Deep Web - Colégio Mãe de Deus

Transcrição

Deep Web - Colégio Mãe de Deus
DEEPWEB: DA OBSCURIDADE HUMANA Á SOCIALIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO
João Lucas Ribeiro da Silva
Nathalia Vogado Attolini
Marina Silveira da Cunha
Roberta Pacheco Minossi
RESUMO: A internet, basicamente, se difere em Surface e Deep Web, dividas em camadas. A última citada
abrange a maioria das informações do todo, e é utilizada principalmente por hackers, vendedores e
compradores do mercado negro. Dentro desde comércio há desde a promoção da violência até o tráfico de
órgãos e pessoas. Existem máfias especializadas em determinados tipos de “serviço“, como assassinatos,
torturas e sequestros. Recentemente, a Deep Web tem recebido uma atenção maior entre os internautas da
Surface Web, pois órgãos de governos têm se esforçado e conseguido prender alguns criminosos que lá faziam
o que queriam.
PALAVRAS-CHAVE: Deep Web, Crime, Mercado negro, Tráfico, Internet.
ABSTRACT: The internet is basicly differed between Surfance and Deep Web, divided in layers. The last one
contains most of the whole information in the internet, and it’s used mainly by hackers, sellers and buyers from
the black market. Inside this market there is the promotion of violence, organs and even human traffic. There
are are mafias specialized in some determined kinds of “services“, like muderdes, tortures and kidnapping.
Recently, Deep Web has received a bigger attention among internet users, because government organs have
made a bigger effort and succeeded in aresting some criminal people who did what they wanted in there.
KEYWORDS: Deep Web, Crime, Black Market, Traffic, Internet.
1 INTRODUÇÃO
A evolução da tecnologia sempre esteve presente na vida dos homens, desde os
primórdios até os dias atuais. E cada vez mais a sua evolução é aprimorada com uma
nova ferramenta, design ou programa. Os indivíduos tornaram-se dependentes de sua
utilização não abrindo mão de obter como aliado os meios tecnológicos.
A internet, muitas vezes referida como Net, é um exemplo dessa tecnologia. Ela
é conhecida como um sistema universal de redes interligadas, estando disponível para
bilhões de seres do mundo inteiro. Dentro desta rede encontramos várias redes, com
setores privados, públicos, de governos e acadêmicos. Há diversos serviços incorporados
por links da Rede de Alcance Mundial, proporcionando transferência de arquivos, e-mails,
grupos de noticias, sites para compras, jogos online, salas de bate papo, redes sociais e
uma infinidade de opções. Ela continua a crescer, oportunizando cada vez mais
informações e entretenimento.
Volume 5, Setembro de 2014.
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Na internet encontramos duas vertentes, a Surface que é a parte a qual todos
possuem acesso fácil e rapidamente, e a Deep Web a qual muitas pessoas já ouviram
falar, porém, nunca tiveram acesso devido à dificuldade de ingressar em suas páginas e,
também, pela obscuridade de seus conteúdos.
Este artigo tem por objetivo problematizar e compreender a Deep Web,
esclarecendo
detalhadamente
como
funciona
o
submundo
da
internet,
o
que
encontramos de obscuro e como é possível acessá-la, desvendando alguns dilemas e
possibilitando o conhecimento aos que possuem dúvidas sobre esse assunto que ainda
não é muito abordado pela sociedade.
2 CONHECENDO A DEEP WEB
Sempre vimos o Google como meio de busca para tudo em nossas vidas.
Quando precisamos de algo, o termo “joga no Google” constantemente vem à tona.
Necessitamos desse site para buscas cotidianas, desde preparar uma receita, até para
pesquisas mais elaboradas, envolvendo a elaboração de artigos e livros. Felizmente ou
não, o Google não contempla tudo que se pode encontrar na Web. Existe uma parte dela,
considerada cerca de 80% de toda a internet, que não temos alcance. Pegamos como
exemplo um iceberg, onde a ponta é a parte da Web que podemos ver e ter acesso, e a
parte submersa -que é bem maior- a que não podemos acessar. Este lado “obscuro” é
conhecido como Deep Web, em tradução livre, Web Profunda.
Consideramos Deep Web tudo que há no meio virtual, mas que não é encontrado
nos diversos sites de busca, tais como o Bing, Yahoo e Google, ou seja, o que não
conseguimos acessar sem alguns recursos necessários. Esse conteúdo é censurado por
diferentes motivos, não por terem sido apenas considerados inadequados por fazerem
apologia à pedofilia e assassinatos, mas também por possuir um comércio negro que
envolve tráfico de pessoas e exploração sexual.
