DOCUMENTO DE TRABALHO
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DOCUMENTO DE TRABALHO
DOCUMENTO DE TRABALHO Programa PARTENON Plano Director do Turismo Volume I: Estratégia 2011-2020 para o Desenvolvimento do Turismo em Angola Luanda, Junho de 2011 1 DOCUMENTO DE TRABALHO Sumário Executivo A metodologia utilizada considerou a caracterização mundial do turismo, a análise dos mercados mais desenvolvidos e emissores de turistas, o benchmark de casos de sucesso ou comparáveis com a realidade angolana e perspectivou-se uma estratégia diferenciadora capaz de afirmar os valores e aspectos histórico-culturais que valorizam o potencial de Angola no turismo i) a nível interno, ii) a nível regional e iii) a nível da sua integração na rota internacional do turismo. O Turismo é uma indústria que gerou 852BUSD de receitas em 2009, entre Jan. e Jun. de 2010 cresceu 7%. Em 2020 as chegadas deverão atingir 1,6 biliões de turistas contra os actuais 935 milhões a nível mundial Os 10 maiores mercados emissores a incluírem países europeus, os EUA, a China e o Japão. No entanto, apesar de ser uma indústria global, as movimentações de turistas ocorrem predominantemente no mesmo continente. Estima-se que a África Subsaariana tenha nos próximos 10 anos um crescimento da actividade turística superior à media global. As primeiras fases de desenvolvimento dos destinos emergentes são tipicamente enfocadas quer do ponto de vista regional quer de oferta de produtos, sendo importante o estímulo da iniciativa privada e a captação de players internacionais que contribuam com investimento, conhecimento e clientes fidelizados. 2 DOCUMENTO DE TRABALHO Sumário Executivo (2/3) O Turismo de Angola apresenta um défice de oferta a vários níveis mas dispõe de um conjunto de recursos e de um contexto favoráveis ao seu desenvolvimento futuro. Angola deverá posicionar-se como o destino de diversão e animação em África, alavancando o seu património cultural, natural, de praias e desportivo 3 DOCUMENTO DE TRABALHO Sumário Executivo (3/3) O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e faseado, quer relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos mercados que endereça. 4 DOCUMENTO DE TRABALHO Conteúdo Pag. A. Evolução do sector a nível global e principais tendências 6 B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo 37 C. Contexto actual do Turismo em Angola 161 D. Visão do Turismo de Angola para 2020 174 5 DOCUMENTO DE TRABALHO A. Evolução do sector a nível global e principais tendências 6 DOCUMENTO DE TRABALHO Com apenas 4% a nível global, o Turismo em África cresceu, nos últimos 5 anos, ao dobro da média global, num sector onde a importância da internet e da diferenciação pelos produtos é crescente 1. 1 O número de turistas internacionais aumentou 3,3% ao ano desde 2005, com a Europa a captar mais de metade dos USD 852 Bn de receitas geradas a nível global, enquanto o continente africano capta apenas 4% 2. 2 Nos últimos 5 anos, o crescimento do turismo na África Subsaariana foi superior a 7% ao ano – mais do dobro do ritmo de crescimento global – estima-se que até 2020 a taxa de crescimento anual ronde os 5,7% 3. 3 O Turismo é uma indústria predominantemente regional – quer nos principais mercados emissores globais onde mais de 64% dos turistas que saem do país ficam no mesmo continente, quer também na África Subsaariana, onde cerca de 90% se deslocam para os países fronteiriços 4. 4 A África do Sul (com cerca de 10M) lidera de forma clara o turismo na África Subsaariana, captando cerca de metade dos turistas estrangeiros que se dirigem aos 10 principais países receptores da região 5. 5 Nos últimos anos verificou-se um aumento da importância da internet, o turista tendeu a valorizar mais a diversidade e personalização da experiência, a gozar férias com maior frequência e por períodos mais curtos e a preferir destinos sustentáveis 6 6. Sol & Mar, Turismo Cultural e City Breaks são os principais produtos turísticos para os mercados emissores europeus 7 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 TURISMO MUNDIAL O fluxo mundial de turistas deverá ter atingido 935 M em 2010 – Alemanha, EUA e Reino Unido são os 3 principais mercados emissores de turistas Evolução do Turismo a nível global (1/2) Evolução do fluxo global de turistas - Chegadas [M; 2005-E2010] Top 10 mercados emissores [Milhões de Turistas; 2009] +3.3% 846 894 913 877 795 937 18 32 África - Norte 61 África - Subsaariana 151 Médio Oriente América 206 469 2005 2006 2007 2008 2009 E2010 Alemanha 77,4 EUA 70,5 Reino Unido 52,1 França 39,1 Ásia e Pacífico Europa Itália 27,8 Canadá 27,5 Holanda 27,3 China 26,1 Rússia 25,8 Japão 20,5 Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 8 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 TURISMO MUNDIAL França, EUA e Espanha são os 3 maiores receptores de turistas a nível global – metade da receita total de turismo é gerada na Europa, enquanto África gera apenas 4% Evolução do Turismo a nível global (2/2) Top 10 mercados receptores de turistas [Milhões de turistas; 2009] França Peso de cada região na receita gerada pelo turismo [%; 2009] 74,2 EUA África 4% 52,5 América Espanha 51,7 China 45,5 Itália Reino Unido Turquia 37,5 51% Europa 28,4 26,7 Alemanha 23,4 Malásia 23,3 México 20% 25% Ásia e Pacífico 21,6 Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 9 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 TURISMO EM ÁFRICA O fluxo global de turistas para a região da África Subsaariana tem vindo a crescer a um ritmo superior ao dobro do turismo global… Evolução do mercado global de turistas [M; 2005-E2010] Evolução do fluxo global de turistas vs. chegadas turistas estrangeiros à África Subsaariana [base 100 – ano 2005] Chegadas de Turistas estrangeiros à África Subsaariana Peso da região no fluxo global de turistas 2,7% 2,9% 3,0% 3,0% 3,2% 3,2% 140 131 +7,0% 24,6 26,9 27,3 28,2 30,1 125 127 21,5 118 114 115 112 110 106 100 2005 2006 2007 2008 2009 E2010 2005 2006 2007 Fluxo global de turistas Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer; Análise Equipa de Projecto 2008 2009 E2010 Chegadas à África Subsaariana 10 DOCUMENTO DE TRABALHO TURISMO EM ÁFRICA 2 … estimando-se que até 2020 África mantenha um ritmo superior à média global mundial, quer na geração quer na captação de turistas Previsão da evolução fluxo global de turistas para 2010 Previsão do crescimento do mercado Outbound, por região [CAGR; 2010-2020] Previsão do crescimento do mercado Inbound, por região [CAGR; 2010-2020] Norte: 3,9% Subsariana: 5,7% África 5,6% África Top 5 mercados emissores em 2020 [M turistas; 2009-2020] Posição 2009 1 8 2 98 94 3 4 5,1% 106 América 3,0% América 4,0% 74 Ásia e Pacífico Europa Médio Oriente 7,6% 3,4% 5,2% Ásia e Pacífico Europa Médio Oriente Média: 4,5% Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto 7,3% 60 3,1% 6,7% Média: 4,5% Alemanha EUA França China Reino Unido 11 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 TURISMO EM ÁFRICA O maior crescimento na captação de turistas será no sul de África – Ásia Pacífico e Médio Oriente são as regiões cujos fluxos para África mais irão crescer Taxa de crescimento de turistas prevista em África [CAGR; 2010-2020] Entrada de turistas internacionais por região de África Crescimento por região emissora de turistas para o sul de África Norte África 4,1% Oeste Central Este 3,3% América 2,5% 6,0% 6,5% Ásia e Pacífico 5,0% Sul Europa 6,1% média: 5,1% Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de Projecto 8,1% 6,1% Médio Oriente 8,1% média: 6,1% 12 DOCUMENTO DE TRABALHO MOVIMENTAÇÃO GEOGRÁFICA 3 Nos principais mercados emissores globais 47% dos turistas que saem do país vão para países vizinhos1) enquanto na África Subsaariana esse valor sobe para cerca de 90% Peso dos destinos fronteiriços no total de outbound do país Top 10 mercados emissores – África Subsaariana Top 10 mercados emissores - Global Alemanha 38% 27% Canadá China Angola 10% 80% 53% Holanda 34% 43% 28% 31% 83% 74% 11% 39% 19% 65% 54% Continente 47% 77% Benin 99% 97% Lesoto 99% Moçambique 98% Quénia 70% Suazilândia 46% Rússia 65% Botswana 13% 66% 49% Itália Países Vizinhos 66% 45% França Reino Unido África do Sul 70% EUA Japão 65% 64% 1) Esta percentagem sobe para 64% se se considerar todo o continente Fonte: UNWTO, Fichas de Mercado; Análise Equipa de Projecto Zâmbia Zimbabué 99% 71% 91% média: 87% 13 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 ÁFRICA A África do Sul recebe quase tantos turistas como os restantes 9 maiores mercados da África Subsaariana – os 10 maiores mercados emissores não africanos enviam apenas 5 milhões de turistas Principais mercados emissores e receptores da África Subsaariana ['000 turistas; 2008] Top 10 mercados emissores para África Subsaariana – países africanos África do Sul 2.943 Zimbabué 2.477 Lesoto 2.182 Moçambique 1.523 Suazilândia 1.271 Top 10 mercados emissores para África Subsaariana – países não africanos Reino Unido 1.124 França 1.070 Top 10 mercados receptores da África Subsaariana África do Sul Zimbabué 1.956 1.951 EUA 703 Moçambique Alemanha 683 Botswana Itália 464 9.592 Quénia 1.500 1.141 Botswana 849 Holanda 239 Maurícia 930 Benin 840 Portugal 232 Uganda 844 Índia 221 Suazilândia 754 China 203 Tanzânia 750 Austrália 184 Malawi 742 Zâmbia Quénia Angola 707 550 377 ∑ =13,7 milhões Fonte: Fichas de Mercado, UNWTO; Análise Equipa de Projecto ∑ = 5,1 milhões ∑ = 20,1 milhões 14 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 TENDÊNCIAS Nos últimos anos assistiu-se ao reforço da importância da internet, das Low Cost e ao enfoque do consumidor na diversidade e personalização das experiências i • Peso crescente na procura de informação e reserva • Importante meio de promoção • Afirmação como mecanismo de interacção entre turista e destino, nomeadamente através das redes sociais e comunidades online i INTERNET iii EVOLUÇÃO RECENTE DO CONTEXTO CONSUMIDOR Fonte: Análise Equipa de Projecto INTERNET ii LOW COST • Reforçaram-se as tendências anteriormente identificadas • Maior penetração das LCC - Potenciadoras de short breaks - Induz redução da estadia média - Efeito de substituição dos charters - Não possibilita marcação em grupo ii LOW COST iii CONSUMIDOR • Consolidação das tendências para férias mais frequentes e de menor duração, value for money e segurança • Cada vez mais enfocado na diversidade e qualidade das experiências • Marcações mais tardias e aproveitando oportunidades do momento • Valorização do desenvolvimento sustentável 15 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i INTERNET O peso das vendas online tem aumentado significativamente – a internet