AINDA NESTA EDIçãO - ARLS "Liberdade e União"
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AINDA NESTA EDIçãO - ARLS "Liberdade e União"
ANO XXXIV – Nº 221 / GOIÂNIA-GO setembro/outubro – 2012 Grande repercussão na maçonaria goiana ainda nesta edição MAÇONARIA EM MOVIMEN TO – “Não aceitamos afirmações pessimistas de quem diz que estamos parados, sem ação e crescimento, tanto no plano físico como no cultural.” – Absaí Gomes Brito – Pág.02 INSTITUTO QUE LEGA AO FUTURO A HISTÓRIA GOIA NA – “O surgimento de um instituto cultural busca preservar a história, a memória e a cultura dos que nos antecederam.” – Elizabeth Caldeira Brito – Pág.03 MAÇOM GETÚLIO TARGINO, UM HOMEM DO INTERIOR – “Poesia eleva, atende aos desejos da alma. Considero-a divina. Estremeço-me e me transporto levado pelas ondas de uma bela poesia.” – Barbosa Nunes – Pág.04 A MINIBIBLIOTECA E O HÁBI TO DA LEITURA – “Recorro aos ensinamentos do poeta Camões para iniciar este artigo. Diz ele que ‘não se aprende sonhando na fantasia, mas lutando e pelejando.’ Acredito nisso.” – Antônio do Carmo Ferreira – Pág.05 I mediatamente circulada a notícia referente à indicação do Grão Mestre Barbosa Nunes, feita em Brasília por todos os Grão Mestres Estaduais, para compor como candidato à Grão Mestre Geral Adjunto, na chapa de reeleição do Soberano Grão Mestre Marcos José da Silva, a maçonaria goiana entrou em estado de alegria e apoio total. Telefonemas, e-mails e manifestações pessoais foram feitas ao Irmão Barbosa Nunes. Os Presidentes da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Eleitoral, Tribunal de Contas, Procurador de Justiça e Grão Mestre Estadual Adjunto, respectivamente Irmãos Lázaro Rodrigues Naves, Cezar Gomes da Silva, Ovídio Inácio Ferreira Filho, Sauro José Mariano, Gélcio José Silva e Luis Carlos de Castro Coelho, emitiram “Moção de Apoio”, “manifestado pleno e irrestrito apoio aos Grãos Mestres da Maçonaria Brasileira, que em reunião administrativa fizeram a indicação do Irmão Eurípedes Barbosa Nunes, Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás, para compor a chapa com o Soberano Irmão Marcos José da Silva, na eleição de março de 2013, ao Grão Mestrado Geral da Federação”. “A presença de Goiás representada pelo Grande Pedreiro Barbosa Nunes, significa uma poderosa força harmônica ao Grande Oriente do Brasil, para uma Maçonaria Unida, Fraterna e Construtora do Bem”. Em outro manifesto, a Mesa Diretora da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa, representada pelo Presidente Lázaro Naves, Orador Jonas Alves de Rezende Neto e Secretário José Marques de Albuquerque, em texto lido e entregue a cada Deputado presente na sessão de 20 de outubro de 2012, sábado, motivando os legisladores maçônicos a serem “fieis propagadores da campanha para eleição de Barbosa Nunes, que será eleito Grão Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil”. Concluindo a semana de motivação e apoio geral, o Irmão Barbosa Nunes foi surpreendido com a visita em bloco de Secretários, Assessores e Deputados, manifestando muito ânimo, positivismo e definido apoio. Presentes José Marques de Albuquerque, João Gonçalves Vilela Neto, José Walter de Carvalho, Benedito Machado Filho, Marcos Nogueira, Carlos Letry, Valdivino de Carvalho, Miguel Tiago, José Jerônimo, Alberto Sobrinho, Euwaldo Vaz, João Ricardo de Podestá Botelho, Celso Effting, Mauro César de Oliveira, Adair Roberto da Paixão, Peron Inocêncio, Parmênio Alves David Filho, Francisco de Assis Azeredo, Newton da Silva Brasil, Waldir Oliveira. Éverton Pedro da Cunha, Wellington Moreira, Dary Ferraz, João José Klein, Tochió Iwace, Francisco Bruno de Almeida, Antônio Almeida e Absaí Gomes Brito. O Irmão Barbosa Nunes declarou estar sensibilizado e aceitou para que o espaço seja extensão da maçonaria goiana, como foi em época de Ozires Teixeira e Jair Assis Ribeiro, concluindo que é Goiás na chapa, que a chapa é de coração goiano, por isso, conclama todos os Irmãos para que se manifestem no pleito de 9 de março, com sentimento goiano. PODE O CRISTÃO SER MA ÇOM? CLARO QUE SIM! – “Muita gente questiona se o ingresso do Cristão na Maçonaria, por acreditar que a Maçonaria ensina e pratica coisas que vão de encontro ao Cristianismo.” – Valdemir de Barros Sarmento – Pág.08 INDEPENDÊNCIA OU MORTE – “Sete de setembro de 1822, data em que Dom Pedro I, Às margens do Rio Ipiranga, deu o famoso grito de “Independência ou Morte”, livrando simbolicamente o Brasil das amarras portuguesas.” – Kennyo Ismail – Pág.09 AMIGO: O QUE É AMIGO? – “Amizade – do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore, amor, ainda que se diga também que a palavra provém do grego.” – Eleusa Lopes de Faria Lima – Pág.11 2 Setembro / Outubro – 2012 Editorial Coluna do Diretor Comemoramos com muita pompa, no dia 7 de setembro, a Independência d Brasil. Muitos discursos, entrevistas e publicações diversas, rememorando os fatos então ocorridos, enaltecendo estes ou aqueles como partícipes dos movimentos que culminaram com a Independência, sem dar destaque a quem foi verdadeiramente o grande batalhador para que o Brasil ficasse realmente independente. Trata-se de JOAQUIM GONÇALVES LÊDO, nascido em 11 de dezembro de 1781, no Rio de janeiro, filho de Antônio Gonçalves Lêdo e de D. Antônio Maria dos Reis Lêdo. Encaminhado no sentido de se doutorar em leis, Lêdo depois de alguns cursos no Rio, seguiu para Portugal, matriculando-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Com a morte de seu pai, Lêdo voltou ao Brasil sem concluir o Curso de Direito, para cuidar dos negócios da família. Paralelamente às suas atividades, Lêdo se preocupava em criar um centro de propaganda liberal, filiando-se ou sendo Iniciado na Loja Comércio e Artes, onde não encontramos maiores detalhes, devido a um incêndio que destruiu parte dos seus arquivos. A Loja Comércio e Artes em março de 1818 encerrou suas atividades, por proibição de D. João VI, porém Lêdo fundou o “Clube Recreativo e Cultural da Guarda Velha”, onde “se conspirava a favor da independência brasileira”, sendo também fechado, sob alegação de que ali participavam cidadãos “perigosos alteradores da ordem”. Lêdo continua atuante, participando de assembleias, onde se exigia de D. João VI a adoção da Constituição espanhola. Em abril de 1821, D. João VI embarca para Portugal, deixando a regência do Reino do Brasil entregue a D. Pedro, assessorado por um grupo de ministros portugueses. Ainda em 1821, a Loja Comercio e Artes que trabalhava clandestinamente, é reinstalada. Em abril de 1822 o Revérbero publica uma saudação a D. Pedro, à sua volta de Minas, onde se encontra esta frase: “Não desprezes a glória de ser o fundador de um novo Império”. O artigo, escrito por Lêdo, provocou o maior entusiasmo, sendo os dois redatores do periódico vitoriados nas ruas. Em abril de 1822 é fundado o Grande Oriente Brasílico, sendo eleito Grão-Mestre, por gestões de Lêdo, José Bonifácio. Lêdo foi eleito 1º Grande Vigilante, mas enquanto durou o Grande Oriente, foi ele o seu verdadeiro dirigente, e com o desmembramento da Loja Comércio e Artes, para a formação do Grande Oriente, Lêdo foi sorteado para fazer parte do quadro da Loja União e Tranquilidade. Por proposta de Bonifácio, então Grão-Mestre do Grande Oriente, foi iniciado com as formalidades ritualísticas, o Príncipe Regente D. Pedro, que adotou o nome simbólico de Guatimosim. Por sugestão de Lêdo e desagrado de Bonifácio, alijado do cargo pelas atitudes mais que suspeitas, D. Pedro é aclamado Grão-Mestre da Maçonaria, no dia 4 de outubro, prestando seu juramento no mesmo dia e em 12 de outubro, D. Pedro é coroado Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, e como Imperador, D. Pedro I chama Lêdo ao Palácio para oferecer-lhe o título de Marquês da Praia Grande, honraria que ele recusou, afirmando que o melhor título seria o de brasileiro patriota e homem de bem, o que não entendeu D. Pedro I, achando que sua recusa foi ato grosseiro e descabido. No correr dos anos, Lêdo ocupa várias funções, tendo em 1835, deixado a Maçonaria e a política, recolhendo-se à sua fazenda do Sumidouro, herdada dos pais, onde em 19 de maio de 1847 veio a falecer, aos 66 anos de idade, recebendo as honrarias de que era merecedor. O tema era Independência do Brasil, mas nos detivemos a falar a respeito desse grande vulto da história pátria – JOAQUIM GONÇALVES LEDO, tão injustiçado e esquecido pela grande maioria dos brasileiros. Fonte: Pequenas Biografias de Grandes Maçons Brasileiros, de Nicola Aslan Não aceitamos afirmações pessimistas de quem diz que estamos parados, sem ação e crescimento, tanto no plano físico como no cultural. Basta folhearmos Boletins, Jornais e Revistas Maçônicos, para vermos a movimentação nas várias Regiões do Pais, notadamente nestes últimos meses do corrente ano. Vejamos alguns exemplos: 1 – Reunião dos Grãos-Mestres do Nordeste – Setorial Nordeste, da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB, em 31.08.2012. 2 – III Rodada de Negócios 3P: de Integração e Desenvolvimento, nos dias 18, 19 e 20 de outubro, em Florianópolis/SC, organizado pelo GOSC. Segue mensagem deixada pelo Grão-Mestre Estadual Adjunto do GOSC (COMAB), Irmão J. Paulo Sventnickas: “Irmãos, essa é uma grande oportunidade que temos para demonstrar que os Maçons Brasileiros estão ávidos por maior UNIÃO e INTEGRAÇÃO, ENTRE NÓS MESMOS E COM OS Irmãos Estrangeiros, pois a Maçonaria é Universal. Nós, Irmãos do GOSC, com a colaboração de nossos Irmãos da MRGL-SC e do GOB-SC, precisamos nos mobilizar, participar, colaborar, incentivar para que todas as lojas consigam inscrições, visando propiciar um grande evento. Algo bem organizado, Caça-palavras independência do brasil maçonaria em movimento A E I O B Ç E A E I O B Ç O A E D I O E B A E C D A N S B Ç D F S L H U E J L I F D C E H O F L I G N P M S X I E P N D A D A C C D A D I K I N H C A F B M A A U E U H C E I O T E I O V F E I S O S A E X M E E G S I Ç O V I B C A B E I H M E I M O S D I J B K Ç F I S G O C I E N Q E A V Y A O S R A I O L G Ç F H L O I K M A M E N T E N P J L N O X Y G A M U H I A M E C B P R O E O L A H X C G J W Y N O Q Ç B N C B C S C B O A M E S A B M D E I P A U A W Ç O R Y N D T K N S L J O E R A H M O P Q A S R T S I T S M U A B S A I D D F H Ç R Z Y A R N X W G K O I O T U S H P Z J E I X I E U X O Ç P F O I X M W R U X P A D T R M P R E D N E E H I E D C B G L G S C E U A I S O R I R T L E T N E S E R P D Z F U T U R O Ç H M A Ç Z B A E I C Q P E que redunde em bons resultados aos participantes e principalmente, muita FRATERNIDADE.” 3 – XIX Encontro de Membros Correspondentes da Loja Maçônica “Fraternidade Brazileira” de Estudos e Pesquisas, em Porto Alegre/RS nos dias 12 e 13 de outubro. 