- Nosso Jornal Abaeté

Transcrição

- Nosso Jornal Abaeté
2 nossojornal / mar14
FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ
Empresa de Comunicação
Soares Ribeiro Ltda
CNPJ 00.815.984/0001 - 69
Rua 13 de Maio, 20 - Centro
35620.000 - Abaeté - MG
Rumo à regionalização
Com a publicação das matérias gentilmente escritas, em
espírito colaborativo, pelas jornalistas Ana Lúcia Lopes e Bernadete Ribeiro, o Nosso Jornal
ensaia os primeiros passos rumo
à regionalização.
Esta edição destaca a poesia
e graciosidade do menor município de Minas, Serra da Saudade,
localizado a 85 quilômetros de
Abaeté. E enfatiza o excepcional
trabalho do escritor Rubens Fiúza, de Dores do Indaiá, com as
mais inéditas e surpreendentes
histórias da nossa região.
A ideia é que a “Folha Comunitária de Abaeté”, criada há
mais de 18 anos, transforme-se,
aos poucos, na “Folha Comunitária do Alto São Francisco”, no
desafio de ajudar a promover
uma maior integração e divulgação de toda a região.
Com a participação ativa das
pessoas e comunidades de Abaeté, Dores do Indaiá, Quartel Ge-
Tels: 37 3541-2203
37 9929 3967 / 9131-5050
[email protected]
Redação
Diretora de Redação:
Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG
Diretor Financeiro:
Prof. Modesto Pires
Assistente de Redação:
Monique Soares de Sousa
Adolescente Aprendiz:
Jéssica Taís
Capa: Fotos de Ana Lúcia Lopes
(Serra da Saudade) e outros.
Arte de Rodrigo Bastos
Impressão:
iGráfica Editora Ltda - Brasília
(61) 3356-7654 / 8605-7876
Tiragem: 1.800 exemplares
Transporte:
Viação Sertaneja (cortesia)
Os artigos assinados não representam,
necessariamente, a opinião do jornal.
Assinaturas:
Em Abaeté
Semestral: R$ 25,00
Anual: R$ 35,00
Demais Cidades
Semestral: R$ 35,00
Anual: R$ 50,00
Exterior
Semestral: R$ 60,00
Anual: R$ 100,00
ASSINANTE Benfeitor
A partir de R$ 100,00
Importante: Ao fazer o depósito
em conta, lembre-se de enviar o
comprovante, para que possamos
atualizar nossos registros.
ASSINANTES BENFEITORES
José Carlos de Medeiros Pereira
(BH/MG), José Júlio Pereira (BH/
MG), Walter Rodrigues e Silva (BH/
MG), Ronan Soares de Oliveira (BH/
MG), Nilson do Espírito Santo (Abaeté/MG), José Osvaldo Alves de
Assis (Bonito/MS), Fernando Alves
de Andrade (BH/MG), Maria Dalca
Santos Oliveira (Pompéu/MG), Rogério Arruda Luz (BH/MG), Dr. Arnaldo da Cunha Pereira (Abaeté/
MG), Dr. Osvaldo José de Campos
Melo (Rio de Janeiro/RJ), Dr. Wilson
Carlos Pereira (Abaeté/MG).
ral, Paineiras, Biquinhas, Morada
Nova de Minas, Cedro do Abaeté,
Martinho Campos, esperamos
apresentar, nas páginas do Nosso Jornal, a força, a beleza, os
projetos, a potencialidade, bem
como os problemas, carências,
desafios e reivindicações de nossa gente, de cada município.
Quem sabe, juntos, podemos
debater problemas e desafios
comuns da região, trocando
ideias e experiências, na busca
do desenvolvimento de todos?
Quem sabe um projeto desenvolvido por uma pessoa ou um grupo de Dores do Indaiá ou Morada
Nova possa ser um modelo para
outras cidades da região?
É uma ideia. A concretização
desse projeto depende do interesse e da participação de cada
um, das várias comunidades
da região. Afinal, “sonho que
se sonha só é só um sonho que
se sonha só. Mas sonho que se
sonha junto é realidade”.
Na saga dos anos 60
Parabéns, Christiane e toda equipe do Nosso
Jornal, pela brilhante matéria “Na saga dos anos
60”, sobre a trajetória do jornalista abaeteense
Carlos Olavo.
Quando eu era criança, ouvia meu pai contar
aquelas histórias. Sempre ficava fascinado com
as narrativas. Confesso que “viajei” no tempo lendo a entrevista descontraída, reveladora da personalidade simples, espontânea e realista desse
quase “super herói” da minha infância.
Justa homenagem a um personagem importante da nossa história, que enfrentou perseguições implacáveis de regimes autoritários repressivos e exterminadores.
Graças a pessoas como Carlos Olavo, hoje
podemos viver e manifestar com liberdade, numa democracia em ascensão. Show de bola!
Luiz Carlos Vieira Xavier, Rio de Janeiro (RJ)
Parabéns pela matéria sobre a vida
do ilustre conterrâneo comunista Carlos Olavo. Quando o conheci, já nos
anos 90, assim o chamava, o grande comunista brizolista. Foi assessor
de Darcy Ribeiro, uma das maiores
inteligências de todos os tempos em
nosso país. Na convivência com Darcy
Ribeiro, Carlos Olavo nos mostra esse
seu lado combativo e lutador. Aos 90
anos, continua ativo, jorra experiência
e sabedoria de sua vida em defesa da
liberdade. Carlos Olavo é um exemplo
vivo para os jovens e adultos de Abaeté e do Brasil! O Nosso Jornal merece
um prêmio por essa reportagem.
Wagner Túlio de Faria Andrade,
Belo Horizonte (MG)
Onde assinar o
Nosso Jornal
Redação do Nosso Jornal
Rua 13 de maio, 20 (3541-2203)
Banca de Revistas do Adriano
Pça. Amador Álvares (3541-2962)
Professor Modesto (3541-1231)
Helenice Soares (3541-2008
Lindalva Carvalho (9929-4710)
“A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau.” (Osho)
nossojornal / mar14 3
População protesta contra abusos
dos carros de som no carnaval
O que pode ser feito,
nos próximos anos, para
evitar o abuso de dezenas
de carros com sons superpotentes que estacionam
próximos uns dos outros
na região da Praça da
Prefeitura e ligam suas
caixas na última potência,
cada um tocando um funk
diferente e concorrendo
com o vizinho?
“É um terror! Ninguém
aguenta. Isso nunca foi
e nunca será carnaval.
São 200 ou 300 pessoas
parecendo curtir e 5.000
odiando. Será que a maioria da população concorda
que a Prefeitura conceda
alvarás para essa competição de sons automotivos?”,
questiona Camila Andrade,
no grupo Nosso Jornal, no
Facebook.
“Chega a doer no peito
a batida do som. Este ano,
ficou impossível levar crian-
ças e os mais idosos para
ver, mesmo que de longe,
o carnaval na praça. Ninguém estava aguentando
aquele barulho estridente
até meia noite. Isso estragou o nosso carnaval”,
completa Valnice Val.
Além de várias denúncias e desabafos nas ruas e
rede social, a contravenção
penal da perturbação ao
sossego e trabalho alheio
foi responsável pelo maior
Fogos Herculano Sousa
número das ocorrências
policiais registradas durante o carnaval, segundo
a comandante da 141ª Cia
de PM, Tenente Marianna
Atatília. “Tivemos que atuar
de forma incisiva, com multas, apreensão de alguns
veículos e condução dos
proprietários à delegacia
de polícia civil”, informa a
comandante.
Mas, apesar de advertidos, muitos carros com
“paredões de som” não
puderam ser apreendidos
pela polícia, por estarem
de posse de alvará e TAC
(Termo de Ajustamento de
Conduta) assinado pelo
“Em si, a vida é neutra. Nós a fazemos bela, nós a fazemos feia; a vida é a energia que trazemos a ela.” (Osho)
Ministério Público, Poder
Judiciário e Prefeitura.
Nem a polícia, nem
a Prefeitura dispõem de
equipamentos de medição
sonora. A expectativa geral
é que esta regulamentação seja revista, para evitar esses transtornos nos
próximos carnavais.
COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE
ADMISSÃO DO OESTE DE MINAS GERAIS LTDA
SICOOB CREDIOESTE
Demonstrações Contábeis
R$ 1
Período: 03/02/2014 a 28/02/2014
ATIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
RELANÇÕES INTERFINANCEIRAS
Correspondentes
Centralização Financeira - Cooperativas
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Setor Privado
(Provisão para Operações de crédito de
Liquidação Duvidosa)
OUTROS CRÉDITOS
Créditos Por Avais e Fianças Honrados
Rendas a Receber
Diversos
(Provisão para Outros Créditos de Liquidação
Duvidosa)
OUTROS VALORES E BENS
Outros Valores e Bens
Despesas Antecipadas
PERMANENTE
INVESTIMENTOS
Ações e Cotas
IMOBILIZADO DE USO
Imóveis de Uso
Outras Imobilizações de Uso
(Depreciações Acumuladas)
Outros
INTANGÍVEL
Ativos Intangíveis
DIFERIDO
Gastos de Organização e Expansão
(Amortização Acumulada)
TOTAL DO ATIVO
71.925.065,78
701.173,66
21.004.756,93
1.091,72
21.003.665,21
48.774.932,38
50.760.780,16
(1.985.847,78)
1.111.227,07
10.867,92
74.523,97
1.027.130,44
(1.295,26)
332.975,74
301.047,98
31.927,76
4.339.090,39
3.183.980,09
3.183.980,09
1.103.674,80
368.884,85
694.139,15
(386.730,47)
427.381,27
27.683,61
27.683,61
23.751,89
49.477,48
(25.725,59)
76.264.156,17
PASSIVO CIRCULANTE
55.398.637,62
DEPÓSITOS
38.596.067,42
Depósitos à Vista
13.110.357,09
Depósitos a Prazo
25.485.710,33
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
13.490.410,90
Repasses Interfinanceiros
13.490.404,09
Correspondentes
6,81
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS
34.108,76
Recursos em Trânsito de Terceiros
34.108,76
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS
175.000,00
OBRIGAÇÕES POR REPASSES NO PAÍS INSTITUIÇÕES OFICIAIS
175.000,00
Outras Instituições
175.000,00
OUTRAS OBRIGAÇÕES
3.103.050,54
Cobrança e Arrecadação de Tributos e
Assemelhados
53.979,69
Sociais e Estatutárias
640.074,34
Fiscais e Previdenciárias
154.567,25
Diversas
2.254.429,26
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
20.540.243,45
Capital
14.526.787,79
De Domiciliados no País
14.854.962,88
(Capital a Realizar)
(328.175,09)
Reservas de Lucros
5.436.170,13
Sobras ou Perdas Acumuladas
577.285,53
CONTAS DE RESULTADO
325.275,10
Receitas Operacionais
2.394.595,12
(Despesas Operacionais)
(2.037.562,56)
Receitas Não Operacionais
1.433,14
(Despesas Não Operacionais)
(91,69)
(Participações no Lucro)
(33.098,91)
TOTAL DO PASSIVO
76.264.156,17
nossojornal / mar14 5
Fotos Cristian Fagundes
Concurso de Marchinhas revela novos
talentos de Abaeté e anima foliões
As 10 composições inéditas que encantaram e
animaram o público presente ao 1º Concurso de
Marchinhas de Abaeté,
no sábado de carnaval,
já estão gravadas em um
CD, que será lançado dia
19 de abril, na inauguração
da Casa da Cultura.
O grande destaque do
evento foi Lúcia Pereira,
autora de 80% das músicas. Dentre elas, a campeã, Marchinha da Vovó.
“Embora tenha sido tudo
de última hora, sem muito
tempo para a divulgação,
achei o 1º Concurso de
Marchinhas um sucesso
surpreendente. Não tinha
aquele clima de competição, todos os participantes
estavam muito alegres,
unidos, querendo apresentar alguma coisa. Foi formidável!”, avalia Lucinha.