afirma-se como importante fonte de informação e ponto de venda Evolução das Vendas online Progresso das vendas online no turismo Citações agentes do sector contactados CAGR +21% 69,9 • "As compras na internet têm aumentado e o consumidor cada vez mais constrói o seu próprio pacote" 58,4 • "A internet no seu todo, incluindo sites de reservas, redes sociais ou blogues de viagens é actualmente o principal meio de recolha por parte dos clientes" 49,4 39,7 30,2 20,8 13,9 9,5% 8,9 6,5% 5,0 2,5 0,2 0,8 2,3% 4,0% 0,1% 0,4% 1,1% 98 99 00 01 02 03 04 Vendas online na UE 25 e Suiça [EUR Bn] 12,9% 05 16,1% 06 19,4% 07 22,5% E08 25,2% • "Importância crescente e imparável das vendas online" E09 • "A internet passou a desempenhar papel primordial na decisão quanto ao destino" Peso Online [%] Fonte: Centre for Regional and Tourism Research; Análise Equipa de Projecto 16 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i INTERNET As comunidades de viagens online têm vindo a adquirir importância na obtenção de informação e de recomendações Exemplo da importância das comunidades online – Exemplo Trip Advisor Principais características Taxa de crescimento do conteúdo submetido por utilizadores [milhões] • Maior comunidade de viagens mundial com mais de 34 milhões de visitantes únicos por mês +50% • 15 milhões de membros registados • Opera sites em dezassete países 15,0 • Em actividade desde 2000 10,0 Diversidade de conteúdo 6,7 • + 35 milhões de reviews, opiniões e recomendações de viajantes reais • 1,3 milhões de fotografias de utilizadores cobrindo mais de 70.000 hotéis • + 2.000 hotéis com > 100 reviews • 3 reviews submetidos a cada minuto Fonte: Trip Advisor 2,9 0,1 0,2 0,7 Out. 02 Out. 03 Out. 04 Out. 05 Out. 06 Jun. 07 Abr. 08 17 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i INTERNET As redes sociais têm também sido utilizadas como forma de partilha de informação e preferências sobre destinos e ofertas turísticas Exemplo de utilização de redes sociais para desenvolvimento de conteúdos de turismo Aplicações de sucesso no Facebook Crescimento dos utilizadores da aplicação "cidades que visitei" no Facebook O Facebook tem já mais 500 milhões de utilizadores a nível global, incluindo 2 milhões em Portugal Fonte: Trip Advisor; OJE 18 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i NÃO EXAUSTIVO INTERNET O peso da internet na marcação de viagens dos principais mercados emissores a nível global tem vindo a aumentar Utilização da internet para marcação de viagens em alguns dos maiores mercados emissores [2004-2008; %] Reservas para o exterior 4,1% Espanha 0,4% 3,6% 19,1% 19,0% Reino Unido 39,0% Alemanha 11,0% França 11,0% 33,1% 17,0% 2,5% 4,0% 21,0% 1) 2004 2,3% 9,2% 39,7% Itália Rússia 2,8% 9,8% 0,9% 6,1% 29,0% Holanda Brasil Reserva de alojamento 4,0% 12,0% 2,0% 8,0% 2008 Reserva transporte aéreo 3,2% 12,1% 8,9% 19,9% 4,7% 14,9% 3,1% 16,1% 4,9% 10,6% 20,1% 0,2% 3,5% 5,2% 0,8% 3,7% 1,2% 7,9% 1,6% 3,1% 0,7% 2,8% 13,2% 1) Dados de 2004 e 2007 Fonte: e-marketer; Análise da Equipa de Projecto 19 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii LOW COST O modelo Low Cost tem vindo a ganhar quota no tráfego comercial – num contexto de quebra global do sector, as LCCs registaram fortes crescimentos em passageiros e capacidade mantendo ocupação Evolução da actividade das Companhias Low Cost Europeias Evolução do número de passageiros transportados [2006-2009; milhões de passageiros] Número de voos diários [situação em Dezembro de cada ano; # voos] +68% 97 106 116 121 +73% 136 150 146 163 2008 2009 2006 2007 Average Load Factor [2006-2009; %] 2.211 2.331 2.749 2.886 2006 2007 2008 Número de aviões na frota [situação em Dezembro de cada ano; # aviões] Taxa de ocupação constante no período 83,0% 2006 82,0% 2007 Amostra constante no período (9 Cª) 3.042 3.410 3.205 3.815 2009 +93% 81,5% 2008 82,0% 2009 Total membros ELFAA 1) 360 402 470 495 533 612 601 693 2006 2007 2008 2009 1) Constituição dos membros variou ao longo dos anos com fusões, falências e novas entradas; Dados 2009 incluem Myair e Sky Europe que cessaram actividade durante esse ano Fonte: ELFAA; Análise Equipa de Projecto 20 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 EXEMPLO: PORTUGAL ii LOW COST A título ilustrativo, o tráfego low-cost já representa 34% do tráfego aéreo em Portugal, tendo vindo a ganhar importância face aos voos tradicionais e, principalmente, aos voos Charter Evolução Tráfego Companhias Aéreas Low Cost nos Aeroportos ANA [milhões pax]1) Evolução de Passageiros Desembarcados [M; CAGR; %] CAGR 06-10 3,9% 13,0 11,9 Charters Low Cost 1,5 13,4 1,3 13,0 1,0 4,0 3,9 1,6 2,4 3,2 13,9 0,9 -12,8% 4,7 18,7% % Pax ANA 20,1% 24,7% 30,0% 30,4% 34,1% 4,73 4,01 3,95 2008 2009 3,20 2,39 Tradicionais 7,9 8,2 8,0 8,0 8,2 2006 2007 2008 2009 2010 0,9% 2006 2007 2010 1) Inclui somente passageiros desembarcados Fonte: ANA, Terminal A; Análise Equipa de Projecto 21 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iii CONSUMIDOR O enfoque na experiência e diversidade, o desenho de programas de férias pelo próprio turista e a importância do value for money têm vindo a acentuar-se Principais tendências estruturais do sector – padrão da procura Tendência Descrição Cliente no driver seat • Clientes são cada vez mais informados e exigentes, fruto da maior liberdade de