dos resumos em PDF - 1º Infecto - Centro

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dos resumos em PDF - 1º Infecto - Centro
Resumo dos Trabalhos Científicos
ÍNDICE
Apresentações Orais
OR-1
CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE POSITIVAS
PARA O GENE BLANDM ISOLADAS NOS HOSPITAIS DE BRASÍLIA-DF ...............................................................................9
OR-2
AVALIAÇÃO DE CUSTOS FEDERAIS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES DO BRASIL EM 2013 .........................10
OR-3
TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR PNEUMONIA E INFLUENZA EM IDOSOS NO BRASIL: SÉRIE
HISTÓRICA DE 2008 - 2014 ...........................................................................................................................................11
OR-4
INVESTIGAÇÃO IN SILICO DA DOENÇA DE CHAGAS: MODELANDO A INTERAÇÃO MACRÓFAGO / T. CRUZI .....................12
OR-5
MICROCEFALIA ASSOCIADO AO ZIKA VÍRUS: RELATO DE CASO .....................................................................................13
Pôsteres
PO-24-01
DETECÇÃO GENOTÍPICA DE BLAKPC EM K. PNEUMONIAE RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS
ISOLADAS NO LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DE GOIÁS ........................................................................................15
PO-24-02
AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DO COMPOSTO CURCUMINA E DO DERIVADO N-ACILHIDRAZONA EM
ESPÉCIES DE CANDIDA .................................................................................................................................................16
PO-24-03
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS DE ALTO CUSTO: OTIMIZAÇAO DE CUSTOS HOSPITALARES ..............................17
PO-24-04
ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE HEPATITES VIRAIS E APLICAÇÃO DE TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO
DE HEPATITE C COMO FOCO DE UMA AÇÃO EDUCATIVA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................18
PO-24-05
ANÁLISE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CASOS DE HEPATITE C CONFIRMADOS NA MACRORREGIÃO
DO SUDOESTE GOIANO .................................................................................................................................................19
PO-24-06
RELATO DE CASO: APRESENTAÇÃO CUTÂNEA DE LINFOMA PLASMABLÁSTICO EM PACIENTE COM
VÍRUS DA IMUDEFICIENCIA HUMANA ............................................................................................................................20
PO-24-07
PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL .......................................................................................................21
PO-24-08
DOENÇA DE KAWASAKI-SÍMILE EM ADULTO HIV POSITIVO. UMA RARA ASSOCIAÇÃO ....................................................22
PO-24-09
VACINAÇÃO CONTRA O PNEUMOCOCO EM CRIANÇAS DE GOIÂNIA: ANÁLISE DOS FATORES
ASSOCIADOS AO ATRASO VACINAL ...............................................................................................................................23
PO-24-10
O RETRATO DA IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B NO CENTRO-OESTE NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADAS ..........................24
PO-24-11
O ATUAL E PREOCUPANTE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO BRASIL .......................................................25
PO-24-12
IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE PERFUROCORTANTES COM DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NA
OCORRÊNCIA DE ACIDENTE PROFISSIONAL COM MATERIAL BIOLÓGICO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
EM INFECTOLOGIA DE GOIÁS .........................................................................................................................................26
PO-24-13
PERFIL DE PRECAUÇÕES ESPECIAIS EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS ......................................27
PO-24-14
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO DE ETIOLOGIA FÚNGICA APÓS MASTECTOMIA COM PRÓTESE .....................................28
PO-24-15
LISTERIOSE NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO ....................................................................................................................29
PO-24-16
HIDATIDOSE PULMONAR E HEPÁTICA ASSOCIADA A SÍNDROME DE BUDD - CHIARI ......................................................30
PO-24-17
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ASSOCIADA A CARCINOMA BASOESCAMOSO EM PACIENTE IMUNOMPETENTE .....................31
PO-24-18
SÍNDROME DE WEIL: A FORMA GRAVE DA LEPTOSPIROSE AUTÓCTONE EM GOIÁS .......................................................32
PO-24-19
RELATO DE CASO: TUBERCULOSE PÉLVICA SIMULANDO NEOPLASIA GINECOLÓGICA ...................................................33
PO-24-20
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO BRASIL ...............................................................................................34
PO-24-21
HANSENÍASE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO .....................................................................35
PO-24-22
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES PARA TRATAMENTO DE DENGUE HEMORRÁGICA
NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2015 ................................................................................................................36
PO-24-23
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO POR TÉTANO NEONATAL NA REGIÃO CENTRO OESTE
NO PERÍODO DE 2008 A 2015 .......................................................................................................................................37
PO-24-24
HIDATIDOSE MESENTÉRICA SIMULANDO NEOPLASIA PÉLVICA EM IDOSA: RELATO DE CASO ........................................38
PO-24-25
HLA E HANSENIASE : UMA META-ANALISE .....................................................................................................................39
PO-24-26
POLIMORFISMO GENÉTICO DO GENE HLA E HANSENÍASE .............................................................................................40
PO-24-27
CANDIDIASE DA MUCOSA VULVOVAGINAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIA-GO ....................................................41
PO-24-28
INFECÇÃO OPORTUNISTA GRAVE POR PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS E SPOROTRIX SCHENCKII
EM PACIENTE PORTADOR DO HIV: RELATO DE CASO .....................................................................................................42
PO-24-29
CAPTAÇÃO DE FERRO MEDIADA POR SIDERÓFOROS EM CLADOPHIALOPHORA CARRIONII ...........................................43
PO-24-30
CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO CANDIDA
PARAPSILOSIS ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS ......................................................................................................44
PO-24-31
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVO DO SUL DE MATO GROSSO COLONIZADOS
POR ESPÉCIES DE CANDIDA ..........................................................................................................................................45
PO-24-32
SEPSE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA ..................................................46
PO-24-33
ENTEROCOCCUS FAECIUM: UMA RARA ETIOLOGIA DE MENINGITE BACTERIANA AGUDA ...............................................47
PO-24-34
MENINGITE DE MOLLARET RELACIONADA AO VÍRUS HERPES SIMPLES - UM DIAGNÓSTICO
A SER LEMBRADO .........................................................................................................................................................48
PO-24-35
ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO ........................49
PO-24-36
ENDOCARDITE INFECCIOSA: MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS COMO APRESENTAÇÃO DA DOENÇA
RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................................50
PO-24-37
PERSPECTIVA DO TRATAMENTO HOSPITALAR DE INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS AÉREAS NO BRASIL:
UM ESTUDO RETROSPECTIVO .......................................................................................................................................51
PO-24-38
MENINGITE FATAL CAUSADA POR PREVOTELLA LOESCHEII: UM RELATO DE CASO ........................................................52
PO-24-39
METAHEMOGLOBINEMIA ASSOCIADA A PRIMAQUINA: UMA COMPLICAÇÃO RARA, PORÉM GRAVE ...............................53
PO-25-01
SURTO DE BACTÉRIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A POLIMIXINA B EM HOSPITAL
TERCIÁRIO DE GOIÂNIA- GOIÁS .....................................................................................................................................54
PO-25-02
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À DIFERENTES ANTIBIÓTICOS DAS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS SPP
E BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS ISOLADOS DO AR E SUPERFÍCIES DE DIFERENTES SETORES DE UM
HOSPITAL DE GOIÂNIA-GO .............................................................................................................................................55
PO-25-03
DIFÍCIL TRATAMENTO DE PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E VHC. COMO PROCEDER? ...................................56
PO-25-04
HEPATITES VIRAIS - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2007 A 2015 ............................57
PO-25-05
REUNIÃO CLÍNICA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O ATENDIMENTO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ..........................................................................58
PO-25-06
NEUROCHAGAS EM IMUNOSSUPRIMIDO: RELATO DE CASO .........................................................................................59
PO-25-07
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ENTRE NEUROTOXOPLASMOSE E NEUROCHAGAS NO PACIENTE
COM INFECÇÃO PELO VÍRUSDA IMUNODEFICIENCIA HUMANA ......................................................................................60
PO-25-08
VACINAS X REAÇÃO ADVERSA: FREQUENCIA NO HOSPITAL SECUNDÁRIO DO DF ..........................................................61
PO-25-09
PREVALÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS A VACINA PENTAVALENTE EM REGIÃO ADMINISTRATIVA DO DF ..........................62
PO-25-10
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS SOBRE FERIDAS INFECTADAS ...............................63
PO-25-11
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO POR MICOBACTÉRIAS EM PACIENTES SUBMETIDAS A CIRURGIA
PLÁSTICA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA ...........................................................................................................................64
PO-25-12
SEPSE POR RHIZOBIUM RADIOBACTER EM PACIENTE COM HANSENÍASE .....................................................................65
PO-25-13
RELATO DE CASO: SEPSE POR RHODOCOCCUS EQUI EM PACIENTE COM REAÇÃO HANSÊNICA ...................................66
PO-25-14
PERFIL DA MORTALIDADE POR MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS NO ESTADO DE GOIÁS
NO PERÍODO DE 1998 A 2012 .......................................................................................................................................67
PO-25-15
ETEROPARASITOSES EM INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE, CAMPO GRANDE - MS, BRASIL .................................68
PO-25-16
REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER EM PACIENTE DIAGNOSTICADO COM LEPTOSPIROSE: RELATO DE CASO ........................69
PO-25-17
O PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PÓS-INFECÇÃO POR ZIKA
EM GOIÁS: RELATO DE CASO .........................................................................................................................................70
PO-25-18
O PROCESSO DE GESTÃO NO PLANO DE COMBATE À DENGUE .....................................................................................71
PO-25-19
BORRELIOSE DE LYME SÍMILE - RELATO DE CASO .........................................................................................................72
PO-25-20
PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM ADULTO. RELATO DE CASO NO ESTADO DO AMAPÁ ......................................................73
PO-25-21
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE MALÁRIA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA
TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO, MANAUS, AMAZONAS, EM 25 ANOS ......................................................74
PO-25-22
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: REGISTRO EM INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO
DO AMAZONAS ..............................................................................................................................................................75
PO-25-23
MIOSITE AGUDA BENIGNA POR DENGUE: RELATO DE CASO ..........................................................................................76
PO-25-24
TERCEIRA RECIDIVA DE CALAZAR CONCOMITANTE A MONONUCLEOSE INFECCIOSA: RELATO DE CASO .......................77
PO-25-25
HISTOPLASMOSE DISSEMINADA AGUDA GRAVE EM IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO DE CASO .................................78
PO-25-26
CAXUMBA COMPLICADA COM ORQUITE: RELATO DE CASO ...........................................................................................79
PO-25-27
SINDROME DE MILLER FISHER SECUNDARIA A INFECÇÃO VIRAL: RELATO DE CASO .....................................................80
PO-25-28
AÇÃO BIOLÓGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CINNAMOMUM CASSIA E CYMBOPOGON FLEXUOSUS
SOBRE ISOLADOS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS ..............................................................................81
PO-25-29
ÓBITO CAUSADO PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1 EM CRIANÇA: RELATO DE CASO ......................................................82
PO-25-30
NEUROSSÍFILIS: RELATO DE CASO ................................................................................................................................83
PO-25-31
SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS NO ESTADO DE GOIÁS .....................................................84
PO-25-32
LOBOMICOSE: MAIS UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA E COM TRATAMENTO AINDA INSUFICIENTE ..................................85
PO-25-33
LETALIDADE DE HISTOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS NO CENTRO-OESTE BRASILEIRO .....................................86
PO-25-34
AÇÃO DE COMPOSTOS NATURAIS SOBRE LEVEDURAS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS ......................87
PO-25-35
SÉRIE DE CASOS DE NEUROSSÍFILIS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA ...............................................88
PO-25-36
ASPECTOS IMAGENOLÓGICOS DA TUBERCULOSE EM INDIVÍDUOS COM CONDIÇÕES VARIADAS DE
IMUNOSSUPRESSÃO .....................................................................................................................................................89
PO-25-37
PROJETO XERIFES DO AEDES ........................................................................................................................................90
PO-25-38
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PROGRAMA DE CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL ...................................91
PO-25-39
A INFECÇÃO POR CLAMÍDIA TRACHOMATIS PODERIA INTERFERIR NA OVULAÇÃO DE MULHERES
INFÉRTEIS? ESTUDO CASO-CONTROLE ..........................................................................................................................92
Apresentações Orais
APRESENTAÇÕES ORAIS
OR-1
CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE CEPAS DE
KLEBSIELLA PNEUMONIAE POSITIVAS PARA O GENE BLANDM
ISOLADAS NOS HOSPITAIS DE BRASÍLIA-DF
3
LUGAR
Autores: CELIO FARIA-JUNIOR; LILIAN OLIVEIRA RODRIGUES; JAMES OKI CARVALHO; ALESSANDRA FREITAS BASTOS;
HOMERO MÁRCIO BARBOSA; ELI MENDES FERREIRA; ELLY RODRIGO PORTO; GLAURA CALDO LIMA; ALEX PEREIRA LEITE
Instituição: LACEN-DF - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL
Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:15-12:25:00
Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 3º LUGAR
INTRODUÇÃO
Klebsiella pneumoniae é um receptor notório de genes de resistência, e ao longo das últimas duas décadas, tem
sido responsável pela dispersão de blaKPC e, ultimamente, blaNDM. O LACEN-DF tem monitorado a circulação
hospitalar de cepas portando blaNDM desde a detecção inicial de uma cepa de Providencia rettigeri produtora
de NDM em junho de 2013. Neste estudo foram caracterizadas cepas de K. pneumoniae positivas para blaNDM.
OBJETIVO
Caracterizar fenotipicamente e genotipicamente as cepas de K. pneumoniae positivas para blaNDM isoladas em
Brasília-DF.
METODOLOGIA
De junho de 2013 e janeiro de 2016, o LACEN-DF recebeu 309 cepas de K. pneumoniae resistentes aos
carbapenens de 31 hospitais. A identificação foi confirmada usando o VITEK MS (BioMérieux) e o teste de
susceptibilidade foi realizado no MicroScan WalkAway (Beckman Coulter). Discos de imipenem e meropenem
combinados com 100mM EDTA foram usados na triagem de cepas produtoras de metalo-β-lactamases. Foi
utilizada a técnica de PCR na detecção dos genes blaKPC e blaNDM. A técnica de RAPD (Random Amplified
Polymorphic DNA) foi usada na tipagem molecular bacteriana.
RESULTADOS
Noventa e quatro cepas (30,4%), isoladas em 20 hospitais, foram positivas para o gene blaNDM (KP-NDM).
A maioria foi isolada de amostras clínicas (56,4%, 53/94). Nenhuma cepa de KP-NDM mostrou sensibilidade
aos β-lactâmicos, exceto ao aztreonam com 5 cepas sensíveis. Somente 6,5% (n. 6) e 14,9% (n. 14) foram
sensíveis a ciprofloxacina e levofloxacina, respectivamente. Amicacina (com 66% das cepas sensíveis) foi o
aminoglicosídeo mais ativo (gentamicina, 43,6%, 41; tobramicina 8,5%, 8). Tigeciclina foi ativa em 69,1% (65)
das cepas e colistina, em 92,1% (82). Entre os antimicrobianos de uso em infecção urinária, fosfomicina foi o
mais ativo (88,8%, 79), seguido de nitrofurantoína (36,2%, 34) e sulfametoxazol trimetoprima (11,7%, 11). Além
do gene blaNDM, cinco cepas portavam também o gene blaKPC (KP-NDM-KPC). As cepas de KP-NDM-KPC
foram separadas em 4 padrões clonais de RAPD, encontrados em 3 hospitais.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Poucos antimicrobianos mostraram-se ativos em KP-NDM e colistina apresentou-se como o antimicrobiano
com menor frequência de resistência. As cepas de KP-NDM-KPC recentemente isoladas são policlonais, ao
contrário dos primeiros casos de KP-NDM detectados no DF. A emergência de cepas pontando múltiplos genes
codificadores de carbapenemase ameaçam as novas opções terapêuticas, como os antimicrobianos associados
9 a inibidores seletivos de carbapenemase (avibactam).
índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
APRESENTAÇÕES ORAIS
OR-2
AVALIAÇÃO DE CUSTOS FEDERAIS DO PROGRAMA NACIONAL DE
IMUNIZAÇÕES DO BRASIL EM 2013
Autores: WIDER CARLOS B. DE MOURA; SELMA LINA SUZUKI; JEANINE ROCHA WOYCICKI; CARLA
MAGDA S. DOMINGUES; RUTH MINAMISAVA; ANA LÚCIA S.S. DE ANDRADE; CRISTIANA MARIA
TOSCANO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Ag.Financiadora: MINISTÉRIO DA SAÚDE/CAPES.
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL
Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:25-12:35:00
Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 1º LUGAR
1
LUGAR
INTRODUÇÃO
As vacinas são importantes tecnologias em saúde e vem sendo utilizadas há várias décadas para prevenir uma
série de doenças de alta morbi-mortalidade. O conhecimento dos custos do Programa Nacional de Imunizações
(PNI) é importante para realizar estimativas de custos incrementais na introdução de novas vacinas e de impacto
orçamentário das mesmas, além de subsidiar estudos de custo-efetividade.
OBJETIVO
Estimar o custo do PNI, na esfera federal considerando o ano base de 2013 e analisar as aquisições de
imunobiológicos utilizadas no Brasil considerando quantitativo e custos no período de 2004-2015.
METODOLOGIA
Foram realizados dois estudos sob a perspectiva do SUS. Um estudo descritivo retrospectivo de custo de programa,
para a análise de custos do PNI no nível federal, de janeiro a dezembro de 2013; e um estudo retrospectivo do
tipo ecológico descritivo, de série histórica de quantidade e custos de imunobiológicos comprados pelo PNI de
2004-2015. Foram considerados os seguintes componentes de custo: insumos (imunobiológicos, seringas e
agulhas), recursos humanos, transporte, infraestrutura predial e serviços, equipamentos de escritório, repasses
para a rede de frio e outros (mobilização social, treinamento, publicações e pesquisas). A análise de série
temporal considerou vacinas e soros/imunoglobulinas e foi estratificada por produção nacional e internacional;
mecanismo de compra; e vacinas convencionais do calendário de rotina e vacinas introduzidas a partir de 2006.
RESULTADOS
O total de custos do PNI pelo nível federal em 2013 foi de R$1.467.100.455, sendo R$ 1.304.032.414
(88,9%) para insumos, R$78.282.800 (5,3%) com transportes, R$3.210.770 (0,2%) com recursos humanos e
R$81.574.471 (5,6%) com os demais componentes (infraestrutura predial, equipamentos, repasses para a rede
de frio e outros). Um total de 2.910.669.114 doses de imunobiológicos foram adquiridas pelo PNI no período de
2004-2015, a um custo de R$15.473.789.880.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Com a introdução de novas vacinas no calendário vacinal, os custos do PNI aumentaram significativamente,
justificando a adoção de estratégia de transferência de tecnologias para produção de novas vacinas e
promovendo a autossuficiência nacional na produção de imunobiológicos. Os resultados desse estudo são de
grande importância para subsidiar o planejamento de políticas públicas e aplicação dos recursos do SUS.
10
índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
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APRESENTAÇÕES ORAIS
OR-3
TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR PNEUMONIA E INFLUENZA
EM IDOSOS NO BRASIL: SÉRIE HISTÓRICA DE 2008 - 2014
Autores: DENISMAR BORGES MIRANDA; OTALIBA LIBÂNIO MORAIS NETO; RUTH
MINAMISAVA; GABRIELA MOREIRA POLICENA; ANA LUIZA BIERRENBACH; ANA LÚCIA
ANDRADE
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL
Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:35-12:45:00
Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL - PREMIADO - 2º LUGAR
2
LUGAR
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem se observado mudanças importantes na estrutura demográfica do Brasil, em especial para
o aumento da longevidade, com repercussões sobre o perfil da demanda por serviços de saúde. Conhecer as
tendências de mortalidade por doenças respiratórias em idoso auxilia na elaboração de estratégias preventivas,
uma vez que, na população idosa, a infecção respiratória aguda representa importante causa de mortalidade em
todo o mundo, sendo a pneumonia-PNM e a influenza-INF os principais agravos.
OBJETIVO
Avaliar a tendência da mortalidade por PNM e INF em idosos no período de 2008-2014 no Brasil.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo ecológico de série temporal com óbitos registrados no Sistema de Informação de
Mortalidade do SUS e estimativas da população idosa (≥ 65anos) do IBGE. Taxas mensais de mortalidade por
PNM (CID-10:J12-J18), INF (CID-10:J09-J11), todas as causas exceto respiratórias-TCER (CID-10:todos exceto
Capítulo X) como grupo de comparação e causas mal definidas-CMD (CID-10: Capítulo XVIII), foram calculados
para o período do estudo. Para análise da tendência foi utilizado modelo de regressão linear de Prais-Winsten.
Calculou-se taxa de incremento médio mensal-TIM e respectivo IC95% para identificar a tendência da série.
RESULTADOS
No período de 2008-2014 ocorreram 302.982 óbitos por PNM e 1.202 óbitos por INF em idosos. A análise
de tendência mostrou crescimento para taxa de mortalidade por PNM (TIM:0,44%; 0,32; 0,56, p<0,001) e
estacionária para INF (TIM:-0,16%; -1,09; 0,77, p=0,699), ambos em idosos ≥65anos. Para TCER, a tendência
mostrou-se estacionária para ≥65anos (TIM:-0,01%; -0,04; 0,02, p=0,393), porém com redução no estrato
entre 65-74anos (TIM:-0,07%; -0,09; -0,05, p<0,001). Observou-se redução da taxa de mortalidade por CMD
em idosos ≥65anos (TIM:-0,27; -0,27; -0,33, p<0,001).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O incremento observado na tendência de mortalidade em idosos por PNM no Brasil, nesta série, implica na
necessidade de análise mais aprofundada dos fatores associados a este aumento, bem como aplicação de
técnicas estatísticas capazes de descartar artefatos que possam explicar estes achados. Em relação as taxas de
INF, após a pandemia de 2009, observou-se picos de mortalidade nos meses sazonais dos anos 2012 e 2013,
o que corrobora a necessidade de uma análise vinculada a subtipos circulantes do vírus da INF nos meses
sazonais.
11
índice
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APRESENTAÇÕES ORAIS
OR-4
INVESTIGAÇÃO IN SILICO DA DOENÇA DE CHAGAS: MODELANDO A INTERAÇÃO
MACRÓFAGO / T. CRUZI
Autores: LUCAS A. BESSA CARDOSO; ANNA LUIZA AMÂNCIO VIDAL; LARISSA PARIS GASPARINE; WILLIAN CORDEIRO
FARAGO; MAURÍLIO DE ARAÚJO POSSI; ALCIONE DE PAIVA OLIVEIRA; ANDREIA PATRICIA GOMES; RODRIGO SIQUEIRA
BATISTA; LUIZ ALBERTO SANTANA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - Cidade/UF: UBERABA/MG
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL
Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:45-12:55:00
Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL
INTRODUÇÃO
A doença de Chagas (DC) - causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi -, endêmica em algumas regiões
do Brasil, é um dos maiores exemplos de doenças negligenciadas, de acordo com a OMS. O entendimento
da doença e o desenvolvimento de métodos para seu tratamento são de grande interesse para a clínica e para
a saúde pública. A DC evolui de forma lenta e grande parte do conhecimento sobre a mesma é extrapolada
de modelos animais, o que tem importantes implicações éticas e demanda grande tempo de pesquisa. Neste
contexto, as pesquisas in silico têm a potencialidade para auxiliar a investigação fisiopatológica da DC, de forma
rápida e pouco onerosa.
OBJETIVO
Utilizar o AutoSimmune - software de simulação do Sistema Imune (SI), desenvolvido por uma parceria entre os
departamentos de Informática (DPI) e Medicina e Enfermagem (DEM) da Universidade Federal de Viçosa - para
estudar a interação entre a forma tripomastigota do T. cruzi e o macrófago (Mo).
METODOLOGIA
Foram implementadas no AutoSimmune as interações entre T. cruzi e Mo em tecido genérico, utilizando-se uma
máquina de estados que ditava as ações realizadas por cada entidade, aproximando-se do observado in vivo.
Cada ação ocorria no intervalo de tempo denominado tick. Os parâmetros de quantidade de Mo e T. cruzi, e a
possibilidade de escape dos mecanismos imunes, eram as variáveis modificadas no início de cada simulação no
tempo definido de 1825 ticks. A quantidade final de T. cruzi foi utilizada como parâmetro para análise da evolução
da infecção.
RESULTADOS
Com inóculo de 300 T. cruzi, os Mos eliminaram os parasitos em 20 simulações com fator de escape máximo de
0,52. No inóculo de 3000 T. cruzi, o menor fator de escape onde o número destes agentes não zerou foi 0,24%
e o maior em que o número de parasitos zerou foi 0,37.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A experimentação in silico permitiu considerável redução do tempo necessário para avaliação da interação
T. cruzi Mo na DC. Em três meses de simulação, foram realizadas 1092 testes, que corresponderiam a 546
anos de observação in vivo. Os experimentos no AutoSimmune permitiram a otimização do tempo e evitou
a utilização de cobaias. Conclui-se que os métodos computacionais configuram ferramenta promissora para
estudos fisiopatológicos na DC.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
APRESENTAÇÕES ORAIS
OR-5
MICROCEFALIA ASSOCIADO AO ZIKA VÍRUS: RELATO DE CASO
Autores: HALISSON RODRIGUES DE ANDRADE; GETÚLIO BERNARDO MORATO FILHO; JORGE HENRIQUE CARLOS AIRES;
JOÃO CARLOS GEBER JÚNIOR
Instituição: ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: APRESENTAÇÃO ORAL
Data: 23/06/2016 - Sala: AUDITÓRIO LAGO AZUL - Horário: 12:55-13:05:00
Forma de Apresentação: APRESENTAÇÃO ORAL
INTRODUÇÃO
O Zika vírus (ZIKV) foi descoberto em 1947, a partir do sangue de um macaco rhesus sentinela colocado na
Floresta Zika em Uganda. É associado a febre baixa e exantema maculopapular. O vírus permaneceu relativamente
desconhecido até a aproximadamente há um ano com sua entrada no Brasil. Desde então, o vírus tornouse a primeira doença infecciosa importante ligada a defeitos congênitos a ser descoberto em mais de meio
século. Estudos preliminares do Brasil tem indicado que 29% das mulheres infectadas pelo ZIKV durante a
gravidez apresentam anormalidades fetais pela Ultrassonografia e 17% dos fetos apresentavam microcefalia,
atrofia cerebral e calcificações. Em outro estudo foi encontrado anormalidades oculares em 35% dos fetos. Em
relatos de microcefalia, a infecção materna pelo ZIKV, ocorreu mais frequentemente entre a 7ª e a 13ª semana
de gestação.
OBJETIVO
Descrever o pré-natal de gestante com provável infecção por ZIKV e as consequências pós-natais para a criança.
METODOLOGIA
Primigesta, 36 anos, quando em 8ª semana de gestação, apresentou exantema, febre baixa e artralgia, refere que
10 dias antes havia feito viagem ao Rio de Janeiro e que 15 dias antes havia realizado viagem para hotel fazenda,
nos arredores do município de Alexânia, Goiás. Nas ecografia fetais, foi vista redução do perímetro cefálico e
ventriculomegalia, confirmada por ressonância magnética.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O ZIKV tem sido relacionado ao aumento de casos de microcefalia, lesões cerebrais e oculares. A mãe da
criança apresentou durante a gestação, sinais e sintomas sugestivos de uma possível infecção pelo ZIKV. Outras
causas foram descartadas pela sorologia materna. Criança nasceu com 38 semanas e 4 dias de gestação
e perímetro cefálico de 28,5cm. Na tomografia de crânio da criança, foi visto microcefalia com proeminente
redução volumétrica encefálica, com importante redução da substância branca, simplificação giral/lisencefálica
e focos de calcificação nos núcleos da base, periventriculares e subcorticais. O mapeamento de retina,
evidenciou grande lesão cicatricial macular em olho esquerdo e alterações pigmentares em olho direito, lesões
provavelmente associadas à infecção congênita. A criança apresenta atraso desenvolvimento neuropsicomotor,
baixo peso, além hipotonia muscular principalmente em língua, bochechas, necessitando de sonda nasoenteral.
Apesar de não haver confirmação do caso como relacionado a infecção pelo ZIKV, as lesões apresentadas pela
criança corroboram com o encontrado atualmente na literatura.
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Pôsteres
PÔSTERES
PO-24-01
DETECÇÃO GENOTÍPICA DE BLAKPC EM K. PNEUMONIAE RESISTENTES AOS
CARBAPENÊMICOS ISOLADAS NO LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DE GOIÁS
Autores: ANA BEATRIZ MORI LIMA; CASSIANE CASANOVA; ANA BEATRIZ A DA COSTA CARDOSO; CARLOS OLIVEIRA
PORTO; LARISSA MONTEIRO S DELIBERALLI; WÂNIA SOUZA RAMOS; ZÂNIA PAULA DE A. C. M. FARIA; ANA PAULA D.
CARVALHO-ASSEF; ROBMARY MATIAS DE ALMEIDA
Instituição: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS (LACEN-GO) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 01
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Klebsiella pneumoniae configura como relevante patógeno envolvido em Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde (IRAS). A emergência da resistência aos carbapenêmicos entre enterobactérias representa séria ameaça
à saúde pública. O fato agrava-se em decorrência da disseminação de genes codificadores de resistência
em ambientes nosocomiais por meio de transferência horizontal, resultando em falência clínica, restrição de
alternativas terapêuticas e aumento da mortalidade.
OBJETIVO
Determinar a prevalência de isolamento e realizar detecção genotípica de blaKPC em K. pneumoniae resistentes
aos carbapenêmicos isoladas de pacientes internados em unidades de saúde pública de Goiás.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico do tipo analítico, realizado no período de janeiro/2013 a dezembro/2015 em hospitais
públicos de Goiás. Participaram da pesquisa instituições de referência no atendimento de casos de média e alta
complexidade nas áreas de saúde materna e infantil, urgência e emergência e doenças infecciosas vinculadas
à Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. A identificação e o perfil de suscetibilidade foram realizados no
Laboratório de Saúde Pública de Goiás (LACEN-GO) por meio do sistema VITEK 2® (bioMérieux) associado aos
testes bioquímicos manuais e disco-difusão (Kirby-Bauer). A triagem fenotípica para detectar possível produção
de KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) foi executada por meio do teste de Hodge modificado. A
genotipagem para confirmar presença de blaKPC em K. pneumoniae foi realizada por reação em cadeia da
polimerase em tempo real pelo LAPIH/FIOCRUZ.
