica. Após o término dos antibióticos, apresentou recidiva da PAV, sendo tratado com meropenem, linezolida e polimixina B. Traqueostomizado, mantinha dificuldade no desmame da ventilação, recebendo alta da UTI após 38 DIH. Recebeu anfotericina por 3 semanas, inciando-se itraconazol. No 61º DIH, apresentou melhora do quadro respiratório e foi decanulado, recebendo alta hospitalar com itraconazol. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Em imunocompententes, a histoplasmose costuma ser uma infecção pulmonar auto-limitada. A forma disseminada usualmente é vista em imunodeprimidos por HIV, doenças hematológicas, transplantes e por corticoides. IRpA grave é rara e pode ser fatal, se não tratada rapidamente. A evolução depende do grau de exposição ao inóculo e do tempo para diagnóstico. A epidemiologia é importante para a suspeição clínica. 78 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-26 CAXUMBA COMPLICADA COM ORQUITE: RELATO DE CASO Autores: LISSA R MACHADO SILVA; MARINA M RORIZ PEDROSA; JORDANA MACHADO ARAÚJO Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 26 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A caxumba é uma doença viral aguda, causada pelo vírus da família Paramyxoviridae e caracterizada por febre e aumento de volume das glândulas salivares, geralmente a parótida. O vírus é transmitido pela via aérea ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. OBJETIVO Descrever um caso de caxumba complicada com orqueite. METODOLOGIA Homem de 18 anos, admitido com quadro de febre alta há 4 dias, associado a aumento de volume cervical bilateralmente e dor local. Evoluiu com vômitos incoercíveis, cefaleia intensa, dor abdominal, edema e hiperemia importante do testículo direito. Internado para investigação diagnóstica, foi feita hipótese de caxumba com complicações e solicitado exames gerais, amilase e sorologias, entre elas, para caxumba. Foi também colhido líquor. O resultado dos exames de admissão evidenciou amilase aumentada, líquor normal e leucocitose sem desvio a esquerda. Instituído tratamento com anti-inflamatório não hormonal, suspensão testicular e suporte clinico. Paciente evoluiu com melhora clinica importante, mantendo apenas dor em região testicular, recebe alta após 3 dias de internação, para acompanhamento ambulatorial. O diagnóstico de caxumba foi confirmado pela sorologia, que foi positiva tanto IgG quanto IgM. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A caxumba é uma doença viral aguda, transmitida pela via aérea por gotículas ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas, por um período de 7 dias antes das manifestações clinicas e até 9 dias após surgimento dos sintomas. Em homens adultos pode ocorrer orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos. Pode ainda acometer meninges e raramente causar encefalite. O diagnóstico é clinico, a contagem de leucócitos é normal, sendo evidenciado leucocitose nos casos de complicações, meningite, orquite ou pancreatite. A confirmação laboratorial compreende em isolamento viral, reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR) em amostras de swab bucal, saliva e liquor, e sorologia (IgG e IgM). O tratamento é sintomático, repouso e nos casos de orquite está indicada suspensão da bolsa escrotal. Apesar de alta cobertura vacinal e de diminuição importante dos casos, recentemente vem sendo relatado aumento dos casos de surto. Estes surtos podem ocorrer por adaptação do vírus, falhas vacinais e níveis inadequados de vacinação, portanto são necessárias novas investigações para que se defina melhor meio de prevenção, com calendário vacinal mais eficiente e diagnóstico precoce. 79 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-27 SINDROME DE MILLER FISHER SECUNDARIA A INFECÇÃO VIRAL: RELATO DE CASO Autores: LISSA R MACHADO SILVA; ANA BEATRIX FERREIRA CAIXETA; JORDANA MACHADO ARAUJO Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 27 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A síndrome de Miller-Fisher (SMF) é uma variante da Síndrome de Guillain-Barré, caracterizada pela tríade oftalmoplegia, ataxia e arreflexia. Corresponde a cerca de 5% dos casos de polineuropatias inflamatórias agudas. Foi descrita por Fisher em 1956, que relatou a ocorrência de 3 casos de uma doença neurológica aguda que cursava com oftalmoplegia, ataxia grave e perda dos reflexos tendinosos. OBJETIVO Descrever caso de Sindrome de Miller Fisher secundário a infecção viral. METODOLOGIA Homem, estudante, 28 anos, previamente hígido, há 20 dias teve febre por 3 dias, associado a pápulas eritemato descamativas e pruriginosas em mãos, pés e face. Quadro evoluiu com melhora, mas há 7 dias iniciou fraqueza nas pernas associada a paralisia facial, disartria e disfagia. Exame neurológico inicial evidenciou diparesia facial, tetraparesia simétrica grau IV, de