A presidente da Casa
da Cultura, que fez sua
primeira música aos 16
anos de idade, contabiliza
mais de 100 composições
Lúcia Pereira, autora de 8 das 10 marchinhas apresentadas, já tem três composições
prontas para o concurso do próximo ano, à disposição de quem quiser interpretá-las.
de sua autoria e dois CDs
gravados, anuncia que
já tem três marchinhas
prontas para o concurso
do próximo ano. “Estão às
ordens para quem quiser
cantá-las”, oferece Lúcia.
Este ano, algumas de
suas músicas foram interpretadas por Luciana &
Divina e por Fábio Alexandre, que ficaram, respectivamente, em segundo e
terceiro lugares com Falta
Você e Amanhã tenho que
trabalhar.
Outros compositores
que se revelaram no concurso foram André Vianna e Caíque, autores de
O palhaço na avenida e
Cortaram a minha água.
“A expectativa é que, no
ano que vem, consigamos
ter uma maior divulgação
do evento. E tomara que
ele seja mais longo, para
irmos, aos poucos, sugerindo um outro carnaval,
para as pessoas que tenham essa identificação
com o carnaval de rua, de
marchinhas, alegre, feliz
por si mesmo, sem tantos
artifícios”, declara André.
O Concurso de Marchinhas integra o projeto Abaeté em Festa, promovido
através da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura, com o
objetivo de resgatar essa
tradição, valorizar a música carnavalesca, seus
compositores, intérpretes,
a brincadeira lúdica e a
criação popular. Foi organizado por Nenety Eventos,
Casa da Cultura, Prefeitura
Municipal e Secretaria da
Cultura, com patrocínio da
Ambev.
Geração promissora
Um jovem talento revelado pelo concurso é Fábio Alexandre Alves de Sousa Júnior, 16 anos, aluno
do 2º ano da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, que
interpretou duas marchinhas compostas por Lúcia
Pereira, recebendo o troféu de terceiro colocado.
Ele conta que toca violão, teclado e começou a
cantar aos 7 anos de idade, no Coral Mirim Frederico Zacarias, depois no grupo Mi-do-si-sol-la-re,
coordenado pela professora Marta Álvares.
Hoje, Fabinho se apresenta em casamentos, formaturas, aniversários e outros eventos, geralmente
em parceria com o amigo e colega de escola Caíque Miguel, também com 16 anos. Já conhecido e
admirado por sua habilidade em tocar cavaquinho,
violão, viola e guitarra, Caíque começa a se revelar
agora como compositor.
“Deixe que o riso seja o seu templo, e você se sentirá em profundo contato com o divino.” (Osho)
6 nossojornal / mar14
Flashes do
Abaeté Folia
Integrantes da nova diretoria do Consep
Segurança Pública, direito e
responsabilidade de todos
O show da banda baiana Psirico marcou o auge
do Abaeté Folia 2014, levando milhares de foliões
ao Campo do Atlético, na
terça-feira de carnaval, dia
04 de março.
Um momento emocionante do show foi quando
o cantor Márcio Vítor viu
e pediu para subirem ao
palco a jovem cadeirante
Luísa Maia, que não se
conteve de tanta alegria,
dançando e cantando o
“Lepo Lepo”.
A gravação deste momento pode ser conferida
no site www.abaetexas.
com.br, recém lançado
com a proposta de ser
“um point de encontro para aqueles que, mesmo
estando longe, queiram
estar por dentro do que
acontece em Abaeté”.
Outra atração que
brilhou e não deixou ninguém parado no Abaeté
Folia foi a dupla sertaneja
Henrique & Juliano. Já a
cantora Anitta foi considerada o ponto negativo da
festa, com atrasos e falta
de interação com o público.
Este ano, o trajeto do
trio elétrico ficou restrito
ao quarteirão do Campo
do Atlético, o que frustrou
muitos foliões que não
compraram o abadá e
esperavam participar da
festa, como nos anos anteriores.
Você tem alguma dúvida, reclamação, problema, sugestão ou denúncia referente a tráfico de
drogas, criminalidade em
geral, ação policial, perturbação do sossego ou
outras questões relacionadas à segurança pública
em Abaeté? Esses e outros temas são debatidos
todos os meses nas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), realizadas
na segunda terça-feira
de cada mês, às 9 horas,
na Câmara Municipal de
Abaeté. O próximo encontro será dia 08 de abril.
“Muitas pessoas têm
receio de fazer uma denúncia direta à polícia,
mesmo que anonimamente, porque falam que
na Delegacia ou no Quartel da PM tem bina. Essas
pessoas podem fazer essa reclamação através do
Consep, que direciona a
demanda para a entidade competente”, orienta o
empresário Éverton de Oliveira Campos.
Dia 11 de março, ele foi
empossado como o novo
presidente do Conselho,
ao lado do vice-presidente
Augusto Faria, do secretário Anselmo Botelho, do
tesoureiro Luiz Mendes e
dos conselheiros fiscais
Claudionor Santana, Flávio
Nicoli, Paulo Oliveira e Leila. A intenção da equipe é
montar um escritório, com
telefone sem bina, para
um melhor atendimento
ao público.
Éverton explica que o
Consep é um órgão que
faz um laço entre a sociedade e as entidades responsáveis pela segurança
pública: Ministério Público,
Poder Judiciário, Polícia Civil, Polícia Militar, Conselho
Tutelar, Prefeitura, Comissariado de Menores. “Nesse trabalho em conjunto,
já foram desmanchados
oito pontos de drogas no
município”, informa.
Além de fazer, receber
e encaminhar denúncias,
debater e buscar soluções
para questões envolvendo segurança pública, o
Consep ajuda a resolver
problemas como a falta
de viaturas policiais, despesas de manutenção,
dentre outros. É que o órgão recebe e administra
verbas repassadas pelo
Ministério Público e Judiciário, através de multas,
transações penais, Termos de Ajustamento de
Conduta, fazendo prestações mensais aos órgãos
competentes. Este ano,
recebeu, por exemplo, R$
18 mil provenientes do TAC
do carnaval.
“Dentre outras ações,
o Consep já conseguiu
uma viatura para a PM,
custear a pintura do Fórum, resolver, através da
Prefeitura, problemas de
infraestrutura do Conselho
Tutelar. A população nem
imagina o quanto o Consep é importante para a
cidade. Queremos desenvolver um trabalho melhor
ainda, com a participação
da comunidade”, finaliza
Everton, convidando os interessados para a próxima
reunião, dia 08 de abril.
Participantes da última reunião do Consep, dia 11 de março.
“Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.” (Osho)
nossojornal / mar14 7
Copa Rivas de Futebol movimenta esporte na região
Onze equipes disputam a 4ª Copa Rivas Sport de Futebol de Campo,
que teve início dia 08 de março, com
partidas em Luz, Bom Despacho,
Pompéu e Abaeté.
Na abertura do torneio, o público
lotou o Campo do Independente para assistir ao clássico São José X CIA,
que terminou empatado em zero a
zero na categoria aspirante. Na categoria principal, o São José venceu o
Independentespor 1 X 0.
O Independente é o vice-líder do
turno no grupo C, após empatar em 1
a 1 com o Cristalino, em Pompéu, na
rodada do dia 22 de março. No próximo sábado, dia 29, a partir 13:30hs,
o CIA enfrenta novamente a equipe
pompeana no Estádio Dr. Eduardo
Soares de Faria, valendo pelo returno.
Já o São José está em terceiro lugar no grupo, após empatar com a
Seleção de Martinho Campos no último fim de semana.
Também disputam o campeonato os times Cruzeiro (Luz), Cristalino E.
C. (Bom Despacho), Famorine (Bom
Despacho), Associação de Arcos,
Avaí (Pompéu), Araújo F. C e Associação de Bom Despacho.
(Colaboração J. Costa)
Cultura de Abaeté em destaque na TV Alterosa
Fotos Jéssica Taís
“Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção… não há necessidade de pedi-lo.” (Osho)
No mês de abril, Abaeté será
destaque em um dos programas
da Viação Cipó, da TV Alterosa
(SBT). Dias 20 e 21 de março, o
apresentador Otávio Di Toledo
esteve na cidade com a produção, fazendo reportagens em vários pontos da município, como
Casa da Cultura, WG Reciclagem,
Frutuai, Balneário, Fazenda Bom
Sucesso, enfocando também o
aquecimento para a cavalgadas
Sem Rumo, jovens tocadores de
sanfona, viola e violão, artistas
locais. Não foi divulgada a data
de exibição do programa.
8 nossojornal / mar14
O sabor da vitória na luta contra o vício
V
Christiane Ribeiro
iver um dia
de cada
vez, reconhecendo,
com humildade, que é
impotente perante o álcool e as drogas, enquanto
celebra, passo a passo, a
construção de uma nova
vida, alicerçada na fé, no
amor, na família, na determinação de vencer o vício
e ser feliz. Assim tem sido
o dia a dia de Alessandra
Martins, 32 anos, desde
a sua volta para casa, no
Bairro São João, dia 09 de
março, após passar nove
meses em tratamento na
Fazendinha Vida Nova, em
Papagaios.
Ao lado de três dos seus
seis filhos, ela mostra, com
orgulho e alegria, o diploma que recebeu pelo seu
processo de recuperação.
“Parece que eu nasci no
dia da minha graduação.
Após alguns anos de muito
sofrimento, sou uma nova
mulher”, declara. “É muito
bom ter sobriedade. É muito bom levantar de manhã,
estender a cama, fazer o
café pros filhos... A emoção é outra, sabe? Antes,
não tinha prazer em nada.
Hoje, eu tomo um copo
de água e acho gostoso”,
completa, sorrindo.
A força para lutar contra o vício e enfrentar o
duro processo de desintoxicação na fazendinha,
Alessandra encontrou no
companheiro Bosco e nos
filhos. “Eles foram a razão
da minha luta diária lá. O
anjo de guarda de meu
marido me acompanhou
na minha caminhada inteira, sempre esteve ao
meu lado, me apoiando. Eu
ficava firme de dia, mas à
noite eu chorava, pensava
em desistir. Daí falava que
não podia desistir, porque
tinha frutos lá fora, crianças
que precisavam de mim.
Cada dia, eu colocava um
na minha cabeça. Dizia:
hoje eu vou lutar pela Bru-
Alessandra, ao lado dos filhos Emily, Vitória e Alessandro: “após anos de muito sofrimento com bebidas e drogas, sou uma nova mulher”.
na, hoje eu vou lutar pelo
João Vitor... Depois pela
Emily, pelo Alessandro,
pela Ketellyn, pela Maria
Vitoria... Quando eu senti
que estava forte, falei: não,
hoje é por mim mesma,
porque, pra eles serem
felizes, eu preciso ser feliz.
Se eu não estiver bem
comigo mesma, não tem
como ficar bem com mais
ninguém, não tem como eu
falar ‘eu te amo’ se eu não
me amar”, reflete.
Ao recordar sua experiência no submundo do
álcool e das drogas, Alessandra manda um recado,
principalmente aos jovens:
“Não aconselho ninguém
a cair nessa. E pra quem
já está nessa, que tenha
muita força de vontade.
Sair não é fácil, mas também não é impossível. Pra
Deus, tudo é possível”,
acredita.
A experiência com o vício
Como muitos adolescentes, ela começou a
beber muito cedo, aos
13 anos, por curiosidade.
Rapidamente, se viciou na
cachaça e no cigarro, a
exemplo do pai, que também era alcoólatra. Aos 15
anos, saiu de casa para
morar com um homem que
tinha mais que o dobro de
sua idade. Dessa relação,
nasceu a primeira filha,
Bruna, hoje com 16 anos.
Depois, teve outros companheiros e mais dois filhos,
Vítor e Emily, de 8 e 5 anos,
respectivamente, até se
casar com o atual marido,
Bosco, pai de Alessandro,
4 anos, Ketellyn, 2, e Maria
Vitória, 11 meses.