RESULTADOS
RESULTADOS: Foram recuperados 365 isolados bacterianos resistentes aos carbapenêmicos de diversas amostras
clínicas. Destes, 79 (21,6%) foram identificados como K. pneumoniae, sendo que 62 (78,5%) albergavam
genes codificadores de KPC. Em 17 (21,5%) bactérias não foram detectados genes codificadores de produção
enzimática, sugerindo presença de outros mecanismos de resistência. Os patógenos foram recuperados de:
fragmento ósseo, ferida, ponta de cateter, sangue, secreção traqueal e urina.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O isolamento de Klebsiella albergando genes codificadores de KPC reforçam a importância da transmissão
horizontal entre os patógenos nosocomiais. O conhecimen­to sobre o perfil de suscetibilidade e a vigilância
genotípica são essenciais para reduzir a escalada da resistência envolvendo K. pneumoniae e os episódios de
IRAS na ambiência das instituições de saúde pública de Goiás.
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PÔSTERES
PO-24-02
AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DO COMPOSTO CURCUMINA E DO DERIVADO
N-ACILHIDRAZONA EM ESPÉCIES DE CANDIDA
Autores: FERNANDA ALMEIDA ANDRADE; CAROLINA R. COSTA CARVALHO; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA; LISANDRA
ALVES SOUZA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 02
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
As infecções causadas por leveduras do gênero Candida são denominadas candidíase ou candidose e são
consideradas doenças oportunísticas com características superficiais ou invasivas. Espécies de Candida podem
desenvolver mecanismos de defesa aos principais antifúngicos disponíveis para uso clínico contra infecções,
dificultando e limitando o tratamento. Produtos naturais são utilizados pela população com finalidade terapêutica,
pois possuem muitos constituintes e metabólitos secundários que apresentam bioatividade contra doenças
infecciosas. Os compostos fenólicos, como a Curcuma longa Linn ou açafrão é utilizado em grande escala
pela população principalmente como condimento alimentar e como medicamento natural. As hidrazonas são
compostos sintéticos associadas com atividade antimicrobiana, antioxidante, antiparasitária, anticonvulsiva,
analgésica, anti-inflamatória e anti-tumorais.
OBJETIVO
Os objetivos deste trabalho foram determinar a suscetibilidade in vitro (CIM) e a concentração fungicida mínima
(CFM) de espécies de Candida sob ação dos compostos Curcumina e N-acilhidrazona.
METODOLOGIA
Foram utilizadas 20 isolados de Candida spp. procedentes da micoteca do Laboratório de Micologia da
UFG, sendo 08 C. albicans, 09 C. parapsilosis, 01 C. tropicalis e 01 ATCC 28367 de C.albicans. O teste de
suscetibilidade dos isolados frente aos compostos Curcumina e N-acilhidrazona foi determinado de acordo com
o teste de microdiluição em caldo padronizado pelo documento M27-A3 e M27S4 definidos pelo CLSI em placas
de microtitulação contendo 96 poços (CLSI 2008, 2012). A determinação da CFM foi obtida a partir do teste
de microdiluição em caldo, de onde foram retirados 10 μL do meio contidos nos orifícios, nas concentrações
correspondentes à CIM, 2x e 4x CIM e inoculado em placa de Petri contendo Ágar Sabouraud Dextrose (ASD). A
determinação dos resultados foi realizada após 24h de incubação para as duas metodologias.
RESULTADOS
O composto curcumina apresentou valores de CIM entre 16 e 512 µg/ml. Para o derivado N-acilhidrazona os
valores de CIM variaram de 32 a 512 µg/ml. A CFM da curcumina teve uma variação entre 64 µg/ml a 512 µg/
ml e a CFM da N-acilhidrazona variou entre 256 a valores maiores que 512 µg/ml.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os compostos curcumina e N-acilhidrazona apresentaram atividade antifúngica contra leveduras do gênero
Candida, demonstrando que essa atividade está em acordo com a literatura. O polifenól curcumina mostrou
maior potencial antifúngico, confirmando suas propriedades antimicrobianas.
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PO-24-03
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS DE ALTO CUSTO: OTIMIZAÇAO DE CUSTOS
HOSPITALARES
Autores: BRUNO GEDEON DE ARAUJO; VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES; ADRIANA CRISTINA PAES; ALAÍDE FRANCISCA
DE CASTRO; ELIZABETH QUEIROZ; HERVALDO SAMPAIO CARVALHO; KÁRITA ALMEIDA DA FONSECA
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 03
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O uso racional de medicamentos (URM) ocorre quando o paciente recebe o tratamento farmacológico adequado
às suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por tempo adequado e
com menor custo para a comunidade e para si próprio. O URM relacionado aos antimicrobianos (ATM), além de
considerar os aspectos citados, objetiva maximizar a cura clínica, a prevenção de infecções, a diminuição de
reações adversas a estes medicamentos e a redução de resistência bacteriana.
OBJETIVO
Descrever a estratégica do Hospital Universitário de Brasília (HUB) na promoção do URM, com foco na redução
dos custos de tratamento envolvendo ATM de alto custo.
METODOLOGIA
Foram implantadas as seguintes ações: a) Identificação de ATM de alto custo e com maior impacto financeiro
para o HUB; b) Classificação dos ATM em quatro grupos, conforme indicação terapêutica, espectro de ação,
marcadores de gravidade, e custo do tratamento; c) Implantação de formulário de Solicitação de ATM para dois
grupos de ATM; d) Implantação da Norma de Prescrição e dispensação de ATM; e) Implantação de necessidade
de autorização prévia da Infectologia para iniciar tratamento de ATM de alto custo.
RESULTADOS
Os quatro grupos foram classificados em: ATM-não-controlado; ATM-profilático; ATM-controlado e ATM-restrito.
Os medicamentos de alto custo foram classificados como ATM-restritos, são eles: Anfotericina B lipossomal,
Daptomicina, Ertapenem, Linezolida, Micafungina e Voriconazol. Após implantação do Protocolo, foi possível
reduzir o uso dos referidos medicamentos, com redução de custo anual de aproximadamente R$700.000,00
(setecentos mil reais), em comparação ao consumo anterior à implantação destas ações.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O HUB é um hospital público e atende aos usuários do Sistema Único de Saúde, com financiamento estritamente
público. A redução dos custos hospitalares é uma meta institucional de forma a viabilizar o atendimento integral
dos seus usuários. A vinculação da dispensa dos ATM-restritos à autorização da Infectologia favoreceu também
a otimização do resultado terapêutico. O trabalho em conjunto dos Setores de Vigilância em Saúde por meio da
Infectologia e do setor de Apoio Terapêutico por meio da Unidade de Farmácia Clínica, com o apoio da Gerência
de Atenção em Saúde e Superintendência, viabilizou a implantação das medidas para racionalização dos custos
de tratamento com ATM de alto custo, otimizando os recursos disponíveis para o HUB.
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PO-24-04
ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE HEPATITES VIRAIS E APLICAÇÃO DE TESTE
RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO DE HEPATITE C COMO FOCO DE UMA AÇÃO EDUCATIVA
- UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: PEDRO COSTA MOREIRA; CIBELLE DA SILVA XAVIER; JHÉSSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES SILVA;
JAKSON DA SILVA PACHECO; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; ANNAH RACHEL
GRACIANO; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 04
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As hepatites virais têm como característica principal a instalação de um processo inflamatório no fígado que
pode ser agudo ou crônico, causado por vírus hepatotrópicos. Existem, atualmente, cinco principais tipos virais
responsáveis pelo processo patológico: A, B, C, Delta e E. Trata-se de um assunto de extrema relevância não
somente na saúde pública de nosso país, mas também do mundo. Uma estimativa da Organização Mundial da
Saúde feita no ano de 2005, afirma que existem cerca de 325 milhões de portadores crônicos da hepatite B e
170 milhões da hepatite C no mundo, com cerca de 2 e 3 milhões, respectivamente, no Brasil. Afirma-se uma
proporção de aproximadamente 1 em cada 12 pessoas são portadoras de Hepatite B ou C, o que é um dado
alarmante, visto que supera até mesmo as estatísticas do HIV.
OBJETIVO
Orientar adultos jovens e idosos sobre como prevenir a infecção pelos principais vírus causadores de hepatite,
democratizando assim as informações a respeito destas doenças perante a população em geral, estimulando-os
a terem uma rotina de promoção à saúde e estimulando as ações preventivas.
METODOLOGIA
A atividade ocorreu durante o XIII Encontro das Ligas Acadêmicas (ELA) da Faculdade de Medicina da UFG, no
período das 8 horas às 18 horas, no Shopping Estação Goiânia, no dia 24 de agosto de 2014. Para concretização
da mesma utilizou-se de um stand, um quadro de fixação de recados, balões, enfeites diversos, material impresso
e aplicação de testes rápidos para diagnóstico de hepatite C em qualquer pessoa que aceitava participar por livre
espontânea vontade, maior de 18 anos, qualquer sexo e que aceitava responder os questionários.
RESULTADOS
Notou-se a deficiência de conhecimento a respeito das hepatites virais por parte da população em geral, porém
ficou nítido o grande aprendizado adquirido pelos participantes, que tiveram suas dúvidas sanadas. Além
disso, foram feitos 66 testes rápidos os quais todos tiveram resultado negativo, contrariando os indicadores
epidemiológicos de prevalência das hepatites virais na população.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A ação teve o intuito de promover a saúde, compartilhando informações a respeito das hepatites virais,
concluindo-se que é de grande importância a prevenção e o diagnóstico das pessoas portadoras de hepatites,
visto que a doença pode se apresentar assintomática e ter uma evolução silenciosa.
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PO-24-05
ANÁLISE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CASOS DE HEPATITE C CONFIRMADOS
NA MACRORREGIÃO DO SUDOESTE GOIANO
Autores: PEDRO PAULO DIAS SÁ; WANDERSON SANT ANA ALMEIDA; HÉLIO RANES MENEZES FILHO; RENATA BEATRIZ
SILVA; EDLAINE FARIA MOURA VILLELA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - REGIONAL JATAÍ - Cidade/UF: JATAÍ/GO
Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 05
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A infecção pelo vírus da Hepatite C é considerada um problema de saúde pública e está relacionada ao
desenvolvimento de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Sabe-se que a prevalência desta infecção no
Brasil é variável de acordo com as regiões geográficas.
OBJETIVO
Avaliar o perfil epidemiológico da Hepatite C em pacientes notificados na região Sudoeste do estado de Goiás
entre 2010 e 2015.
METODOLOGIA
Foram analisados dados tabulados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, selecionando-se os
casos de Hepatite C diagnosticados no Sudoeste Goiano, no período de 2010 a 2015.
RESULTADOS
Foram confirmados 65 casos de Hepatite C, com maior número de casos em 2013 e 2014 (n=17). Os Municípios
com maior número de casos foram Rio Verde e Jataí, com 28 e 24 casos, respectivamente. Corroborando com
a literatura, houve maior incidência no gênero masculino com 69,23% dos casos. Entre as mulheres, 4 foram
diagnosticadas durante a gestação gestantes. Quanto a idade, 55,39% dos casos apresentavam entre 40 e 59
anos e o grau de escolaridade, quando relatado, correspondia a no mínimo Ensino Fundamental completo em
41,54% dos casos, estes resultados divergem da literatura em estudos regionais, que aponta maior número de
casos entre jovens com idade inferior a 30 anos e baixo nível de escolaridade. A forma de infecção foi ignorada
ou não relatada em 83,08% (n=54) dos casos, entretanto sabe-se que a via de transmissão mais comum é
a parenteral. Quanto a forma clínica, 75,39% (n=49) eram portadores ou apresentavam Hepatite Crônica, o
que pode ser explicado pelo desenvolvimento silencioso da infecção. No diagnóstico laboratorial, apresentaram
resultados reagentes para anti HCV 92,31% (n=60) dos casos. Cinco casos os dados não foram preenchidos
corretamente e, oito casos foram confirmados como coinfecção pelos vírus HBV e HCV.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A maior prevalência de indivíduos com mais de 40 anos e do diagnóstico da doença na forma crônica demonstra
a necessidade de elaboração de políticas de saúde voltadas para a prevenção da transmissão do vírus HCV na
região do Sudoeste Goiano, bem como para o diagnóstico precoce da doença, que tem caráter siencioso.
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PÔSTERES
PO-24-06
RELATO DE CASO: APRESENTAÇÃO CUTÂNEA DE LINFOMA PLASMABLÁSTICO EM
PACIENTE COM VÍRUS DA IMUDEFICIENCIA HUMANA
Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; WALERIANO FERREIRA FREITAS; LUIZA MORAIS
MATOS; JORGE LUIZ ANTONIO ABRAHÃO
Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 06
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O Linfoma não-Hodgkin é uma das complicações oncológicas mais freqüentes em portadores da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (Aids). O linfoma plasmablástico constitui uma variação do Linfoma difuso de células
B.
OBJETIVO
Relatar um caso de linfoma plasmablástico de apresentação cutânea em paciente com HIV .
METODOLOGIA
Relato de caso.
RESULTADOS
JSGS, 51 anos, com história de lesões nodulares cutâneas progressivas em região de axila direita, há 8 meses.
Referia febre intermitente e perda ponderal. Evoluiu com aumento importante da lesão, com necrose local e
drenagem de secreção sero-sanguinolenta. A TC de tórax mostrou lesão ulcerada com densidade de partes
moles em fossa axilar direita, de limites imprecisos, contornos irregulares, medindo 6,68cm X 6,29cm X
10cm. Solicitado anti-HIV que foi positivo. Realizou biópsia incisional que mostrou Linfoma Plasmablástico,
com expressão monoclonal de cadeia leve de imunoglobulina kappa. CD4 250 cél/mcL e carga viral de 2822
cópias/mL log 3,45. Iniciada TARV com TDF+3TC+LPV/r e esquema quimioterápico EPOCH, finalizando 6
ciclos. Paciente apresentou regressão das lesões neoplásicas e recuperação do peso, além de bom estado geral.
Seguiu acompanhado pela Infectologia e Hematologia em regime ambulatorial, porém houve recidiva tumoral
com metástase óssea e óbito.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O linfoma plasmablástico é de acordo com a classificação WHO-EORTC um linfoma difuso de grandes células
B. Desde sua descrição inicial há pouca publicação sobre ele, a maioria dos casos sendo de localização oral em
pacientes HIV positivos. Os casos extraorais são raros e incluem a mucosa nasal, nódulos linfáticos, estômago,
pulmão e pele.
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PÔSTERES
PO-24-07
PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO BRASIL
Autores: ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA;
LUCAS MIKE NAVES SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO
MENDES DE MEDEIROS; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 07
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Um aspecto central da política de saúde do Governo Brasileiro, desde a metade da década de 1980, é o combate
à AIDS (acquired imune deficiency syndrome) e a outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). No ano
de 2005 o governo brasileiro desenvolveu metas específicas visando à prevenção e o controle das DST e do HIV
(vírus da imunodeficiência humana), no âmbito de cada esfera de governo e nos seus respectivos territórios, de
forma integrada e compartilhada entre os diversos atores que participam na luta contra a epidemia do HIV/aids
e de outras DST. Mediante tais discussões e para verificar o padrão de resolubilidade das medidas preventivas
no combate à AIDS e infecção pelo HIV, objetivou-se com esse estudo estimar a prevalência de AIDS no Brasil
entre os anos 2000 e 2014, fazendo distinção entre o sexo feminino e masculino e identificar o coeficiente de
mortalidade específica dessa afecção durante os anos 2000 e 2013.
OBJETIVO
verificar a prevalência de AIDS no Brasil entre os anos de 2000 e 2014 e a taxa de mortalidade entre 2000 e
2013, correlacionando as taxas por sexo feminino e masculino e idade.
METODOLOGIA
Estudo ecológico analítico com delineamento de tendência temporal. As fontes de dados utilizadas foram o SIH,
SIM e IBGE. As variáveis quantificadas referem-se ao sexo e idade da população geral. Os grupos selecionados
tinham faixa etária entre 0 e 100 anos de idade.
RESULTADOS
O estudo realizado demonstrou que entre os anos de 2000 e 2014 houve uma redução importante na prevalência
de AIDS no Brasil. Quanto aos achados por sexo, a maior taxa de prevalência geral correspondeu ao ano de
2001 com taxa de 0.027% (IC 95%: 0.027% - 0.028%), enquanto a menor taxa foi relativa ao ano de 2014 com
taxa correspondente a 0.010% (IC 95%: 0.010% - 0.010%). Quanto ao número de casos referentes às faixas
etárias, houve uma redução importante no número de casos absolutos entre os anos de 2005 e 2006 e posterior
aumento entre 2006 e 2007.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Concluiu-se que o comportamento epidemiológico de AIDS no Brasil no decorrer dos últimos 15 anos foi
favorável, havendo decréscimo importante de 2000 para 2014 embora os coeficientes de mortalidade não
tenham se alterado no decorrer do período analisado.
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PÔSTERES
PO-24-08
DOENÇA DE KAWASAKI-SÍMILE EM ADULTO HIV POSITIVO. UMA RARA
ASSOCIAÇÃO
Autores: YARA PAULA D. LACERDA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 08
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica aguda que atinge vasos de médio calibre que ocorre
principalmente em crianças até os cinco anos, e raramente em adultos. O comprometimento cardíaco é o mais
importante. O diagnóstico é eminentemente clínico.
OBJETIVOS
Relatar a associação de DK-símile em homem HIV positivo.
METODOLOGIA
Homem de 25 anos de idade, portador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em tratamento
antirretroviral há 2 anos, apresentou-se com febre aferida de 39° C por 11 dias, hiperemia conjuntival, descamação
de lábios e hiperemia de língua, evoluindo após 5 dias com exantema maculopapular e eritema em mãos e pés,
com posterior descamação laminar e poliartralgia. Paciente não fez uso de drogas além dos antirretrovirais.
Ao exame apresentava-se febril (38,5°C), com hiperemia intensa das conjuntivas, sem exsudação, hiperemia
de língua, descamação dos lábios, descamação laminar de mãos e pés, e sem linfonodomegalias. Os exames
mostraram PCR 133,3 mg/dL; VHS 84 mm/h, piúria estéril, hemograma normal, hemoculturas e cultura de
orofaringe negativas. Enzimas hepáticas, análise do líquor, provas reumatológicas e ASLO normais. Radiografia
de tórax e eletrocardiograma sem alterações. Iniciada terapia de suporte clínico, bem como realizada uma dose
de 1.200.000 U de penicilina benzatina intramuscular, devido a possibilidade inicial de infecção estreptocóccica.
Foi solicitado ecocardiograma que revelou ectasia do tronco da artéria coronária esquerda (0,43 cm de diâmetro).
Iniciado ácido acetilsalicílico 2g/dia e imunoglobulina endovenosa (2g/kg em dose única). Houve defervescência
da febre após 2 dias do inicio da terapia com melhora progressiva das provas inflamatórias e do quadro clínico.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A DK em adultos é rara e não existem critérios diagnósticos validados para adultos, sendo comum nesta situação
a denominação DK-símile. O diagnóstico baseia-se em febre por mais de 5 dias e mais 4 dos 5 critérios:
conjuntivite não exsudativa, alterações orais, eritema e edema de mãos e pés com descamação, exantema
polimórfico e linfonodomegalia cervical. No caso em questão o paciente preenchia 4 dos 5 critérios e apresentava
alteração ecocardiográfica sugestiva. O diagnóstico e a intervenção precoces são cruciais na prevenção da
morbimortalidade cardiovascular. Há necessidade de formular e/ou validar critérios diagnósticos para DK em
adultos, bem como aventar a possibilidade da associação com a SIDA.
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PO-24-09
VACINAÇÃO CONTRA O PNEUMOCOCO EM CRIANÇAS DE GOIÂNIA: ANÁLISE DOS
FATORES ASSOCIADOS AO ATRASO VACINAL
Autores: ANA LUCIA SARTORI; ELIANE TEREZINHA AFONSO; RUTH MINAMISAVA; GABRIELA MOREIRA POLICENA; GRÉCIA
CAROLINA PESSONI; ANA LUIZA BIERRENBACH; ANA LÚCIA ANDRADE
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: SINOP/MT
Ag.Financiadora: FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE GOIÁS
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 09
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (PCV10) foi introduzida no calendário de imunização de Goiânia
em junho de 2010 no esquema vacinal 3+1 (2,4,6 e 12 meses de idade). Desde 2011, coberturas vacinais
superiores a 90% têm sido registradas em Goiânia. Todavia, a cobertura vacinal não permite identificar atrasos
no recebimento da vacina, que tendem a expor a criança ao risco de desenvolver doença pneumocócica.
OBJETIVO
Analisar fatores associados ao atraso da vacinação em relação à primeira dose e ao esquema vacinal
completo/3+1.
METODOLOGIA
Estudo de coorte retrospectiva, de base populacional, com crianças nascidas em Goiânia no ano de 2012 e
cadastradas no sistema de registros de vacinação da rede pública de Goiânia (SICAA). Crianças que receberam
a primeira dose da PCV10 foram seguidas até os dois anos de idade. Para a definição da coorte de estudo e
escolha de variáveis associadas ao atraso da vacinação realizou-se um linkage determinístico entre os registros
incluídos no SICAA e os registros incluídos no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. O atraso da
vacinação foi definido como ter recebido a primeira dose da PCV10 ou ter concluído o esquema/3+1 28 dias
após a idade recomendada (2 e 12 meses de idade, respectivamente) pelo Programa Nacional de Imunização. A
proporção de atraso foi calculada para a primeira dose e para o esquema/3+1 (número de crianças vacinadas
com atraso/número de crianças incluídas na coorte x100). Fatores associados ao atraso foram examinados
usando regressão linear generalizada.
RESULTADOS
A coorte de estudo foi composta por 14,282 crianças. Para a primeira dose o atraso da vacinação foi de 9,4%.
Um total de 9.547 (66,9%) crianças concluíram o esquema/3+1, e dessas, 39,2% concluíram-no com atraso.
Fatores independentemente associados ao atraso da primeira dose da PCV10 foram baixo peso ao nascer, baixo
nível de escolaridade materna e <7 consultas no pré-natal (PN). Mães jovens, <7 consultas no PN e atraso da
primeira dose estiveram independentemente associados à conclusão do esquema/3+1 com atraso ou à não
conclusão.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O atraso no recebimento da primeira dose está associado ao atraso ou à não conclusão do esquema/3+1 em
idade oportuna. Ações para aumentar o número de consultas de PN podem ser estratégicas para reduzir o atraso
vacinal e para a conclusão do esquema/3+1.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-10
O RETRATO DA IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B NO CENTRO-OESTE NAS DUAS
ÚLTIMAS DÉCADAS
Autores: FÁBIO FERREIRA MARQUES; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; CIBELLE DA SILVA XAVIER; CLARA BRAGA DOS
SANTOS AZEVEDO
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 10
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) acomete milhões de pessoas em todo mundo. Por isso, desde 1998, o
Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, recomenda a vacinação universal das pessoas
contra hepatite B a partir do nascimento, o que resulta em elevada eficácia na prevenção da infecção vertical.
Vale ressaltar que a partir de 2001, a faixa etária foi ampliada até 19 anos de idade.
OBJETIVO
Analisar a prevalência da imunização contra hepatite B no Centro-Oeste, na última década.
METODOLOGIA
Refere-se a um estudo quantitativo transversal realizado no Centro-Oeste de 1995 a 2015 com uma amostra
composta indivíduos de todas as faixas etárias. Os dados foram obtidos do sistema DATASUS, de ordem
secundária, na categoria de base de dados do Programa Nacional de Imunizações.
RESULTADOS
No período analisado houve 25557182 imunizações contra VHB, com desvio padrão de 553248,7 ao ano,
sendo que 2001 possui a maior quantidade, 9% do total. É importante ressaltar que menores de 1 ano tiveram
a maiores aplicações até o ano de 2012, sendo que após isso a faixa etária de 20 a 59 anos predominaram na
vacinação. Em relação aos estados, é possível constatar que Goiás teve o maior número de imunizados, 36,76%,
seguido de Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, 24,2%, 20,83% e 18,2% respectivamente. Além
disso, menores de 1 ano tiveram o maior número de vacinações, com 39,96%, e pessoas acima de 60 anos a
menor quantidade com 1,27%. Percebe-se também que o Distrito Federal teve maior imunização em 1996, sendo
que de 1998 a 2000 prevaleceu o Mato Grosso, e a partir disso Goiás teve um pico muito grande em 2001,
com 56,68% do total no ano e 5,11% do total durante o todo período analisado. Além disso, depois de 2005
a quantidade de imunizações permaneceu pouco variável. Vale ressaltar que por causa desse grande número
existem muitos poucos casos de hepatite B, em torno de 70 casos por ano a partir de 2007.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Diversos estudos mostram que as vacinas contra hepatite B têm boa imunogenicidade e são eficazes. Todavia, a
ocorrência de reação anafilática até duas horas após a aplicação de dose anterior contraindica o prosseguimento
do esquema vacinal. Apesar da indicação para vacinar neonatos, a quantidade ainda é muito baixa. Logo, é
preciso um melhor conhecimento sobre a frequência do VHB e a implementação de estratégias diferentes da
imunização para uma menor disseminação de novos casos.
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PÔSTERES
PO-24-11
O ATUAL E PREOCUPANTE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO BRASIL
Autores: LUCAS MIKE NAVES SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRAÚLIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS
MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA;
JHESSICA LIMA GARCIA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 11
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A coqueluche, também conhecida por tosse comprida ou tosse espasmódica, é uma doença infecciosa aguda
do trato respiratório inferior e constitui importante causa de morbimortalidade infantil. É causada pela bactéria
Bordetella pertussis, sendo o homem o seu único reservatório natural. É ser altamente contagiosa, sendo
lactentes e crianças menores os mais acometidos. A transmissão ocorre pelo contato direto com indivíduos
sintomáticos, por meio de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou mesmo durante a fala. Após a
introdução da vacina DTP, que protege contra coqueluche e também contra tétano e difteria, ocorreu significativa
redução da ocorrência de coqueluche em todo o mundo. Contudo, nos últimos anos, notou-se o ressurgimento
dessa doença, fazendo com que ela se torne novamente um problema de saúde pública.
OBJETIVO
Analisar a prevalência de coqueluche no Brasil no período de 2000 a 2014 e a taxa de mortalidade entre 2000 e
2013, fazendo correlação com a distribuição por sexo e por faixa etária.
METODOLOGIA
Estudo ecológico descritivo com delineamento de tendência temporal. Para a obtenção de dados, foram utilizadas
as fontes SIH, SIM, SINAN e IBGE. As variáveis analisadas referem-se ao sexo e à idade
RESULTADOS
Houve grande aumento na prevalência da coqueluche no Brasil. Em 2000, a prevalência por 100.000 habitantes
foi de 0.5 (IC 95%: 0.48 – 0.54), saltando, em 2014, para 2.43 (IC 95%: 2.36 – 2.50). As crianças menores de
um ano são as mais acometidas pela doença. Em ambos os sexos, a taxa de prevalência da doença foi maior
no ano de 2014, quando o sexo masculino alcançou taxa de 2.3 (IC 95%: 2.21 – 2.4) e, o feminino, de 2.55
para cada 100.000 habitantes (IC 95%: 2.46 – 2.65). A taxa de mortalidade por coqueluche cresceu no período
estudado. Em 2000, essa taxa era de 0.53 para cada 100.000 habitantes (IC 95%: 0.23 – 1.24), atingindo o
mínimo em 2006, com valor de apenas 0.1 (IC 95%: 0.2 – 0.55). A mortalidade pela doença alcançou seu pico
no ano seguinte, em 2007, com taxa de 13.46 (IC 95%: 11.41 – 15.87).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O panorama da coqueluche no Brasil vem se mostrando desfavorável no decorrer dos anos, dada a elevação
da prevalência da doença, sobretudo nas crianças menores de um ano, que representam a população mais
vulnerável à letalidade da doença.
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PÔSTERES
PO-24-12
IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE PERFUROCORTANTES COM DISPOSITIVOS DE
SEGURANÇA NA OCORRÊNCIA DE ACIDENTE PROFISSIONAL COM MATERIAL
BIOLÓGICO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA DE GOIÁS
Autores: ANDREA INÊS SPADETO AIRES; ANA CARLA DIAS LEITE; CÁSSIA SILVA MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA BARBOSA
MIRANDA; KÁSSIA CECILIA PIRETTI; LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; MARIA LOURDES ALVES; PATRICIA FATIMA MONTEIRO
SOUZA; THAIS YOSHIDA
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 12
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
A exposição ocupacional a material biológico potencialmente contaminado é um problema grave, porém
prevenível. Os acidentes com perfurocortantes estão associados à transmissão de patógenos como os vírus
da hepatite B e C e vírus da AIDS, sendo a equipe de enfermagem a mais susceptível. Agulhas com lúmen são
responsáveis por 56% de todos os acidentes com perfurocortantes. Estratégias que visem à eliminação do uso
de agulhas reduzem acidentes relacionados a circuitos intravenosos. A Norma Regulamentadora-NR 32 de 2005
e Portaria 1748 de 20/08/2011 estabeleceram diretrizes para adoção de medidas de segurança, com atenção
aos riscos biológicos e prevenção de riscos de acidentes com material perfurocortante. Enquanto estratégia
foi instituída em 2011 a Comissão de Acidente com Material Biológico na instituição e elaborado um Plano de
Prevenção interno. Em 2012 foi padronizado o uso de perfurocortantes com dispositivos de segurança.
OBJETIVO
Verificar o impacto da utilização de perfurocortantes com dispositivo de segurança na ocorrência de acidente
com material biológico.
METODOLOGIA
Estudo de coorte retrospectivo que analisou a ocorrência de acidentes com material biológico antes (2009 a
2011) e após (2013 a 2015) a implantação de perfurocortantes com dispositivo de segurança, em hospital
referência em infectologia de Goiás. Foram realizadas análises estatísticas simples em EXCEL.
RESULTADOS
Foram registrados 188 acidentes no período analisado, 84% em profissionais do sexo feminino, 34% com idade
30 e 39 anos, 70,7% são da enfermagem, 46,8% técnicos em enfermagem. No período pré-implantação 64,6%
dos acidentes foram com perfurocortantes e 35,4% em mucosa/pele não íntegra. No período de implantação
houve aumento para 75% nos acidentes por perfurocortantes, sendo observada redução para 48% nesse tipo
de acidente no período pós-implantação. O tipo de material biológico envolvido foi sangue, 65,4% e 50,5% no
período pré-implantação e pós-implantação respectivamente. O uso de antirretroviral de 50,6% diminuiu para
39% nos acidentes após a implantação e não houve soro-conversão.
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DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O número de acidentes com material biológico se manteve nos períodos analisados. O aumento dos acidentes
durante a implantação pode ter influência da inabilidade no manuseio de novas tecnologias e é citado por
referências nacionais. Houve diminuição dos acidentes por perfurocortantes após a implantação de dispositivos
de segurança e menor gravidade dos casos, comprovando maior segurança para o trabalhador.