A Deep Web é enorme, isso é fato, mas o que podemos realmente encontrar
nela? Tudo, de prostituição a tráfico. Sem contar as páginas protegidas por senha onde
conseguimos encontrar absolutamente o que quisermos, desde blogs sobre diversos
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assuntos até fóruns polêmicos, nos quais na maioria das vezes a ilegalidade é o foco e os
administradores não revelam sua identidade.
Estudos realizados recentemente apontam que a Deep Web contém cerca de 500
vezes mais informações que a Surface Web, a internet convencional que usamos no diaa-dia. Estas mesmas pesquisas constatam que há seis camadas dentro da Deep Web.
“Level
3
Web
(quarta
camada)
–
Deep
Web:
É o meio do iceberg. A partir daqui o acesso se dá somente através
de Proxy. Aqui ficam informações que a maioria de nós pensava que
não existia na internet, como por exemplo, artigos sobre vírus,
conteúdo adulto ilegal, manuais de suicídio, etc.
Level 4 Web (quinta camada) – Charter Web: Aqui é onde fica a
verdadeira Deep Web. É necessário ter conhecimento sobre Proxy e
os navegadores próprios para o uso da camada.
Level 5 Web (sexta camada) – Mariana’s Web: É onde começa a
“mitologia virtual”. Aqui se pode (hipoteticamente) encontrar teorias
da conspiração, experimentos físicos e termonucleares, experimentos
de clonagens, algoritmos geométricos, redes de assassinos,
construção de supercomputadores e uma infinidade de informações
similares a filmes de ficção.
Level 6 Web (sétima camada). Não denominada: Entre a sexta,
sétima e oitava camadas não há alterações significativas.
Level 7 Web (oitava camada) – The Fog/Virus Soup
Pode se denominar como um “campo de batalha”, onde encontramos
verdadeiros hackers que tem conhecimentos físicos, quânticos, entre
outros elementos da física. É onde todos tentam entrar para a
próxima e última camada.
Level 8 Web (última camada) – The Primarch System
A última camada, além de difícil de se alcançar, todos que nela
entram ou tentam entrar impedem os outros de entrarem. A última
camada é protegida e separada por uma trava que é virtualmente
impossível de ser quebrada pelos nossos computadores. Há rumores
que na verdade a oitava camada não existe e pouco se sabe sobre
ela.” (MILANI,2013)
Anteriores a essas, há outras três - parte da Surface Web – que podem ser
exploradas através de qualquer navegador, e tudo o que há nestas são encontradas nas
ferramentas de pesquisa. A partir da quarta camada, só pode ser acessada através do
TOR (The Onion Router), um software que consegue tornar o usuário anônimo ao
navegar na internet, o que torna mais fácil de infringir leis internacionais e visualizar
qualquer conteúdo, incluindo tanto informações ultras secretas quanto vídeos de
violência e pedofilia. Também há uma diferença entre o domínio e o local onde a
informação está hospedada. Por exemplo: na camada da Surface Web, a referência ao
domínio é ”.com“. Já a partir da quarta camada, muda-se para ”.onion“, depois para
”.i2p“, ”.burble“ e, por fim, ”.garlic“.
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Os riscos no mundo online acabam gerando um receio cotidiano na vida de
muitos usuários, principalmente nas redes sociais, pois se a
internet não for
corretamente administrada pode ocasionar diversas consequências nocivas. Os usuários
que navegam na Surface Web precisam ter consciência de que é necessário saber
escolher o que será compartilhado, sendo indispensável selecionar o que pode ser público
ou não, pois há diversos casos de crimes, assaltos, golpes e sequestros que obtiveram
auxilio da rede.
Na Deep Web não é diferente, muitos especialistas e usuários não deixam de
alertar o seu uso indevido, muitas vezes com conteúdos ilegais que violam os direitos
humanos e geram variados problemas para quem a acessa. Quem procura essa
ferramenta, já possui noção do que pode ser encontrado no seu interior, tanto pelo lado
positivo quanto pelo negativo. Porém, quem não sabe utilizá-la com todas as precauções,
sofre consequências.
Na Web Profunda tudo funciona através de fóruns, dificultando o rastreamento
por parte de autoridades, e, consequentemente, as pessoas possuem a facilidade de
estarem no anonimato, havendo usuários mal-intencionados, traficantes, golpistas e até
assassinos, tornando a probabilidade de atuarem neste espaço muito maiores do que na
internet convencional. Entretanto, podemos dizer que navegar nesse meio pode trazer,
além dos aspectos negativos, resultados positivos como acesso a pesquisas, livros,
documentos e entrevistas que são difíceis de encontrar e/ou que foram censuradas em
seus países de origem. Porém, são mais fáceis de encontrar relatos de experiências não
agradáveis, que muitas vezes custam o sono ou até mesmo trazem consequências piores
para quem a utiliza de forma incorreta.