4 – I Encontro Maçônico – Estadual do GOB-Tocantins, nos dias 1 e 2 de julho, em Palmas/TO. 5 – XXXIV ERAC (Encontro Regional de Aprendizes e Companheiros) promovido pela Loja “Fanal da Liberdade” nº 2611, Oriente de Iepê/SP, realizado em 20 de maio. 6 – XXIV ERAC organizado pela Loja “Os Templários” nº 2819 (Rito de York), Oriente de Curitiba/PR, realizado em 16 de junho. 7 – II Encontro Maçônico no Rio Quente Resorts, Oriente de Rio Quente/GO, período de 27 a 30 de setembro. Citamos alguns acontecimentos, mas a movimentação está sendo enorme, apontando que os Maçons estão verdadeiramente em movimento e mostrando que a Maçonaria nunca esteve tão atuante como nos dias presentes, precisando, apenas, de maior participação nossa. Absai Gomes Brito – Diretor C D P Q P I Q F H W E O S V C T R L B O R O O Q A S E A T U F I D E T W M E K D F A U A I Y R E C U P E R A R M X D K L T Ç T X S N E O B C A E U R G J E S Z F Ç F G E Z O U E A I O G Ç H B C O I P I E A M E R R O M E A Palavras a encontrar: as MAIÚSCULAS Expediente Absaí Gomes Brito – Diretor Órgão de Divulgação da Loja Maçônica “Liberdade e União” nº 1158 Registrado no Cartório da 2ª Zona de Protestos, Títulos e Documentos, em 16 de junho de 1980, sob o nº 255A04.Av. Paranaíba nº 984 – Centro Fones: (62) 3223-4087/ 3229-4775 Caixa Postal nº 21, CEP: 74025-900 – Goiânia-GO. Site: arlsliberdadeeuniao.wordpress.com E-mail: [email protected] Fundador: Luiz Gonzaga Marques Venerável-Mestre Manoel da Costa Lima – Gestão 2011/2013 O que mais me SURPREENDE na HUMANIDADE são os HOMENS... porque PERDEM a SAÚDE para juntar DINHEIRO, DEPOIS perdem dinheiro para RECUPERAR a saúde. E por pensarem ANSIOSAMENTE no FUTURO, ESQUECEM do PRESENTE de tal forma que ACABAM por não VIVER nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca FOSSEM morrer... E MORREM como se nunca TIVESSEM vivido. Dalai Lama (Livro: Apenas uma Lembrança – 2ª Edição 2008 – Ed. Kelps – Goiânia) DIRETORIA Diretor: Absaí Gomes Brito – AGI nº 1799 E-mail: [email protected] Assistente: Acir Ferreira Cardoso Júnior Aceitamos colaboração de irmãos e Lojas Maçônicas Tiragem desta edição: 1.000 exemplares A direção do Jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias que nem sempre representam a opinião oficial da Loja “Liberdade e União” Assinatura anual: R$ 50,00 Este jornal é filiado à ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, sob o nº 003-J Programação Visual: Adriana Almeida (62) 3211-3458 Impressão: Gráfica Fama (62) 3211-1152 Irmãos Saul Jr. e Luís Henrique publicações recebidas 1 – Livro A CALIGRAFIA DAS HERAS – Dr. Edival Lourenço – Presidente da UBE/Goiás – 1ª Edição – 2012 – Poesia – 192 p. – R e F Editores – Goiânia/GO 2 – Informativo Hospital Samaritano de Goiânia – Dr. Americano Guimarães Rosa – Diretoria Clínica Médica – Goiânia/GO 3 – Revista Maçônica A TROLHA – Londrina/PR 4 – Revista Maçônica O GRAAL – Órgão do Supremo Conselho do Brasil do REAA – Rio de Janeiro/RJ 5 – Revista O DELTA – Órgão do GORGS (COMAB) – Editor Chefe: Rodrigo Aliardi Réus – Porto Alegre/RS 6 – Jornal O UNIFICADOR – Órgão da Loja “Obreiros de Macaé” – Macaé/RJ 7 – Jornal MP Goiás – Órgão do Ministério Público de Goiás – Editora: Miriam Tomé, Goiânia/GO 8 – Informativo O ESPIRRO DO BODE – Loja Theodórica nº 154 – Pequeri/MG 9 – Livreto SETORIAL NORDESTE – COMAB – Reunião e Grãos-Mestres em 31/08/2012 – Recife/PE, por Antônio do Carmo Ferreira 10 – Informativo INFORMABIM – Órgão da ABIM – Recife/PE 11 – Revista O PRUMO – Órgão do GOSC – Florianópolis/SC 12 – Informativo O VIGILANTE – Órgão do GOSC – Florianópolis/SC SERVIÇO DE CORTE E DOBRA DE CHAPAS FABRICAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS FONE: (62) 3282-0520 BR 153 Km 1284 Qd 75-A Lt 09/14 - Vila Brasilia - Aparecida de Goiânia-GO SERVIÇO DE SOLDA, TORNO E CALANDRA 3 Setembro / Outubro – 2012 ABSAÍ GOMES BRITO CASTELO FORTE J. Eduardo Von Hafe 1.Castelo forte é nosso Deus, Espada e bom escudo; Com seu pode defende os seus Em todo o transe agudo. Com fúria pertinaz, Persegue Satanás, Com ânimo cruel; Astuto e mui Rebel, Igual não há na Terra. 2.A força do homem nada faz, Sozinho, está perdido; Mas nosso Deus socorro traz, Em seu Filho escolhido Sabeis quem é? Jesus, O que venceu na cruz, Senhor dos altos Céus; E sendo o próprio Deus, Triunfa na batalha. 3.Se nos quisessem devorar Demônios não contados, Não poderiam dominar, Nem ver-nos assustados. O príncipe do mal, Com seu plano infernal, Já condenado está; Vencido cairá Por uma só palavra. 4.De Deus o verbo ficará, Sabemos com certeza, E nada nos perturbará, Com Cristo por defesa. Se temos de perder Família, bens, prazer, Se tudo se acabar E a morte nos chegar, Com Ele reinaremos! LUISA Irmão Aníbal Silva (*) Em pleno clima primaveril viestes ao mundo Sob os eflúvios dominantes da Lua Crescente Saciastes nos genitores o desejo mais profundo E trouxestes sutil refrigério para a nossa mente POEMA DA ÁRVORE Irmão Sinfrônio Souza Filho (*) Por infinitos caminhos, Anônimo, Errante, Caminhava o viajante. Do silencioso mundo arbustivo Conhecia a intimidade nua E nas variegadas formas, se abstraia Nos segredos das relações Entre as ramas e o clarão da Lua. Nas estradas mudas Desfrutava novos horizontes... Visões edênicas de araucárias, Cerrados e pomares E, ao fim do dia, Ocultava-se ao pé da acácia Para sonhar No seio úmido Das angélicas, Das liliáceas. De paisagem, em paisagem, Certa manhã despertou E estático vislumbrou Bela árvore Nunca dantes vista. Erécta, Exuberante! Esguia e alta. Tão alta que a copa Tocava o firmamento. – Bom dia viajor amigo! Quanta emoção!... Ela falava, tinha sentidos. Respirava, tinha sentidos. Respirava. O agitar das folhas, Mesmo com suave vento, A morte prenunciava Pelo som da estridência Do blindado serrote Capaz de tremer As raízes fortes. Dia 29 de Julho nascestes linda, bela e pura Numa manhã límpida, radiante e de céu azulado. Fostes logo cercada de carícias e ternura Tendo pais, avós e outros familiares a teu lado. Tens como herança o arrojo e ousadia do baiano A seriedade, a calma e a exigência do mineiro Na alma, a intrepidez e audácia do bom goiano E as virtudes próprias do autêntico brasileiro. Leonina, serás criatura famosa, guerreira, lutadora Pois saberá unir sempre a vida à fé e à oração Tendo Santa Marta como guia e fiel protetora Cristo te outorgou parte do Teu Poder Onipotente E jorrou abundantes graças em teu divinal coração Fazendo-te ser de existência fértil e refulgente. (*) Soneto em homenagem ao 30º dia de nascimento de minha netinha Luisa (*) Membro da ARLS “Liberdade e União” nº 1158 O INSTITUTO QUE LEGA AO FUTURO A HISTÓRIA GOIANA Elizabeth Caldeira Brito (*) O surgimento de um instituto cultural busca preservar a história, a memória e a cultura dos que nos antecederam. Legado que nos fez ser o que somos. Objetiva, não só guardar e arquivar recordações vivas, mas também, se transformar em arcabouço de conhecimentos, cujo acervo literário e documental propicia relembrar, resguardar e preservar o que há de mais sagrado para a existência humana: a história, a cultura, as tradições e a memória. Esta preocupação acompanha grande parte dos estudiosos e guardiões de lembranças daqui e de além fronteiras. Alguns tem a iniciativa de criar espaços de reminiscências. Instituições que visam salvaguardar riquezas culturais na tentativa de proporcionar uma existência duradoura aos bens materiais e imateriais sob seus domínios. Assim fizeram as herdeiras Mendonça Teles. Com a anuência do historiador José Mendonça Teles e com o apoio da comunidade cultural goiana, sua esposa, advogada Ana Maria Alves e Mendonça Teles e suas filhas, artista plástica Alessandra Alves Mendonça Teles e professora Giovanna Alves Mendonça Teles, se juntaram para fundar em 8 de março de 2005, o Instituto Cultural José Mendonça Teles. Instalado na Rua 24 nº 88, no centro histórico de Goiânia, em sede própria, considerado de direito privado, sem fins lucrativos, o instituto tem a finalidade de difundir, defender e contribuir para a preservação da memória goiana. Disponibiliza aos estudantes, pesquisadores e ao público interessado, grande acervo bibliográfico de autores goianos, a partir do Século XIX, assim como documentos importantes e raros da historiografia desta terra. José Mendonça Teles foi convidado a participar do resgate dos documentos do Arquivo Ultramarino de Lisboa (1737-1822). Este acervo, microfilmado, compõe a gama documental disponível aos usuários que utilizam do espaço de guarda e preservação do ICJMT. A instituição se ocupa ainda, com a difusão das artes plásticas e literárias. Periodicamente realiza exposições artísticas, lançamentos de livros e saraus poético-musicais. Esta sob a tutela a editoração atualizada da publicação do Dicionário do Escritor Goiano, de autoria de José Mendonça Teles, cuja primeira edição data do ano 2000, atualmente na 4ª edição. Com o apoio incondicional do escritor Bira Galli, na administração da instituição, José Mendonça Teles e sua família, disponibilizam cultura, conhecimento e memória do bucólico espaço de convivência agradável do Instituto Cultural José Mendonça Teles. Um legado ao futuro da historiografia goiana. (*) Escritora, diretora regional do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, Sócia titular e 1ª secretária do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. 