A bebida sempre
acompanhou esses relacionamentos, provocando
brigas, conflitos e ocorrências policiais. “Bebi até vinte e tantos anos, todo dia.
Depois de muito problema
com o Conselho Tutelar, de
muita briga de faca com o
meu marido, com a polícia
na porta quase todo dia,
nós largamos o álcool. Mas
aí eu passei pro crack”,
conta Alessandra.
Ela diz que fumou a
primeira pedra após uma
discussão com o marido,
quando estava grávida de
8 meses do quarto filho.
“Eu tinha curiosidade de
conhecer a vida, a gente
acha que pode tudo né? Aí
eu me envolvi com o crack
e vivi dois anos e meio de
sofrimento, onde cheguei
quase no fundo do poço.
Não vendi nada de dentro
de casa porque o Bosco
não deixava, mas as roupas do corpo, o que era
pertence meu, eu levava
tudo lá pra cima. Chegava
a avançar nas minhas
vasilhas de alumínio pra
vender no ferro velho, pra
arrumar 2 ou 3 reais, ficava
doidinha”, lembra.
Apesar disso, mesmo
no auge do desespero
para fumar a pedra, ela
garante que nunca roubou dinheiro de ninguém.
“Roubei a saúde do meu
marido e a felicidade dos
meus filhos”, reconhece.
“Quando comecei com as
drogas, eu ainda trabalhava. Sempre fui trabalhadeira, graças a Deus, e
nunca mexi em nada dos
outros, mesmo usando o
crack. Só que eu comecei a
perder a responsabilidade,
chegava atrasada no emprego, não tinha ânimo pra
mais nada. No final, não
tomava banho, ficava toda
desleixada, não conseguia
cuidar das crianças, xingava e brigava com todo
mundo, o Conselho Tutelar
vinha aqui, ameaçava tirar
meus filhos de mim, era
um inferno!”
Ela diz que é importante
se lembrar dos momentos
tristes do passado para
sentir a dor e não cometer
erros de novo. “Eu errei
demais, machuquei muitas
pessoas, principalmente os
meus filhos, fiz coisas que
achava que Deus nem ia
me perdoar”, reconhece.
Foi no parto de Maria
Vitória que Alessandra
tomou a decisão de mudar de vida. “Fumei crack
durante minha gravidez
inteira, e o bebê ficava até
dois dias sem mexer na
minha barriga. Na sala de
parto, escutei a enfermeira
dizer que achava que o neném tinha morrido. Fiquei
desesperada e falei: ‘Senhor, se minha bebezinha
nascer, vou dar um jeito
na minha vida, e o nome
dela vai ser Maria Vitória’.
Graças a Deus, ela nasceu, está forte, saudável,
alegre, minha cunhada
cuidou bem demais dela
quando eu estava internada”.
Nesse processo de internação e tratamento,
ela agradece o apoio que
teve da equipe do Creas,
do Conselho Tutelar, da
assistente social do Fórum
e, especialmente, do empresário Edson Antônio
Batista, que pagou todo
o seu tratamento. “Na
fazendinha, eu aprendi a
me perdoar. Até agradeço
por ter passado pelo crack
e ter bebido álcool, porque
foi através desse sofrimento que eu conheci o amor
de Deus e sei que Ele é
maravilhoso na minha
vida. Antes, eu nem ligava
pra religião. Hoje, eu sou
católica, apaixonada por
Jesus. Quando fico nervosa, ouço louvor o dia inteiro”, conta, na consciência
de que sua luta contra o
vício continua.
“Todo dia, eu tenho que
admitir que sou impotente perante o álcool e as
drogas. A doença fica no
sangue. Pra eu ficar livre,
limpa mesmo, são 10 anos.
Então, é uma luta diária.
Por hoje, tenho certeza,
coloco na cabeça, bato
meu pé que não bebo e
nem fumo. Mais tarde,
quero parar com o cigarro
também. Estou me sentindo, nem sei explicar, como
uma águia, cheia de vontade de viver”, finaliza.
“Ser feliz é a maior coragem. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.” (Osho)
nossojornal / mar14 9
Uma experiência para toda a vida
D
e volta ao Brasil após estudar um ano no
Canadá pelo programa
Ciência sem Fronteiras, o
abaeteense Felipe de Oliveira Andrade, 23 anos,
prepara-se para formarse em Engenharia Civil
pela UFMG e não descarta
a possibilidade de retornar à École de Technologie
Supérieure, em Montreal,
para fazer um mestrado e
aprofundar os estudos em
uma nova tecnologia que
pode baratear muito o asfaltamento e manutenção
de estradas. Ele falou sobre essa experiência, em
entrevista ao Nosso Jornal,
durante uma visita a Abaeté, no carnaval.
Fale sobre a experiência de estudar um ano no
Canadá. O que foi mais
marcante para você?
Bom, a princípio foi a
diferença de temperatura.
Saí daqui no verão, em
janeiro do ano passado,
e cheguei ao Canadá em
um inverno muito rigoroso, uma diferença de 60
graus daqui pra lá, algo
que eu nunca tinha vivido.
Na volta, foi o mesmo choque, estou ainda me acostumando com o calor. Saí
de uma temperatura de
-25º e encontrei uma de
Felipe, andando em trenó de cachorros perto de Québec City e em frente a uma cachoeira congelada, em Val-David, no Canadá.
30º aqui.
Outro choque foi em
relação à língua. O Canadá é um país de língua
inglesa, mas eu estudei
na província do Québec,
que é majoritariamente
francesa, e todos os meus
estudos foram em francês.
Na verdade, o país é bilingue, as pessoas se cumprimentam falando “Bonjour Hi”. “Bonjour” é bom
dia em francês e “hi” em
inglês. Se você responder
“bonjour”, eles continuam
a falar com você em francês. Se falar “hi”, a conversa prossegue em inglês.
No aeroporto, assim
que eu cheguei, já foi assim: “Bonjour Hi”. Eu tentei
“bonjour” e não deu muito
certo, tive que passar para
o inglês. Mas logo comecei um curso de francês e,
depois de seis meses, já
falava fluentemente.
As diferenças culturais
também são enormes.
Nos países nórdicos, como
o Canadá, o frio acaba
mexendo muito com a cabeça das pessoas. Elas ficam mais agressivos, é totalmente diferente de um
país sulista como o nosso.
O que eu notei é que o
humor das pessoas varia
muito com o tempo. No
Canadá, o inverno dura
praticamente seis meses,
e é muito frio. No ano passado, até abril ainda estava nevando e às 4 horas
da tarde tudo escurecia. Aí
já era noite, o comércio fechado, você não via mais
ninguém na rua, só aquela nevasca, aquele frio absurdo. E as pessoas ficam
muito depressivas nessa
época, o país desenvolve
campanhas de prevenção
ao suicídio.
Por outro lado, elas
aproveitam o verão ao
máximo, todo mundo fica
nas ruas até uma ou duas
da manhã. É como se a
cidade estivesse em festa,
até de madrugada as ruas
ficam cheias de pessoas.
No verão, lá escurece por
volta de 9 e meia da noite,
com muito calor e muita
umidade, como se você
estivesse na praia.
A primavera também é
muito bonita e, no outono,
quando as folhas começam a cair, todas as ruas
ficam cobertas com aquele vermelho, alaranjado,
amarelo, que é lindo, o
cartão postal da cidade.
O símbolo do Canadá é
aquela folha vermelha.
Você se adaptou bem
“Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências”. (Osho)
à comida?
Sim. O Canadá não tem
uma cultura tão forte em
relação à culinária. Tem
praticamente um prato típico que chama “Poutine”,
uma mistura de batata frita, queijo e molho de carne cozida. No mais, lá você
encontra comida de todos
os cantos do mundo.
Como o Canadá é um
pais enorme, o segundo
maior do mundo, mas
muito pouco povoado, há
um tempo atrás, eles abriram bem as fronteiras, e
gente do mundo inteiro foi
para lá.
Continua na pág. 10
10 nossojornal / mar14
Felipe Andrade, a vivência de um
estudante abaeteense no Canadá
(Continuação da entrevista iniciada na página 09)
Felipe, você sentiu vontade de ficar no Canadá?
Senti sim. Eu fiz, inclusive, um elo para fazer um
mestrado, os professores
gostaram bastante do
meu trabalho. Mas morar
mesmo no Canadá, eu
não sei.
Eu fiquei em Montreal,
uma cidade maravilhosa,
com qualidade de vida
boa, transporte público
que funciona, ciclovias,
parques bem cuidados.
Eles têm um sistema interessante, que eu já vi também no Rio de Janeiro, de
aluguel de bicicletas. São
vários pontos espalhados
na cidade. Então, você faz
um plano, paga 60 dólares anuais, pega a bicicleta num lugar e devolve
no outro ponto da cidade.
Isso é maravilhoso! Você
anda pela cidade inteira
sem precisar pegar metrô, ônibus, inclusive de
madrugada. Como tinha
um ponto na porta da minha residência, que era
em frente à faculdade, eu
podia ir a qualquer lugar
e voltar de bicicleta. A cidade é muito plana e tem
uma qualidade de vida
imensa.
Mas o inverno é muito rigoroso, não sei se
conseguiria viver lá. Também senti muita falta do
calor do povo brasileiro.
Eles não são acolhedores
como a gente. Nós temos
a necessidade de fazer os
outros se sentirem bem,
todos os estrangeiros que
vêm para o Brasil saem
daqui maravilhados com
tudo, tanto com o clima,
com a comida, mas principalmente em como o brasileiro acolhe bem e faz
com que eles se sintam
em casa e à vontade.
Os canadenses não
têm essa preocupação,
mas Montreal é uma cidade tão cheia de cultura
que eu não me senti estrangeiro. Tinha amigos de
todas as partes do mundo. Quando comemorei o
meu aniversário lá, contei
pessoas de sete nacionalidades diferentes, gente do
mundo inteiro.
E na universidade,
como foi a experiência?
Em relação ao nível
de estudo, eles são muito
mais práticos, realmente
botam a mão na massa.
No Brasil, as universidades
federais são mais teóricas,
não passam muito a parte
prática. No Canadá, metade da carga horária é teórica e metade prática, nos
laboratórios, ou mexendo
com softwares, com projetos. Eles saem da faculdade bem mais técnicos.
Outra coisa diferente é
que, a cada ano, eles param os estudos e fazem
quatro meses de estágio.
São dois quadrimestres
de estudo e um de estágio a cada ano. E eles só
têm um mês de férias, em
agosto. Fora isso, é praticamente uma semana de
folga entre um período e
outro. Tem o spring break,
uma semana sem aulas
após os quatro primeiros
meses do ano, e o winter break, também uma
semana, nos feriados de
Natal e Ano Novo.
Você chegou a fazer
estágio no Canadá?
Sim, trabalhei em um
laboratório de asfalto e
pavimentação e desenvolvi um projeto, junto com
dois professores da faculdade, sobre a reutilização
de borracha de pneu reciclado para fazer a camada
de superfície do asfalto.
Trabalhei em um laboratório com tecnologia de
ponta e, a partir da segunda semana, eu já estava
fazendo todos os ensaios
e as notas do projeto. Esse
projeto teve um andamento bom, conseguimos dar
sequência, chegar a um
material menos poluente e
mais barato, com diminuição do betume e utilização
da borracha reciclada. No
final, eles me pediram
para escrever um relatório, os professores estão
tentando fazer uma publicação acadêmica desse
artigo, que valeu também
como minha monografia
aqui no Brasil.
Você acredita que essa
tecnologia seria aplicada
aqui no Brasil, com uma
redução considerável nos
custos de asfaltamento e
manutenção de estradas?