predomínio distal, reflexos miotáticos abolidos, nível sensitivo normal. Pares cranianos preservados. Ataxia leve. Liquor de admissão com dissociação protéico celular, com 2 células/ mm³ e proteínas de 90 mg/dL. Tomografia de crânio normal. Na admissão foi iniciado imunoglobulina 0,5g/kg/dias. Completado esquema de 5 dias, paciente apresentou melhora da diparesia facial, remissão da ataxia, força muscular normalizada, mas persistia com arreflexia. Recebeu alta após 7 dias de internação para acompanhamento ambulatorial e reabilitação com fisioterapia motora. Dez dias após a alta hospitalar, retornou para reavaliação apresentando melhora da arreflexia e remissão dos demais sintomas neurológicos. Trouxe exames sorológicos solicitados na admissão, com Epstein-Baar virusIgG e IgM positivo, Chikungunya IgG e IgM, Dengue IgG e IgM, Citomegalovirus IgM e IgG, Parvovirus B19 IgG e IgM negativos; PCR para Zyka virus negativo. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A SMF é uma neuropatia auto-imune contra proteínas da bainha de mielina dos nervos periféricos. A associação da clínica de oftalmoplegia, ataxia e arreflexia com dissociação protéico-citológica no líquor é indicativa. O comprometimento de pares cranianos costuma ser freqüente, mas sua ausência não exclui o diagnóstico. Em vista do quadro imunológico, o tratamento baseia-se no uso de imunoglobulinas, corticóide e/ou plasmaférese, essa última ainda alvo de estudos nesses casos. O prognóstico é influenciado pelo tempo até o tratamento, por isso a necessidade de diagnostico precoce principalmente nos pacientes que evoluem com sinais de paralisia flácida após um quadro infeccioso respiratório ou gastrointestinal. 80 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-28 AÇÃO BIOLÓGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CINNAMOMUM CASSIA E CYMBOPOGON FLEXUOSUS SOBRE ISOLADOS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS Autores: LUCAS DANIEL OLIVEIRA Instituição: INTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 28 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O complexo Cryptococcus neoformans apresenta duas espécies de leveduras caracterizadas por serem de importância médica: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Atualmente a terapeutica utiliza farmacos com elevada toxicidade, causando mal-estar aos pacientes devido aos efeitos colaterais. A partir da necessidade de investigar alternativas fitoterápicas com significante potencial antifúngico, avaliamos diversos OEs, entre eles o Cinamomum cassia e Cybopongom flexuosus contra C. neoformans possui vários fatores de virulencia como a fosfolipase. OBJETIVO Avaliar a capacidade antifúngica dos OEs de C. cassia e C. flexuos contra cepas do complexo C. neoformans, determinar a CIM e CFM e quantificar atividade da fosfolipase. METODOLOGIA Os estudos serão realizados, a partir de isolados do complexo C. neoformans, para determinar a CIM foi realizado a técnica de microdiluição em caldo relatada no protocolo CLSI, M27-A2. A CFM utiliza-se concentrações referente a 4xCIM, 2xCIM e CIM para semeadura em ASD. A determinação da atividade da fosfolipase in vitro após ação dos OEs foi utilizado o metodo de PRICE et al, 1982, para que seja realizada a analise dos halos e assim estimar a atividade enzimatica. RESULTADOS Microdiluição em caldo com C. cassia Isolados C. neoformans + OE CIMe CFM: ATCC 80000-16µg,16µg; Isolado L4-8µg,16µg; Isolado L7-16µg,32µg; Isolado L9 16µg 32µg; Isolado L14-16µg 64µg; Isolado L15-16µg,32µg; Isolado L18-32µg,32µg; Isolado L21-16µg,32µg; Isolado L23-16µg,32µg; Isolado L24-16µg,32µg; Isolado L28-8µg,16µg; IsoladoL30-16µg32µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol 4µg 4µg; Isolados C. gattii + OE CIM CFM; Isolado L20-8µg,16µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg. Microdiluição em caldo com C. flexuous Isolados C. neoformans + OE CIM CFM; Isolado L21-128µg,128µg; Isolado L23 -128µg,128µg; Isolado L24-64µg,64µg; Isolado L28 -16µg,32µg; Isolado L30-64µg,64µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg; Isolados C. gattii + OE CIM CFM:Isolado L20128µg,128µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg. Atividade da fosfolipase em agar fosfolipase+C.flexuosus:Isolados-L20=0,8; L21=0,8; L23=0,9,L24=0,9; L28=0,9; L30=0,6. Agar fosfolipase+C.cassia:isolados-L4=0,7; L5=0,7; L7=0,65; L9=0,7; L14=0,65; L15=0,65; L18=0,65. 