4 Setembro / Outubro – 2012 artigo MAÇOM GETÚLIO TARGINO UM HOMEM DO INTERIOR irmão Barbosa Nunes (*) Poesia eleva, atende aos desejos da alma. Considero-a divina. Enterneço-me e me transporto levado pelas ondas de uma bela poesia. Poesia é expressão de sentimentos e emoções, em que ao que rodeia o poeta, revelada com sonoridade, assemelhando-se a um apelo, a um cântico, a um momento ou a um protesto. Participei de momentos agradáveis neste mês de setembro, entre eles, a oportunidade de, novamente, ouvir o poeta e maçom Getúlio Targino de Lima. O primeiro na Loja Maçônica “Justiça e Lealdade II”, de Anápolis, em sessão altamente prestigiada em comemoração aos 79 anos daquela célula social, muito importante para a história da cidade. Inclusive, ofereceu seis integrantes que foram levados ao cargo de prefeito municipal. Eurípedes Barbosa Junqueira, ex-prefeito daquela cidade, encontrava-se presente na solenidade e muito em breve terá a sua história de cidadão, empresário, homem público, maçom, rotariano e outras missões desenvolvidas, resumidas neste espaço. Getúlio assim se expressou, em alguns parágrafos do seu pronunciamento na noite de 4 de setembro: “Sou filho desta Loja, portanto, hoje comemoro o aniversário daquela que me aceitou, quando iniciante na trajetória maçônica, mostrando-me os primeiros caminhos, firmando-me nos primeiros passos, ensinando-me que a vida é mais do que a existência: tem que ser ‘bela e útil’, pois no reino superior espiritual somente o ‘útil é belo’ e só o ‘belo é útil’.” Na sequência, disse: “Marca-me, também, o fato de que, quando este magnífico templo foi apresentado ao público e à sociedade Anapolina, fui o incumbido da oração da noite, fazendo-a sob o título: ‘Templo na pedra, templos no coração’, texto que se encontra publicado em meu livro Pensamento e palavra.” “Naquela noite mostrei que os maçons não orgulham apenas em construir edificações belas, que justifiquem o brilhar dos olhos ao contemplarem-nas. Querem, muito mais, construir, no âmago do seu coração, templos indestrutíveis de fé, compreensão e amor ao próximo.” Concluiu deixando uma mensagem aos maçons: “Maçom precisa urgentemente deixar de ter a maçonaria como seu escudo, mas, ao contrário, ele ser o escudo dela. Quando alguém, desconhecendo a maçonaria, conhecer o maçom, poderá sobre ela fazer o melhor julgamento Irmão Getúlio Targino de Lima com duas de suas obras editadas pelos atos, postura e comportamento social do maçom.” A segundo oportunidade foi em sessão da Câmara Municipal de Goiânia, no dia 5 de setembro, por iniciativa do vereador Iram Saraiva, homenageando a Associação Goiana de Imprensa – AGI, histórica e resistente entidade fundada a 78 anos, na Cidade de Goiás, que teve como primeiro presidente Albatênio Caiado de Godoy, atualmente presidida pelo competente, bravo e respeitado jornalista Valterli Guedes. Sou grato pela distinção da AGI em me incluir na relação de homenageados, concedendo-me o diploma de Honra ao Mérito “pelos relevantes serviços prestados à comunicação no município”. Junto com profissionais que continuam fazendo a história, novamente fui presenteado com a indiscutível beleza e qualidade poética de Getúlio Targino de Lima. Tanto no primeiro evento quanto no segundo, um dia após, ele expôs a sua cultura, o alto valor oratório, trazendo para o momento em que falava o silêncio absoluto de todos, uma concentração total dos presentes em sua apresentação de orador perfeito, suave, leve seguro e extraordinariamente afável. Reverencio este intelectual goiano que muito engrandece a instituição Grande Oriente do Estado de Goiás, que presido como Grão-Mestre e que ele integra, tendo ocupado os mais altos cargos da Maçonaria Goiana e Brasileira. Hoje preside a Academia Goiana de Letras, sucedendo outro intelectual e maçom de grande valor, conferencista internacional, pesquisador, escritor e médico Hélio Moreira. Estive na posse de Getúlio Targino como presidente da AGL, em outubro de 2011, tendo a grata satisfação de ouvi-lo em um acadêmico pronunciamento que muito me marcou. Sempre ao me encontrar com Getúlio Targino, dirijo-me a ele assim falando: “Eu também sou do interior.” Refiro-me ao poema Eu sou do interior, que corre suave pelo coração do texto, em que a alma do poeta é apresentada, exposta com todas as suas luzes, na simplicidade de um homem que veio da cidade de Floriano, Estado do Piauí, e hoje pertence a inúmeras instituições culturais e ao ensino jurídico, como renomado e admirado mestre, tornando-se imortal na cultura e letras de Goiás. “Por favor, não me fechem as portas, nem me ensinem caminhos errados para chegar a lugar nenhum: eu sou do interior. Por favor, não me apontem escadas rolantes nem me indiquem elevadores panorâmicos de onde se vê tudo, mas não se chega a nada, se não se souber descer: eu sou do interior. Por favor, não me ofereçam mãos finas, nem sorrisos de forma que só existem de fora para fora e não transmitem confiança: eu sou do interior. Por favor, não me beijem sem amor, nem me abracem sem calor, pois isto é farsa, é mentira, é ilusão de ótica ou de vida: eu sou do interior. Por favor, não me olhem se não for por fora e por dentro, não me amem se não for por inteiro, no fragor do sexo ou no fulgor do espírito: eu sou do interior. Sou do interior do país, do interior do estado, do interior de mim. Não me arranquem de mim mesmo, não me deixem a esmo, sem vida, luz e cor: eu sou do interior...” Tenho muita honra em registrar pequenos fragmentos de uma produção do acadêmico Getúlio Targino, maçom e poeta escultor da vida. (*) Barbosa Nunes, Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás — Texto retirado do Jornal Diário da Manhã, de 14/09/2012. Arqueólogos confirmam detalhes descritos sobre o Templo de Salomão A descoberta é composta de três caixas esculpidas em pedra, com cerca de 20 centímetros de altura, usadas para armazenar objetos do culto. “Seu design meticuloso corresponde às descrições bíblicas do palácio e do Templo de Salomão”, disse Garfinkel, que passou cinco anos escavando Khirbet Qeiyafa, também conhecida como a “Fortaleza de Elá”, uma cidade cercada por muralhas e localizada estrategicamente entre Jerusalém e as cidades habitadas pelos filisteus. O Antigo Testamento narra com grande detalhe os reinados de Davi e Salomão, durante o século 10 aC, mas até hoje há pouquíssimas evidências que confirmem sua magnitude ou até mesmo a sua existência. Em Jerusalém há abundância de vestígios do período do Segundo Templo (século 6 aC), mas as referências ao Primeiro Templo ainda são objetos de debate acadêmico e político. Um deles é um muro de 70 metros, com uma alta torre de vigia que foi desenterrada perto das muralhas da cidade antiga de Jerusalém, dois anos atrás. Ela foi identificada como um possível trabalho do rei Salomão. Estruturas fortificadas do mesmo tamanho foram encontradas em Khirbet Qeiyafa, cuja construção data entre os séculos 10 e 11 aC. Entre os achados de agora estão peças de cerâmica, ferramentas feitas de pedra e metal, obras de arte, e três salas que serviriam de santuários. Os itens encontrados, diz Garfinkel, revelam que as pessoas que viviam ali eram monoteístas e não tinham um ícone. Ou seja, não adoravam imagens de escultura de serem humanos ou animais. Os israelitas da Bíblia eram assim, muito diferentes dos povos vizinhos. “Ao longo dos anos, milhares de ossos de animais foram encontrados, incluindo ovelhas, cabras e gado, mas nunca de porcos. Agora descobrimos três salas de culto, com vários apetrechos, mas nenhuma imagem de culto humana ou animal foi encontrada”, disse Garfinkel. “Isso comprovaria que a população local obedecia duas proi- bições bíblicas – carne de porco e imagens esculpidas. E também que seu culto diferia dos cananeus e dos filisteus”. Pequenos “santuários portáteis” ou “miniaturas” foram descobertos no local. Eles possuem marcas que os arqueólogos acreditam serem capazes de esclarecer o significado de algumas palavras bíblicas que perderam o seu verdadeiro significado ao longo do tempo. Na descrição do Palácio de Salomão, em Reis 7:1-6, por exemplo, a palavra “Slaot” foi traduzida como “pilares”, mas agora eles dizem que seria melhor ser entendido como “triglifos”, que seriam as vigas do telhado, também comum nos templos gregos. O termo “Sequfim”, que já havia sido traduzida como “três ordens de janelas”, agora está sendo entendida como “três portas de entrada rebaixadas”. Foram encontradas casas na cidade cuja altura é exatamente duas vezes sua largura, como são muitos edifícios de Jerusalém. Esse seria o teste de conexão entre a capital e o que se acredita que foi a cidade bíblica de Saaraim, habitada nos tempos de Davi e Salomão e mencionada nos livros de I Samuel e I Crônicas. “Saaraim, aqui no Vale de Elá, significa “duas portas”. É uma cidade única do período o Primeiro Templo, pois possuía duas portas de entrada, todas as outras tinham apenas uma”, disse. Para os pesquisadores, essas últimas descobertas reforçam a corrente de estudo que vê na Bíblia um relato confiável dos acontecimentos históricos. “A precisão das descrições não nos deixa outra opção, mas quem ainda não acredita me explique como tal similaridade é possível”, finaliza Garfinkel. Hershel Shanks, editor da revista Biblical Archaeology Review, disse ao Christian Post que as descobertas são “extremamente interessantes” e que nem 20% do local foi escavado ainda, então o mais provável que pode haver algumas surpresas pela frente. Texto extraído da Revista o PesquisadorMaçônico nº 07 – mai/jun 2012 – Cabo Frio/RJ 5 Setembro / Outubro – 2012 ARTIGO ARTIGO O EXAME DE GRAU MAÇONARIA, MORAL E CIVISMO Irmão Valfredo M. e Souza Exame de Grau é uma exigência maçônica. Dedica-se a avaliação do conhecimento da doutrina do grau. O Exame de Grau é um instrumento que se apresenta quando o candidato já houver demonstrado evidência de conhecimento necessário ao grau e os fatos demonstrarem sal dedicação à causa maçônica, observado o interstício vivido. É importante que o candidato tenha apresentado seu trabalho escrito sobre um tema que mais lhe tenha causado impressão em seu espírito. Este trabalho além de compacto seja objetivo e que contenha conclusões pessoais. A comissão de grau esmuiçará com perguntas o trabalho apresentado. A maçonaria não é um estabelecimento de ensino, embora seja uma escola. Os maçons não são alunos obrigados a compulsar e decorar textos e questionários. São homens livres e de bons costumes, de diferentes atributos de renda, crença, raça, ideologia, escolaridade e de idade cronológica, que sensíveis ao Bem, buscam a Sublime Ordem para um encontro individual com a Verdade, na prática da virtude. Estes são aspectos que nos acompanharão ao longo da caminhada, dando-nos equilíbrio na ascensão iniciática. O Exame de Grau, portanto, é uma exigência da Lei Maçônica e nada tem a ver com o que é praticado no mundo profano. Ele visa avaliar o desabrochar do Espírito Maçônico. O mérito dele não está somente no desempenho intelectual, mas na dedicação à nova causa livremente abraçada. O Exame de Grau deve parecer mais uma entrevista, com respostas sinceras, pronunciadas entre irmãos e amigos solidários, num clima de descontração e liberdade, como se fosse uma pesquisa de opinião. As perguntas versarão sobre simbologia da iniciação, a simbologia do Templo, a liturgia do grau examinado. A Comissão de Grau deve sempre concluir o exame com o seu parecer: satisfeita ou não. A avaliação do candidato é feita em Câmara transformada para o grau superior e desta, não deverá vazar nenhum comentário, mesmo elogios, para os integrantes da Câmara inferior quando retornada ao grau ao seu correspondente. É bom lembrar que o conceito de aprovação emitido pela Comissão de Grau pode variar entre Excelente, Ótimo, Bom ou Regular. Pensam alguns, que o candidato é obrigado a responder integralmente a todos os quesitos. Seria o ideal, mas não o necessário. O parecer leal da oratória é necessário. Pronto. É