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PÔSTERES
PO-24-13
PERFIL DE PRECAUÇÕES ESPECIAIS EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS
INFECTOCONTAGIOSAS
Autores: ANDREA INÊS SPADETO AIRES; ANA CARLA DIAS LEITE; CASSIA SILVA MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA BARBOSA
MIRANDA; KASSIA CECILIA PIRETTI; LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; MARIA DE LOURDE ALVES; PATRICIA FATIMA
MONTEIRO SOUZA; THAIS YOSHIDA
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 13
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O Hospital de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad (HDT/ HAA) é referência para tratamento de doenças
infectocontagiosas. O perfil de pacientes em sua maioria são imunodeprimidos o que os tornam mais susceptíveis
a agravos relacionados a transmissão de micro-organismos. Diante da importância do controle da disseminação
destes micro-organismos, as medidas de precaução são uma das ações mais efetivas no controle da transmissão
cruzada de infecções.
OBJETIVO
O presente trabalho objetiva conhecer a prevalência das precauções especiais e sua relação direta com o bloqueio
de leitos.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo observacional, com análise quantitativa dos dados, coletados no ano de 2015 por meio
de busca ativa diária das precauções, lançados em planilha própria e analisados pelo programa EXCEL.
RESULTADOS
No ano de 2015 considerando o número de pacientes dia (21.976), 36,5% dos pacientes permaneceram em
precaução especial, sendo 23,8% em precaução por aerossóis, 17,2% em precaução por contato e 1,6% em
precaução por gotículas. Destes pacientes, 12,2% permaneceram em mais de uma precaução, resultando em
um total de 31,2% dos dias de bloqueio de leitos.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os resultados revelaram indicadores importantes das características das precauções. A maioria das precauções
foi por aerossóis devido ao perfil de pacientes susceptíveis a infecções respiratórias, entre elas a tuberculose. A
precaução de contato também foi relevante tanto por isolamento de micro-organismos multirresistentes como por
vigilância de pacientes provenientes de outras unidades de saúde. Considerando a interferência das precauções
no bloqueio de leitos, faz-se necessário um sistemático gerenciamento e auditoria das precauções, garantindo a
correta indicação e a permanência do paciente por tempo adequado.
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PÔSTERES
PO-24-14
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO DE ETIOLOGIA FÚNGICA APÓS MASTECTOMIA
COM PRÓTESE
Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; CYNTHIA BEISERT CARNEIRO; ISABELA PEREIRA
RODRIGUES; VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 14
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Infecções de sítio cirúrgico (ISC) são pouco frequentes e muito indesejadas após cirurgias limpas. O
Staphylococcus sp é o principal agente etiológico, sendo rara a etiologia fúngica.
OBJETIVO
Relatar um caso de infecção de sítio cirúrgico de etiologia fúngica.
METODOLOGIA
Paciente de 53 anos, submetida a mastectomia radical modificada, esvaziamento axilar esquerdo e mastectomia
simples a direita, com colocação de próteses mamárias para tratamento de carcinoma ductal invasivo em
mama esquerda. Previamente submetida a quimioterapia citorredutora. Evoluiu com ISC profunda após cerca
de 30 dias, sem resposta ao tratamento clínico com antibióticos, sendo necessária a retirada das próteses. A
cultura do intra-operatório veio inicialmente positiva para Staphylococcus aureus sensível a meticilina, tendo
tratado com sulfametoxazol-trimetoprim (alérgica a beta-lactâmicos). Após 20 dias evoluiu com dor em região
intermamária, sinais flogísticos e calafrios, sendo reinternada. Nesta ocasião foi observado na cultura de
fungos da amostra coletada anteriormente o crescimento de Penicillium spp, Candida spp e Aspergillus spp.
Tomografia e ressonância nuclear magnética de parede torácica evidenciaram borramento de tecido celular
subcutâneo, sugerindo edema de parede torácica anterior. Biópsia incisional revelou leve infiltrado inflamatório
crônico superficial e profundo, de localização perivascular e perianexial, e pesquisa direta para fungos com
presença de esporos hialinos e leveduras. Devido a piora clínica, com drenagem espontânea abundante de
secreção purulenta pela ferida operatória, foi optado pelo tratamento com Anfotericina B desoxicolato 0,5mg/kg
por 4 semanas. Evoluiu com boa cicatrização da ferida de biópsia excisional, resolução do eritema e diminuição
importante do edema em região intermamária, mas sempre com dor local. Após 2 semanas da alta apresentou
quadro de herpes zoster. A paciente retomou o tratamento para a neoplasia, mas houve recaída da doença de
base, encontrando-se atualmente em quimioterapia paliativa.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
ISC de etiologia fúngica é rara e geralmente associada a contaminação do ar no ambiente cirúrgico. O herpes
zoster apresentado posteriormente ao quadro reflete a imunossupressão da paciente e o atraso no tratamento da
doença de base devido à ISC pode ter reduzido suas chances de cura da neoplasia.
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PÔSTERES
PO-24-15
LISTERIOSE NA GESTAÇÃO: UMA REVISÃO
Autores: MARINA SOUZA ROCHA; MELISSA DE ANDRADE BAQUEIRO; SUZY MOURA TRINDADE VIANA; MARINA MACHADO
MAGALHÃES CARDOSO; DANIELA VINHAES DOS REIS; CAMILA PEREIRA ROSA; ANA MARIA FARIA ESTEVES; NATHÁLIA
GOMES MIALICHI; VICTÓRIA GONTIJO NEVES; FÁBIO SANTANA DOS PASSOS
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - CIDADE/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 15
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Listeriose é uma toxinfecção alimentar. Durante a gestação, costuma ser assintomática sendo evidenciada
através de exames laboratoriais e a suspeita levantada por manifestações inespecíficas. Suas consequências
vão desde quadro leve na gestação até o óbito.
OBJETIVO
A presente revisão literária busca demonstrar o impacto da Listeriose durante a gestação, demonstrando a
importância do seu diagnóstico para o tratamento precoce que é capaz de evitar sequelas e óbitos no conjunto
feto-mãe.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi uma revisão literária nas bases de dados Scielo e PubMed, com as palavras-chave
Listeriose, gestação, listeriosis, onde foram selecionados artigos que possibilitaram a descrição da doença com
enfoque nas suas manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento.
RESULTADOS
A infecção é causada pelo Listeria monocytogenesse, um bacilo gram positivo aeróbio encontrado principalmente
em alimentos processados, sendo sua transmissão principal por ingestão dos mesmos. Costuma se manifestar
em estados imunocomprometidos ou com doença de base grave como neoplasias hematológicas, insuficiência
renal, diabetes mellitus, drogas imunossupressoras, gestantes, recém-nascidos e idosos. A bactéria atinge a
corrente sanguínea e pode disseminar por todo o organismo, predispondo-se à placenta e ao sistema nervoso
central. Sendo assim, pode ser transmitida ao feto pela via transplacentária, mas também pelo canal vaginal. Na
gestante, os sintomas assemelham-se aos da gripe, podendo apresentar sintomas gastrointestinais inespecíficos
ou sintomas urinários. A mortalidade perinatal chega a 45% dos casos, sendo a infecção até o primeiro trimestre
de gestação quase sempre fatal para o feto. O diagnóstico é feito com o encontro de bactéria em cultura de
amostra de sítios estéreis. Seu tratamento é antibioticoterapia com Ampicilina ou Penicilina com duração de duas
a seis semanas.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Apesar de ser uma doença perigosa e um patógeno potencialmente perigoso, não existem no Brasil programas
de saúde pública voltados para essa doença em particular, sendo necessária uma maior atenção e abordagem
em políticas de prevenção para diagnóstico e tratamentos precoces, diminuindo a mortalidade da doença.
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PÔSTERES
PO-24-16
HIDATIDOSE PULMONAR E HEPÁTICA ASSOCIADA A SÍNDROME DE BUDD CHIARI
Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; GUSTAVO ADOLFO SIERRA ROMERO; CESAR OMAR
CARRANZA TAMAYO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 16
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A hidatidose é uma zoonose que eventualmente afeta o homem, hospedeiro acidental. Os órgãos afetados com
maior frequência são o fígado (70%) e os pulmões (20%).
OBJETIVO
Apresenta-se caso de hidatidose acompanhado no Hospital Universitário de Brasília.
METODOLOGIA
PMS, masculino, 66 anos, natural de Erechim - RS (zona rural), onde viveu até os 7 anos de idade.
Mudou-se para São Paulo (zona rural) e posteriormente para o Pará, onde percorria todo o estado por ser
caminhoneiro. Desde 2010 reside em Planaltina - DF. Iniciou em fevereiro/2015 um quadro insidioso de astenia,
empachamento, aumento de volume abdominal, emagrecimento e tosse seca, por vezes com expectoração de
líquido amarelado. Após seis meses apresentou dispneia súbita, procurando então ajuda médica. À admissão
apresentava diminuição do murmúrio vesicular nas bases associado a creptações difusas, hepatomegalia e
Traube ocupado. Foram realizadas ultrassonografia abdominal e tomografias computadorizadas que revelaram:
tromboembolismo pulmonar, síndrome de Budd-Chiari devido a compressão extrínseca da veia cava inferior
por lesão hepática expansiva cística e multiloculada, e múltiplos nódulos pulmonares. Possuía plaquetopenia,
anticorpo anti-hidatidose IgG reagente, marcadores tumorais sem alterações e endoscopia digestiva alta com
duas varizes esofágicas de médio calibre, com red spots e varizes esofagogástricas. Feita biópsia de nódulo
pulmonar com laudo informando fibroplasia, negativo para neoplasia. Após diagnóstico de hidatidose foi iniciado
albendazol 800 mg/dia e solicitado parecer para cirurgia geral. Apresentava risco cirúrgico moderado da parte
respiratória e elevado da parte cardíaca (ASA III) devido a hipoxemia, sendo então descartada a possibilidade
de realizar o procedimento. Com a terapia instituída o paciente apresentou melhora importante da tosse.
Mantém acompanhamento ambulatorial com quadro clínico estável, com recidiva da tosse após curto período
de suspensão da droga por conta própria, porém mantém hepatomegalia. Em acompanhamento também pela
hematologia para avaliar estado de hipercoagulabilidade.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Devido à apresentação clínica e aos dados de deslocamento, o quadro apresentado pode ter como etiologias
E. vogeli ou menos provavelmente E. oligarthrus. Infecção por E. multilocularis não é descrita no Brasil. Apesar
de ser uma patologia pouco frequente no país, a hidatidose é ainda uma doença com importante potencial de
morbidade para os indivíduos moradores e visitantes de áreas endêmicas.
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índice
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PÔSTERES
PO-24-17
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ASSOCIADA A CARCINOMA BASOESCAMOSO EM
PACIENTE IMUNOMPETENTE
Autores: DANIELLE SANTOS GRISOLIA; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE; MARIA AUXILIADO CYSNEIROS; DÊNIS MASASHI
SUGITA; TIAGO ARANTES PEREIRA; MIRIAN CRISTINA LEANDRO DORTA; ANA MARIA DE OLIVEIRA
Instituição: HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 17
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença endêmica de importante relevância no Brasil. Várias
condições imunossupressoras alteram sua evolução, levando a aumento em sua incidência, apresentações não
usuais, maior gravidade e recidivas mais frequentes. A associação desta patologia com o câncer é pouco usual
e não são claras as conclusões quanto a etiopatogenia da co-apresentação.
OBJETIVO
Descrever um caso de LTA concomitante com carcinoma basoescamoso e discutir a relevância da associação
entre as doenças.
METODOLOGIA
Homem de 73 anos, lavrador, há cerca de quatro anos com lesão ulcerada em hemiface esquerda, estendendose ao globo ocular do mesmo lado. O paciente não possuía comorbidades conhecidas e apresentou investigação
negativa para imunodeficiência. Foi realizada biópsia da lesão e diagnosticado leishmaniose tegumentar e
carcinoma basoescamoso. A Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) demonstrou Leishmania viannia e a
neoplasia foi confirmada por Imunohistoquímica. O paciente foi tratado com antimônio pentavalente (15mg/
kg/dia por 20 dias), além de sessões de radioterapia, enucleação e amplo desbridamento cirúrgico, havendo
evolução clínica favorável, porém com perda total do olho esquerdo.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A associação e a gravidade da LTA em pacientes com câncer é um assunto pouco estudado e até o momento
não é claro se há relação direta entre as duas patologias. Alguns estudos sugerem que a inflamação crônica
provocada pela Leishmaniose poderia predispor a transformação maligna observada em alguns casos.
O carcinoma basoescamoso é uma neoplasia epitelial rara, com incidência variando de 1 a 2% de todos os
carcinomas de pele. Pela raridade desta apresentação, em revisão da literatura realizada nas bases de dados
PubMed, MEDLINE e LILACS, não há descrição até então de carcinoma basoescamoso associado à LTA,
tratando-se este do primeiro caso descrito.
A Leishmaniose é uma doença desafiadora que requer um alto índice de suspeição para o seu diagnóstico.
A concomitância de LTA e neoplasias têm evolução mais agressiva em relação às doenças separadamente,
podendo levar a sequelas desfigurantes como a ocorrida neste caso, com impacto social e psíquico para o
indivíduo.
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índice
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eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-18
SÍNDROME DE WEIL: A FORMA GRAVE DA LEPTOSPIROSE AUTÓCTONE EM GOIÁS
Autores: DÉBORA LUIZA MEIRELES DE MELO; MYLLENA ALVES VIEIRA; RENATA CASTRO DAN REIS; GUSTAVO EDREIRA
NEVES; MOARA ALVES S A BORGES; MARINA MASCA RORI PEDROSA; LISIA G M M TOMICH
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - HDT - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 18
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A leptospirose é uma zoonose causada por espiroquetas do gênero Leptospira. Apresenta-se como doença
anictérica autolimitada ou como doença ictérica grave conhecida como sd. de Weil.
OBJETIVO
Relatamos 5 casos atendindos no período de dez/15 a fev/16.
METODOLOGIA
Caso A:Homem,37a,admitido em 08/12, morador e trabalhador de zn rural Itumbiara. Queixa de febre, mialgia
e adinamia há 5d, evoluindo com vômitos, diarreia, oligúria e dispneia.Na sua cidade foi submetido a IOT. Na
entrada:hb10,ht31, leuco de 26900 com desvio, plaq229000, BT0,5; INR 2,3; CPK acima do limite, cr 11, ur
325. Iniciado hemodiálise(HD),mas paciente evoluiu com hemorragia em SNC, indo a óbito.
CasoB:Mulher,60a,admitida em 13/01, proveniente de Anapólis,com ratos em domicílio e limpeza do quintal
2sem antes. Há 10d com mialgia,febre, cefaleia, ictericia, coluria, náuseas, diarreia e fraqueza.Chega com
hb9, ht20, leuco11.900 s/desvio,79000plaquetas,BT 7(BD28),INR 1,CPK 20,Cr 5,2; ur152. Não necessitou de
ventilação mecânica(VM) ou HD, recebendo alta.
CasoC:Homem,29a,admitido em 25/01, trabalhador da zn rural de Mozarlândia. Relato de febre, cefaleia, fraqueza
e tosse com hemoptoicos há 5d, além de dispneia e oligúria. Exames:hb10, ht 31,15300leuc com desvio, plaq
60000, BT16(BD14),INR 0,9; CPK 386,cr 6,6; ur c245.Iniciado HD,mas não necessitou VM. Recuperou função
renal com alta.
CasoD: Homem ,42a,admitido em 09/02, procedente de Goiânia, teve sua casa alagada no fim do mês de jan/16.
Há 5 dias febre e mialgia.Há 3d com tosse e dispneia. Chegou:hb10, ht30,leuco 9100 s/desvio, plaq 48000,
BT6(BD5), INR 1,2; CPK 503, cr 1,8; ur 40,oligúrico. Necessitou de VM.Iniciou HD em 11/02 como recuperação
da função renal e recebeu alta.
CasoE:Homem,59a, admitido em 16/12,andarilho e manipulador de lixo em Goiânia-GO.Há 8d com febre,
mialgia, dor abdominal, diarreia, vômitos e hemoptoicos. Exames: hb7,9; ht23,leuco21600 sem desvio,
plaq105000,BT3(D2),INR1,16; CPK1519, cr1,5; ur99.Necessitou de VM e não necessitou de HD e recebeu alta.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A sd de Weil é doença grave com letalidade de 40%. As inundações propiciam a disseminação e a persistência
do agente causal no ambiente. Chama a atenção no nosso relato as diferentes manifestações clínicas e os
diferentes níveis de gravidade, mas todos com epidemiologia bem caracterizada e apenas 1 óbito, sendo no
paciente com admissão e inicio de HD mais tardio. Este relato mostra a crescente disseminação da leptospirose
no nosso estado, sendo fundamental inclui-la nos diagnósticos diferenciais.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
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PÔSTERES
PO-24-19
RELATO DE CASO: TUBERCULOSE PÉLVICA SIMULANDO NEOPLASIA
GINECOLÓGICA
Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; WALERIANO FERREIRA FREITAS; MARIANA
ALCAZAS DE SOUZA
Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 19
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
A tuberculose pélvica está comumente associada à tuberculose peritoneal, envolvendo toda cavidade do abdome,
fato pelo qual as duas entidades são estudadas em conjunto na maioria dos trabalhos. Os sintomas desta doença
são geralmente inespecíficos e, mesmo quando o grau de suspeição é alto, estabelecer o diagnóstico pode ser
difícil Sua importância reside no fato de que pode mimetizar clínica e laboratorialmente o carcinoma ovariano ou
outro tumor ginecológico.
OBJETIVO
Relatar um caso de tuberculose pélvica simulando neoplasia ginecológica.
METODOLOGIA
Relato de caso.
RESULTADOS
M.F., sexo feminino, 39 anos, relata que iniciou quadro de dor abdominal em cólica contínua, aumento de volume
abdominal progressivo, hiporexia e emagrecimento (cerca de 20kg) há cerca de 8 meses. Ao ultrassom de
abdome foi evidenciada ascite de moderado volume, realizando paracentese diagnóstica que verificou no líquido
ascítico aumento de proteínas (6,4) e presença de células sugestivas de malignidade.
A paciente foi internada na enfermaria da gastroenterologia para investigação, sendo realizada TC de abdome
com contraste que evidenciou moderada ascite livre, pequeno grau de linfonodomegalia abdominal, útero
de aspecto miomatoso e massa em anexos ovarianos. Com o aumento considerável do CA125 (359,9) foi
encaminhada para Oncoginecologia. Realizou videolaparoscopia, que drenou bastante líquido ascítico e colhido
material para biópsia. O anatomopatológico demonstrou processo inflamatório crônico granulomatoso de padrão
tuberculóide. Anti-HIV negativo. Foi transferida para a Infectologia e tratada com RIPE por 9 meses. O nível de CA
125 normalizou e a paciente obteve alta com cura clinica.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Acredita-se que a maioria dos casos de tuberculose peritoneal resulte de reativação de focos tuberculosos latentes
no peritônio estabelecidos previamente por disseminação hematogênica de um foco primário pulmonar que se
resolveu e não é radiograficamente aparente. Embora a maioria dos pacientes apresente ascite, os sintomas
iniciais são quase sempre inespecíficos. Casos suspeitos devem ser submetidos a laparoscopia diagnóstica.
A elevação serica dos marcadores tumorais ovarianos (CA 125) pode ser observada na tuberculose peritoneal
quando ha acometimento dos ovários, sendo um diagnostico diferencial que deve ser sempre lembrado em
paciente jovem, imunocompetente e com quadro arrastado de ascite inexplicável.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-20
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO BRASIL
Autores: FÁBIO FERREIRA MARQUES; HENRIQUE AUGUSTO NASCIMENTO; LARISSA AMORIM SILVA; RAYANE CARNEIRO
AMORIM; VICTÓRIA REIS SILVA; WILLIAM ALVARES
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 20
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Koch e transmitida por gotículas
eliminadas pela respiração, espirros e tosse, acometendo o sistema respiratório e deprimindo o sistema imune.
No Brasil, estima-se que cerca de 185 mil pessoas são infectadas por ano.
OBJETIVO
Desenvolver um perfil epidemiológico dos casos de tuberculose pulmonar e as complicações da tuberculose
respiratória na população brasileira.
METODOLOGIA
É um estudo epidemiológico transversal realizado no Brasil entre os anos de 1979 e 2013. A coleta de dados foi
feita no sistema DATASUS, de ordem secundária, no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS),
com variáveis significantes de TB.
RESULTADOS
Constatou-se que de 1979 a 2013 houve 225 mil óbitos. A região Sudeste teve 50% do total de mortes e a
Nordeste 28%. Nas outras regiões observam-se incidências significativamente menores, com a menor na região
Centro-oeste, 4%. Os dados mostram também que, assim como as prevalências se mantém constantes por
Unidade da Federação, a variação, ano a ano, é extremamente pequena. Em relação a faixa etária, a mortalidade
acomete mais os adultos e idosos, com aumento exponencial nas idades a partir da faixa 20-29 anos, com
um aumento de 139% de 30 a 39 anos, e de 232% para as idades entre 40 e 49 anos. Após essa faixa, há um
pequeno decréscimo por marco etário, com diminuição de, em média, 16,56% por categoria. Além disso, em
relação ao sexo, o número de homens que morreram foi, em média, 117% maior do que o de mulheres, sendo
que em todo o período analisado o sexo masculino representa 67,55% dos casos. Vale ressaltar que, de acordo
com a literatura, a TB é a maior causa de morte de pacientes soropositivos, e a taxa de mortalidade pela TB
de pacientes coinfectados é aproximadamente 5x maior quando comparada à taxa de mortalidade da TB em
pacientes não coinfectados.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A partir dos dados, observa-se que a TB é uma grave doença infectocontagiosa. O sexo masculino é o mais
acometido pela “peste branca” ilustrando mais uma vez a disparidade do cuidado da saúde entre os gêneros. A
idade mais atingida pelo bacilo foi de 40 a 69 anos de idade. Os maiores índices de mortalidade relacionados a
TB pulmonar ocorreram em pessoas residentes das Regiões Sudeste e Nordeste. Por fim, através da literatura,
por mais antiga e fácil que seja em tratar essa doença, muitos casos ainda são diagnosticados tardiamente,
evidenciando falhas no processo curativo.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
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PÔSTERES
PO-24-21
HANSENÍASE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Autores: IGOR DIEGO CARRIJO DOS SANTOS; KÉTUNY DA SILVA OLIVEIRA; MATEUS MARQUES SILVA; MATHEUS
CERQUEIRA BRAGA; LAURA DE LIMA CRIVELLARO; KARINA CRISTINA SANTOS LOPES
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 21
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Hanseníase é uma doença infecciosa granulomatosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou
bacilo de Hansen. É uma doença de evolução lenta e que apresenta sinais e sintomas dermatoneurológicos, tais
como lesões na pele e nos nervos periféricos, sendo mais frequentes nas mãos, pés e olhos.
OBJETIVO
Apresentar informações que contribuam para a realização do diagnóstico e tratamento da hanseníase, com foco
na eliminação das fontes de infecção e na prevenção de sequelas nos pacientes acometidos pela doença.
METODOLOGIA
Foram realizados levantamentos bibliográficos de fontes tais como MEDLINE, LILACS e SciELO, com os termos
“leprosy and diagno­sis and treatment”; “Mycobacterium leprae” e, ainda, de um estudo na Portaria n° 3.125 de
7/10/2010 do Ministério da Saúde, que está relacionada ao controle da hanseníase no país.
RESULTADOS
A formação tuberculóide das lesões se dá por infiltrados de células fagocitárias que se estendem pela derme
profunda, podendo atingir a camada basal da epiderme. As lesões histopatológicas apresentam maior invasão
fagocitária, causando densidade de bacilos que possuem uma espessa camada em sua parede celular.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Considerada uma doença negligenciada no Brasil, por ser o segundo país com o maior número absoluto de
casos, a hanseníase tem sua transmissão relacionada ao contato íntimo e prolongado com indivíduos não
tratados. Apesar de ser uma doença de pele, a transmissão ocorre através da saliva, tosse, espirro ou ainda
secreções nasais. A resposta imune apresentada em decorrência da infecção pode ser classificada como inata ou
adquirida. A resposta inata, algumas células do hospedeiro, ao reconhecerem estruturas do microrganismo por
meio de receptores, geram a produção de IL-12/23 e a diferenciação dos macrófagos e das células dendríticas.
Esses componentes tornam possível a transformação de linfócitos responsáveis pela produção de INF-gama e,
portanto, a indução dos elementos que promovem a eliminação do bacilo. Essa resposta ocasiona diferenças
imunofisiológicas, dependendo da forma infectante da bactéria, relacionadas à formação de granuloma e à
quantidade de células dendríticas nas lesões. As lesões histopatológicas apresentam maior invasão fagocitária,
causando densidade de bacilos que possuem uma espessa camada em sua parede celular. As formas de
tratamento são, frequentemente o isolamento e proteção adequada do paciente e dos cuidadores.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-22
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES PARA TRATAMENTO DE DENGUE
HEMORRÁGICA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2015
Autores: LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO;
PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO
AIRES FONSECA ; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 22
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Dengue é uma doença febril aguda não contagiosa. O vírus responsável pela infecção é uma arbovírus do gênero
Flavivirus, sendo reconhecidos quatro sorotipos. A transmissão é feita pela picada dos mosquitos contaminados
no homem, sendo registrados casos de transmissão parenteral. A infecção pelo vírus provoca sintomas de amplo
espectro, desde formas oligossintomáticas e autolimitadas até quadros graves, que podem evoluir com óbito. A
forma hemorrágica pode surgir após o período de desfervescência da febre, com manifestações espontâneas
ou provocadas.
OBJETIVO
Reconhecer os casos de tratamento de dengue hemorrágica no Brasil entre os anos de 2011 e 2015 de acordo
com os dados do DATASUS.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo, de base populacional e delineamento transversal, com dados de origem
secundária, extraídos do DATASUS. Foram avaliados quesitos como complexidade, regime, tipo de procedimento,
óbitos, permanência, ano e região.
RESULTADOS
De acordo com dados analisados, todos os procedimentos realizados são de média complexidade e com 70,14%
sendo tratados em regime público. O número de óbitos no período foi de 554 e a taxa de mortalidade de 5,38.
Dentre os anos analisados, 2011 foi o que obteve maior número de tratamentos, com 40,34% e 2014 o menor,
com 10,38%. Segundo as regiões do país, a Nordeste apresentou o maior número de casos, representando
38,61% dos casos de urgência e 46,59% dos casos eletivos, enquanto a região Sul ficou com 1,87% dos casos
de urgência e 1,39% dos casos eletivos.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A dengue ainda é um problema de saúde pública muito comum no Brasil, o qual exige um custo elevado ao país
e pode levar muitos pacientes a óbito. Ocorre em todas as regiões do Brasil, porém sua forma hemorrágica tem
sido prevalente em regiões com população mais carentes, como a região Nordeste enquanto a Sul apresentou
números menores de tratamento. É uma doença que pode ser evitada, por meio de educação em saúde através
de meios de comunicação e mobilização social e proteção individual. Dessa maneira, busca-se a conscientização
de toda a população com intuito de evitar a doença.
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eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-23
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO POR TÉTANO NEONATAL NA REGIÃO
CENTRO OESTE NO PERÍODO DE 2008 A 2015
Autores: JHESSICA LIMA GARCIA; LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA ; BRÁULIO
BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO;
PEDRO COSTA MOREIRA; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 23
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O tétano é uma doença infecciosa não-contagiosa, causada pelo Clostridium tetani, um bacilo Gram positivo
anaeróbio, responsável pela produção de uma exotoxina (tetanospasmina). Em neonatos, a doença é causada
pela aplicação de substâncias contaminadas na ferida do coto umbilical, como, por exemplo, instrumentos
para secção do cordão umbilical. Geralmente ocorre em filhos de mães não-vacinadas ou inadequadamente
vacinadas no pré-natal.
OBJETIVO
Conhecer a realidade do centro oeste sobre a incidência de casos de Tétano neonatal e compará-la com o Brasil.
METODOLOGIA
Pesquisa quantitativa transversal epidemiológica no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. Os
dados foram obtidos do sistema de informação DATASUS, na categoria de base de dados segundo sistema de
informações de morbidade hospitalar (SIH). Os dados foram quantificados e avaliados por escala de proporção
posteriormente.
RESULTADOS
O número total de tétano neonatal identificado pelo Departamento de Informático do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) corresponde a 53. Na região centro oeste foram registrados 9 casos, sendo 7 no estado de Goiás, o
que representa 13,2% do total do país. Alem disso, Petrolina de Goiás é a cidade com maior incidência da região,
possuindo 58% dos casos.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Nota- se que ainda há um número significativo de casos de Tétano neonatal. É ainda preciso aumentar o acesso
às consultas pré-natais para que as gestantes sejam orientadas sobre a necessidade de estar com esquema
vacinal atualizado. Além disso, identificar e treinar parteiras contribui para que as mesmas se tornem conscientes
sobre a importância de realizar um parto asséptico e limpo, bem como ensinar às mesmas quais cuidados
devem ser efetuados na ferida umbilical para prevenir a contaminação tetânica. Por fim, fortalecer o trabalho de
parceria com todas as áreas afins como a Saúde da Mulher, é um desafio fundamental para erradicar a doença.
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eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-24
HIDATIDOSE MESENTÉRICA SIMULANDO NEOPLASIA PÉLVICA EM IDOSA: RELATO
DE CASO
Autores: PATRÍCIA FREIRE CAVALCANTE; CYNTHIA CAETANO LOPES; NATÁLIA GOMES GEBIN; AGUINALDO GABARRON
MURCIA FILHO; SEBASTIÃO ALVES PINTO; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 24
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A hidatidose (equinococose) é uma infecção zoonótica causada pela forma larval de cestoides do gênero
Echinococcus. As principais espécies são E. granulosus, E. multilocularis e E. vogeli. Vários canídeos, incluindo
o cão doméstico, são hospedeiros definitivos. Os ovinos são hospedeiros intermediários, assim como o homem
acometido acidentalmente.
OBJETIVO
Relatar um caso de hidatidose de mesentério simulando neoplasia pélvica em idosa. Metodologia: Mulher, 82 anos,
branca, solteira, natural de Goiás/Go, funcionária pública e aposentada. Há 9 meses iniciou urgência miccional,
com polaciúria, mas sem disúria ou estrangúria. Há 7 meses acrescentou-se ao quadro supracitado episódios de
náuseas e vômitos pós-alimentares. Negava febre, perda de peso ou diarreia. Notou discreto aumento de volume
no baixo ventre. Frequenta rotineiramente a fazenda da família em município da mesorregião do Centro Goiano.