Com certeza. Seria um
material mais barato e
daria um fim aos pneus
velhos, além de reduzir a
poluição, uma vez que diminui a quantidade de betume, que é a parte colante, o ligante do asfalto, que
vem do petróleo, é o que
mais polui e o mais caro.
Com a aplicação desse
projeto, estaríamos fazendo um asfalto de baixo
custo, com propriedades
mecânicas melhores e
ainda utilizando material
reciclável.
Uma professora que
dá aula de estradas na
UFMG me falou que aqui
também há projetos de
utilização de betume com
aditivo de borracha. Aqui,
não seria um processo
químico com aditivos, o
que encareceria muito a
obra, mas uma mistura
quente, feita no caminhão,
no momento da aplicação
do asfalto. Ela disse que a
maior dificuldade está na
mão de obra, que não é
qualificada, e nos estudos
que ainda não são conclusivos, nem aqui, nem no
Canadá.
Você pretende continuar trabalhando nesse
projeto?
Pretendo. Já conversei
com os professores sobre
a possibilidade de retornar ao Canadá, para fazer
um mestrado e continuar
trabalhando nesse projeto
de pesquisa por mais um
ano e meio, escrever uma
tese mais aprofundada.
Eles chegaram, inclusive, a
me apresentar um projeto
de bolsa de estudos. Estou
estudando a possibilidade
Filho da abaeteense Márcia Oliveira e do dorense Paulo
Andrade, Felipe estudou por um ano na École de Technologie Supérieure, no Canadá. Abaixo, placas de asfalto, com
aditivo de borracha, prontas para serem ensaiadas.
de retornar em agosto, assim que eu me formar na
UFMG, para a sessão de
outono.
Você gostaria de fazer
mais alguma observação?
Vejo muita gente que vai
participar desse programa
e fica muito fechado, não
procura se misturar, se
integrar com o povo, com
a cultura do lugar. Muitos
ficam só entre brasileiros
lá e acabam perdendo a
oportunidade de ouro de
aprender a língua, fazer
novas amizades, adquirir
novos conhecimentos. Então, se fosse dar alguma
dica para quem está indo,
eu diria para aproveitar
essa oportunidade e procurar se integrar, conhecer
o máximo de estrangeiros
possível.
Qualidade e confiança no LÍDER de sempre!
“Quando seu coração está pleno de gratidão, qualquer porta aparentemente fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” (Osho)
nossojornal / mar14 11
Cantinho da Poesia
Água Doce
ANÚNCIO DE JORNAL
Clay Regazzoni*
Troco.
Objeto pessoal.
Usado.
O tenho comigo desde nascido.
Já o entreguei pra outras pessoas.
Mas ele sempre voltou pra mim.
Razoável estado de conservação.
Um pouco empoeirado pela solidão.
Durante a vida,
Sofreu quedas e arranhões.
Restaram marcas,
Gravadas pra sempre.
Possui algumas cicatrizes de tristezas,
Mas também tem cravejado em suas paredes,
Pérolas de felicidade.
Às vezes sente dor e chora.
Esteve vazio por um tempo,
Mas então eu vi você.
A vida o deixou endurecido por várias vezes.
Mas hoje recuperou o seu rubor.
Condições de troca:
Dou meu coração
Por um pouco do teu amor.
Maria das Dores Caetano Guimarães (D. Branca), de Dores do Indaiá
É mesmo!
Já falaram pra mim
que eu só escrevo miudezas, coisas assim-assim,
que minhas crônicas são
como chazinho de bebê,
aguinha doce...
Então, de vez em quando, tento mudar...
“Onde já se viu ficar
omissa (ai, que palavra
mais complicada!) com
tanta violência, fome,
bombas, analfabetismo?”
É mesmo!
Bem que perco o sono
com tanta tristeza.
Bem que perco o sono!
Mas... como escrever
feito vó, feito economista,
se o céu de Dores do Indaiá está jogando tanto
azul e tanto ouro no meu
olhar?
Como ficar sorumbáti-
ca, se o sol caipira do interior não me dá sossego
e fica me chamando com
voz quente, com a cara inteira na minha janela?
Se olho pras casas com
a pintura descascada, pulo o olhar lá pra dentro e
penso nos sonhos que
elas abrigam...
Claro! Eu também sinto
saudades das pedras antigas da minha avenida.
Mas meu olhar se encanta
com a alegria dos jovens
que pisam o asfalto novo...
Pois então. Nasci assim mesmo, alegrinha,
água doce. Fui benta por
uma fada sonsinha que
não deixa meu coração
virar pedra.
Afinal, alguém precisa
estar alerta, descobrir os
pássaros no meio do mato, descobrir o vento, descobrir a esperança que
mora nas escolas, descobrir o azul, a poesia...
Pois então. Nasci assim mesmo... Uma água
doce...
Choro com a falta de
paz. Choro pelas crianças famintas, pelos jovens
sem rumo certo.
Mas, choro sozinha, à
noite, sem ver o céu.
Porque, se deixar uma
fresta na janela...
Ah, o céu de Dores do
Indaiá me chama e eu
embarco no seu brilho. A
culpa é dele...
POETANDO
Clay Regazzoni*
Poetar é fertilizar os dias
É regar as flores que nascem em cada coração
É manter as abertas janelas da alma
Para que o raiar da poesia ilumine os caminhos da vida.
Poetar é deixar levar-se pelo sopro azul da manhã
É eternizar-se nas coisas efêmeras
É ouvir o trêmulo silêncio das matas
É ver luzir na noite escura
O rosto sereno da esperança.
Poetar é fecundar os sonhos
É ver a beleza no olhar do mendigo
É como repousar no remanso do Éden
É a sobriedade lírica dos bêbados
É transbordar-se de alegria e fé
E pode até ser oração para os incrédulos.
Poetar é o delírio divino do homem
É ter nas mãos os mistérios do mundo
É ter no peito sentimentos etéreos
Poetar é a sublime sapiência dos loucos
Que descobrem o que é amar.
*Clay Regazzoni Chagas, 33 anos, é natural Belo
Horizonte e residente em Abaeté. Apresenta-se como
franciscano, filho e irmão, cruzeirense, amante de literatura, música, cinema e teatro. Publica seus poemas
no blog http://relicariodapoesia.blogspot.com.br
SAUDADES DE NOSSO CLUBE
Herculano Vanderli de Sousa
Verificando meu relicário, deparei com fotos
dos bons tempos do “Nosso Clube”, onde arrisquei
meus primeiros passos
de dança. Onde “estreei”
meu primeiro terno, apesar de tê-lo adquirido em
segunda mão...
“Nosso Clube” foi fundado pelos políticos do
PSD (Partido Social Democrático), enquanto o “Abaeté Clube” fora fundado
pela UDN (União Democrática Nacional).
Abaeté Clube era mais
elitista. Nosso Clube, do
qual comprei minha cota,
já que eu me enquadrava
ali, era mais popular.
Saudades dos verdadeiros carnavais, animados por conjuntos, hoje
chamados de “bandas”,
com trombones, clarinetas, trompetes e bateria,
tocando as saudosas marchinhas. Ambiente seleto.
Forasteiros e visitantes só
entravam apresentados
por um sócio efetivo.
Havia as chamadas
“horas dançantes”, bailes
de gala, as famosas quadrilhas conduzidas pelo
saudoso maestro Niquinho e animadas pelo Si-
mião Sanfoneiro.
Eu esperava ansioso
um baile de gala para que
pudesse estrear minha fatiota. Certa vez, sabendo
que haveria um baile em
Nosso Clube, liguei para
lá e fui atendido pelo gerente Zé Negrinho, o popular Zé do Clube. Após
me identificar, perguntei
se o baile era social (Queria saber como seriam os
trajes).
Ele, rindo, me disse que
o baile era social, mas que
eu poderia ir assim mesmo, ele me quebraria o
galho... Assim, finalmente
pude estrear meu terno,
comprado a duras penas
e a prestações. Fiquei todo
“intimando”...
Os artistas da foto,
do conjunto “The Raiders
Boys”, que animavam as
horas dançantes, são Ronaldo Soares, Élio Romualdo, Geraldo Toledo e Moacir Araújo. Não consegui
identificar o baixista.
O prédio onde funcionava o clube hoje é um
hotel. Guardo com carinho
os recibos das mensalidades.
Bons tempos que não
voltam mais...
“Compartilhar é uma das maiores qualidades espirituais. O milagre é que quanto mais você compartilha sua felicidade, mais você tem”. (Osho)
12 nossojornal / mar14
Serra da Saudade: poesia e graciosidade em um único e pequeno lugar.
ntre muitas
montanhas e
com um nome
poético, está Serra da Saudade, segundo dados do
IBGE, o menor município
mineiro, com 825 habitantes. Já em nível Brasil,
perde apenas para Borá,
em São Paulo, que é considerado o menor do país.
As pequenas dimensões geográficas e demográficas não são comparáveis com a enorme
hospitalidade, belezas de
suas paisagens e da gente
especial e hospitaleira que
ali habita.
Com um clima tropical
e ar puro, a cidade está
localizada no centro-oeste
mineiro, a 230 Km de Belo
Horizonte e a 85 km de
Abaeté, tendo como vizinhos os municípios de
Dores do Indaiá, Quartel
Geral, São Gotardo e Es-
trela do Indaiá.
O registro do surgimento de Serra da Saudade
tem um encontro com a
história da construção de
Brasília, pois a Estrada
de Ferro Belo HorizonteParacatu seria o caminho
mais perto para se chegar
lá na época e necessitava
passar pela serra, o que
fez aumentar o progresso
na região, dando origem
ao lugarejo. Ali era ponto
de parada para viajantes
que transportavam material para a construção de
Brasília.
Uma lenda de Serra da
Saudade
Há muitos anos, por
volta do século 18, vivia
no lugarejo uma tribo indígena, que, por motivos
desconhecidos, acabou
sendo dizimada, restando
ali apenas uma índia. Esta,
Graciosidade e preservação da história.
por sua vez, vivia em total
abandono e solidão. Até
que, um dia, parentes que
moravam na Bahia lhe escreveram uma carta.
No entanto, naquela
época, as correspondências eram transportadas
por carros de boi, charretes, trens de ferro, automóveis, onde as malas
se molhavam e secavam.
Tudo isso acabou danificando a correspondência
destinada à índia.
Quando a carta chegou
ao seu destino, ela já tinha
falecido de desgosto e
saudades de seus entes
queridos. Os moradores
da época abriram a correspondência, e a única
palavra que se podia ler
era SAUDADE. Daí o nome
de Serra da Saudade.
Os túneis da Estrada
de Ferro Belo Horizonte-
Paracatu ainda lá estão.
São dois, inaugurados em
1925, em arco pleno, e
desativados em 1968. Hoje,
são pontos turísticos da
cidade, que mantém a
preservação da paisagem
aos seus redores. Uma
boa opção de passeio com
história, encanto e cheiro
de natureza.
Ao andar pelas ruas, é
fácil perceber a hospitalidade de seus moradores
com um “opa, bom dia”
que quer traduzir: “sei que
você não é daqui, mas seja
bem vindo!”.
Hospitalidade esta que
podemos observar ao entrar na Sabores da Serra,
nome sugestivo para a
única padaria da cidade.
O local é administrado por
Aloísio Alves, 49, e conta
com o apoio da família
nos trabalhos. Existe há
três anos.
Rua principal: limpeza, leveza e calma.
Serras e mais serras envolvem a “cidade
Os túneis linha Belo Horizonte Paracatu, pon
“Somente aquilo que a morte não pode levar embora é real. Tudo o mais é irreal; é feito da mesma substância de que são feitos os sonhos” (Osho)
nossojornal / mar14 13
Texto e fotos: Ana Lúcia Lopes, de São Paulo / Dores do Indaiá
bolos.
Outra peculiaridade da
cidade é a marca de mãos
femininas em sua administração. Em 1963, após
a fundação da prefeitura
municipal e a emancipação do município, quem o
administrou foi Elza Soares
Moreira.