81 DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os resultados demonstram que atividade antifungica de ambos os óleos essenciais. Portanto, a partir da análise dos dados é possível considerar a possibilidade de que o efeito antifúngico de ambos os OEs apresentem significância. índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-29 ÓBITO CAUSADO PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1 EM CRIANÇA: RELATO DE CASO Autores: MARIA DO CARMO PEDROSA; SAMYLA CRISTINA SILVA; ROMÉLIO LUSTOSA VICTOR; FLÁVIA GODOY; VICENTE PESSOA Instituição: SERVIÇO DE INFECTOLOGIA DO HOSPITAL DA CRIANÇA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 29 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO O surgimento da pandemia de gripe ocasionada por um novo subtipo de vírus influenza A (H1N1) tem sido responsável por casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na infância. OBJETIVO Relatar um caso de SRAG por influenza A (H1N1) na infância com desfecho letal. METODOLOGIA Paciente de dois anos admitido com história de febre alta (39oC) há 6 dias e com piora nas últimas 24h caracterizada por gemência, tosse , taquidispnéia, tiragem intercostal, queda da saturação de oxigênio e cianose, necessitando de VM. Rx de tórax com aspecto de SRAG. Culturas para bactérias e swab para H1N1 foram coletados e iniciados antibióticos de amplo espectro e oseltamivir. Evoluiu com deterioração clínica, instabilidade hemodinâmica, hemorragia pulmonar e bradicardia seguida de assistolia irreversível em menos de 24h. Culturas resultaram negativas e a pesquisa para vírus influenza A (H1N1) por PCR em tempo real foi positiva. Não recebeu a vacina em 2016. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Trata-se de caso de infecção por influenza A (H1N1) que apresentou sinais e sintomas de SRAG com evolução rápida para óbito. Há poucas informações sobre como a circulação do vírus influenza A H1N1 afeta a população infantil. Sabe-se que essa população é afetada tanto na sazonalidade quanto em pandemias e que crianças são consideradas grupo de risco devido à imaturidade do sistema imunológico. Como a SRAG por influenza A H1N1 em neonatos e lactentes pode simular sepse bacteriana, é fundamental a alta suspeição clínica diante de quadros sugestivos, pois a evolução pode ser rápida e dramática como no caso apresentado. A superinfecção bacteriana associada é frequente. Apesar de nem sempre ser suficiente, como relatado em nosso caso, a instituição precoce de tratamento específico e de suporte em unidade intensiva é imperativa na tentativa de êxito terapêutico. A criança do caso relatado não foi vacinada em 2016. Apesar da falta de estudos de imunogenicidade em crianças, sabe-se que a eficácia vacinal geral situa-se em torno de 70 a 80%. Discute-se se a vacinação da criança do caso poderia ter impactado o desfecho. 82 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-30 NEUROSSÍFILIS: RELATO DE CASO Autores: NATHÁLIA A.M. P. VICENTE; SÁVIO NOGUEIRA BENIZ; DENISE P. DE MENDONÇA; DANILO SENA COTRIM; NÉRITON BARBOSA RAMOS; VITOR A. J. COSTA; LUÍSA ANDRADE DE LIMA Instituição: IMEPAC - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 30 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A sífilis é uma doença infecciosa, que desafia há séculos a humanidade. Apesar de ter tratamento eficaz e barato, mantém-se como problema de saúde pública com a ocorrência de 11 milhões de casos novos de por ano no mundo1. OBJETIVO Relatar o caso de um paciente com neurossífilis e resistência ao tratamento padronizado. METODOLOGIA Paciente EPS, 56 anos, 8 anos de escolaridade, heterossexual, múltiplas parceiras, hipertenso e diabético procurou atendimento médico após mudança de comportamento com confusão, agitação e perda de memória há 5 meses. Neurológico: Glasgow 14; pares cranianos, força e reflexos normais; apresentava confabulações, delírio de perseguição, flutuação do conteúdo de consciência, humor rebaixado. MiniMental 8 pontos; Fluência verbal 6 pontos em animais e 7 em frutas. Sem outras alterações. VDRL sérico 1:128; FTA-ABS IgM e IgG positivos. Angiorressonância visualizou artérias cerebrais média e posterior “em conta de rosário”. O LCR mostrou VDRL 1:32, FTA-ABS IgG e IgM positivos, proteína 70mg/dl. O paciente, internado com o diagnóstico de sífilis terciária fase demencial, recebeu a 1ª opção de tratamento com Penicilina Cristalina EV 2 milhões de 4/4h. No 6º dia de tratamento, não houve mais acesso ao medicamento, iniciando a 2ª opção terapêutica, Ceftriaxone 2g de 12/12h EV por 21 dias. Após o término, paciente apresentou Glasgow 15, Minimental 21 pontos e fluência verbal 16 pontos; o LCR apresentou VDRL 1:32 e FTA-ABS IgM e IgG positivos. Portanto, houve falha terapêutica e o paciente foi encaminhado à um neuroinfectologista para avaliação da necessidade de um novo tratamento. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A apresentação clínica atual da neurossífilis (NS) não segue a evolução tradicional da era pré-antibiótica. O início é insidioso, com deterioração sutil e progressiva da cognição. O tratamento da NS deve ser precoce, sendo indicada a penicilina cristalina EV 2-4 milhões U de 4/4 horas por 10-14 dias3. Há poucos estudos que demonstram a eficácia do tratamento alternativo com Ceftriaxone 2g 12/12h 10-21 dias4. Quanto mais tardiamente for tratada a NS, maiores as sequelas cognitivas e comportamentais apresentadas. O curso do processo demencial é interrompido, porém o paciente não recupera integralmente suas funções corticais superiores. Após o tratamento, faz-se punção lombar, de 6 em 6 meses até 2 anos, até a normalização da contagem celular e FTA-ABS IgM negativo5. As verdadeiras falências terapêuticas são raras, havendo poucos estudos a respeito e divergências na abordagem de falhas. 83 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-31 SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS NO ESTADO DE GOIÁS Autores: RACHEL DE PAULA SANTOS RIBEIRO; ANA CARINA VIEIRA BASTOS; LIDIA ANDREU GUILLO Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 31 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A infecção por Citomegalovírus (CMV) é extremamente comum na população em geral e apresenta distribuição universal. A alta prevalência desta infecção na população demonstra que existem várias formas de contágio e as manifestações clínicas depende do estado imune do paciente. Estima-se que a prevalência mundial da infecção por Citomegalovírus varia entre 40-100% (Matos,S.B,2010). No Brasil, estudos realizados apontam 87,9% de prevalência da infecção pela doença (Junqueira, J.J.M,2008). Segundo Cardoso e Colaboradores, no ano de 2000 em Goiás, observou-se 8,7% de positividade recente sendo mais comum na infância. OBJETIVO O objetivo do trabalho foi identificar a atual soroprevalência de infecção pelo Citomegalovírus em Goiás, através de levantamento de dados de pacientes atendidos no Laboratório da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. METODOLOGIA Foram observadosno ano de 2014 resultados dos exames de CMV pela metodologia eletroquimiluminescência de 190 pacientes. O local escolhido atende pacientes de todo o estado de Goiás, e o atendimento consiste em pacientes da rede privada e do Sistema Único de Saúde (SUS) com diversidade de motivos clínicos para a suspeita do diagnóstico de CMV. RESULTADOS A faixa etária da população variou entre 9 meses a 70 anos de idade, sendo o sexo feminino a maior parte dos exames realizados. Com relação a detecção dos anticorpos 95,2 % da população estudada foi positiva para IGG. Na detecção de IgM anti CMV, observou-se que 1,6% desta população foi positiva. Os pacientes com anticorpos IgM positivos eram pacientes menores de 18 anos, sendo um caso soropositivo para o vírus da imunodeficiência humana. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os resultados desta análise sofrem influencia nas condições sócias econômica do Estado, uma vez que estudos demonstram que a infecção primária pelo CMV ocorre ainda na infância principalmente em locais subdesenvolvidos. A análise também confirma que é uma doença que permanece latente no homem, e pouco monitorada, demonstrado pelo número de exames. Sendo uma doença oportunista e de fácil transmissão necessários mais estudos. 84 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-32 LOBOMICOSE: MAIS UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA E COM TRATAMENTO AINDA INSUFICIENTE Autores: NAYANE BRAGA AIDAR; ARIANE LIMA FERREIRA; JULIANA NÓBREGA MESQUITA; LUDMILA BRITO PORTO; NAYANA CHAVES AVEIRO; DANILO AUGUSTO TEIXEIRA; MIRIAN LANE OLIVEIRA R CASTILHO; JIVAGO OLIVEIRA A CHAVES; DÉBORA FONTOURA RODRIGUES; THAIS LOPES SAFATLE Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS Dr. Anuar Auad - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 32 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Lobomicose é uma micose profunda crônica causada pela Lacazia loboi que leva à formação de lesões queloidianas na pele. OBJETIVO Relatar caso de lobomicose e a dificuldade de resposta terapêutica aos tratamentos existentes. METODOLOGIA Paciente masculino, 65 anos, trabalhador rural, há 10 anos com nódulos em perna esquerda que aumentaram progressivamente em quantidade e dimensão. Fez uso de cetoconazol por 6 meses sem melhora. Ao exame apresentava nódulos normocrômicos de aspecto queloidiforme em dorso e membros inferiores, formando extensas placas. Ao anatomopatológico: numerosas estruturas fúngicas sugestivas de lobomicose. Tentou-se crioterapia juntamente com clofazimina 100 mg/dia, sem melhora. Foi proposta e iniciada exérese progressiva das lesões. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Lacazia loboi é saprófita do solo e é inoculado na derme por trauma. A lesão inicial é uma pápula coberta por pele intacta com ou sem telangiectasias, conferindo a apresentação fibrosa, semelhante a uma cicatriz ou queloide. Ainda hoje não é possível identificar a sua forma subclínica devido à falta de um antígeno específico. A lobina, antígeno uma vez utilizado para este fim, carece de especificidade e pode apresentar reação cruzada com outros agentes tais como Paracoccidioides brasiliensis e alguns agentes do micetoma. O tempo prolongado do diagnóstico faz com que os pacientes apresentem um atraso no inicio do tratamento com aumento das lesões, seja por autoinoculação ou reinfeccção. A natureza progressiva das lesões pode levar a deformação funcional e estética, além de degeneração carcinomatosa. O tratamento até o momento apresenta resultados insatisfatórios. São indicados agentes como: cetoconazol, anfotericina B, compostos de sulfa, 5-fluorocitosina, clofazimina e itraconazol. Esse último tem mostrado respostas parcialmente eficazes e pode ser usado como um adjuvante para prevenir a recorrência na abordagem cirúrgica. Até o momento não existe um fármaco com resposta satisfatória ao tratamento e as respostas são melhores com a excisão cirúrgica apesar do risco de inoculação durante o próprio procedimento. O paciente do relato apresentou disseminação das lesões apesar do tratamento inicial proposto, foi submetido à abordagem cirúrgica com reprogramação de novas. Outras terapêuticas precisam ser desenvolvidas haja vista que quase um século de doença se passou e os tratamentos não apresentam os resultados almejados. 85 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-33 LETALIDADE DE HISTOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS NO CENTRO-OESTE BRASILEIRO Autores: THAÍSA CRISTINA SILVA; ANA LAURA SENE A. ZARA; CAROLINA RODRIGUES COSTA; ANDRESSA SANTANA SANTOS; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 33 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Histoplasmose disseminada é uma micose sistêmica que tem sido considerada um importante problema de saúde pública devido à prevalência aumentada na população de imunocomprometidos. OBJETIVO Avaliar a prevalência, características clínicas, dados laboratoriais, de tratamento e prognóstico de pacientes com histoplasmose associada à aids no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) em Goiânia, Goiás. METODOLOGIA Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo, no período de janeiro de 2000 a junho de 2012, com análise de dados demográficos, epidemiológicos, clínicos e laboratoriais obtidos de prontuários médicos. Foram incluídos todos os pacientes com aids e diagnóstico confirmado de histoplasmose por reações sorológicas, biópsia e (ou) cultura. RESULTADOS Entre 6.330 pacientes com aids, foram identificados 279 com histoplasmose disseminada, com uma prevalência global de 4,4%, variando entre 0,9%, em 2001, e 6,5%, em 2011. A maioria dos pacientes era adultos jovens, com mediana de 37 anos. A chance de ter histoplasmose foi maior entre as mulheres (OR=2,74; IC95%1,285,89). As manifestações clínicas mais frequentes foram febre (84,2%), tosse (63,4%), perda de peso (63,1%) e lesões de pele (27,6%). Quanto aos achados laboratoriais, a maioria dos pacientes apresentou contagem de plaquetas >100.000 células/mL (60,6%), creatinina <1,5 mg/dL (75,9%), aspartato aminotransferase (AST) ≥45UI/L (76,2%), lactato desidrogenase (LDH) ≥480UI/L (79,1%) e contagem de células T CD4+ <150 células/ mL (85,9%). Após o diagnóstico, 86,7% dos pacientes foram tratados com anfotericina B. A letalidade global no período foi de 71,3%. Se mostraram associados ao óbito os seguintes achados laboratoriais: hemoglobina <10mg/dL (OR=2,06; IC95%1,21-3,51; p<0,05), contagem de plaquetas <100.000 células/dL (OR=3,16; IC95%1,72-5,79; p<0,001) e ureia >40 mg/dL (OR=2,93; IC95%1,63-5,26; p<0,001). DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Embora os pacientes tenham apresentado baixos valores de células T CD4+, essa característica, não se mostrou associada ao óbito. Entretanto, baixos níveis de hemoglobina e plaquetas e elevados níveis de ureia estavam associados à letalidade. Esse estudo mostra a necessidade de adoção de medidas para facilitar o diagnóstico precoce, tratamento adequado e, por conseguinte, um melhor prognóstico da doença. 86 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-34 AÇÃO DE COMPOSTOS NATURAIS SOBRE LEVEDURAS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS Autores: VIVIANNY QUEIROZ FREITAS; ORIONALDA LISBOA FERNANDES; LUCIA HASIMOTO SOUSA; NATÁLIA CARASEK CASCUDO Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 34 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO A criptococose é uma importante doença fúngica que tem como agente etiológico, espécies de leveduras pertencentes ao complexo Cryptococcus neoformans, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A resistência destas leveduras aos agentes antifúngicos tem aumentado ao longo dos anos, levando a expressivas implicações, como o descomedido uso de antifúngicos. Portanto, a pesquisa de produtos naturais e seus derivados, tem sido pertinentes, pela relevância na descoberta de novos medicamentos, assim como, a associação de fármacos ou