DOCUMENTO DE TRABALHO

Transcrição

DOCUMENTO DE TRABALHO
DOCUMENTO DE TRABALHO
Programa PARTENON
Plano Director do Turismo
Volume I: Estratégia 2011-2020 para o Desenvolvimento do Turismo em Angola
Luanda, Junho de 2011
1
DOCUMENTO DE TRABALHO
Sumário Executivo

A metodologia utilizada considerou a caracterização mundial do turismo, a análise dos
mercados mais desenvolvidos e emissores de turistas, o benchmark de casos de sucesso ou
comparáveis com a realidade angolana e perspectivou-se uma estratégia diferenciadora
capaz de afirmar os valores e aspectos histórico-culturais que valorizam o potencial de Angola
no turismo i) a nível interno, ii) a nível regional e iii) a nível da sua integração na rota
internacional do turismo.

O Turismo é uma indústria que gerou 852BUSD de receitas em 2009, entre Jan. e Jun.
de 2010 cresceu 7%. Em 2020 as chegadas deverão atingir 1,6 biliões de turistas
contra os actuais 935 milhões a nível mundial

Os 10 maiores mercados emissores a incluírem países europeus, os EUA, a China e o Japão.
No entanto, apesar de ser uma indústria global, as movimentações de turistas ocorrem
predominantemente no mesmo continente.

Estima-se que a África Subsaariana tenha nos próximos 10 anos um crescimento da
actividade turística superior à media global. As primeiras fases de desenvolvimento dos
destinos emergentes são tipicamente enfocadas quer do ponto de vista regional quer de oferta
de produtos, sendo importante o estímulo da iniciativa privada e a captação de players
internacionais que contribuam com investimento, conhecimento e clientes fidelizados.
2
DOCUMENTO DE TRABALHO
Sumário Executivo (2/3)

O Turismo de Angola apresenta um défice de oferta a vários níveis mas dispõe de um
conjunto de recursos e de um contexto favoráveis ao seu desenvolvimento futuro.

Angola deverá posicionar-se como o destino de diversão e animação em África,
alavancando o seu património cultural, natural, de praias e desportivo
3
DOCUMENTO DE TRABALHO
Sumário Executivo (3/3)

O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e faseado, quer
relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos mercados que endereça.
4
DOCUMENTO DE TRABALHO
Conteúdo
Pag.
A. Evolução do sector a nível global e principais tendências
6
B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo
37
C. Contexto actual do Turismo em Angola
161
D. Visão do Turismo de Angola para 2020
174
5
DOCUMENTO DE TRABALHO
A. Evolução do sector a nível global e principais tendências
6
DOCUMENTO DE TRABALHO
Com apenas 4% a nível global, o Turismo em África cresceu, nos
últimos 5 anos, ao dobro da média global, num sector onde a
importância da internet e da diferenciação pelos produtos é
crescente
1.
1
O número de turistas internacionais aumentou 3,3% ao ano desde 2005, com a Europa a captar mais
de metade dos USD 852 Bn de receitas geradas a nível global, enquanto o continente africano capta
apenas 4%
2.
2
Nos últimos 5 anos, o crescimento do turismo na África Subsaariana foi superior a 7% ao ano – mais
do dobro do ritmo de crescimento global – estima-se que até 2020 a taxa de crescimento anual ronde
os 5,7%
3.
3
O Turismo é uma indústria predominantemente regional – quer nos principais mercados emissores
globais onde mais de 64% dos turistas que saem do país ficam no mesmo continente, quer também
na África Subsaariana, onde cerca de 90% se deslocam para os países fronteiriços
4.
4
A África do Sul (com cerca de 10M) lidera de forma clara o turismo na África Subsaariana, captando
cerca de metade dos turistas estrangeiros que se dirigem aos 10 principais países receptores da região
5.
5
Nos últimos anos verificou-se um aumento da importância da internet, o turista tendeu a valorizar mais
a diversidade e personalização da experiência, a gozar férias com maior frequência e por períodos
mais curtos e a preferir destinos sustentáveis
6
6.
Sol & Mar, Turismo Cultural e City Breaks são os principais produtos turísticos para os mercados
emissores europeus
7
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
TURISMO MUNDIAL
O fluxo mundial de turistas deverá ter atingido 935 M em 2010 –
Alemanha, EUA e Reino Unido são os 3 principais mercados
emissores de turistas
Evolução do Turismo a nível global (1/2)
Evolução do fluxo global de turistas - Chegadas
[M; 2005-E2010]
Top 10 mercados emissores
[Milhões de Turistas; 2009]
+3.3%
846
894
913
877
795
937 18
32 África - Norte
61
África - Subsaariana
151 Médio Oriente
América
206
469
2005
2006
2007
2008
2009
E2010
Alemanha
77,4
EUA
70,5
Reino Unido
52,1
França
39,1
Ásia e Pacífico
Europa
Itália
27,8
Canadá
27,5
Holanda
27,3
China
26,1
Rússia
25,8
Japão
20,5
Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer
8
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
TURISMO MUNDIAL
França, EUA e Espanha são os 3 maiores receptores de turistas a
nível global – metade da receita total de turismo é gerada na
Europa, enquanto África gera apenas 4%
Evolução do Turismo a nível global (2/2)
Top 10 mercados receptores de turistas
[Milhões de turistas; 2009]
França
Peso de cada região na receita gerada pelo turismo
[%; 2009]
74,2
EUA
África
4%
52,5
América
Espanha
51,7
China
45,5
Itália
Reino Unido
Turquia
37,5
51% Europa
28,4
26,7
Alemanha
23,4
Malásia
23,3
México
20%
25%
Ásia e Pacífico
21,6
Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer
9
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
TURISMO EM ÁFRICA
O fluxo global de turistas para a região da África Subsaariana tem
vindo a crescer a um ritmo superior ao dobro do turismo global…
Evolução do mercado global de turistas
[M; 2005-E2010]
Evolução do fluxo global de turistas vs. chegadas
turistas estrangeiros à África Subsaariana
[base 100 – ano 2005]
Chegadas de Turistas estrangeiros à África
Subsaariana
Peso da
região no
fluxo global
de turistas
2,7%
2,9%
3,0%
3,0%
3,2%
3,2%
140
131
+7,0%
24,6
26,9
27,3
28,2
30,1
125
127
21,5
118
114
115
112
110
106
100
2005
2006
2007
2008
2009
E2010
2005
2006
2007
Fluxo global de turistas
Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer; Análise Equipa de Projecto
2008
2009
E2010
Chegadas à África Subsaariana
10
DOCUMENTO DE TRABALHO
TURISMO EM ÁFRICA
2
… estimando-se que até 2020 África mantenha um ritmo superior à
média global mundial, quer na geração quer na captação de turistas
Previsão da evolução fluxo global de turistas para 2010
Previsão do crescimento do
mercado Outbound, por região
[CAGR; 2010-2020]
Previsão do crescimento do
mercado Inbound, por região
[CAGR; 2010-2020]
Norte: 3,9%
Subsariana: 5,7%
África
5,6%
África
Top 5 mercados emissores em
2020
[M turistas; 2009-2020]
Posição
2009
1
8
2
98
94
3
4
5,1%
106
América
3,0%
América
4,0%
74
Ásia e Pacífico
Europa
Médio Oriente
7,6%
3,4%
5,2%
Ásia e Pacífico
Europa
Médio Oriente
Média: 4,5%
Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto
7,3%
60
3,1%
6,7%
Média: 4,5%
Alemanha
EUA
França
China
Reino
Unido
11
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
TURISMO EM ÁFRICA
O maior crescimento na captação de turistas será no sul de
África – Ásia Pacífico e Médio Oriente são as regiões cujos fluxos
para África mais irão crescer
Taxa de crescimento de turistas prevista em África
[CAGR; 2010-2020]
Entrada de turistas internacionais por região de
África
Crescimento por região emissora de turistas para o
sul de África
Norte
África
4,1%
Oeste
Central
Este
3,3%
América
2,5%
6,0%
6,5%
Ásia e Pacífico
5,0%
Sul
Europa
6,1%
média: 5,1%
Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto
8,1%
6,1%
Médio Oriente
8,1%
média: 6,1%
12
DOCUMENTO DE TRABALHO
MOVIMENTAÇÃO GEOGRÁFICA
3
Nos principais mercados emissores globais 47% dos turistas que
saem do país vão para países vizinhos1) enquanto na África
Subsaariana esse valor sobe para cerca de 90%
Peso dos destinos fronteiriços no total de outbound do país
Top 10 mercados emissores – África Subsaariana
Top 10 mercados emissores - Global
Alemanha
38%
27%
Canadá
China
Angola
10% 80%
53%
Holanda
34%
43%
28%
31%
83%
74%
11% 39%
19%
65%
54%
Continente
47%
77%
Benin
99%
97%
Lesoto
99%
Moçambique
98%
Quénia
70%
Suazilândia
46%
Rússia
65%
Botswana
13% 66%
49%
Itália
Países Vizinhos
66%
45%
França
Reino Unido
África do Sul
70%
EUA
Japão
65%
64%
1) Esta percentagem sobe para 64% se se considerar todo o continente
Fonte: UNWTO, Fichas de Mercado; Análise Equipa de Projecto
Zâmbia
Zimbabué
99%
71%
91%
média: 87%
13
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
ÁFRICA
A África do Sul recebe quase tantos turistas como os restantes 9
maiores mercados da África Subsaariana – os 10 maiores
mercados emissores não africanos enviam apenas 5 milhões de
turistas
Principais mercados emissores e receptores da África Subsaariana
['000 turistas; 2008]
Top 10 mercados emissores para
África Subsaariana – países
africanos
África do Sul
2.943
Zimbabué
2.477
Lesoto
2.182
Moçambique
1.523
Suazilândia
1.271
Top 10 mercados emissores para
África Subsaariana – países não
africanos
Reino Unido
1.124
França
1.070
Top 10 mercados receptores da
África Subsaariana
África do Sul
Zimbabué
1.956
1.951
EUA
703
Moçambique
Alemanha
683
Botswana
Itália
464
9.592
Quénia
1.500
1.141
Botswana
849
Holanda
239
Maurícia
930
Benin
840
Portugal
232
Uganda
844
Índia
221
Suazilândia
754
China
203
Tanzânia
750
Austrália
184
Malawi
742
Zâmbia
Quénia
Angola
707
550
377
∑ =13,7
milhões
Fonte: Fichas de Mercado, UNWTO; Análise Equipa de Projecto
∑ = 5,1
milhões
∑ = 20,1
milhões
14
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
TENDÊNCIAS
Nos últimos anos assistiu-se ao reforço da importância da
internet, das Low Cost e ao enfoque do consumidor na
diversidade e personalização das experiências
i
• Peso crescente na procura de informação e reserva
• Importante meio de promoção
• Afirmação como mecanismo de interacção entre turista e
destino, nomeadamente através das redes sociais e
comunidades online
i
INTERNET
iii
EVOLUÇÃO
RECENTE DO
CONTEXTO
CONSUMIDOR
Fonte: Análise Equipa de Projecto
INTERNET
ii
LOW COST
• Reforçaram-se as tendências anteriormente identificadas
• Maior penetração das LCC
- Potenciadoras de short breaks
- Induz redução da estadia média
- Efeito de substituição dos charters
- Não possibilita marcação em grupo
ii
LOW COST
iii
CONSUMIDOR
• Consolidação das tendências para férias mais frequentes e
de menor duração, value for money e segurança
• Cada vez mais enfocado na diversidade e qualidade das
experiências
• Marcações mais tardias e aproveitando oportunidades do
momento
• Valorização do desenvolvimento sustentável
15
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
INTERNET
O peso das vendas online tem aumentado significativamente – a
internet afirma-se como importante fonte de informação e ponto de
venda
Evolução das Vendas online
Progresso das vendas online no turismo
Citações agentes do sector contactados
CAGR +21%
69,9
• "As compras na internet têm
aumentado e o consumidor cada
vez mais constrói o seu próprio
pacote"
58,4
• "A internet no seu todo, incluindo
sites de reservas, redes sociais ou
blogues de viagens é actualmente o
principal meio de recolha por parte
dos clientes"
49,4
39,7
30,2
20,8
13,9
9,5%
8,9
6,5%
5,0
2,5
0,2 0,8
2,3% 4,0%
0,1% 0,4% 1,1%
98
99
00
01
02
03
04
Vendas online na UE 25 e Suiça [EUR Bn]
12,9%
05
16,1%
06
19,4%
07
22,5%
E08
25,2%
• "Importância crescente e imparável
das vendas online"
E09
• "A internet passou a desempenhar
papel primordial na decisão quanto
ao destino"
Peso Online [%]
Fonte: Centre for Regional and Tourism Research; Análise Equipa de Projecto
16
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
INTERNET
As comunidades de viagens online têm vindo a adquirir
importância na obtenção de informação e de recomendações
Exemplo da importância das comunidades online – Exemplo Trip Advisor
Principais características
Taxa de crescimento do conteúdo submetido por
utilizadores [milhões]
• Maior comunidade de viagens mundial com mais de
34 milhões de visitantes únicos por mês
+50%
• 15 milhões de membros registados
• Opera sites em dezassete países
15,0
• Em actividade desde 2000
10,0
Diversidade de conteúdo
6,7
• + 35 milhões de reviews, opiniões e recomendações
de viajantes reais
• 1,3 milhões de fotografias de utilizadores cobrindo
mais de 70.000 hotéis
• + 2.000 hotéis com > 100 reviews
• 3 reviews submetidos a cada minuto
Fonte: Trip Advisor
2,9
0,1
0,2
0,7
Out. 02 Out. 03 Out. 04 Out. 05 Out. 06 Jun. 07 Abr. 08
17
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
INTERNET
As redes sociais têm também sido utilizadas como forma de
partilha de informação e preferências sobre destinos e ofertas
turísticas
Exemplo de utilização de redes sociais para desenvolvimento de conteúdos de turismo
Aplicações de sucesso no Facebook
Crescimento dos utilizadores da aplicação
"cidades que visitei" no Facebook
O Facebook tem já mais 500 milhões de utilizadores
a nível global, incluindo 2 milhões em Portugal
Fonte: Trip Advisor; OJE
18
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
NÃO EXAUSTIVO
INTERNET
O peso da internet na marcação de viagens dos principais
mercados emissores a nível global tem vindo a aumentar
Utilização da internet para marcação de viagens em alguns dos maiores mercados
emissores [2004-2008; %]
Reservas para o exterior
4,1%
Espanha
0,4%
3,6%
19,1%
19,0%
Reino Unido
39,0%
Alemanha
11,0%
França
11,0%
33,1%
17,0%
2,5%
4,0%
21,0%
1)
2004
2,3%
9,2%
39,7%
Itália
Rússia
2,8%
9,8%
0,9%
6,1%
29,0%
Holanda
Brasil
Reserva de alojamento
4,0%
12,0%
2,0%
8,0%
2008
Reserva transporte aéreo
3,2%
12,1%
8,9%
19,9%
4,7%
14,9%
3,1%
16,1%
4,9%
10,6%
20,1%
0,2%
3,5%
5,2%
0,8%
3,7%
1,2%
7,9%
1,6%
3,1%
0,7%
2,8%
13,2%
1) Dados de 2004 e 2007
Fonte: e-marketer; Análise da Equipa de Projecto
19
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii LOW COST
O modelo Low Cost tem vindo a ganhar quota no tráfego comercial –
num contexto de quebra global do sector, as LCCs registaram fortes
crescimentos em passageiros e capacidade mantendo ocupação
Evolução da actividade das Companhias Low Cost Europeias
Evolução do número de passageiros transportados
[2006-2009; milhões de passageiros]
Número de voos diários
[situação em Dezembro de cada ano; # voos]
+68%
97
106
116 121
+73%
136 150
146 163
2008
2009
2006
2007
Average Load Factor
[2006-2009; %]
2.211 2.331
2.749 2.886
2006
2007
2008
Número de aviões na frota
[situação em Dezembro de cada ano; # aviões]
Taxa de ocupação constante no período
83,0%
2006
82,0%
2007
Amostra constante no período (9 Cª)
3.042 3.410
3.205 3.815
2009
+93%
81,5%
2008
82,0%
2009
Total membros ELFAA
1)
360 402
470 495
533 612
601 693
2006
2007
2008
2009
1) Constituição dos membros variou ao longo dos anos com fusões, falências e novas entradas; Dados 2009 incluem Myair e Sky Europe que cessaram
actividade durante esse ano
Fonte: ELFAA; Análise Equipa de Projecto
20
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
EXEMPLO: PORTUGAL
ii LOW COST
A título ilustrativo, o tráfego low-cost já representa 34% do tráfego
aéreo em Portugal, tendo vindo a ganhar importância face aos
voos tradicionais e, principalmente, aos voos Charter
Evolução Tráfego Companhias Aéreas Low Cost nos
Aeroportos ANA [milhões pax]1)
Evolução de Passageiros Desembarcados
[M; CAGR; %]
CAGR
06-10
3,9%
13,0
11,9
Charters
Low Cost
1,5
13,4
1,3
13,0
1,0
4,0
3,9
1,6
2,4
3,2
13,9
0,9
-12,8%
4,7
18,7%
% Pax
ANA
20,1%
24,7%
30,0%
30,4%
34,1%
4,73
4,01
3,95
2008
2009
3,20
2,39
Tradicionais
7,9
8,2
8,0
8,0
8,2
2006
2007
2008
2009
2010
0,9%
2006
2007
2010
1) Inclui somente passageiros desembarcados
Fonte: ANA, Terminal A; Análise Equipa de Projecto
21
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iii CONSUMIDOR
O enfoque na experiência e diversidade, o desenho de programas
de férias pelo próprio turista e a importância do value for money
têm vindo a acentuar-se
Principais tendências estruturais do sector – padrão da procura
Tendência
Descrição
Cliente no driver
seat
• Clientes são cada vez mais informados e exigentes, fruto da maior liberdade de escolha e
transparência da oferta
• Maior importância da qualidade e serviço personalizado; menor brand loyalty
Value for money
• Turistas procuram rentabilizar os seus gastos de viagens, mas sem que para isso signifique
estarem disponíveis para aceitar destinos, produtos e serviços de menor qualidade – reforço do
preço enquanto factor de decisão
• Sintomas desta tendência são a maior procura por viagens de curta duração (short breaks e o
conceito emergente de nano-férias) e a busca de oportunidades last minute (shopping around)
Diversificação e
especialização
• Maior diversificação das motivações para viajar e novos segmentos de mercado
• Maior enfoque em oferta customizada e especializada
Enfoque na
experiência
• Substituição do tradicional enfoque no destino pelo enfoque na experiência
• Turistas procuram experiências mais autênticas e actividades criativas no destino
Alterações
demográficas e
individualização
• Envelhecimento da população nos principais mercados emissores – mas "over 50s" vão
pensar e agir de forma mais jovem
• Maior número de "singletons" e maior individualização da sociedade
Turismo
sustentável
• Turismo sustentável deverá passar de 1% para 5% dos viajantes nos próximos 20 anos
• Crescimento deve-se à maior consciência ambiental e cultural dos viajantes, e à maior
vontade de interagir com culturas locais criando benefícios sustentáveis
Fonte: Análise Equipa de Projecto
22
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iii CONSUMIDOR
O desenvolvimento da internet e das Low Cost potenciaram
comportamentos de escolha assentes na oportunidade do momento
Comportamento de reserva – Comparação
Tradicional
1.
2.
3.
DESTINO
Selecção do hotel
LCC
1.
Consultar a
disponibilidade do voo
LCC
2.
Destino
3.
Reserva Online
4.
Consultar a
disponibilidade do hotel
5.
Reserva através do
site do hotel
Consultar a
disponibilidade do avião
Reserva de
4. complementos ou
Pacotes de Viagem
MOTIVADO PELO
DESEJO
Fonte: Análise Equipa de Projecto
MOTIVADO PELA
OPORTUNIDADE
• Os destinos tendem a
ser convertíveis
• Os sites das
companhias aéreas são
o ponto de acesso
favorito na marcação de
viagens
• Aumento na reserva de
complementos(voo,
hotel, carro, etc.)