Hoje, a administração
pública também conta
com uma mulher, Neusa
Maria Ribeiro. Ela afirma
que procura levar o desenvolvimento ao município,
mas dentro do contexto
tradicional de preservar
a tranqüilidade do povo,
neste cenário de pequena
cidade.
saudade”. Verde a se perder de vista.
ntos obrigatórios para os turistas.
Antes disso, os moradores tinham acesso
ao pãozinho para o caféda-manhã somente às
segundas e sextas-feira,
quando eram trazidos de
Estrela do Indaiá.
Hoje, ao chegar, há
orgulho e bom preço para
servir os visitantes e moradores, com quitandas que
vão desde o tradicional
pão-de-sal, aos biscoitos
com nomes bem mineiros
como Peta, Cinco Pratos e
Em Serra da Saudade,
a vida segue em silêncio.
Emancipada em 1963 de
Dores do Indaiá, mantém
o ar de interior com orgulho.
Possui um total de cinco
ruas, dois bairros, uma
rádio, uma padaria, um armazém, uma casa lotérica,
duas escolas, que atendem
250 alunos, acesso a saúde, dentistas, religiosidade,
festas tradicionais, a praça
aos pés da Igreja Matriz
e a Praça Ademar Ribeiro
de Oliveira (Praça Central).
Esta é ponto de encontro
de muitos ao final da tarde
e dos jovens nos finais de
semanas. Tudo com um
ritmo próprio.
51 anos de emancipação política
Em primeiro de março,
a cidade completou 51
anos de emancipação.
Comemorou com festa,
cultura e levou a arte da
palhaçaria à população,
segundo Deusdedit Francisco Rosa (Deth), criador
do projeto cultural “Godofredo e amigos”, um grupo
de teatro formado por
pessoas que se dedicam
à arte em Dores do Indaiá,
Abaeté, Quartel Geral e
Martinho Campos. Foi um
momento de levar a arte
do palhaço em um dia
especial para a cidade e
fazer do paspalho a criatura que leva sorriso e leveza
para todos.
Serra da Saudade sustenta e quer manter o título
de menor cidade de Minas
em número de habitantes,
mas tem características
onde quer ser única. “Aqui
todo mundo é amigo”, afirma orgulhosa Rafaela Alves, estudante de 15 anos,
que sonha ser médica. E
é fácil compreender esta
verdade, pois o município
não registra um único homicídio há 50 anos.
Serra da Saudade, fácil de chegar e mais fácil
compreender porque tudo
tem seu ritmo, seu estilo e
suas peculiaridades.
Com seu relógio Tagus lá está a igreja: tradição e fé.
Aloísio Alves, 49, ao lado da filha Rafaela Alves, 15.
“Sabores da Serra, Um sonho realizado”, afirma o
orgulhoso por estar com seu próprio negócio.
Foto: amomartinhocampos.com.br
Paspalhos de Dores do Indaiá e Martinho Campos
marcaram presença nas comemorações dos
51 anos de emancipação de Serra da Saudade.
“Se alguém ama você, seja grato, mas não exija nada - porque o outro não tem obrigação de amá-lo. Se uma pessoa ama, trata-se de um milagre. Emocione-se com o milagre.” (Osho)
14 nossojornal / mar14
Mocidade Espírita Sementes de Luz
Dia 02 de março, a Mocidade Espírita Sementes
de Luz completou dois anos
de atividades. Trata-se de
um grupo de adolescentes
e jovens espíritas, que se
reúnem em prol do objetivo
comum de estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho
de Jesus e vivenciar estes
ensinamentos através do
trabalho espírita cristão.
Para participar, é preciso
ter 12 anos completos, compromisso e dedicação, para
que os encontros sejam de
forma espontânea e gradativa, oferecendo sempre
oportunidades de trabalho,
estudo, apoio, segurança, confiança, incentivo e
respeito à sua capacidade
como espírito, permitindo o
diálogo e a troca de experiências dentro de uma convivência fraterna.
Utilizamos os recursos
valiosos que os jovens oferecem, como entusiasmo,
boa vontade, energia, alegria e conhecimento.
Realizamos ações filan-
Os integrantes do grupo
contam com o apoio do coordenador geral Fábio Júnior,
um jovem muito dedicado e
empenhado do sucesso e
crescimento do movimento
jovem espírita na nossa cidade.
A coordenação de integração musical fica por
conta do André Luiz, muito
alegre, animado, carismático, super talentoso e que
contribui muito para o fortalecimento do grupo.
(Vera Lúcia e Margarete)
Criação: Jéssica Taís
Ligue os pontos e aprenda a desenhar
o nosso amigo Reciclonaldo
Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais
e Aquicultores de Abaeté MG
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Pelo presente Edital de convocação, faço saber que no dia
14/04/2014 (quatorze de abril de dois mil e quatorze), horário
das 08:00 (oito) horas as 17:00 (dezessete) horas, na sede da
Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais e Aquicultores de Abaeté MG, será realizada a eleição para composição da Diretoria,
Conselho Fiscal e respectivos suplentes, para o mandato de 15
(quinze) de maio de 2014(dois mil e quatorze) a 14 (quinze) de
maio de 2017 (dois mil e dezessete). O prazo para registro de
chapas é de 10 (dez) dias contados da data de publicação deste
Edital. O requerimento acompanhado de todos os documentos
exigidos para o registro será dirigido ao Presidente da entidade,
podendo ser assinado por qualquer candidato componente da
chapa, devidamente formalizado em duas vias. A Secretaria da
entidade funcionara no período destinado ao registro de chapas,
no horário das 08:00 (oito) horas as 11:00 (onze) horas e das
12:00 (doze) horas as 17(dezessete) horas, onde encontrara a
disposição dos interessados, pessoa habilitada para atendimento, prestação de informações concernentes ao processo eleitoral, recebimento de documentação e fornecimento do correspondente recibo. A impugnação de candidatura devera ser feita
no prazo de 02 (dois) dias a contar da publicação da relação
das chapas registradas. Serão garantidas por todos os meios
possíveis, a lisura e a democracia do pleito.
Abaeté, 14 de Fevereiro de 2014.
A Vandelio Jose Ribeiro – Presidente da Colônia Z-25
da Colônia dos Pescadores de Abaeté MG.
trópicas, buscando ajudar
ao próximo, a comunidade,
aos menos afortunados e às
instituições que abrangem
essa causa.
Nesse grupo, há também
muita diversão com ensaios
e apresentações musicais,
peças teatrais, confraternização e retiros espirituais.
As reuniões aos sábados
são compostas de músicas,
palestras, dinâmicas, filme,
debates e estudo, onde os
jovens podem questionar e
tirar as suas dúvidas.
CRUZADINHA
Vamos aprender um pouco mais sobre os materiais
recicláveis? Responda e preencha a cruzadinha:
1 - O que pode ser transparente ou colorido e é
feito de areia?
2 - O que é formado pelo petróleo e está presente
na maior parte dos brinquedos?
Depois,
faça um
colorido bem
bacana!
3 - O que vem das
árvores, é branco e
fininho?
4 - O que é usado
para fazer latinhas de
refrigerante?
“Se você é capaz de ser feliz quando está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz.” (Osho)
Respostas: 1 - VIDRO; 2 - PLÁSTICO ; 3 - PAPEL; 4 - METAL
E D ITAL
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL
PESSOA FÍSICA
EXERCÍCIO DE 2014
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA,
em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os
Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a
Contribuição Sindical Rural - CSR, em atendimento ao princípio
da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm
NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas,
que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas a, b
e c do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias
de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural do exercício de
2014, devida por força do que estabelecem o Decreto-lei 1.166/71
e os artigos 578 e seguintes da CLT, aplicáveis à espécie. O seu
recolhimento deverá ser efetuado impreterivelmente até o dia 22
de maio de 2014, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. A falta de recolhimento
da Contribuição Sindical Rural até a data de vencimento acima
indicada, constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao
pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no
artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto
Sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo no que
estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de
1.996, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas
respectivas Declarações. Em caso de perda, de extravio ou de
não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte deverá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde têm domicílio, até 5 (cinco)
dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda,
pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.
canaldoprodutor.com.br. Eventuais impugnações administrativas
contra o lançamento e cobrança da contribuição deverão ser feitas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da guia,
por escrito, perante a CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo
K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-903. O
protocolo das impugnações poderá ser realizado pelo contribuinte na sede da CNA ou da Federação da Agricultura do Estado,
podendo ainda, a impugnação ser enviada diretamente à CNA,
por correio, no endereço acima mencionado. O sistema sindical
rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.
Brasília, 26 de março de 2014.
Kátia Regina de Abreu, Presidente
nossojornal / mar14 15
Sejam bem-vindos os pequeninos cidadãos recém-chegados à Cidade -Menina: Victor César (dia 20/02, filha de
Sirlei Aparecida e Romário),
Letícia Emanuelly (dia 24/02,
filha de Maria Geralda e Eduardo Henrique), Thaila Sophie
(dia 23/02, filha de Elzele Aparecida e Wanderson
Aparecido), Manuela (dia 25/02, filha de Cinara e
Rubens Mateus), Filipe Gabriel (dia 26/02, filho de
Jaqueline Aparecida e José Maria), Manuella Victória (dia 26/02, filha de Karine Carla e José Maurício),
Michaell Henrique (dia 26/02, filho de Keila Luana
e Willian Henrique), Matheus Henrique (dia 27/02,
filho de Neuza e Ronei), Carlos Fabian (dia 02/03, filho de Karla Fabiana e Fabiano), Isabella (dia 05/03,
filha de Rejane Aparecida e Nivaldo Aparecido),
Emanuelly (dia 06/03, filha de Amanda Aparecida e
Wellington), Maria Eduarda (dia 06/03, filha de Daniela e Robson), Henzo Rodrigo (dia 09/03, filho de
Talita Lorraine e Rodrigo), Levi Victor (dia 09/03, filho
de Aldeneide e Wagner), Guilherme (dia 10/03, filho
de Mônica Aparecida e Geraldo), Davy Taylor (dia
11/03, filho de Priscila e Johnata), Ana Cecília (dia
13/03, filha de Tamires Antônia e Fabiano), Samuel
Lucas (dia 19/03, filho de Lídia Priscila e Marlúcio
Francisco), Alice Vitória (dia 20/03, filha de Brenda e
Marcos Antônio), Arthur Gabriel (dia 20/03, filho de
Jéssica Caroline e Marcos Antônio).
Noticiamos a partida dos
seguintes
conterrâneos
de volta à Pátria Espiritual:
Jorge Alves do Nascimento (Jorge da Camig, dia
25/02, nasc. 26/04/1934),
Maria José de Fátima
Carmo (filha da Ana do Timóteo, dia 26/02, nasc. 16/02/1954), João de Paula da Costa (dia 26/02, nasc. 26/06/1957), Valdoir
Campos de Almeida (irmão do Nenê pedreiro, dia
28/02, nasc. 16/03/1955), Lucimar Regina Valentim (irmã da Lucília da Policlínica, dia 01/03, nasc.
29/06/1951), Iracema Simões da Cunha (dia 04/03,
nasc. 08/09/1925), Joaquim Dias de Oliveira (sogro
do Orlando Amorim, avô do Guilherme vendedor,
dia 08/03, nasc. 20/05/1928), Terezinha Ferreira
da Cruz (Terezinha do Zé Miguel, dia 09/03, nasc.
07/06/1933), Terezinha Afonso de Almeida (dia
09/03, nasc. 11/06/1928), João de Oliveira Campos
(João Batista, dia 11/03, nasc. 03/09/1941), João Lucindo da Silva (interno da Vila Vicentina, irmão gêmeo
do José Lucindo, dia 13/03, nasc. 21/03/1942), Túlio
Alves Teixeira (pai do Pé de Manga, dia 19/03, nasc.