Encontra-se na internet convencional diversos relatos de pessoas que já
navegaram neste lado “obscuro” e alegam que o seu conteúdo é, na maioria das vezes,
terrível. Há diversas publicações sobre terrorismo, armas para compra, fabricação de
explosivos, manuais de guerra, apologia a drogas dos mais variados tipos, venda de
bonecas humanas para fins de exploração sexual, vídeos de assassinatos, sites de
pedofilia com vídeos dos atos, venda de órgãos humanos, canibalismo, mutilações,
tráfico de pessoas, matadores de aluguel, entre outros.
Outro problema que pode ocorrer ao acessar a Deep Web é o risco do
computador não estar totalmente protegido, podendo ser rastreado por hackers e tendo
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seus dados roubados. É fundamental que os usuários desta rede saibam filtrar o que se
encontra nela, diferenciando o que traria consequências negativas ou positivas para que
não seja prejudicado. Além disso, é importante que, ao utilizar essa rede, o internauta
não compactue com as vendas e trabalhos ilegais que ocorrem na Deep Web, como o
mercado negro da venda de órgãos, prostituição infantil e o tráfico humano.
3 O MERCADO NEGRO
3.1 VENDAS DE ORGÃOS
A Deep Web é afamada por muitos pelo seu mercado negro, na qual as
transições entre vendedores e clientes circulam livremente. Entre muitos produtos
inimagináveis e bizarros, estão os órgãos humanos, que na maioria das vezes, são
traficados. Esses órgãos são extraídos dos pacientes, na maioria das vezes sem seu
consentimento e, em grande parte dos casos, em hospitais, fazendo disto um fato
assustador.
Segundo a revista Veja "Os suspeitos procuravam os pacientes que precisavam
de um transplante de órgãos nos hospitais e, na internet, buscavam os doadores
correspondentes". Em julho de 2012, dezoito médicos chineses foram detidos por
suspeita de operações ilegais de transplantes, porém, no caso deles, essas operações
eram
consensuais,
ocorridas
principalmente
devido
à
vulnerabilidade
social
dos
pacientes.
3.2 VÍDEOS SNUFF
Snuff movies, ou vídeos Snuff, são vídeos encontrados somente na Deep Web.
Estes vídeos mostram mortes ou assassinatos de uma ou mais pessoas sem cortes ou
efeitos especiais. Trata-se de atos de extrema brutalidade e violência com o propósito de
entretenimento ou fins lucrativos, porém esta indústria financeira é vista como uma
lenda, pois não há provas concretas das vendas. Entretanto, com a ampliação da
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utilização da internet, a distribuição e comercialização desses vídeos acabam sendo
facilitadas, aumentando assim as oportunidades de negócios.
Hoje em dia surgem comentários em fóruns da Deep Web de que esses grupos
que realizam os filmes com este tema estariam escondidos nas camadas mais sombrias
da Web Profunda. Os filmes apresentariam diferentes tipos de classificação, podendo
haver vídeos contendo apenas o assassinato da vitima ou alguns mais elaborados com
torturas, estupros, pedofilia e afins.
Um caso que ficou conhecido foi em 1997 quando Ernst Dieter Korzen e Stefan
Michael Mahn gravaram vídeos de tortura com duas mulheres prostitutas. Uma das
vítimas conseguiu escapar e os dois homens foram sentenciados à prisão perpétua, em
que de acordo com eles, foram contratados por uma empresa que vendia os vídeos
através da internet.
Na Deep Web pode-se encontrar variados vídeos com esses atos como, por
exemplo, mulheres que são violentadas, espancadas e até mutiladas durante as relações
sexuais com os agressores. Essas filmagens não possuem cópias além das que são
utilizadas para a venda. Muitos indivíduos não acreditam na existência destes vídeos,
afinal, é difícil imaginar o grau de crueldade humana que se exige para tal prática.
Porém, relatos encontrados atualmente conseguem convencer a qualquer um de que
realmente existe algo do gênero, e que não se trata de algo agradável de assistir.
3.3 AS BONECAS HUMANAS SEXUAIS
Uma prática que há pouco tempo foi divulgada na Surface sobre a Deep Web foi
a venda de “bonecas lolita“, ou seja, meninas entre nove e onze anos que são
fisicamente modificadas para ficarem á mercê de seus ”donos“.