escolha e transparência da oferta • Maior importância da qualidade e serviço personalizado; menor brand loyalty Value for money • Turistas procuram rentabilizar os seus gastos de viagens, mas sem que para isso signifique estarem disponíveis para aceitar destinos, produtos e serviços de menor qualidade – reforço do preço enquanto factor de decisão • Sintomas desta tendência são a maior procura por viagens de curta duração (short breaks e o conceito emergente de nano-férias) e a busca de oportunidades last minute (shopping around) Diversificação e especialização • Maior diversificação das motivações para viajar e novos segmentos de mercado • Maior enfoque em oferta customizada e especializada Enfoque na experiência • Substituição do tradicional enfoque no destino pelo enfoque na experiência • Turistas procuram experiências mais autênticas e actividades criativas no destino Alterações demográficas e individualização • Envelhecimento da população nos principais mercados emissores – mas "over 50s" vão pensar e agir de forma mais jovem • Maior número de "singletons" e maior individualização da sociedade Turismo sustentável • Turismo sustentável deverá passar de 1% para 5% dos viajantes nos próximos 20 anos • Crescimento deve-se à maior consciência ambiental e cultural dos viajantes, e à maior vontade de interagir com culturas locais criando benefícios sustentáveis Fonte: Análise Equipa de Projecto 22 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iii CONSUMIDOR O desenvolvimento da internet e das Low Cost potenciaram comportamentos de escolha assentes na oportunidade do momento Comportamento de reserva – Comparação Tradicional 1. 2. 3. DESTINO Selecção do hotel LCC 1. Consultar a disponibilidade do voo LCC 2. Destino 3. Reserva Online 4. Consultar a disponibilidade do hotel 5. Reserva através do site do hotel Consultar a disponibilidade do avião Reserva de 4. complementos ou Pacotes de Viagem MOTIVADO PELO DESEJO Fonte: Análise Equipa de Projecto MOTIVADO PELA OPORTUNIDADE • Os destinos tendem a ser convertíveis • Os sites das companhias aéreas são o ponto de acesso favorito na marcação de viagens • Aumento na reserva de complementos(voo, hotel, carro, etc.) • Factor de sucesso para os sites: Grande diversidade na oferta/ Conteúdo 23 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iii CONSUMIDOR INDICATIVO O crescimento do Turismo deverá passar cada vez mais por produtos especializados e de nicho – o Turismo de Natureza está a ganhar importância Experiência de férias durante os últimos 5 anos vs Planos Futuros para os próximos 5 anos1) [% das Respostas] 52 48 48 47 30 32 30 21 21 12 Praia Cidade 1) Para o Reino Unido Pacote de Acampar Actividades Activa Últimos 5 anos (Experiência) Fonte: Traveltainment; Análise Equipa de Projecto 20 19 20 13 9 Cruzeiros 8 Com guia 11 7 Spa/ Saúde 5 4 10 6 3 Natureza/ Desportos Baseados Vida de Neve em Água selvagem 2 Radicais Próximos 5 anos (Planos Futuros) 24 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iii CONSUMIDOR Segurança, facilidade de acesso e qualidade da hotelaria são factores básicos para a selecção do destino turístico Factores de escolha do destino FÉRIAS Factores qualificadores > Segurança > Qualidade das infra-estruturas hoteleiras > Facilidade de acesso - existência de voos directos Factores diferenciadores > Hospitalidade > Qualidade dos serviços e o nível de formação dos recursos > Capacidade organizadora de grandes e Mega Eventos > Possibilidade de oferta programática para Pré e pós eventos > Qualidade da gastronomia e herança histórica > Informações e destaque na internet > Relação qualidade/preço > Preservação do destino > Genuinidade e autenticidade da oferta turística > Diversidade da oferta > Imagem do destino de qualidade, identidade e autenticidade - o “único” (na oferta e na procura) Fonte: Análise Equipa de Projecto 25 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS Os principais produtos para os consumidores Europeus são Sol & Mar, Turismo Cultural, City Breaks e Turismo de Natureza – os City Breaks deverão apresentar o maior crescimento até 2015 Principais produtos turísticos para os mercados emissores europeus [milhões de Viagens; %] # viagens em 2004 e % total de viagens de lazer Sol & Mar 69,0 Cultural 44,0 City Break 34,0 Natureza 22,0 # Viagens em 2015 (estimado) 30% CAGR 2004-2015 1,4% 80 19% 6,5% 88 15% 12,2% 121 10% 30 2,9% Saúde e Bem-estar 3,0 1,3% 7 Naútico 2,8 1,2% 7 Residencial 1,2 0,5% 3 Golfe 1,0 0,4% 2 6,5% Gastronomia 0,6 0,3% 1 6,5% 8,0% 8,7% 8,0% Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 26 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SOL & MAR O Sol & Mar é a principal motivação turística na Europa Importância do produto Sol & Mar Número de viagens originadas na Europa [milhões] +16% 80 • O Sol & Mar é a principal motivação de viagens de turismo na Europa • O crescimento do produto é suportado pelo segmento upscale (11%/ano contra 1,8% no segmento regular), que em 2004 representou 5 milhões de viagens 69 • Os principais mercados emissores são a Alemanha e o Reino Unido (40% do total) sendo também relevantes Escandinávia, Holanda, França, Itália e Espanha 2004 2015E • O gasto médio diário varia entre € 80 (segmento regular) e € 600 (segmento upscale) x% Crescimento total previsto para o período Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 27 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CULTURAL O Turismo Cultural origina cerca de 44 M de viagens na Europa, sendo motivação secundária de 88 M Importância do Turismo Cultural Dimensão do mercado Europeu [milhões de viagens] 88 • O Turismo Cultural é uma das principais motivações de viagens de turismo na Europa • Os principais mercados emissores são: - Itália (18,5%) - França (17,3%) 44 - Alemanha (14,8%) - Reino Unido (12,3%) - Escandinávia (7,1%) • O gasto médio diário ascende a € 110 Motivação Primária Motivação Secundária Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 28 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – CITY BREAK O City Break é uma importante motivação de viagem na Europa, apresentando uma taxa de crescimento bastante elevada Importância do produto City Break Número de viagens originadas na Europa [milhões] +255% • O City Break é uma das principais motivações de viagens na Europa 121 • O crescimento do produto é suportado pelo forte aumento da importância das Low Cost no transporte aéreo e do consequente crescimento do número de ligações entre cidades e respectiva redução do custo 34 2004 • A taxa de crescimento anual até 2015 deverá ficar em cerca de 12% a 15% 2015E • Os principais mercados emissores na Europa são: Reino Unido (16,5%), Alemanha (14,8%), Espanha (13,4%), Escandinávia (9,1%) e Holanda (7,7%) x% Crescimento total previsto para o período Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 29 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NATUREZA O Turismo de Natureza é uma das principais motivações de viagem na Europa – 9% do total Importância do Turismo de Natureza Dimensão do mercado Europeu [milhões de viagens; 2004] 30 22 • Motivação primária para cerca de 22 milhões de viagens em 2004 (9% do total) e secundária para 30 milhões • Os principais mercados emissores são: - Alemanha (24,5%) - Holanda (20,5%) - Reino Unido (8,8%) - Escandinávia (5,7%) - França (4,8%) Motivação Primária Motivação Secundária • O gasto médio diário varia entre EUR 60 e EUR 250 dependendo das actividades desenvolvidas • 85% das viagens são superiores a 4 noites Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 30 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – SAÚDE & BEM-ESTAR O Turismo de Saúde e Bem-estar motiva mais de 10 milhões de viagens anuais, 63% das quais a partir da Alemanha Importância do Turismo de Saúde e Bem-estar Dimensão do mercado Europeu [milhões de viagens; 2004] 7 • Motivação primária para cerca de 3 milhões de viagens em 2004 (esperando-se um crescimento anual entre 5% e 10% até 2015) e secundária para 7 milhões • Os principais mercados emissores são: - Alemanha (63,4%) 3 - Escandinávia (6,9%) - Espanha (3,0%) - Reino Unido (2,7%) - Itália (2,1%) Motivação Primária Motivação Secundária • O gasto médio diário varia entre EUR 100 e EUR 400 • 87% das viagens são superiores a 4 noites Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 31 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NÁUTICO O Turismo Náutico apresenta um gasto médio potencialmente elevado – Alemanha, Escandinávia e Reino Unido são os principais emissores Importância do Turismo Náutico Dimensão do mercado Europeu [milhões de viagens; 2004] 7,0 • Motivação primária para cerca de 3 milhões de viagens em 2004, esperando-se que ascendam a 6,6 milhões em 2015 e secundária para 7 milhões • Os principais mercados emissores são: - Alemanha (24,3%) - Escandinávia (15,1%) 2,8 - Reino Unido (8,9%) - Holanda (7,1%) - França (6,4%) Motivação Primária Motivação Secundária • O gasto médio diário varia entre EUR 80 e EUR 500 em função das actividades realizadas (clientes de marinas têm gasto elevado por dia) Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 32 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – RESIDENCIAL O Turismo Residencial proporciona alojamento turístico a cerca de 30 M de turistas na Europa, havendo 4 M com casa de férias no estrangeiro Importância do Turismo Residencial e de Resorts Integrados Europeus com alojamento turístico no estrangeiros [milhões; 2004] • Em 2005, cerca de 30 milhões de turistas passaram férias em Resorts Integrados 2,8 • O Turismo Residencial foi dos produtos mais afectados pela crise financeira, com grande parte dos projectos a serem suspensos • Os principais mercados emissores são: - Alemanha (24%) - Escandinávia (15%) - Reino Unido (9%) - Holanda (7%) 1,2 Em Resort Integrado • Antes da crise financeira, o mercado cresceu a cerca de 10% ao ano Outras • O gasto médio diário varia entre EUR 50 e EUR 800 em função das actividades realizadas - clientes de marinas têm gasto mais elevado Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 33 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GOLFE O Golfe é um produto procurado principalmente por turistas com elevado poder de compra Importância do produto Golfe Número de viagens originadas na Europa [milhões] 2 +100% • O Golfe é uma importante motivação de viagens na Europa (motivação primária de 1 milhão de viagens e secundária de 1,2 milhões em 2004) e está tipicamente associado a um segmento afluente da procura turística • A procura ao logo do ano é contra-cíclica com o Sol & Mar, concentrando-se nos meses de Março a Maio e Setembro a Outubro 1 • Os