01/09/1929), Valdemar José de Andrade (Demar do
Táxi, dia 19/03, nasc. 03/04/1949), Maria Lúcia Baldoíno da Silva (Lucinha, dia 20/03, nasc. 06/10/1973),
Maria Nazaré de Vargas (mãe do Eli caminhoneiro,
dia 20/03, nasc. 20/05/1936), Giselda Maria de Lima
(irmã do Dr. José Eustáquio de Lima, dia 23/03, nasc.
24/09/1947), Celso Luís de Oliveira (Cé, esposo da D.
Arminda, dia 26/03, nasc. 25/12/1924).
“A maior liberdade é ser livre de nossa própria mente.”
Homenagem a Frei Orlando
Banda de música, missa festiva, inauguração de
busto, apresentação musical e apresentação de um
DVD com a história de sua
vida marcaram as comemorações do centenário de
nascimento de Frei Orlando
Álvares da Silva em Abaeté, dia 16 de março.
Este mês, a vida do
capelão do exército brasileiro, falecido durante a II
Guerra Mundial em 1945,
foi celebrada pela Diretoria
de Patrimônio Histórico e
Cultural do Exército Brasileiro em todas as cidades
pelas quais Frei Orlando
passou.
Nascido na região de
Morada Nova, em 13 de
fevereiro de 1913, Frei Orlando foi criado em Abaeté
pela família de um farmacêutico, pois perdeu os
pais muito cedo.
Em 1925, foi para o
seminário menor em Divinópolis. Seis anos depois,
embarcou para a Holanda,
onde fez o noviciado, filosofia e o primeiro ano de
teologia. Voltou ao Brasil
em 1935. No ano seguinte,
foi ordenado diácono e,
em 1937, presbítero em
Divinópolis.
Em 1938, foi nomeado
diretor espiritual do Colégio, em São João Del-Rei.
Caridoso, o jovem padre
inaugurou uma obra de
assistência social chamada “Sopa dos Pobres” e, daí
em diante, começaram os
contatos com o Exército na
cidade em busca de auxílio
para a obra de caridade.
No dia 15 de março de
1944, de forma voluntária,
Frei Orlando apresentou-se
para ser capelão do Exército Brasileiro na II Guerra
Mundial. Seu embarque
aconteceu em 22 de setembro, levando consigo
um cachimbo e uma gaita.
A primeira missa celebrada
em território italiano foi na
cidade de Pisa.
No campo de batalha,
ele tinha tanto preocupação com a assistência
espiritual dos soldados,
como a ajuda às famílias
italianas em estado de
grave pobreza devido à
guerra. Preferia a frente
de batalha, ao invés da
retaguarda. Em uma de
suas folgas, foi até Roma,
onde se encontrou com o
papa Pio XII.
No dia 20 de fevereiro
de 1945, enquanto se diri-
Músicos de Abaeté apresentaram uma canção composta por
Lúcia Pereira de Andrade, em homenagem ao frade de bom
humor, dedicado aos pobres, simples e de “boa prosa”.
gia de Docce para Bombiana para levar assistência
espiritual aos soldados,
às vésperas da tomada
de Monte Castelo, o jipe
no qual estava ficou preso
a uma pedra e, na tentativa
de retirá-la, um oficial acertou, acidentalmente, um
disparo na direção do frei,
que morreu nesse instante.
Tinha 32 anos.
Seus restos mortais e
também de outros com-
batentes foram trazidos ao
Brasil em 1960, sendo depositados no Monumento
Nacional aos Mortos da II
Guerra, no Rio de Janeiro.
Em 2009, foram transferidos para São João Del Rei.
Ao final da Guerra, o
governo brasileiro instituiu
Frei Orlando como patrono
do Serviço de Assistência
Religiosa do Exército, criado, em caráter permanente
por decreto-lei, em 1946.
Vendo barato, ou troco por carro, moto etc., restaurante self-service
funcionando com clientela fixa, ao lado da rodoviária e do Disk Gole do Juliano.
Ótima oportunidade de ser dono do próprio negócio: (37) 9138-2000 (Vivo)
16 nossojornal / mar14
Projetos de leis apreciados na Câmara Municipal
outras providências”, de Fazenda Pública Muniautoria do Executivo.
cipal através de seus representantes a celebrar
- Projeto de Lei acordo em processos ju006/2014 - “Autoriza a diciais e administrativos,
abertura de Crédito Su- de autoria do Executivo.
plementar e dá outras
providências”, de autoria
- Projeto de Lei
do Executivo.
009/2014 - “Dispõe sobre repasse a título de
Projetos de leis contribuição financeira ao
em tramitação:
Clube Independentes de
Abaeté e dá outras pro- Projeto de Lei vidências”, de autoria do
007/2014 - “Autoriza a Executivo.
- Projeto de Lei
005/2014 - “Autoriza
inclusão de programa
de Governo na Lei nº
2.628/2013, que dispõe
sobre as Diretrizes para
elaboração da Lei Orçamentária de 2014 e na Lei
2.637/2013 que Dispõe
sobre o Plano Plurianual
do Município de Abaeté/
MG para o período financeiro de 2014 a 2017. Autoriza a abertura de Crédito Adicional Especial e dá
Prestando esclarecimentos sobre a Saúde Pública
Na reunião ordinária do dia 19 de março,
o Presidente do Conselho Municipal de Saúde,
Norberto dos Santos, fez
uso da palavra na Tribuna Livre desta Câmara
e trouxe aos vereadores
e também à população
alguns pontos discutidos
na última reunião do Conselho.
Disse que, dentre
outras atribuições do
Conselho, destaca-se a
fiscalização da aplicação
dos recursos destinados
à Saúde, assim como
auxiliar nos caminhos e
soluções nas questões
que apresentarem deficiências e insatisfação da
população.
A partir de estudos feitos pelos integrantes do
Conselho, divididos em
várias comissões temáticas como setor financeiro,
físico, recursos humanos,
funcionalismo, salários,
foram determinadas várias deliberações, todas
embasadas em lei e homologadas pelo Prefeito.
O Conselho verificou,
por exemplo, que os recursos destinados à saúde não estavam sendo
aplicados e aproveitados
da melhor forma, muitas
vezes ocorrendo em desperdício, especificamente
na telefonia e no transporte de pacientes que faDesta forma, o Conse- orientações e deliberazem tratamento de saúde
lho apresentou algumas ções que foram acatadas
fora do domicílio.
Participe das reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Abaeté,
às segundas-feiras, às 20 horas. Sua resença é muito importante.
VISITE O SITE DA CAMARA MUNICIPAL DE ABAETÉ/MG E
FIQUE POR DENTRO DOS TRABALHOS DO LEGISLATIVO.
www.camaraabaete.mg.gov.br
pelo Prefeito Municipal
e Secretária de Saúde,
procedendo desta forma
a adoção de novas medidas, contribuindo para
o melhor funcionamento,
desempenho e atendimento da Secretaria Municipal de Saúde.
Dentre as deliberações, ficou determinado
que o transporte de pacientes para tratamentos
em outros municípios
(TFD) será concedido exclusivamente a pacientes
atendidos na rede pública
ou conveniada contratada
do SUS. As pessoas que
fazem tratamento particular ou via convênios médicos só serão transportadas quando sobrarem
vagas.
Também está vedada a autorização de TFD
para acesso de pacientes
a outro município para
tratamentos que utilizem
procedimentos contidos
no piso de atenção básica
PAB, casos que podem
ser resolvidos em Abaeté.
Segundo Norberto,
estas deliberações estão
embasadas na Portaria
55 de 24 de fevereiro de
1999 da Secretaria de Assistência de Saúde, que
dispõe sobre a rotina do
tratamento fora de domicílio do Sistema Único de
Saúde, estabelecendo os
pré-requisitos para a utilização do serviço.
nossojornal / mar14 17
Histórias Perdidas... e reencontradas
Bernadete Ribeiro, de Belo Horizonte
À
s vezes, penso
que a vida se
traduz em ondas e, como as do mar,
elas despejam algumas
vezes, em nossa praia do
cotidiano, algumas boas
surpresas. E este é um dos
motivos da vida ser tão
fascinante.
Um destes dias em
que tudo apontava para uma rotina maçante,
recebi uma carta. Já era
diferente, porque se tratava de uma carta, meio de
comunicação ameaçado
de extinção. A caligrafia
pequena, bem traçada e
cuidadosa, não me era
estranha.
O missivista era ninguém mais, ninguém menos, do que o melhor professor que já tive na vida.
E olha que não o encontrei
na faculdade, e sim nos
tempos do Colégio Nossa
Senhora de Fátima, em
Abaeté.
Ele me ensinou muito mais que português e
filosofia. Ele me ensinou,
com seu exemplo, princípios de caráter e retidão.
Ele me ensinou a gostar
de ler e de escrever. Por
isso, escolhi o jornalismo
como profissão. Há muitos anos, fui a Paineiras
dizer isto pessoalmente a
ele. Cheguei no dia do seu
aniversário. Creio que ele
recebeu o elogio como um
presente dado com sinceridade.
O professor Leonído,
depois da aposentadoria,
se recolheu à sua fazenda
em Paineiras. Para lá, se
retirou também uma das
mais brilhantes e profun-
das mentes que pude conhecer. Sei que ele me lê
neste momento com ar de
reprovação. Me pediu um
dia que, se contasse esta
história, o poupasse dos
elogios que sabia que eu
iria fazer, por não acharse merecedor. Perdoe-me,
querido professor, mas
estes são apenas pequenos e merecidos gravetos
que não farão crepitar
qualquer fogueira de vaidade, discórdia ou inveja
alheias.
Depois da primeira
carta, se sucederam muitas outras. Fiquei feliz por
poder sustentar um diálogo escrito, do mais alto nível. Costumo brincar
que, quando recebo uma
carta do Professor Leonídio, tenho que convocar
às pressas todos os meus
neurônios.
A
correspondência
gerou frutos. Leonídio me
enviou seus belos livros
de poesia, além de outros
dois livros do escritor Rubens Fiúza, que me revelaram as mais inéditas e
surpreendentes histórias
sobre a região onde está
Abaeté. Os títulos são: “Do
São Francisco ao Indaiá” e
“Águas de Piraquara”.
Natural de Dores do
Indaiá e falecido em 2000,
aos 77 anos, Rubens Fiúza é daqueles geniais escritores e pesquisadores
que, infelizmente, passam
despercebidos pelo mundo. Sua biografia, por si
só, já merecia um livro à
parte. Nela consta que
"sofreu várias tentativas de
sequestro e assassinato,
das quais escapou ileso,
apesar de não ter nenhuma ligação com partidos
políticos e viver exclusivamente em função de sua
atividade intelectual". Merecia ter recebido homenagens literárias, de historiadores, e placa de rua e
busto em sua cidade natal
(perdoem-me dorenses,
se já o fizeram).
Rubens Fiúza escreve a história com poesia,
com maestria. Transforma
seus livros em verdadeiros
filmes escritos, que mereciam serem levados para
as telas de cinema. Sobre
eles, o próprio Leonídio
escreveu : "Sob o pretexto
de historiar Dores do Indaiá, traça, holisticamente, a geografia, a história
política, a antropologia da
região entre os dois rios,
concluindo por conectála à História de Minas, do
Brasil e do Mundo. A obra
nos leva a pensar que, depois dela, nada mais resta
a dizer, tão vasta a pesquisa que a precedeu".
E o mais impressionante. Tudo acontecido nos
nossos sertões, na imensidão das terras compreendidas entre os rios São
Francisco e Indaiá. É por
isto que quero convidá-los
a viajar comigo por estas
narrativas que me trouxeram tantas descobertas.
A partir deste número
do Nosso Jornal, vou escrever sobre as histórias
contadas por Rubens Fiúza, que são verdadeiras e
amparadas por detalhados documentos e enumerados em seus livros.