feita a votação pela aprovação ou não. Com o reingresso do candidato não há mais comentário sobre o exame. Observado estes pequenos detalhes e segundo a ritualística do grau, estaremos bem desenvolvendo o Rito Escocês Antigo e Aceito, hoje, um pouco desgastado com tantas inobservâncias doutrinárias. Membro da Academia Maçônica de Letras/DF. Email: [email protected] . Retirado do livro “A Torre da Idéia” Irmão ANÍBAL SILVA Ao lado de inúmeras e significativas definições, a Maçonaria pode ser entendida como uma escola e uma associação de pensamento, de cultura moral e intelectual, cujos ensinamentos apresentam-se sob a forma simbólica e iniciática. E como tal, adotou também o civismo como um de seus postulados, estabelecendo a vigilância permanente e ação constante na obediência às leis, preservação da ordem, defesa da moral e dos bons costumes e estímulo aos valores sociais positivos. É importante ressaltar que a moral constitui um dos alicerces da filosofia maçônica, fazendo de sua história, de suas leis e de todo seu desenvolvimento. É por assim dizer, a razão de ser e o principar objetivo da instituição, que a considera como a “ciência do bem” e o conjunto dos princípios racionais que inspiram, guiam e direcional o homem nas suas ações. Como Maçom e Professor, rejubilo-me ao saber que a matéria Educação Moral e Cívica, há algum tempo abolida das salas de aula, poderá voltar a fazer parte da grade curricular. E como ex-mestre desta valiosa disciplina, vejo enorme lógica na pretensão do governo, considerando os graves problemas verificados no seio da sociedade, com ênfase à depredação do patrimônio público, ao desrespeito à propriedade privada e uma série de anormalidades praticadas contra tudo e contra todos. Lamentavelmente, as famílias e as escolas não estão conseguindo oferecer às crianças e aos jovens o devido respeito ao próximo e às coisas a ele pertencentes, o que faz gerar um clima de prejuízos enormes por todos os lados. Os bons costumes e os primitivos ensinamentos a respeito dos direitos e dos deveres a serem obedecidos, sem dúvida, foram relegados e deixaram de ser cumpridos na sua forma mais justa. É justificável, sobremaneira, o retorno da mencionada matéria aos bancos escolares, vez que ela busca mostrarão aluno a importância do caráter, como selo da vontade e da personalidade. E quanto mais perfeito for o caráter, tanto mais perfeita é a vida. Sua falta pode acarretar consequências desastrosas e funestas e comprometer os princípios mais sólidos do ser humano. No exercício do magistério, aduzimos com persistência, que o caráter evolui incessantemente, notadamente através de três fatores básicos: os fisiológicos (idade, crescimento, temperamento, hereditariedade, clima, higiene, saúde, doença e outros); os psicológicos (hábitos individuais, evolução das tendências sensíveis, emoções, instintos, inclinações e por meio das evoluções das faculdades intelectuais: atenção, abstração, juízo, raciocínio e formação da consciência); os sociais (que se relacionam ao meio social e à adaptação do indivíduo ao ambiente em que ele vive). A Maçonaria vê com certa preocupação o crescimento e império da criminalidade, da violência e de outras crises que comprometem seriamente a qualidade de vida da população. Ela é sábia na sua doutrina, mandando que seus adeptos combatam o mal e busquem as formas mais dignas de aperfeiçoamento do ser humano. Finalmente, por estas outras razões, entendemos que a Maçonaria brasileira, bem representada pelo Grande Oriente e Grandes Lojas, deviam abraçar esta nobre causa, encetando campanha no sentido de concretizar a reincorporação da matéria Educação Moral e Cívica no currículo escolar do País. Seria, assim, mais uma das históricas conquistas da Ordem em prol do desenvolvimento dos nossos irmãos brasileiros. (*) Jornalista, membro da Academia Goiana Maçônica de Letras, da Academia Cezarinense de Letras e Artes e da ARLS “Paz Universal” nº 17 – GLEG ARTIGO A MINIBIBLIOTECA E O HÁBITO DA LEITURA Irmão Antonio do carmo ferreira (*) Recorro aos ensinamentos do poeta Camões para iniciar este artigo. Diz ele que “não se aprende sonhando, na fantasia”, mas “lutando e pelejando”. Acredito nisto. A vida, com que Deus, em sua infinita bondade, nos presenteou, não foi para ser sinônimo do ócio. A vida é ação. Outro poeta, o fluminense Manoel Otaviano, é enfático a tal respeito. Alerta que “quem passou pela vida em branca nuvem, não foi homem, foi só espectro de homem. Passou pela vida, e não viveu”. Mais duro ainda foi o apóstolo Paulo. Olha o que ele prega em sua 2ª Carta ao povo da Tessalônica “Quem não quiser trabalhar, nem se apresente para comer”. Bem, mas o que quero escrever é a respeito da formação do hábito da leitura. E também tecer algumas considerações sobre, neste sentido, a contribuição de uma mini-biblioteca. Ressalto que me dirijo, em especial, a Lojas Maçônicas e a obreiros da “arte real”. O hábito é um costume. Coisa que se adquire pela repetição. E que às vezes se torna cansativo. Daí o abandono. E adeus ao hábito. No caso da leitura, escolhe-se uma revista. Lêem-se as manchetes. Noutro dia, as notícias e vêem-se as fotos. No dia seguinte, arrisca-se a leitura de um artigo completo, vendo-se antes o título mais convidativo. E assim se prossegue, até que haja a vontade de ler a revista toda. Livros! Os de poucas páginas, 90 a 150 páginas. Fuja dos calhamaços. Só o ato de vê-los, dá bocejo e sono. Leia uma frase, hoje. Prossiga na frase seguinte, amanhã. Não precisa forçar a leitura do livro todo, de uma só vez. Há um ditado popular que “muito mel, em casa, é excessivo gasto de farinha”. Melhor, pouco a pouco, contudo sendo persistente. Pois “de grão em grão, a galinha enche o papo”. As Lojas Maçônicas são de grande valia neste projeto de formação do hábito da leitura. Tudo começa com a instalação de sua mini-biblioteca. Mas não é para depositar livros. História, Geografia, Aritmética ... são assuntos bons, porém refiro-me a uma mini-biblioteca não ornamental, onde se depositam livros que não se lêem. A biblioteca a que me reporto deverá ser funcional. Livros sobre a verdadeira maçonaria. Não importa que seja uma só estante! Uma prateleira para o 1º Grau. Outra para os Companheiros. E mais uma com os livros para os Mestres Maçons. A biblioteca, e o bibliotecário – um irmão que tenha o hábito da leitura e a responsabilidade de contribuir para que os outros irmãos também o adquiram. Conversando com cada um, sugerindo títulos e indicando capítulos à leitura. Pode haver projeto mais eficaz? Agora, vem a pergunta: e a grana para aquisição das obras? Vejam! Não são muitas obras. Ademais há uma editora que pro- duz livros para formação maçônica a custo de fatores. Baratinhos, sem lucro. Refiro-me à editora A TROLHA. Ela mantém o Círculo do Livro Maçônico que edita um título por mês. Seus livros são entregues em domicílio, ao preço médio de R$20,00. Loja com 20 obreiros, por exemplo: um real, para cada um. Ao findar do ano, a biblioteca terá 12 exemplares de pura maçonaria. Falo dessa Editora, por causa do C.L.M., mas há muitas outras em nosso País, publicando bons livros sobre a “arte real”. Também desejo pedir escusas a meus leitores, por voltar, tantas vezes, a este assunto. É que o C.L.M. foi uma invenção do inesquecível Francisco de Assis Carvalho, com o objetivo de estimular a leitura de maçonaria pelos maçons. Era uma parceria comigo. Ele produzia o livro e eu me encarregava da divulgação do projeto, através da ABIM. A Maçonaria é uma “escola de conhecimentos”, alertava o Grão-Mestre Octacílio Schüler. A Loja é sua unidade operadora. Não podemos fugir da responsabilidade. Temos que contribuir de maneira inteligente, quer dizer, com a melhor didática, para a formação do homem/maçom. Se a Loja é “o ponto de apoio”, a leitura será, sem dúvida, “a alavanca”. Ou será que Monteiro Lobato estava com enganação, quando escreveu que “um país se faz com homens e livros”? Imaginem a Maçonaria, com a sua missão de “escola”? Ao adquirir o hábito da leitura, o homem vai entender quanto isto lhe foi válido e como o esforço foi tão bem recompensado! É sempre necessário saber mais. No entanto para saber terá antes que aprender. E aí voltamos a Camões ao poetar que “não se aprende na fantasia; aprende-se lutando e pelejando”. (*) Jornalista, membro da Academia Goiana Maçônica de Letras, da Academia Cezarinense de Letras e Artes e da ARLS “Paz Universal” nº 17 – GLEG 6 Setembro / Outubro – 2012 DELEGACIA LITÚRGICA DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 PARA O RITO ESCOCÊS ANTIGOS E ACEITO PARA GOIÁS E TOCANTINS Av. Paranaíba nº 984 – Centro – Cx. Postal 10.122 – Fone: (62) 3941-6377 – Goiânia-GO MAÇONARIA: O QUE REPRESENTA O PELICANO? Responsabilidade, sabedoria, fidelidade Saulo Ortega Trevisan é um menino que infelizmente teve uma formação muito complicada em um berço evangélico muito restrito e de repente descobriu o mundo através de alguns homens de bem. Ele sofreu muito preconceito e hoje é um homem que busca a verdade e a sinceridade. Quando da chegada do Santo Império no Estado de São Paulo, o Irmão Saulo recepcionou toda a comitiva do Supremo Conselho dando as boas vindas de todos os irmão desse Estado. Os Irmãos do Santo Império instalaram a Loja de Perfeição Alvorada do Saber e o Sublime Capítulo Rosa Cruz Pitágoras. Na oportunidade o Irmão Saulo foi homenageado com a Medalha Montezuma, o que para ele foi um momento marcante em sua vida maçônica e profana. “Hoje temos na Maçonaria duas etapas. No mundo acadêmico aprendemos com os nossos professores e podemos até mesmo colar na prova e vamos passando de ano. Ocorre que, quando você se forma e vai para o mercado de trabalho, já não mais existe cola e sim conhecimento e muita responsabilidade. Eu entendo que na Maçonaria, quando vai se galgando os graus, você tem direito a interstícios, direitos maçônicos e vai subindo e subindo cada vez mais. Quando você chega a um estágio, acaba assumindo responsabilidade de fazer uma Maçonaria de verdade e quando recebe uma condecoração ou mesmo um cargo, a responsabilidade triplica e realmente pesa. Acredito que todo Maçom que é bem encaminhado, e graças a Deus eu fui, temos condições de trabalhar não sozinhos, mas em grupo. Isso a Maçonaria nos ensina com muito saber”. Para o Irmão Saulo, o Estado de São Paulo representa o maior pólo de Maçonaria no Brasil. “Não posso dizer em dados se estamos desenvolvendo mais ou menos que outros rincões do Brasil. A Maçonaria hoje aqui em São Paulo, sob o comando do Irmão Eminente Grão-Mestre Mario Sérgio, embora esteja sofrendo alguns ataques e injustiças que considero muito antiéticos. Mas posso garantir que o Irmão Mario Sérgio