O local possui criações de bovinos, suínos, ovinos, galináceos, patos e cães. Contato direto com galináceos e
cães. Encontrava-se hipocorada, afebril e anictérica. Sem linfonodos palpáveis. Aparelho cardiovascular sem
alterações. Pulmões com leve diminuição do murmúrios vesículares em bases. No abdome, fígado e baço não
eram palpáveis. Massa palpável em pelve, mediana e paramediana esquerda, fixa, levemente dolorosa e firme
(não pétrea), com cerca de 10 cm em seu maior diâmetro. Os exames de imagem (ultrassonografia transvaginal
e suprapúbica e tomografia computadorizada de abdome evidenciaram formação solido-cística medindo cerca
de 7,3 x 6,8 x 4,2 cm em região mediana/paramediana esquerda na pelve. Foi realizado laparotomia aberta
com identificação de massa mesentérica de aspecto sólido-cística, submetida à excisão cirúrgica. O exame
histopatológico identificou infecção por Echinococcus spp. (hidatidose). Após cirurgia, iniciou-se Albendazol
400mg 12/12h por 4 semanas.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A hidatidose acomete o fígado, pulmões, cérebro e, raramente, outros órgaõs como baço, rins, ossos, órbita,
mediastino, coração, omento e mesentério. A sintomatologia depende do tamanho, quantidade de cistos e órgãos
acometidos, podendo simular neoplasias. O diagnóstico é feito por história clínica, epidemiologia, exame clínico
e de imagem. O tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico. A hidatidose deve ser considerada no diagnóstico
diferencial de massas pélvicas em área edêmica de Echinococcus spp.
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PÔSTERES
PO-24-25
HLA E HANSENIASE : UMA META-ANALISE
Autores: ADELLE BUENO SILVA; KASSYA GERALDINO SOUZA; BÁRBARA MARIOTTO BORDIN
Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 25
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma infecção granulomatosa crônica que afeta pele e nervos periféricos, causada pelo
Mycobacterium leprae. Uma particularidade gerada por esta doença é o fato de grande parte dos indivíduos
contaminados ter uma resistência imunológica ao agente causador. Recentes varreduras genômicas sugerem
que o locus 6p21 está relacionado a susceptibilidade a hanseníase. Esta região possui um grupo de genes HLA
(Antígeno de Histocompatibilidade Humano) altamente polimórficos, onde no estudo de sua patogênese foram
detectados alelos candidatos que tiveram associação com a doença.
OBJETIVO
A meta-análise foi feita visando averiguar a relação entre o gene HLA na região DRB1 e a susceptibilidade ao
bacilo.
METODOLOGIA
Foi feito uma revisão sistemática da literatura de estudos publicados avaliando a relação de HLA e a susceptibilidade
ao desenvolvimento da hanseníase. Sendo a revisão dividida em duas fases a qualitativa, que compreende a
elaboração da questão que se pretende responder: O polimorfismo genético no gene HLA (lócus DRB1) altera a
susceptibilidade a hanseníase? e a quantitativa, que é a análise dos dados numéricos de forma estatística.
RESULTADOS
Os resultados obtidos nesta meta-análise sugerem que os alelos DRB1*15 e DRB1*16 associados a diferentes
formas clínicas são suscetíveis à hanseníase, pois apresentam uma maior frequência alélica nesse grupo, com
significância estatística.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A lista de doenças infecciosas associadas com o sistema HLA é cada vez maior e o nível de associação é
bastante variável. Novos métodos de classificação e as atualizações de nomenclatura frequentes têm facilitado
a compreensão do papel dos gene HLA neste sistema e a associação com várias doenças. Outras doenças
têm sido relacionadas ao HLA-DRB1, dentre elas, doenças bacterianas como tuberculose, doenças virais como
dengue.Como trabalho futuro, iremos identificar as fontes de heterogeneidade entre os resultados dos estudos,
assim como estratificar as diferentes formas da doença.
Palavras-chaves: Hanseníase,HLA,DRB1, Meta-analise, Mycobacterium leprae.
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eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-26
POLIMORFISMO GENÉTICO DO GENE HLA E HANSENÍASE
Autores: KASSYA GERALDINO SOUZA; ADELLE BUENO SILVA; BÁRBARA MARIOTTO BORDIN
Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 26
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Amplamente conhecida como “lepra” desde os tempos bíblicos,a hanseníase é uma doença infectocontagiosa
de desenvolvimento crônico que se revela, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade
térmica, dolorosa e tátil, causada pelo Mycobacterium leprae. A variabilidade na interação parasita-hospedeiro
pode ser comprovada pelas manifestações clínicas de caráter espectral, desde formas localizadas não
contagiosas em indivíduos com resposta imunológica competente (hanseníase tuberculoide - paucibacilar), até
formas difusas contagiosas que ocorrem em doentes com resposta incompetente (hanseníase virchowiana multibacilar).
Estudos vêm relacionando o gene HLA com a hanseníase a partir da observação das formas clínicas da doença
que estão associadas ao perfil de resposta Th1/Th2 apresentado pelo hospedeiro, sendo esta resposta controlada
por mecanismos tal qual a apresentação de antígenos e interação célula-célula dependente da expressão de
genes HLA.
OBJETIVO
Avaliar a relação de polimorfismos genéticos do gene HLA e a resistência em relação ao desenvolvimento da
hanseníase.
METODOLOGIA
Foram pesquisados artigos publicados sobre polimorfismos genéticos e hanseníase, indexados nas bases de
dados PubMed, Medline e Scielo. Os artigos foram localizados com o uso das seguintes palavras-chaves:
leprosy, genetic polymorphisms, HLA, HLA DRB1. Um dos critérios utilizados foram os estudos casos controles
que abordassem o tema polimorfismo genético em DRB1 e hanseníase e que possuíssem dados quantitativos.
Sendo selecionados artigos que estudaram a relação dos genes HLA com a hanseníase, e aqueles relacionados
com a sua resistência.
RESULTADOS
Os resultados encontrados sugerem que os polimorfismos no gene HLA na região DRB1 onde se encontra os
alelos DRB1*04, DRB1*07 e DRB1*09 estes conferem uma resistência a doença.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O sistema de Antígeno Leucocitário Humano (HLA) tornou-se uma ferramenta importante para a compreensão
da patogênese de diversas doenças infecciosas; os alelos ou haplótipos HLA herdadas por um indivíduo pode
prever vários fatores de risco e protetores relacionados a infecções causadas por vários agentes. Os alelos
polimórficos DRB1*04 e DRB1*09 estão associados à proteção contra a dengue, hepatite C. Pensando em um
trabalho futuro pretende-se estratificar as diferentes formas da doença e relaciona-las as aos alelos polimórficos,
podendo-se assim compreender melhor este assunto.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-27
CANDIDIASE DA MUCOSA VULVOVAGINAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIAGO
Autores: ANDRESSA SANTANA SANTOS; WASHINGTON LUIS RIOS; HILDENE MENESES SILVA; CAROLINA RODRIGUES
CARVALHO; LISANDRA ALVES SOUZA; NATÁLIA CARASEK CASCUDO; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA
Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PUBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 27
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As infecções fúngicas causadas por leveduras do gênero Candida aumentaram nos últimos anos por diferentes
fatores dentre eles a utilização de antibióticos de amplo espectro e o aumento de pacientes imunocomprometidos.
Embora um grande número de espécies seja descrito, Candida albicans, Candida parapsilosis, Candida tropicalis,
Candida glabrata, Candida krusei e Candida guilliermondii são consideradas de interesse clínico. A candidíase
vulvovaginal (CVV), infecção genital feminina, bastante comum no mundo, figura como a segunda entre todas as
infecções de ocorrência na região vaginal.
OBJETIVO
O propósito deste trabalho foi identificar as espécies de Candida envolvidas em candidíase vulvovaginal,
verificando ainda a suscetibilidade in vitro de fluconazol e de itraconazol, que usualmente fazem parte da terapia
para esta infecção.
METODOLOGIA
Trata- se de um estudo epidemiológico de prevalência de candidiase, realizado durante o período de fevereiro a
maio de 2016, no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas em Goiânia. Neste trabalho
foram coletadas amostras de secreção vaginal de 17 mulheres, as quais foram semeadas em Agar Sabouraud
Dextrose deixadas à temperatura ambiente por até 10 dias. O exame microscópico da colônia mostrou leveduras
e pseudomicélio características das leveduras do gênero Candida. A identificação das espécies foi realizada
através do cultivo em meio cromogênico, CHROMagar Candida (Difco), crescimento em ágar Cornmeal e do
teste de assimilação de carboidratos usando-se nove diferentes carboidratos. Para verificar a concentração
inibitória mínima (CIM) dos derivados azólicos propostos foi usado o teste de microdiluição em caldo.
RESULTADOS
Dentre as amostras coletadas, foram obtidos 11 isolados de Candida, que foram identificados como C. albicans
(72,7%), C.tropicalis (18,2%), C. parapsilosis (9,1%). Nos testes de suscetibilidade, pode ser observada variação
de CIM de 0,25 a >64 µg/ mL para fluconazol e de 0,125 a > 16 µg/ mL para itraconazol. Altos valores de CIM
>64 µg/ mL de fluconazol para cinco isolados de C. albicans, e > 16 µg/ mL de itraconazol para um isolado
desta espécie foram observados.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os resultados mostraram que C. albicans continua a ser a espécie mais comum como agente de candidíase de
mucosa vulvovaginal e além disso a resistência verificada para os derivados azólicos sugere a necessidade de
testes de suscetibilidade para o tratamento adequado deste processo infeccioso.
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PÔSTERES
PO-24-28
INFECÇÃO OPORTUNISTA GRAVE POR PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS E
SPOROTRIX SCHENCKII EM PACIENTE PORTADOR DO HIV: RELATO DE CASO
Autores: BIANCA AGRA BARBOSA; LEANDRO CORREA MACHADO; MÁRIO HENRIQUE LEITE VASCONCELOS;
VALÉRIA PAES LIMA FERNANDES
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 28
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A paracoccidioidomicose é endêmica no Brasil, mais prevalente na zona rural das regiões Centro Oeste e
Sudeste. Sua incidência vem aumentando em regiões urbanas. Pacientes com Aids costumam evoluir com
sintomas agudos e disseminados junto às manifestações da forma crônica. Já a esporotricose é uma micose de
implantação, geralmente subaguda ou crônica. Um aumento significativo do número de casos tem sido descrito
no Rio de Janeiro, sendo considerado um problema de saúde pública. Nos pacientes com Aids, pode ocorrer
disseminação hematogênica e manifestações sistêmicas graves.
OBJETIVO
Relatar caso de paciente co-infectado por HIV, Paracoccidioides brasiliensis e Sporotrix schenckii.
METODOLOGIA
Paciente masculino, 49 anos, natural do Rio de Janeiro e morador de Brasília, com infecção pelo HIV há 10 anos.
Referia há um mês lesões papulares e em placas em todo corpo, eritematosas, descamativas e pruriginosas,
algumas com crostas hemáticas e drenagem de pus. Sob hipótese inicial de escabiose com infecção secundária,
foi tratado com ivermectina oral e neomicina/bacitracina, sem melhora. Há 15 dias da internação evoluiu com
febre de até 40°C associada a vômitos, calafrios e astenia intensa, seguidos de poliartrite intermitente piorada
à movimentação, com aumento de volume, calor local e parestesia das mãos. Apresentava CD4: 59 cels/mm3
e carga viral do HIV de 2.085 cópias/ml, sendo então internado. Tomografias de tórax e abdome evidenciaram
respectivamente múltiplos nódulos sólidos irregulares bilaterais e esplenomegalia, com proeminência dos
linfonodos da região abdominal. Ecocardiograma sem sinais sugestivos de vegetações. Biópsia de pele com
dermatite granulomatosa superficial e profunda, e cultura com crescimento de Paracoccidioides brasiliensis.
Lavado bronco-alveolar com crescimento de Sporotrix schenckii. Realizou tratamento com anfotericina B
desoxicolato 3mg/kg/dia seguido de itraconazol 200mg/dia e reintrodução da terapia antirretroviral (zidovudina,
lamivudina e lopinavir/ritonavir). Apresenta melhora progressiva das lesões de pele, do quadro pulmonar e
articular. Está com carga viral do HIV indetectável e lenta reconstituição imunológica.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O caso descrito apresenta uma forma clínica grave de duas infecções oportunistas em paciente com AIDS,
sendo difícil atribuir as manifestações a uma ou outra infecção (exceto nos materiais com cultura positiva). O
tratamento provavelmente será de de longa duração e a reconstituição imunológica é fundamental.
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PÔSTERES
PO-24-29
CAPTAÇÃO DE FERRO MEDIADA POR SIDERÓFOROS EM CLADOPHIALOPHORA
CARRIONII
Autores: EUSLAN DE ALMEIDA JUNIOR; KASSYO LOBATO POTENCIANO DA SILVA; BIANCA SILVA VIEIRA DE SOUZA; CÉLIA
MARIA DE ALMEIDA SOARES; ALEXANDRE MELO BAILÃO; MIRELLE GARCIA SILVA BAILÃO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: JATAÍ/GO
Ag. Financiadora: CAPES, CNPQ E FAPEG
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 29
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A cromoblastomicose (CBM) é uma doença crônica com acometimento cutâneo e subcutâneo, causada
principalmente por fungos dos gêneros Cladophialophora, Fonsecae e Phialophora. A manifestações clínicas
incluem lesões eritematosas e descamativas que evoluem com prevalência de lesões verrucosas, principalmente
nas extremidades de membros inferiores e superiores. O ferro é um micronutriente essencial para todos os
eucariotos, assumindo papel importante na relação patógeno-hospedeiro. Durante a infecção, o hospedeiro
limita a disponibilidade de ferro aos patógenos, os quais desenvolveram mecanismos de aquisição deste metal.
Dentre eles, destaca-se a produção de sideróforos, moléculas que se ligam ao ferro com alta afinidade. A CBM
é uma doença recalcitrante e não há tratamento padrão para esta micose, fato que abre novos horizontes para
a pesquisa de rotas metabólicas próprias do fungo, como a via de produção de sideróforos, em que novos
fármacos podem atuar.
OBJETIVO
O objetivo desse trabalho foi investigar a produção de sideróforos pela espécie Cladophialophora carrionii, agente
etiológico da CBM.
METODOLOGIA
Inicialmente, foi realizada uma busca in silico, utilizando-se a ferramenta BLAST, por genes ortólogos relacionados
à síntese e ao transporte de sideróforo no genoma de C. carrionii. A produção de sideróforos pelo fungo foi
investigada utilizando-se o ensaio overlay-CAS. C. carrionii foi cultivado em meio definido na presença e ausência
de ferro por 30 dias. Em seguida o O-CAS, o qual funciona como um indicador da produção de sideróforos, foi
adicionado sobre as placas.
RESULTADOS
As análises in silico demonstraram que C. carrioni apresenta ortólogos de genes relacionados tanto à biossíntese
quanto ao transporte de sideróforos. A análise da produção de sideróforos pelo ensaio O-CAS revelou que o
fungo produz e secreta sideróforos quando cultivado em meio sem ferro, fato confirmado pela mudança de cor
do O-CAS.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
As análises in silico e ensaios in vitro demonstraram que C. carrionii produz sideróforos e que esta produção
é diretamente relacionada à baixa disponibilidade de ferro. Os genes ortólogos presentes no genoma do fungo
indicam que os sideróforos produzidos são do tipo hidroxamato. Investigações serão realizadas a fim de
confirmar este fato. Como a síntese de sideróforos é uma via não presente em humanos, este estudo traz novas
perspectivas para a produção de fármacos que atuem no bloqueio da mesma auxiliando no estabelecimento de
43 um tratamento específico para a CBM.
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PÔSTERES
PO-24-30
CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO
CANDIDA PARAPSILOSIS ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS
Autores: FABIO SILVESTRE ATAIDES; THAISA C. SILVA; FERNANDA A. ANDRADE; FABYOLA A. SÁ; MARIA DO ROSARI
RODRIGUES SILVA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 30
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Candida parapsilosis forma atualmente um complexo constituído por C. parapsilosis sensu stricto, C.
orthopsilosis e C. metapsilosis. Apesar da estreita relação, as espécies deste complexo apresentam diferenças
na sua prevalência clínica e ainda nas características de virulência no desenvolvimento do processo infeccioso.
OBJETIVO
Neste trabalho foram avaliados os atributos de virulência das espécies do complexo C. parapsilosis isolados de
diferentes materiais clínicos.
METODOLOGIA
Foi determinado a produção de proteinase em soro albumina bovina, fosfolipase em meio acrescido com gema
de ovo e hemolisina em agar Sabouraud suplementado com sangue de carneiro. Além disso foram verificados a
habilidade de produção de biofilmes usando-se XTT e análise de aderência em células epiteliais bucais.
RESULTADOS
Os resultados mostraram que as espécies do complexo C. parapsilosis foram capazes de expressar alta atividade
proteolítica, com exceção de dois isolados de C. metapsilosis isolados de infecção ungueal que não mostraram
atividade para esta enzima. Atividade de fosfolipase foi verificada em nove isolados, enquanto que todas as
espécies apresentaram uma alta capacidade hemolítica em meio suplementado com sangue de carneiro. Foi
também verificado em nossos resultados que todos os isolados deste complexo foram capazes de formar
biofilmes e apresentaram uma média de aderência de 95,98 leveduras/100 células epiteliais bucais.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A alta capacidade de virulência verificada entre os isolados do complexo C. parapsilosis, intensifica a necessidade
do conhecimento dos atributos de virulência com papel relevante no estabelecimento do processo infeccioso.
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PÔSTERES
PO-24-31
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVO DO SUL DE MATO GROSSO
COLONIZADOS POR ESPÉCIES DE CANDIDA
Autores: JANAÍNA SOUSA DE LIMA; CAMILA AOYAMA VIEIRA; WÉRIKA WERYANNE ROSA DE SOUZA; SELMA VIERA DE
MOURA; CLAUDINEIA DE ARAUJO; JULIANA HELENA CHAVEZ-PAVONI; LETICIA S. GOULART
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - Cidade/UF: RONDONÓPOLIS/MT
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 31
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As espécies de Candida compreendem micro-organismos saprófitos, os quais, dependendo de fatores
predisponentes podem tornar-se patogênicos. A presença de leveduras na mucosa oral na forma assintomática
e um reduzido valor de contagem de células CD4 tem sido associados ao subsequente desenvolvimento de
candidíase orofaríngea.
OBJETIVO
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os pacientes HIV positivo colonizados por espécies de
Candida e analisar os possíveis fatores associados à ocorrência da levedura na mucosa oral.
METODOLOGIA
Foram incluídos 199 indivíduos HIV/AIDS acompanhados em um Serviço de Saúde Especializado do Município de
Rondonópolis, MT. Dados referentes a fatores sócio-demográficos, imunológicos e terapêuticos foram coletados
dos prontuários médicos. Foram coletados swabs orais, que foram semeados em ágar Saboraud Dextrose
acrescido de cloranfenicol e incubados a 37°C por 48h. As espécies das leveduras foram identificadas em meio
cromogênico CHROMagar Candida. Foi utilizada a regressão de Poisson num modelo hierárquico de análise.
RESULTADOS
A prevalência de Candida spp. na população estudada foi de 50% (n=100) e Candida albicans foi a espécie
mais freqüente (82%). Dos 100 indivíduos colonizados por espécies de Candida, 58% eram do sexo feminino,
a média de idade ficou entre 42 anos, 37% tinham oito ou mais anos de estudo. A maioria era heterossexual
(67%). O tempo médio de diagnóstico pelo HIV em anos foi de 5,4. Todos pacientes estavam em uso de drogas
anti-retrovirais, sendo que 46% usavam a associação de Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de
Nucleosídeos associados a um Inibidor da Protease. O valor médio da última contagem de linfócitos T CD4 foi
663células/mm3. Uma frequência de 16% destes pacientes era de usuários de drogas. As infecções oportunistas
mais freqüentes foram Herpes-Zoster (25%) e candidíase (12%). A única variável significativa que apresentou
associação à colonização por Candida foi a idade (p=0,02).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Nossos resultados permitiram identificar o perfil epidemiológico dos pacientes HIV positivo colonizados por
espécies de Candida do sul de Mato Grosso. Somente possuir 60 anos ou mais representou risco à colonização
oral por leveduras na população estudada.
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PÔSTERES
PO-24-32
SEPSE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM
EPIDEMIOLÓGICA
Autores: PAULO ANDRÉ ASSUMPÇÃO AIRES FONSECA; BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; LUIS MÁRIO MENDES DE
MEDEIROS; ANNAH RACHEL GRACIANO; JAKSON DA SILVA PACHECO; PEDRO COSTA MOREIRA; JHESSICA LIMA GARCIA;
LUCAS MIKE NAVES DA SILVA; JÚLIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: ANÁPOLIS/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 32
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A sepse é uma síndrome caracterizada por sinais sistêmicos de infecção acompanhada por bacteremia. Devido às
peculiaridades imunofisiológicas da fase inicial da vida, essa doença é uma grande responsável pela mortalidade
infaltil, principalmente em pré-termos com peso inferior a 1500g. O estudo detalhado dos diversos âmbitos
dessa doença tem extrema importância para redução da mortalidade em todas as idades e em escala mundial.
OBJETIVO
Quantificar os casos notificados de internação por sepse em paciente de até um ano de idade entre os anos de
2010 e 2016, traçando o perfil epidemiológico referente às variáveis sexo, raça, regime de atendimento e região.
METODOLOGIA
Estudo quantitativo com delineamento transversal de base populacional. Considerou-se o total de casos ocorridos
no Brasil entre 2010 e abril de 2016, analisando as variáveis quantitativas numéricas dos casos notificados
de sepse no primeiro ano de vida. Os dados utilizados foram de origem secundária, extraídos do Sistema de
Informação Hospitalar (SIH). Posteriormente, foi realizada estatística descritiva com organização e sintetização
dos dados, que foram categorizados e analisados posteriormente por escala de proporção.
RESULTADOS
O número total de internações foi de 72.487. O sexo masculino representou 55,7% dessa totalidade. Em relação à
etnia, houve considerável predominância de 26,7% na raça branca. A maior parte dos atendimentos foi realizada
em regime privado (55%) e a região com maior número de internações foi o Sudeste, com 43,2%.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A população com menos de um ano possui alto risco para o advento da sepse, tendo essa doença grande papel
na mortalidade infantil no Brasil. O traçado do perfil epidemiológico, apesar de sua grande importância, não
tem sido o âmbito mais promissor abordado nos estudos sobre sepse. O foco principal desse desenvolvimento
científico deve estar nas pesquisas imunológicas e microbiológicas que visam entender a complexidade de
sua fisiopatologia ainda muito pouco compreendida. Apesar das limitações existem métodos que devem ser
buscados para diminuir a mortalidade, como: diagnóstico precoce, uso criterioso de antibioticoterapia evitando
tratamento empírico longo e priorizando o tratamento microorganismo-específico pós cultura.
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PÔSTERES
PO-24-33
ENTEROCOCCUS FAECIUM: UMA RARA ETIOLOGIA DE MENINGITE BACTERIANA
AGUDA
Autores: SARAH VIDAL DA SILVA; MURILO CASTRO GARROTE; RODRIGO A SALUM XIMENES; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 33
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As espécies de enterococos são importantes agentes de infecções nosocomiais e comunitárias, tanto em
adultos e crianças, mas raramente estão associadas a meningites bacterianas agudas (MBA). Neurocirurgia,
trauma cranioencefálico e imunossupressão são fatores relacionados a MBA por enterococos, bem como
infecção enterocócica em outros sítios, como pielonefrite e endocardite. A principal espécie nesta condição é
Enterococcus faecalis, sendo que Enterococcus faecium é um agente etiológico ainda mais incomum de MBA.
OBJETIVO
Descrever um caso de meningite espontânea por E. faecium.
METODOLOGIA
Homem, 46 anos, deu entrada com cefaléia holocraniana há 6 dias, tipo pulsátil, intensa, com irradiação para
dorso. e vômitos. Referiu episódio de febre de 39,2°C há 3 dias. Ao exame estava afebril, hipocorado (+/4+)
e sem sinais meníngeos. Referia hanseníase tratada há 12 anos, mas com uso crônico de prednisona (20
mg/dia) para controle de estados reacionais. Sem história de neurocirurgia e/ou trauma craniano. Os exames
demonstraram leucocitose com desvio à esquerda, funções hepática e renal normais, e hiponatremia. O líquido
cefalorraquidiano (LCR) exibia-se turvo xantocrômico, glicose 64 mg/dL, proteínas 84 mg/dL, 710 leucócitos/
mm³ (67% de neutrófilos), 40 hemácias/mm³, com ausência de bactérias ao Gram. A cultura do LCR revelou E.
faecium sensível a vancomicina, teicoplanina e linezolida e resistente a penicilina e ampicilina. Ecocardiograma
sem vegetações. Colonoscopia normal, bem como análise da urina. A tomografia computadorizada de crânio
sem alterações. Inicialmente foi instituído ceftriaxone endovenoso (4g/dia), e com o isolamento de E. faecium
instituiu-se vancomicina endovenosa (2,4 g/dia) associado a vancomicina intratecal (10 mg/dia) por 14 dias. O
paciente recebeu alta sem sequelas aparentes.
RESULTADOS
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Estima-se que 0,3% a 4% de todas as MBA sejam devidas a Enterococcus spp . Estes patógenos estão associados
a MBA em pacientes submetidos a procedimentos neurológicos invasivos, trauma craniano e imunodeprimidos,
incluindo o uso de corticoides, sendo este último o único fator predisponente aparente no presente caso.
Não há consenso sobre o esquema terapêutico ideal (drogas, doses e duração) para MBA por E. faecium. No
presente caso obteve-se sucesso com a associação de vancomicina endovenosa e intratecal. E. faecium deve
ser considerado como etiologia em casos de MBA em usuários de corticoides. O melhor regime terapêutico para
esta condição necessita ser determinado.
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PÔSTERES
PO-24-34
MENINGITE DE MOLLARET RELACIONADA AO VÍRUS HERPES SIMPLES - UM
DIAGNÓSTICO A SER LEMBRADO
Autores: LISSA R. MACHADO SILVA; JOÃO ALVES ARAÚJO FILHO
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 34
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A meningite de Mollaret (MM) é uma forma rara e benigna de meningite linfocitária recorrente descrita pela
primeira vez em 1944 por Pierre Mollaret, na França. É caracterizado por episódios autolimitados de meningite. O
vírus herpes simples (HSV) tipo 2 é principal agente etiológico. Objetivos: Descrever um caso de MM relacionado
ao vírus HSV, e discutir os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos.
METODOLOGIA
Mulher de 34 anos, admitida com história de dor súbita e de forte intensidade em região cervical e tórax há 3
dias, associado a rigidez de nuca, cefaleia intensa holocraniana, febre alta, náuseas e vômitos. Refere que desde
os 11 anos apresenta episódios semelhantes (cerca de 7), sempre com diagnóstico de meningite viral, sendo o
último há dois anos. O líquido cefalorraquidiano (LCR) evidenciava 117 células/mm³, 99% de linfócitos, glicose:
51 mg/dL, proteína:77mg/dL, as pesquisas diretas de bactérias, fungos e micobactérias negativas. A tomografia
computadorizada do crânio (TCC) não evidenciou alterações. Foi iniciado tratamento com aciclovir pela suspeita
clínica de meningite de Mollaret, com programação para 14 dias. Durante internação o resultado de reação em
cadeia da polimerase (PCR) para HSV no LCR apresentou resultado positivo. Após 9 dias de internação, paciente
evoluiu com remissão dos sintomas e recebe alta para acompanhamento ambulatorial.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A MM é uma doença rara, mais frequente em mulheres, que deve ser suspeitada em todos os casos de meningite
aguda linfocitária recorrente. É importante a avaliação do LCR, assim como estudo com TCC e/ou ressonância
nuclear magnética para definição diagnóstica. O PCR para HSV no líquor tem sensibilidade de 95% e especificidade
100%. O tratamento e prevenção de recorrências com aciclovir, bem com valaciclovir e fanciclovir, tem sido
realizado, mas de modo questionável, pois não existem estudos controlados que comprovem a eficácia. O
diagnóstico precoce de MM pode prevenir internações prolongadas, investigações desnecessárias e tratamento
antimicrobianos empíricos prejudiciais.
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PÔSTERES
PO-24-35
ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO EM UM CENTRO DE
REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO
Autores: ANDRYELLE C. JESUS MARTINS; SORREYLLA PAULLA S. VASCONCELOS; TATIANE B. MENDES LEMES; ARIANA
R.ROMÃO GODOI; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE
Instituição: CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO CRER - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 35
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A exposição ocupacional a agentes biológicos é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos
orgânicos no ambiente de trabalho; as formas de exposição incluem: inoculação percutânea, por agulhas ou
objetos cortantes, assim como por contato direto com pele e/ ou mucosas.
OBJETIVO
Avaliar o perfil de Acidente com Material Biológico (AMB) em trabalhadores de um Centro de Reabilitação e
Readaptação na cidade de Goiânia
METODOLOGIA
Coorte descritiva de colaboradores acidentados com material biológico no período de julho de 2012 a dezembro
de 2015. Os colaboradores com AMB foram atendidos conforme protocolo institucional, inicialmente avaliados
pelo médico plantonista, com solicitação de exames. Posteriormente o colaborador foi acompanhado pela equipe
do Serviço Controle de Infecção Hospitalar (SECIH), onde foram avaliados exames e feito seguimento para
observar o desfecho do acidente. Os dados clínicos e laboratoriais foram registrados em Ficha de Atendimento
específico. As informações foram armazenadas em banco de dados informatizado. A análise de dados foi
realizada utilizando-se o programa SPSS 16.0.
RESULTADOS
Foram notificados 124 AMB. Os profissionais mais acometidos foram: técnicos em enfermagem 47 casos
(37,9%), instrumentador cirúrgico 11 (8,9%) e enfermeiros 7 (5,6%). As exposições mais comuns foram
percutânea 81 (65,3%) e mucosa 38 (30,6%). O material orgânico mais frequente foi sangue: 76 (61,3%). A
distribuição dos acidentes no hospital foi principalmente no Centro Cirúrgico: 46 (37,1%), UTI: 34 (27,4%) e
Internação: 24 (19,4%). Constatou-se que a maioria dos colaboradores tinha situação vacinal regular, com 85,5%
de imunização completa; vacinas incompletas 1,6% e ignorados 12,9%. A proporção de Anti-HBs reagente foi
de 81,5%. Os profissionais com uso de EPI totalizaram 78,2%. Em relação à evolução do caso, observou-se
que 110 (88,7%) obtiveram alta sem soroconversão. Treze casos (10,5%) abandonaram o seguimento e um
colaborador encontra-se em acompanhamento.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Nossos achados apontam a predominância de exposição ocupacional percutânea, notadamente nos técnicos em
enfermagem, outros autores tem descrito a maior frequência de acidentes perfurocortantes nestes profissionais.