• Factor de sucesso para
os sites: Grande
diversidade na oferta/
Conteúdo
23
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iii CONSUMIDOR
INDICATIVO
O crescimento do Turismo deverá passar cada vez mais por
produtos especializados e de nicho – o Turismo de Natureza está a
ganhar importância
Experiência de férias durante os últimos 5 anos vs Planos Futuros para os próximos 5
anos1) [% das Respostas]
52
48 48
47
30
32
30
21 21
12
Praia
Cidade
1) Para o Reino Unido
Pacote de Acampar
Actividades
Activa
Últimos 5 anos (Experiência)
Fonte: Traveltainment; Análise Equipa de Projecto
20
19
20
13
9
Cruzeiros
8
Com guia
11
7
Spa/
Saúde
5
4
10
6
3
Natureza/ Desportos Baseados
Vida
de Neve
em Água
selvagem
2
Radicais
Próximos 5 anos (Planos Futuros)
24
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iii CONSUMIDOR
Segurança, facilidade de acesso e qualidade da hotelaria são
factores básicos para a selecção do destino turístico
Factores de escolha do destino
FÉRIAS
Factores qualificadores
> Segurança
> Qualidade das infra-estruturas hoteleiras
> Facilidade de acesso - existência de voos directos
Factores diferenciadores
> Hospitalidade
> Qualidade dos serviços e o nível de formação dos recursos
> Capacidade organizadora de grandes e Mega Eventos
> Possibilidade de oferta programática para Pré e pós eventos
> Qualidade da gastronomia e herança histórica
> Informações e destaque na internet
> Relação qualidade/preço
> Preservação do destino
> Genuinidade e autenticidade da oferta turística
> Diversidade da oferta
> Imagem do destino de qualidade, identidade e autenticidade
- o “único” (na oferta e na procura)
Fonte: Análise Equipa de Projecto
25
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS
Os principais produtos para os consumidores Europeus são Sol &
Mar, Turismo Cultural, City Breaks e Turismo de Natureza – os City
Breaks deverão apresentar o maior crescimento até 2015
Principais produtos turísticos para os mercados emissores europeus
[milhões de Viagens; %]
# viagens em 2004 e % total de viagens de lazer
Sol & Mar
69,0
Cultural
44,0
City Break
34,0
Natureza
22,0
# Viagens em 2015
(estimado)
30%
CAGR 2004-2015
1,4%
80
19%
6,5%
88
15%
12,2%
121
10%
30
2,9%
Saúde e
Bem-estar
3,0
1,3%
7
Naútico
2,8
1,2%
7
Residencial
1,2
0,5%
3
Golfe
1,0
0,4%
2
6,5%
Gastronomia
0,6
0,3%
1
6,5%
8,0%
8,7%
8,0%
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
26
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SOL & MAR
O Sol & Mar é a principal motivação turística na Europa
Importância do produto Sol & Mar
Número de viagens originadas na Europa
[milhões]
+16%
80
• O Sol & Mar é a principal motivação de viagens de
turismo na Europa
• O crescimento do produto é suportado pelo
segmento upscale (11%/ano contra 1,8% no
segmento regular), que em 2004 representou 5
milhões de viagens
69
• Os principais mercados emissores são a Alemanha
e o Reino Unido (40% do total) sendo também
relevantes Escandinávia, Holanda, França, Itália e
Espanha
2004
2015E
• O gasto médio diário varia entre € 80 (segmento
regular) e € 600 (segmento upscale)
x% Crescimento total previsto para o período
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
27
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CULTURAL
O Turismo Cultural origina cerca de 44 M de viagens na Europa,
sendo motivação secundária de 88 M
Importância do Turismo Cultural
Dimensão do mercado Europeu
[milhões de viagens]
88
• O Turismo Cultural é uma das principais
motivações de viagens de turismo na Europa
• Os principais mercados emissores são:
- Itália (18,5%)
- França (17,3%)
44
- Alemanha (14,8%)
- Reino Unido (12,3%)
- Escandinávia (7,1%)
• O gasto médio diário ascende a € 110
Motivação
Primária
Motivação
Secundária
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
28
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CITY BREAK
O City Break é uma importante motivação de viagem na Europa,
apresentando uma taxa de crescimento bastante elevada
Importância do produto City Break
Número de viagens originadas na Europa
[milhões]
+255%
• O City Break é uma das principais motivações de
viagens na Europa
121
• O crescimento do produto é suportado pelo forte
aumento da importância das Low Cost no
transporte aéreo e do consequente crescimento do
número de ligações entre cidades e respectiva
redução do custo
34
2004
• A taxa de crescimento anual até 2015 deverá ficar
em cerca de 12% a 15%
2015E
• Os principais mercados emissores na Europa são:
Reino Unido (16,5%), Alemanha (14,8%), Espanha
(13,4%), Escandinávia (9,1%) e Holanda (7,7%)
x% Crescimento total previsto para o período
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
29
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NATUREZA
O Turismo de Natureza é uma das principais motivações de viagem
na Europa – 9% do total
Importância do Turismo de Natureza
Dimensão do mercado Europeu
[milhões de viagens; 2004]
30
22
• Motivação primária para cerca de 22 milhões de
viagens em 2004 (9% do total) e secundária para 30
milhões
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24,5%)
- Holanda (20,5%)
- Reino Unido (8,8%)
- Escandinávia (5,7%)
- França (4,8%)
Motivação
Primária
Motivação
Secundária
• O gasto médio diário varia entre EUR 60 e EUR 250
dependendo das actividades desenvolvidas
• 85% das viagens são superiores a 4 noites
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
30
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SAÚDE & BEM-ESTAR
O Turismo de Saúde e Bem-estar motiva mais de 10 milhões de
viagens anuais, 63% das quais a partir da Alemanha
Importância do Turismo de Saúde e Bem-estar
Dimensão do mercado Europeu
[milhões de viagens; 2004]
7
• Motivação primária para cerca de 3 milhões de
viagens em 2004 (esperando-se um crescimento anual
entre 5% e 10% até 2015) e secundária para 7
milhões
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (63,4%)
3
- Escandinávia (6,9%)
- Espanha (3,0%)
- Reino Unido (2,7%)
- Itália (2,1%)
Motivação
Primária
Motivação
Secundária
• O gasto médio diário varia entre EUR 100 e EUR 400
• 87% das viagens são superiores a 4 noites
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
31
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NÁUTICO
O Turismo Náutico apresenta um gasto médio potencialmente
elevado – Alemanha, Escandinávia e Reino Unido são os principais
emissores
Importância do Turismo Náutico
Dimensão do mercado Europeu
[milhões de viagens; 2004]
7,0
• Motivação primária para cerca de 3 milhões de
viagens em 2004, esperando-se que ascendam a 6,6
milhões em 2015 e secundária para 7 milhões
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24,3%)
- Escandinávia (15,1%)
2,8
- Reino Unido (8,9%)
- Holanda (7,1%)
- França (6,4%)
Motivação
Primária
Motivação
Secundária
• O gasto médio diário varia entre EUR 80 e EUR 500 em função das actividades realizadas (clientes de
marinas têm gasto elevado por dia)
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
32
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – RESIDENCIAL
O Turismo Residencial proporciona alojamento turístico a cerca de
30 M de turistas na Europa, havendo 4 M com casa de férias no
estrangeiro
Importância do Turismo Residencial e de Resorts Integrados
Europeus com alojamento turístico no
estrangeiros [milhões; 2004]
• Em 2005, cerca de 30 milhões de turistas passaram
férias em Resorts Integrados
2,8
• O Turismo Residencial foi dos produtos mais afectados
pela crise financeira, com grande parte dos projectos a
serem suspensos
• Os principais mercados emissores são:
- Alemanha (24%)
- Escandinávia (15%)
- Reino Unido (9%)
- Holanda (7%)
1,2
Em Resort
Integrado
• Antes da crise financeira, o mercado cresceu a cerca de
10% ao ano
Outras
• O gasto médio diário varia entre EUR 50 e EUR 800 em
função das actividades realizadas - clientes de marinas
têm gasto mais elevado
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
33
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GOLFE
O Golfe é um produto procurado principalmente por turistas com
elevado poder de compra
Importância do produto Golfe
Número de viagens originadas na Europa
[milhões]
2
+100%
• O Golfe é uma importante motivação de viagens
na Europa (motivação primária de 1 milhão de
viagens e secundária de 1,2 milhões em 2004) e está
tipicamente associado a um segmento afluente da
procura turística
• A procura ao logo do ano é contra-cíclica com o
Sol & Mar, concentrando-se nos meses de Março a
Maio e Setembro a Outubro
1
• Os principais mercados emissores na Europa são
o Reino Unido (25%) a Alemanha (23%) Suécia
(20%) e França (9%)
2004
2015E
• O gasto médio diário ascende a €260, variando
entre €100 e €600
x% Crescimento total previsto para o período
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
34
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GASTRONÓMICO
A Gastronomia gera muito poucas viagens por si só, assumindo
um papel importante como motivação complementar
Importância do Turismo Gastronómico
Dimensão do mercado Europeu
[milhões de viagens; 2004]
20,0
• Motivação primária para cerca de 600 mil viagens, a
gastronomia assume-se principalmente como
motivação complementar que enriquece a
experiência do turista
• Os principais mercados emissores são:
- França (16,0%)
- Holanda (15,2%)
- Reino Unido (10,5%)
0,6
Motivação
Primária
- Itália (9,2%)
Motivação
Secundária
- Alemanha (7,7%)
• O gasto médio diário varia entre EUR 150 e EUR 450
Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto
35
DOCUMENTO DE TRABALHO
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NEGÓCIOS
6
A realização de reuniões associativas gerou US$ 11,8 mil milhões
em 2009 – mais de metade das reuniões realizaram-se na Europa
Importância do Turismo de Negócios
Reuniões associativas internacionais1) por
geografia [2008; #]
Austrália África
América Latina
3%
Medicina
Total de 7.475
reuniões
associativas
9%
América do Norte
11% 3%
19%
Reuniões associativas internacionais1) por
sector de actividade [2008; #]
18%
Outros 47%
55% Europa
14% Tecnologia
7%
13%
Ásia e Médio Oriente
Ciências
Indústria
Número de reuniões associativas realizadas por
dimensão [2008; #]2)
73
64
3.958
• Gasto total de US$ 11,8 mil milhões
• US$ 2.487 por reunião, dos quais US$ 547 na
inscrição
1.635
50-249 250-499 500-999
Gasto dos participantes em reuniões
associativas em 2009 (dados globais):
10002999
30004999
> 5000
Total
• US$ 691 por dia
1) Reuniões periódicas organizadas por associados ICCA com rotação por 3 ou mais países
2) Repartição reflecte somente parte do total de reuniões associativas realizadas na Europa
Fonte: ICCA; Análise da Equipa de Projecto
36
DOCUMENTO DE TRABALHO
B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo
37
DOCUMENTO DE TRABALHO
Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente
e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a
promoção externa são drivers de crescimento (1/2)
11. O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia de guerra para um
destino turístico apreciado internacionalmente, tendo aumentado em 10 vezes o número
de turistas nos 6 anos após a abertura ao exterior
22. O Brasil tem aproveitado o seu forte potencial turístico através de uma aposta no
mercado doméstico que origina quase 200 milhões de viagens por ano
33. A diversificação de mercados emissores e o alargamento da oferta permitiram à Turquia
crescer o número de turistas internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010
44. Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em resultado de uma aposta
enfocada no Sol & Mar e no Turismo Cultural - quase metade são Marroquinos a residir
no estrangeiro
55. O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta de Sol & Mar,
Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros são de origem Cabo-Verdiana
38
DOCUMENTO DE TRABALHO
Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente
e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a
promoção externa são drivers de crescimento (2/2)
61. O turismo nacional gera dois terços das dormidas da África do Sul, no entanto o
crescimento que se tem verificado decorre do turismo externo. As actividade turísticas
estão concentradas em 3 das 9 províncias, as quais geram 80% das receitas totais
72. O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta enfocada em Turismo de
Natureza, sobretudo na zona norte do país com mais de 90% das visitas e receitas
geradas
83. O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de mercados longínquos,
através da abertura de ligações aéreas directas e de actividades de promoção e
distribuição nesses mercados
94. A visão 2025 para o turismo em Moçambique pretende reforçar as ligações e a
integração entre países da África Austral e alargar a diversidade oferta que hoje se
concentra excessivamente nos produtos Sol & Mar e Natureza
39
DOCUMENTO DE TRABALHO
VIETNAME
1
O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia
de guerra para um destino turístico apreciado internacionalmente
i.i
A oferta do Vietname enfoca-se em 4 produtos principais – Natureza, Turismo
Ecológico, História e Cultura – complementados com actividades desportivas e de
entretenimento
ii.
ii
Apesar de a grande maioria dos turistas externos no Vietname serem originários da
região, 3 dos seus 10 maiores mercados emissores são de outros continentes
iii
iii.
Embora o número de turistas domésticos tenha sido estimado em 25 milhões, a
acção governamental continua mais enfocada na dinamização dos mercados
internacionais
iv
iv.
O desenvolvimento do Turismo do Vietname resultou da abertura do país ao
exterior, do estímulo da iniciativa privada e do fomento ao investimento externo e
às parcerias com players globais
40
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
VIETNAME
A oferta turística do Vietname assenta em 2 produtos – Natureza e
Cultura – tendo o desenvolvimento resultado da abertura do país ao
exterior, à iniciativa privada e ao fomento ao investimento externo
Produtos Turísticos do Vietname
Turismo Cultural
Turismo de Natureza
História
• Património e conteúdos históricos
• Palácios, pagodes, templos,
torres, museus…
• Locais associados à guerra
Natureza
• Reservas e parques naturais
• Lagos e cursos de água
• Montanhas
Cultura
• Festivais regionais
• Mercados
• Locais arqueológicos
• Cidades históricas e aldeias típicas
Turismo Ecológico
• Jardins e casas típicos
• Observação de aves
• Resorts e SPAs integrados
na natureza
Produtos complementares
• Golfe
• Wellness e SPA
41
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
ii MERCADOS EMISSORES
A grande maioria dos turistas Vietnamitas tem origem nos países
da região, deslocando-se ao país de avião e por motivos de lazer
Caracterização dos turistas estrangeiros no Vietname
[2010; milhares de turistas; %]
País de origem
Razão da viagem
China
905
Coreia do Sul
496
Japão
442
EUA
431
Taiwan
334
Australia
278
Cambodja
255
Tailandia
Meio de Transporte
Negócio
19%
20%
Barco
Vis. Amigos
e Familiares
Lazer
62%
7%
Outros
211
França
199
Outros
1%
11%
223
Malasia
Carro/
autocarro
80%
Avião
1.275
Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto
42
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
ii TURISMO NO VIETNAME
O Turismo é um sector importante na economia do Vietname,
pesando 12% no PIB, e 10% no emprego e no investimento…
Breve descrição – Vietname
Divisão política do Vietname
Indicadores sócio-económicos [2010]
2010
Hanoi
Ho Chi Minh (Saigão)
População [Milhões habitantes]
88,3
PIB1) per capita [USD $]
3.123
Crescimento real do PIB [%]
6,50%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
12,4%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
9,90%
Peso do Turismo no investimento [%]
10,2%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
43
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
ii TURISMO NO VIETNAME
…estimando-se que as receitas anuais a ele associadas possam
praticamente triplicar até 2020, criando 1 milhão de empregos
Contributo do turismo na economia nacional – Vietname
Receitas associadas ao Turismo
[2005-2020F; Milhões de USD]
Δ%
34%
32%
30%
-13%
Emprego associado ao Turismo
[2005-2020E; '000 Empregados]
2%
11%
%
11%
14%
-4%
-12%
-1%
2%
36.227
5.394
12.674
14.909
12.956 13.184
11.470 5.013
4.614
4.340
1.411
4.621
1.378
1.356
1.066
Outros
Negócios
Lazer
8.670
5.651
5.195
4.727
3.438
4.576
3.651
Indirecto 3.212
4.539
3.855
3.584
3.164
3.142
20.115
3.216
935
4.519
5.784
2006
2007
8.485
7.261
7.193
2008
2009P
2010E
P – Previsto; E - Estimado
Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
Directo
2020E
1.516
1.743
1.611
1.412
1.397
2006
2007
2008
2009P
2010E
1.795
2020E
44
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iii TURISMO DOMÉSTICO
Apesar do maior enfoque do governo sobre o turismo internacional,
o Vietname terá cerca de 25 M de turistas domésticos – Preferência
por viagens de curtas e carro como principal meio de transporte
Comentários
Meio de Transporte
[2005; %]
Duração da visita em dias
[2005; %]
• Estimativas em 2005 apontavam para uma
evolução de 15 milhões para cerca de 25
milhões de turistas domésticos em 2010
Aéreo
• O mercado deverá continuar a crescer
devido ao desenvolvimento económico
12,6%
• Governo mais enfocado no turismo
internacional
15,7%
8 a 14
1,4% > 14
0,5%
Comboio
11,4%
• Alguns esforços governamentais têm
tentado fomentar o turismo doméstico:
– Melhoria das infra-estruturas de
transporte e na sua inter-modalidade
4a7
2,2% Barco
65,2%
8,6%
Outros
Carro
– Incentivar agências e operadores a
criarem pacotes especiais no segmento
doméstico
82,4%
1a3
– Criação de tarifas promocionais nas
passagens aéreas
Fonte: General Statistics Office of Vietname - "Tourism Expenditure Survey in 2005"; Impensa
45
4
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
ORGANIZAÇÃO
A organização do Turismo encontra-se sob a alçada do Ministério
da Cultura, Desporto e Turismo – Outras actividades contempladas
incluem a recolha e análise de dados e os veículos de informação
Organização do sector
Ministério da Cultura,
Desporto e Turismo
Administração Nacional
do turismo
Viagens
Industria
Hoteleira
Financeiro
Cooperação
internacional
Organização
Pessoal
Marketing
Outras
Organizações
Centro de tecnologias de
informação
Departamentos
Instituto de investigação
Vietname Tourist Review
Jornal de turismo
Fonte: Turismo do Vietname
46
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iv VIETNAME
O Turismo do Vietname passou por 4 fases de desenvolvimento –
sendo de destacar o período 1988-94 com um crescimento
superior a 10 vezes, passando de 100 mil para 1 milhão de turistas
Desenvolvimento do turismo no Vietname
[Milhares de Turistas; 1980-2010]
Isolamento externo
Abertura ao exterior
e desenvolvimento
de joint-ventures
Diversificação,
qualificação e
forte crescimento
da oferta
Melhoria do serviço e reforço da experiência
do cliente
5.050
+10%
4.254
3.772
2.628
+12%
~0%
1980
x%
1982
1984
1.018
1986
300 440
93
250
1988
1990
1992
2.429
1.716
+49%
1.520
670
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
Taxa média anual de crescimento
Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto
47
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iv FASES DE DESENVOLVIMENTO
Na fase de isolamento do país face ao exterior, a oferta hoteleira
era de baixa qualidade e o turismo externo inexpressivo
Caracterização da fase de isolamento externo
[anterior a 1986]
Contexto Político
Oferta Hoteleira
• O regime vigente promovia o colectivismo, sendo
os meios produtivos propriedade do Estado
• Isolamento externo e dificultava a entrada de
estrangeiros, excepto de países alinhados com a
União Soviética
• Hotéis antiquados e degradados em resultado do
período de guerra
• Os hotéis eram na totalidade detidos pelo Estado,
e os seus gestores pouco qualificados
Turismo do Vietname
no período
anterior a 1986
• Oferta de baixa qualidade
• Preços praticados eram muito baixos de modo a
manter alguns clientes
• Turistas estrangeiros oriundos principalmente da
Europa de Leste, com nível de exigência reduzido
e incapazes de pagar preços elevados
Posicionamento
Perfil de clientes
48
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iv FASES DE DESENVOLVIMENTO
Em 1986 o Governo Vietnamita abriu o país ao exterior e fomentou
joint-ventures com players internacionais para modernizar o
Turismo
Caracterização do período após a abertura ao exterior
[1986-1994]
1986 – Reforma • "Doi-Moi" – O Governo lançou um programa de reformas do Estado, tornando possível a
propriedade privada e motivando o desenvolvimento de parcerias entre os hotéis estatais e as
do sistema
principais cadeias internacionais abdicando assim do anterior monopólio
político
Escassez de
oferta
• A oferta hoteleira existente foi reforçada mas continuou a ser insuficiente para fazer face à procura, em
particular de quartos com standards de qualidade internacionais, e nas maiores cidades
• Preços por quarto e taxas de ocupação muito elevados (nas maiores cidades oscilavam entre 80% e
100%)
Peso crescente
dos privados
• Os privados (incluindo pequenos empresários locais) investiram no sector, quer em renovação de
unidades existentes, quer na construção de novos hotéis
• Em 1992, metade dos hotéis eram privados, na maioria de pequena dimensão e direccionados
ao segmento baixo, em particular os backpackers
Procura
• O interesse por viajar para o Vietname cresceu, quer por parte de turistas em férias quer por
viajantes de negócio
• As cadeias internacionais que investiram no país atraíram os seus clientes fidelizados dada a
garantia de qualidade de serviço associada à marca
49
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iv FASES DE DESENVOLVIMENTO
O crescimento verificado entre 1995 e 2004 deveu-se em grande
parte à qualificação e diversificação da oferta
Fase de qualificação da oferta
[1995-2004]
Número de Turistas
1
Sistema de classificação dos hotéis e pricing sazonal
• Implementação de um sistema de estrelas para
classificação da oferta hoteleira
• Implementação de diferenciação sazonal de preços de
modo a optimizar a ocupação e rentabilidade
2
Modernização dos hotéis estatais
• Remodelação das instalações e aceitação de cartões de
crédito
• Criação de departamentos de marketing e vendas, e
rebranding adoptando nomes internacionais
• Maior enfoque nos turistas estrangeiros
3
Diversificação e especialização da oferta
• Desenvolvimento, nas maiores cidades, das cadeias
internacionais enfocadas nos segmentos empresarial e lazer
de maior valor
• Expansão dos pequenos hotéis por todo o país, associados
ao turismo de natureza e em particular aos backpakers
+12%
1.782
1.716
1.520
Crise
asiática
1.018
1994
1995
1996
1997
1998
1999
50
DOCUMENTO DE TRABALHO
1
iv FASES DE DESENVOLVIMENTO
A melhoria dos serviços oferecidos e o aumento da capacidade
registados durante a última década, permitiram um crescimento de
10% ao ano
Fase de reforço da capacidade de atracção de turistas internacionais
[1999-2010]
Nível de serviços e diversificação
Desenvolvimento de capacidade
Melhoria da qualidade dos serviços
• Hotéis de 4 e 5 estrelas apostaram
na qualificação da mão-de-obra e
na estandardização dos serviços
prestados de forma a equivaler a sua
qualidade com os padrões internacionais
Número de serviços disponíveis ao
cliente
• Instalações hoteleiras reforçaram a sua
oferta disponibilizando novos serviços
(e.g. centros de bem-estar e massagens)
e rentabilizando os seus espaços com
lojas complementares (e.g. agências
de viagens e lojas de artigos de luxo)
Aposta no Turismo de Negócios
• Foram criadas infra-estruturas e
promovidos de eventos destinados
ao segmento Negócios
Aumento do número de quartos
• No ano 2000 havia 55.760 quartos
capazes de acolher turistas
internacionais , sendo que este
número deverá ter crescido para
130.000 em 2010
Atracção de investimento privado
• Aposta em cadeias internacionais
de hotéis enfocadas em
instalações de 4 a 5 estrelas
reconhecidas internacionalmente
pela qualidade estandardizada dos
seus serviços
• Facilitação de investimentos
através da criação de JointVenture entre investidores
internacionais e empresas
estatais
+ 10% a.a.