é um homem que tem carisma, está preparado. Ele não faz politicagem, mas política para o bem da Maçonaria. Tenho absoluta certeza que, se continuar da forma que está sendo administrado o Estado de São Paulo, a Maçonaria só tem a crescer. É necessário e urgente tirar esses Maçons que vivem apenas de politicagem destruindo nossa instituição”. Citando um nome, o Irmão Saulo define o Irmão Wagner Veneziani Costa como “um ícone, um exemplo de homem íntegro. Wagner é um homem difícil de lidar, mas de uma integridade moral e incomparável e eu traduzo o Wagner em duas palavras: intensidade e fidelidade.” “A presença do Santo Império em nosso Estado foi o coroamento do envolvimento do Grau 33 da Delegacia Litúrgica de São Paulo no Rio de Janeiro”, conclui o Irmão Saulo Ortega Trevisan. (Texto extraído da Revista “O Graal Notícias”, de agosto/2012, Órgão do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o REAA.). Simboliza a abnegação e o sacrifício, em benefício do próximo, O Pelicano foi adotado como símbolo do Cristo, derramando o Seu sangue pela humanidade. No simbolismo maçônico, o Pelicano é o emblema mais característico da caridade e da filantropia. A esta interpretação teológica, os místicos aplicaram, porém, outro significado, considerando o Pelicano como símbolo do próprio sacrifício, indicando que na medida em que damos, nossas posses, as nossas aquisições intelectuais, as nossas habilidades, alimentamos a nossa vida, desenvolvemos o nosso caráter e a nossa personalidade, sendo que, à medida que os anos passam, o nosso sacrifício se reflete em boas ações que perduram além de nossa vida, como que lembrando os sacrifícios que fizemos. O Pelicano é sempre representado no momento em que se abre as suas entranhas para alimentar seus filhotes, sempre em números considerados sagrados: 3-5-7. A Maçonaria vê no Pelicano o DEUS alimentando o seu Cosmos com a própria substância. Entre os antigos egípcios, o Pelicano era tido como ave sagrada, era um emissário do Espírito Santo, porque apresentava certas qualidades que faziam com que os nativos de então se surpreendessem pelos esplendores da ave. Elevações de agosto A OUTUBRO DE 2012 Grau Loja Nome Grau Loja Grau Loja 4 LP União e Sigilo Ipora 7 LP União e Sigilo Ipora 10 LP Tiradentes Goiania 14 LP Edsel Emrich Portilho Rio Verde Nome Valdo Barbosa Peres 15 SC Estrela Rioverdense Rio Verde 16 SC Lealdade e Justiça II Anapolis 16 SC Vale do São Patricio Ceres 16 SC Vale do São Patricio Ceres 18 SC Justiça e Caridade II Itumbiara Adol R. Lins Linhares Peixoto Danilo Alvin de Paula Denevaldo Abadio Arruda Ezio Ribeiro de Andrade Francisco de Assis Souza João Jeronimo Aves Joel de Mattos Junior Jose Geraldo do Nascimento Leonardo Cesar Lima Araujo Vilmar Jesuino da Silva Welson Moreira Marcos Vinicius Boaron Wesley Honorato da Silva Carlos Soares de Castro Fabio Jose dos Santos Giovanni Chaves Kwaskar Fagundes Nome Fernando Rodrigues de Sousa Alesandro Naldi Ruiz Arialdo Frazao Junior Edivaldo Conceiçao Melo Mario Augusto Padula Castro Pedro Claudio de A. Junior Ricardo Abou Rijeli Robson Cesar Tricher Sebastiao Lazara Pereira Vicente Guerra Filho Celco Effiting Eduardo Oliveira Pimenta Denner Sansoni Paim Alessandro Vilarinho Prudencio Dirceu Aparecido Machado Borges Grau Loja Nome 19 CF Kadosch 9 Goiania 29 CF Kadosch 135 Ceres 32 Conssistorio 72 Goiania 32 Conssistorio 4 Goiania Eulalio Barbara da Silva Osvaldo Eustaquio da Silva Ricardo Prata Silvio Luis Ribeiro Vagniton Silva Ribeiro Jose Alberto Moore Ricardo de Jesus Margioti Adriano Alves Rodrigues Antonio Carlos Guimarães Antonio Maria da Costa Araujo Antonio Paulino de Oliveira João Batista de Sousa Joaquim Valdir Cardoso Osmar Alves de Oliveira Osmair Divino da Silva Estevao Batista de Moraes Natanael Fererira Montes Waldomiro Machado de Freitas Ubaldo Honorio Rios Carlos Jose dos Santos 7 Setembro / Outubro – 2012 Fama em Foco / o r b m o e r t b e s outu A FORMIGA E O FLOCO DE NEVE As crianças do 1° ano do ensino fundamental I do Colégio Gonçalves Lêdo, sob a supervisão da Professora Maria José, apresentaram uma linda peça teatral para os seus papais e mamães, mostrando a todos com graça e desenvoltura uma linda história que fala sobre solidariedade e fé. A apresentação ocorreu no auditório do Colégio no dia 23 de outubro. Foi um momento de integração dos pais com a escola, quando os responsáveis pelas crianças puderam conhecer um pouquinho do trabalho pedagógico que é realizado, reforçando e estreitando laços com a comunidade escolar. R FESSnOche O R P um la A DO – DI com dos morado osta Lima a to , e m o c i aC do outubro fo 16 deia dos ProfessoreDs iretor Manoelél dgio Gonçalves gLeêm aos Od do Co mena ido pelo l oferec s e Educadores m vídeo em ho rança. ia c e p s e lemb ssore sado u os Profe o qual foi pas uma pequena gue to n momen esmos e entre m E o dia das crianças foi assim... PASSEIO NO ZOOLÓGICO Os alunos do 2° ano do Ensino Médio realizaram visita cultural ao zoológico de Goiânia, sob a supervisão e orientação da Professora Patrícia Cláudia Gomes com a elaboração de relatórios e fichamentos dos animais estudados e pesquisados. muita alegria... descontração... Crianças são como borboletas doce, doce.. doce! “Crianças são como borboletas ao vento... algumas voam rápido... algumas voam pausadamente... mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial”. Dedicamos estas palavras a todas as crianças e em especial aos nossos pequenos aprendizes do Colégio Gonçalves Lêdo. Equipe Gestora Colégio Gonçalves Lêdo 2012 8 Setembro / Outubro – 2012 Pode o cristão ser maçom? Claro que sim! artigo COMO SE FORMOU O PODER MONÁRQUICO-ABSOLUTISTA DOS PAPAS Leonardo Boff (*) Escrevíamos anteriormente neste espaço que a crise da Igreja-instituição-hierarquia se radica na absoluta concentração de poder na pessoa do Papa, poder exercido de forma absolutista e distanciado de qualquer participação dos cristãos, criando obstáculos praticamente instransponíveis para o diálogo ecumênico com as outras Igrejas. Não foi assim no começo. A Igreja era um comunidade fraternal. Não havia ainda a figura do Papa. Quem comandava a Igreja era o Imperador, pois ele era o Sumo Pontífice (Pontifex Maximus) e não o bispo de Roma ou de Constantinopla, as duas capitais do Império. Assim o Imperador Constantino convocou o Primeiro Concílio ecumênico de Nicéia (325) para decidir a questão da divindade de Cristo. Ainda no século VI, o Imperador Justiniano, que refez a união das duas partes do Império, a do Ocidente e a do Oriente, reclamou para si o primado direito e não o do bispo de Roma. No entanto, pelo fato de em Roma estarem as sepulturas de Pedro e de Paulo, a Igreja Romana gozava de especial prestígio, bem como o seu bispo que diante dos outros tinha a “presidência no amor” e o “exercia a serviço de Pedro” e de “confirmar na fé” e não a supremacia de Pedro no mando. Tudo mudou com o Papa Leão I (440-461), grande jurista e homem de Estado. Ele copiou a forma romana de poder que é o absolutismo e o autoritarismo do imperador. Começou a interpretar em termos estritamente jurídicos os três textos do Novo Testamento atinentes a Pedro: Pedro como pedra sobre a qual se construiria a Igreja (Mt 16, 18), Pedro o confirmador da fé (Lc 22, 32) e Pedro como Pastor que deve tomar conta das ovelhas (Jo 21, 15). O sentido bíblico e jesuânico vai numa linha totalmente contrária: do amor, do serviço e da renúncia a toda supremacia. Mas predominou a leitura do direito romano absolutista. Consequentemente, Leão I assumiu o título de Sumo Pontífice e de papa em sentido próprio. Logo após, os demais Papas começaram a usar as insígnias e a indumentária imperial ( a púrpura), a mitra, o trono dourado, o báculo, as estolas, o pálio, a cobertura de ombros (mozeta), a formação dos palácios com sua corte e a introdução de hábitos palacianos que perduram até os dias de hoje nos cardeais e nos bispos, coisa que escandaliza não poucos cristãos que lêem nos Evangelhos que Jesus era um operário pobre e sem aparato. Então começou a ficar claro que os hierarcas estão mais próximos do palácio de Herodes do que da gruta de Belém. Mas há em fenômeno para nós de difícil compreensão: no afã de legitimar esta transformação e de garantir o poder absoluto do Papa, forjou-se uma série de documentos falsos. Primeiro, uma pretensa carta do Papa Clemente (+96), sucessor de Pedro em Roma, dirigida a Tiago, irmão do Senhor, o grande pastor de Jerusalém. Nela se dizia que Pedro antes de morrer, determinara que ele, Clemente, seria o único e legítimo sucessor. E evidentemente os demais que viriam depois. Falsificação maior foi ainda a famosa Doação de Constantino, um documento forjado à época de Leão I segundo o qual Constantino teria dado ao Papa de Roma como doação, todo Império Romano. Mais tarde, nas disputas com os reis francos, se criou outra grande falsificação, as pseudodecretais de Isidoro, que reuniam falsos documentos e cartas como se viessem dos primeiros séculos que reforçavam o primado jurídico do Papa Irmão Valdemir de Barros Sarmento (*) de Roma. E tudo culminou com o Código de Graciano no século XIII, tido como base do direito canônico, mas que se embasava em falsificações de leis e normas que reforçavam o poder central de Roma, não obstante, cânones verdadeiros que circulavam pelas igrejas. Logicamente, tudo isso foi desmascarado mais tarde sem nenhuma modificação no absolutismo dos Papas. Mas é lamentável e um cristão adulto deve conhecer os ardis usados e forjados para gestar um poder que está na contramão dos ideais de Jesus e que obscurece o fascínio pela mensagem cristã, portadora de um novo tipo de exercício do poder, serviçal e participativo. Verificou-se posteriormente um crescendo no poder dos Papas: Gregório VII (+1085) em seu Dictatus Papae (“a ditadura do Papa”) se autoproclamou senhor absoluto da Igreja e do mundo; Inocêncio III (+1216) se anunciou como vigário-representante de Cristo e por fim, Inocêncio IV (+1254) se arvorou em representante de Deus. Como tal, sob Pio IX em 1870, o Papa foi proclamado infalível em campo de doutrina e moral. Curiosamente, todos estes excessos nunca foram retratados e corrigidos pela Igreja hierárquica. Eles continuam valendo para escândalo dos que ainda crêem no Nazareno pobre, humilde artesão e camponês mediterrâneo, perseguido, executado na cruz e ressuscitado para se insurgir contra toda busca de poder e mais poder mesmo dentro da Igreja. Essa compreensão comete um esquecimento imperdoável: os verdadeiros vigários-representantes de Cristo, segundo o Evangelho (Mt 25, 45), são os pobres, os sedentos e os famintos. (*) Teólogo e filósofo – Texto extraído do Jornal Diário da Manhã de 