É importante a educação continuada a fim de aumentar a adesão às medidas preventivas, notadamente a adesão
ao uso de dispositivos de segurança no manejo de perfurocortantes.
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PÔSTERES
PO-24-36
ENDOCARDITE INFECCIOSA: MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS COMO
APRESENTAÇÃO DA DOENÇA - RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Autores: MURILO FRAGA O. CALÁBRIA; CAROLINA DE O. ABRÃO; DÉBORA LUIZA MEIRELES DE MELO; ALINE NETO DE A.
PEREIRA; FRANCYSNETH ALMEIDA CRUZ
Instituição: HDT/HC-UFG - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 36
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Endocardite Infecciosa (EI) apresenta altos índices de morbimortalidade, à despeito da melhora de seu manejo.
Mais comum em homens e os principais agentes etiológicos são: Staphylococcus e o Streptococcus.
Anormalidades estruturais do coração são o principal fator de risco para a doença.
Complicações neurológicas ocorrem em 15-30% dos casos de EI, decorrentes de embolização das vegetações,
e a presença de complicações, como essas, piora o prognóstico da mesma.
OBJETIVO
Relatar caso de EI com manifestações neurológicas como apresentação da doença.
METODOLOGIA
R.P.V., 23 anos, febre, cefaléia, vômitos, déficit motor e crises convulsivas há 2 semanas. Glasgow 9, hemiparesia
à esquerda, hiperreflexia à direita sem sinais de liberação piramidal e presença de sinais meníngeos. Ausculta
cardíaca detectou sopro em foco mitral. Hemograma com leucocitose e plaquetopenia, PCR 198 (VR: 3.0).
Líquor com hipercitose e hiperproteinorraquia. TCC com laudo de HSA e hipodensidade, sem efeito de massa,
com hipótese de processo infeccioso meníngeo e possível encefalite associada. Hemograma com leucocitose
e plaquetopenia, PCR de 198 (VR: 3,0). Mantido ceftriaxone e associado aciclovir. Hipótese de EI aguda com
embolização para SNC. ECOTT mostrou dupla lesão mitral e imagem filamentar móvel em valva mitral (vegetação).
Ceftriaxone e aciclovir foram suspensos, iniciados oxacilina e gentamicina. Piora do nível de consciência,
intubado e encaminhado à UTI. Evoluiu com sepse de foco urinário e associado meropenem. Transferido para o
HC-UFG. Piora neurológica com pupilas anisocóricas e ECG 6. Hemocultura positiva para Streptococcus sp., e
mantido apenas meropenem. Novo ECOTT confirmou a vegetação em valva mitral. Submetido à cirurgia de troca
valvar mitral por prótese metálica. Paciente evoluiu para óbito em 28/05/16.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A EI é um desafio diagnóstico, devendo ser suspeitada em diversas situações clínicas. Acometimento da valva
mitral e tamanho da vegetação predizem risco de embolização. Embolização sistêmica ocorre em 25-30%,
destacando-se a embolização neurológica, podendo ser a apresentação inicial da doença. Nas manifestações
neurológicas, sinais focais predominam e acidente vascular isquêmico é a forma mais comum. Descreve-se,
também, ataque isquêmico transitório, hemorragia subaracnóidea ou intraparenquimatosa, abcesso cerebral,
meningite e encefalopatia. Embolismos cerebrais silenciosos ocorrerm em 35-60% dos casos. São muitas as
indicações de cirurgia cardíaca, realizadas em cerca de 50% dos casos.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-37
PERSPECTIVA DO TRATAMENTO HOSPITALAR DE INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS
AÉREAS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Autores: BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES; CIBELLE DA SILVA XAVIER; CLARA BRAGA DOS SANTOS AZEVEDO; FÁBIO
FERREIRA MARQUES
Instituição: UNIEVANGÉLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 37
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As infecções agudas de vias aéreas são definidas como todo processo infeccioso de etiologia viral ou bacteriano
no sistema respiratório. Elas se subdividem em infecções das vias aéreas superiores (rinites, rinosinusites,
amigdalites, otites, crupe e resfriados simples) e infecções das vias aéreas inferiores (pneumonias e bronquites).
OBJETIVO
Quantificar o tratamento hospitalar de infecções agudas das vias aéreas superiores e inferiores no Brasil entre
2011 e 2015.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo e prospectivo com abordagem analítica observacional de corte transversal
realizado no Brasil entre os anos 2011-2015. Utilizou-se uma população de estudo composta pelos casos de
tratamento hospitalar de infecções agudas das vias aéreas. Os dados foram obtidos do sistema DATASUS, de
ordem secundária, na categoria de base de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).
RESULTADOS
Entre 2011 e 2015 houveram 468202 casos de tratamento hospitalar de infecções de vias aéreas, dos quais
43,1% representam os casos referentes as vias aéreas superiores e 56,9% os casos de vias aeras inferiores.
A média anual foi de 93640.4 casos, com desvio padrão de 1,2%, sendo que houve uma queda desde 2011
(21,38%) fazendo de 2015 o ano com menores índices (18,72%). Demograficamente o sudeste (34,89%) é
responsável pelos maiores índices, seguido pelo nordeste (22,99%) e sul (17,20%). Além disso, foi constatado
que o tratamento de infecções aguda das vias respiratórias é um procedimento de média complexidade e com
predominância sob regime público (52,76%) em detrimento do privado (47,24%). Ressalta-se ainda que a
grande maioria dos atendimentos foram realizados sob caráter de urgência (96,11%) e o restante em caráter
eletivo (3,89%).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O tratamento de infecções agudas nas vias aéreas superiores tem decrescido nos últimos anos, o que pode
ter influência do aumento das campanhas vacinais e num maior esclarecimento da população sobre as formas
de prevenção e contagio das doenças causadoras de tal infecção. Vale ressaltar que esse predomínio do
atendimento em caráter de urgência de se ao fato de que muitas vezes os prontos socorros são a porta de
entrada para o atendimento hospitalar. Concomitantemente os pacientes também possuem a característica de
procurarem auxilio medico nos casos mais graves, o que justifica as infecções agudas de vias aéreas terem
maior prevalência, cujas complicações são de maior gravidade.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-24-38
MENINGITE FATAL CAUSADA POR PREVOTELLA LOESCHEII: UM RELATO DE CASO
Autores: JOÃO CARLOS GEBER-JÚNIOR; CELIO FARIA-JUNIOR; FLAVIANE BEATRIZ LARA; ANYELLE AMARO SOUSA; ALEX
LEITE PEREIRA; HENRIQUE MARCONI PINHATI
Instituição: HOSPITAL SÃO FRANCISCO - DF - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 38
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
INTRODUÇÃO
Prevotella spp. são bacilos gram negativos, anaeróbios e não moveis que compõem a microbiota da orofaringe,
cólon e vagina de indivíduos saudáveis. Devido à dificuldade no cultivo e identificação de anaeróbios, a patogênese
associada a Prevotella spp. continua obscura. Doenças causadas por P. loescheii incluem abcesso cerebral,
infecção de tecido mole, bacteremia, artrite séptica e infecção de prótese. Até o momento, nenhum caso de
meningite causada por P. loescheii foi relato.
OBJETIVO
Relatar um caso de meningite causada por Prevotella loescheii e a utilização de sequenciamento genético na
detecção e identificação de anaeróbios sem um cultivo primário.
METODOLOGIA
E.A.R.J, 14 anos de idade, negro e portador da síndrome de Osler-Weber-Rendu foi recebido no Hospital São
Francisco (DF) para investigar a causa de hemorragias e permaneceu internado por 31 dias. Durante o curso da
investigação, o paciente desenvolveu quadro neurológico e foi diagnosticado como meningite. Uma amostra de
líquido cefalorraquidiano (LCR) foi colhida e enviado ao laboratório de microbiologia e iniciou-se tratamento com
vancomicina e meropenem. O LCR estava purulento, mas a cultura foi negativa mesmo após 72h de incubação.
Na bacterioscopia, observou-se vários BGNs, intra e extraceluares. A amostra foi enviada ao LACEN-DF, onde o
DNA foi extraído com kit High Pure PCR Template Preparation (ROCHE). Usando a técnica de PCR, amplificouse o gene 16 rRNA com os primers U3 (5’-AGT GCC AGC AGC CGC GGT AA-3’), U4 (5’-AGG CCC GGG AAC
GTA TTC AC-3’) e U5 [5’-TCA AAK GAA TTG ACG GGG GC-3’ (K=G+T)]. O sequenciamento dos amplificados
foi realizado com o kit BigDye terminator cycle sequencing versão 2.0. Foi usado o sequenciador 3500 Genetic
Analyzer (Applied Biosystems). As sequências de DNA obtidas foram confrontadas em bancos genômicos
públicos, como Sepsitest-BLAST, SeqMatch/RDP e Blast/NCBI, sendo identificado como P. loescheii (97,6% de
similaridade com a sequência nº AY836508.1 – GenBank/NCBI).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O paciente desenvolveu uma meninginte, provavelmente resultado de sua comorbidade, por P. loescheii. Até o
presente momento, esse é o primeiro relato de meningite causada por P. loescheii. A técnica de sequenciamento
genético, apesar de onerosa, tem se mostrado eficiente, e até mesmo superior aos métodos convencionais, na
identificação de bactérias anaerobias.
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PÔSTERES
PO-24-39
METAHEMOGLOBINEMIA ASSOCIADA A PRIMAQUINA: UMA COMPLICAÇÃO RARA,
PORÉM GRAVE
Autores: MOARA A S B BORGES; MARINA M R PEDROSA; DÉBORA L M DE MELO; LISIA G M M TOMICH
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS (HDT) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 39
Data: 24/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Metahemoglobinemia (MetHB) adquirida é rara e envolve desordem no carreamento de O2 causada pela oxidação
da HB durante exposição a anestésicos, dapsona, primaquina e sulfonamidas. Causa anemia e hipóxia tecidual,
podendo levar a dispneia, cefaleia, tontura, convulsões, acidose, arritmias, coma e óbito.
OBJETIVO
Apresentação de 2 casos de MetHB com diferentes desfechos.
METODOLOGIA
Caso 1:Homem de 27 anos admitido com diagnóstico de malária por Plasmodium vivax há 8 dias tratada com
primaquina e cloroquina. Há 1 dia, iniciou dor torácica movimento-dependente à direita, associada a dispneia
leve. Ao exame: PA120x90 mmHg, FC74bpm, FR20irpm, Tax36,7ºC, Glasgow 15, Sat 83% em máscara 8L/
min, ausculta pulmonar sem alterações. Exames: pH7,45/pO2152 (FiO2 60%)/ Sat 99%/pCO2 30/BE +3/DHL
205/MetHB 11%/ HB 14,3/Ht 43,3%/ leucócitos 7.200/plaquetas 191.000. Evoluiu bem com oxigenioterapia,
recebendo alta 3 dias após.
Caso 2: Homem de 27 anos HIV sem TARV há 2 anos teve pneumocistose há 25 dias, tratada com primaquina
e clindamicina por farmacodermia grave à sulfonamida. Havia dispneia aos pequenos esforços que melhorava
ao repouso e tosse produtiva com grande expectoração há 10 dias. Ao exame, se mostrava REG, emagrecido,
taquidispneico usando musculatura acessória, acianótico, monilíase oral, PA80x60mmHg, FC155bpm, FR55irpm,
Sat 74%, ausculta pulmonar com murmúrio diminuído difusamente. Exames: pH7,44/pO246/Sat 83%/pCO229/
HCO319,7/HB12,8/Ht38,2%/ leucócitos 12.600/plaquetas 280.000/DHL744/MetHB 5,3%. Evoluiu com IRA,
instabilidade necessidade de droga vasoativa e IOT. Realizada dessensibilização do sulfametoxazol/trimetoprim
no dia 21/01 e, então, suspensa primaquina. Desenvolveu PAV por MRSA em 22/01 tratada com linezolida. Em
31/01, apresentou PCR em assistolia, evoluindo para óbito.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
MetHB pode ser fatal se não reconhecida rapidamente: ausência de melhora da saturação com alto fluxo de
O2 e diferença de saturação >5% entre gasometria e oxímetro. Primaquina é um potente indutor de MetHB,
mesmo quando a atividade da G6PD é normal. O diagnóstico é feito quando a MetHB aumenta acima de 2%.
Azul de metileno é recomendado com MetHB >20% em pacientes sintomáticos e >30% em assintomáticos.
Comorbidades como anemia grave, cardiopatia e pneumopatia devem ser tratados mesmo com MetHB <10%.
Nem sempre os sintomas se correlacionam com níveis de MetHB. Julgamento clínico é importante, pois o azul
de metileno pode levar a hemólise grave, especialmente naqueles com deficiência de G6PD.
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PÔSTERES
PO-25-01
SURTO DE BACTÉRIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A POLIMIXINA B EM
HOSPITAL TERCIÁRIO DE GOIÂNIA- GOIÁS
Autores: MARINA MASCARENHA RORIZ PEDROSA; GUILLERMO SOCRATES P. DE LEMOS; LUCAS PEIXOTO BATISTA;
MARTA MARIA DA SILVA DO AMARAL; TATIANA BACELAR ACIOLI LINS; CAROLINA RODRIGUES ANDRADE; LAYSA LORENA
PEREIRA AGUIAR; RENATA BENEVIDES VASCO COELHO; VIVINA PEREIRA RAMOS
Instituição: HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 01
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A tendência ao aumento da resistência aos antimicrobianos continua ameaçando a saúde global graças a produção
limitada de novos antibióticos. As bactérias Gram-negativas multidroga resistentes são uma preocupação especial
. No período de 30/08/2015 a 19/10/2015 observou-se um aumento do número de casos de K. pneumoniae
resistente à polimixina B, no Hospital de Urgências de Goiânia, HUGO.
OBJETIVO
Descrever o surto de casos de Klebsiella pneumoniae resistente a Polimixina B ocorrido no HUGO no período de
30/08/15 a 19/10/15.
METODOLOGIA
Foram estudados todos os casos dos pacientes que tiveram cultura positiva para Klebsiella pneumoniae que
apresentava resistência ao antimicrobiano polimixina B no período de 30/08 a 19/10/2015 no Hospital de
Urgências. As amostras foram enviadas para análise em laboratório de referência opnde foi realizado estudo
molecular e identificados 2 clones. Os pacientes receberam tratamento conforme orientação da equipe de
infectologistas e foram acompanhados até o desfecho dos casos.
RESULTADOS
Os casos pertenciam a 07 pacientes de diferentes procedências, sendo 03 (43%) do sexo feminino e 04 (57%)
do sexo masculino com idades variando de 37 a 87 anos. Com relação aos procedimentos realizados, 03 (43%)
pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos sendo que dois deles (66,65%) foram submetidos à
cirurgia na própria instituição onde ocorreu o surto e o outro paciente (33,35%) passou por cirurgia na instituição
de origem.
Foi realizada a cultura para bactérias aeróbias em diferentes amostras clínicas, assim distribuídas: 04 (57,1%)
amostras de Secreção traqueal; 02 (28,6%) amostras de Sangue e 01 (14,3%) amostra de urina. Todas as
culturas apresentaram crescimento de K. pneumoniae com resistência à polimixina B.
Foi realizada a Concentração Inibitória Mínima (MIC) e os isolados foram submetidos à análise molecular para
verificar presença de vínculo genético entre os mesmos. Utilizou-se o método RAPD (Randon Amplification of
Polymorphic DNA) e conclui-se os microrganismos pertenciam a dois diferentes clones, designados como “A”
(57%) e “B” (43%).
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DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Dentre os 07 casos, 04 (57%) receberam alta hospitalar e 03(43%) foram a óbito. Não se pode afirmar que
os óbitos foram em conseqüência da infecção por bactéria multi- resistente aos antimicrobianos porque todos
pacientes possuíam comorbidades.
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PÔSTERES
PO-25-02
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À DIFERENTES ANTIBIÓTICOS DAS CEPAS DE
STAPHYLOCOCCUS SPP E BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS ISOLADOS DO AR E
SUPERFÍCIES DE DIFERENTES SETORES DE UM HOSPITAL DE GOIÂNIA-GO
Autores: MAYK TELES DE OLIVEIRA; LORRANNY MAYARA SILVA CUNHA; FERNANDA CARDOSO CRUZ; NATHÂNY KELLY
RIBEIRO BATISTA; LUIZA TOUBAS CHAUL; VIRGÍNIA FARIAS ALVES; MARIA DO ROSARIO R. SILVA; CAROLINA RODRIGUES
COSTA; MARIA TERESA FREITAS BARA; IEDA MARIA SAPATEIRO TORRES
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Ag. Financiadora: FAPEG - Nr. Processo: 2013012102440748
Área: ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA - Sessão: PAINEL 02
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As infecções hospitalares (IH) constituem um grave problema da saúde pública, sendo os dados pouco divulgados
no Brasil. Diversos estudos identificaram cepas correlacionadas às infecções de sítio cirúrgico encontrando
micro-organismos como Enteroccocus, Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp coagulase negativa e
bactérias Gram-negativas. É cada vez mais atual a ideia de que a profilaxia é o melhor caminho.
OBJETIVO
Verificar o perfil de resistência aos antibióticos dos Staphylococcus spp., e de bactérias Gram-negativas isoladas
do ar e de superfícies no Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva e Sala de Lavagem e Esterilização de
Materiais de um hospital em Goiânia-GO.
METODOLOGIA
Para amostragem do ar utilizou-se o método de impactação em meio sólido (Spin Air, IUL®) com os meios
de cultura ágar caseína-soja, ágar manitol e ágar cetrimida, em duplicata. Para isolamento de bactérias nas
superfícies previamente determinadas, utilizaram-se placas de contato (RODAC®) contendo ágar caseína-soja,
acrescido de 0,1% de lecitina de soja e 0,7% de tween 80. A identificação dos micro-organismos foi realizada
utilizando-se os cartões de identificação do Vitek® 2 Systems, BioMérieux inc. Os antibiogramas foram feitos de
acordo com a metodologia de difusão de disco em Ágar Müeller-Hinton padronizada pelo CLSI.
RESULTADOS
Foram isoladas do ar e superfícies 39 bactérias Staphylococcus spp e 12 bactérias Gram-negativas. Nos
Staphylococcus spp foram identificados em maior número as seguintes espécies: S. hominis spp hominis
(36%) e S. haemolyticus (23%). Das enterobactérias e não-enterobactérias, 84% eram da espécie Enterobacter
ludwigii e 67% Sphingomonas paucimobilis, respectivamente. Entre os Staphylococus spp., 56% apresentaram
resistência simultânea à azitromicina, penicilina e oxacilina. Destas, 6 cepas foram isoladas do ar do centro
cirúrgico, 9 da sala de esterilização e 4 da UTI.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
No Brasil não existem legislações que preconizam os limites microbianos encontrados no ar e superfícies
hospitalares. As análises quantitativas e qualitativas do ar e superfícies constituem um instrumento essencial
para o controle microbiológico de ambientes hospitalares, assim como para os estudos de cunho epidemiológico
de infecções nosocomiais.
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PÔSTERES
PO-25-03
DIFÍCIL TRATAMENTO DE PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E VHC. COMO
PROCEDER?
Autores: RAPHAEL ANDRADE G. BORGES; GUILHERME DOS SANTOS QUEIROZ; FELIPE ALENCAR M. BORGES; SÔNIA
MARIA GERALDES; DANIELLE RABELO G. VELDMAN; TAINÁ ALVES M. CORDEIRO; VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; VÍTOR DE
C. N. PINHEIRO; RÔMULO COELHO CAVALCANTE; NAIRA COUTINHO O. ROCHA
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 03
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde
de 2015, afirma que “a população dos renais crônicos em relação aos novos medicamentos existem poucos
dados”. Portanto é no cotidiano que é necessário reafirmar qual a melhor conduta em cada caso.
OBJETIVO
Levar à reflexão do tratamento de Hepatite C em doença renal crônica terminal.
METODOLOGIA
MEPS, feminina, 35 anos, na gestação desenvolveu uma pré-eclampsia grave, tornou-se hipertensa com
evolução pra insuficiência renal, sendo submetida a transplante de rim no ano 2000. Houve rejeição do enxerto,
voltando à hemodiálise. Nesse tempo diagnosticada com VHC (vírus da hepatite C) e VHB (vírus da hepatite
B), realizado exames de rastreamento no qual VHB-DNA menor que 20 UI/mL, PCR-VHC de 2.089.085 UI/mL,
ecografia de abdome revelou hepatopatia crônica e com sinais de hipertensão portal (esplenomegalia). Realizouse também elastografia hepática - VHC/Metavir/F1F2, VHB/F2/F3, genotipagem do VHC genótipo 1.
RESULTADOS
Tentou-se tratar a hepatite C em 2014 com interferon peguilado 135 mg para tentar transplante renal, sem
sucesso. A nefrologia relata que como paciente tem deficiência no transplante foi contraindicado o transplante
antes do tratamento para hepatite C.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Tratar com o que temos, judicializar ou convencer a nefrologia de transplantar e depois tratar? O uso de Sofosbuvir
e Daclatasvir deve ser feita com cautela e de forma individualizada (The European Association for the Study of
the Liver, 2015), entretanto a paciente é anúrica, e segundo a bula da ANVISA “não se pode dar nenhuma
recomendação de dose para os pacientes com insuficiência renal grave”. O que há de seguro em relação à
ombitasvir/veruprevir/ritonavir + dasabuvir que “não afeta algumas vias de eliminação renal ativas, como
transportadores e proteínas” (ANVISA), o mais seguro, mas não disponível no protocolo clínico, é interessante
judicializar? Em relação ao transplante a paciente tem um grau de fibrose mínimo em relação ao VHC, portanto
poderia transplantar o rim e tratar quando houvesse evidências de atividade do VHC no rim. Neste caso, não há
apenas uma resposta o que leva a reflexão do protocolo e também da posição do nefrologista de não transplantar
sem antes tratar o VHC.
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PÔSTERES
PO-25-04
HEPATITES VIRAIS - CASOS CONFIRMADOS NOTIFICADOS EM GOIÁS NO PERÍODO
DE 2007 A 2015
Autores: TATIANE GONÇALVES SILVA; ANDRESSA OLIVEIRA PEREIRA; RAÍZA MICHELLE VIDAL SANTOS
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) Regional Jataí - Cidade/UF: JATAÍ/GO
Área: HEPATITES VIRAIS - Sessão: PAINEL 04
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As hepatites virais são caracterizadas como infecções causadas por vírus que atacam o fígado produzindo
inflamação. Têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos
e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. A susceptibilidade é universal. A infecção
confere imunidade permanente e específica para cada tipo de vírus. A imunidade conferida pelas vacinas contra
a hepatite A e hepatite B é duradoura e específica.
OBJETIVO
Este estudo objetivou analisar os dados referentes aos casos confirmados notificados no estado de Goiás no
período de 2007 à 2015.
METODOLOGIA
Consistiu-se na análise quantitativa dos dados, apresentando frequências absolutas sobre os casos de hepatites
virais. Deste modo, utilizou-se dados disponibilizados, principalmente, pelo Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (Sinan/MS), referentes ao período de 2007 a 2015. Área estudada foi o estado de Goiás. Definiuse como casos de hepatites virais de acordo com o município de residência, tipo viral, gênero e faixa etária.
RESULTADOS
A partir da análise dos dados obtiveram-se dados que demonstram um total de 6759 casos confirmados
notificados em Goiás por hepatite viral no período de 2007 a 2015. Desse total, 3282 casos pelo vírus B; 1517
pelo vírus C; 1449 pelo vírus A; 342 Ign/branco; 112 pelos vírus B+C; 23 pelos vírus A+B; 23 não se aplicam;
vírus A+C foram 8; pelos vírus B+D foram 2 e um por vírus E. Dentre esses casos 3416 eram pacientes do
sexo masculino e 3339 do sexo feminino. Maioria dos casos pertencia à faixa etária de 20 a 39 anos (2652) e
a minoria acima de 80 anos (17). A cidade com maioria dos casos foi Goiânia com 1757 (25,99%) do total de
casos no estado, sendo 981 (55,83%) pelo vírus B; 481 (27,37%) pelo vírus C; 241 (13,72%) pelo vírus A; 36
Ign/branco; 12 vírus B+C; 3 não de aplicam; 2 vírus A+C; único caso por vírus E no estado e nenhum caso por
vírus B+D e nem por vírus A+B.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A presente análise de dados permite conhecer o comportamento das hepatites no estado de Goiás. Foi possível
demonstrar que há o predomínio de Goiânia, provavelmente por nesta cidade haver uma maior população em
comparação com as outras cidades. Nesse caso o fato de haver maior acesso aos serviços de saúde se restringe
aos residentes na cidade de Goiânia. Predomínio entre jovens-adultos e do sexo masculino. Tanto no Estado
quanto em Goiânia a maioria dos casos de hepatite viral foram causados pelo vírus B.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-25-05
REUNIÃO CLÍNICA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O ATENDIMENTO DE PESSOAS
VIVENDO COM HIV/AIDS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: LEANDRO CORREA MACHADO; SÍLVIA FURTADO DE BARROS; ELIANE MARIA F SEIDL; SILVANIA MARTINS SILVA;
CLÁUDIA CARVALHO MAGALHÃES; MARIA INÊS TOLEDO; BIANCA AGRA BARBOSA; GUILHERME MARRETA C. AYRES;
ELZA FERREIRA NORONHA
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 05
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Apesar dos avanços no tratamento de pessoas com HIV/aids (PVHA) a adesão à terapia antirretroviral (TARV) ainda
é um desafio enfrentado no atendimento dos profissionais da equipe multiprofissional que substituiu o tratamento
focado exclusivamente na atenção médica. Vários autores referem a importância da atenção multidisciplinar para
resgatar PVHA com baixa adesão à TARV.
OBJETIVO
Relatar a experiência de reunião clínica multiprofissional sobre o atendimento de PVHA com problemas de adesão
ao tratamento, realizada no Hospital Universitário de Brasília
METODOLOGIA
Descrição das estratégias utilizadas pela equipe multiprofissional em reuniões regulares realizadas mensalmente,
com a participação de médicos, psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais, bem como de residentes,
estagiários e internos visando a adesão ao tratamento.
RESULTADOS
Os casos a serem analisados na reunião clínica são escolhidos de forma consensual pelos profissionais das
diferentes áreas, tendo prioridade os pacientes com dificuldades de adesão ao tratamento, em acompanhamento
ambulatorial ou em contexto de internação. Para subsidiar a discussão, cada especialidade apresenta, com
recurso audiovisual, o histórico do caso, avaliação atual, desafios e as condutas/intervenções implementadas.
A partir das informações compartilhadas, a equipe define condutas integradas e por área, com base nas
demandas do usuário. Uma síntese das deliberações da equipe é registrada, no intuito de manter a memória
da reunião, favorecendo a implementação das condutas definidas. Esta estratégia está se constituindo em
espaço de aprendizagem na perspectiva biopsicossocial do processo saúde-doença e de fortalecimento da
interdisciplinaridade da equipe.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A reunião tem se mostrado uma ferramenta importante na melhoria da articulação e da comunicação da equipe,
bem como da qualidade do atendimento aos pacientes. Tem propiciado ainda o desenvolvimento, por parte dos
profissionais, de uma visão ampliada do conceito de saúde, se constituindo em espaço de sensibilização para
o trabalho interdisciplinar, possibilitando trocas e maior conhecimento acerca das práticas e modos de atuação
profissional de cada área.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-25-06
NEUROCHAGAS EM IMUNOSSUPRIMIDO: RELATO DE CASO
Autores: LISSA SILVA; DANIELLE GRISOLIA; LUIZ CARLOS SOUZA; MARINA PEDROSA; ANA BEATRIX CAIXETA; CAMILA
ARAÚJO; AMANDA JORGE
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 06
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Doença de Chagas é uma antropozoonose de extrema relevância na América. Estima-se que existam cerca de
2 a 3 milhões de casos no Brasil, predominando as formas indeterminada e crônica. Em imunodeprimidos pode
haver reativação destas formas, muitas vezes com quadros graves como encefalite ou miocardite.
OBJETIVO
Descrever um caso de reativação de Doença de Chagas em paciente HIV positivo.
METODOLOGIA
Homem de 62 anos, procedente de área rural do interior de Goiás, com diagnóstico de HIV há 17 anos e em
abandono de tratamento há 2 anos. Foi encaminhado ao Hospital de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad, com história
de cefaleia e vômitos há 2 meses e confusão mental há 10 dias, além hemiparesia braquiocrural direita e febre.
Como a tomografia computadorizada (TC) de crânio evidenciou área nodular hipodensa no tálamo esquerdo com
realce anelar após contraste e o líquor era normal, foi iniciado tratamento empírico para toxoplasmose. Porém
o paciente evoluiu com piora clínica e em novo líquor evidenciou-se formas tripomastigotas de Trypanossoma
cruzi. Foi iniciado tratamento com benzonidazol, mas houve piora do nível de consciência, com necessidade de
Intubação e UTI. Com 12 dias de internação na UTI, evoluiu com pneumonia nosocomial e óbito.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Em recente revisão sistemática, observou-se que a reativação da doença ocorria com mais frequência em
pacientes com CD4<200. A meningoencefalite é a mais frequente das reativações correspondendo a 70-85%
dos casos. Em pacientes HIV o quadro clinico e os achados tomográficos são semelhantes a neurotoxoplasmose.
Na análise direta do líquor é descrita a detecção das formas Tripomastigotas em 78% dos casos, sendo critério
diagnóstico de encefalite chagásica. A mortalidade em casos de reativação varia de 55 a 79%, sendo ainda
maior nos casos de meningoencefalite. O tratamento deverá ser realizado com Benzonidazol ou com Nifurtimox
e é indicada profilaxia secundária com benzonidazol até um CD4 acima de 200. O Brasil avançou muito quanto
ao controle de vetores e controle da infecção aguda, no entanto, com o surgimento da AIDS e de terapias
imunossupressoras, a doença de Chagas volta a ter relevância no nosso contexto, sendo sempre necessário um
alto índice de suspeição para evitarmos desfechos como o descrito.
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PÔSTERES
PO-25-07
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ENTRE NEUROTOXOPLASMOSE E NEUROCHAGAS NO
PACIENTE COM INFECÇÃO PELO VÍRUSDA IMUNODEFICIENCIA HUMANA
Autores: LUÍSA LIMA ALVES ; NATÁLIA SANTOS DE MELO; MAYARA SOUZA MARTINS; BRUNA CAMPOS OLIVEIRA; MATHEUS
VIEIRA MATOS; MAYRA FERNANDES RODRIGUES; DAYANNE AUGUSTA GONÇALVES
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: HIV/AIDS - Sessão: PAINEL 07
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
É grande a semelhança clínica, laboratorial, radiológica e anatomopatológica entre portadores das associações
vírus da imunodeficiência humana (HIV) com doença de Chagas (DC) e síndrome da imunodeficiência adquirida
(AIDS) com toxoplasmose (T).Merece destaque o crescente aumento do número de casos relatados da
associação HIV-DC, especialmente no Brasil, e a alta freqüência mundial da associação AIDS-T.