5.050
1.782
1999
2010
51
DOCUMENTO DE TRABALHO
BRASIL
2
O turismo brasileiro está enfocado no mercado doméstico, sendo
dinamizado através da diversidade de oferta, facilitação do
transporte aéreo e criação de roteiros temáticos
i. i
O Brasil tem uma oferta diversificada dirigida quer ao mercado de massas quer a
nichos de mercado, sendo o Sol & Mar e o Ecoturismo as principais motivações de
viagem
ii.ii
O turismo de estrangeiros representa apenas 5 milhões de viagens ao Brasil, com 46%
das viagens a terem origem na América do Sul
iii
iii.
A estratégia para o Turismo doméstico assenta em 65 pólos de desenvolvimento a
nível nacional e na criação de roteiros turísticos temáticos
iv
iv.
O Governo brasileiro está a apostar no desenvolvimento de infra-estruturas
complementares de suporte ao turismo, na dinamização das ligações aéreas internas e
num programa de captação e formação de jovens em Turismo
52
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
i
BRASIL
O Brasil possui uma oferta bastante diversificada capaz de
satisfazer tanto o turismo de massas como os mais diferenciados
nichos de mercado
Produtos turísticos
Cidades
Eventos
Gastronomia
Cultura
Negócios
História
Aventura
Sol & Mar
Desporto
Natureza
53
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
i
MOTIVOS DE ESCOLHA
O Sol & Mar é a grande motivação para viajar no território
brasileiro – A maioria dos turistas assume escolher os seus
destinos baseados em recomendações de pessoas conhecidas
Destinos eleitos
Motivos de escolha de viagem
Recomendação de
parentes e amigos
Outras
Desportos de
Aventura
Festas
Populares
11,1%
Procura na
Internet
4,4%
5,0%
40,4%
Compras 7,7%
14,2%
Turismo
Cultural
17,2%
Ecoturismo
Fonte:
36,8%
Ministério do Turismo - Projecto "Cores do Brasil"
Sol & Mar
28,1%
Agências de
Viagens
16,3%
Artigos
5,7%
Feiras
5,1%
Televisão e
Publicidade
4,2%
Guias
Turísticos
3,8%
54
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
ii
PESO NA ECONOMIA
O sector do turismo no Brasil contribuí-o para 9,1% do PIB e
assegura cerca de 8% do emprego do país
Breve descrição – Brasil
Brasil
Indicadores sócio-económicos [2011]
2011
População [Milhões de habitantes]
191,5
PIB1) per capita [USD $]
8.220
Crescimento real do PIB [%]
5,5%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
9,1%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
8,3%
Peso do Turismo no investimento [%]
5,8%
Brasília
Rio de Janeiro
São Paulo
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
55
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
ii
TURISMO INTERNACIONAL
Ao contrário dos seus países vizinhos, o Brasil não tem registado
uma evolução positiva do número de visitantes internacionais
Número de Turistas internacionais
[Milhões; 1999-2009]
15,1
15,7
15,7
13,8
12,9
11,4
Outros países da
América do Sul
10,0
9,9
9,8
8,9
5,1
5,3
9,6
4,8
4,8
3,8
4,1
2002
2003
5,4
5,0
5,0
5,1
4,8
2005
2006
2007
2008
2009
Brasil
1999
Fonte:
Ministério do Turismo
2000
2001
2004
56
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
ii TURISMO INTERNACIONAL
A maioria dos turistas internacionais chega por via aérea, sendo a
América do Sul responsável por quase metade do volume
Chegadas de turistas internacionais
[%; 2009]
Mercados emissores
Principais
Mercados Emissores
Maritima Fluvial
Oceânia África
América
Central
1%
1% 16%
2%
2%
1%
Terrestre
26%
América
46%
do
Sul
70%
América
do
Norte
180.373
183.697
189.412
205.860
215.595
Paraguai
253.545
Itália
603.674
EUA
Portugal
Uruguai
França
Alemanha
35%
Europa
Aérea
1.211.159
Fonte:
Ministério do Turismo
Argentina
57
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iii TURISMO DOMÉSTICO
O governo brasileiro tem-se enfocado no turismo doméstico
devido à sua dimensão, potencial de crescimento e de atrair
turistas para zonas mais alargadas do seu território
Estratégia de Desenvolvimento
Turistas Internacionais
4,8
(3%)
Racional
Turismo Doméstico e Internacional
[Milhões de turistas; 2009]
• Procura largamente superior ao potencial imediato de mercados
internacionais
• Economia em forte crescimento e a impulsionar o rendimento médio e
consumo
• Emergência de uma nova classe média com poder de comprar a hábitos
de consumo diversificados
175,4
(97%)
Viagens Domésticas
O Turismo Doméstico representa a
quase totalidade das viagens em
território Brasileiro
Factores de
Desenvolvimento
• Identificação de mais de 200 regiões turísticas, tendo-se prioritizado a
actuação e 65 destinos turísticos para servirem de pólos de
desenvolvimento e garantirem padrões de qualidade internacional
• Enfoque no desenvolvimento de infra-estruturas complementares, na
formação de pessoas e na certificação de profissionais, empresas e
empreendimentos
• Criação de roteiros turísticos para as diferentes regiões com grande
potencial turístico
• Investimento na promoção interna subiu de 22,8 Milhões de reais em
2004 para 58,1 Milhões em 2009
• Incentivos ao sector do transporte aéreo doméstico duplicou o número de
Assentos-Quilómetros oferecidos entre 2004 e 2009 e reduziu o preço
médio dos bilhetes de 501 para 321 reais (i.e. - 36%)
58
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv ORGANIZAÇÃO
O Ministério do Turismo, responsável pela definição da estratégia
para o sector, tem no EMBRATUR um órgão responsável pela
execução da Política Nacional de Turismo
Organograma do Ministério do Turismo
Ministério do
Turismo
Entidade Vinculada
EMBRATUR
Instituto Brasileiro do
Turismo
Órgãos Colegiado
Conselho Nacional de
Turismo
Secretaria Nac. de
Politicas de Turismo
Gabinete do Ministro
Consultoria
Jurídica
Secretaria Nac. de
Programas de
Desenv. do Turismo
Planeamento e Avaliação do
Turismo
Programas Regionais de
Desenv. do Turismo
Estudos e Pesquisas
Infra-Estruturas Turístico
Estruturação, Articulação e
Ordenamento Turístico
Financiamento e Promoção
de Investimentos no Turismo
Relações Internacionais do
Turismo
Qualificação, Certificação e
de Produção Associada ao
Turismo
Secretaria
Executiva
Directoria de
Gestão
Estratégica
Directoria de
Gestão Interna
Promoção e Marketing
Nacional
59
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv ORGANIZAÇÃO
Órgãos associados ao Ministério do Turismo
EMBRATUR
• Órgão responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção,
marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos apenas no mercado
internacional
Conselho Nacional • Assessorar o ministro do Turismo na formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo. O
Conselho é hoje integrado por 71 conselheiros de instituições públicas e entidades privadas do sector
de Turismo
Gabinete do
Ministro
• Assiste o ministro na sua representação política e social, ocupando-se das relações públicas e na
preparação e despacho do seu expediente pessoal. Promove também a articulação entre o Ministério e os
órgãos que compõem a Presidência da República.
Secretaria
Executiva
• Define directrizes e políticas no âmbito da Política Nacional de acordo com as propostas do Conselho
Nacional. Supervisiona e coordena as actividades das secretarias integrantes da estrutura do Ministério e
da Embratur
Secretaria Nacional • Auxilia na formulação, elaboração e no controlo da Política Nacional, de acordo com as directrizes e os
subsídios fornecidos pelo Conselho Nacional. Implementa o modelo de gestão descentralizada, alinhando
de Políticas de
as acções do Ministério com o Conselho Nacional, o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais
Turismo
de Turismo e os Fóruns/Conselhos Estaduais de Turismo das 27 regiões
Secretaria Nacional • Subsidia a formulação dos planos, programas e acções destinados ao desenvolvimento e ao
fortalecimento do turismo. Estabelece e acompanha os programas de desenvolvimento regional de turismo
de Programas de
e a promoção do apoio técnico, institucional e financeiro necessário ao fortalecimento da execução e da
Desenvolvimento
participação dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios nesses programas
do Turismo
60
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A nova estratégia para o sector prevê o enfoque em 8 novos eixos
estratégicos de forma a melhorar a oferta existente
Planeamento
Informação
• Promover integração dos
• Recolher estatísticas e
diversos agentes na
realizar estudos de análise da
delineação das linhas de
informação
desenvolvimento do sector
• Fomentar a descentralização
do processo da tomada de
decisão e da responsabilidade
da sua execução
• Controlar e avaliar progressos
realizados
Estruturação da oferta
Crescimento
• Diversificar a oferta apostando
na especialização através de
politicas de regionalização
• Criar grupos de trabalho para
estudo de nichos de
mercado
• Incentivar o investimento nas
várias fases cadeia de valor
• Promover acessos ao
crédito através da facilitação
de informação e
disponibilização de fundos(ex.
micro-crédito e criação de
avais de garantia)
• Criar portfolio de
oportunidades
• Desonerar equipamentos
importados
EIXOS ESTRATÉGICOS: 2011 a 2014
Qualificação
Infra-estrutura
Logistica de transportes
Apoio à comercialização
• Desenvolver a formação dos
Recursos Humanos
• Disseminar o conceito e
importância da hospitalidade
• Fomentar parcerias com o
sector privado
• Solidificar procedimentos e
meios na classificação e
certificação de meios de
hospedagem
• Conservar e recuperar
património histórico e cultural
• Programas de sinalização
turística
• Desenvolver rede de
aeroportos regionais, com
gestão privada ou mista
• Estimular aviação regionais
e voos com outros países da
América do Sul
• Melhorar acessos aos
pontos turísticos através do
investimento em eixos
rodoviários, ferroviários, fluvial
e marítimo
• Elaborar campanhas e
promover a marca Brasil,
das suas regiões e/ou de
locais específicos
• Aplicar 2% das receitas na
promoção externa com foco
em campanhas online,
eventos e escritórios físicos
Fonte:
Ministério do Turismo
61
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO
O "Programa de Roteirização" tem como objectivo a definição de
roteiros de forma a publicitar e dinamizar os principais pontos de
interesse turístico dispersos por todo o território brasileiro
Programa de Roteirização
• Estratégias do Ministério do Turismo para
diversificar a oferta turística e promover o
turismo em todas as regiões
• Identificação e elaboração novos roteiros turísticos
de forma a estruturar a oferta dos territórios e
transformá-la
em
produto
rentável
e
comercialmente viável
• Desde a sua criação, foram estabelecidos mais de
90 roteiros divididos por 11 temas distintos ou, por
vezes, integrados
• Baseado na construção de diversas parcerias em
âmbito municipal, regional, estadual, nacional e
internacional
• Plano
de
comunicação
inclui
campanhas
publicitárias internas e a promoção efectiva do
canal online
Fonte: Ministério do Turismo
62
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO
EXEMPLO
Roteiro do Sol e da Moqueca integra diversos motivos de atracção
de turística, combinando uma oferta focada no Sol & Mar, Cultura,
Saúde e Gastronomia
Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro do Sol e da Moqueca
Vitória, é a capital e o
centro cosmopolita do
Estado de Espírito Santo
Guarapi ou “Cidade Saúde”
é publicitada pelas
reconhecidas
propriedades medicinais
de suas areias
monazíticas
O Parque Estadual
Pedra Azul, destacase num valioso
conjunto de recursos
naturais
Várias vilas em redor
de Vitória destacamse pelo seu
património
histórico-cultural
Praia
Cultura
Saúde
Gastronomia
Região famosa pelos
sua gastronomia
tradicional, incluindo
a famosa Moqueca
Grande
diversidade de
praias exóticas
Fonte: Ministério do Turismo
63
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO
EXEMPLO
Roteiro Integrado do Iguaçu promove a cooperação entre 3 países
que partilham entre si valiosos recursos naturais
Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro Integrado do Iguaçu
Roteiro Turístico
• Engloba parte das cataratas fo Iguaçu
Brasil
Brasil
• Abriga parte das cataratas do Iguaçu
Paraguaí
Argentina
Argentina
• Outras atracções turísticas contempladas
no roteiros incluem o Parque das Aves e
as históricas ruínas de São Miguel das
Missões Abriga e a catedral de Santo
Ângelo
Cataratas do Iguaçu
• Outras atracções turísticas contempladas
no roteiros incluem as cidades de Puerto
Iguazú, San Ignácio e Posadas
• Abriga parte das cataratas do Iguaçu
Paraguai
• Outras atracções turísticas contempladas
no roteiros incluem as ruínas de igrejas
Jesuítas e as cidades de Misiones e
Encarnación
Em torno de um ponto turístico comum, as Cataratas do Iguaçu, foi desenvolvido um roteiro que engloba
atracções turísticas de 3 países
Fonte: Ministério do Turismo
64
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – VIAJA MAIS MELHOR IDADE
O programa Viaja Mais Melhor Idade promove a inclusão social
através da concessão de descontos e criação de produtos
específicos para os sectores etários mais elevados
Programa Viaja Mais - Melhor Idade
• Promover a inclusão social e fortalecer o
turismo doméstico de Brasileiros com
mais de 60 anos e durante as épocas de
baixa ocupação
• Criação constante de pacotes turísticos
customizado
• Descontos de 50% durante a época baixa
em hotéis e pousadas em mais de 580
destinos no Brasil
• Desconto de 35% em viagens aéreas dentro
do território Brasileiro em rotas operadas
pelas parceiras institucionais
65
DOCUMENTO DE TRABALHO
2
iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – TRILHA JOVEM
O programa Trilha Jovem foca-se desenvolvimento do turismo
sustentável apoiando o ensino e formação de jovens para o sector
do Turismo
Programa de formação – Trilha Jovem
• Programa de desenvolvimento do turismo
sustentável focado no ensino e formação de
jovens para o sector do Turismo
• Programa inteiramente gratuito
• Disponível em várias regiões
• Introdução ao mundo do trabalho potenciado por
formação on the job e estágios profissionais
• Sucesso evidenciado pelo baixo índice de
abandono e os altos índices de inclusão
profissional e satisfação dos empresários do
sector do Turismo
66
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
A diversificação de mercados emissores e o alargamento da
oferta permitiram à Turquia crescer o número de turistas
internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010
i.i
Após uma fase inicial de enfoque no Sol & Mar de massas, a Turquia tem vindo a apostar na
diversificação da oferta, potenciando toda a riqueza do seu património natural,
histórico e cultural
iiii.
A diversificação de mercados emissores permitiu aumentar o número de turistas
recebidos em 10% ao ano entre 2006 e 2010, apesar do contexto de crise internacional, e
ambicionar multiplicar este número 2,4 vezes até 2023, entrando no grupo restrito dos 5
maiores mercados a nível global
iii
iii.
A Turquia criou ofertas específicas para o turismo doméstico, de modo a dinamizar este
segmento e atenuar a sazonalidade
iv
iv.
O sector é gerido pelo Ministério da Cultura e Turismo com o apoio de conselhos
consultivos nacional e regionais, que estruturou um plano desenvolvimento do Turismo
até 2023 assente no desenvolvimento de novas infra-estruturas hoteleiras e de
transporte, na potenciação do património histórico-cultural e na alocação de 1% da
receita ao plano de promoção, entre outras medidas chave
67
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
TURQUIA
Após enfoque inicial em Sol & Mar, a Turquia tem apostado na
diversificação da oferta, potenciando o seu património natural,
histórico e cultural
Produtos turísticos
Cidades
Gastronomia
Cultura
História
Diversidade
OFERTA
COMPETITIVA
Sol & Mar
Comércio
Natureza
68
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
ii MERCADOS EMISSORES
O país tem um elevado número de mercados emissores de
dimensão relevante – nenhum mercado pesa isoladamente mais
do que 15%
Turistas por mercado emissor
[Milhões de turistas; 2010]
Peso
[%]
15,3%
10,9%
9,3%
6,6%
1,9
5,0%
1,4
3,9%
1,1
3,7%
1,1
3,2%
42,0%
12,0
28,6
Outros
Total
0,9
2,7
3,1
4,4
Alemanha Rússia
Fonte: Ministério do Turismo
R.U.
Irão
Bulgária Geórgia Holanda
França
69
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
ii TURQUIA
A nível Europeu, e apesar da crise económica global, a Turquia e
Marrocos apresentam-se como casos de sucesso no crescimento
da actividade turística
Turistas estrangeiros nos principais mercados da Bacia do Mediterrâneo
[Milhões]
60
CAGR
[06-09; %]
Var.
Turistas
[06-09; M]
-2,4%
-5,3
13,6%
13,2
-1,4%
-0,9
55
Espanha
50
35
Turquia
30
25
20
Grécia
15
Portugal
1,8%
0,8
10
Croácia
5,2%
1,9
6,4%
1,9
1,5%
0,4
Marrocos
5
0
2006
Tunísia
2007
2008
Fonte: Institutos de Estatística dos países; Análise da Equipa de Projecto
2009
2010
70
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
ii EVOLUÇÃO DO SECTOR
O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um
ritmo de 10% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para o
crescimento dada a distância para os mercados emissores
Número de Turistas Internacionais
[Milhões de Turistas]
Barco Comboio
+10%
26,3
Meio de transporte utilizado pelo turistas
internacionais[%]
27,1
28,6
6%
0%
23,3
Carro/Autocarro
19,8
29%
65%
Avião
2006
2007
Fonte: Ministério do Turismo
2008
2009
2010E
71
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
ii PESO NA ECONOMIA
Em 2010, o sector do turismo na Turquia deverá ter contribuído
para 10% do PIB e ter assegurado cerca de 8% do emprego do país
Breve descrição – Turquia
Divisão política da Turquia
Istambul
Ancara
Antália
Indicadores sócio-económicos [2011]
População [Milhões habitantes]
71,4
PIB1) per capita [USD $]
9.950
Crescimento real do PIB [%]
4,6%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
10,0%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
8,1%
Peso do Turismo no investimento [%]
6,4%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
72
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
ii PESO NA ECONOMIA
O Turismo na Turquia representa mais de 1,8 milhões de empregos
e receitas de cerca de USD 70 mil milhões
Peso do Turismo na economia Turca
[2005-2010]
Emprego directo e indirecto gerado pelo sector
['000]
Contribuição do sector para o PIB
[USD mil milhões]1)
CAGR
05-10
1.794
1.747
1.710
1.756
1.774
61,8
1.834
49,3
51,3
61,2
69,5 Directo e
indirecto
CAGR
05-10
7,1%
54,0
0,5%
Indirecto 1.320
Directo
1.252
1.269
1.295
1.315
1.357
474
495
441
461
459
477
2005
2006
2007
2008
2009
2010E
18,1
19,9
2005
2006
21,6
24,3
26,3
27,9
Directo
9,0%
0,1%
2007
2008
2009 2010E
1) convertido à taxa de câmbio TRY/ USD de Março/2011 = 0,63
Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; Análise Equipa de Projecto
73
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iii
TURISMO DOMÉSTICO
O país aposta no desenvolvimento do Turismo doméstico através
da criação de uma oferta específica e adaptada a este segmento
Turismo doméstico
Estratégia
Linhas de
Acção
Principais
Medidas
Desenvolver produtos turísticos alternativos de qualidade
aceitável e acessível a vários grupos da sociedade
• Fomentar interesse na história, cultura e natureza através de eventos
e campanhas de sensibilização a nível local e nacional
• Crescimento da capacidade hoteleira
• Melhoria da qualidade de transportes
• Desenvolver produtos turísticos para satisfazer diferentes
necessidades
• Desenvolver o Turismo Social para grupos desfavorecidos (e.g. grupos
empobrecidos, pessoas com deficiências, jovens, entre outros)
• Incentivos a empresas para colocarem quotas para o turismo
doméstico a preços reduzidos
• Suportar agências de viagem que ofereçam pacotes turísticos
enfocados no mercado doméstico
• Desenvolver programas específicos de apoio a estudantes e idosos
Fonte: Ministério do Turismo
74
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
ORGANIZAÇÃO
O Ministério da Cultura e do Turismo, responsável pela definição
da estratégia para o sector e implementação de medidas, tem no
Conselho Nacional do Turismo um órgão consultivo
Organização do Ministério da Cultura e do Turismo
Ministério da Cultura
e do Turismo
Conselhos Consultivos
Conselho Nacional do
Turismo
Conselhos de Turismo
das Cidades
Direcções
Gerais
Conselhos de Turismo a
nível local
Investimentos e
Estabelecimentos
Fonte: Ministério do Turismo
Promoção e Marketing
Investigação e
Educação
Relações
Internacionais
75
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
ORGANIZAÇÃO
O Conselho Nacional tem como principal função a apresentação de
estratégias e linhas de desenvolvimento para o Turismo – a descentralização processa-se com conselho a nível regional e local
Principais
Funções
Composição
Conselho Nacional de Turismo
Conselho de Turismo das Cidades / Locais
• Apresentar informação e recomendações
úteis para assessorar o Ministério
• Desenvolver marca à escala nacional,
regional e local
• Coordenar esforços no marketing
• Definir standards mínimos de qualidade das
instalações hoteleiras
• Promover a diversificação e melhoria de
qualidade
• Criar guia prático de actuação face a cenários
de crise
• Recolher informação sobre necessidades e
expectativas das regiões onde se situam as
cidades para o Conselho Nacional de Turismo
• Formular sugestões para políticas de
desenvolvimento com enfoque na região
associada
• Representar todos os shareholders das
Cidades para desenvolver o turismo ao nível
regional
• Desenvolver plataforma de conhecimento
técnico para disponibilizar às PMEs
• 15 a 20 membros que representem todos os
shareholders da indústria
• Permite membros temporários face a
necessidade de desenvolver grupos de
trabalho com fins específicos
• Estrutura variável mas onde os diversos
stakeholders deverão estar representados
• Permite membros temporários face a
necessidade de desenvolver grupos de
trabalho com fins específicos
Fonte: Ministério do Turismo
76
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
O plano estratégico do turismo da Turquia para 2023 pretende
posicionar este destino no TOP 5 de países com mais turistas e
receitas a nível mundial
Estratégia de Turismo da Turquia – Plano 2023
Problemas estruturais
Aposta no Turismo de Massas:
• Concentração de investimentos
e especulação imobiliária nas
zonas costeiras atingiu o ponto
de saturação
• Falta de planeamento distorceu
desenvolvimento urbano
sustentável e a qualidade de
vida e serviços
• Deficiência de infra-estruturas
complementares
• Criação de problemas
ambientais
Plano de desenvolvimento 2007 a 2023 – Visão para o sector
• Tendo como orientação o desenvolvimento sustentável, o sector de
viagens e turismo deverá assumir uma posição de liderança devido
ao emprego e desenvolvimento regional que promove e assegurará
que a Turquia se torna numa marca de turismo com
reconhecimento mundial e um destino no top 5 de países com
maior número de turistas e de receitas turísticas em 2023
77
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A Turquia é hoje uma potência mundial do turismo ocupando a 7ª
posição no ranking por turistas recebidos em 2009
Top 10 mercados receptores de turistas
[Milhões de turistas; 2009]
74,2
Objectivo 2023
63,0
52,5
51,7
45,5
+ 2,4 x
37,5
28,4
23,4
23,3
21,6
Alemanha
Malásia
México
26,7
França
EUA
Espanha
Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer
China
Itália
Reino
Unido
Turquia
78
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A Turquia definiu um plano estratégico para o período de 2007 a
2023 com 16 eixos estratégicos – actuação prevista deverá
proporcionar um crescimento anual de 6%
Estratégias do plano para o Turismo de 2007-2023
Serviços a Desenvolver
Desenvolvimento enfocado na oferta
•I
•A
City Branding
•B
Cidades de Turismo
•C
Diversificação
Planeamento
+ 6% a.a.