18/09/2012. Muita gente questiona o ingresso do Cristão na Maçonaria, por acreditar que a Maçonaria ensina e pratica coisas que vão de encontro ao Cristianismo. É importante conhecer mais de perto essa Instituição, para não engrossar o coro daqueles que falam sem nenhum conhecimento de causa. É impossível alguém esclarecido e sincero, afirmar que a Maçonaria é indigna do Cristianismo. Assim repetimos a pergunta: Pode o cristão ingressar na Maçonaria? É claro que sim! VEJAMOS ALGUMAS RAZÕES: Primeira: Ele aprende na Maçonaria a por em prática o amor: a) Amando a Deus (o G.A.D.U.) b) Amando o Livro da Lei (A BÍBLIA) c) Amando a Família d) Amando o Irmão e) Amando o próximo f) Amando a Pátria Segunda: Ele aprende na Maçonaria a respeitar sem nenhum constrangimento: a) As diferenças raciais e sociais b) As diferenças religiosas ou filosóficas c) As diferenças político-partidárias Terceira: Ele aprende na Maçonaria a dominar e vencer as suas paixões: a) Vencendo a forma egoísta de encarar a vida b) Vencendo a forma distante de encarar a dor alheia (de quem precisa) c) Vencendo a forma unilateral de rogar as bênçãos de Deus (G.A.D.U.) d) Vencendo a forma deturpada de levar vantagem em tudo Quarta: Ele aprende a ser verdadeiro: a) Verdadeiro Obreiro da Arte Real b) Verdadeiro esposo, fiel amante, daquela que é a rainha do seu lar e mãe de seus filhos, companheira nas horas de alegria e tristeza c) Verdadeiro Pai, sacerdote do lar e sempre presente na vida da sua Família d) Verdadeiro Irmão, amigo e leal, sempre disposto e atento as necessidades daquele que é reconhecidamente Irmão, independente da Loja, Rito ou Potência Depois desse breve esclarecimento, pode alguém dizer que a Maçonaria é diabólica e indigna do Cristianismo? É claro que não! Só mesmo quem não quer dar o braço a torcer insiste no erro de continuar falando mal, daquela que sempre faz o bem. A Maçonaria é um dos braços de Deus aqui na Terra, para tornar a convivência entre as pessoas mais pacífica, fraterna e agradável. Pode alguém falar mal de uma Instituição que ama a Deus e ao Próximo, que ama a Pátria e defende a Natureza, que prega, defende e vive a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade? Sem dúvida alguma, o Cristão pode ser Maçom, pois a Maçonaria é o lugar dos homens de Bem, Livres e de Bons Costumes. Que o Grande Arquiteto do Universo continue iluminando e abençoando ricamente os Obreiros da Arte Real, Construtores de um Mundo cada vez melhor. Que assim seja!!! HUMOR MAÇÔNICO (*) Irmão Valdemir é Pastor Presbiteriano atuante. Papelaria Guanabara Ltda. Tel.: 3207-3792 – Cel.: 8434-0074 Rua 105-D nº 94 – Setor Sul CEP: 74080-320 – Goiânia-GO PABX: (62) 3212-4288 – Fax: 3224-0837 e-mail: [email protected] website: www.mbmcopy.com.br 9 Setembro / Outubro – 2012 19 de novembro: artigo INDEPENDÊNCIA OU MORTE Irmão Kennyo Ismail (*) Irmão Salomão Jorge (*) Sete de Setembro de 1822, data em que Dom Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, deu o famoso Grito de “Independência ou Morte”, livrando simbolicamente o Brasil das amarras portuguesas. Tal episódio é alvo de inúmeros questionamentos sobre veracidade, forma e motivações por parte dos historiadores. Entre os maçons, a corrente predominante defende que tal episódio ocorreu em consequência direta daquela tão discutida reunião maçônica de 20 de Agosto de 1822, presidida por Gonçalves Ledo, em que a Independência do Brasil teria sido antecipadamente proclamada pelos influentes líderes políticos e sociais que ali se reuniam. Fato interessante acerca do Grito de Independência, comumente presente na literatura (maçônica e até não maçônica) sobre o tema, é quanto ao significado da divisa “Independência ou Morte”. Há aqueles que atribuem a ela um significado maçônico ou, no mínimo, esotérico, ligando-a principalmente à Sociedade Secreta conhecida como “Apostolado”. O nome do Apostolado na verdade era “Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz”, uma sociedade secreta baseada na Maçonaria, porém, de caráter cristão, fundada por José Bonifácio com o intuito de fazer frente às iniciativas maçônicas do grupo de Gonçalves Ledo, que pareciam mais fortes a cada dia. O Apostolado defendia a bandeira política de uma monarquia constitucionalista e José Bonifácio alcançou seu objetivo de ingressar Dom Pedro I na mesma. Muitos são os autores que atribuem o termo do Grito de Independência ao Apostolado, considerando a possibilidade de Dom Pedro I ter se lembrado do conteúdo de uma palestra (instrução) da Nobre Ordem quando efetuou o grito. Não faltam livros publicados que defendem tal teoria. Porém, há apenas um pequeno detalhe que parece ter sido desconsiderado por esses proponentes. O historiador Alexandre Mansur Barata, em sua obra “Maçonaria, Sociabilidade Ilustrada & Independência do Brasil”, publicado pela Editora UFJF, em 2006, registra que uma das palestras do Apostolado só foi nomeada como “Independência ou Morte” em fevereiro de 1823, ou seja, quase 06 meses depois do Grito de Independência. Isso sugere que, mais fácil do que uma palestra do Apostolado ter influenciado no Grito, seria o Grito ter influenciado na escolha do título de uma palestra do Apostolado. Importante ressaltar que o autor realiza tal registro em sua obra com base em documentos originais do Apostolado, presentes no Arquivo do Museu Imperial e no Instituto Histórico Geográfico Brasileiro. Como eu costumo dizer, quando se trata da relação entre história e maçonaria, entre nós maçons e os historiadores, fique com os historiadores. (*) Venerável Mestre da ARLS “Flor de Lótus” nº 38 – GLMDF Dia da Bandeira Neste dia comemoramos o Dia da Bandeira e gostaria de saudar este dia com um pedido de perdão e desculpas por lembrar, bandeira, os anos tristes que você passou mesmo antes de você existir: quantas lágrimas de dor e de sofrimento foram derramadas por você por ver seus filhos mutilados, sangrando nas ruas, nos quartéis, em todo rincão brasileiro e até fora do País na luta contra os invasores, como os holandeses, franceses, Guerra do Paraguai, que morreram pela luta da nossa Independência. Quantos filhos seus também morreram na Itália, na Segunda Guerra Mundial, na abolição da escravatura, nas revoluções internas, como as de 1932, de 1964, levando sofrimento para todos.E tudo isto e mais tantas outras coisas que seria impossível discriminar nestes poucos minutos de que dispomos... Assim, reforço o pedido de desculpas por recordar de coisas tão tristes ocorridas nestes 500 anos... Depois de tudo isto, você deveria estar com um sorriso por ver que tudo se resolveu, mas bandeira, olhando bem de perto, vejo que as suas lágrimas ainda continuam, mas com uma diferença: agora não são os estrangeiros; são os seus próprios filhos que continuam fazendo você chorar e até pedir socorro, porque o seu verde está desaparecendo, perdendo as cores, não sendo mais verde com as queimadas desenfreadas, transformando-se em cinza. O seu amarelo que simboliza as nossas riquezas, também está perdendo a cor, não sendo mais o amarelo vivo, cor de ouro, virou cor de tacho, porque as nossas riquezas estão sendo dizimadas sem o mínimo critério, como provam nossas moedas que circulam no país, que deveriam ser feitas de ouro e são feitas de um material que nem qual é. O azul que é dividido ao meio por uma faixa, uma parte simbolizando nossos rios, que já não são mais azuis e sim pretos pela poluição de todos os tipos de sujeira e veneno, destruindo o que é de maior importância para o ser humano e, porque não dizer, para os animais. Para não falar também no mar, que também passa pelas mesmas imundícies, poluição dos navios, dos esgotos das grande cidades, experiências atômicas, com todo tipo de sujeira poluindo tudo. E as estrelas que eram a beleza e o orgulho seu, representando nossos estados, também perderam o brilho, porque a corrupção toma conta de tudo: é na polícia, no judiciário, nas repartições públicas, no legislativo, envergonhando todo o País. E a faixa branca também está Faça o seguro de seus bens e f i q u e t r a n q u i lo. p r o c u r e personalite corretora de seguros o seu corretor o ajudará a proteger seu patrimônio com atendimento especial. leonardo carrara (62) 9951-9288 manchada de sangue, talvez provocado pelos mais humildes por causa da desigualdade social que força a criar os “sem terra”, os “sem teto”, os “sem emprego” e “sem oportunidade”, “sem instrução”, “sem profissão”. A Ordem e Progresso transformou-se em progresso da desordem; não temos liberdade, os bandidos é quem mandam e desmandam, matando inocentes, queimando carros, invadindo tudo, um desgoverno nunca visto... Tudo que estou falando aqui não é novidade; já tiveram outros que se preocupavam a mais de 50 anos atrás. Cleide Conton e Rui Barbosa assim pronunciaram: SINTO VERGONHA DE MIM Cleide Canton Sinto vergonha de mim Por ter sido educadora de parte desse povo Por ter batalhado sempre pela justiça Por compactuar com a honestidade Por primar pela verdade E por ver este povo já chamado varonil Enveredar pelo caminho da desonra Sinto vergonha de mim Por ter feito parte de uma era Que lutou pela democracia Pela liberdade de ser E ter que entregar a meus filhos Simples e abominavelmente A derrota das virtudes pelos vícios A ausência de sensatez No julgamento da verdade A negligência com a família Célula máter da sociedade A demasiada preocupação Com o “eu” feliz a qualquer custo, Buscando a tal “felicidade” Em caminhos eivados de desrespeito Para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim Pela passividade em ouvir Sem desejar meu verbo Pelo orgulho e vaidade Para reconhecer um erro cometido A tantos “floreios” para justificar Atos criminosos A tanta relutância Em esquecer a antiga posição De sempre “contestar” Voltar atrás E mudar o futuro A moral está tão baixa neste país, que está quase se transformando numa Sadoma e Gomorra. Por tudo isto, reforço outra vez o meu pedido de desculpas e perdão, porque ainda tenho esperança, senhora bandeira, que ainda nascerá, e faço votos que seja dentro da Maçonaria, um homem livre e de bons costumes, justo e perfeito, que fique de pé e à ordem com você nos ombros e volte a gritar Tenho vergonha de mim Pois faço parte de um povo que não reconheço Enveredando por caminhos Que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência Da minha falta de garra Das minhas desilusões E do meu cansaço Não tenho para onde ir Pois amo este meu chão Vibro ao ouvir meu Hino E jamais usei minha bandeira Para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim Tenho tanto pena de ti Povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades De tanto ver prosperar a desonra De tanto ver crescer a injustiça