OBJETIVO
Análise das dificuldades no diagnóstico diferencial entre as encefalopatias chagásica e toxoplásmica, em
pacientes HIV positivos.
METODOLOGIA
Paciente masculino, 61 anos, SIDA, em investigação de quadro neurológico.Há 2 meses refere cefaléia,
vômitos e diminuição de força em MSE, evoluindo há 4 dias com confusão mental, astenia e diarréia. Relata
uso irregular de TARV(Biovir, Atazanavir/Ritonavir), CD4 de 208 e CV 372834. Considerando o quadro clínico e
epidemiologico,foi iniciado tratamento empírico para neurotoxoplasmose (NT).Colhido líquor:BAAR, VDRL,Tinta
da China negativos,glicose 34, proteínas 59, ADA 1,5. Sorologias para hepatite C e B (não reagentes), imune à
toxoplamose e CMV. Na TC de crânio com contraste: área nodular hipodensa no tálamo esquerdo medindo 2,5cm,
com tênue realce anelar interno por contraste, sugestivo de NT.Mantido tratamento paciente evoluiu com piora do
nível de consciência, ptose palpebral à esquerda e crises focais motoras mioclônicas.Novo líquor:análise direta
com Trypanosoma cruzi.Iniciado tratamento para nerurochagas com Benzonidazol e solicitado sorologiaIgM
para Chagas que veio reagente.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Envolvimento neurológico na AIDS é comum. 40-60% dos pacientes desenvolvem algum distúrbio neurológico.A
reagudização da DC pode ocorrer em pacientes imunocomprometidos, é freqüente pacientes com HIV/AIDS
avançada desenvolverem meningoencefalite ou efeito de massa intracraniano causado pelo T. Cruzi. O diagnóstico
laboratorial da reativação da DC inclui:sorologia para T. Cruzi, neuroimagem e análise direta do LCR. Um resultado
positivo para cultura de sangue não deve ser interpretado como evidência absoluta de reativação, em vista que
resultados positivos destes exames ocorrem em chagásicos crônicos.O relato deste caso mostra-se pertinente
ao apresentar um importante diagnostico diferencial no paciente com SIDA e comprometimento neurológico:DC.
Um correto diagnóstico baseado na informação epidemiológica,clínica e sorológica tem um impacto significativo
na sobrevivência do paciente, reduzindo mortalidade desta doença, especialmente na fase aguda.
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PÔSTERES
PO-25-08
VACINAS X REAÇÃO ADVERSA: FREQUENCIA NO HOSPITAL SECUNDÁRIO DO DF
Autores: LETÍCIA MITI KUWAE; ANGÉLICA SAYEMI KUWAE; VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; MARINE GONTIJO FREITAS; ZILDENE
S MOREIRA BITENCOURT; TATIANA FONSECA DA SILVA
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 08
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Desde a segunda metade do século XX as vacinas representam uma importante medida de saúde pública, sendo
responsáveis não apenas pela erradicação de doenças, como também pelo aumento significativo da expectativa
de vida, dados demonstram que do século XVIII para o século XXI a expectativa de vida praticamente dobrou.
Assim como os demais produtos biológicos, as vacinas não se encontram livres de apresentarem reações
adversas. Uma vez que o padrão de segurança destas está intrinsecamente relacionado ao êxito do programa de
imunização, assegurar a biosegurrança da vacinação, assim como estar prepados para o manejo de possíveis
reações adversas é de extrema importância para manter a credibilidade do programa de imunização.
OBJETIVO
Avaliar a frequência de reações adversas de acordo com o tipo de vacina aplicadas em um Hospital Secundário
do DF entre os anos de 2014 a 2015.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico realizado a partir da análise de dados obtidos no Unidade Hospitalar Secundária do DF
dos eventos adversos ocorridos pós-vacinação de todas as vacinas do programa nacional preconizadas para
crianças até o primeiro ano de idade durante os anos de 2014 e 2015.
RESULTADOS
Nos ano de 2014 foram aplicadas um total de 66.035 doses de vacinas, sendo que 0,051% desse total
apresentou algum tipo de evento adverso. As vacinas que apresentaram maiores taxas de reações adversas
foram a Pentavalente com 0,33%, e a Pneumocócica com 0,22%.
No ano 2015 um total de 46.254 doses foram aplicadas e dessas 0,056% apresentaram alguma manifestação
adversa. Assim como no ano de 2014, as vacinas que apresentaram as maiores taxas de eventos adversos
foram a Pentavalente com 0,48% e a Pneumocócica com 0,40%.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Ainda que as vacinas apresentem altos níveis de segurança, eventos adversos são inerentes às mesmas. No
entanto, como demonstrado no estudo, a taxa de eventos adversos pós-vacinação é consideravelmente baixa.
Com isso é possível concluir que as reações adversas existem, porém a sua segurança e eficácia é muito maior
do que os eventos adversos. O que demonstra a importância do incentivo a adesão do programa de imunização
nacional.
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PÔSTERES
PO-25-09
PREVALÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS A VACINA PENTAVALENTE EM REGIÃO
ADMINISTRATIVA DO DF
Autores: VALÉRIA NOGUEIRA NAVES; ANGÉLICA SAYEMI KUWAE; LETÍCIA MITI KUWAE; JUVENAL FERNANDES DOS
SANTOS; ZILDENE DOS SANTOS M BITENCOURT; TATIANA FONSECA DA SILVA
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: IMUNIZAÇÕES / MEDICINA DOS VIAJANTES - Sessão: PAINEL 09
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Desde 2012 a vacina difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b
(conjugada) é preconizada no calendário vacinal nacional, sendo aplicada em crianças com 2, 4 e 6 meses de
idade1.
A vacina pentavalente pode ocasionar uma série de eventos adversos, principalmente 48 a 72 horas após sua
realização (1,2). Tais reações ocorrem principalmente devido à presença do componente pertússis na composição
da vacina1. No entanto, a grande maioria destas apresentam um curso beningo e com bom prognóstico2.
Ainda que as reações adversas após a aplicação da pentavalente sejam em sua maioria benignas, alguns eventos
graves podem ocorrer, devendo a vacina ser contraindicada e substituída. São esses: episódio hipotônicohiporresponsivo nas primeiras 48 horas, convulsões nas primeiras 72 horas, reação anafilática nas primeiras
duas horas e encefalopatia aguda nos primeiros sete dias após aplicação da vacina1.
OBJETIVO
Avaliar a prevalência de reações adversas graves ocorridas após vacinação da pentavalente e analisar a conduta
tomada frente à situação.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico quantitativo e qualitativo baseado nos dados coletados de um Hospital Secundário do DF
sobre os eventos adversos graves ocorridos após a vacinação da pentavalente em crianças até o primeiro ano
de idade, no período de 2014 a 2015.
RESULTADOS
No ano de 2014, um total de 7549 doses de vacina pentavalente foram realizadas em crianças com um ano ou
menos, sendo que desse total 0,33% apresentaram algum tipo de evento adverso e 0,16% foram considerados
eventos adversos graves com substituição do esquema pela DTPa.
Em 2015, 4125 doses de pentavalente foram realizadas em crianças com um ano ou menos, destas, 0,48%
apresentaram eventos adversos e 0,27% foram considerados eventos graves com substituição do esquema pela
DTPa. Todas as reações apresentaram cura sem sequelas.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Ainda que a vacina pentavalente possa apresentar um número considerável de reações adversas, suas taxas são
pequenas quando analisado o tamanho da população que é coberta pela vacina. Além disso, mesmo os eventos
adversos graves apresentam curso benigno e sem sequelas.
Os dados avaliados mostram que a conduta tomada pela equipe de saúde foi adequada em substituir o esquema
vacinal quando apresentado eventos adversos graves.
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PÔSTERES
PO-25-10
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS SOBRE
FERIDAS INFECTADAS
Autores: CARLOS MATHEUS PIERSON COLARES; HÉLIO GALDINO JÚNIOR; ANACLARA FERREIRA V TIPPLE
Instituição: FACULDADE DE ENFERMAGEM - UFG - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 10
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Recentemente biofilmes bacterianos têm sido implicados no retardo da cicatrização de feridas. Abordagens
direcionadas na identificação de sinais e sintomas e na remoção dos biofilmes têm surgido como estratégias
para o manejo de feridas crônicas com retardo na cicatrização devido infecção. Enfermeiros atuam na avaliação
de feridas e auxiliam na decisão terapêutica dos produtos no tratamento de feridas e poucos estudos avaliaram
o conhecimento de enfermeiros sobre este tema.
OBJETIVO
Avaliar o nível de conhecimento de enfermeiros sobre graus de contaminação em feridas, biofilmes e sinais de
infecção em feridas.
METODOLOGIA
Estudo quantitativo, realizado em dois hospitais universitários, na cidade de Goiânia-GO (n=18), e outro na
cidade de Cuiabá-MT (n=20), no período de novembro de 2015 a abril de 2016. A amostra constituiu-se de 38
enfermeiros envolvidos no tratamento de feridas nestes hospitais. A amostra foi calculada considerando erro
amostral de 5% e nível de confiança de 95%. Aplicou-se um questionário em que os enfermeiros autoreferiram
seu nível de conhecimento atual nos itens: conhecimento sobre infecção em feridas, biofilme em feridas e graus
de contaminação de uma ferida, assinalando de 1 a 4 para cada item, sendo: 1 - nenhum conhecimento; 2 - baixo
conhecimento; 3 - conhecimento intermediário e 4 - alto conhecimento. Logo após responderam uma questão
de múltipla escolha relacionada a cada item e ao final assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
A análise foi feita no software SPSS® 21, apresentando resultados em frequências simples, médias e desvios
padrão.
RESULTADOS
O conhecimento autorreferido sobre o tema “infecção em feridas” obteve média de 2,5 (± 0,6). Quanto ao tema
“biofilme em feridas” foi evidenciado média de 2,1 (± 0,6). O tema “conhecimento dos graus de contaminação de
uma ferida” obteve a média 2,5 (± 0,6). Os indicadores evidenciam baixo conhecimento autorreferido nos temas
pesquisados. Nas questões de múltipla escolha, 51,3% (n=20) dos enfermeiros não souberam especificar os
sinais de infecção em feridas. 82,1% dos enfermeiros (n=32) não identificaram corretamente as características
dos graus de contaminação (colonizada, criticamente colonizada e infectada) em uma lesão e 48,7% (n=19)
não sabem o que são biofilmes.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Conclui-se que os enfermeiros deste estudo apresentam baixo conhecimento sobre infecção em feridas, o que
foi confirmado pela alta frequência de respostas incorretas, apontando para a necessidade de capacitação sobre
o tema.
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PÔSTERES
PO-25-11
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO POR MICOBACTÉRIAS EM PACIENTES
SUBMETIDAS A CIRURGIA PLÁSTICA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Autores: JESSYCA RODRIGUES BRAGA; SILVANA DE LIMA V. DOS SANTOS; MARINÉSIA APARECIDA DO PRADO;
ALEXSANDRA GOMES R S DA SILVA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 11
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS). No
Brasil, ocupa a terceira posição, dentre as infecções registradas em serviços de saúde, e atinge cerca de 14% a
16% dos pacientes hospitalizados Dentre as ISC, as causadas pelas Micobactérias Não Tuberculosas (MNT) têm
se tornado cada vez mais frequentes, aumentando a prevalência de ISC na prática clínica.
OBJETIVO
Descrever o perfil epidemiológico das ISC por MNT em pacientes submetidos à cirurgia plástica.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico retrospectivo, realizado em Goiânia-Go. A fonte de dados foi constituída por todos os
casos de ISC causadas por MNT, notificados à Coordenação Municipal de Controle de Infecção e Segurança
do Paciente em Serviços de Saúde (COMCISS), no período de 2006 a dezembro de 2015. A coleta de dados
constituiu-se das fichas de notificação arquivadas na COMCISS. Os dados foram coletados no período de
outubro/dezembro de 2015 e março de 2016.
RESULTADOS
Verificou-se maior número de casos notificados no ano de 2011. Dos 75 casos de pacientes com ISC/MNT, 69
foram provenientes de instituições de saúde da rede privada. Identificou-se que a maioria era do sexo feminino
com média de idade de 33,36 anos. Destacou-se a mamoplastia em 36 dos casos, seguida por mamoplastia e
abdominoplastia (32). A técnica cirúrgica mais utilizada foi à convencional (58), seguida da por vídeo (2). Dentre
os sinais/sintomas manifestados pelos pacientes com diagnóstico de ISC/MNT destacou-se: (63) secreção e
(36) edema. Dos 75 casos, 70 foram confirmados e cinco de suspeitos. Das 72 culturas realizadas para MNT,
66 foram positivas e quatro negativas. As espécies identificadas com maior prevalência foram o Mycobacterium
fortuitum (27) e Mycobacterium abscessus (12). O tratamento terapêutico de 71 pacientes foi realizado, destes
32 associou-se o tratamento cirúrgico à antibioticoterapia.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A literatura nacional e internacional sobre casos ISC/MNT em pacientes submetidos a cirurgias estéticas destacam
os implantes de prótese mamária e a lipoaspiração, como sendo as mais frequentes. Destacam ainda, que, M.
abscessus, M. fortuitum e M. chelonae, são as espécies mais relacionadas a esses agravos. Essas evidências
sinalizam para novos estudos, direcionados a análise microbiológica das próteses mamárias, previamente a
mamoplastia e validação do processamento do instrumental cirúrgico.
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PÔSTERES
PO-25-12
SEPSE POR RHIZOBIUM RADIOBACTER EM PACIENTE COM HANSENÍASE
Autores: LUCIANA LEITE PINELI SIMÕES; ANDRÉA INÊS SPADETO AIRES; PATRÍCIA FÁTIMA MONTEIRO DE
SOUZA; ANA CARLA DIAS LEITE; KÁSSIA CECÍLIA PIRETTI; CÁSSIA SILVA DE MIRANDA GODOY; ELIONÁDIA
BARBOSA DE MIRANDA; MARIA DE LOURDES ALVES; THAIS YOSHIDA
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DR. ANUAR AUAD - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: INFECÇÕES ASSOCIADAS A SERVIÇOS DE SAÚDE - Sessão: PAINEL 12
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Rhizobium radiobacter (Agrobacterium radiobacter) é um bacilo gram negativo aeróbio do gênero Agrobacterium,
reconhecido como fitopatógeno. Desde o primeiro caso de infecção humana em 1980, R. radiobacter tem emergido
como oportunista humano. A maioria dos pacientes tem uma doença de base grave como imunossupressão,
doenças malignas, doença renal, uso de corticóide e infecção pelo HIV. As apresentações incluem sepse
por cateter venoso central (CVC), endocardite em válvulas protéticas, infecção do trato urinário, peritonites e
pneumonia. Há boa resposta a antimicrobianos e o desfecho normalmente é favorável.
OBJETIVO
Relatar o primeiro caso de sepse por Rhizobium radiobacter em um hospital de referência para o tratamento de
doenças infectocontagiosas de Goiás.
METODOLOGIA
Relato de caso.
RESULTADOS
Paciente masculino, 66 anos, com história de Hanseníase diagnosticada em 2010 e tratada até 2013. Evoluiu com
quadros reacionais fazendo uso de prednisona. Em 2013 diagnosticou-se câncer de próstata e fez radioterapia.
Admitido em out/2015 para tratamento de infecção secundária em lesões sequelares de hanseníase localizadas
em perna e pé direitos, com dor e secreção amarelada, calafrios, oligúria, febre e dispneia. Foi tratado com
ciprofloxacino e clindamicina com melhora. No 29° dia de internação hospitalar (DIH) evoluiu com febre alta,
sonolência, hipotensão e piora da secreção nas lesões. Solicitado hemocultura, iniciado vancomicina e polimixina
B e medidas do protocolo de sepses com melhora. A hemocultura identificou Rhizobium radiobacter sensível
a ampicilina/sulbactam, ceftazidima, ciprofloxacina, levofloxacina e cotrimoxazol. O paciente evoluiu com uma
infecção de partes moles por KPC e Acinetobacter baumanii evoluindo com óbito no 78° DIH não relacionado à
infecção pelo Rhizobium radiobacter.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Neste relato, descreve-se um caso de sepse secundária à infecção de pele em lesões sequelares de hanseníase.
Esse caso é consistente com a literatura por ser o paciente portador de condição imunossupressora. Não houve
relação com CVC, apesar da forte relação descrita na literatura. A maioria das cepas de infecções humanas são
sensíveis a cefepime, piperacilina-tazobactam, carbapenem e ciprofloxacino. Neste relato, a cepa foi sensível a
todos os antimicrobianos testados. Salienta-se a necessidade de incluir Rhizobium radiobacter como patógeno
oportunista emergente em IrAS.
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eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-25-13
RELATO DE CASO: SEPSE POR RHODOCOCCUS EQUI EM PACIENTE COM REAÇÃO
HANSÊNICA
Autores: EVELINE FERNANDES VALE; LIVIA VANESSA RIBEIRO GOMES; MARIANA ALCAZAS DE SOUZA; JORGE LUIZ
ANTONIO ABRAHÃO; WALERIANO FERREIRA FREITAS
Instituição: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - Cidade/UF: BRASÍLIA/DF
Área: INFECÇÕES EM IMUNODEPRIMIDOS NÃO AIDS - Sessão: PAINEL 13
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Rodococose é causada pelo cocobacilo gram positivo Rhodococcus equi. A infecção pode ser adquirida por
via inalatória ou transcutânea e foi descrita inicialmente em medicina veterinária. A forma clínica da infecção em
humanos mais comum é a pulmonar, causando abscessos.
OBJETIVO
Relatar um caso de Rodococose em paciente com reação hansênica.
METODOLOGIA
Relato de Caso.
RESULTADOS
Paciente masculino, 37 anos, proveniente de Barreiras (BA), apresentando há 1 mês quadro de dispnéia aos esforços
e dor torácica esquerda, associada à febre, perda ponderal e edema generalizado. Vinha em acompanhamento de
reação hansênica tipo 2, tratando com Talidomida. Na TC de tórax foi evidenciado empiema pleural à esquerda,
e atelectasia pulmonar ipsilateral. Iniciado meropenem e vancomicina, porém Realizada toracocentese com
análise do líquido pleural evidenciando bacilos gram positivos. Hemocultura isolou Rhodococcus equi, e houve
crescimento desse microrganismo também em líquido pleural. Acrescentou-se levofloxacina e rifampicina,
entretanto evoluiu com persistência da febre, realizando TC de abdome que mostrou abscesso esplênico,
necessitando de esplenectomia. Após o procedimento apresentou melhora clínica progressiva, recebendo alta
hospitalar.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O Rhodococcus equi é patógeno oportunista emergente especialmente em pacientes infectados pelo HIV. O
quadro pulmonar mais comum da Rodococose é a pneumonia necrosante com abscesso, devendo entrar no
diagnóstico diferencial de lesões pulmonares escavadas. As manifestações extrapulmonares são decorrentes de
bacteremia, sendo descritas como meningite e abscesso cerebral, abscessos ósseo, cutâneo, hepatoesplênico.
Além da antibioticoterapia, o tratamento consiste em ressecção cirúrgica de tecidos necróticos e drenagem de
abscessos. A infecção por Rhodococcus equi deve ser suspeitada em todo paciente imunodeprimido e/ou com
HIV com pneumonia de evolução lenta, especialmente em presença de necrose tecidual e abscesso.
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PÔSTERES
PO-25-14
PERFIL DA MORTALIDADE POR MENINGITE BACTERIANA EM CRIANÇAS NO
ESTADO DE GOIÁS NO PERÍODO DE 1998 A 2012
Autores: ALESSANDRA PEREIRA CARDOSO; RENATA BEATRIZ SILVA
Instituição: REGIONAL JATAÍ/UFG - Cidade/UF: JATAÍ/GO
Área: INFECÇÕES EM IMUNODEPRIMIDOS NÃO AIDS - Sessão: PAINEL 14
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As meningites de etiologia bacteriana constituem um importante problema de Saúde Pública e estão relacionadas
a faixa etária pediátrica, apresentando alta mortalidade.
OBJETIVO
Avaliar o perfil da taxa de mortalidade por meningite bacteriana em pacientes pediátricos notificados no estado
de Goiás entre 1998 e 2012.
METODOLOGIA
Foram analisados dados tabulados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, analisando-se os
casos de óbitos por meningites bacterianas em pediatria notificados em Goiás, no período de 1998 a 2012.
RESULTADOS
Foram confirmados 528 casos de óbitos por meningites bacterianas, com maior número de casos em 1998
(n=60) e 1999 (n=59). A maior taxa de mortalidade no estado foi registrada para o sexo masculino com 0,83
óbitos/105 habitantes e entre crianças com iade inferior a 1 ano (n=145) com 12,36 óbitos/105 habitantes. Ao
longo do período de tempo avaliado foi registrada queda no número total de óbitos por meningites bacterianas e na
taxa de mortalidade entre crianças de até 1 ano de idade. Em 16,55% (n=24) dos óbitos, as mães encontravamse na faixa etária de 20 a 24 anos e 23,45% (n=34) completaram 37 a 41 semanas de gestação. Em 59,31% dos
óbitos de crianças com menos de 1 ano (n=86), não foi relatado o peso ao nascer, mas entre os casos relatados
17,93% (n=20) pesavam entre 3,000 a 3,999 Kg, sendo 24,83% (n=36) dos partos vaginais.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A maior taxa de mortalidade no estado registrada entre crianças com idade inferior a 1 ano relaciona-se com
a menor resposta imunológica em recém nascidos e crianças menores de 2 anos. A queda no número total
de óbitos por meningites bacterianas e na taxa de mortalidade entre crianças de até 1 ano de idade, pode ser
atribuída entre outros fatores, a imunização de crianças na rede pública. Falhas no registro de dados relacionados
às gestações e ao parto prejudicam a análise epidemiológica. Os dados deste estudo revelam a importância
da vacinação, do diagnóstico e do tratamento adequado das meningites bacterianas a fim de reduzir as taxas
de mortalidade e evitar sequelas. Além disso, o aprimoramento do registro de dados e o desenvolvimento de
estudos epidemiológicos irão contribuir para o planejamento e aplicação de políticas de saúde que possam
melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento destas infecções através de campanhas de imunização e da
assistência em saúde à criança.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-25-15
ETEROPARASITOSES EM INDIVÍDUOS PRIVADOS DE LIBERDADE, CAMPO GRANDE
- MS, BRASIL
Autores: LARISSA GABRIELLE CURVAL
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - Cidade/UF: CAMPO GRANDE/MS
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 15
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais são consideradas um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, com
índices que podem chegar até 90%, aumentando a frequência à medida que diminui o nível socioeconômico das
populações atingidas. Infecções parasitárias entre indivíduos privados de liberdade constituem uma preocupação,
uma vez que essa população se encontra mais suscetível às doenças infecciosas.
OBJETIVO
Trata-se de um estudo transversal, analítico e quantitativo que teve por objetivo estimar a prevalência de
enteroparasitos em população privada de liberdade em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada em três presídios, o de Segurança Máxima Masculino, o Estabelecimento Penal Feminino
e o Semiaberto. Voluntários que aceitaram o convite e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) e foram entrevistados individualmente. A amostra fecal foi coletada em frasco contendo solução
conservante e preservadas à temperatura ambiente até o momento do exame parasitológico. Para o diagnóstico
de enteroparasitos foram utilizados os métodos de centrifugação em éter e sedimentação espontânea. Foram
analisadas duas lâminas do sedimento para a conclusão do diagnóstico.
RESULTADOS
Do total de amostras analisadas (n=510), obteve-se uma prevalência de 20,2%. As espécies patogênicas mais
diagnosticadas foram Giardia lamblia (18,4%) e Entamoeba histolytica/E. dispar (10,7%). Dentre as espécies não
patogênicas, Endolimax nana (53,4%) e Iodamoeba bütschlii (40,8%) foram as mais frequentes. As infecções
mistas representaram 51,4% do total de amostras positivas. Os indivíduos do presídio de Segurança Máxima
Masculino, apresentaram maior prevalência para enteroparasitos (p= 0,0085) em relação ao Semiaberto,
permitindo sugerir a maior probabilidade de contaminação em populações institucionalizadas em regime
totalmente fechado. Houve maior prevalência de infecções parasitárias entre indivíduos que não haviam feito
nenhum tratamento antiparasitário nos últimos dois anos (p<0,001). Dos sintomas analisados, não houve
significância quando relacionados à positividade da amostra para algum tipo de parasito, por se tratarem de
sintomas inespecíficos, e possivelmente devido à grande quantidade de indivíduos assintomáticos.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Observou-se a presença de infecções por parasitos de transmissão direta e, se os indivíduos não receberem
tratamento e ou orientações profiláticas, tendem a atuarem como propagadores das formas parasitárias, dentro
ou fora das instituições penais.
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PÔSTERES
PO-25-16
REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER EM PACIENTE DIAGNOSTICADO COM
LEPTOSPIROSE: RELATO DE CASO
Autores: LUILSON GERALDO COELHO JÚNIOR; MAIRE STEFANI LEMES; DANIEL LIMA SOUZA; EVANDRO MESSIAS NEVES
DA SILVA; FELIPE UCHOA BATISTA; RENATA DUARTE GOMES; GABRIELLY BORGES MACHADO
Instituição: FACULDADE ATENAS - Cidade/UF: PARACATU/MG
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 16
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A leptospirose é uma doença infecciosa febril, com amplo espectro clinico, podendo variar desde formas
inaparentes até formas graves, com alta letalidade. O tratamento recomendado inclui antibióticos, que podem
induzir uma reação de Jarisch-Herxheimer.
A reação de Jarisch-Herxheimer é caracterizada por uma resposta inflamatória aguda associada com a liberação
de grandes quantidades de citocinas, resultante do apuramento das espiroquetas da circulação.
OBJETIVO
Relatar um caso de reação de Jarisch-Herxheimer em paciente diagnosticado com leptospirose.
METODOLOGIA
Paciente 65 anos, sexo masculino, brasileiro, minerador, há 1 mês reside em um galpão na área de mineração
no interior do estado de Goiás.
Começou no dia 01/02/16 quadro de mal estar geral, febre, adinamia, hiporexia, perda ponderal de 5kg associada
a mialgia, artralgia e cefaléia intensa. Foi internado durante 3 dias com suspeita de leptospirose, diagnóstico
não confirmado, foi prescrito Amoxicilina 500mg via oral 8/8h e alta hospitalar. Em consulta de retorno, refere
melhora dos sintomas, após o tratamento.
No dia 26/02/16 o paciente apresentou intensa mialgia e prostração, icterícia, hepatoesplenomegalia, lesões
cutâneas no dorso: placas eritematosas, bordas elevadas e não descamativas, febre (40ºC) cefaléia, calafrios e
dispnéia; sinais característicos da reação de Jarisch-Herxheimer. ELISA leptospirose IgM não reator, IgG reator
Foi hospitalizado e prescrito medicação sintomática: morfina 2mg de 6/6h, dipirona 01 ampola 6/6h.
O paciente evoluiu com melhora clínica, mantendo-se afebril no segundo dia de internação, com melhora da
dispnéia e mialgia. Paciente m bom estado geral, anictérico, acianótico, afebril, recebeu alta hospitalar.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A reação de Jarisch-Herxheimer é de caráter benigno e auto limitado, é uma complicação do tratamento com
antimicrobianos. Os sintomas são febre associada ao tremor, cefaléia, mialgia, lesões cutâneas e artralgia.
A reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer dentro de horas após o início da antibioticoterapia, consistindo
em reação inflamatória em resposta à intensa liberação de antígenos provenientes da destruição maciça de
leptospiras.
O tratamento é apenas sintomático (analgésicos e antitérmicos), involuindo espontaneamente em 12 a 48h não
justificando a interrupção do antibiótico.
A prevalência desta reação na leptospirose é desconhecida, sendo tipicamente descrita em casos de sífilis;
portanto, fazem-se necessários mais estudos sobre a reação na leptospirose.
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PÔSTERES
PO-25-17
O PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PÓSINFECÇÃO POR ZIKA EM GOIÁS: RELATO DE CASO
Autores: MARIANNA PERES TASSARA; LARISSA SOUSA DINIZ; MARCOS ALEXANDRE D. CARNEIRO; ABILIO MARQUES DE
ASSIS; DANIELA FERRANDINI ANDRADE; ANA BEATRIX FERREIRA CAIXETA
Instituição: INSTITUTO DE ANGIOLOGIA DE GOIÂNIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Ag.Financiadora: NÃO - Nr. Processo: 2
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 17
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER - MENÇÃO HONROSA
RESUMO
Em 1947 o Zika vírus foi isolado em Uganda, na África, e se tornou atualmente a arbovirose emergente no mundo.
A febre do Zika provavelmente foi introduzida no Brasil durante a Copa do Mundo em 2014, mas só em fevereiro
de 2015 foi confirmado os primeiros casos por métodos moleculares no Nordeste. Em Goiás o primeiro caso
foi confirmado em dezembro de 2015, na cidade de Santo Antônio do descoberto, em uma gestante. Este vírus
causa uma doença febril associada a outros sintomas, como cefaleia, exantema, edema e dores articulares. A
maioria dos casos tem evolução benigna, porém já foram descritos quadros mais graves acometendo o sistema
nervoso central (Síndrome de Guillain-Barré (SGB), mielite transversa e meningite) na Polinésia e no Brasil.
Este manuscrito relata o caso de uma mulher, procedente do interior de Goiás, 35 anos com história de quadro
súbito de febre, cefaleia, artralgia e rash maculopapular pruriginoso com resolução espontânea. Após quatorze
dias evoluiu com paralisia flácida ascendente, inicialmente com paralisia dos membros inferiores, evoluindo
com parestesia e posterior paralisia dos membros superiores e dificuldade de mastigação. O exame de líquor
demosntrou aumento de proteínas com celularidade normal. As alterações eletrofisiológicas foram compatíveis
com Síndrome de Guillain-Barré e a Ressonância Magnética de crânio, coluna torácica e coluna lombo-sacra
estavam normais. A paciente foi tratada com Imunoglobulina Humana por cinco dias, dexametasona e reabilitação
com recuperação lenta e gradual dos movimentos. Atualmente, ainda em reabilitação pois apresenta sequelas
residuais e limitações funcionais que dificultam a realização de atividades básicas da vida diária. O PCR no líquor
detectou Zika vírus, confirmando o primeiro caso de SGB por Zika vírus em Goiás.