Continua nas pág. 18 e 19
“Não há necessidade alguma de ter medo. Você pode perder apenas aquilo que tem que ser perdido. E é bom que perca logo – porque quanto mais tempo ficar, mais forte aquilo se torna.” (Osho)
18 nossojornal / mar14
A CABEÇA PERDIDA DE TIRADENTES
Bernadete Ribeiro, de Belo Horizonte - continuação da matéria iniciada na página 17
Quero começar com
aquela que mais me surpreendeu. Sob o título “A
cabeça do Alferes”, o autor
conta em detalhes como a
cabeça de Tiradentes foi
roubada do poste em que
se encontrava exposta na
antiga Vila Rica, e trazida
para a fazenda chamada
Santiago, em Quartel Geral, onde foi enterrada.
O surpreendente relato nos conta como os
maçons, homens enriquecidos pelo tráfico de diamantes para a Inglaterra e
Holanda, planejaram meticulosamente o resgate
da cabeça de Tiradentes,
exposta em praça pública
como punição pela trama
da Inconfidência Mineira.
Há trezentos anos, a
fazenda pertencia a Juca de Souza, que por si
só merece um capítulo à
parte. Sua vida é digna de
livro e filme. Dorense, Juca
de Souza era o mais influente maçom e traficante
dos diamantes da região
compreendida entre o Rio
São Francisco e o Indaiá.
Neste rio, mantinha um
garimpo.
Numa reunião secreta da maçonaria mineira,
ficou decidido que a cabeça do Tiradentes, exposta
dentro de uma gaiola de
ferro para não virar alimento de abutres e vigiada dia e noite em Vila Rica,
seria roubada e enterrada
na fazenda Santiago, em
Quartel Geral. Cumpriam
assim o que consideravam uma missão cristã, de
enterrar o companheiro de
Acreditem. Com os livros do professor, jornalista e escritor Rubens Fiúza, é
possível sonhar acordado com as incríveis histórias do passado de nossa região.
revolução. Nem que este
ato católico se resumisse
no enterro do que sobrou
do corpo de Tiradentes.
Foi assim que, numa
das noites mais frias, enevoadas e chuvosas da antiga Vila Rica, um homem
baixo, de olhos azuis,
acompanhado por um
escravo e puxando uma
carroça com um carregamento de vinho, se aproximou do único guarda que
vigiava os despojos de Tiradentes.
No início, eram quatro
guardas. Com o tempo, e
o arrefecimento do susto e
das emoções populares, a
vigia passou a ser feita por
um único guarda. Os ma-
çons esperaram pacientemente pela melhor hora
para executar o plano.
O velho se aproximou
e ofereceu um bom e legítimo vinho do Porto ao tiritante guarda. Disse que levava um carregamento de
vinho e que sempre havia
alguns abertos para noites
como aquela. Iniciou uma
conversa regada a copos
e mais copos, que só terminou quando o guarda
se entregou a Morfeu,
dormindo pesadamente.
Só de manhã, quando um
menino gritou: “cadê a cabeça do condenado? - é
que deram pela coisa.
A cabeça, já seca, foi
colocada em uma espécie
de odre de couro que envolvia uma garrafa com vinagre, porque, a essa altura, mal cheirava a léguas.
E o velho que levou a cabo
o plano dos inconfidentes
era ninguém menos que
o Padre Francisco de Assis Garcia, também ele
um maçom e inconfidente,
apesar de português.
A história da vinda desta cabeça, transportada
em carro de boi de Ouro
Preto até Quartel Geral,
também merece ser contada à parte. É o que farei
em outra edição.
Basta dizer que até o
carro de boi foi perdido,
com bois e tudo, carregados pela maior enchente
daqueles anos do lagoão
da Piraquara, uma vasta
reserva de água doce do
Rio São Francisco, tão grande que parecia um mar interior. Ficava no município
de Bom Despacho, e hoje
não existe mais nenhum
vestígio desta imensidão
de água que, acreditem,
media mais de 100 quilômetros de comprimento.
Também contarei depois
sobre a Piraquara.
Bem, mas voltando à
nossa estória......
Nesta mesma viagem,
“O amor deve ser como a respiração. Não é uma questão de estar amando alguém, é uma questão de ser amor.” (Osho)
estavam também a viúva
de Tiradentes, Dona Eugênia, e o filho dela e de
Tiradentes, João Almeida
Beltrão, menino de gênio
taciturno e depressivo,
que se suicidaria 46 anos
mais tarde.
Enquanto os viajantes
tratavam de salvar as próprias vidas, a garrafa com
a cabeça desapareceu.
Mas depois que as águas
baixaram, um escravo a
encontrou entre as cordas
de uma rede que ficara
presa ao rabo de uma
mula, o único animal que
sobrevivera, e que garantiu também a sobrevivência do grupo.
Montados nela, Eugênia e o filho, com o Padre
e o escravo com águas
correntes pelos joelhos, a
velha mulazinha garantiu
seu lugar na história ao
“marchar em trotezinho firme e seguro pela cismeira
submersa da lombada,
até os altos barrancos do
Porto da Piraquara”.
Tanto o filho de Tiradentes quanto sua mulher
Eugênia trocaram seus sobrenomes para não sofrerem perseguições. Assim,
Eugênia Joaquina da Silva
passou a se chamar Eugênia Maria de Jesus.
É incrível, mas muitos
dos descendentes de Tiradentes com o sobrenome
Beltrão estão espalhados por nossa região, incluindo Abaeté, sem que
saibam que carregam o
sangue do mártir da inconfidência.
(Continua)
nossojornal / mar14 19
A saga dos caçadores
da cabeça perdida de Tiradentes
Professor Modesto Pires
Desde que tomei conhecimento desta história despertou em mim o lado detetivesco que todo jornalista, bem lá
no fundo, carrega. Decidi que
iria procurar a velha fazenda Santiago, palco de tantos
acontecimentos, e tentar localizar o pequeno cemitério de
garimpeiros próximo à sede,
e "com vista para a lagoa",
como é descrito o local onde
foi enterrada a cabeça.
Como nada é por acaso,
recebi, em um belo dia, um
telefonema
entusiasmado
do professor Leonídio, me dizendo que havia descoberto
quem era o dono atual da
fazenda Santiago: Élio Romualdo, um de meus melhores
amigos em Abaeté. Então
cheguei à casa dele e lhe
entreguei o livro, dizendo-lhe
que precisava ler o capítulo
sobre a cabeça do alferes. Em
pouco tempo, eu tinha um interessadíssimo companheiro
de busca.
E foi assim que, no final de
2013, em pleno domingo, teve
início a saga dos caçadores
da cabeça perdida de Tira-
dentes.
Na primeira missão, partimos eu, Élio e Maria Amália
rumo a Quartel Geral, para
conversarmos com o Sr. Simão, que guarda, em sua ainda aguçada memória, toda a
estória daquela região. Ele por
certo haveria de nos dizer onde ficava a sede antiga.
Sr Simão, depois de ouvir
pacientemente a leitura de
dois capítulos inteiros, feita pelo Élio, nos explicou que a fazenda Santiago original, cujas
terras ocupavam mais um município, foi desmembrada em
várias com o passar dos anos.
Muitas delas conservaram o
mesmo nome. Então ele nos
falou de algumas possibilidades, apontando as direções.
Mas...ah, o tempo. Sempre
ele. Faltou tempo. Precisava
voltar para não perder minha
carona para BH. Assim, nossa
procura pela cabeça perdida
de Tiradentes teve que esperar
por uma nova oportunidade.
Mas uma coisa já está certa, a viagem seguinte terá mais
pessoas. Ao saberem da história, muitas se entusiasmaram.
Minha amiga, a Lourdinha do
Gelito, já confirmou presença
na "expedição" e até me confidenciou que ouviu dizer que
por lá aparece um certo fantasma. Será ele um barbudo?
Mais um mistério a esclarecer.
Por certo, não encontraremos o cemiteriozinho de garimpeiros, que já se encontrava em estado de abandono há
cerca de 300 anos. Muito menos a garrafa enterrada, porque é como achar uma agulha
no palheiro, já que não foi feita
nenhuma lápide. Isto já é trabalho para profissionais. Mas
que vamos encontrar a Santiago original, ah, isto vamos!
E quem sabe ainda colocamos Abaeté, Dores do Indaiá e Quartel Geral no roteiro
turístico histórico de Minas?!!
Menos, não é gente? Mas que
teremos assunto por muitos
anos, ah, isto teremos.
Enquanto isto, já de volta
(infelizmente) a Belo Horizonte,
olhando a lua cheia, fico pensando em quantas lacunas
nossa história oficial deixou.
Quantos fatos deixaram de ser
contados, alguns muito mais
empolgantes do que os que
estão nos livros. E que se não
fosse a perseverança e coragem de uma outra cabeça - a
de Rubens Fiúza, talvez nunca
ficássemos sabendo sobre a
cabeça perdida de Tiradentes,
nem de outras fascinantes histórias.
E fiquei pensando também
se todo o empenho de Fiúza
não se deve ao fato de ser,
ele mesmo, um descendente
da sétima geração do próprio
Tiradentes. Esta é uma das
surpresas do livro, quando o
autor menciona um a um seus
ascendentes, até chegar ao
herói da Inconfidência.
Nos acompanhe nesta
viagem. Vamos desenterrar
outras estórias perdidas no
tempo, que embalaram vários dos meus dias, e os dias
(e noites, aposto) do professor
Leonídio. Acreditem. Com os
livros do professor, jornalista
e escritor Rubens Fiúza, é possível sonhar acordado com as
incríveis histórias do passado
de nossa região.
E isto também é de perder
a cabeça. (Bernadete Ribeiro)
““O amor não é uma relação entre duas pessoas. É um estado de espírito dentro de si mesmo.” (Osho)
Fique atento para acertar:
1 - Não “se o diz”. É errado juntar
o se com os pronomes o, a, os, as.
Assim, nunca use: fazendo-se-os,
não se o diz (não se diz isso), vêse-a, etc.
2 - Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos,
só o último elemento varia: acordos político-partidários, medidas
econômico-financeiras, bandeiras
verde-amarelas, partidos socialdemocratas.
3 - Andou por “todo” país. Todo
o (ou a ) é que significa inteiro. Toda
a tripulação (a tripulação inteira)
foi demitida. Sem artigo, todo quer
dizer cada, qualquer. Todo homem
(cada homem) é mortal. Toda nação
(qualquer nação) tem inimigos.
“Todos” amigos o elogiavam. No
plural, todos exige o artigo: todos
os amigos o elogiavam. Era difícil
apontar todas as contradições do
texto.
4 - Favoreceu “ao” time da casa.
Favorecer, nesse sentido, rejeita o
artigo: favoreceu o time da casa. A
decisão favoreceu os jogadores.
5 - Ela “mesmo” arrumou a sala.
Mesmo quando equivale a próprio,
é variável - Ela mesma (própria)
arrumou a sala. As vítimas mesmas
recorreram à polícia.
20 informe publicitário
Construção da UPA será iniciada em abril
Dia 10 de março, foi
realizada a licitação para
construção da UPA - Unidade de Pronto Atendimento, no valor de R$
1.011.176,62 (um milhão
onze mil cento e setenta
e seis reais e sessenta e
dois centavos). As obras
serão iniciadas na primeira quinzena de abril.
Confira outros recursos e obras que devem
chegar ao município em
2014, de acordo com
várias emendas apresentadas na Câmara dos
Deputados, no mês de
março:
- Emenda do Deputado Federal Eduardo
Barbosa no valor de R$
512.000,00 (quinhentos
e doze mil reais) para
construção da Unidade
Básica de Saúde Heliana
Valadares;
- Emenda do Deputa-
do Federal Vitor Penido
para compra de equipamentos das Unidades
Básicas de Saúde do
Município no valor de R$
300.000,00 (trezentos mil
reais);
- Emenda do Deputado Federal Eduardo
Barbosa para compra de
equipamentos das Unidades Básicas de Saúde
do Município no valor de
R$ 220.000,00 (duzentos
e vinte mil reais).