De tanto ver agigantarem-se os poderes Nas mãos dos maus O homem chega a desanimar da virtude A rir-se da honra A ter vergonha de ser honesto. “salve lindo pendão da esperança”, antes que você morra de vergonha, seja nas margens do Ipiranga, do Paranoá, Tocantins ou Araguaia, do São Francisco ou mesmo no alto do Corcovado, com a proteção do Cristo, para que você volte a brilhar. (*) Membro da ARLS “Ordem e Progresso” nº 1196 Goiânia/GO – Escrito em 19/11/2011 10 H Setembro / Outubro – 2012 artigo melhor idade o dom da palavra QUANDO CHEGA A VELHICE irmão Barsanulfo Pereira Gomes (*) á pessoas introvertidas e com pouca fluência verbal para expressar oralmente seus pensamentos. Outras são extrovertidas e de verbo fácil, cujas palavras fluem como ou cachoeiras, sem obstáculos éticos e psicológicos, numa interação sem esforços entre o sujeito e o objeto da comunicação. Para quem não tem essa facilidade, às vezes é necessário recorrer à imaginação, simulando presumíveis situações emocionais para adaptá-las às imprevisíveis emoções, como a que ocorreu no momento de recebermos, no final do mês passado, das mãos do Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás, Eurípedes Barbosa Nunes, e das mãos do Venerável da Loja Liberdade e União, Manoel da Costa Lima, por delegação do Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, a mais alta condecoração conferida por aquela Instituição, durante seus cento e noventa anos de existência em nosso País, após serem entregues outras comendas hierarquicamente inferiores a outros irmãos maçons que a elas fizeram jus naquela ocasião. O formalismo da solenidade exige pronunciamento de um dos homenageados e, assim, vencendo todas as inibições que nos são peculiares, assumimos a responsabilidade e, depois das evocativas saudações de estilo em relação às autoridades oficiantes e presentes, retiramos as algibeira do paletó nosso “improviso” e iniciamos nossa fala: “Há muito tempo deixamos de falar de improviso em público, prevendo que a idade em certas ocasiões, nos confunde na sequência das palavras, nos levando a perder a coordenação das idéias. Recorrendo à imaginação, simulamos presumíveis situações emocionais para adaptá-las à nossa emoção, como a que nos ocorre neste momento, o que nos permitiu escrever, à priori, este “IMPROVISO”. A situação nesta noite em que nós e os irmãos Messias de Souza Costa e Afonso Floriano de Paula, somos homenageados pelo Grande Oriente do Brasil com a mais alta distinção maçônica, instituída pela Potência máxima da Maçonaria Simbólica Brasileira, antecedida pela entrega das comendas de Grande Benemérito da Ordem, Estrela da Distinção Maçônica e Cruz da Perfeição Maçônica, concedidas aos irmãos participantes deste sodalício. Em 02 de abril deste ano, fomos comunicados pelo Venerável Mestre desta Loja Maçônica que, pelo Ato nº 13.408 de 24/11/2011, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil nos concedera a Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I, por termos completado, ou ultrapassado 50 anos ininterruptos de Vida Maçônica. Nossa vida maçônica começou quando fomos iniciados como aprendiz maçom, em 06 de agosto de 1960 na Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Asilo da Acácia”, do Oriente de Campinas – Goiânia. Ao sermos transferidos para Brasília, participamos, no Distrito Federal, da nascente Loja “Atalaia de Brasília” e, ao retornarmos a Goiânia, nos filiamos à Loja “Filhos da Justiça”, onde fomos Venerável e, paralelamente, fomos Membro Honorário da antiga Loja “União e Trabalho V”, do Oriente de Goiânia, onde fomos Membro Fundador da antiga Loja “Deus, Amor e Liberdade”, hoje “Loja de Pesquisa Brasil Central”. Fomos também Membro Honorário desta Augusta e Respeitável Loja “Liberdade e União”, da qual somos hoje filiado e Membro Emérito. Assim foi nossa trajetória, continuando ainda em atividade maçônica, razão bastante sentirmos honrados, e mesmo orgulhoso, pela Comenda ora recebida, ao mesmo tempo em que agradecemos ao Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, por nos ter dado vida e saúde até a esta data, para, como eternos aprendizes, continuarmos na constante busca da Verdade, aprendendo, exemplificando e apregoando que, mesmo em meio a esta gigantesca onda de corrupção que, literalmente em “Cachoeira”, invade nosso País, ainda existe entre os maçons e os homens livres e de bons costumes , o culto de uma conduta moral e ética, “que tem princípios e não tem fim”. Se hoje recebemos a mais alta Comenda instituída pelo Grande Oriente do Brasil, não banalizada como as que ocorrem no mundo político, presume-se que temos idade cronológica suficiente para termos visto e ouvido os clamores causados pelas conseqüências da Segunda Grande Guerra Mundial iniciada na década de 1940, cujos reflexos sociais e econômicos do pós-guerra atingiram os países subdesenvolvidos, carentes das mais elementares infra-estruturas básicas para alavancarem seus desenvolvimentos. Adolescente, vimos, em consequência, surgir uma Nova Ordem Mundial e uma nova ciência Geopolítica para fortalecer a fragilidade das nações menos poderosas e vimos também, a instituição de um Banco Internacional – BIRD – para financiar a reconstrução e desenvolvimento dos países atingidos pelos efeitos destrutivos daquela Guerra. As nações frágeis necessitavam promover a integração nacional e socioeconômica e, ainda, a vigilância de suas fronteiras contra possíveis ataques de países inimigos nas guerras de conquista. No Brasil, sob a liderança do saudoso Engenheiro Agrônomo Bernardo Sayão, tivemos participação efetiva na implantação do embrião da atual rodovia Belém-Brasilia, ligando o sul ao norte do País, de importância vital para a interiorização e integração nacional de nosso povo, ao lado da colonização das terras devolutas, como fio a implantação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás no Vale do São Patrício. Homens como este e outros, numa relação de semelhança de seus atos, também são maçons na construção de uma sociedade que, assentada sobre a tríplice argamassa da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, torna-se uma sociedade Justa e Perfeita. Infelizmente, quando o Brasil é festejado como a sexta economia mundial, vazam, para o conhecimento público, recentes escândalos de corrupção nos meios políticos de nosso País que, ao lado do orgulho pelo nosso tão decantado poder econômico, nos faz sentir vergonha perante outros povos do mundo. Entretanto, paramos por aqui, porque este sodalício tem objetivos específicos, dos quais estamos no foco, honrados com tamanha distinção, testemunhada pela presença de amigos, irmãos de ordem, autoridades maçônicas, demais autoridades e, especialmente, de nossos familiares, como esposa, filho, filha, noras, netos e netas aqui presentes, o que eleva sobremaneira o nível de nossas emoções, não previstas em nosso “IMPROVISO”. Que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, continue a nos iluminar e guardar”. “Per omnia secula seculorum”. (*) Pronunciamento do Irmão Barsanulfo na noite do dia 29/05/2012, quando do recebimento da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I. drª. Thereza f. Vieira Ninguém envelhece de um dia para o outro. Não há uma idade determinada para se ficar velho.Dizem os ingleses que o indivíduo envelhece, desde o dia em que nasce. Hoje está mais velho que ontem e amanhã mais velho que hoje. Os chineses acham que velho é aquele que tem vinte anos a mais. Outros associam memória e atividade sexual. A transição para a velhice, alguns dizem que é quando deixa de crescer verticalmente e continuam crescendo horizontalmente. Há quem diga que a velhice começa quando a cintura se alarga e as idéias encurtam. A discriminação contra os velhos deve ser combatida e superada. O Objetivo universal da humanidade, mais do que acrescentar anos à vida, é acrescentar vida aos anos. Ao falar sobre envelhecimento, quando se fala apenas em doenças dos idosos, não se deixa uma mensagem de otimismo, a maioria das pessoas ficam até deprimidas e perguntando a si mesmas, de que vale prolongar a vida do ser humano? É importante que as pessoas saibam que a velhice não é tão ruim; há pessoas que encontram nessa fase da vida mais motivos de alegrias e de paz; há também muitas vantagens nessa fase da vida. O importante é preparar-se para ela. Em todas as fases da vida há os bons e maus momentos. Há pessoas que acham que a fase mais feliz de sua vida, foi quando era criança. Esquecem das coisas boas que aconteceram nas outras fases da existência? Não sentiu alegria quando completou os estudos, quando conseguiu o primeiro emprego, quando se apaixonou pela primeira vez, quando se casou com a mulher amada ou homem amado? E quando os filhos chegaram? Não houveram momentos de alegria? Creio que houveram muitos trabalhos e muitas preocupações, mas em nenhum momento teve alegria, a satisfação de ver um filho crescer, quando começou a dizer as primeiras palavras, ensaiar os primeiros passos? Nada aconteceu que lhe tornou a vida mais alegre e lhe trouxe momentos de felicidade? Não deixem que os bons momentos sejam mascarados pelos maus momentos, e se lembrará de tantas coisas agradáveis que lhe aconteceram... Em cada uma dessas fases, podemos dizer, a cada uma delas, que foi a fase mais feliz de nossa vida. Médica Geriatra e Escritora circulando na web DIÁLOGO SATÂNICO DA ECONOMIA Os gregos acreditavam que a história se repete. Para aqueles que ainda têm dúvidas ou não, leiam o diálogo entre Jean-Baptiste Colbert e Jules Mazarin, respectivamente ministro da economia e primeiro-ministro de Luís XIV, o Rei Sol, na França do Século XVII. Confiram se a conversa não poderia estar ocorrendo neste exato momento, em algum lugar do mundo, especialmente no Brasil. Colbert – Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar, quando já está endividado até o pescoço... Mazarin – Se se é simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem! Colbert – A sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de obtê-lo se já criamos os impostos imagináveis? Mazarin – Criam-se outros. Colbert – Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres. Mazarin – Sim, é impossível. Colbert – E então os ricos? Mazarin – Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres. Colbert – Então como havemos de fazer? Mazarin – Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: os que trabalhas sonhando em vir a enriquecer e temendo ficar pobres.