Em uma carta escrita pelo suposto inventor dessas “bonecas“, que é cirurgião,
ele explica o passo a passo de como acontece esta transformação. Primeiramente,
escolhe garotas de um orfanato específico, que as entrega em sua casa. Após aprová-las,
injeta um sedativo e amputa suas pernas e braços. Então prende ao que sobrou de seus
membros uma barra de metal para que seus futuros donos possam as pendurar onde
quiserem, e, quando a ferida cicatriza, tapa as imperfeições com silicone por questões
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estéticas. Removem também os dentes e as cordas vocais para que não possam usá-los
em tentativa de fuga.
Como não é capaz de andar ou mastigar, deve ser tratada como um bebê. O
dono deve leva-la ao banheiro, dar mamadeira e comida de criança. O cirurgião também
ensina certos sinais para conseguir se comunicar com a boneca, além de “aprender“ a
fazer sexo oral e ter prazer quando a estimularem. Depois começam as sessões de
tortura: a menina deve ser corrompida até ser uma escrava de corpo e alma, não
diferenciando mais prazer de tortura. Por último, a deixa quase totalmente surda e cega.
Apesar de todos os abusos sofridos por essas crianças, elas continuam virgens até o final
do processo, pois sua virgindade é utilizada como moeda de troca no mercado negro,
deixando o “produto” mais rentável.
Depois de todo este processo, as bonecas são postas a venda na Deep Web por
valores de trinta a quarenta mil dólares. Há boatos de uma máfia apenas para o tráfico
de pessoas relacionadas a estas ”lolitas“, com maior foco em países da África, leste da
Europa e Ásia.
3.4 COMÉRCIOS ILEGAIS NA DEEP WEB
O mercado livre é extremamente comum na Deep Web, onde o comércio online
ilegal cresce cada vez mais com certa liberdade. Autoridades como a Polícia Federal dos
EUA (FBI) procuram todos os dias meios para acabar com o crime organizado, porém,
não é algo tão simples de se conseguir. Os sites até podem ser desativados, mas depois
voltam a atuar, pois os próprios usuários adotam uma série de medidas para limitar sua
exposição. Assim, torna-se difícil controlar esses espaços virtuais, pois além da
dificuldade de encontrá-los, é praticamente impossível autuá-los.
O Silk Road, maior site de venda de drogas na internet, é um dos exemplos de
sites que foram fechados pela Polícia Federal dos Estados Unidos. O site vendia os mais
variados tipos de drogas, desde as mais básicas como maconha até as mais exóticas,
tudo isso através de uma rede segura criptografada. Para comprar, o interessado
passava por uma avaliação: primeiramente deveria encontrar a URL do site, algo
considerado muito difícil; após, deveria baixar em sua máquina diversos softwares para
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permanecer no anonimato. As compras eram realizadas através de moedas virtuais, as
Bitcoins, e isso evitaria que o governo ou as autoridades rastreassem a compra.
Esse mercado livre é muito grande, há relatos de que o Silk Road voltou em
outra versão e que para acessar o site seria necessário já ser cliente e receber uma
espécie de convite. Como citado anteriormente, é realmente difícil rastrear todos os sites
de vendas ilegais, e quando um é fechado, automaticamente abre-se a oportunidade de
surgirem outros.
4 A VIOLÊNCIA NA DEEP WEB
4.1 PEDOFILIA
A pedofilia encontrada na Deep Web é, de certo modo, uma forma de
entretenimento para o público que lá se encontra conectado. Há sites direcionados para o
erotismo como forma de arte, até mesmo, sites que utilizam a pedofilia como um ritual,
tanto carnal quanto religioso.
O endereço mais conhecido é o Onion Pedo Video Archive – chamado
popularmente de OPVA -, em que o conteúdo encontrado é considerado mais “leve“, já
que o objetivo não é o ato sexual em si, mas a sensação de prazer ao acessá-lo.
Entretanto, quando se procura pelo conteúdo mais “pesado“, é possível
encontrar abusos sexuais com crianças com cerca de sete anos de idade. Estas crianças
são constantemente obrigadas a tomar determinados remédios à base de hormônios,
desencadeando a puberdade precoce para que possam gravar o ato sexual, engravidá-las
e novamente filmá-las morrendo no parto, pois uma gravidez é quase impossível de ser
completada nessa idade.