• II
Investimento
•III
Infra-Estruturas e Transportes
•IV
Marketing e Promoção
•D
Reabilitação do Património
•V
Educação
•E
Zonas de Desenvolvimento
•VI
Qualidade de Serviço
•F
Corredores de Desenvolvimento
•VII
Investigação e Desenvolvimento
•G
Zonas de EcoTurismo
•VIII
Organização
•H
Turismo Doméstico
63,0
28,6
2010
2023
Número de Turistas
Fonte: Ministério do Turismo
79
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
O plano estratégico identifica um conjunto de serviço a
desenvolver para qualificar a oferta turística…
Planeamento
Educação
• Exibir uma abordagem faseada que suporte o
crescimento económico e reflicta o princípio do
desenvolvimento sustentável do turismo
• Introduzir e implementar no turismo um
programa educacional que promova resultados
mensuráveis e valiosos
Investimento
• Concepção de esquemas de incentivos que
potenciem a viabilidade económica de
projectos no sector
Infra-estruturas e Transportes
• Suprimir problemas de transporte e de infraestruturas de centros turísticos em forte
crescimento e com elevada densidade
populacional
Marketing e Promoção
• Complementar o marketing e promoção nacional
com actividades em cada destino de forma a
criar uma marca própria e reconhecível a nível
nacional, regional e local
Fonte: Ministério do Turismo
Qualidade de Serviço
SERVIÇOS
A
DESENVOLVER
• Activar programas de Gestão de Qualidade em
todos os agentes integrantes da indústria do
turismo
Investigação e Desenvolvimento
• Assegurar a prioritização dos esforços de
Investigação e Desenvolvimento entre organismos
públicos, privados e organizações de turismo
Organização
• Assegurar o processo de institucionalização
através de conselhos estabelecidos ao nível
nacional, regional e local que asseguram a
participação de todos os stakeholders nos
processos de decisão
80
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
… e identifica prioridades em produtos que permitem um equilíbrio
entre crescimento rápido e sustentável
City Branding
Zonas de desenvolvimento
• Gerir e promover imagem de marca de cidades
com valioso património histórico e cultural
• Utilizar o turismo como ferramenta essencial
no desenvolvimento local e regional em áreas
que detenham mais que uma cidade passível
de ser transformada num destino de eleição
Cidades de Turismo
• Apostar na promoção de cidades com forte
potencial turístico e torná-la marcas
reconhecidas globalmente
Corredores
DESENVOLVIMENTO
• Desenvolver rotas para os turistas baseadas
em temas específicos através da reabilitação e
promoção do património histórico, cultural e
natural
ENFOCADO NA
Zonas de Ecoturismo
Diversificação
• Desenvolver meios para novos tipos de turismo
com especial enforque nos sectores da saúde,
termal, inverno, golf, náutico, ecoturismo e de
negócios
Reabilitação em áreas turisticas
• Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual
procura turística, promover o seu crescimento
e atenuar a sazonalidade
Fonte: Ministério do Turismo
OFERTA
• Desenvolver o turismo em regiões com recursos
naturais ricos e capazes de atrair turistas dos
mais variados mercados emissores
Turismo Doméstico
• Desenvolver produtos turísticos alternativos
de qualidade aceitável e acessível a vários
grupos da sociedade
81
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
II ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A criação de incentivos deverá ser feita numa base anual e
descentralizada
Fomento do investimento
Estratégia
Linhas de
Acção
Principais
Medidas
Concepção de esquemas de incentivos que potenciem a
viabilidade económica de projectos no sector
• Criar incentivos gerais à industria de forma a estimular o seu contributo
à economia
• Criar incentivos fiscais não só para hotéis mas também a agências de
viagens e operadores
• Desenvolver meios para fomentar o investimento directo estrangeiro
• Eliminar barreiras burocráticas, através de posto único para novas
licenças
• Definir incentivos numa base anual e capacitar entidades a promover
incentivos numa base regional/local
• Definir incentivos numa base anual
• Capacitar entidades pública de meios e autoridade para promover
incentivos numa base regional e/ou local
• Facilitar empréstimo de longo prazo com juros bonificados para
investidores
Fonte: Ministério do Turismo
82
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
III ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
O forte investimento necessário na renovação ou criação de novas
infra-estruturas leva o governo turco a promover a iniciativa
privada através de parcerias e Joint-Ventures
Infra-Estruturas e Transportes
Estratégia
Linhas de
Acção
Principais
Medidas
Suprimir problemas de transporte e de infra-estruturas de
centros turísticos em forte crescimento e com elevada
densidade populacional
• Integração de vários modos de transporte (terrestre, marítimo e aéreo)
de forma a facilitar movimento dentro do vasto território turco
• Desenvolver rede ferroviária inter-regional, rede de aeroportos
secundários e terciários e criar infra-estruturas marítimas para
cruzeiros e outros barcos
• Projecto de gestão de infra-estrutura na costa turca, através do
planeamento urbanístico e qualificando-a com instalações básicas
como centrais de tratamento de água e de resíduos, redes de esgotos
e água potável
• Incentivar parcerias com entidades privadas
• Facilitar financiamento através de uniões com governo, poder local,
instituições financeiras e entidades privadas
• Modelos de financiamento que minimizem investimento público (e.g.
Joint-Venture e parcerias em regime BOT1) ou BLOT2))
1) Build-Transfer-Operate; 2) Build-Lease-Operate-Transfer
Fonte: Ministério do Turismo
83
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
IV ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A Turquia irá reservar 1% das receitas para promover a sua marca
nos países identificados como estratégicos
Marketing e Promoção em mercados internacionais
Estratégia
Complementar o marketing e promoção em mercados internacionais com actividades de forma a criar uma marca própria e
reconhecível da Turquia e das suas regiões e cidades
Linhas de
Acção
• Comunicar valores modernos ,dissuadindo imagem da região,
tradicionalmente associada a instabilidade política e desrespeito dos
direitos humanos
• Apostar na imagem de predominância da Turquia enquanto destino
turístico sobre os outros países do Mediterrâneo
• Esforços comerciais deverão ser customizados para determinados
produtos em vez de apostar no mass market
• Organização de eventos internacionais e promoção da indústria
cinematográfica como ferramenta de promoção do país
• Monitorização constante de tendências globais e nacionais
Principais
Medidas
• Reservar 1% das receitas totais para desenvolver esforços
promocionais
• Enfocar novas campanhas em mercados asiáticos emergentes (Índia e
China) e, noutros mercados emissores tradicionais (nomeadamente,
Médio Oriente e Irão)
• Fomentar cooperação entre governo e sector privado no investimento
em promoção e no uso de novas tecnologias
Fonte: Ministério do Turismo
84
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
D ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A reabilitação de áreas turísticas focar-se-á na criação de serviços
complementares e na melhoria infra-estruturas adequadas na
envolvente das atracções turísticas
Reabilitação em áreas turísticas
Estratégia
Linhas de
Acção
Principais
Medidas
Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual procura
turística, promover o seu crescimento e atenuar a
sazonalidade
• Implementar serviços complementares para aumentar o share-ofwallet e contribuir para a atractividade de zonas turísticas durante os
12 meses do ano
• Melhorar envolvente dos centros turísticos (e.g. sistemas de
iluminação, passeios pedestres, pavimentos adequados às
movimentações dos turistas e criação de ciclo vias)
• Criação de centros de entretenimento e parques temáticos
• Construção de centros comerciais de elevada qualidade
• Fomentar o investimento de privados em actividades turísticas
complementares (e.g. golfe, health & fitness e outras áreas
desportivas)
Fonte: Ministério do Turismo
85
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A Turquia aposta na criação de corredores temáticos que
alavanquem a história do país para potenciar percursos turísticos
Estratégia de Turismo da Turquia - 2023
CONCEITO
• Corredor do Mar Negro (enfoque no desenvolvimento da cultura, sol e mar e natureza)
• Corredor Plateau (enfoque no turismo de natureza – actividades)
• Corredor Cultural (enfoque no turismo cultural)
Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023"
• Criação de 7 corredores de
desenvolvimento turístico
(cujo objectivo é organizar a
oferta criando todas as infraestruturas de transporte
necessárias)
• Corredor da Azeitona (enfoque
na saúde e gastronomia)
• Corredor do Inverno (enfoque
no desenvolvimento de oferta
turística para o inverno)
• Corredor da Fé (enfoque no
desenvolvimento do turismo
religioso)
• Corredor da Seda (enfoque no
desenvolvimento do turismo
cultural e de natureza)
86
DOCUMENTO DE TRABALHO
3
iv
F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
EXEMPLO – CORREDOR CULTURAL
O Corredor cultural1) será desenvolvido em torno do património
histórico e cultural da região de Marmana, em particular o das
cidades de Edirne, Kiklareli e Tekirdag
Exemplo - Corredor Cultural
PRINCIPAIS DESTAQUES
EDIRNE (Adrianople)
• Segunda capital do Império
Otomano, possuiu um largo
número de mesquitas
• Vestígios da presença romana
– a cidade foi reconstruída pelo
Imperador Adriano
Mesquita Selimiye
KIRKLARELI
• Património histórico de grande
riqueza desde o tempo dos
romanos e bizantinos
• Banhos turcos datados de 1683
TEKIRDAG
• Cidade fundada no século 7
A.C. no domínio Grego (com o
nome Bisanthe) com presença
romana, otomana e russa
1) Corredor de Thrace onde se localizavam tribos tracianas desde pelo menos 600 anos A.C.
Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023"
87
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em
resultado de uma aposta enfocada no Sol & Mar e no Turismo
Cultural - quase metade são Marroquinos a residir no estrangeiro
i.i
O desenvolvimento do turismo marroquino assentou no enfoque na oferta de Sol & Mar - o
país pretende tornar-se um destino de referência neste produto, estando a desenvolver 6
novos resorts de grande dimensão. Complementarmente, Marrocos está a apostar no
Turismo Cultural, recuperando e qualificando o património histórico e aumentando a sua
capacidade hoteleira
ii
ii.
O número de turistas estrangeiros em Marrocos aumentou 9% ao ano entre 2001 e 2008.
Quase metade dos turistas vindos do exterior são marroquinos não residentes no país
iii
iii.
Marrocos aposta no Turismo doméstico através do desenvolvimento de ofertas de
alojamento específicas, e do lançamento de promoções fora da época alta
iv
iv.
O Governo liberalizou o espaço aéreo e potenciou a criação de duas companhias
aéreas de baixo custo com ligações a vários mercados emissores europeus
88
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
Marrocos definiu linhas de desenvolvimento, apostando na qualificação e nos segmentos Sol & Mar e Cultural – Apesar de
ambiciosas, as metas estavam perto de serem realizadas já em 2008
Turismo em Marrocos
Pilares e linhas de desenvolvimento
Produto
Formação
•
•
•
•
Lançamento de novas estações balneares
Reposicionamento do produto cultural
Desenvolvimento do turismo rural e outros nichos
Promoção do turismo doméstico
•
•
Criação de sistema de motivação do pessoal
Reforçar a formação em Turismo permitindo um nível de serviço
elevado
•
Liberalização do transporte aéreo
Transporte Aéreo
Marketing e
comunicação
Ambiente turístico
Organização
Institucional
•
•
Aumentar os budgets promocionais
Reestruturação da promoção
•
•
•
Melhoria postos de turismo
Melhoria dos transportes terrestres
Comercialização de produtos de artesanato
•
•
Melhorar a rentabilidade dos investimentos turísticos em Marrocos
Redefinir o sistema fiscal de modo a cooperar com a estratégia
definida para o turismo
Definição de empresa turística
•
Fonte: Turismo em Marrocos; Análise da Equipa de Projecto
Objectivos 2010 v.s 2008
7,0
Turistas
Internacionais
[Milhões]
+13%
7,9
160
Número de
Camas
adicionais
[Milhares]
Postos de
trabalho
gerados
[Milhares]
Objectivo para 2010
-4%
153
600
-39%
368
Performance em 2008
89
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
i
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
O forte crescimento ambicionado foi suporte com empreendimentos de grande escala – O Plan Azur lançou a construção de 6
novos grandes resorts ao longo da costa Marroquina
Investimentos contemplados no Plan Azur
•
•
•
•
•
•
Investimento: USD 1.440 Milhões
7.000.000 m2
2.000 apartamentos e 183 vilas
Hotéis de 4 e 5 estrelas
Marina com 750 docas individuais
Golfe, centro de bem-estar, parques
aquáticos e clínicas privadas
Taghazout
Port Lixus
•
•
•
•
•
Investimento: USD 1.000 Milhões
4.620.000 m2
Hotéis de 4 e 5 estrelas
Marina com 700 docas individuais
Centro equestre, campos de golfe e
expedições de pesca
Plage Blanche •
•
•
•
•
Mogador
•
•
•
•
•
Investimento: USD 624 Milhões
5.700.000 m2
2.000 apartamentos e 183 vilas
Hotéis de 4 e 5 estrelas
Complexo de vilas de luxo
Mazagan
Saidia
•
•
•
•
•
•
•
•
Investimento: USD 1.200 Milhões
Hóteis de 4 e 5 estrelas
21.000 camas
Centros de conferências, campos de
golfe, SPA e clínicas
Investimento: USD 740 Milhões
4.620.000 m2
Hóteis de 4 e 5 estrelas
80.000 camas
Centro equestre, campos de golfe e
expedições de pesca
Investimento: USD 756 Milhões
15 km de extensão
Hóteis de 4 e 5 estrelas
Casino, centro de conferências,
golfe e oceanário
90
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
i
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
Os resorts desenvolvidos ao abrigo do Plan Azur apostam no segmento Sol & Mar mas privilegiaram localizações próximas de cidades
turísticas para poderem complementar a oferta aos seus visitantes
Localização dos investimentos contemplados no Plan Azur
Mazagan
Port Lixus
Tanger
Saidia
Rabat
Mogador
Casablanca
Taghazout
Marraquexe
Agadir
Plage Blanche
Sítio Arqueológico
de Tan Tan
91
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
i
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
Adicionalmente, Marrocos fomentou o turismo cultural, enfocandose principalmente no desenvolvimento das condições de recepção
dos turistas nas cidades com maior património histórico-cultural
Turismo cultural
Aproveitamento do património histórico
• Aposta no desenvolvimento do
Turismo nas Cidades
• Aumentar a capacidade hoteleira nas
cidades em cerca de 15.000 quartos
Posicionar os produtos históricos e culturais à
escala global e aumentar a contribuição da
cada turista
• Constituição de Programas de
Desenvolvimento Regional do
Turismo
• Lançamento de programas de
reabilitação e renovação nas cidades
• Criação de escritórios de consultoria em
cada região para proceder à análise de
mercado, ao planeamento do
reaproveitamento urbanístico e à
identificação e priorização de medidas a
adoptar
92
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
ii
EVOLUÇÃO DO SECTOR
O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um
ritmo de 8,3% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para
o crescimento dada a distância para os mercados emissores
Número de Turistas Internacionais
[Milhões de Turistas]
Turistas por mercado emissor
[Milhões de turistas; 2010]
Others
7,9
8,3
+ 8,3%
6,6
5,5
4,4
4,5
1,1
Itália
(14%)
Bélgica
Alemanha
0,2 0,2
R.U. 0,3 (2%) (2%) 0,2
(3%)
7,4
5,8
4,8
Espanha
(2%)
0,6
(8%)
Nacionais
3,7
Não Residentes
(47%)
1,7
(22%)
França
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
1) Estimativa do World Tourism Organization
Fonte: Ministério do Turismo; World Tourism Organization
2008
20091)
93
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
ii MARROCOS
Em 2010, o sector do turismo em Marrocos deverá ter contribuído
para cerca de 20% do PIB e ter assegurado de 17,3% do emprego
do país
Breve descrição – Marrocos
Marrocos
Indicadores sócio-económicos [2011]
2011
Casablanca
Rabat
Marraquexe
Agadir
População [Milhões habitantes]
31,7
PIB1) per capita [USD $]
2.864
Crescimento real do PIB [%]
1,3%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
19,5%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
17,3%
Peso do Turismo no investimento [%]
11,4%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
94
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
ii PESO NA ECONOMIA
Em 2010, o turismo contribuiu para o PIB com cerca de USD 18 mil
milhões e garantiu 1,9 milhões de postos de trabalho
Peso do Turismo na economia de Marrocos
[2005-2010]
Emprego directo e indirecto gerado pelo sector
['000]
Contribuição do sector para o PIB
[USD mil milhões]1)
CAGR
05-10
2.090
1.899
17,1
1.995
1.912
1.902
1.627
990
Indirecto
1.126
CAGR
05-10
18,0
17,8
18,0 Directo e
indirecto
8,0
8,3
14,9
4,2%
12,1
1.097
1.062
1.040
847
7,3
8,0
8,2
2007
2008
5,9
Directo
8,3%
Directo
7,0%
2,0%
780
909
964
899
850
862
2005
2006
2007
2008
2009
2010E
2005
2006
2009 2010E
1) convertido à taxa de câmbio x / USD de Março/2011 = 0,63
Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto
95
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
iii ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A aposta no turismo doméstico foi sustentada na promoção, no
desenvolvimento de alojamento próprio e na criação de produtos
específicos e de tarifas promocionais
Turismo doméstico
Distribuição
e promoção
Desenvolvimento de
produtos
Principais acções
Objectivos
• Estudo sobre o comportamento dos turistas
Marroquinos
• Identificação e promoção dos recursos de cada região
• Campanhas internas e direccionadas para o turismo
doméstico
• Incentivos às agências de viagens que desenvolvam
produtos destinados a turistas nacionais
• Aumentar o número de turistas
domésticos de cerca de 1,2
milhões em 2000 para 2 milhões
em 2010
• Incentivos ao desenvolvimento de instalações focados
no sector doméstico através de mecanismos de
cooperação com o sector privado, cabendo ao Estado o
desenvolvimento de infra-estruturas complementares
• Reabilitação urbana e de espaços históricos
• Desenvolvimento de produtos específicos para o
mercado doméstico (e.g. enfoque nos fins-de-semana e
campanha fora das épocas altas)
• Sistemas de tarifas promocionais para cidades
nacionais
• Investir em cerca de 30.000
camas, 19.000 das quais em
parque de campismo
96
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
iv ORGANIZAÇÃO
A estrutura do Ministério do Turismo é complementada por
organizações institucionais que visam integrar diversos agentes
na definição de estratégias a nível nacional e regional
Estrutura Organizacional do
Ministério do Turismo
Comissão
Estratégica
Ministro
Secretaria
Geral
Inspecção
Geral
Planeamento &
Investimentos
Administração &
Financeira
Organizações Institucionais Complementares
Federações
Nacionais
Conselhos
Regionais
Empresas e
Actividades turísticas
• Autoridade para coordenação do sector que incorpora os Ministros
do Turismo, do Interior e da Economia e Finanças de forma a
assegurar uma implementação universal das linhas de
desenvolvimento definidas
• Composto por 184 membros dos vários agentes do sector (indústria
hoteleira, agências de viagem, transportadoras e restaurantes) tem
como objectivo fomentar a sua representação na Administração
Pública
• Presentes em todas as regiões têm como missão o planeamento e
posicionamento turístico de cada região, a definição de
investimentos ou infra-estruturas a realizar e criar condições para
extrair investimento privado usando fundos locais e soberanos
Formação &
Cooperação
Centros
Regionais de
Investimento
• Centros de apoio à formação de empresas e apoio a actuais
investidores através da disponibilização de informação e de
serviços de consultoria no processo de obtenção de autorizações
Estratégia &
Coordenação da
promoção
Observatório
• Organização responsável pela captação, desenvolvimento e
publicação de informação sobre o turismo
97
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A abertura do espaço aéreo, o fomento da competitividade dos
aeroportos e a atracção e criação de linhas Low-Cost
proporcionaram um forte crescimento do número de passageiros
Iniciativas realizadas para fomentar o transporte aéreo
Resultados
Reestruturação
do sector
• Liberalização do espaço aéreo
• Abertura a companhias aéreas
estrangeiras
• Criação de parcerias com operadores
turísticos integrados dos principais
mercados emissores de forma a
potenciar o número de voos
Número de
companhias
aéreas
2008
42
+38%
2006
22
2008
Competitividade
• Criação de Low-Costs: Atlas Blue1) e
Jet 4 You
• Novas politicas de preços nas taxas
aeroportuárias
• Descida de preços dos serviços de
Handling e abertura à concorrência
através do licenciamento de
operadores privados
136.071
Movimentos
comerciais
Passageiros
transportados
[Milhões]
+22%
2006
91.300
2008
11,3
+33%
2006
6,4
1) integrada na Royal Air Maroc em 2009
98
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
iv OBJECTIVOS DE CRESCIMENTO
O sucesso das iniciativas passadas reforça a ambição expressa no
novo plano turístico definido para o período até 2020
Visão 2020
Tornar Marrocos um destino entre o Top-20 mundial e
impor-se como um destino de referência em matéria
de desenvolvimento sustentável em todo o
Mediterrâneo, continuando a fazer do Turismo um
dos principais motores de desenvolvimento
económico, social e cultural de Marrocos, através da:
– Modernização e integração do país no processo
de globalização
Visão 2020
– Criação de riqueza económica das regiões para
melhorar o bem-estar de toda a população
– Preservação, valorização e racionalização do
património cultural e natural
99
DOCUMENTO DE TRABALHO
4
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
Com tudo constante e para alcançar o objectivo proposto na Visão
2020, Marrocos teria que adicionar 3,6 milhões aos actuais 8,3
milhões de turistas que visitam o seu território
Top 10 mercados receptores de turistas
[Milhões de turistas; 2009]
74,2
11,9
10,9
França
#1
Polónia
#20
Arábia
Saúdita
#21
Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer
10,4
9,9
9,3
+43%
9,1
8,3
8,3
8,0
7,8
7,5
Coreia
do Sul
#29
Singapura
Macau
Holanda
Croácia
Hungria
Marrocos
Suíça
Irlanda
#22
#23
#24
#25
#26
#27
#28
#30
100
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta
de Sol & Mar, Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros
são de origem Cabo-Verdiana
i.i
Cabo Verde desenvolveu a oferta turística de Sol & Mar, Cultura e Natureza, tendo enfocado
cada ilha numa das ofertas
ii.ii
A grande maioria dos turistas estrangeiros de Cabo Verde são originários da Europa,
sendo que cerca de 30% do total são de ascendência Cabo-Verdiana - os turistas
estrangeiros aumentaram 12% ao ano desde 2006
iii
iii.