É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhe tirarmos, mais eles trabalharão para compensarem o que lhe tiramos. É um reservatório inesgotável! (Texto retirado da Revista Ao Zenyte nº 11. Órgão do Grande Oriente do Distrito Federal) 11 Setembro / Outubro – 2012 associação “Filhas de Hiram” Neste começo de outubro (02/10/2012), por iniciativa da Presidente Eleusa, iniciou-se um trabalho diferente, visando descobrir os talentos escondidos em cada associada, dando-lhes oportunidades para expor seus conhecimentos sobre o assunto escolhido. Dando início a este novo ciclo, Eleusa falou com muita propriedade sobre o tema, enfatizando a necessidade de uma maior interação social entre as associadas. Segue o tema abordado. Lúcia Brito – Diretora Social artigo AMIGO: O que é Amigo? Cunhada Eleusa Lopes de Faria Lima (*) Definição: Amigo – que ama, estimula, aprecia, aliado, homem ligado a outra pessoa por laços de amizade; defensor, etc... Mês Mundial de Combate ao Câncer de Mama A cada ano vem aumentando a adesão ao movimento mundial "Outubro Rosa", que visa a chamar atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a conscientização da importância do diagnóstico precoce. O objetivo é divulgar, de modo simples e verdadeiro, todas as contribuições de vários segmentos da sociedade em relação a esta ação mundial, que embeleza com seu tom rosa, nas mais diversas nuances, monumentos e locais históricos, no sentido de nos mostrar, de modo belo e feminino, a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo. O câncer de mama é o mais recorrente em todo o mundo. A idade continua sendo o principal fator de risco para esta enfermidade. A doença é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de apresentar os sintomas. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer. Outros fatores de risco já estão bem estabelecidos, como os relacionados à vida reprodutiva (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal), história familiar de câncer da mama e alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama). O Instituto Nacional do Câncer, INCA, estima que neste ano, 2012, o Brasil terá 52.680 casos novos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. É um número alto. Fonte: http://www.capemisasocial.org.br DEUS TE ABENÇOE MINHA AMIGA Pela amizade que você me devota, Por meus defeitos que você nem nota... Por meus valores que você aumenta, Por minha fé que você alimenta... Por esta paz que nós nos transmitimos, Por este pão de amor que repartimos... Pelo silêncio que diz quase tudo, Por este olhar que me reprova mudo... Pela pureza dos seus sentimentos, Pela presença em todos os momentos... Por ser presente, mesmo quando ausente, Por ser feliz quando me vê contente... Por este olhar que diz “Amiga vá em frente!” Por ficar triste, quando estou tristonha, Por rir comigo quando estou risonha... Por repreender-me, quando estou errada, Por meu segredo, sempre bem guardado... Por seu segredo, que só eu conheço, E por achar que apenas eu mereço... Por me apontar pra Deus a todo instante, Por esse amor fraterno tão constante... Por tudo isso e muito mais eu digo, “Deus te abençoe minha amiga!” Autor(a) Desconhecida Amizade – do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore, amor, ainda que se diga também que a palavra provém do grego. É uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano. Comemora-se o dia da amizade em 20 de julho. A Bíblia fala de várias amizades; amizade com a de Davi e Jonatas; do tipo de amizade que arrisca a própria vida pelo bem estar do outro. É uma pena ver e sentir que tal amizade parece ser um conceito esquecido em nossos dias, ou seja, o verdadeiro amor ao próximo. Abrão é um dos personagens mais marcantes na história bíblica. Isto porque ele foi chamado por Deus para ser um aliado junto ao povo judeu, de onde viria o Messias. Sua vida de fé, obediência e intimidade com Deus, o tornou o único personagem bíblico denominado de “amigo de Deus”. Abrão desenvolveu ao longo de sua vida, uma relação de amizade com Deus, uma amizade que nasceu da confiança mútua. A amizade entre Deus e Abrão não é diferente da que conhecemos, pois surgiu também da afinidade entre eles. A amizade pode ter sido originária de um instinto de sobrevivência da espécie humana, com a necessidade de poder contar com outra nos momentos de carência, de sentir-se protegido por outro ser. Alguns amigos se denominam “melhor amigo”. Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e conjugues, funcionando como confidentes. Para atingir este grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositados. Amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos têm na vida. Quando se perde a amizade, sugere-se haja a reconciliação e o perdão. Carli Rogers diz: “A amizade é a aceitação de cada um como realmente é”. Popularmente diz-se: “O cão é o melhor amigo do homem”. Salomão escreveu a sabedoria da amizade em seus proverbos. Há um que diz: “Em todo tempo ama o amigo, e na angustia se faz o irmão”. As relações de amizade são amplamente retratadas na literatura, no cinema, na televisão e em nosso cotidiano. Amigos ou Anjos? Os verdadeiros amigos são anjos; descobrimos esta verdade ao percebermos o quanto é rara essa preciosidade que chega de repente e se alojam devagarzinho em local especial de nossa existência. No decorrer dos anos encontramos vários tipos de anjos. Uns são sonsos, devagar, outros são atirados, decididos e demonstram o quanto a amizade é importante para eles, e nós sentimos o quanto eles são preciosos para nós. A amizade tem características próprias capazes de defini-la como sendo uma amizade ideal: Tendência de desejar o melhor para o outro; – Simpatia e empatia (aceitação ao outro); – Honestidade; – Lealdade; – Aceitar os defeitos do outro; – Dividir os bons e os maus momentos; – Não exige ou não sufoca um ao outro, isto é, respeita a vontade do outro. As verdadeiras amizades tudo suportam, tudo esperam, tudo crêem e tudo perdoam pelo simples fato de existir entre eles o verdadeiro amor; “amor de amigos”. A amizade é um bem precioso, mas amigos verdadeiros não são fáceis de se encontrar. – Amigos que chegam na hora certa; – Amigos que saibam conversar de coisas simples; – De confidenciar-se; – Amigos que ficam ao nosso lado quando não estarmos alegres; – Quando estamos em dificuldades; – Amigos que digam que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque se tem um amigo. Partilha: – O que, afinal, é amizade? – E o que faz com que duas pessoas se tornem amigas? – Quem é o verdadeiro amigo? – Você tem sido um(a) bom(a) amigo(a), edificando as pessoas com suas palavras e com suas ações? – Como anda sua relação de amizade onde você frequenta? Proposta: Agradeçamos pelos amigos em Cristo Jesus, que o Senhor, nos concedeu. Peçamos que Ele fortaleça cada vez mais os laços de amizade em nossos relacionamentos. Acrescente mais e mais amigos para juntos compartilharmos do amor de Deus. Não façamos aos outros aquilo que não gostaria que te fizessem, pois aquilo que você plantar, irás colher. Telefone ou visite um amigo que há muito tempo você não o vê ou conversa. Amizade é o mais belo afluente do amor. Ela ajuda a resolver com paciência as complicadas equações da convivência humana. (*) Presidente da FRAFEM – Associação Filhas de Hiram 12 Setembro / Outubro – 2012 L O J A L I B ERDADE E U NIÃO REA L I Z A SESSÃO DE ELEVAÇÃO A Loja Maçônica Liberdade e União realizou no último dia 18 de setembro, Sessão Magna de Elevação, quando na oportunidade, os Irmãos Luiz Antônio Sotério de Oliveira, Marcelo Pereira de Amorim e Salviano de Araújo Leão, foram galgados ao Grau 2. Parabéns aos Irmãos Sotério, Marcelo e Salviano, que a partir de agora abrilhantam a Coluna do Sul. Que os Irmãos, nesta nova fase de seus aprendizados, continuem seus estudos com a seriedade que veem demostrando, para que desta forma, progridam cada vez mais na Seara Maçônica. Irmão Djalma Tavares de Gouveia em seu pronunciamento de agradecimento COMENDA CLÁUDIO DAS NEVES MEDALHA DO MÉRITO Pedro Ludovico Teixeira Foram agraciados no último dia 01° de outubro pela Assembléia Legislativa do Estado de Goiás com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, os Irmãos Florestano Tibery de Queiróz e Guilherme Luiz Gonçalves. Estiveram presentes ao evento os Irmãos Manoel da Costa Lima (Venerável), Milton Bueno de Faria, Gilberto Hamu, Joneval Gomes de Carvalho, José Gonçalves da Cunha e Luis Henrique Guimarães Queiróz. Parabéns Irmãos Florestano e Guilherme pela justa e merecida homenagem. H O M E N AG E N S R E C EB I DA S Irmão recebe título de Membro Honorário Em Sessão realizada no dia 11 de setembro, o Irmão Djalma Tavares de Gouveia foi agraciado com a Comenda Gratidão Maçônica “CLÁUDIO DAS NEVES”, esta que é a maior distinção concedida pela Loja Liberdade e União a irmãos que prestaram irrelevantes serviços a esta Oficina. A propositura de concessão da comenda foi de autoria do Irmão Alberto Sobrinho e aprovada em Sessão por unanimidade em reconhecimento aos feitos do Irmão Djalma como cidadão, maçom e magistrado. AVISO IMPORTANTE Informamos a programação das últimas sessões do ano de 2012: – 13/11 – Sessão Magna de Iniciação; – 20/11 – Sessão Ordinária Grau 1; – 27/11 – Sessão de Finanças/ Orçamento 2013; – 04/12 – Sessão Magna de Exaltação; – 11/12 – Sessão Ordinária Grau 1 – Sessão de Encerramento do Ano. ORIENTE ETERNO O Irmão Luís Carlos de Castro Coelho, ex-Venerável de Liberdade e União e atual Grão-Mestre Estadual Adjunto do GOEG, foi homenageado com o Título de MEMBRO HONORÁRIO pela co-irmã ARLS “João XXIII” nº 3192, no último dia 09 de outubro. A pedido do Venerável Mestre daquela Oficina, Irmão Alberto Alves de Oliveira, o título foi entregue ao Irmão Luís Carlos por seus irmãos carnais, Irmãos Nivalcyr de Castro Coelho e Eurípedes Coelho de Castro. Irmão Naylor e cunhada Kátia É com imenso pesar que informamos os falecimentos do Sapientíssimo Irmão Afonso Floriano de Paula e do Eminente Irmão José Rodrigues Carrijo. O Irmão Afonso faleceu em Brasília no dia 02 de setembro onde foi sepultado, já o falecimento do Irmão Carrijo deu-se no dia 25 de setembro em Goiânia onde foi cremado e suas cinzas, foram a seu pedido, jogadas no Rio Araguaia. Rogamos ao Grande Arquiteto do Universo que os receba em um bom lugar no Oriente Eterno. Orador de Liberdade e União recebe Título Irmãos Luís Carlos de Castro ladeado por seus irmãos carnais Nivalcyr e Eurípedes Em Sessão realizada na manhã do dia 30 de setembro (domingo), a ARLS “Acadêmica Jair Assis Ribeiro” nº 4108, homenageou vários Irmãos, dentre eles, o Irmão Naylor Santos de Oliveira, Orador da Loja Liberdade e União. O Irmão Naylor foi agraciado com o Título de Membro Honorário daquela co-irmã, em reconhecimento e agradecimento pelos seus préstimos àquela Oficina. Parabéns! Irmãos Afonso Floriano de Paula e José Robrigues Carrijo, respectivamente