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PÔSTERES
PO-25-18
O PROCESSO DE GESTÃO NO PLANO DE COMBATE À DENGUE
Autores: MYRELLA MACEDO CANÇADO; ELLEN SYNTHIA FERNANDES OLIVEIRA; MARIA ALVES BARBOSA; RICARDO
ANTÔNIO GONÇALVES TEIXEIRA; DAYSE CRISTINE DANTAS NERI DE SOUZA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 18
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A prevenção da dengue é uma atividade complexa em virtude dos diversos fatores que transpõem o setor saúde
e que são importantes determinantes na disseminação e sobrevivência do mosquito transmissor Aedes aegypti.
Tendo em vista tamanha complexidade, é fundamental a elaboração de programas de prevenção e controle da
dengue pautados na gestão e no planejamento, bem como o envolvimento articulado entre educação, saneamento,
cultura, transporte, turismo, segurança pública e meio ambiente. Nessa perspectiva, o Governo do Estado de
Goiás resolveu criar o Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue, o qual compõe-se de representantes do
setor público e do setor privado, com a finalidade de promover ações de prevenção e controle contra dengue.
O reconhecimento do potencial do Comitê para mobilizar diferentes instâncias para o planejamento de ações
efetivas contra dengue são aspectos relevantes que nortearam o objeto de estudo desta pesquisa: a atuação dos
representantes do Comitê nas ações de prevenção contra dengue sob o enfoque da gestão e do planejamento.
OBJETIVO
Verificar se os representantes do Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue de Goiás realizam ações de
prevenção contra dengue sob o enfoque da gestão e do planejamento.
METODOLOGIA
Estudo descritivo-analítico, transversal de natureza qualitativa, realizado em Goiânia, no período de agosto de
2012 a agosto de 2014. Os representantes do Comitê responderam questionário semi-estruturado, sendo que
os dados quantitativos foram analisados por meio software SPSS e os dados qualitativos por meio da análise de
conteúdo com auxílio do software webQDA.
RESULTADOS
A análise de conteúdo ocorreu pelas categorias: assessoria, supervisão e avaliação. Na assessoria, os técnicos
da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Brasil, apoiaram os municípios por meio da distribuição de insumos.
Quanto à supervisão, foram realizados monitoramento e inspeção nos municípios. E na avaliação, foi observado
se as metas pactuadas foram cumpridas e se os dados eram consistentes.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os representantes do Comitê Estadual de Mobilização Contra Dengue de Goiás realizaram ações de prevenção
contra a doença no campo da gestão e do planejamento. Diante disso, a assessoria, a supervisão e a avaliação são
extremamente importantes para o desenvolvimento do processo. Todavia, estas ações precisam ser fortalecidas
e implementadas dentro do Comitê, empoderando e responsabilizando todos os representantes.
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PÔSTERES
PO-25-19
BORRELIOSE DE LYME SÍMILE - RELATO DE CASO
Autores: NATHALIA BARROS FERREIRA; LILIANY RODRIGUES DA SILVA; MARIA DE NAZARÉ MIRANDA CAVALCANTE;
NAYARA DE CASTRO VALENTE; NARDIEL ALVES BATISTA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP - Cidade/UF: MACAPÁ/AP
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 19
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
No Brasil a Doença de Lyme (DL) é denominada Síndrome de Baggio-Yoshinari: enfermidade infecciosa nova
e emergente, transmitida por carrapatos não pertencentes ao complexo Ixodes ricinus, causada por bactérias
espiroquetas (Borrelia burgdorferi), que origina manifestações clínicas semelhantes às observadas na DL, exceto
pela ocorrência de recidivas clínicas e desordens autoimunes.10,14 Os fatores de risco para transmissão da
doença são: a agropecuária, o convívio do homem com animais e atividades ao ar livre. A DL é de caráter crônico
e afeta vários sistemas incluindo alterações cutâneas, articulares, neurológicas e cardiovasculares.3,4,7
OBJETIVO
Relatar o primeiro caso de Borreliose de Lyme-símile documentado no Estado do Amapá.
METODOLOGIA
Paciente M.C.M., feminina, 31 anos, residente em Macapá. Foi atendida no Ambulatório de Infectologia em
fevereiro de 2016, há 20 dias com quadro de cefaléia holocraniana, intensa, sem melhora com analgesia; febre
alta, contínua, com calafrios; pequenas vesículas na pele, seguidas de eritema com sinais flogísticos, nas
nádegas dorso, mãos, calcanhares e pés e artralgia de grandes articulações bilateral, intensa. Acompanhava
astenia, anorexia, disfagia e odinofagia. Referiu presença de inúmeros carrapatos em sua residência. Foi iniciado
tratamento empírico com Doxiciclina 100mg 12/12 horas. Retornou com resultado de Sorologia para Anticorpos
IgM Anti-Borrelia burgdorferi positivo; IgG negativo. Hoje a paciente apresenta remissão dos sintomas, à exceção
da artralgia nos calcanhares.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Após um período de 3 a 32 dias da picada do carrapato, as bactérias migram da pele através linfa e do sangue
para outros órgãos ou zonas cutâneas, causando eritema migrans em alguns casos9,11. Os achados de Berger
(1989)2 evidenciaram sintomas percebidos na paciente como cansaço, dor músculo-esquelética, cefaleia, febre
e artralgia. Meses após os sintomas iniciais podem surgir edemas articulares recorrentes3,9. O diagnóstico
envolve epidemiologia e manifestações clínicas compatíveis. Atualmente são recomendados ensaios ELISA para
detecção da bactéria6,8 O tratamento de escolha é através de doxiciclina oral de 14-21 dias. Artrite de Lyme
pode ser tratada via oral por um mês.1,8
Considera-se que a doença venha sendo sub-diagnosticada e indevidamente tratada no Amapá. Medidas de
saúde, saneamento e educação à população e ao profissional de saúde poderiam reduzir seus riscos.
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PÔSTERES
PO-25-20
PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM ADULTO. RELATO DE CASO NO ESTADO DO
AMAPÁ
Autores: NATHALIA BARROS FERREIRA; ELZA MARIA REZENDE DE ALMEIDA; MIGUEL PINHEIRO BORGES NETO; DANIELLE
BARBOZA ARAÚJO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP - Cidade/UF: MACAPÁ/AP
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 20
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Paracoccidioidomicose é considerada a infecção fúngica sistemica mais importante da America Latina, com
80% dos casos no Brasil3. Seu agente etiológico é o fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. Pode se
manifestar de diversas formas, apesar de a maioria dos casos se mostrar assintomática. Em adultos se observa
mais formas crônicas e disseminadas, que geralmente apresentam lesões envolvendo mucosa oral, vias aéreas
e pulmões. A proporção de acometimento homem e mulher é de 15:1.(3,4,5)
OBJETIVO
Relatar caso de Paracoccidioidomicose no Estado do Amapá.
METODOLOGIA
Paciente J.S.M, 46 anos, trabalhador rural, internou em fevereiro de 2016 com nódulo doloroso e endurecido na
região retromandibular direita com prurido e flogose há 5 meses, evoluindo para pústula que drenou conteúdo
pio-sanguinolento e somaram-se outras lesões satélites na região. Evoluiu com febre diária, cefaleia, astenia,
gengivorragia, odontalgia, com amolecimento e queda dos dentes em duas semanas. Há 2 meses evolui com
tosse produtiva esverdeada, dor torácica esquerda, então procurou atendimento em Macapá. Apresentou
episódio de hemoptise franca e piora dos sintomas e foi internado. Surgiu nova lesão pruriginosa e sangrante
em dorso e na mucosa oral, dolorosa e percebeu perda ponderal significativa. Ao exame: hiperplasia gengival,
lesão dupla hipocrômica na mucosa oral, atrofia e perda da força muscular em membros inferiores. Múltiplos
linfonodos supurados em cadeias cervical posterior, úlcera de bordos elevados, fundo sujo e bordos sangrantes
submandibulares, e úlcera de bordos planos em região cervical anterior esquerda. Na secreção da pele foram
visualizados inúmeros polimorfonucleares. Exame histopatológico mostrou células leveduriformes com múltiplos
brotamentos em “roda de leme”. Raio-X e TC de tórax: opacidades nodulares e micronodulares difusas, com
múltiplas cavitações. Iniciou-se tratamento com Itraconazol, havendo melhora considerável do quadro clínico.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O caso condiz com o perfil de forma crônica do adulto (indivíduos a partir da quarta década de vida com
progressão insidiosa, multifocal)1. O tratamento requer controle clínico de fase aguda seguido de manutenção.
Pode-se usar Sulfametoxazol e Trimetoprim por longo período (> 12 meses). Os riscos são de acometimento
gastrointestinal e hematológico7. De acordo com o Consenso em Paracoccidioidomicose, 20066, este caso
requer seguimento ambulatorial, pesquisa de comorbidades associadas, como HIV e neoplasias, e controle das
possíveis sequelas.
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PÔSTERES
PO-25-21
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE MALÁRIA ATENDIDOS NA
FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO,
MANAUS, AMAZONAS, EM 25 ANOS
Autores: PEDRO HENRIQUE MATIAS PERES; MARIA DAS GRAÇAS SARAIVA
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (UCB) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 21
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), desde a sua fundação, tem tido
participação importante no diagnóstico e no atendimento das doenças infecciosas e parasitárias, notadamente
das transmitidas por vetores, com destaque para a malária.
OBJETIVO
Analisar aspectos epidemiológicos dos casos de malária na FMT-HVD, entre janeiro de 1988 e dezembro de
2012.
METODOLOGIA
Foram incluídos todos os casos de malária com diagnóstico positivo através de exames de amostras de sangue
em lâminas, pelo processo de gota espessa. As variáveis foram espécies de Plasmodium, internações, óbitos,
gênero, lâmina de verificação de cura (LVC-retorno) e ocorrência em gestantes.
RESULTADOS
No período de 1988 a 2012 foram diagnosticados 260.905 casos de malária, sendo pelo Plasmodium falciparum
47.152 (18,1%), P. vivax 210.863 (80,8%) e P. falciparum + P. vivax (infecção mista) 2.890 (1,1%). Nesses 25
anos, foram internados 8.132 casos (P. falciparum 4.210 – 51,8% e P. vivax 3.922 – 48,2% casos), desses 53
evoluíram para óbito, taxa letalidade 0,7%. A partir de 2002 foram reduzindo as internações pelo P. falciparum e
ocorreu ascensão pelo P. vivax. Entre 2003 e 2012, foram registrados 144.199 casos, destes, 91.668 (63,6%)
foram do sexo masculino. No mesmo período, 179.404 amostras foram examinadas (LVC) para controle de cura
dos doentes, sendo que 23.981 (13,4%) ainda estavam positivas. Foram registrados 3.566 casos em gestantes,
dos quais 948 (26,6%) P. falciparum, 2.580 (72,3%) P. vivax e 38 (1,1%) infecção mista.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Destaca-se a participação da FMT-HVD no diagnóstico e no atendimento dos doentes, onde, com acompanhamento
dos tratamentos realizados de modo eficaz com identificação dos casos persistentes, o que foi verificado
através da avaliação médica durante os retornos dos enfermos, e da quantidade de LVC realizadas, sendo um
importante indicador de qualidade dos serviços prestados pela Instituição. Referente à malária nas gestantes,
essa população específica merece atenção especial no seu atendimento devido aos riscos decorrentes desse
agravo principalmente na infecção causada pelo P. falciparum. Sobre as internações, os registros mostram que
mesmo com a descentralização para diagnóstico da malária, a elucidação do diagnóstico é tardia, mantendo
assim, a fonte de infecção no Amazonas e a notificação de casos graves comprometendo a otimização dos
recursos hospitalares e da economia regional.
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PÔSTERES
PO-25-22
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: REGISTRO EM INSTITUIÇÃO DE
REFERÊNCIA NO ESTADO DO AMAZONAS
Autores: PEDRO HENRIQUE MATIAS PERES; MARIA DAS GRAÇAS GOMES SARAIVA
Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 22
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
No Amazonas, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) tem sido registrada ao longo dos anos, se configurando
como importante problema de saúde pública na Região.
OBJETIVO
Visualizar o seu perfil epidemiológico da doença na região Amazônica para que haja medidas de atuação na
cadeia de transmissão, medidas educativas, medidas administrativas e vacina.
METODOLOGIA
Foram incluídos no estudo todos os casos de LTA diagnosticados e notificados na Fundação de Medicina
Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), autóctones de municípios do Amazonas, entre 2007 e 2012.
As informações foram de banco de dados secundários, utilizando-se o Sistema de Informações de Agravo de
Notificação (SINAN Net)/Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública/FMT-HVD. Estratificou-se os casos
por ano de diagnóstico, por forma clínica, zona de ocorrência, município de infecção, sexo, faixa etária, raça/cor,
relação com o trabalho, e escolaridade. Para a distribuição geográfica dos casos usou-se o programa ArcGIS®.
RESULTADOS
Foram registrados 4.552 casos de LTA, sendo a maioria dos casos (1.048 - 23,0%) de 2007, e a menor
ocorrência (318 - 7,0 %) em 2010. A forma clínica cutânea foi mais representativa (4.526 - 99,4 % casos),
enquanto a mucosa foi 26 (0,6 %). Da zona urbana foi 2.611 (57,4 %) casos, da zona rural 1.743 (38,3%) e
sem informação 198 (4,3%). Entre os municípios, Manaus contribuiu com 3.413 (75,0%) casos, seguido de Rio
Preto da Eva com 505 (11.1%) e Presidente Figueiredo com 220 (4,8%). O sexo masculino foi o mais acometido
(3.502 - 76,9% casos), o feminino somou 1.022 (22,5%) e sem informação 28 (0,6%). Ocorreram casos em
todas as faixas etárias, entre 20 e 49 anos 2.671 (58,7%) casos. A raça/cor parda foi mais acometida com 3.083
(67,7%) casos, as demais (branca, negra e indígena) juntas somaram 1.443 (31,7%) e sem informação 26
(0,6%). Casos relacionados ao trabalho foram 1.168 (25,7%), porém, com informação ignorada 1.964 (43,1%).
Na escolaridade entre os registros, ensino fundamental foi mais expressivo (789 - 17,3% casos), mas, o maior
número de casos (3.039 - 66,7%) ficou sem informação.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
No Amazonas, a LTA acometeu especialmente pessoas do sexo masculino e na faixa etária entre 20 e 49 anos, o
que se deve principalmente as atividades laborais. O alto registro sem informação possivelmente decorre de falha
na ocasião da investigação. A maior ocorrência de casos em Manaus, em sua maioria é pelos assentamentos
humanos próximos às matas ou em áreas recém-desmatadas.
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PÔSTERES
PO-25-23
MIOSITE AGUDA BENIGNA POR DENGUE: RELATO DE CASO
Autores: RENATA RODRIGUES ROSA; AMANDA V. E. DA ROCHA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JACQUELINE B. V.
CAMELO; LIAN P. CUALHETA
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 23
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Miosite Aguda Benigna da infância é caracterizada por intensa mialgia, comprometendo bilateralmente as
panturrilhas e, às vezes, as coxas. Em diversas séries de literatura, observou-se que a maioria das crianças
apresentava títulos muito elevados das enzimas musculares, em aprticular da creatinofosfoquinase (CPK). Nos
últimos anos, tem sido relatado um aumento nos quadros de Miosite Aguda Benigna, devido ao vírus da Dengue,
na população pediátrica. O prognóstico é favorável.
OBJETIVO
Relatar um caso de Miosite Aguda Benigna por Dengue um uma criança de 8 anos que evoluiu com melhora
completa.
METODOLOGIA
Paciente do sexo masculino com 8 anos iniciou quadro de febre há 3 dias da admissão, associado a epistaxe
volumosa e 3 episódios de vômitos. Evoluiu há 2 dias com quadro de dor em mebros inferiores, com dificuldade
para deambular, além de exantema maculopapular em face. A dor caracteriza-se por ser difusa, piora com o
movimento (tentativa para deambular) e concentra-se nos músculos, principalmente nas coxas. Nega história
de traumas. Antecedente epidemiológico: pai está com febre e exantema difuso pelo corpo. Ao exame físico, a
força muscular, os reflexos e a sensibilidade estão preservados. Nos exames complementares, hemoglobina de
12,8, hematócrito de 37,9%, leucócitos de 3100, CPK de 3747 (elevada), função renal preservada, marcadores
hepáticos sem alterações. Teste Rápido para Dengue IgM: positivo; IgG: não reagente. Foi iniciada hidratação
endovenosa, medida da diurese, vigilância clínica rigorosa e exames laboratoriais diários. Após quatro dias da
admissão, houve melhora clínica, pois o paciente conseguia se levantar sem apoio e deambular sem dor, além
de melhora laboratorial com CPK de 229. Paciente recebeu alta com melhora completa do quadro álgico e motor.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
No caso clínico descrito, o diagnóstico de Dengue foi confirmado e o paciente tratado segundo os protocolos
do Ministério da Saúde, tendo evoluído com melhora completa do quadro de dificuldade para deambular,
demonstrando a benignidade da Miosite Viral Aguda da Infância.
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Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
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PÔSTERES
PO-25-24
TERCEIRA RECIDIVA DE CALAZAR CONCOMITANTE A MONONUCLEOSE
INFECCIOSA: RELATO DE CASO
Autores: RENATA RODRIGUES ROSA; AMANDA VIEIRA E. DA ROCHA; CLAUDIA BORGES R. TEIXEIRA; JACQUELINE B.
VIEIRA CAMELO; ISIS C. F. OLIVEIRA
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MEDICINA TROPICAL / DOENÇAS NEGLIGENCIADAS - Sessão: PAINEL 24
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Visceral (Calazar) é uma antropozoonose endêmica no Brasil, causada por um protozoário
do gênero Leishmania, ocorre com mais frequência no sexo masculino e menores de 5 anos, com baixo nível
sócio-econômico. A transmissão se dá através da picada da fêmea de flebotomíneos da espécie Lutzomyia
longipalpis. As manifestações clínicas variam de febre irregular e de longa duração, hepatoesplenomegalia,
emagrecimento, edema, palidez, astenia, anorexia caquexia e morte se não for tratada. Considera-se recidiva de
Calazar o recrudescimento da sintomatologia em até 12 meses após a cura clínica.
OBJETIVO
Relatar o caso clínico de um paciente de 3 anos e 9 meses com diagnósticode Calazar recidivado pela terceira
vez e adenomegalia generalizada importante, com sorologia positiva para Mononucleose Infecciosa.
METODOLOGIA
Paciente de 3 anos e 9 meses, sexo masculino, pardo, natural e procedente de zona rural de Redenção do
Pará, com história de ter iniciado há 2 semanas febre aferida associada a congestão nasal, coriza, espirros,
distensão abdominal, linfonodos aumentados difusamente, hiporexia e perda de 2 Kg no último mês. Ao exame,
apresentava baço aumentado (5 cm) e fígado aumentado de 2 cm, além de linfonodomegalias difusas, mais
proeminente na região cervical (cerca de 10 cm). Antecedente de ter submetido a tratamento para Calazar
por duas vezes no primeiro ano de vida e por uma vez no segundo ano de vida. Tratado por 3 vezes com
Glucantime. Feito hipóteses de recidiva de Leishmaniose Visceral, Imunodeficiências (Congênita ou Adquirida)
ou Síndrome Monolike. Nos exames laboratoriais, notou-se inversão do padrão albumina/globulina, hemograma
com pancitopenia, mielograma com discreta hipercelularidigade megacariocíticapara a idade e Teste Rápido para
Leishmaniose positivo. Sorologia para Epstein Barr vírus resultou IgG e IgM positivo, levando ao esclarecimento
das linfonodomegalias generalizadas. Realizado tratamento com Anfotericina B desoxicolato e notado excelente
resposta clínica, com cessar da febre em 1 semana e redução da hepatoesplenomegalia em 2 semanas.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A terceira recidiva (quarto episódio) de Calazar em um paciente de 3 anos leva a suspeita de algum grau
de imunossupressão, causando recidivas da doença. Assim foi iniciada investigação ambulatorial para
imunodeficiência congênita. Foi solicitado sorologia para HIV que resultou negativo. Com relação às adenomegalias
difusas, a sorologia positiva para Epstein Barr esclareceu esse achado clínico.
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PÔSTERES
PO-25-25
HISTOPLASMOSE DISSEMINADA AGUDA GRAVE EM IMUNOCOMPETENTE: UM
RELATO DE CASO
Autores: JORDANA MACHADO ARAUJO; LAYS SP PIMENTEL; MICHAELLA J DE ALMADA; DÉBORA LM DE MELO; LISIA
GMM TOMICH
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS (HDT) - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 25
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Histoplasmose disseminada aguda é uma doença fúngica sistêmica causada por Histoplasma capsulatum, que é
endêmico na América do Sul. As manifestações clínicas variam de infecção assintomática a forma disseminada
envolvendo pulmão, trato gastrointestinal, adrenal, medula óssea.
OBJETIVO
Relatar uma doença rara em paciente imunocompetente.
METODOLOGIA
Homem de 49 anos, trabalhador rural, procedente de Aragarças/GO, admitido no HDT em 19/08/15 com febre há
3 semanas, tosse com hemoptoicos e insuficiência respiratória aguda (IRpA) grave. Foi intubado e encaminhado
à UTI. Apresentava antecedentes de contato com pesticidas e limpeza de telhado de galpão sem equipamento
de proteção. TC de tórax evidenciou espessamento do interstício peri-broncovascular bilateral e difuso, além
de focos de consolidação nas bases, sendo iniciado ceftriaxone e claritromicina. Exames: Hb 14,3/ Ht 41,3%/
Leucócitos 15.100 (B 3% S 70%)/ Ur 106/ Cr 2,4, HIV negativo, BAAR e PCR para tuberculose negativos no
escarro. Evoluiu com síndrome do desconforto respiratório agudo e piora progressiva da função renal. Após 9
dias de internação hospitalar (DIH), evoluiu com pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) por Klebsiella
oxytoca ESBL, recebendo meropenem. Em 02/09/15 foi realizada biópsia pulmonar a céu aberto, com posterior
identificação de H. capsulatum no fragmento. Iniciado anfotericina B desoxicolato em 15/09, mas substituído
por complexo lipídico 7 dias depois por IRA não-dialítica. Após o término dos antibióticos, apresentou recidiva
da PAV, sendo tratado com meropenem, linezolida e polimixina B. Traqueostomizado, mantinha dificuldade no
desmame da ventilação, recebendo alta da UTI após 38 DIH. Recebeu anfotericina por 3 semanas, inciando-se
itraconazol. No 61º DIH, apresentou melhora do quadro respiratório e foi decanulado, recebendo alta hospitalar
com itraconazol.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Em imunocompententes, a histoplasmose costuma ser uma infecção pulmonar auto-limitada. A forma disseminada
usualmente é vista em imunodeprimidos por HIV, doenças hematológicas, transplantes e por corticoides. IRpA
grave é rara e pode ser fatal, se não tratada rapidamente. A evolução depende do grau de exposição ao inóculo
e do tempo para diagnóstico. A epidemiologia é importante para a suspeição clínica.
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PÔSTERES
PO-25-26
CAXUMBA COMPLICADA COM ORQUITE: RELATO DE CASO
Autores: LISSA R MACHADO SILVA; MARINA M RORIZ PEDROSA; JORDANA MACHADO ARAÚJO
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 26
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A caxumba é uma doença viral aguda, causada pelo vírus da família Paramyxoviridae e caracterizada por febre
e aumento de volume das glândulas salivares, geralmente a parótida. O vírus é transmitido pela via aérea ou por
contato direto com saliva de pessoas infectadas.
OBJETIVO
Descrever um caso de caxumba complicada com orqueite.
METODOLOGIA
Homem de 18 anos, admitido com quadro de febre alta há 4 dias, associado a aumento de volume cervical
bilateralmente e dor local. Evoluiu com vômitos incoercíveis, cefaleia intensa, dor abdominal, edema e hiperemia
importante do testículo direito. Internado para investigação diagnóstica, foi feita hipótese de caxumba com
complicações e solicitado exames gerais, amilase e sorologias, entre elas, para caxumba. Foi também colhido
líquor. O resultado dos exames de admissão evidenciou amilase aumentada, líquor normal e leucocitose sem
desvio a esquerda. Instituído tratamento com anti-inflamatório não hormonal, suspensão testicular e suporte
clinico. Paciente evoluiu com melhora clinica importante, mantendo apenas dor em região testicular, recebe alta
após 3 dias de internação, para acompanhamento ambulatorial. O diagnóstico de caxumba foi confirmado pela
sorologia, que foi positiva tanto IgG quanto IgM.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A caxumba é uma doença viral aguda, transmitida pela via aérea por gotículas ou por contato direto com saliva
de pessoas infectadas, por um período de 7 dias antes das manifestações clinicas e até 9 dias após surgimento
dos sintomas. Em homens adultos pode ocorrer orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos.
Pode ainda acometer meninges e raramente causar encefalite. O diagnóstico é clinico, a contagem de leucócitos
é normal, sendo evidenciado leucocitose nos casos de complicações, meningite, orquite ou pancreatite. A
confirmação laboratorial compreende em isolamento viral, reação em cadeia de polimerase em tempo real
(RT-PCR) em amostras de swab bucal, saliva e liquor, e sorologia (IgG e IgM). O tratamento é sintomático,
repouso e nos casos de orquite está indicada suspensão da bolsa escrotal. Apesar de alta cobertura vacinal
e de diminuição importante dos casos, recentemente vem sendo relatado aumento dos casos de surto. Estes
surtos podem ocorrer por adaptação do vírus, falhas vacinais e níveis inadequados de vacinação, portanto são
necessárias novas investigações para que se defina melhor meio de prevenção, com calendário vacinal mais
eficiente e diagnóstico precoce.
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PÔSTERES
PO-25-27
SINDROME DE MILLER FISHER SECUNDARIA A INFECÇÃO VIRAL: RELATO DE
CASO
Autores: LISSA R MACHADO SILVA; ANA BEATRIX FERREIRA CAIXETA; JORDANA MACHADO ARAUJO
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 27
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A síndrome de Miller-Fisher (SMF) é uma variante da Síndrome de Guillain-Barré, caracterizada pela tríade
oftalmoplegia, ataxia e arreflexia. Corresponde a cerca de 5% dos casos de polineuropatias inflamatórias agudas.
Foi descrita por Fisher em 1956, que relatou a ocorrência de 3 casos de uma doença neurológica aguda que
cursava com oftalmoplegia, ataxia grave e perda dos reflexos tendinosos.
OBJETIVO
Descrever caso de Sindrome de Miller Fisher secundário a infecção viral.
METODOLOGIA
Homem, estudante, 28 anos, previamente hígido, há 20 dias teve febre por 3 dias, associado a pápulas eritemato
descamativas e pruriginosas em mãos, pés e face. Quadro evoluiu com melhora, mas há 7 dias iniciou fraqueza
nas pernas associada a paralisia facial, disartria e disfagia. Exame neurológico inicial evidenciou diparesia facial,
tetraparesia simétrica grau IV, de predomínio distal, reflexos miotáticos abolidos, nível sensitivo normal. Pares
cranianos preservados. Ataxia leve. Liquor de admissão com dissociação protéico celular, com 2 células/ mm³
e proteínas de 90 mg/dL. Tomografia de crânio normal. Na admissão foi iniciado imunoglobulina 0,5g/kg/dias.
Completado esquema de 5 dias, paciente apresentou melhora da diparesia facial, remissão da ataxia, força
muscular normalizada, mas persistia com arreflexia. Recebeu alta após 7 dias de internação para acompanhamento
ambulatorial e reabilitação com fisioterapia motora. Dez dias após a alta hospitalar, retornou para reavaliação
apresentando melhora da arreflexia e remissão dos demais sintomas neurológicos. Trouxe exames sorológicos
solicitados na admissão, com Epstein-Baar virusIgG e IgM positivo, Chikungunya IgG e IgM, Dengue IgG e IgM,
Citomegalovirus IgM e IgG, Parvovirus B19 IgG e IgM negativos; PCR para Zyka virus negativo.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A SMF é uma neuropatia auto-imune contra proteínas da bainha de mielina dos nervos periféricos. A associação
da clínica de oftalmoplegia, ataxia e arreflexia com dissociação protéico-citológica no líquor é indicativa. O
comprometimento de pares cranianos costuma ser freqüente, mas sua ausência não exclui o diagnóstico. Em
vista do quadro imunológico, o tratamento baseia-se no uso de imunoglobulinas, corticóide e/ou plasmaférese,
essa última ainda alvo de estudos nesses casos. O prognóstico é influenciado pelo tempo até o tratamento, por
isso a necessidade de diagnostico precoce principalmente nos pacientes que evoluem com sinais de paralisia
flácida após um quadro infeccioso respiratório ou gastrointestinal.
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PÔSTERES
PO-25-28
AÇÃO BIOLÓGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE CINNAMOMUM CASSIA E
CYMBOPOGON FLEXUOSUS SOBRE ISOLADOS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS
NEOFORMANS
Autores: LUCAS DANIEL OLIVEIRA
Instituição: INTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 28
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O complexo Cryptococcus neoformans apresenta duas espécies de leveduras caracterizadas por serem de
importância médica: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Atualmente a terapeutica utiliza farmacos
com elevada toxicidade, causando mal-estar aos pacientes devido aos efeitos colaterais. A partir da necessidade
de investigar alternativas fitoterápicas com significante potencial antifúngico, avaliamos diversos OEs, entre eles
o Cinamomum cassia e Cybopongom flexuosus contra C. neoformans possui vários fatores de virulencia como
a fosfolipase.
OBJETIVO
Avaliar a capacidade antifúngica dos OEs de C. cassia e C. flexuos contra cepas do complexo C. neoformans,
determinar a CIM e CFM e quantificar atividade da fosfolipase.
METODOLOGIA
Os estudos serão realizados, a partir de isolados do complexo C. neoformans, para determinar a CIM foi realizado a
técnica de microdiluição em caldo relatada no protocolo CLSI, M27-A2. A CFM utiliza-se concentrações referente
a 4xCIM, 2xCIM e CIM para semeadura em ASD. A determinação da atividade da fosfolipase in vitro após ação
dos OEs foi utilizado o metodo de PRICE et al, 1982, para que seja realizada a analise dos halos e assim estimar
a atividade enzimatica.