Em Cabo Verde o Turismo doméstico não tem expressão nem foi alvo de qualquer política
de desenvolvimento
iv
iv.
O Governo liberalizou o espaço aéreo, contribuindo assim para o aumento do número de
ligações aos mercados europeus e para o crescimento do sector. A estratégia futura passa
pelo alargar da actividade ao conjunto das ilhas, melhorando as infra-estruturas turísticas
e de apoio, aumentando as ligações aéreas, reforçando a promoção e potenciando a
sustentabilidade, entre outras medidas
101
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO
O reposicionamento estratégico constante no plano de marketing
de 2010-2011 potencia sinergias através da agregação em grupos
de ilhas capazes de atrair diferentes segmentos de mercado
Posicionamento tradicional
• Aposta em produtos âncora
no Sol & Mar
• Desenvolvimento de
actividades relacionadas com
o segmento (e.g. Desportos
náuticos e animação cultural
e nocturna)
Reposicionamento segundo o Plano de Marketing 2010-2011
Ilhas do Sol
"Apaixone-se"
pelas ilhas do Sal,
Boavista e Maio
Posicionamento tradicional
Ilhas da
Essência
"Envolva-se"
pelas ilhas de
Santiago e São
Vicente
Ilhas dos
Sentidos
"Surpreenda-se"
pelas ilhas de
Santa Antão,
Santa Luzia, São
Nicolau, Fogo e
Brava
• Concentração de turistas em
apenas 3 das 10 ilhas do
arquipélago
• Reduzida capacidade de
captação de riqueza por
parte da generalidade da
população
A necessidade de fomentar o turismo sustentável e o reconhecimento da falta
• Elevada sazonalidade
de capacidade de promover cada ilha de forma individualizada, levou
• Potencial para aumentar
Cabo Verde a agrupar ilhas, para direccionar cada conjunto para
duração média de estadia 2010
segmentos de mercado específicos
102
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO
As Ilhas do Sol apresentam como produto âncora o Sol & Mar
complementando a oferta com desportos náuticos – Descanso,
relaxe, resorts e turismo residencial são alvos preferenciais
103
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO
As Ilhas da Essência promovem o património cultural e as suas
cidades focando-se nas viagens de negócios, eventos e em
turistas de ascendência Cabo-Verdiana
104
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
i
ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO
As Ilhas dos Sentidos agregam territórios com "natureza insólita e
exótica" – Promoção complementada com eventos culturais e
fomento de actividades desportivas para nichos de mercado
105
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii
MERCADOS EMISSORES
A proximidade com a Europa torna-a o maior mercado emissor,
salientando-se que 29% dos turistas internacionais são
expatriados ou descendentes de Cabo-Verdianos
Turistas internacionais por mercado de
origem [%; 2009]
Turistas de ascendência cabo verdiana
Outros
4%
Portugal
16%
Turistas de
ascendência
Cabo-Verdiana
25%
Espanha
5%
1%
1%
Alemanha
Reino Unido
22%
Itália
E.U.A.
29%
Alemanha 7%
29%
França
43%
Portugal
71%
E.U.A.
7%
16%
Itália
Outros turistas
internacionais
10%
Reino Unido
13%
França
Fonte:
Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde
106
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii TIPO DE TURISMO
93% dos turistas viajam por motivos de lazer, elegendo os resorts
como principal tipo de alojamento
Tipo de viagem
[%; 2009]
19%
Total de despesas efectuadas
[%; 2009]
Despesas
efectuadas
em Cabo Verde
Organizado & All Inclusive
40%
23%
29%
Actividade desportivas
Organizado & não All Inclusive
2%
77%
52%
Individual
Despesas
efectuadas
antes de chegar
a Cabo Verde
3%
4%
Artesanato
5%
4%
15%
Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde
Rent-a-car
Comunicação
Transporte entre ilhas
Alojamento
27%
Fonte:
Outros
Alimentação e bebidas
107
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii
EVOLUÇÃO DO SECTOR
Em 2010, Cabo Verde recebeu cerca de 383 mil turistas
internacionais – o rápido crescimento do número de turista tem
induzido o investimento em capacidade do sector
Crescimento do Turismo de Cabo Verde
[2006-2010]
Número de Turistas Internacionais
['000]
Número de camas
[Milhares]
382,83
+12%
323,49
267,19
285,14
241,74
+7%
8,83
2006
2007
2008
2009
Fonte: INE de Cabo Verde; Análise Equipa de Projecto
2010
2006
9,77
10,19
10,61
2007
2008
2009
11,72
2010
108
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii CABO VERDE
Em 2010, o sector do turismo em Cabo Verde deverá ter contribuído
para quase metade do PIB e ter assegurado cerca de 40% do
emprego do país
Breve descrição – Cabo Verde
Cabo Verde
Indicadores sócio-económicos [2011]
Santo Antão
2011
Sal
População [Milhares de habitantes]
513
São Vicente
PIB1) per capita [USD $]
São Nicolau
3.445
Boa Vista
Crescimento real do PIB [%]
5%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
44,5%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
39,5%
Peso do Turismo no investimento [%]
25,1%
Maio
Brava
Fogo
Santiago
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
109
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
ii PESO NA ECONOMIA
O turismo contributo para o PIB estima-se em USD 423 milhões,
garantindo 19,4 mil de postos de trabalho
Peso do Turismo na economia de Cabo Verde
[2005-2010]
Emprego directo e indirecto gerado pelo sector
['000]
Contribuição do sector para o PIB
[USD milhões]
CAGR
05-10
CAGR
05-10
478,4
25,0
21,9
412,6
23,4
19,8
17,1
Indirecto
12,2
10,1
19,4
9,8
9,6
423,1 Directo e
indirecto
195,0
210,2
2009
2010
15,2%
309,4
11,5
8,0
394,0
3,7%
239,1
208,3
207,1
164,5
Directo
14,0%
109,1
Directo
9,1
2005
11,8
12,8
11,9
2006
2007
2008
10,0
9,8
2009
2010
1,5%
2005
2006
2007
2008
Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto
110
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iv TURISTAS INTERNACIONAIS
Cabo Verde registou um aumento do número de movimentos de
passageiro de 10,5% durante o período entre 2006 e 2008 – O
crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo
Movimento de passageiros internacionais
[milhares; 2006-2008]
10,5%
688,0
620,3
2,9%
563,9
469,8
410,1
434,5
14,1%
153,8 150,0
200,3
53,2
0
Total
2006
2007
A.I. Sal
A.I. Praia
0,5
A.I. Boavista
2008
Crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo a novas linhas aéreas
e pela construção de novos aeroportos
111
DOCUMENTO DE TRABALHO
5
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
No plano para o período de 2010 a 2013, Cabo Verde identificou
como prioridades a melhoria do nível de competitividade, o desenvolvimento sustentável e a interiorização dos benefícios da indústria
Plano 2010 a 2013 – Prioridades
1
Competitividade
2
Sustentabilidade
3
Interiorização e
Democratização
Melhoria do nível de competitividade de sector
• Reduzir custo de acesso por via aérea e marítima
• Centralizar e melhorar as campanhas de promoção turística
• Promover incentivos locais que dinamizem projectos sustentáveis
• Aumentar o número de turistas internacionais para 500.000 até 2013
Promoção da sustentabilidade do turismo
• Aumentar oferta e fiabilidade dos sistemas de fornecimento de águas, energia e
saneamento
• Promoção e gestão do turismo de forma a preservar o ambiente e a riqueza sóciocultural
• Criar Fundo de Sustentabilidade Social a partir de receitas do governo para reduzir
impactos negativos da actividade
Potenciar interiorização e democratização dos benefícios da indústria
• Desenvolver transportes inter-ilhas para diminuir concentração e aumentar a
estadia média
• Apostar na qualidade e diversificação da oferta, incentivando o
empreendedorismo de pequenas e médias empresas
• Incentivar investimento em industrias de fornecimento de serviços e/ou
produtos ao sector hoteleiro
112
DOCUMENTO DE TRABALHO
iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
5
O Plano Estratégico do Turismo de Cabo Verde está suportado em
6 eixos de intervenção
Plano 2010 a 2013 – Eixos de intervenção
ACESSOS
•
MONITORIZAÇÃO
•
•
Aprofundar os mecanismos de
monitorização da actividade
Implementar mecanismos de
monitorização da satisfação do turista
e aprofundamento do seu
conhecimento
SUSTENTABILIDADE
•
•
•
Modernização dos aeroportos e
desenvolvimento de ligações aéreas
ao exterior, e aéreas, marítimas e
rodoviárias internas
INFRA-ESTRUTURA
GERAL
•
•
•
EIXOS DE
INTERVENÇÃO DO
TURISMO DE CABO
VERDE
Redução do impacto do turismo no meio
•
ambiente, e promoção do ambiente
enquanto produto turístico
•
Integração da cultura Cabo-Verdiana na
oferta turística, promovendo o
ESTRUTURA INSTITUCIONAL
desenvolvimento das actividades
a ela associadas
• Reforço da estrutura central do turismo
Estimulo do empreendedo• Adequação da legislação do sector
rismo associado ao turismo
Adequação dos meios de saúde
Melhoria dos níveis de segurança
Reforço da produção e distribuição de
água e melhoria do saneamento
• Melhoria das comunicações
INFRA-ESTRUTURA TURÍSTICA
Aumento da capacidade hoteleira, e
melhoria da qualidade da oferta
Melhorar a promoção externa do destino
Cabo Verde
• Adequar a política fiscal do sector
ao seu desenvolvimento sustentável
113
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ÁFRICA DO SUL
A África do Sul tem uma oferta diversificada de produtos, cobrindo
a totalidade do território, no entanto ainda não consegue captar
grandes fluxos de fora de África
i.i
A oferta turística da África do Sul é diversificada e geograficamente dispersa, no entanto,
3 das 9 províncias do país geram mais de 80% das receitas provindas de turistas
estrangeiros
ii.ii
O turismo da África do Sul beneficia do peso económico do pais na região, o que resulta
num elevado número de turistas, mas muito concentrados nos países fronteiriços – os
cinco maiores mercados emissores da África do Sul fazem fronteira com o país e geram
75% dos turistas externos
iii
iii.
O turismo nacional tem vindo a decrescer nos último anos, sendo menos concentrado
geograficamente que o Turismo externo
iv
iv.
O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – Financeiro, Controlo e
Qualidade, Operações e Marketing. O departamento de marketing foi estruturado sobre
uma visão de produtos e mercados alvo
114
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
i
OFERTA
A África do Sul oferece um leque bastante diversificado de
produtos turísticos, experiências e conteúdos
Produtos turísticos
Cultura
Aventura
Exótico
Desporto
Cozinha
UMA OFERTA
DIVERSIFICADA
Sol & Mar
Beleza Natural
Aventura
Vida Selvagem
Montanhas
Cidades
A selecção dos produtos a desenvolver assentou em estudos aprofundados da procura
115
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
i PESO NA ECONOMIA
O país é um dos mais desenvolvidos do continente africano – em
2010 o sector do turismo terá representado 7,7% do PIB e 13% do
investimento
Breve descrição – África do Sul
Divisão política da África do Sul
Indicadores sócio-económicos [2010]
2010
População [Milhões habitantes]
49,9
Pretória
PIB1) per capita [USD $]
10.505
Joanesburgo
Cidade do Cabo
Crescimento real do PIB [%]
3,0%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
7,7%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
6,9%
Peso do Turismo no investimento [%]
13,0%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
116
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
i PESO NA ECONOMIA
O Turismo na África do Sul representa mais de 1 milhão de
empregos e receitas de USD 20,8 mil milhões
Peso do Turismo na economia Sul Africana
[2004-2008]
Emprego gerado directo e indirecto gerado pelo
sector ['000]
Contribuição do sector para o PIB
[USD mil milhões]1)
CAGR
04-08
1.042
850
911
946
781
Indirecto
Directo
360
17,4
439
392
410
20,8 Directo e
indirecto
CAGR
04-08
16,5%
14,9
5,1%
412
12,9
11,3
421
458
501
534
2004
2005
2006
2007
603
9,4%
2008
4,7
5,3
2004
2005
6,1
6,7
2006
2007
7,8
Directo
13,5%
2008
1) convertido à taxa de câmbio ZAR/ USD de 31/Dez/2008 = 0,1043
Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto
117
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
i DISPERSÃO GEOGRÁFICA
Não obstante a diversidade de oferta e a cobertura do território, as
3 principais regiões turísticas do país captam mais de 80% da
receita gerada por turistas estrangeiros
Receita gerada e estada média por província – turistas estrangeiros
Distribuição das receitas geradas
[2009]
Duração média da estadia
[2009]
Limpopo
Outros
3,4
19%
Gauteng
North West
43% Western Cape
6,1
Mpumalanga
3,6
3,2
KZN 11%
Free State
Northen Cape
4,8
5,6
27%
KwaZulu-Natal
6,5
Eastern Cape
9,9
Gauteng
Western Cape
12,3
Fonte: South Africa Tourism
118
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ii TURISMO DE ESTRANGEIROS
Os turistas estrangeiros geram dois terços das dormidas do país e
são o motor do crescimento do sector
Evolução das dormidas de estrangeiros e de nacionais
[2005-2009]
Total de dormidas por tipo de mercado
[milhões]
Evolução da dormida média de estrangeiros e
nacionais
-2.3%
215
226
CAGR
05-09
224
196
Dormidas
estrangeiros
Dormidas
nacionais
60
68
71
(36%)
155
2005
Fonte: Annual Tourism Report
158
2007
8,0
Estrangeiros
75
125
(64%)
2008
2009
7,9
+4,2%
7,5
4,3
149
-5,2%
CAGR
05-09
8,2
4,4
-1,6%
4,5
4,2
Nacionais
-0,6%
2005
2007
2008
2009
119
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ii TURISMO DE ESTRANGEIROS
O crescimento dos turistas estrangeiros tem sido assente na
captação de novos mercados e de novos segmentos por parte da
África do Sul
Turismo de Estrangeiros
> Dormidas de estrangeiros cresceram a uma taxa média anual de 4,2%,
desde 2005
> Lesoto, Zimbabué e Moçambique são os 3 principais mercados emissores
de turistas para África do Sul
> Visitas de turistas estrangeiros representam 25% do número total de
turistas no país, mas cerca de 78% do total de receitas gerado
> Western Cape, Guateng e Kwazulu-Natal são as províncias sul africanas
que mais turistas estrangeiros recebem
> Cada turista estrangeiro, em média, visita 1,2 províncias por viagem
• Cerca de 71,2M de
dormidas
• Estada média de
aproximadamente 7,5
noites
• Turistas estrangeiros
gastam em média
USD 150 por dia
> 61,8% dos turistas estrangeiros têm entre 25 e 44 anos
Fonte: Análise Equipa de Projecto
120
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ii TURISMO DE ESTRANGEIROS – DIMENSÃO
O número de turistas estrangeiros atingiu 9,9 M em 2009, representando uma taxa de crescimento média anual de 7,8% desde 2005 –
crescimento deverá ser maior em 2010 devido ao Mundial de
Futebol
Performance dos turistas estrangeiros
[2005-2009]
Evolução do número de turistas e dormidas de
estrangeiros no pais [milhões]
Evolução da dormida média e do gasto médio diário
[#; USD]
CAGR
05-09
9,1
9,6
9,9
+7,8%
8,4
Turistas
7,4
60,3
75,3
66,5
68,2
8,0
8,2
7,9
8,2
7,5
157,6
-1,6%
149,7
141,7
128,4
71,2
103,5
+4,2%
Dormidas de
estrangeiros
2005
Dormida
média
CAGR
05-09
2006
Fonte: Annual Tourism Report
2007
2008
2009
Gasto
médio por
dormida
-1,3%
2005
2006
2007
2008
2009
121
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ii MERCADOS EMISSORES
Os maiores mercados emissores para a África do Sul são os
países fronteiriços – os 5 maiores geram 73% das entradas
Principais mercados emissores de turistas para a África do Sul
['000; 2009]
Top 10 mercados emissores – países africanos, via
aérea
Top 10 mercados emissores - global
Lesoto
2.098
Zimbabué
1.574
Moçambique
1.361
Suazilândia
1.088
Botswana
Angola
73%
39,2
RD Congo
116,7
32,0
Quénia
28,2
Tanzânia
16,5
Mauricia
15,7
487
263
Namibia
217
Alemanha
211
Zâmbia
45,5
836
Reino Unido
EUA
Nigéria
164
Uganda
14,0
Gana
Egipto
12,6
5,3
x% Peso no total de entradas na África do Sul
Fonte: South Africa Annual Tourism Report
122
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
ii
MERCADOS EMISSORES
BACKUP
Reino Unido, Holanda e França são, entre os principais mercados
emissores de turistas globais, aqueles em que a África do Sul tem
uma quota de mercado mais elevada
Quota do destino África do Sul nos principais mercados emissores
[%; 2009]
0,8%
0,7%
0,5%
Quota média
0,41%
0,4%
0,3%
0,3%
0,2%
0,1%
Alemanha
EUA
Fonte: South Africa Annual Tourism Report
Reino
Unido
França
Itália
Canadá
Holanda
China
123
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
iii TURISMO DOMÉSTICO
Os turistas domésticos têm vindo a diminuir o seu peso relativo no
sector durante os últimos anos
Turismo Doméstico
> Turismo doméstico foi fortemente afectado pela crise financeira
global, tendo decrescido 8% em 2009
> Turismo doméstico representa cerca de 64% do número de
dormidas do país e 22% das receitas geradas pelo sector
> Visita a amigos e familiares representa 76% das viagens de
turistas nacionais
> KWA Zulu Natal é a principal região de destino do mercado
doméstico enquanto que Gauteng é a principal região emissora
de turistas
Fonte: Análise Equipa de Projecto
• Aproximadamente
125,1M dormidas
• Dormida média de 4,2
noites
• Turistas domésticos
gastam em média de
aproximadamente
USD100 por dia
124
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
iii TURISMO DOMÉSTICO
As províncias de Kwazulu Natal e Eastern Cape representaram
aproximadamente 50% do total de dormidas de turistas nacionais
Segmentação do mercado doméstico de turistas
[%; 2009]
Número de turistas nacionais por motivo de visita
Religioso Médico
Negócios
1,0%
6,2% 4,6%
Peso de cada Província no total de dormidas de
turistas nacionais
Northe West Northern Cape
Free State
2,0%
5,0%
Mpumalanga
4,0%
6,0%
Férias
12,0%
Limpopo
Kwazulu Natal
29,0%
8,0%
12,0%
Western Cape
76,2%
Visita a amigos
e familiares
Fonte: Annual Tourism Report
20,0%
14,0%
Easterna Cape
Gauteng
125
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
iii DESENVOLVIMENTO FUTURO – TURISMO DOMÉSTICO
A aposta no turismo doméstico passará pelo fomento dos
segmentos mais atractivos – jovens casais e idosos apresentamse como os sectores mais rentáveis
Mercado doméstico – sub-segmentos de turistas nacionais
Receita média diária
Segmento
Idade
5.000
B
4.500
4.000
G
A
Jovens com propensão
para viajar
B
"Jovens casais" com
disponibilidade financeira
C
"Casais modernos"
D
Casais independentes
E
Casais meia idade com
pouco excedente
financeiro
F
Casais mais velhos com
pouco dinheiro para férias
>30
G
Idosos com propensão
para viajar
>30
3.500
3.000
18-35
<50
31-50
C
2.500
D
2.000
>30
F
1.500
E
A
1.000
500
0
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Dormida
média
31-50
Dimensão de acordo com o # de pessoas no escalão etário respectivo
Fonte: South Africa Tourism Report
126
DOCUMENTO DE TRABALHO
6
iv PAPEL DO ESTADO
O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – O
departamento de marketing foi estruturado sobre uma visão de
produtos e mercados alvo
Organização do turismo
Conselho de
Administração
Dep.