O FBI recentemente prendeu o homem considerado como o “maior facilitador da
pedofilia“ na Deep Web, o irlandês Eric Eoin, através de uma falha em um navegador
utilizado para acessá-la. A polícia esta investigando cada vez mais esta ferramenta digital
atrás de criminosos, tentando tornar a internet, como um todo, um local mais seguro
para navegar-se.
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4.2 TORTURAS POR ENCOMENDA
Um dos casos de violência que já foram notificados sobre a Deep Web é a tortura
por encomenda. Nos países onde a miséria domina e a segurança é precária, como nos
países da África, Europa Oriental e da Ásia, essa barbárie é facilmente acessível.
O filme “O Albergue” (2005), de Eli Roth, foi baseado em fatos reais ocorridos e
identificados pela polícia de Nova Dehli, Índia. A partir de uma árdua investigação, foi
constatada a existência de uma espécie de “grupo secreto”, no qual afortunados de
diversos países se reuniam com o desejo comum mórbido de praticar suas vontades, ou
seja, assistir práticas de tortura conforme seus mandos. Apesar de todo o esquema ser
ultrassecreto (apenas acessar a Deep Web não era suficiente, os usuários recebiam
senhas
para
entrar
nos
fóruns
clandestinos),
o
método
era
simples:
Famílias
necessitadas, que vivem na extrema pobreza, vendiam seus filhos para mafiosos que
repassavam para os torturadores, tornando essa prática altamente lucrativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De fato, a internet é um espaço incrível e significativamente grande, na qual sua
importância é crucial para o desenvolvimento tecnológico e científico. Sabendo-se da
imensidão desta e do que ela pode esconder, ainda há muito para se conhecer desta
importante ferramenta. Como já visto, a Deep Web caracteriza-se por ser um ambiente
perigoso para se navegar, porém, também pode oferecer diversos recursos científicos
censurados tanto por motivos políticos quanto sociais.
As barbáries cometidas na Deep Web (tortura por encomenda, pedofilia,
comercio ilegal, vídeos snuff, etc.), devem ser pauta para discussões entre líderes
mundiais. A segurança das pessoas deve ser tratada como prioridade pelas autoridades
que tentam erradicar os diversos tipos de violência praticados nestes ambientes virtuais,
pois pessoas de qualquer lugar do mundo estão submetidas a riscos, principalmente as
que residem em países com grande vulnerabilidade social.
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Sem sombras de dúvidas, o conteúdo da Deep Web é algo que deve ser
estudado mais profundamente por especialistas e, através destes estudos, tornar público
os diversos casos de selvagerias e incivilidades que ocorrem, para que possamos ter
consciência dos seus riscos e do quanto as ações praticadas nesta rede impedem a
liberdade dos indivíduos, tornando-se uma agressão aos direitos humanos.
REFERÊNCIAS
Desvendando a Deep Web: o lado negro da internet. Disponível em:
<http://apocalink.com.br/desvendando-a-deep-web-o-lado-negro-dainternet/#sthash.8fRSWofr.6ufeZ8EX.dpbs>. Acesso em: 16 Mai.2014.
Lolita Slave Toys. Disponível em: <http://medob.blogspot.com.br/2013/08/lolita-slavetoys.html#.U6OwOJRdVGV>. Acesso em: 25 Jun. 2014.
MEGA, Lucas. Deep Web: Snuff Films. Disponível em:
<http://www.eutanasiamental.com.br/2013/04/deep-web-snuff-films.html>. Acesso em:
25 Jun. 2014.
MILANI, Ronni. Deep Web, submundo da internet. 2013. Disponível em:
<http://revistacultive.com.br/a-deep-web-o-submundo-da-internet/>. Acesso em: 15
Ago. 2014.
O Albergue. Dir. Eli Roth. EUA, 2005, 1h35min.
Olhar Digital. O Poderoso Chefão das Drogas na Deep Web. Disponível em:
<http://olhardigital.uol.com.br/noticia/36781/36781>. Acesso em: 10 Jun. 2014.
Os Mistérios da Deep Web. Disponível em: <http://www.mundogump.com.br/osmisterios-da-deep-web/>. Acesso em: 16 Mai. 2014.
Piores
Casos
da
Deep
Web:
Vídeos
Snuff.
Disponível
<http://www.teckler.com/pt/Luis-Fernando/PIORES-CASOS-DA-DEEP-WEBV%C3%8DDEOS-SNUFF-55179>. Acesso em: 25 Jun. 2014.
Volume 5, Setembro de 2014.
em:
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Revista Veja. Operação contra tráfico de órgãos prende 137 pessoas na China.
2012. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/operacao-contra-traficode-orgaos-prende-137-pessoas-na-china>. Acesso em: 15 Ago. 2014.
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