compostos, com diferentes mecanismos de ação tem sido utilizada como alternativa na terapia convencional. OBJETIVO Avaliar a ação dos compostos morina e curcumina sobre leveduras do complexo C. neoformans e a avaliar a associação destes compostos com o antifúngico fluconazol. METODOLOGIA A atividade antifúngica dos compostos naturais morina e curcumina, sobre 20 isolados de espécies do complexo Cryptococcus neoformans foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, padronizado pelo CLSI (2008; 2012), para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM). Foi verificada a interação dos compostos com o antifúngico fluconazol através do teste de checkerboard para determinar o Índice de concentração inibitória mínima fracionária (ICIF) utilizado para averiguar se essa associação foi sinérgica, indiferente ou antagônica. RESULTADOS Ambos os compostos, apresentaram atividade antifúngica, com CIMs variando entre 8 a 256 μg/mL, para morina, e para curcumina, de 2 a 64 μg/mL. A interação entre os compostos e o fluconazol, mostrou sinergismo em 30% dos isolados quando se tratando da morina, 15% na análise da curcumina, e um número representativo de isolados, 70% e 85% respectivamente, indiferentes a esta associação. Ambos os compostos não apresentaram antagonismo nessa combinação. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Os bioativos mostraram-se promissores quanto à atividade antifúngica diante de leveduras estudadas, considerando as variações dos valores da concentração inibitória e fungicida mínima. E assim como demonstrado na literatura, o flavonoide curcumina foi o mais ativo frente aos microrganismos testados. No ensaio checkerboard, os compostos apresentaram um efeito sinérgico entre as combinações avaliadas, assinalando uma alternativa terapêutica favorável no tratamento destas micoses. 87 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-35 SÉRIE DE CASOS DE NEUROSSÍFILIS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA Autores: THAÍS LOPES SAFATLE; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE; NATALIA DE MELO BISSO; LUIZ FELIPE SILVEIRA SALES Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 35 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Neurossífilis (NS) compreende a infecção do sistema nervoso central pelo Treponema pallidum, que pode ocorrer desde a infecção inicial até sua fase tardia. O diagnóstico da NS baseia-se na combinação de sinais e sintomas neurológicos, testes sorológicos reagentes e alterações no líquido cefalorraquidiano. OBJETIVO Caracterizar os casos de NS atendidos em hospital de referência em infectologia na cidade de Goiânia. METODOLOGIA Série de casos de pacientes adultos com VDRL reagente no líquor. Os resultados foram obtidos a partir dos registros laboratoriais de VDRL no líquor, no período de outubro de 2013 a julho de 2015. O diagnóstico foi realizado através do teste VDRL no líquor e/ou FTA-Abs. As informações foram armazenadas em bancos de dados do Excel 2016, e a análise de dados no SPSS versão 16.0. RESULTADOS Foram detectados 14 casos de NS confirmados com VDRL e/ou FTA-ABs reagentes no líquor. A média de idade foi de 40,5 anos (DP:14,9), com predomínio do sexo masculino (98,2%). Três pacientes (21,4%) apresentaram sífilis ocular associada. O exame do líquor demonstrou pleocitose, com mediana de 4,5 células (mín. 01- máx. 440). Houve predomínio de linfomononucleares em todos os casos. A média da glicorraquia foi 55,57 mg/dl (DP:16,3) e de proteinorraquia de 86,14 mg/dl (DP:48,0).Onze pacientes apresentaram coinfecção com HIV (78,6%). A mediana de contagem de células CD4 foi de 192 cel/mm³ (mín. 05- máx. 730) e 4 (28,6%) pacientes tiveram carga viral indetectável para HIV, sendo que entre os pacientes com carga viral positiva, a mediana foi de 153.675 cópias/mL (mín-283- máx. 294.150). A terapia foi realizada com penicilina cristalina em 64,3% dos casos, e os demais com ceftriaxone. Metade dos casos tinha histórico de sífilis. Exames de imagem (TTC e RNM) foram realizados em 71,4% dos casos, sendo 21,4% com laudo normal. Os demais variaram entre redução volumétrica e presença de áreas de hipodensidade em região capso-nuclear, com ou sem edema cerebral. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO Nossos achados apontam a relevância de uma neuroinfecção em pacientes adultos jovens, notadamente coinfectados pelo HIV. Alguns autores apontam a importância do exame liquórico para diagnóstico da NS em pacientes assintomáticos portadores de HIV. A sífilis é uma DST com potencial de neuroinfecção, que deve ser investigada em quadros neurológicos e em pessoas vivendo com HIV/AIDS. 88 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-36 ASPECTOS IMAGENOLÓGICOS DA TUBERCULOSE EM INDIVÍDUOS COM CONDIÇÕES VARIADAS DE IMUNOSSUPRESSÃO Autores: PEDRO PAULO TEIXEIRA E SILVA TORRES; RAFAEL DANGONI DE SOUZA PIRES; MARINA MASCARENHA RORIZ PEDROSA; LUSMAIA DAMASCENO CAMARGO COSTA; DANIELI CHRISTINNI BISCHUETTI SILV; MARILIA DA SILVA GARROTE; VICTOR HENRIQUE DE ARAÚJO MORAES; MARCELO FOUAD RABAHI Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 36 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Indivíduos portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas tem risco aumentado para infecções graves. O pulmão é um dos órgãos mais frequentemente envolvidos, sendo que as complicações infecciosas são as mais comuns, com alta mortalidade e morbidade. OBJETIVO Nosso objetivo é ilustrar a associação de condições de imunossupressão e tuberculose, descrevendo as particularidades na apresentação imagenológica destas condições. METODOLOGIA Foram levantados casos de tuberculose confirmados com exames laboratoriais e que apresentavam imagens características ou inusitadas em pacientes portadores de imunodeficiências variadas, nao exame de tomografia computadorizada. As imagens foram analisadas e descritas por médico radiologista experiente e comparadas às descrições de literatura. RESULTADOS A tuberculose pulmonar é uma infecção comum, e o desenvolvimento de infecção ativa está associado a alguns grupos de imunodeficiências, especialmente aquelas que levam a prejuízo na imunidade celular2. Infecção por HIV, desnutrição, abuso de drogas e álcool, neoplasias, insuficiência renal em estágio final, diabetes mellitus, corticoides e terapia imunossupressora são condições predisponentes para desenvolvimento de tuberculose. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A presença de imunossupressão é um fator modificador das características imagenológicas observadas em indivíduos com tuberculose pulmonar, sendo que neste subgrupo de pacientes, os quais apresentam com maior frequência aspectos de imagem semelhantes à tuberculose primária. O conhecimento das manifestações menos comuns neste subgrupo de pacientes é determinante no estreitamento das opções diagnósticas por parte do radiologista. Especialmente em pacientes candidatos ao uso de medicações imunossupressoras, a detecção de estigmas de tuberculose latente pode ser decisiva na indicação de quimioprofilaxia, evitando desenvolvimento de atividade infecciosa. 89 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-37 PROJETO XERIFES DO AEDES Autores: MATHEUS MAIA GARCIA; JANINY PEREIRA ÁVILA; BÁRBARA CAMPOS A. FERREIRA; GABRIEL SANTOS DE CASTRO; LARA KAROLINE CAMILO CLEMENTINO; RENATA CASTRO F. BOMFIM; MARCOS VINÍCIUS MILKI Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 37 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Dengue, Zika e Chikungunya são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt, que no Brasil tem causado surtos epidêmicos, por aqui ter encontrado condições muito favoráveis para sua rápida disseminação associada à deficiência sanitária de nossas cidades. OBJETIVO O projeto Xerifes do Aedes surgiu com o intuito de retirar o acadêmico da omissão quanto a prevenção e vigilância das epidemias do Aedes em sua comunidade, trazendo-lhe o interesse e o trabalho voltado à Saúde Pública. Portanto, essa atividade, realizada pelos membros da IFMSA Brazil - Comitê Local da Pontifícia Universidade Católica de Goiás fez-se necessária para a existência de pontos de apoio às comunidades nesse processo de vigilância, para que seguros e apoiados pelas informações e políticas em relação às doenças transmitidas pelo mosquito, isto é, Dengue, Zika e Chikungunya, nós, como população, não deixemos a desejar. METODOLOGIA O projeto foi realizado em uma escola municipal de Goiânia, e aconteceu com alunos na faixa etária entre 7 e 8 anos.Inicialmente, fora realizada uma apresentação para os alunos de forma dinâmica e lúdica com mídias e oficinas prático dinâmicas, nas quais esperávamos que os jovens aprendizes saíssem com uma consciência um pouco maior levando isso para dentro de suas casas. Ademais, os alunos receberam uma estrela de xerife, por se comprometerem no combate contra o mosquito, cartilhas com elucidações e doces.Foram também distribuídos pela escola cartazes informativos e imagens de personagens infantis com falas de incentivo ao combate do vetor. RESULTADOS Evidenciou-se que a ação com as crianças foi de grande valia, posto que fora visto o interesse das mesmas em relação ao conhecimento de forma simples puramente natural, de modo que elas ao longo das oficinas faziam referências às suas realidades desenvolvendo, portanto, o senso de seres sociais sedentos por aprendizagem e pela capacidade de mudança.Tal projeto, por conseguinte, tornou-se multiplicador de conhecimento, já que 60 crianças foram orientadas e estimuladas a disseminar atitudes simples e modificadoras. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO O projeto Xerifes do Aedes, além de promover a união de 18 acadêmicos de medicina, os quais foram devidamente capacitados, em prol de uma causa de saúde pública, permitiu o despertar do conhecimento em crianças, as quais foram capazes de perceber a importância do assunto, bem como tornaram-se disseminadoras desse mesmo conhecimento, criando um ciclo que deve ser alimentado por aqueles que assim se propõem exercer sua função social. 90 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-38 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PROGRAMA DE CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL Autores: RAÍSSA NASCIMENTO HAMAOKA; WESLEY SILVÉRIO PIMENTA Instituição: FACIPLAC - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 38 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Segunda patologia parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária, esquistossomose, conhecida popularmente como barriga d’água. É uma doença transmissível, causada por vermes do gênero Schistossoma, necessita do homem e da participação de caramujos de água doce, para completar seu ciclo vital. OBJETIVO Descrever epidemiologicamente o número de pessoas tratadas contra a esquistossomose, no Brasil, no período compreendido entre 2000 a 2010, relacionado com região socioeconomicamente ativa. METODOLOGIA Estudo epidemiológico quantitativo, transversal, de base populacional. Foi realizada por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pelo TABNET. A análise foi feita pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). RESULTADOS A partir da análise dos dados obtidos no período entre 2000 a 2010, verificou-se que a região nordeste apresentou o maior número de pessoa que foram tratadas contra a esquistossomose, um total de 757.736 pessoas, seguida pela região sudeste com 276.009 pessoas tratadas. A região centro-oeste registrou o menor número de pessoas tratadas, apenas 432, seguida pela região sul, com um total de 2298 pessoas tratadas, e por fim a região norte, com 6482 tratadas. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO A doença é tratada com medicamentos antiparasitários, tem maior prevalência em locais de baixa infraestrutura sanitária. Pode ser controlada, através de medidas, com evitar a proliferação de caramujos, melhorar o saneamento básico e educação em saúde. Porém a prevenção não ocorre de modo eficiente, principalmente quando comparados com regiões de baixo nível socioeconômico, como mostra os resultados obtidos. A região nordeste lidera o número de tratamento contra esquistossomose. 91 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos. PÔSTERES PO-25-39 A INFECÇÃO POR CLAMÍDIA TRACHOMATIS PODERIA INTERFERIR NA OVULAÇÃO DE MULHERES INFÉRTEIS? ESTUDO CASO-CONTROLE Autores: REINALDO SATORU AZEVEDO SASAKI; MÁRIO SILVA APROBATTO; ELIAMAR A B F F FLEURY; CHRISTIANE RICALDONI GIVIZIEZ; MÔNICA CANÊDO SILVA MAIA; NEUMA ZANLUCHI; IULLA AGUIAR SILVEIRA Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 39 Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00 Forma de Apresentação: PÔSTER INTRODUÇÃO Clamidia trachomatis é a bactéria sexualmente transmitida mais comum no mundo. Ela provoca danos à fertillidade da mulher através de mecanismo mecânico, alterando histológica e anatomicamente as tubas, aumentando também o risco de prenhez ectópica. Um dos mecanismos de alteração das tubas aventados é a resposta imunológica anômala à infecção. OBJETIVO Avaliar se a exposição à infecção por Clamídia poderia alterar também a ovulação. METODOLOGIA Estudo caso-controle. Foram avaliadas 110 pacientes anovulatórias (casos) e 113 pacientes ovulatórias (controles) à monitorização ecográfica da ovulação e a presença ou não da exposição à infecção por Clamídia em um serviço Universitário de Reprodução Assitida RESULTADOS A sorologia IgG para Clamídia foi positiva em 23 pacientes (20,9%) no grupo caso. No grupo controle, 28 (23,7) das pacientes tinham exame de imunofluorescência positiva para Clamídia (IgG), 85 (72,0%) tinham o exame negativo e 4 (3,4%) tinham o resultado como indeterminado. O Odds Ratio foi de 0,8025 e o valor de p foi de 0,495. Não houve diferença entre a positividade da imunofluorescência para Clamídia, ente as pacientes que ovularam e as que não ovularam. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO DISCUSSÃO: O mecanismo conhecido da infertilidade causada pela Clamídia é a alteração mecânica tubária, porém, o mecanismo pelo qual ocorre esta lesão ainda é discutida, sendo uma das explicações, alterações imunológicas. Estas alterações parecem ser limitadas à reação inflamatória das tubas, não afetando o mecanismo de controle ovulatório. CONCLUSÃO: A presença ou ausência de ovulação à monitorização ecográfica não foi influenciada pela exposição à infecção por Clamídia. 92 índice Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto, eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.