ANÁLISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA ESPÉCIE GUAVINA

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ANÁLISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA ESPÉCIE GUAVINA
RESUMOS DO XXIV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPA - 2013: ISSN 2176-1213.
ANÁLISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DA ESPÉCIE GUAVINA GUAVINA NO ESTUÁRIO
DO TAPERAÇU.
Thaís Serra Alencar (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected]
Curso de Licenciatura plena em Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de
Bragança.
Prof. Dr. Horacio Schneider (Orientador) – [email protected]
Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança, Instituto de Estudos Costeiros (IECOS),
Bragança, Pará
Conhecida popularmente como amoré, a espécie Guavina guavina é um peixe estuarino residente,
a qual está distribuída no Atlântico Ocidental, desde o sudeste do EUA até o Brasil. Em geral,
organismos que habitam estuários ou lagoas podem exibir maior diferenciação genética do que
espécies estritamente marinhas, devido à descontinuidade desses ecossistemas e o relativo
isolamento das grandes correntes oceânicas. As espécies de eleotrídeos neotropicais ainda são
pouco conhecidas sob aspectos biológicos, ecológicos e genéticos. Neste contexto, estudos sobre
a variabilidade genética desses organismos são necessários para subsidiar estudos posteriores
sobre dinâmica filogeográfica e populacional em determinados ambientes. Este estudo avaliou os
níveis de variação genética de uma população de G. guavina oriunda do estuário do Taperaçu
(Região Bragantina), a partir dos índices de diversidade haplotípica e nucleotídica, utilizando três
marcadores mitocondriais do DNA mitocondrial: os genes ATPase e Citocromo Oxidase
Subunidade I (COI) e a Região Controle. Após a coleta do material biológico, as amostras,
previamente com seus tecidos fixados em álcool 100%, foram submetidas à extração de DNA, à
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e ao sequenciamento de DNA. Através do
sequenciamento dos genes ATPase subunidades 6 e 8, verificou-se cinco diferentes haplótipos.
Estes genes geralmente são variáveis em vertebrados, porém verificaram-se baixos valores de
diversidade dentro da população em estudo (diversidade haplotípica= 0,2529 e nucleotídica=
0,00049). A região controle é uma excelente região de escolha para estudos de variabilidade
genética, e no presente trabalho a população apresentou altos valores de diversidade haplotípica
(0,927) e nucleotídica (0,003). Já o sequenciamento do marcador COI também não apresentou
altos valores de diversidade haplotípica (0,363) e nucleotídica (0,0017) nesta população. Desta
forma, a seleção de marcadores adequados é extremamente útil para determinar a variação
genética de espécies de peixes e outros vertebrados e invertebrados, e é pré-requisito para
qualquer estudo de genética populacional.
Palavras-chave: Variabilidade, DNA Mitocondrial, diversidade haplotípica, diversidade
nucleotídica
Titulo do projeto do orientador: A dependência ao estuário é uma restrição ao fluxo gênico
entre populações de peixes? Um estudo na costa brasileira
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.
Grande-área: Ciências Biológicas
Área: Genética
Sub-área: Genética Animal