RESULTADOS
Microdiluição em caldo com C. cassia Isolados C. neoformans + OE CIMe CFM: ATCC 80000-16µg,16µg; Isolado
L4-8µg,16µg; Isolado L7-16µg,32µg; Isolado L9 16µg 32µg; Isolado L14-16µg 64µg; Isolado L15-16µg,32µg;
Isolado L18-32µg,32µg; Isolado L21-16µg,32µg; Isolado L23-16µg,32µg; Isolado L24-16µg,32µg; Isolado
L28-8µg,16µg; IsoladoL30-16µg32µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol 4µg 4µg; Isolados
C. gattii + OE CIM CFM; Isolado L20-8µg,16µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg.
Microdiluição em caldo com C. flexuous Isolados C. neoformans + OE CIM CFM; Isolado L21-128µg,128µg;
Isolado L23 -128µg,128µg; Isolado L24-64µg,64µg; Isolado L28 -16µg,32µg; Isolado L30-64µg,64µg;
Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg; Isolados C. gattii + OE CIM CFM:Isolado L20128µg,128µg; Controle: C. parapsilosis ATCC 22019 + Fluconazol-4µg,4µg. Atividade da fosfolipase em
agar fosfolipase+C.flexuosus:Isolados-L20=0,8; L21=0,8; L23=0,9,L24=0,9; L28=0,9; L30=0,6. Agar
fosfolipase+C.cassia:isolados-L4=0,7; L5=0,7; L7=0,65; L9=0,7; L14=0,65; L15=0,65; L18=0,65.
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DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os resultados demonstram que atividade antifungica de ambos os óleos essenciais. Portanto, a partir da análise
dos dados é possível considerar a possibilidade de que o efeito antifúngico de ambos os OEs apresentem
significância.
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PÔSTERES
PO-25-29
ÓBITO CAUSADO PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1 EM CRIANÇA: RELATO DE CASO
Autores: MARIA DO CARMO PEDROSA; SAMYLA CRISTINA SILVA; ROMÉLIO LUSTOSA VICTOR; FLÁVIA GODOY; VICENTE
PESSOA
Instituição: SERVIÇO DE INFECTOLOGIA DO HOSPITAL DA CRIANÇA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 29
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
O surgimento da pandemia de gripe ocasionada por um novo subtipo de vírus influenza A (H1N1) tem sido
responsável por casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na infância.
OBJETIVO
Relatar um caso de SRAG por influenza A (H1N1) na infância com desfecho letal.
METODOLOGIA
Paciente de dois anos admitido com história de febre alta (39oC) há 6 dias e com piora nas últimas 24h
caracterizada por gemência, tosse , taquidispnéia, tiragem intercostal, queda da saturação de oxigênio e cianose,
necessitando de VM. Rx de tórax com aspecto de SRAG. Culturas para bactérias e swab para H1N1 foram
coletados e iniciados antibióticos de amplo espectro e oseltamivir. Evoluiu com deterioração clínica, instabilidade
hemodinâmica, hemorragia pulmonar e bradicardia seguida de assistolia irreversível em menos de 24h. Culturas
resultaram negativas e a pesquisa para vírus influenza A (H1N1) por PCR em tempo real foi positiva. Não recebeu
a vacina em 2016.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Trata-se de caso de infecção por influenza A (H1N1) que apresentou sinais e sintomas de SRAG com evolução
rápida para óbito.
Há poucas informações sobre como a circulação do vírus influenza A H1N1 afeta a população infantil. Sabe-se
que essa população é afetada tanto na sazonalidade quanto em pandemias e que crianças são consideradas
grupo de risco devido à imaturidade do sistema imunológico.
Como a SRAG por influenza A H1N1 em neonatos e lactentes pode simular sepse bacteriana, é fundamental a
alta suspeição clínica diante de quadros sugestivos, pois a evolução pode ser rápida e dramática como no caso
apresentado. A superinfecção bacteriana associada é frequente. Apesar de nem sempre ser suficiente, como
relatado em nosso caso, a instituição precoce de tratamento específico e de suporte em unidade intensiva é
imperativa na tentativa de êxito terapêutico.
A criança do caso relatado não foi vacinada em 2016. Apesar da falta de estudos de imunogenicidade em
crianças, sabe-se que a eficácia vacinal geral situa-se em torno de 70 a 80%. Discute-se se a vacinação da
criança do caso poderia ter impactado o desfecho.
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PÔSTERES
PO-25-30
NEUROSSÍFILIS: RELATO DE CASO
Autores: NATHÁLIA A.M. P. VICENTE; SÁVIO NOGUEIRA BENIZ; DENISE P. DE MENDONÇA; DANILO SENA COTRIM; NÉRITON
BARBOSA RAMOS; VITOR A. J. COSTA; LUÍSA ANDRADE DE LIMA
Instituição: IMEPAC - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 30
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A sífilis é uma doença infecciosa, que desafia há séculos a humanidade. Apesar de ter tratamento eficaz e barato,
mantém-se como problema de saúde pública com a ocorrência de 11 milhões de casos novos de por ano no
mundo1.
OBJETIVO
Relatar o caso de um paciente com neurossífilis e resistência ao tratamento padronizado.
METODOLOGIA
Paciente EPS, 56 anos, 8 anos de escolaridade, heterossexual, múltiplas parceiras, hipertenso e diabético
procurou atendimento médico após mudança de comportamento com confusão, agitação e perda de memória
há 5 meses. Neurológico: Glasgow 14; pares cranianos, força e reflexos normais; apresentava confabulações,
delírio de perseguição, flutuação do conteúdo de consciência, humor rebaixado. MiniMental 8 pontos; Fluência
verbal 6 pontos em animais e 7 em frutas. Sem outras alterações. VDRL sérico 1:128; FTA-ABS IgM e IgG
positivos. Angiorressonância visualizou artérias cerebrais média e posterior “em conta de rosário”. O LCR
mostrou VDRL 1:32, FTA-ABS IgG e IgM positivos, proteína 70mg/dl. O paciente, internado com o diagnóstico de
sífilis terciária fase demencial, recebeu a 1ª opção de tratamento com Penicilina Cristalina EV 2 milhões de 4/4h.
No 6º dia de tratamento, não houve mais acesso ao medicamento, iniciando a 2ª opção terapêutica, Ceftriaxone
2g de 12/12h EV por 21 dias. Após o término, paciente apresentou Glasgow 15, Minimental 21 pontos e fluência
verbal 16 pontos; o LCR apresentou VDRL 1:32 e FTA-ABS IgM e IgG positivos. Portanto, houve falha terapêutica
e o paciente foi encaminhado à um neuroinfectologista para avaliação da necessidade de um novo tratamento.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A apresentação clínica atual da neurossífilis (NS) não segue a evolução tradicional da era pré-antibiótica. O
início é insidioso, com deterioração sutil e progressiva da cognição. O tratamento da NS deve ser precoce,
sendo indicada a penicilina cristalina EV 2-4 milhões U de 4/4 horas por 10-14 dias3. Há poucos estudos
que demonstram a eficácia do tratamento alternativo com Ceftriaxone 2g 12/12h 10-21 dias4. Quanto mais
tardiamente for tratada a NS, maiores as sequelas cognitivas e comportamentais apresentadas. O curso do
processo demencial é interrompido, porém o paciente não recupera integralmente suas funções corticais
superiores. Após o tratamento, faz-se punção lombar, de 6 em 6 meses até 2 anos, até a normalização da
contagem celular e FTA-ABS IgM negativo5. As verdadeiras falências terapêuticas são raras, havendo poucos
estudos a respeito e divergências na abordagem de falhas.
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PO-25-31
SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS NO ESTADO DE
GOIÁS
Autores: RACHEL DE PAULA SANTOS RIBEIRO; ANA CARINA VIEIRA BASTOS; LIDIA ANDREU GUILLO
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 31
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A infecção por Citomegalovírus (CMV) é extremamente comum na população em geral e apresenta distribuição
universal. A alta prevalência desta infecção na população demonstra que existem várias formas de contágio e as
manifestações clínicas depende do estado imune do paciente.
Estima-se que a prevalência mundial da infecção por Citomegalovírus varia entre 40-100% (Matos,S.B,2010).
No Brasil, estudos realizados apontam 87,9% de prevalência da infecção pela doença (Junqueira, J.J.M,2008).
Segundo Cardoso e Colaboradores, no ano de 2000 em Goiás, observou-se 8,7% de positividade recente sendo
mais comum na infância.
OBJETIVO
O objetivo do trabalho foi identificar a atual soroprevalência de infecção pelo Citomegalovírus em Goiás, através
de levantamento de dados de pacientes atendidos no Laboratório da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
METODOLOGIA
Foram observadosno ano de 2014 resultados dos exames de CMV pela metodologia eletroquimiluminescência
de 190 pacientes. O local escolhido atende pacientes de todo o estado de Goiás, e o atendimento consiste em
pacientes da rede privada e do Sistema Único de Saúde (SUS) com diversidade de motivos clínicos para a
suspeita do diagnóstico de CMV.
RESULTADOS
A faixa etária da população variou entre 9 meses a 70 anos de idade, sendo o sexo feminino a maior parte dos
exames realizados. Com relação a detecção dos anticorpos 95,2 % da população estudada foi positiva para IGG.
Na detecção de IgM anti CMV, observou-se que 1,6% desta população foi positiva. Os pacientes com anticorpos
IgM positivos eram pacientes menores de 18 anos, sendo um caso soropositivo para o vírus da imunodeficiência
humana.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os resultados desta análise sofrem influencia nas condições sócias econômica do Estado, uma vez que
estudos demonstram que a infecção primária pelo CMV ocorre ainda na infância principalmente em locais
subdesenvolvidos.
A análise também confirma que é uma doença que permanece latente no homem, e pouco monitorada,
demonstrado pelo número de exames. Sendo uma doença oportunista e de fácil transmissão necessários mais
estudos.
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PÔSTERES
PO-25-32
LOBOMICOSE: MAIS UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA E COM TRATAMENTO AINDA
INSUFICIENTE
Autores: NAYANE BRAGA AIDAR; ARIANE LIMA FERREIRA; JULIANA NÓBREGA MESQUITA; LUDMILA BRITO PORTO;
NAYANA CHAVES AVEIRO; DANILO AUGUSTO TEIXEIRA; MIRIAN LANE OLIVEIRA R CASTILHO; JIVAGO OLIVEIRA A CHAVES;
DÉBORA FONTOURA RODRIGUES; THAIS LOPES SAFATLE
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS Dr. Anuar Auad - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 32
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Lobomicose é uma micose profunda crônica causada pela Lacazia loboi que leva à formação de lesões
queloidianas na pele.
OBJETIVO
Relatar caso de lobomicose e a dificuldade de resposta terapêutica aos tratamentos existentes.
METODOLOGIA
Paciente masculino, 65 anos, trabalhador rural, há 10 anos com nódulos em perna esquerda que aumentaram
progressivamente em quantidade e dimensão. Fez uso de cetoconazol por 6 meses sem melhora. Ao exame
apresentava nódulos normocrômicos de aspecto queloidiforme em dorso e membros inferiores, formando
extensas placas. Ao anatomopatológico: numerosas estruturas fúngicas sugestivas de lobomicose. Tentou-se
crioterapia juntamente com clofazimina 100 mg/dia, sem melhora. Foi proposta e iniciada exérese progressiva
das lesões.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Lacazia loboi é saprófita do solo e é inoculado na derme por trauma. A lesão inicial é uma pápula coberta
por pele intacta com ou sem telangiectasias, conferindo a apresentação fibrosa, semelhante a uma cicatriz ou
queloide. Ainda hoje não é possível identificar a sua forma subclínica devido à falta de um antígeno específico. A
lobina, antígeno uma vez utilizado para este fim, carece de especificidade e pode apresentar reação cruzada com
outros agentes tais como Paracoccidioides brasiliensis e alguns agentes do micetoma. O tempo prolongado do
diagnóstico faz com que os pacientes apresentem um atraso no inicio do tratamento com aumento das lesões,
seja por autoinoculação ou reinfeccção. A natureza progressiva das lesões pode levar a deformação funcional e
estética, além de degeneração carcinomatosa. O tratamento até o momento apresenta resultados insatisfatórios.
São indicados agentes como: cetoconazol, anfotericina B, compostos de sulfa, 5-fluorocitosina, clofazimina e
itraconazol. Esse último tem mostrado respostas parcialmente eficazes e pode ser usado como um adjuvante para
prevenir a recorrência na abordagem cirúrgica. Até o momento não existe um fármaco com resposta satisfatória
ao tratamento e as respostas são melhores com a excisão cirúrgica apesar do risco de inoculação durante o
próprio procedimento. O paciente do relato apresentou disseminação das lesões apesar do tratamento inicial
proposto, foi submetido à abordagem cirúrgica com reprogramação de novas. Outras terapêuticas precisam
ser desenvolvidas haja vista que quase um século de doença se passou e os tratamentos não apresentam os
resultados almejados.
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índice
Todas as informações referentes aos trabalhos foram reproduzidos exatamente conforme inseridas no sistema pelos autores. Portanto,
eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
PÔSTERES
PO-25-33
LETALIDADE DE HISTOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS NO CENTRO-OESTE
BRASILEIRO
Autores: THAÍSA CRISTINA SILVA; ANA LAURA SENE A. ZARA; CAROLINA RODRIGUES COSTA; ANDRESSA SANTANA
SANTOS; MARIA DO R. RODRIGUES SILVA
Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 33
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Histoplasmose disseminada é uma micose sistêmica que tem sido considerada um importante problema de
saúde pública devido à prevalência aumentada na população de imunocomprometidos.
OBJETIVO
Avaliar a prevalência, características clínicas, dados laboratoriais, de tratamento e prognóstico de pacientes com
histoplasmose associada à aids no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) em Goiânia, Goiás.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo, no período de janeiro de 2000 a junho de 2012, com análise de
dados demográficos, epidemiológicos, clínicos e laboratoriais obtidos de prontuários médicos. Foram incluídos
todos os pacientes com aids e diagnóstico confirmado de histoplasmose por reações sorológicas, biópsia e (ou)
cultura.
RESULTADOS
Entre 6.330 pacientes com aids, foram identificados 279 com histoplasmose disseminada, com uma prevalência
global de 4,4%, variando entre 0,9%, em 2001, e 6,5%, em 2011. A maioria dos pacientes era adultos jovens,
com mediana de 37 anos. A chance de ter histoplasmose foi maior entre as mulheres (OR=2,74; IC95%1,285,89). As manifestações clínicas mais frequentes foram febre (84,2%), tosse (63,4%), perda de peso (63,1%)
e lesões de pele (27,6%). Quanto aos achados laboratoriais, a maioria dos pacientes apresentou contagem de
plaquetas >100.000 células/mL (60,6%), creatinina <1,5 mg/dL (75,9%), aspartato aminotransferase (AST)
≥45UI/L (76,2%), lactato desidrogenase (LDH) ≥480UI/L (79,1%) e contagem de células T CD4+ <150 células/
mL (85,9%). Após o diagnóstico, 86,7% dos pacientes foram tratados com anfotericina B. A letalidade global
no período foi de 71,3%. Se mostraram associados ao óbito os seguintes achados laboratoriais: hemoglobina
<10mg/dL (OR=2,06; IC95%1,21-3,51; p<0,05), contagem de plaquetas <100.000 células/dL (OR=3,16;
IC95%1,72-5,79; p<0,001) e ureia >40 mg/dL (OR=2,93; IC95%1,63-5,26; p<0,001).
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Embora os pacientes tenham apresentado baixos valores de células T CD4+, essa característica, não se mostrou
associada ao óbito. Entretanto, baixos níveis de hemoglobina e plaquetas e elevados níveis de ureia estavam
associados à letalidade. Esse estudo mostra a necessidade de adoção de medidas para facilitar o diagnóstico
precoce, tratamento adequado e, por conseguinte, um melhor prognóstico da doença.
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índice
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PÔSTERES
PO-25-34
AÇÃO DE COMPOSTOS NATURAIS SOBRE LEVEDURAS DO COMPLEXO
CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS
Autores: VIVIANNY QUEIROZ FREITAS; ORIONALDA LISBOA FERNANDES; LUCIA HASIMOTO SOUSA; NATÁLIA CARASEK
CASCUDO
Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MICOLOGIA / VIROLOGIA / BACTERIOLOGIA - Sessão: PAINEL 34
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
A criptococose é uma importante doença fúngica que tem como agente etiológico, espécies de leveduras
pertencentes ao complexo Cryptococcus neoformans, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A
resistência destas leveduras aos agentes antifúngicos tem aumentado ao longo dos anos, levando a expressivas
implicações, como o descomedido uso de antifúngicos. Portanto, a pesquisa de produtos naturais e seus
derivados, tem sido pertinentes, pela relevância na descoberta de novos medicamentos, assim como, a
associação de fármacos ou compostos, com diferentes mecanismos de ação tem sido utilizada como alternativa
na terapia convencional.
OBJETIVO
Avaliar a ação dos compostos morina e curcumina sobre leveduras do complexo C. neoformans e a avaliar a
associação destes compostos com o antifúngico fluconazol.
METODOLOGIA
A atividade antifúngica dos compostos naturais morina e curcumina, sobre 20 isolados de espécies do
complexo Cryptococcus neoformans foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, padronizado pelo
CLSI (2008; 2012), para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima
(CFM). Foi verificada a interação dos compostos com o antifúngico fluconazol através do teste de checkerboard
para determinar o Índice de concentração inibitória mínima fracionária (ICIF) utilizado para averiguar se essa
associação foi sinérgica, indiferente ou antagônica.
RESULTADOS
Ambos os compostos, apresentaram atividade antifúngica, com CIMs variando entre 8 a 256 μg/mL, para morina,
e para curcumina, de 2 a 64 μg/mL. A interação entre os compostos e o fluconazol, mostrou sinergismo em
30% dos isolados quando se tratando da morina, 15% na análise da curcumina, e um número representativo de
isolados, 70% e 85% respectivamente, indiferentes a esta associação. Ambos os compostos não apresentaram
antagonismo nessa combinação.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Os bioativos mostraram-se promissores quanto à atividade antifúngica diante de leveduras estudadas,
considerando as variações dos valores da concentração inibitória e fungicida mínima. E assim como demonstrado
na literatura, o flavonoide curcumina foi o mais ativo frente aos microrganismos testados. No ensaio checkerboard,
os compostos apresentaram um efeito sinérgico entre as combinações avaliadas, assinalando uma alternativa
terapêutica favorável no tratamento destas micoses.
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PÔSTERES
PO-25-35
SÉRIE DE CASOS DE NEUROSSÍFILIS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM
INFECTOLOGIA
Autores: THAÍS LOPES SAFATLE; ADRIANA OLIVEIRA GUILARDE; NATALIA DE MELO BISSO; LUIZ FELIPE SILVEIRA SALES
Instituição: HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 35
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Neurossífilis (NS) compreende a infecção do sistema nervoso central pelo Treponema pallidum, que pode ocorrer
desde a infecção inicial até sua fase tardia. O diagnóstico da NS baseia-se na combinação de sinais e sintomas
neurológicos, testes sorológicos reagentes e alterações no líquido cefalorraquidiano.
OBJETIVO
Caracterizar os casos de NS atendidos em hospital de referência em infectologia na cidade de Goiânia.
METODOLOGIA
Série de casos de pacientes adultos com VDRL reagente no líquor. Os resultados foram obtidos a partir dos
registros laboratoriais de VDRL no líquor, no período de outubro de 2013 a julho de 2015. O diagnóstico foi
realizado através do teste VDRL no líquor e/ou FTA-Abs. As informações foram armazenadas em bancos de
dados do Excel 2016, e a análise de dados no SPSS versão 16.0.
RESULTADOS
Foram detectados 14 casos de NS confirmados com VDRL e/ou FTA-ABs reagentes no líquor. A média de idade
foi de 40,5 anos (DP:14,9), com predomínio do sexo masculino (98,2%). Três pacientes (21,4%) apresentaram
sífilis ocular associada. O exame do líquor demonstrou pleocitose, com mediana de 4,5 células (mín. 01- máx.
440). Houve predomínio de linfomononucleares em todos os casos. A média da glicorraquia foi 55,57 mg/dl
(DP:16,3) e de proteinorraquia de 86,14 mg/dl (DP:48,0).Onze pacientes apresentaram coinfecção com HIV
(78,6%). A mediana de contagem de células CD4 foi de 192 cel/mm³ (mín. 05- máx. 730) e 4 (28,6%) pacientes
tiveram carga viral indetectável para HIV, sendo que entre os pacientes com carga viral positiva, a mediana foi
de 153.675 cópias/mL (mín-283- máx. 294.150). A terapia foi realizada com penicilina cristalina em 64,3% dos
casos, e os demais com ceftriaxone. Metade dos casos tinha histórico de sífilis. Exames de imagem (TTC e
RNM) foram realizados em 71,4% dos casos, sendo 21,4% com laudo normal. Os demais variaram entre redução
volumétrica e presença de áreas de hipodensidade em região capso-nuclear, com ou sem edema cerebral.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
Nossos achados apontam a relevância de uma neuroinfecção em pacientes adultos jovens, notadamente
coinfectados pelo HIV. Alguns autores apontam a importância do exame liquórico para diagnóstico da NS em
pacientes assintomáticos portadores de HIV. A sífilis é uma DST com potencial de neuroinfecção, que deve ser
investigada em quadros neurológicos e em pessoas vivendo com HIV/AIDS.
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PÔSTERES
PO-25-36
ASPECTOS IMAGENOLÓGICOS DA TUBERCULOSE EM INDIVÍDUOS COM
CONDIÇÕES VARIADAS DE IMUNOSSUPRESSÃO
Autores: PEDRO PAULO TEIXEIRA E SILVA TORRES; RAFAEL DANGONI DE SOUZA PIRES; MARINA MASCARENHA RORIZ
PEDROSA; LUSMAIA DAMASCENO CAMARGO COSTA; DANIELI CHRISTINNI BISCHUETTI SILV; MARILIA DA SILVA GARROTE;
VICTOR HENRIQUE DE ARAÚJO MORAES; MARCELO FOUAD RABAHI
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 36
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Indivíduos portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas tem risco aumentado para infecções
graves. O pulmão é um dos órgãos mais frequentemente envolvidos, sendo que as complicações infecciosas
são as mais comuns, com alta mortalidade e morbidade.
OBJETIVO
Nosso objetivo é ilustrar a associação de condições de imunossupressão e tuberculose, descrevendo as
particularidades na apresentação imagenológica destas condições.
METODOLOGIA
Foram levantados casos de tuberculose confirmados com exames laboratoriais e que apresentavam imagens
características ou inusitadas em pacientes portadores de imunodeficiências variadas, nao exame de tomografia
computadorizada. As imagens foram analisadas e descritas por médico radiologista experiente e comparadas às
descrições de literatura.
RESULTADOS
A tuberculose pulmonar é uma infecção comum, e o desenvolvimento de infecção ativa está associado a alguns
grupos de imunodeficiências, especialmente aquelas que levam a prejuízo na imunidade celular2. Infecção por
HIV, desnutrição, abuso de drogas e álcool, neoplasias, insuficiência renal em estágio final, diabetes mellitus,
corticoides e terapia imunossupressora são condições predisponentes para desenvolvimento de tuberculose.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A presença de imunossupressão é um fator modificador das características imagenológicas observadas em
indivíduos com tuberculose pulmonar, sendo que neste subgrupo de pacientes, os quais apresentam com maior
frequência aspectos de imagem semelhantes à tuberculose primária. O conhecimento das manifestações menos
comuns neste subgrupo de pacientes é determinante no estreitamento das opções diagnósticas por parte do
radiologista.
Especialmente em pacientes candidatos ao uso de medicações imunossupressoras, a detecção de estigmas de
tuberculose latente pode ser decisiva na indicação de quimioprofilaxia, evitando desenvolvimento de atividade
infecciosa.
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PÔSTERES
PO-25-37
PROJETO XERIFES DO AEDES
Autores: MATHEUS MAIA GARCIA; JANINY PEREIRA ÁVILA; BÁRBARA CAMPOS A. FERREIRA; GABRIEL SANTOS DE
CASTRO; LARA KAROLINE CAMILO CLEMENTINO; RENATA CASTRO F. BOMFIM; MARCOS VINÍCIUS MILKI
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 37
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Dengue, Zika e Chikungunya são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt, que no Brasil tem causado
surtos epidêmicos, por aqui ter encontrado condições muito favoráveis para sua rápida disseminação associada
à deficiência sanitária de nossas cidades.
OBJETIVO
O projeto Xerifes do Aedes surgiu com o intuito de retirar o acadêmico da omissão quanto a prevenção e vigilância
das epidemias do Aedes em sua comunidade, trazendo-lhe o interesse e o trabalho voltado à Saúde Pública.
Portanto, essa atividade, realizada pelos membros da IFMSA Brazil - Comitê Local da Pontifícia Universidade
Católica de Goiás fez-se necessária para a existência de pontos de apoio às comunidades nesse processo de
vigilância, para que seguros e apoiados pelas informações e políticas em relação às doenças transmitidas pelo
mosquito, isto é, Dengue, Zika e Chikungunya, nós, como população, não deixemos a desejar.
METODOLOGIA
O projeto foi realizado em uma escola municipal de Goiânia, e aconteceu com alunos na faixa etária entre 7 e
8 anos.Inicialmente, fora realizada uma apresentação para os alunos de forma dinâmica e lúdica com mídias e
oficinas prático dinâmicas, nas quais esperávamos que os jovens aprendizes saíssem com uma consciência
um pouco maior levando isso para dentro de suas casas. Ademais, os alunos receberam uma estrela de xerife,
por se comprometerem no combate contra o mosquito, cartilhas com elucidações e doces.Foram também
distribuídos pela escola cartazes informativos e imagens de personagens infantis com falas de incentivo ao
combate do vetor.
RESULTADOS
Evidenciou-se que a ação com as crianças foi de grande valia, posto que fora visto o interesse das mesmas em
relação ao conhecimento de forma simples puramente natural, de modo que elas ao longo das oficinas faziam
referências às suas realidades desenvolvendo, portanto, o senso de seres sociais sedentos por aprendizagem e
pela capacidade de mudança.Tal projeto, por conseguinte, tornou-se multiplicador de conhecimento, já que 60
crianças foram orientadas e estimuladas a disseminar atitudes simples e modificadoras.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
O projeto Xerifes do Aedes, além de promover a união de 18 acadêmicos de medicina, os quais foram devidamente
capacitados, em prol de uma causa de saúde pública, permitiu o despertar do conhecimento em crianças, as
quais foram capazes de perceber a importância do assunto, bem como tornaram-se disseminadoras desse
mesmo conhecimento, criando um ciclo que deve ser alimentado por aqueles que assim se propõem exercer
sua função social.
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PÔSTERES
PO-25-38
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PROGRAMA DE CONTROLE DA
ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL
Autores: RAÍSSA NASCIMENTO HAMAOKA; WESLEY SILVÉRIO PIMENTA
Instituição: FACIPLAC - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 38
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Segunda patologia parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária, esquistossomose,
conhecida popularmente como barriga d’água. É uma doença transmissível, causada por vermes do gênero
Schistossoma, necessita do homem e da participação de caramujos de água doce, para completar seu ciclo
vital.
OBJETIVO
Descrever epidemiologicamente o número de pessoas tratadas contra a esquistossomose, no Brasil, no período
compreendido entre 2000 a 2010, relacionado com região socioeconomicamente ativa.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico quantitativo, transversal, de base populacional. Foi realizada por meio do Departamento
de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pelo TABNET. A análise foi feita pelo Programa de Controle
da Esquistossomose (PCE).
RESULTADOS
A partir da análise dos dados obtidos no período entre 2000 a 2010, verificou-se que a região nordeste apresentou
o maior número de pessoa que foram tratadas contra a esquistossomose, um total de 757.736 pessoas, seguida
pela região sudeste com 276.009 pessoas tratadas. A região centro-oeste registrou o menor número de pessoas
tratadas, apenas 432, seguida pela região sul, com um total de 2298 pessoas tratadas, e por fim a região norte,
com 6482 tratadas.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
A doença é tratada com medicamentos antiparasitários, tem maior prevalência em locais de baixa infraestrutura
sanitária. Pode ser controlada, através de medidas, com evitar a proliferação de caramujos, melhorar o
saneamento básico e educação em saúde. Porém a prevenção não ocorre de modo eficiente, principalmente
quando comparados com regiões de baixo nível socioeconômico, como mostra os resultados obtidos. A região
nordeste lidera o número de tratamento contra esquistossomose.
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PÔSTERES
PO-25-39
A INFECÇÃO POR CLAMÍDIA TRACHOMATIS PODERIA INTERFERIR NA OVULAÇÃO
DE MULHERES INFÉRTEIS? ESTUDO CASO-CONTROLE
Autores: REINALDO SATORU AZEVEDO SASAKI; MÁRIO SILVA APROBATTO; ELIAMAR A B F F FLEURY; CHRISTIANE
RICALDONI GIVIZIEZ; MÔNICA CANÊDO SILVA MAIA; NEUMA ZANLUCHI; IULLA AGUIAR SILVEIRA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Cidade/UF: GOIÂNIA/GO
Área: MISCELÂNEA - Sessão: PAINEL 39
Data: 25/06/2016 - Sala: ÁREA DE PÔSTERES - Horário: 08:00-18:00:00
Forma de Apresentação: PÔSTER
INTRODUÇÃO
Clamidia trachomatis é a bactéria sexualmente transmitida mais comum no mundo. Ela provoca danos à
fertillidade da mulher através de mecanismo mecânico, alterando histológica e anatomicamente as tubas,
aumentando também o risco de prenhez ectópica. Um dos mecanismos de alteração das tubas aventados é a
resposta imunológica anômala à infecção.
OBJETIVO
Avaliar se a exposição à infecção por Clamídia poderia alterar também a ovulação.
METODOLOGIA
Estudo caso-controle. Foram avaliadas 110 pacientes anovulatórias (casos) e 113 pacientes ovulatórias
(controles) à monitorização ecográfica da ovulação e a presença ou não da exposição à infecção por Clamídia
em um serviço Universitário de Reprodução Assitida
RESULTADOS
A sorologia IgG para Clamídia foi positiva em 23 pacientes (20,9%) no grupo caso. No grupo controle, 28 (23,7)
das pacientes tinham exame de imunofluorescência positiva para Clamídia (IgG), 85 (72,0%) tinham o exame
negativo e 4 (3,4%) tinham o resultado como indeterminado. O Odds Ratio foi de 0,8025 e o valor de p foi de
0,495. Não houve diferença entre a positividade da imunofluorescência para Clamídia, ente as pacientes que
ovularam e as que não ovularam.
DISCUSSÃO / CONCLUSÃO
DISCUSSÃO: O mecanismo conhecido da infertilidade causada pela Clamídia é a alteração mecânica tubária,
porém, o mecanismo pelo qual ocorre esta lesão ainda é discutida, sendo uma das explicações, alterações
imunológicas. Estas alterações parecem ser limitadas à reação inflamatória das tubas, não afetando o mecanismo
de controle ovulatório. CONCLUSÃO: A presença ou ausência de ovulação à monitorização ecográfica não foi
influenciada pela exposição à infecção por Clamídia.
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