Financeiro
Dep. Controlo
de Qualidade
Dep.
Operações
Dep.
Marketing
Recursos Humanos
Operações
Ásia,
Américas e
Australásia
Europa
Estudos estratégicos
Sistemas de Informação
Marketing & Advertising
Administração
Eventos
Segmentos por
produto
Turismozde negócios
Produto
Direcções
regionais
Alemanha
Ásia Pacífico
Holanda
Índia
Itália
Austrália
França
EUA
África
Doméstico e
SADC
Relações
comerciais
Reino Unido
E-Marketing
Country managers
Comunicações
Fonte: Annual Turism Report
127
DOCUMENTO DE TRABALHO
BOTSWANA
7
O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta
enfocada em Turismo de Natureza, sobretudo na zona norte do
país com mais de 90% das visitas e receitas geradas
i.i
O Botswana tem um posicionamento premium e, apesar da diversidade e dispersão
dos parques naturais, gera mais de 90% das visitas e receita turísticas no norte do
país
ii.ii
Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2 países – África do
Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e Europa representam menos de 10%
iii.
iii
O reconhecimento da importância dos recursos naturais como principal motor do
turismo implicou a necessidade de fomentar uma maior colaboração entre os
departamentos do Turismo e da Conservação do Ambiente, forçando a sua
colocação debaixo da alçada do mesmo ministério
iv.
iv Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e no
desenvolvimento de uma oferta multi-produtos, o Governo pretende potenciar o
crescimento do sector para 4 milhões de turistas em 2020
128
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
i
SECTOR
No Botswana, o Turismo gera 6,7% do PIB e 3,5% do emprego
Breve descrição – Botswana
Divisão política do Botswana
Indicadores sócio-económicos [2010]
2010
Chobe
População [Milhões habitantes]
1,86
Ngamiland
Northeast
PIB1) per capita [USD $]
16.170
Central
Ghanzi
Kweneng
Kgatleng
Kgalagadi
Southern
Southeast
Crescimento real do PIB [%]
4,8%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
8,5%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
10,3%
Peso do Turismo no investimento [%]
4,9%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
129
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
i
DISPERSÃO GEOGRÁFICA
O país tem um posicionamento premium e concentra as
actividades turísticas na região do Chobe e do Delta do Okavango
Breve descrição das principais atracções turísticas
Chobe
National Park
> Posicionamento premium orientado aos turistas
Sul Africanos
> Enfoque do investimento e promoção turística em
apenas alguns recursos levou a uma elevada
concentração da actividade turística
Delta do
Okavango
Deserto do
Kalahari
Mashatu
Game
Reserve
– 95% das entradas e 91% das receitas
associadas aos parques naturais estão
concentradas apenas em dois: Chobe
National Park e o Moremi, no Delta do
Okavango
> No entanto, existem muitos outros pontos de
interesse que só agora o Botswana parece
começar a querer explorar:
– Os demais parques naturais
– Pontos turísticos de interesse cultural e/ou
arqueológico
Fonte: Department of Wildlife
130
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
ii TURISTAS INTERNACIONAIS
O número de turistas internacionais que elegem o Botswana como
destino de visita foi de quase 1,9 milhões em 2009, ultrapassando
o tamanho da população do próprio país
Evolução do número de turistas internacionais
[Milhares de turistas; 1994-2009]
1.592 1.543
20
1.451 1.485 187
257
1.684 1.642
210
216
1.760
305
1.814
314
1.876
CAGR
1994-2009
324
5,0%
211
1.124
1.028
940
201
196
764
Visitas
de um dia
620
156
Visitas
463
Prolongadas
1994
656
533
12
521
190
158
1.193 1.274
144
512
607
1995 1996 1997
750
832
1998
1999
1.406
1.553
1.523 1.474
1.426 1.455 1.500
8,4%
923
2000
2001 2002 2003
2004
2005
2006 2007 2008F 2009F
Dada a dimensão do mercado externo e o posicionamento premium do sector hoteleiro, o Botswana tem-se
prestado pouca atenção ao turismo doméstico
Fonte: Departamento de Turismo
131
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
ii MERCADOS EMISSORES
Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2
países – África do Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e
Europa representam menos de 10%
Turistas por país de origem
[2005]
Meio de transporte utilizado pelo viajantes
[2005]
Outros Países
Africanos
Aéreo Outro
4,4%
0,2%
16%
Outros
Outros
3%
Europeus
4%
Reino
Unido 2% 2%
Américas
40%
África do Sul
33%
Zimbabwe
Turismo ainda muito dependente dos países vizinhos,
principalmente por viagens associadas a visitas de
amigos e familiares
Fonte: Department of Tourism
95,4%
Estrada
A dificuldade de obter acesso a directo ao país é um
dos principais constrangimentos à atracção de turistas
estrangeiros
132
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
ii MERCADOS EMISSORES
Os mercados não Africanos têm gastos médios por viagem 3 a 4
vezes superiores aos dos países africanos
Despesa média diária por propósito de visita
[2005; USD $]
% sobre total
de turistas
4,2%
15,8%
21,1%
58,9%
Despesa média por viagem
[2005; Mercados; USD $]
Por
dia
110
133
124
118
661
644
66
64
45
1.036
84
73
784
Gasto médio: 54
Gasto médio:
33
294 178
168
154
n/a
Negócios
Fonte: Department of Tourism
Lazer
Família &
Amigos
Outros
Canadá E.U.A.
Reino
Unido
França Namíbia África Zâmbia
do Sul
133
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
iii ORGANIZAÇÃO
O Botswana reconheceu a importância dos recursos naturais
como principal motor do turismo, colocando-o sob a alçada do
Ministério do Ambiente, Vida Selvagem e Turismo
Organização do sector
Ministério do Ambiente,
Vida Selvagem e Turismo
Turismo
Nacional e
Monumentos
Assuntos
Ambientais
Gestão de
Resíduos e
Controlo de
Poluição
Vida Selvagem
e dos Parques
Nacionais
Florestas e
Recursos
Associados
Serviços
Meteorológicos
Gestão do
Ministério
Departamentos
134
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
iv DESENVOLVIMENTO FUTURO
O enfoque em segmentos de maior valor levou a uma grande
concentração em determinados produtos e geografias – nova
aposta enforcar-se-á na massificação da oferta turística
Evolução do conceito de Turismo
1966 – Independência
2000 – Novo Plano de Turismo
High value – low volume
> Durante a segunda metade do século XX, o Botswana
apostou numa oferta turística enfocada nos segmentos de
valor mais elevado, o que permitiu:
– Atracção de turistas com consumo médio por viagem mais
elevado
– Controlo do número de turistas o que contribui para uma
maior preservação do ambiente e para a garantia da
prestação de serviços com qualidade diferenciadora
> No entanto, esta aposta limitava o crescimento do sector
devido à:
– Imagem de exclusividade que inibia a atracção de
segmentos com menor poder de compra, limitando dessa
forma, a procura doméstica e regional
– Concentração do investimento e promoção turística em
apenas um tipo de oferta e restrita apenas a,
principalmente, 2 parques naturais
– Efeito multiplicador da riqueza é menor devido à reduzida
atracção de turistas para o restante o território
Fonte: Governo; Análise Equipa de Projecto
High volume – mixed price
> No ano de 2000, o governo do Botswana introduz o novo
Tourism Master Plan, definindo novas linhas de orientação
que visavam alargar o turismo nacional a um maior leque de
segmentos
> Uma maior massificação do sector do turismo visa:
– Alargar os benefícios económicos associados ao turismo a
um maior número de regiões
– Aumentar o envolvimento social, através da iniciativa
privada de um maior número de pessoas pelas diferentes
regiões
– Aproveitamento de parques naturais sub-explorados (e.g.
Deserto do Kalahari)
– Diversificação e promoção de diferentes pontos de
interesse turístico para incrementar a procura e combater a
sazonalidade existente (e.g. espaços culturais, etnográficos e arqueológicos)
– Promover o turismo doméstico e regional com especial
enfoque nos segmentos que viajam a pretexto de visitas
familiares ou de amigos
135
DOCUMENTO DE TRABALHO
7
iv DESENVOLVIMENTO FUTURO
Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e
no desenvolvimento de uma oferta multi-produtos o Governo
pretende chegar a 4 milhões de visitantes já em 2016
Desenvolvimento de
produtos e estratégia
de diversificação
• Promover o
empreendedorismo e
potenciar outros recursos com interesse
turístico (e.g. minas,
grutas e museus)
Aumento de
Gestão ambiental e
capacidade e formação cultural
de Recursos Humanos • Planeamento e
• Criação de novas
regulação da
infra-estruturas,
actividade de forma
incluindo escolas de
a preservar o
formação hoteleira
património natural e
cultural do país
+11%
4,0
Estratégias para o sector do Turismo
Promoção e Marketing
• Atracção internacional enfocada nos
países de maior retorno face ao
investimento necessário
• A captação de turistas alavancada
pela promoção de produtos
destinados a pequenos períodos de
tempo (e.g. fim de semana)
Promoção do investimento
privado
• Aposta na redução de barreiras
burocráticas e criação de
incentivos fiscais
• Fomento da colaboração de
instituições financeiras no suporte
técnico e financeiro a potenciais
investidores
1,9
2009
xx%
2016
Taxa média anual de crescimento
136
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
QUÉNIA
O Quénia potenciou o seu património natural / animal e as ligações
coloniais, complementado com uma oferta de praias, tendo se posicionado como destino capaz de atrair turistas de outros continentes
i.i
A oferta do Quénia é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Mar - associados
aos seus principais recursos
ii.ii
O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de outros continentes, com Reino
Unido, Alemanha e Itália a originarem quase metade dos turistas que entram no país
iii
iii.
O Quénia não adoptou qualquer estratégia de desenvolvimento do turismo doméstico –
todo o esforço tem sido no sentido de captar turistas estrangeiros
iv
iv.
O Turismo do Quénia potenciou a captação de turistas estrangeiros através do
alargamento do número de ligações aéreas aos principais mercados emissores e a
criação de presença junto dos mercados. Actualmente encontra-se a desenvolver infraestruturas de apoio e promover actividades complementares à oferta tradicional para
potenciar o sector e combater a elevada sazonalidade
137
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
i OFERTA
A oferta turística centra-se em dois produtos chave – actividades
associadas à vida animal e Sol & Mar
Principais produtos turísticos do Quénia
Reservas naturais e game
reserves registaram cerca
de 2,4 milhões de
visitantes em 2010
Enfoque da oferta turística nas vantagens competitivas já claramente
identificadas e publicitadas
Em 2010, o número de
dormidas em hotéis junto
à costa ultrapassou os 3
milhões, representando
cerca de 48% do número
total registado no Quénia
138
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
ii MERCADOS EMISSORES
O Quénia aumentou o número de turistas 12% ao ano entre 2004 e
2007, tendo conseguido atrair turistas de mercados longínquos e
de maior valor, incluindo europeus e os E.U.A
Desenvolvimento do Turismo no Quénia
Turistas
[2004-2009; # Chegadas]
Turistas por país de origem
[2010; % Dormidas]
Clima de instabilidade e violência
pós-eleições de 2008
Nacionais
+12%
Outros
1.199
67
1.399
130
1.464
34%
1.686
Outros
165
150
1.141
96
886
1.063
1.088
1.392
150
1.061
Estrangeiros
66%
936
Business
246
206
226
242
2004
2005
2006
2007
109
181
2008
2009
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
22%
30%
1.279
Holiday
Reino Unido
2%
17%
África do Sul 2% 3%
Alemanha
Escandinávia
3%
Uganda
6%
9%
6%
Suíça
Itália
França E.U.A.
2010
139
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
ii SECTOR
As receitas de turismo no Quénia cresceram 10% ao ano desde
2006, estimando-se que possam duplicar até 2020
Contributo do turismo na economia nacional – Quénia
Receitas associadas ao Turismo
[2005-2020F; Milhões de USD]
Δ%
20%
25%
0%
1%
Emprego associado ao Turismo
[2005-2020E; '000 Empregados]
17%
7%
%
8,6%
9,1%
8,3%
7,3%
7,3%
8,0%
7.119
595
528
3.477
+10%
3.485
2.954
2.948
2.976
1.619
1.509
1.385
709
392
886
946
1.054
449
494
537
637
2006
2007
2008
2009P
2010E
2.364
Outros
Negócios
Lazer
1.601
487
486
Indirecto
252
278
429
439
232
236
262
335
2.332
1.263
1.247
Directo
234
250
225
197
202
2006
2007
2008
2009P
2010E
1.311
2020E
261
2020E
P – Previsto; E - Estimado
Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
140
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
ii SECTOR
O Turismo no Quénia gera 9% do PIB e do Investimento e 7% do
emprego
Breve descrição – Quénia
Divisão política do Quénia
Indicadores sócio-económicos [2010]
2010
Nairobi
Maasai Mara
Mombaça
População [Milhões habitantes]
36,5
PIB1) per capita [USD $]
1.784
Crescimento real do PIB [%]
3,8%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
9,0%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
7,3%
Peso do Turismo no investimento [%]
9%
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
141
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
iii TURISMO DOMÉSTICO
O enfoque nos turistas internacionais tem restringido o crescimento
do turismo doméstico – necessidade de reformar instituições,
ensino e construir uma oferta alargada a novos segmentos
Situação actual
• Enfoque claro no turismo
internacional
• Forte dependência dos
mercados internacionais tornou
o sector mais vulnerável a
tendências sazonais e a outros
factores de risco (e.g.
flutuações das taxas de câmbio)
• Reduzida aposta no turismo
doméstico potenciou a falta de
informação disponível aos
quenianos e a generalização da
percepção da inacessibilidade
aos serviços turísticos no
Quénia devido aos seus
elevados custos
Fonte: Ministério do Turismo; Imprensa
Medidas a aplicar para fomentar o turismo doméstico
Reforma das
instituições
• Criação de comissões regionais de turismo
• Definição de objectivos claros para o turismo doméstico
• Criação de pelo menos um posto de turismo por
província
• Introduzir temáticas sobre o turismo nos curriculums
escolares
Educação e
• Criar campanhas de promoção & marketing focadas no
conhecimento
consumidor nacional
Desenvolvimento do
comércio
• Promoção de pequenas e médias empresas focadas
em clientes de diferentes classes sociais
• Envolver empresas e cidadãos na conservação do
património do país
142
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
iv LIGAÇÕES AÉREAS E PROMOÇÃO EXTERNA
O sucesso na captação de turistas de mercados distantes resultou
da estratégia de criar ligações aéreas e na actividade promocional
e de venda junto dos principais mercados emissores
Países com ligações aéreas directas ao Quénia
Representações
Internacionais do Kenya
Tourism Board
•
•
•
•
•
•
•
Londres
Barcelona
Milão
Amesterdão
Dusseldorf
Paris
Minneapolis
Representações Internacionais
Países com ligações aéreas directas ao Quénia
Fonte: Kenia Airways; Kenya Tourism Board
143
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
iv ORGANIZAÇÃO
O Quénia dá lugar de destaque ao Ambiente, à Formação e à
Segurança, reconhecendo a importância destes factores na
captação de turistas e na capacidade de os satisfazer
Organização do sector
Departamento
do Turismo
Ambiente
Marketing &
Comunicação
Organização
Institucional
Formação,
Politica,
Autoridade para
Segurança & Planeamento e
Hotéis &
Gestão de Crise
Estratégia
Restaurantes
Pesquisa e
Estatísticas
Desenvolvimento de
produtos
144
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
iv DESENVOLVIMENTO FUTURO
O desenvolvimento futuro do turismo Queniano passará pelo
reforço da potenciação dos recursos chave e pelo
desenvolvimento de infra-estruturas de apoio
Plano de Desenvolvimento do Turismo 2008-2012
> No plano de desenvolvimento do Turismo para
o período de 2008 a 2012, o governo definiu
como objectivo o rápido crescimento de
receitas associadas ao Turismo através do
aumento do número de viajantes
internacionais, domésticos e da despesa média
efectuada por estes
Principais desafios para o Turismo Queniano
1
Aumentar receitas com o turismo de Ksh. 65 Bn (~USD
800 M) em 2007 para Ksh. 200 (~USD 2.400M) até 2012
2
Formular e implementar um quadro legal e político
adequado ao desenvolvimento do sector
3
Desenvolver novos produtos e diversificar mercados
4
Oferecer e serviços de qualidade reconhecida
internacionalmente
5
Assegurar protecção e segurança aos turistas
– Reaproveitamento de parques pouco
explorados
6
Facilitar acesso a recursos financeiros para fomento do
investimento
– Criação de 2 cidades resort na costa e uma
junto a parque natural
7
Atrair, desenvolver e reter trabalhadores especializados
8
Promover políticas de conservação dos recursos
naturais
9
Divulgar e promover informação turística
> Para impulsionar o crescimento a curto/médio
prazo irão se potenciar as vantagens
competitivas já reconhecidas através do
investimento em projectos edificantes:
145
DOCUMENTO DE TRABALHO
8
iv DESENVOLVIMENTO FUTURO
Para reduzir a sazonalidade, o Quénia aposta também em alguns
produtos complementares como turismo cultural, actividades
náuticas e negócios
Enfoque
Estratégico
Desenvolvimento complementar do Turismo no Quénia
Vantagens
competitivas
claras
> Aposta nestes dois segmentos potencia o crescimento do turismo alavancado no
aproveitamento dos recursos naturais e do reconhecimento já existentes,
assegurando a eficácia de novos investimentos ou promoções
Diversificação e
Sazonalidade
> Falta de diversidade de motivos de atracção torna o sector mais volátil
> Turismo associado a estações do ano limitadas (e.g. Verão ou época das migrações dos
animais selvagens) limita o aproveitamento dos recursos hoteleiros durante épocas baixas
Oferta
Complementar
O governo deverá fomentar o apoio ao desenvolvimento de actividades que possibilitem a diminuição da
sazonalidade e volatilidade associado ao turismo tradicional no Quénia, através da aposta em nichos de
mercado como o turismo cultural e viagens associadas a desportos de água ou a negócios
146
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
MOÇAMBIQUE
Moçambique pretende apostar no desenvolvimento de infraestruturas para qualificação da oferta capaz de atrair e reter por
maiores períodos e geografias os turistas internacionais
i.i
A oferta de Moçambique é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Marassociados aos seus principais recursos
ii.ii
O turistas internacionais provêm maioritariamente (83%) dos países fronteiriços e realizam
viagens de curta duração e usando transportes terrestres – apesar dos 3,1 milhões de turistas
internacionais, Moçambique apenas registou cerca de 237 mil hóspedes em 2009
iii.
iii Apesar da reduzida atenção prestada ao turismo doméstico, o número de hóspedes nacionais
é equivalente ao dos internacionais (246 mil)
iv.
iv O Ministério do Turismo em Moçambique tem como objectivo a direcção, planificação e
execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da indústria hoteleira e para
a conservação de áreas naturais
v.
v
No Visão Estratégica para o sector até 2025, Moçambique pretende chegar aos 4 milhões de
turistas suportado pelo desenvolvimento de infra-estruturas sócio-economicas e pela
conservação e potenciação dos seus recursos naturais
147
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
i
OFERTA
Com 2.600 quilómetros de praias e uma diversidade de fauna e flora
assinalável, a oferta turística assenta nos produtos Sol & Mar e
Natureza - Complementada pela cultura e o turismo de negócios
Produtos turísticos
Praias
Cultura
Gastronomia
Ecoturismo
Cidades
Vida Selvagem
Desporto
Natureza
148
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
i
PESO NA ECONOMIA
Apesar do forte potencial turístico do país, o sector apenas
contribui 5,6% para o PIB e 4,4% no emprego gerado dentro do
território Moçambicano
Breve descrição – Moçambique
Divisão política de Moçambique
Parque da Gorongoza
Beira
Indicadores sócio-económicos [2010E]
População [Milhões habitantes]
21,6
PIB1) per capita [USD $]
981
Crescimento real do PIB [%]
7,5%
Contribuição do Turismo para o PIB [%]
5,6%
Contribuição do Turismo para o emprego
[%]
4,4%
Peso do Turismo no investimento [%]
8,0%
Maputo
1) Em paridade de poder de compra
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
149
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
ii
TURISMO INTERNACIONAL
Apesar dos 3,1 milhões de turistas, Moçambique apenas registou
cerca de 237 mil hóspedes internacionais em 2009 – Cerca de um
quarto dos visitantes tem Maputo como destino
Turismo Internacional
[2009]
Número de turistas estrangeiros
[Milhares]
África do Sul
Hóspedes estrangeiros
[Milhares]
1.288,8
Zimbabwe
965,9
Suazilândia
207,3
41%
31%
7%
Malawi
86,8
3%
Portugal
85,3
3%
Reino Unido
58,5
2%
Alemanha
43,3
1%
E.U.A.