- Emenda do Deputado Federal Marcus Pestana para construção da
passarela sobre a ponte
do rio Marmelada que
liga o Bairro São Lucas
aos Bairros São Pedro
e Progresso, no valor de
R$ 100.000,00 (cem mil
reais);
- Emenda do Deputado Federal Miguel Correa
no valor de R$ 100.000,00
(cem mil reais) para compra de três veículos para
a Assistência Social;
- Emenda do Deputado Federal Marcus
Pestana no valor de R$
300.000,00 (trezentos mil
reais) para pavimentação
asfáltica no município;
- Emenda do Deputado
Federal Vitor Penido para
compra de três veículos
para nosso município.
Prefeitura traz três novos médicos para Abaeté
O Prefeito Municipal, Armando
Greco Filho, juntamente com a Secretária Municipal de Saúde, Célia
Lage, conseguiram três novos médicos para atender a nossa população,
através do PROVAB - Programa de
Valorização do Profissional de Atenção Básica.
Dr. Rafael Ribeiro de Assis está
em atendimento ao PSF Rural, Dr.
Leonardo de Magalhães Machado
Nogueira Batista no PSF Terezinha
Nicoli e a Dra. Heloísa Aparecida Lacerda e Silva no PSF Feliciana Lage.
FIQUE POR DENTRO: Em 2013, a Prefeitura Municipal investiu R$10.364.940,34 na área da saúde.
Foram R$7.421.501,30 em recursos próprios (71,6%) e R$2.943.439,04 repassados pela União e Estado (28,4%).
A Secretaria Municipal de Saúde atuante contra a Leishmanione
Nas ações de combate à Leishmaniose da Secretaria Municipal de
Saúde de Abaeté, foram realizados
387 testes rápidos na população
canina no ano de 2013 e 296 em
2014, com eutanásia dos animais
portadores de doença infectocontagiosa incurável, a Leishmaniose
Visceral, a partir de exames clínicos e autorização dos proprietários. Todas as ações realizadas
pela equipe de zoonose seguem
estritamente as diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde.
Ainda não foi possível implantar
o programa de controle popula-
cional de cães e gatos através da
esterilização cirúrgica devido à inexistência de local adequado para o
pré e pós operatório, ou seja, para
a permanência no tempo mínimo
necessário para a recuperação dos
animais.
Trata-se da criação de um canil municipal (Lei Municipal nº
2130/2003), cuja medida impõe
ao poder público um investimento
bastante elevado, tanto a nível de
estrutura física, como para a manutenção dos animais dentro das
normas adequadas de sanidade
(recursos humanos/ custeio da ali-
mentação, higienização, vermifugação, medicação, etc).
A SMS informa que toda a população de cães errantes recebe a
vacina antirrábica anualmente, no
mês de setembro.
Frente às diversas e crescentes demandas da área de saúde, a
SMS ainda não pôde disponibilizar
recursos suficientes e necessários
para a criação e manutenção de
um canil municipal.
Mas todas as ações passíveis
de serem executadas sem a criação do canil estão sendo realizadas pela equipe de zoonose.
Grande evento cultural
A Secretaria Municipal de Cultura e
Casa da Cultura de Abaeté convidam todos os abaeteenses para o 4º Encontro
de Capoeiristas da Universidade Brasileira Capoeira de Sol Nascente, dias 02,
03 e 04 de maio, na Praça Dr. Amador
Álvares. Organizado pelo Contra mestre
Matheus (Gato Preto), com supervisão
do Mestre Romeu, o evento vai reunir
capoeiristas de sete estados: Bahia,
Piauí, Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Pará e Minas Gerais. Participe!
22 nossojornal / mar14
Deus nos deu um
presente durante anos
de nossas vidas!
“Aqueles que amamos
nunca morrem. Apenas
partem antes de nós”.
João Batista
03/09/1941 - 11/03/2014
Sentimos sua falta
todos os dias.
Você partiu, mas
sua lembrança
continua sempre
viva entre nós.
Eternas saudades.
Esposa, filhos, genro,
noras e netos
Jorge Alves
do Nascimento
* 26/04/1934 + 25/02/2014
“Ninguém parte na véspera. Todos temos o momento
certo para seguir adiante.
Às vezes, a morte não parece justa. Contudo, neste
mundo que vivemos, de
caminhos intrincados, tudo
acaba seguindo para um
único e determinado ponto.
Não sabemos o porquê”.
GRATIDÃO E SAUDADES!!!!
Túlio, inhô, pai, tio, vô, biso
e muitos outros nomes recebeu nesta vida.
Veio para educar, criar e nos fazer rir.
Parte para mais uma etapa, deixando saudade
e o muito que nos ensinou. Agradecemos a Deus
por fazer parte de nossas vidas.
Saudades que jamais se apaga em nós.
Esposa, filhos, genro, noras, sobrinhos,
netos e bisnetos.
Túlio Alves Teixeira 01/07/1929 - 19/03/2014
Três anos se
passaram e, até
hoje, não conseguimos nos
acostumar com
a sua ausência.
Temos saudades profundas
de coisas comuns, das boas
risadas, da sua
voz, sempre chamando a todos
com cordialidade
e alegria, de vários momentos
marcantes, sejam eles alegres
ou tristes, dos
breves e longos
momentos, onde a sua companhia foi essencial e
hoje não é mais a mesma.
Saudades eternas de seus famíliares.
José Balbino de Almeida * 21/10/1923 + 03/03/2011
“A menos que você aceite com gratidão tudo o que a vida traz, você está deixando escapar o sentido.” (Osho)
nossojornal / mar14 23
Renata Leão
Juliana
Parabéns
pela
sua
Formatura
em Farmácia, por
sua determinação
e por seu esforço
ao longo dessa
caminhada! Estamos orgulhosos
de você, por esta
grande conquista.
Pedimos a Deus
que abençoe e
ilumine seus passos nessa nova
etapa de sua vida.
Sucesso e muitas
felicidades!
Amamos você!
Tia Lusia e
familiares.
Parabéns aos
queridos aniversariantes Geraldo (dia
01/03) e FrancyARA
(31/03). Que Deus os
abençoe neste novo
ano de Vida.
Beijos de Francisca,
Robson e Rouglas.
Parabéns,
filha querida.
Você como meu
primeiro fruto é
muito importante
pra mim, minha jóia
preciosa.
Te amamos muito.
Feliz aniversário
Parabéns pelo seu 1º
aninho de vida, que será
completado dia 23 de abril.
Que o menino Jesus sempre ilumine seu caminho.
De seus pais Kennedy e
Fernanda e sua avó Iva.
Desde 14/04/1978
Que Deus a
ilumine e proteja!
Papai Otávio,
Mamãe Taísa,
vovô Orlando
e vovó Dorotea.
De sua mãe Vilma,
pai Edmundo e
irmãos Cristiane,
Flávia, Rodrigo,
Renata, Wagner,
seu marido Edson
e seu filho Kelvin.
Letícia Cecília
ACIAB
36 anos
Júlia Helena
Sou de Moema.
Vocês me conhecem?
Sou uma bênção de Deus.
Sou herança do Senhor.
Sou o presente mais precioso,
Que, aos meus pais, Deus enviou.
Faz um ano que só dou alegria e felicidade
Moema, 08/02/2014
União + Trabalho = Vitória
A ACIAB nomeia a sua nova diretoria para gestão 2014/2016, composta pelos seguintes membros:
Presidente: Heleno César da Cunha (Macal)
Vice-presidente: Ewerton de Oliveira Campos
(Liderança Auto-Peças)
1º Secretário: Fabiana Aparecida da Silva
(Sonho Infantil)
2º Secretário: Ediley Ângelo Jorge (Security)
1º Tesoureiro: Maria José Pereira (Pezinho & Cia)
2º Tesoureiro: Artur José Andrade (Credioeste)
Diretor Administrativo: Maurício Elias Gomes
(Loja do Darci)
Eventos com. e exp.: Rita de Cássia C. Pereira (Fofa)
Produtos e Serviços: Emerson Mariano da Silva
(Mersinho Calçados)
Conselho Fiscal
Efetivos:
Elismar Maria Noronha (Mobiliadora Noronha)
Vitor Hugo Ferreira (Hugo Calçados)
Cássio Arruda da Silva (Selaria Imperial)
Suplentes:
Márcio Antônio Pereira (Credioeste)
Claudinei Antônio Rodrigues (Tucano Motos)
Rivelino Gomes de Sousa (Riva’s Sport)
Colaboradoras: Cristiane e Isabel
“Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso
e trabalhar em conjunto é a vitória” (Henry Ford)
Nova sede: Rua Almirante Barroso, 460 - Loja 2 - Centro - Abaeté - MG
(ao lado da Loja do Evando) - Fone: (37) 3541-1699
A nova diretoria convida todos os associados
e interessados a participarem das reuniões
mensais realizadas na
ACIAB (2ª quarta-feira
de cada mês - das 7:30
às 8:30 da manhã).
É muito importante
contar com o prestígio e
confiança de todos. Este
é, sem dúvida, nosso
maior estímulo em busca de ideias e troca de
informações para superarmos problemas e produzir soluções criativas.
Aguardamos todos
para uma “tempestade
de ideias”.
A colaboração de
todos é essencial para
o sucesso da ACIAB
e, consequentemente,
para o sucesso de todos
nós, comerciantes.
24 nossojornal / mar14
Fotos: www.festasvip.com.br
Empossada a nova diretoria do Sindicato Rural de Abaeté
Promover o 6º Churrascão Solidário de Abaeté,
dia 19 de abril, dar continuidade aos leilões quinzenais e iniciar a construção
imediata de uma arena de
4.100 m2 para julgamento
de animais e concurso de
marcha de cavalos, com
gramado, cerca, arquibancada e caixa d’água, são
os dois primeiros desafios
da nova diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais
de Abaeté, empossada dia
14 de março. “A verba para
esta obra já está em nosso
caixa, graças a um convênio firmado entre a gestão
anterior e a Secretaria Estadual de Agricultura. Temos
muito trabalho pela frente,
e nossas expectativas são
as melhores possíveis”,
otimiza o presidente Getúlio
Lopes.
Nessa empreitada, ele
conta com o apoio dos parceiros, produtores rurais,
colaboradores e companheiros da diretoria (o vice
presidente Nilson José da
Silva, o tesoureiro Juliano
Aguimar de Faria , o secre-
tário Luiz Mauro Machado
e os suplentes João Luiz da
Silva, Dr. Orestes Campos
Menezes, Heleno César
da Cunha e Renato Vieira
de Freitas).
Outra meta da equipe
é promover a Exposição
Agropecuária completa
em 2014, com a terceirização da parte de shows e
rodeios. “Já iniciamos contatos nesse sentido. Como
está muito em cima da
hora, temos o Churrascão
em abril, muita burocracia
na mudança de diretoria
e a Copa do Mundo em
junho e julho, devemos
realizar a exposição em setembro, mesmo correndo
o risco de chuvas”, planeja
Getúlio.
Ele pretende também
dobrar a área do salão de
festas, num projeto orçado
em R$ 600 mil, com parte
dos recursos da venda
de uma área ociosa atrás
do parque de exposições,
avaliada em R$ 1,2 milhão.
“Essa negociação já foi
aprovada pelos associados
em assembleia”, informa
Getúlio, disposto a cumprir
todo o seu programa de
governo. “Não tenho o dom
da oratória, mas pretendo
trabalhar muito”, garante.
Na solenidade do dia 14
de março, também foram
empossados os membros
do Conselho Fiscal, Amador César de Faria, Felipe
Antônio de Castro, Francisco Pereira de Amorim
e José Pereira de Lima,
com os suplentes Ricardo
Cordeiro de Toledo, Carlos
Roberto de Oliveira e Sueli
Ferreira Alves.
“O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência, mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros”.

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