38,7
1%
Tanzânia
18,2
1%
Outros
317,6
250,2
257,3
257,0
238,4
236,7
161,9
Outros
Destinos
Cidade
Maputo
39%
35%
31%
27%
28%
26%
2005
2006
2007
2008
2009
10%
2004
Total de 3,1 milhões de turistas estrangeiros,
sendo que 83% provinham de países vizinhos
Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto
150
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
ii
TURISMO INTERNACIONAL
A curta duração das viagens e o facto de 47% dos turistas entrarem
a pé no país indiciam o reduzido contributo para o sector
Turismo Internacional
[2009]
Meio de transporte utilizado
[Milhares]
Duração média da estadia
Avião
mais de 29 dias
17%
(533)
16%
47% A pé
(1.474)
45% 1 a 3 dias
8 a 28 dias 18%
35%
(1.104)
Carro
20%
4 a 7 dias
Quase metade dos turistas permanecia em
Moçambique por períodos inferiores a 3 dias
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
Cerca de 83% dos turistas atravessavam a fronteira
por via terrestre
151
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
ii
TURISMO INTERNACIONAL
As viagens por motivo de lazer são tendencialmente as mais
compridas – Já os turistas de Resort são os que têm em média um
maior gasto efectuado durante a viagem
Turismo Internacional
[2009]
Gasto médio por turista
[1000 Mt]
Turistas por motivo de viagem
[Milhares]
1 a 3 dias
4 a 7 dias
8 a 28 dias > 29 dias
Por
dia
Lazer
28%
49%
21%
3,05
1,29
1,53
1,03
0,22
5
5
1,14
2%
7
Negócios
43%
6
1%
52%
4%
5
4
Visita a
Familiares
ou Amigos
Conferências
61%
64%
16%
11% 12%
33%
0%
3%
Hotel
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
Resort
Lodge
Casa de Campismo Média
Conhecidos
152
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
iii TURISMO DOMÉSTICO
O número de hóspedes nacionais é equivalente
internacionais e têm em média uma estadia de 1,8 noites
ao
dos
Turismo Doméstico
Dormidas de hóspedes nacionais
[Milhares]
Hóspedes Nacionais
[Milhares]
% Total
49%
50%
43%
46%
49%
51%
# por
Hóspede
1,9
1,9
2,0
1,8
466,7
1,8
1,8
437,0
433,0
2008
2009
393,1
362,6
298,0
248,0
245,1
245,9
2008
2009
217,1
181,4
158,0
2004
2005
2006
2007
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
2004
2005
2006
2007
153
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
iv ORGANIZAÇÃO
O Ministério do Turismo tem como objectivo a direcção, planificação
e execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da
indústria hoteleira e para a conservação de áreas naturais
Organograma
Ministério do
Turismo
Secretária Permanente
Dir. Nacional do
Turismo
Dir. Nacional das Áreas
de Conservação
Dep. de Administração
e Finanças
Dir. Planificação e
Cooperação
Dep. dos Recursos
Humanos
Órgãos Locais
Dir. de Promoção
Turística
Dep. Jurídico
Instituições de Tutela
Direcções ou Serviços Provinciais
Fundo Nacional do Turismo
Direcções ou Serviços Distritais
Hotel Escola Andalucia
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
Inspecção Geral do
Turismo
154
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
v
DESENVOLVIMENTO FUTURO – VISÃO 2025
Na visão do sector para o ano 2025, o governo prevê chegar aos
4 milhões de visitantes anuais, suportado no crescimento do
turismo que deverá continuar associado às praias e à natureza
Visão 2025
“Até ao ano 2025, Moçambique será o destino turístico mais
vibrante, dinâmico e exótico de África, famoso pelas suas praias e
atracções litorais tropicais, produtos de eco-turismo excelentes, e pela
sua cultura intrigante, acolhendo mais de 4 milhões de turistas por
ano.
As áreas de conservação constituem parte integrante do produto
turístico e os seus benefícios darão um contributo significativo para o
PIB, trazendo riqueza e prosperidade para as comunidades do
país”
Fonte: Ministério do Turismo
155
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
v
DESENVOLVIMENTO FUTURO – FACTORES-CHAVE
Moçambique identificou 6 factores-chave ao desenvolvimento do
sector – A importância da criação de uma oferta comum entre
países da região faz parte das ambições do governo
Factores-Chave de Sucesso para Maximizar o Potencial do Turismo
Integração África Austral
Mercados Emissores
• Promoção de iniciativas
• Foco em mercados i)
conjuntas com países
mercados regionais, ii)
transfronteiriço na tentativa de
mercados emissores para a
criação de produtos turísticos
África do Sul, iii) países com
comuns, corredores para o
sinergias culturais e iv)
turismo e campanhas de
nichos de mercado com forte
marketing partilhadas
potencial
Prioritização de
Investimentos
• Definição de áreas
prioritárias para o
investimento, rotas turísticas
e aposta em áreas de
conservação transfronteiriça
6 factores decisivos para o crescimento do Turismo em Moçambique
Eco-turismo
• Desenvolvimento duma oferta
suportada na exploração
sustentável dos recursos da
natureza e vida selvagem
Recursos do litoral
• Aposta no segmento
Sol & Mar e na promoção de
actividades que explorem a
diversidade dos
ecossistemas marinhos (e.g.
pesca ou mergulho)
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
Turismo Cultural
• Desenvolver oferta cultural
como complemento aos
produtos tradicionais e
suportada na grande
diversidade de influências
culturais registadas no seu
território
156
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
v
DESENVOLVIMENTO FUTURO – INFRA-ESTRUTURAS
Complementarmente, foram definidos os tipos de infra-estruturas
sócio-económicas a desenvolver para suportar o sector
Factores complementares a desenvolver
Infra-estruturas
• Desenvolvimento de
acessibilidades e
equipamentos
Recursos Humanos
• Aposta na formação
para melhorar a
qualidade do serviço
Infra-estruturas
Sócio-Económicas
a desenvolver
Recursos Financeiros
• Criação de incentivos à
reabilitação de infra- Conhecimento
estruturas
• Dados sobre turismo,
Organização
• Definição de leis,
instituições e seu
enquadramento legal
Estabilidade e Segurança
• Promover coordenação de
polícia, organizações civis
e comunidades
migração, o impacto
económico e tendências
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
157
DOCUMENTO DE TRABALHO
9
v
DESENVOLVIMENTO FUTURO – LIGAÇÕES REGIONAIS
O planeamento de infra-estruturas a desenvolver reflecte a
necessidade de promover corredores entre pontos estratégicos
para o turismo – Especial enfoque nas ligações transfronteiriças
Corredores prioritários
Nacala
Tete
Harare
(Zimbabué)
Joanesburgo
(África do Sul)
Descrição
(Malawi)
• Criação de acessos mais rápidos, cómodos e
seguros potencia o interesse de viajantes de
países fronteiriços e turistas internacionais com
maior propensão para viagens cujo itinerário
inclua diversos países
Beira
Maputo
Moçambique identificou 6 corredores cuja
construção deverá ser prioritária
Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto
• Desenvolvimento de corredores baseiam-se na
construção de acessibilidades rodoviárias
que constituam ligação entre os pontos
estratégicos
• Enfoque nas ligações transfronteiriças para
fomento não só dos movimentos turísticos como
comerciais
Principais
Vantagens
• Possibilidade de maior desenvolvimento de
rotas turísticas que ligam a oferta Sol & Mar
a produtos associados à Natureza
• Capacidade de acesso a diferentes locais
potencia o desenvolvimento de regiões
afastadas dos principais pontos turísticos
• Capacidade de viajar dentro do território deverá
aumentar o tempo de estadia média
158
DOCUMENTO DE TRABALHO
B
SÍNTESE DO BENCHMARK
Vários países fomentam o turismo doméstico desenvolvendo
ofertas específicas – as companhias low cost e a abertura do
espaço aéreo facilitam o desenvolvimento do turismo externo
Referências no Mundo
Acessibilidades
Mercados
Vietname
Peso dos países de
outros continentes
Peso T. Doméstico
58%
Brasil
Turquia
Marrocos Cabo Verde África do Sul
97%
61%
África Subsariana
69%
10% 1)
83%
97%
28%
Botswana
Quénia
Moçambique
1%
12%
0%
34%
51%
64%
22%
19%
0%
0%
Ofertas específicas
p/ T. Doméstico
Liberal. espaço
aéreo
Captação de rotas
Companhias low
cost
Simplificação vistos
Promoção e distribuição
Parceria
Grupos
Hoteleiros
Parceria
Operadores
Turísticos
Represent.
Mercados
Emissores
Sustentabilidade
Desenvolvimento de
competências
Ambiental
Recuperação
Urbana
1) Para este efeito considerou-se que a Turquia se localiza nas regiões Europeia e Médio Oriente
Fonte: Addwise; Roland Berger
159
DOCUMENTO DE TRABALHO
B
SÍNTESE DO BENCHMARK
A análise do sucesso obtido por um conjunto de países no
desenvolvimento do Turismo permite identificar algumas
características potenciadoras
Principais conclusões do Benchmark internacional de desenvolvimento do Turismo
Enfoque de esforços
Gestão do Sector
Turismo Interno
• A fase inicial de desenvolvimento
do turismo caracteriza-se pelo
enfoque num número reduzido
de produtos e regiões,
potenciados por projectos
estruturantes
• A existência de uma entidade
Gestora dedicada ao
desenvolvimento e
dinamização da actividade
turística e à coordenação das
partes envolvidas potencia os
impactos positivos do Turismo
na economia e no emprego
• É fomentado com a promoção de
ofertas específicas dirigidas a
variados segmentos de clientes,
incluindo ofertas de alojamento e
transporte dirigidas à população
de menor rendimento
Envolvimento dos privados
• O envolvimento dos privados,
nomeadamente internacionais,
acelera o processo de
transferência de conhecimento /
melhores práticas e de
crescimento da oferta
Fonte: Análise Equipa de Projecto
Mercados internacionais
• Os principais factores
potenciadores do turismo de
estrangeiro incluem a facilitação
de vistos, o desenvolvimento de
ligações aéreas e um
investimento substancial em
promoção / marketing
160
DOCUMENTO DE TRABALHO
C.
Contexto actual do Turismo em Angola
161
DOCUMENTO DE TRABALHO
CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES
Os nacionais representam dois terços do turismo angolano – 3
países não africanos (Portugal, China e Brasil) representam
metade dos turistas estrangeiros
Peso do turismo doméstico e internacional
[2009]
Dormidas nas unidades hoteleiras
[milhares; %]
Hóspedes
[milhares; %]
Principais mercados emissores
Outros
Portugal
22%
261
(33%)
332
(42%]
1.074
(36%)
1.088
(36%)
Cuba
Filipinas 2%
Índia
24%
3% 1%
4%
4%
RU
6%
14%
EUA
194
(25%)
Angolanos residentes
825
(28%)
Angolanos não residentes
Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto
7%
França
África do Sul
China
13%
Brasil
Estrangeiros
162
DOCUMENTO DE TRABALHO
CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES
De 2006 a 2009 verificou-se um crescimento constante da chegada
de turistas estrangeiros a Angola, sendo a Europa o principal
mercado emissor de turistas
Evolução da Chegada de Turistas Estrangeiros a
Angola ['000; 2006-2009]
Médio
Oriente Austrália
TMCA1) (06-09): +44%
24%
51%
60%
Dependência de Mercados Emissores
[%; 2009]
África
0,8%
13,2% 0,4%
366
294
44,1% Europa
195
América 20,9%
121
2006
2007
2008
1) TMCA – Taxa Média de Crescimento Anual
Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras
2009
20,8%
Ásia
163
DOCUMENTO DE TRABALHO
MOTIVOS DE VIAGEM
Não obstante as viagens de negócios e serviços ainda serem o
principal motivo de visita a Angola, as viagens de férias foram as
que mais cresceram desde 2006
Motivos de viagem
['000; 2006-2009]
Motivos de viagem de férias face aos
restantes motivos ['000; 2006-2009]
211
154
191
135
133
10%
112
154
140
• O Turismo de Negócios
(21%) reflecte o contexto
de oportunidades que o
mercado apresenta
91
76
64
54
70%
54
34
24
28
2006
2007
Serviço
91
87
59
• Portugal representa
23,6% das entradas em
Angola
34
Férias
2008
2009
Negócios
Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras
2006
2007
Serviço e Negócios
• O Turismo de Serviço
(“os expatriados”) traduz
o fluxo de mão-de-obra
externa (37%)
2008
2009
• Angola é o 7º emissor
turístico para Portugal
Férias
164
DOCUMENTO DE TRABALHO
PESO DO SECTOR
Nos últimos anos, Angola registou um forte crescimento do sector,
tendo as receitas ultrapassado os 45 mil milhões de AKZ em 2009 –
Cerca de 135 mil postos de trabalho estavam associados ao Turismo
Contributo do turismo na economia nacional – Angola
Receitas associadas ao Turismo
[2005-2009; Mil Milhões de AKZ]
Δ%
21%
Emprego associado ao Turismo
[2005-2009; Milhares de empregados]
-9%
-9%
34,5
1,3
25,6
0,5
2,5
8,3
Outras
0,6
Bebidas
0,7
Alimentação
1,8
Agências de Viagens 1,2
12,6
0,6
1,1
2,5
2,7
6,2
15,2
+37%
14,5
13,0
72,1
Agências de Viagens
3,0
e Turismo
20,5
Hotéis
Pensões e
12,9
outros estabelecimentos
Restaurantes e
Similares
8,5
4,0
5,6
7,9
8,6
10,6
2005
2006
2007
2008
2009
P – Previsto; E - Estimado
Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto
CAGR
07-09
45,3
0,9
6,3
6,7
2,8
Alojamento
-9%
35,7
2007
102,8
7,9
19,7
134,6
9,9
83,2%
31,1
23,0%
39,3
74,4%
26,6
48,6
54,3
2008
2009
23,3%
165
DOCUMENTO DE TRABALHO
RESULTADOS ECONÓMICOS
A restauração, alimentação e bebidas foram os sectores que mais
cresceram no período, representando cerca de 46% da receita do
sector em 2009
Evolução global da receita e peso dos produtos/serviços
[MUSD; 2009]
284
383
505
TMCA
(06-09)
• Receitas de 500 MUSD
em 2009
140
56,6%
5%
2%
23%
33%
2%
Outros
41,7%
29%
Ag. Viagens
87,8%
14%
Bebidas
89,4%
32%
Alimentação
91,7%
Alojamentos
24,7 %
10%
24%
8%
19%
44%
2006
• Crescimento constante
do sector da restauração
44%
9%
20%
4%
31%
25%
23%
2007
2008
2009
Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009
• Maior controlo das
receitas da restauração
• Crescimento do volume
de negócios das
agências de viagens
2005-2009 foi de 922%
166
DOCUMENTO DE TRABALHO
REDE HOTELEIRA
Luanda destaca-se na oferta de alojamento - gerando cerca de 84%
da receita - seguida de Huíla e Benguela. As províncias interiores
têm uma oferta reduzida e consequentemente receitas menores
Distribuição geográfica da actividade turística
Oferta de alojamento, por tipologia, em cada
província [número, 2009]
Distribuição Geográfica das Receitas de Alojamento
[M AKZ; 2009]
Luanda
8.877
Cabinda
342
Benguela
320
Huíla
3,2%
3,0%
2,7%
Zaire
210
2,0%
Huambo
195
1,8%
Malanje
67
0,6%
Moxico
56
0,5%
Kwanza Sul
52
0,5%
Namibe
51
0,5%
Kwanza Norte
47
0,4%
Outros
Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto
289
84%
Fonte:
UNWTO…
88
0,8%
167
DOCUMENTO DE TRABALHO
REDE DE RESTAURAÇÃO
A oferta na restauração segue uma distribuição semelhante à oferta
de alojamento – Luanda destaca-se uma vez mais
Número de restaurantes e similares em cada província
[número, 2009]
• Luanda representa 36% da oferta
total na restauração, tal como se
verifica na oferta de alojamento
Cabinda
28
Zaire
Uíge
26
121
Kwanza
Luanda
Norte
Malange
Bengo 38
815
Lunda Norte
59
57
40
• Quer no alojamento quer na
restauração a oferta é mais
elevada nas províncias do litoral
Lunda Sul
Kwanza Sul
24
102
Benguela Huambo
43
207
Bié
Moxico
34
16
Huila
487
Namibe
129
Kuando Kubango
Cunene
-
Restaurantes e
similares
45
Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009
• 82% da oferta na restauração está
concentrada nas províncias de:
• Luanda
• Huíla
• Benguela
• Namibe
• Uíge
• Kwanza Sul
168
DOCUMENTO DE TRABALHO
ACESSIBILIDADES AÉREAS
Luanda assegura voos directos para 9 países fora do continente
africano, incluindo os 3 principais mercados emissores – há
espaço para o aumento das ligações e frequências de voos.
Voos directos para África e resto do Mundo
Voos directos internos em Angola
Cabinda
Soyo
Uíge
Londres Bruxelas
Paris
Frankfurt
Dundo
Lisboa
Houston
Pequim
Luanda
Malange
Dubai
Havana
Saurimo
Sal
Praia
São Tomé e
Príncipe
Adis Abeba
Nairobi
Kinshasa
Lusaka
Harare
Maputo
Windhoek
Joanesburgo
Cidade do Cabo
Luena
Catumbela
Huambo Kuito
Luanda
Rio de Janeiro
São Paulo
Lubango
Namibe
Ondjiva
Aeroportos internacionais
Ligações Internas
Fonte: Skyscanner; Análises addWise/RolandBerger
Ligações para o Exterior
Menongue
Ligações Intercontinentais
169
DOCUMENTO DE TRABALHO
AGÊNCIAS DE VIAGENS E OPERADORES TURÍSTICOS
Em Angola existem 162 registos de alvarás de Agências de Viagem
e Turismo, sendo que 91% destes registos são em Luanda – oito
províncias não têm Agências de Viagem ou Operadores de Turismo
Número de agências de viagem e operadores turísticos
em cada província [número, Março 2011]
Zaire
1
Namibe
1
Moxico
1
Luanda Norte
3
Luanda
147
Kunene
1
Huíla
2
Huambo
1
Cabinda
2
Bié
3
Fonte: DNAT, MINHOTUR
170
DOCUMENTO DE TRABALHO
LACUNAS DO SECTOR
Adicionalmente, a falta de infra-estruturas, de serviços de apoio e
a falta de promoção do país enquanto destino turístico,
condicionam o rápido desenvolvimento do sector
1
Fraco desenvolvimento de Infra-Estruturas
• Gestão e recuperação do património
• Condições de acesso a locais de interesse
turístico
• Custos de transporte internacional
2
Reduzido nível dos Serviços de Apoio
• Informação disponível ao turista
• Qualificação de RH
• Serviços complementares para assegurar
segurança e bem-estar
3
Fraca imagem enquanto destino turístico
• Desenvolvimento do turismo doméstico
• Turismo internacional baseado na motivação
associada aos Negócios
• Oferta de actividades turísticas
complementares
1
Infra Estruturas
3
Promoção
de Imagem
Lacunas do
Sector do
Turismo
2
Serviços de
Apoio
171
DOCUMENTO DE TRABALHO
B
SÍNTESE DO BENCHMARK
A importância do Turismo mede-se pelo seu peso PIB e é função da
estratégia de desenvolvimento do sector e do grau de estabilidade dos
mercados
Fonte: Análise Equipa de Projecto
172
DOCUMENTO DE TRABALHO
SÍNTESE DO BENCHMARK
B
Angola apresenta uma oferta turística diversificada e com forte
potencial – Apenas a falta de qualificação e desenvolvimento a
oferta impede uma actividade turística com maior relevância
Referências no Mundo
Vietname
Brasil
Turquia
Marrocos Cabo Verde África do Sul
África Subsariana
Botswana
Quénia
Moçambique
Angola
História
Cultura
Gastronomia
Religião
Música &
Dança
Outros
Natureza
Vida
Selvagem
Eco Turismo
Sol &
Mar
Outros
Praia
Desportos
Náuticos
Sports
City Breaks
Golfe
Outros
Reuniões e Eventos
Saúde & Bem Estar
Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de projecto
173
DOCUMENTO DE TRABALHO
D.
Visão do Turismo de Angola para 2020
174
DOCUMENTO DE TRABALHO
VISÃO
Angola poderá potenciar-se como o destino de diversão e
animação em África, alavancando o seu património cultural,
natural, de praias e desportivo
Visão do Turismo Angolano
ANGOLA:
PAÍS JOVEM, ONDE A DIVERSÃO ACONTECE
Visão
Produtos
estratégicos
Cultura
Sol & Mar
Natureza
• Festivais de
música/culturais
• Praia
• Passeios na
natureza
• Festividades
regionais
• Eventos e locais
religiosos
• Actividades
náuticas
• Surf / windsurf
• Observação de
cetáceos
• Safaris
• Observação de
vida animal
• Descida de rios
• Competições
desportivas
• Gastronomia
• Rota dos escravos
Fonte:
Análise Equipa de Projecto
175
DOCUMENTO DE TRABALHO
FACTORES DE DIFERENCIAÇÃO
O crescimento do Turismo em Angola deverá ser fundamentado na
identificação dos principais aspectos diferenciadores do país…
Factores de diferenciação do Turismo em Angola
Estado de desenvolvimento
Principais elementos diferenciadores
História,
Cultura e
Tradição
Juventude,
Diversão,
Desporto e
Dinamismo
Clima e
Luz
Natureza
Fonte: Análise Equipa de Projecto
> A cultura, através da música e da dança,
promovem o dinamismo do país
> Cultura angolana e culturas tribais promovem
não só a atracção de turistas como também
actividades complementares como o artesanato
> Passado histórico de relevo
> País jovem e dinâmico
> População alegre e festiva
> Tradição em alguns desportos
projecção internacional
de
• Atributo reconhecido como diferenciador pelos
turistas
• Faltam condições para maior difusão da cultura
• Pontos de interesse histórico necessitam de
investimento na conservação e promoção de
acessos (área candidata a património mundial)
• Diversas
infra-estruturas
desportivas
de
qualidade internacional
grande • Experiência na organização de eventos
desportivos
> Temperatura média anual de 23 graus e pouca • Sector turístico pouco desenvolvido e capaz de
tirar partido do ambiente propício ao turismo em
precipitação fora da época do Inverno
apenas alguns pólos já explorados
> Elevado número de dias de sol e horas de luz
> Diversidade de climas ao longo de todo o
território
> Exotismo das paisagens
> Diversidade da fauna e flora
• Atracções turísticas pouco desenvolvidas e
concentradas em apenas alguns pólos já
explorados
176
DOCUMENTO DE TRABALHO
QUALIFICAÇÃO DA OFERTA
… sendo estes potenciados através da criação de condições
envolventes favoráveis ao fomento da actividade turística
Proposta de Valor de Angola – fundamentos estratégicos
Condições necessárias ao desenvolvimento
Natureza
Fonte: Análise da equipa de projecto
Qualidade competitiva
(Value for money da oferta turística)
Clima e Luz
Diversidade e
Experiências Marcantes
Juventude, Diversão, Desporto
e Dinamismo
Qualidade Urbana, Ambiental
e Paisagística
Diferenciam Angola
de outros destinos
mundiais na forma
como os recursos
turísticos dão
resposta às
motivações daqueles
que os procuram
Acessibilidades, Informação e
infra-estruturas de apoio
Cultura, História e Tradição
Elementos
Diferenciadores
Segurança e Tranquilidade Social
Qualificam Angola para satisfazer as diferentes
necessidades dos turistas
177
DOCUMENTO DE TRABALHO
VISÃO
O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e
faseado, quer relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos
mercados que endereça
1.ª Fase
Enfoque em
Pólos de
Desenvolvimento
2013
3.ª Fase
Aposta no aumento de
competitividade global do sector
2015
2020
Segmentos prioritários
- Turismo doméstico convencional
- Turismo doméstico social
- Estrangeiros a trabalhar em Angola
Prioritização de países de maior proximidade
- Países fronteiriços
- Países não fronteiriços com maior potencial
Turismo
Internacional
Turismo
Regional
Turismo
Doméstico
2011
2.ª Fase
Diversificação de
Investimentos e
Promoção
Fonte: Análise Equipa de Projecto
Prioritização de países de elevado interesse
- Dimensão do mercado de Outbound
- Propensão para viajar para a África Subsaariana
- Valor médio de despesa
178
DOCUMENTO DE TRABALHO
PROJECÇÃO
O cenário PARTENON prevê que em 2020 Angola deverá captar cerca
de 4,5 milhões de turistas.
Projecções da evolução do número de turistas em Angola
[milhares de turistas; 2008-E2020]
CAGR (%)
CENÁRIO
PARTENON
D (%)
7 000
15%
26%
18%
50%
59%
125%
1ª Fase
Aposta no
Turismo
Interno
6 000
5 000
2ª Fase
Consolidação
do Turismo
Interno, aposta
no Mercado
Regional
Cenário
Optimista
3ª Fase
Consolidação e
aposta no
Mercado
Internacional
6 192
Cenário
PARTENON
4 553
Residentes
4 000
Residentes
Não
Residentes
3 000
2 000
Não
Residentes
1 000
1 582
822
Cenário
BAU*
0
2008
Fonte: Análise Equipa de Projecto
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
* business as usual
179
DOCUMENTO DE TRABALHO
OBJECTIVOS
Apesar do crescimento previsto face a 2010, a contribuição do turismo
para o PIB e Emprego, em 2020, revela ainda um grande potencial
de crescimento face a outros mercados.
Contribuição do Turismo para o PIB e Emprego, Angola e Mercados de Benchmark
[%; 2010]
Contribuição do Turismo para o PIB
Cerca de 4,6 BUSD de
receitas no sector
Em 2020
Contribuição do Turismo para o Emprego
0,75%
3,21%*
Angola
0,78%
Cerca de 950 mil
empregos no sector
Em 2020
3,99%*
5,60% Moçambique 4,40%
7,70%
8,50%
10,30%
Quénia
9,10%
Brasil
8,30%
Turquia
8,10%
12,40%
44,5%
Botswana
6,90%
9,00%
10,00%
19,50%
África do Sul
Vietname
Marrocos
Cabo Verde
7,30%
9,90%
17,30%
SADC
39,5%
Outros
* Estimativa para 2020
Apesar do esforço projectado, Angola continuará abaixo dos padrões internacionais.
Fonte: Análise Equipa de Projecto
180
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO
O esforço de desenvolvimento da oferta deverá enfocar-se num
conjunto de Pólos de Desenvolvimento Turístico seleccionados em
função do seu potencial de exploração turística a curto prazo
Pólos de desenvolvimento turístico
Cultural
• Prioridade: M’Banza Kongo
• Evolução: Luanda, M'banza Congo,
Muxima, Lubango, Soyo, Malange,
Benguela e Cunene
M'banza
Kongo
Luanda
Futungo de Belas P
Mussulo
P Calandula
Sol & Mar
Cabo Ledo P
Muxima
Kissama
• Prioridades: Cabo Ledo e Futungo de
Belas
• Evolução: Mussulo, Benguela/ Lobito
e Namibe
Benguela/Lobito
Natureza
Lubango
Namibe
P
P
Bacia do
Okavango
• Prioridades: Calandula e Bacia do
Okavango (e projecto Kaza)
• Evolução: Kissama
Pólo Prioritário
Fonte: Análise Equipa de Projecto
181
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade superior,
junto da capital, Luanda
P
P
P
P
Pólo do Futungo de Belas
• Localização: Município da Samba
• Área: 517 ha
• Atracção Baía do Mussulo
P
PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade • Num futuro próximo prevê-se a extensão deste pólo
superior. Deverão ser construídas infra-estruturas
à Ilha do Mussulo o que conduzirá ao alargamento
no sentido de atingir este objectivo, tais como:
da intervenção do pólo, nomeadamente:
• Hotéis de categoria superior;
• Marinas e Clubes Navais;
• Melhoria das infra-estruturas de saneamento
• Condomínios de vivendas;
básico, rede eléctrica e rede de abastecimento de
• Um Parque Temático e um Pavilhão Multiusos;
água da Ilha do Mussulo;
• Infra-estruturas de apoio balnear de qualidade;
• Melhoria das acessibilidades à Ilha do Mussulo,
• Parques e jardins.
com a criação de um serviço de ligação à costa
em ferry-boat/speed-boat;
• Boas acessibilidades a partir da capital do País, a
• Reformulação da mobilidade na através de uma
serem potenciadas com a nova Marginal.
aposta em sistemas de transporte eco-friendly.
Fonte: Análise Equipa de Projecto
182
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
A beleza ímpar das segundas maiores cataratas de África – as
Quedas de Kalandula – justificam o empenho prioritário do
governo no desenvolvimento deste pólo turístico
P Pólo Kalandula
P
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• Localização: Município da
Kalandula, Província do Malanje
• Área: 1.977,49 ha
• Atracção Principal: Quedas de
Água de Calandula
• As Quedas de Calandula, estão localizadas no rio Lucala,
o mais importante afluente do rio Kwanza e situam-se a
cerca de 80 Km da cidade de Malanje e a 420 Km de
Luanda
• Com uma extensão de 410m e uma altura de 105m, são as
segundas maiores de África, depois das quedas Victoria,
na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe
Fonte: Análise Equipa de Projecto
183
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
P Pólo Kalandula
P
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P
• Localização: Município da
Kalandula, Província do Malanje
• Área: 1.977,49 ha
• Atracção Principal: Quedas de
Água de Calandula
PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Para potenciação das características Turísticas deste • Desassoreamento da base das quedas
pólo vai apostar-se no desenvolvimento do AgroTurismo, com a criação de oferta de visitas guiadas a • Redes de água, electricidade e saneamento
fazendas complementadas com a prática de
actividades hípicas.
• Zonas de restauração e estacionamento
• A nível do alojamento prevê-se um significativo •
aumento da oferta, nomeadamente:
• Hotel até 4 estrelas
• 100 a 150 quartos em estalagens
• Pousada da Juventude
•
• Parque da Campismo
•
Miradouros e trilhos ao longo das margens
Fonte: Análise Equipa de Projecto
Para melhoria das acessibilidades locais poderão
criar-se serviços transfer para o aeroporto e Estação
dos Caminhos-de-Ferro de Malange.
Passeios de Barco
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns
184
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
A proximidade de Luanda e a riqueza natural das suas praias,
tornam Cabo Ledo num pólo de desenvolvimento Sol & Mar a
desenvolver com carácter prioritário
P Pólo Cabo Ledo
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P
• Localização: Município da
Kissama
• Área: 1.390,3 ha
• Atracção Principal: Zona balnear
com 120 Km de extensão;
Aproximadamente a 1h30 h de
Luanda
• O Cabo Ledo é uma larga enseada situada na província do
Bengo, em pleno Parque Nacional de Kissama
• A 120 km a sul da cidade de Luanda, a vastidão das praias
das suas águas límpidas e a beleza das imensas falésias
junto à extensa faixa de areia branca tornam este um local
deslumbrante
• Cabo Lebo dispõe de bares e apoios e é reconhecido por
ser propício à prática da pesca e do surf
Fonte: Análise Equipa de Projecto
185
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
P Pólo Cabo Ledo
P
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P
• Localização: Município da
Kissama
• Área: 1.390,3 ha
• Atracção Principal: Zona balnear
com 120 Km de extensão;
Aproximadamente a 1h30 h de
Luanda
PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Este pólo complementa a oferta de Turismo Sol e • Fomento do turismo Jovem com o aumento da oferta
de animação, nomeadamente:
Mar com o Turismo Natureza, dada a proximidade do
• Discotecas;
Parque da Kissama.
• Escolas de surf, windsurf e natação;
• Oferta de desportos radicais;
• A nível do alojamento prevê-se um significativo
• Salas de jogo, possivelmente um Casino;
aumento da oferta, nomeadamente:
• Organização de Eventos (ex.: concertos e
• 450 a 500 quartos de hotel (hotéis até 5 estrelas)
festivais).
• Apartamentos turísticos
• Parque de Campismo
• Melhoria da sinalização rodoviária nos acessos
• Condomínios de Vivendas
Luanda – Cabo Ledo e reforço da oferta de
• Pousada da Juventude
transporte colectivo.
• Outras infra-estruturas:
• Mini-Autocarros para Aeroporto e Parque da Kissama
• Estacionamentos e zonas de apoio a excursões
• Redes de água, electricidade e saneamento
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns
Fonte: Análise Equipa de Projecto
186
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
A bácia do Okavango é uma zona privilegiada para o fomento do
turismo de Natureza – o forte imagem e interesse turístico que
suscita justificam a classificação como pólo prioritário
P Pólo Bacia do Okavango
P
P
• Localização: Município Dirico
• Área: 11.972 ha
• Atracção Principal: Área partilhada com o
projecto transfronteiriço “KAZA”
P
P
• O rio Okavango nasce nos planaltos do interior angolano e desagua
no maior delta interior do mundo, no Botswana. O delta forma um
pântano que se dispersa pelo deserto do Kalahari, próximo dos
pântanos temporários de Makgadikgadi, criando uma zona
privilegiada para a observação de animais em estado selvagem
• O delta cobre uma superfície entre 15 000 km² e 22 000 km²
durante as cheias
• Aqui existe a única população de leões nadadores – condição
inevitável numa região onde a água das cheias chega a cobrir 70%
do seu território natural
Fonte: Análise Equipa de Projecto
187
DOCUMENTO DE TRABALHO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO
P Pólo Bacia do Okavango
P
P
• Localização: Município Dirico
• Área: 11.972 ha
• Atracção Principal: Área
complementar ao projecto
transfronteiriço “KAZA”
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PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO
• Qualquer desenvolvimento turístico local terá ter • A nível do alojamento:
como base a desminagem.
• 200 a 250 Quartos de Hotel (Resorts)
• Parque Campismo e Caravanismo
• Melhoria das acessibilidades com trilhos para
viaturas 4x4, com pontos para observação de • Redes de água, electricidade e saneamento
animais, e criação de Aeródromo. Ligação regular a
autónomas.
Menonge.
• Serviços e Limpeza e Segurança comuns
• Neste pólo, o Turismo Natureza pode ser
complementado com o Turismo Cinegético e Turismo • Serviços de Manutenção auto
Étnico.
• Centro de formalidades (ex.: vistos no âmbito do
• Criação de infra-estruturas de apoio á observação da
projecto KAZA)
fauna e flora.
Fonte: Análise Equipa de Projecto
188
DOCUMENTO DE TRABALHO
Projecto KAZA
Projecto KAZA
• Localização: Província do Kuando Kubango, nas bacias fluviais
do Okavango e Zambezi.
• Área: 87 000 km2, parte Angolana. O projecto Kaza abrange no
total 278 000 km2). Compreende quase todas as duas Reservas
Parciais de Luiana e Mavinga e as quatro Reservas Públicas
Protegidas de Luiana, Luengue, Longa Mavinga e Mucusso .
• Projecto: Integra cinco países da região Austral de África: Angola,
Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia e Botswana e teve início em 2003.
• Investimento: A sua primeira fase está avaliada em mais de 24
milhões de dólares norte-americanos.
Angola 87 000km2
Botswana 50 000km2
Namíbia 18 000km2
• Objectivo: Implementação do turismo inter-fronteiriço
entre os Estados Constituintes, a fim de contribuir para o
desenvolvimento socioeconómico e cultural da região
Austral, em particular de Angola. Vai ligar 14 áreas de
importância ecológica para protecção ambiental e pode vir
a tornar-se a maior área turística da África Austral.
• Atracção Principal: Maior população contígua de
elefantes no continente Africano. Abundância e
diversidade de espécies da vida selvagem. Flora
abundante com pelo menos 3 000 espécies, 100 das
quais são endémicas na sub-região. Mais de 600
espécies de aves que caracterizam as savanas da África
Austral, as zonas arborizadas e as zonas pantanosas.
Fonte: Projecto KAZA
Zâmbia 93 000km2
Zimbabwe 30 000km2
189
DOCUMENTO DE TRABALHO
Projecto KAZA
Projecto KAZA
• Desenvolvimentos Futuros: No Futuro pretende-se que na região existam, diversos pontos de alojamento em parques de
campismo e/ou Lodges, bem como outras infra-estruturas de apoio ao Turismo (p.e. transportes).
• O eco-turismo, o Turismo Natureza e de Aventura, serão os principais targets da região.
Fonte: Projecto KAZA
190
DOCUMENTO DE TRABALHO
M'banza Kongo Candidatura a Património Cultural da Humanidade
A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada
a grande importância para o Património Cultural Angolano, para
África, e até mesmo para o Mundo.
M'banza Kongo
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P
P
• Província do Zaire
• Município de M'banza Kongo
• M'banza Kongo (capital da província do Zaire) foi um importante
centro político e administrativo. Era a capital do reino do Kongo, e
P
aqui ocorreu, em 1490, o primeiro contacto dos Portugueses com
o rei do Kongo.
• Aqui foi implantada a diocese de Angola e do Kongo pelos Portugueses e um
importante número de edificações do século XVI são ainda visíveis, tais como: as
ruínas da velha Catedral; a residência dos reis do Kongo, actualmente Museu do
Reino do Kongo; o túmulo dos reis; entre outras edificações que constituem um
relato extraordinário do passado histórico, cultural, arqueológico, religioso e político.
• A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada a sua grande
importância para o Património Cultural Angolano, para o Continente Africano, para a
África Central, e até mesmo para o Mundo.
• É propriedade do Estado Angolano. O Ministério da Cultura, o Governo da Província
do Zaire e a Igreja Católica são responsáveis pela sua manutenção, preservação e
administração. Em Novembro de 1996 o Ministério da Cultura, Instituto Nacional do
Património Cultural apresentaram uma candidatura à UNESCO na categoria Cultural
(Ref. 920).
Fonte: Análise Equipa de Projecto
191
DOCUMENTO DE TRABALHO
EIXOS DE DESEVOLVIMENTO
… mas a capacitação do sector do turismo em Angola deverá
focar-se no desenvolvimento integrado e faseado e coerente de 6
eixos estratégicos, a saber:
Fonte: Análise Equipa de Projecto
192
DOCUMENTO DE TRABALHO
BENEFÍCIOS ECONÓMICOS
A potenciação dos benefícios gerados pelo Turismo aconselha a
existência de uma organização autónoma dedicada ao seu
desenvolvimento…
Principais Contributos do Turismo – não exaustivo
 Investimento produtivo
 Captação de divisas
 Diversificação da Economia
 Receita Fiscal
 Criação de emprego
 Igualdade de Género
 Inclusão Social
Necessária uma
organização autónoma
especializada,
dedicada ao
desenvolvimento do
Turismo para
maximizar os
benefícios gerados
 Combate à pobreza
Fonte: Análise Equipa de Projecto
193
DOCUMENTO DE TRABALHO
RESPONSABILIDADE E ENTIDADES PÚBLICAS
… que assegure a coordenação dos esforços de todos os
stakeholders envolvidos
Entidades Públicas com influência no Turismo – não exaustivo
CULTURA & JUVENTUDE E
DESPORTO
• Manutenção e conservação de
Monumentos e sítios históricos
• Cooperação cultural com outros
países e instituições congéneres
• Eventos desportivos
PLANEAMENTO
& FINANÇAS
• Assegurar uma política fiscal
incentivadora do investimento
no Turismo
AGRICULTURA,
DESENVOLVIMENTO RURAL
E DAS PESCAS
• Integração dos produtos
angolanos na oferta gastronómica
Fonte: Análise Equipa de Projecto
AMBIENTE & ENERGIA E
ÁGUAS
• Preservação e potenciação do
Património Natural
• Políticas ambientais & Energéticas
DESENVOLVIMENTO
DO TURISMO
MINHOTUR
• Estratégia e Desenvolvimento da
actividade turística Nacional
URBANISMO E
CONSTRUÇÃO
• Ordenamento do território nas
zonas de interesse turístico
EDUCAÇÂO & ADMINIST.
PÚBLICA, EMPREGO E
SEGURANÇA SOCIAL
• Formação profissional e criação
de emprego.
INTERIOR & RELAÇÕES
EXTERIORES
• Facilitação da obtenção de
vistos de entrada para Turismo
TRANSPORTES
• Desenvolvimento e optimização de
serviços e infra-estruturas de transporte
(rodo, ferro, marítimo e aéreo)
194