principais mercados emissores na Europa são o Reino Unido (25%) a Alemanha (23%) Suécia (20%) e França (9%) 2004 2015E • O gasto médio diário ascende a €260, variando entre €100 e €600 x% Crescimento total previsto para o período Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 34 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – GASTRONÓMICO A Gastronomia gera muito poucas viagens por si só, assumindo um papel importante como motivação complementar Importância do Turismo Gastronómico Dimensão do mercado Europeu [milhões de viagens; 2004] 20,0 • Motivação primária para cerca de 600 mil viagens, a gastronomia assume-se principalmente como motivação complementar que enriquece a experiência do turista • Os principais mercados emissores são: - França (16,0%) - Holanda (15,2%) - Reino Unido (10,5%) 0,6 Motivação Primária - Itália (9,2%) Motivação Secundária - Alemanha (7,7%) • O gasto médio diário varia entre EUR 150 e EUR 450 Fonte: "10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal"; Entrevistas com players do sector; Análise da Equipa de Projecto 35 DOCUMENTO DE TRABALHO PRINCIPAIS PRODUTOS PARA PAÍSES EUROPEUS – NEGÓCIOS 6 A realização de reuniões associativas gerou US$ 11,8 mil milhões em 2009 – mais de metade das reuniões realizaram-se na Europa Importância do Turismo de Negócios Reuniões associativas internacionais1) por geografia [2008; #] Austrália África América Latina 3% Medicina Total de 7.475 reuniões associativas 9% América do Norte 11% 3% 19% Reuniões associativas internacionais1) por sector de actividade [2008; #] 18% Outros 47% 55% Europa 14% Tecnologia 7% 13% Ásia e Médio Oriente Ciências Indústria Número de reuniões associativas realizadas por dimensão [2008; #]2) 73 64 3.958 • Gasto total de US$ 11,8 mil milhões • US$ 2.487 por reunião, dos quais US$ 547 na inscrição 1.635 50-249 250-499 500-999 Gasto dos participantes em reuniões associativas em 2009 (dados globais): 10002999 30004999 > 5000 Total • US$ 691 por dia 1) Reuniões periódicas organizadas por associados ICCA com rotação por 3 ou mais países 2) Repartição reflecte somente parte do total de reuniões associativas realizadas na Europa Fonte: ICCA; Análise da Equipa de Projecto 36 DOCUMENTO DE TRABALHO B. Benchmark da estratégia de 9 países na área do Turismo 37 DOCUMENTO DE TRABALHO Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a promoção externa são drivers de crescimento (1/2) 11. O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia de guerra para um destino turístico apreciado internacionalmente, tendo aumentado em 10 vezes o número de turistas nos 6 anos após a abertura ao exterior 22. O Brasil tem aproveitado o seu forte potencial turístico através de uma aposta no mercado doméstico que origina quase 200 milhões de viagens por ano 33. A diversificação de mercados emissores e o alargamento da oferta permitiram à Turquia crescer o número de turistas internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010 44. Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em resultado de uma aposta enfocada no Sol & Mar e no Turismo Cultural - quase metade são Marroquinos a residir no estrangeiro 55. O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta de Sol & Mar, Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros são de origem Cabo-Verdiana 38 DOCUMENTO DE TRABALHO Os países emergentes no Turismo enfocam a oferta geograficamente e em produto – a abertura ao exterior, as acessibilidades e a promoção externa são drivers de crescimento (2/2) 61. O turismo nacional gera dois terços das dormidas da África do Sul, no entanto o crescimento que se tem verificado decorre do turismo externo. As actividade turísticas estão concentradas em 3 das 9 províncias, as quais geram 80% das receitas totais 72. O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta enfocada em Turismo de Natureza, sobretudo na zona norte do país com mais de 90% das visitas e receitas geradas 83. O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de mercados longínquos, através da abertura de ligações aéreas directas e de actividades de promoção e distribuição nesses mercados 94. A visão 2025 para o turismo em Moçambique pretende reforçar as ligações e a integração entre países da África Austral e alargar a diversidade oferta que hoje se concentra excessivamente nos produtos Sol & Mar e Natureza 39 DOCUMENTO DE TRABALHO VIETNAME 1 O Vietname é um caso de sucesso na passagem de uma economia de guerra para um destino turístico apreciado internacionalmente i.i A oferta do Vietname enfoca-se em 4 produtos principais – Natureza, Turismo Ecológico, História e Cultura – complementados com actividades desportivas e de entretenimento ii. ii Apesar de a grande maioria dos turistas externos no Vietname serem originários da região, 3 dos seus 10 maiores mercados emissores são de outros continentes iii iii. Embora o número de turistas domésticos tenha sido estimado em 25 milhões, a acção governamental continua mais enfocada na dinamização dos mercados internacionais iv iv. O desenvolvimento do Turismo do Vietname resultou da abertura do país ao exterior, do estímulo da iniciativa privada e do fomento ao investimento externo e às parcerias com players globais 40 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 VIETNAME A oferta turística do Vietname assenta em 2 produtos – Natureza e Cultura – tendo o desenvolvimento resultado da abertura do país ao exterior, à iniciativa privada e ao fomento ao investimento externo Produtos Turísticos do Vietname Turismo Cultural Turismo de Natureza História • Património e conteúdos históricos • Palácios, pagodes, templos, torres, museus… • Locais associados à guerra Natureza • Reservas e parques naturais • Lagos e cursos de água • Montanhas Cultura • Festivais regionais • Mercados • Locais arqueológicos • Cidades históricas e aldeias típicas Turismo Ecológico • Jardins e casas típicos • Observação de aves • Resorts e SPAs integrados na natureza Produtos complementares • Golfe • Wellness e SPA 41 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 ii MERCADOS EMISSORES A grande maioria dos turistas Vietnamitas tem origem nos países da região, deslocando-se ao país de avião e por motivos de lazer Caracterização dos turistas estrangeiros no Vietname [2010; milhares de turistas; %] País de origem Razão da viagem China 905 Coreia do Sul 496 Japão 442 EUA 431 Taiwan 334 Australia 278 Cambodja 255 Tailandia Meio de Transporte Negócio 19% 20% Barco Vis. Amigos e Familiares Lazer 62% 7% Outros 211 França 199 Outros 1% 11% 223 Malasia Carro/ autocarro 80% Avião 1.275 Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto 42 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 ii TURISMO NO VIETNAME O Turismo é um sector importante na economia do Vietname, pesando 12% no PIB, e 10% no emprego e no investimento… Breve descrição – Vietname Divisão política do Vietname Indicadores sócio-económicos [2010] 2010 Hanoi Ho Chi Minh (Saigão) População [Milhões habitantes] 88,3 PIB1) per capita [USD $] 3.123 Crescimento real do PIB [%] 6,50% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 12,4% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 9,90% Peso do Turismo no investimento [%] 10,2% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 43 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 ii TURISMO NO VIETNAME …estimando-se que as receitas anuais a ele associadas possam praticamente triplicar até 2020, criando 1 milhão de empregos Contributo do turismo na economia nacional – Vietname Receitas associadas ao Turismo [2005-2020F; Milhões de USD] Δ% 34% 32% 30% -13% Emprego associado ao Turismo [2005-2020E; '000 Empregados] 2% 11% % 11% 14% -4% -12% -1% 2% 36.227 5.394 12.674 14.909 12.956 13.184 11.470 5.013 4.614 4.340 1.411 4.621 1.378 1.356 1.066 Outros Negócios Lazer 8.670 5.651 5.195 4.727 3.438 4.576 3.651 Indirecto 3.212 4.539 3.855 3.584 3.164 3.142 20.115 3.216 935 4.519 5.784 2006 2007 8.485 7.261 7.193 2008 2009P 2010E P – Previsto; E - Estimado Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto Directo 2020E 1.516 1.743 1.611 1.412 1.397 2006 2007 2008 2009P 2010E 1.795 2020E 44 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iii TURISMO DOMÉSTICO Apesar do maior enfoque do governo sobre o turismo internacional, o Vietname terá cerca de 25 M de turistas domésticos – Preferência por viagens de curtas e carro como principal meio de transporte Comentários Meio de Transporte [2005; %] Duração da visita em dias [2005; %] • Estimativas em 2005 apontavam para uma evolução de 15 milhões para cerca de 25 milhões de turistas domésticos em 2010 Aéreo • O mercado deverá continuar a crescer devido ao desenvolvimento económico 12,6% • Governo mais enfocado no turismo internacional 15,7% 8 a 14 1,4% > 14 0,5% Comboio 11,4% • Alguns esforços governamentais têm tentado fomentar o turismo doméstico: – Melhoria das infra-estruturas de transporte e na sua inter-modalidade 4a7 2,2% Barco 65,2% 8,6% Outros Carro – Incentivar agências e operadores a criarem pacotes especiais no segmento doméstico 82,4% 1a3 – Criação de tarifas promocionais nas passagens aéreas Fonte: General Statistics Office of Vietname - "Tourism Expenditure Survey in 2005"; Impensa 45 4 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 ORGANIZAÇÃO A organização do Turismo encontra-se sob a alçada do Ministério da Cultura, Desporto e Turismo – Outras actividades contempladas incluem a recolha e análise de dados e os veículos de informação Organização do sector Ministério da Cultura, Desporto e Turismo Administração Nacional do turismo Viagens Industria Hoteleira Financeiro Cooperação internacional Organização Pessoal Marketing Outras Organizações Centro de tecnologias de informação Departamentos Instituto de investigação Vietname Tourist Review Jornal de turismo Fonte: Turismo do Vietname 46 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iv VIETNAME O Turismo do Vietname passou por 4 fases de desenvolvimento – sendo de destacar o período 1988-94 com um crescimento superior a 10 vezes, passando de 100 mil para 1 milhão de turistas Desenvolvimento do turismo no Vietname [Milhares de Turistas; 1980-2010] Isolamento externo Abertura ao exterior e desenvolvimento de joint-ventures Diversificação, qualificação e forte crescimento da oferta Melhoria do serviço e reforço da experiência do cliente 5.050 +10% 4.254 3.772 2.628 +12% ~0% 1980 x% 1982 1984 1.018 1986 300 440 93 250 1988 1990 1992 2.429 1.716 +49% 1.520 670 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Taxa média anual de crescimento Fonte: Turismo do Vietname; análise da equipa de projecto 47 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO Na fase de isolamento do país face ao exterior, a oferta hoteleira era de baixa qualidade e o turismo externo inexpressivo Caracterização da fase de isolamento externo [anterior a 1986] Contexto Político Oferta Hoteleira • O regime vigente promovia o colectivismo, sendo os meios produtivos propriedade do Estado • Isolamento externo e dificultava a entrada de estrangeiros, excepto de países alinhados com a União Soviética • Hotéis antiquados e degradados em resultado do período de guerra • Os hotéis eram na totalidade detidos pelo Estado, e os seus gestores pouco qualificados Turismo do Vietname no período anterior a 1986 • Oferta de baixa qualidade • Preços praticados eram muito baixos de modo a manter alguns clientes • Turistas estrangeiros oriundos principalmente da Europa de Leste, com nível de exigência reduzido e incapazes de pagar preços elevados Posicionamento Perfil de clientes 48 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO Em 1986 o Governo Vietnamita abriu o país ao exterior e fomentou joint-ventures com players internacionais para modernizar o Turismo Caracterização do período após a abertura ao exterior [1986-1994] 1986 – Reforma • "Doi-Moi" – O Governo lançou um programa de reformas do Estado, tornando possível a propriedade privada e motivando o desenvolvimento de parcerias entre os hotéis estatais e as do sistema principais cadeias internacionais abdicando assim do anterior monopólio político Escassez de oferta • A oferta hoteleira existente foi reforçada mas continuou a ser insuficiente para fazer face à procura, em particular de quartos com standards de qualidade internacionais, e nas maiores cidades • Preços por quarto e taxas de ocupação muito elevados (nas maiores cidades oscilavam entre 80% e 100%) Peso crescente dos privados • Os privados (incluindo pequenos empresários locais) investiram no sector, quer em renovação de unidades existentes, quer na construção de novos hotéis • Em 1992, metade dos hotéis eram privados, na maioria de pequena dimensão e direccionados ao segmento baixo, em particular os backpackers Procura • O interesse por viajar para o Vietname cresceu, quer por parte de turistas em férias quer por viajantes de negócio • As cadeias internacionais que investiram no país atraíram os seus clientes fidelizados dada a garantia de qualidade de serviço associada à marca 49 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO O crescimento verificado entre 1995 e 2004 deveu-se em grande parte à qualificação e diversificação da oferta Fase de qualificação da oferta [1995-2004] Número de Turistas 1 Sistema de classificação dos hotéis e pricing sazonal • Implementação de um sistema de estrelas para classificação da oferta hoteleira • Implementação de diferenciação sazonal de preços de modo a optimizar a ocupação e rentabilidade 2 Modernização dos hotéis estatais • Remodelação das instalações e aceitação de cartões de crédito • Criação de departamentos de marketing e vendas, e rebranding adoptando nomes internacionais • Maior enfoque nos turistas estrangeiros 3 Diversificação e especialização da oferta • Desenvolvimento, nas maiores cidades, das cadeias internacionais enfocadas nos segmentos empresarial e lazer de maior valor • Expansão dos pequenos hotéis por todo o país, associados ao turismo de natureza e em particular aos backpakers +12% 1.782 1.716 1.520 Crise asiática 1.018 1994 1995 1996 1997 1998 1999 50 DOCUMENTO DE TRABALHO 1 iv FASES DE DESENVOLVIMENTO A melhoria dos serviços oferecidos e o aumento da capacidade registados durante a última década, permitiram um crescimento de 10% ao ano Fase de reforço da capacidade de atracção de turistas internacionais [1999-2010] Nível de serviços e diversificação Desenvolvimento de capacidade Melhoria da qualidade dos serviços • Hotéis de 4 e 5 estrelas apostaram na qualificação da mão-de-obra e na estandardização dos serviços prestados de forma a equivaler a sua qualidade com os padrões internacionais Número de serviços disponíveis ao cliente • Instalações hoteleiras reforçaram a sua oferta disponibilizando novos serviços (e.g. centros de bem-estar e massagens) e rentabilizando os seus espaços com lojas complementares (e.g. agências de viagens e lojas de artigos de luxo) Aposta no Turismo de Negócios • Foram criadas infra-estruturas e promovidos de eventos destinados ao segmento Negócios Aumento do número de quartos • No ano 2000 havia 55.760 quartos capazes de acolher turistas internacionais , sendo que este número deverá ter crescido para 130.000 em 2010 Atracção de investimento privado • Aposta em cadeias internacionais de hotéis enfocadas em instalações de 4 a 5 estrelas reconhecidas internacionalmente pela qualidade estandardizada dos seus serviços • Facilitação de investimentos através da criação de JointVenture entre investidores internacionais e empresas estatais + 10% a.a. 5.050 1.782 1999 2010 51 DOCUMENTO DE TRABALHO BRASIL 2 O turismo brasileiro está enfocado no mercado doméstico, sendo dinamizado através da diversidade de oferta, facilitação do transporte aéreo e criação de roteiros temáticos i. i O Brasil tem uma oferta diversificada dirigida quer ao mercado de massas quer a nichos de mercado, sendo o Sol & Mar e o Ecoturismo as principais motivações de viagem ii.ii O turismo de estrangeiros representa apenas 5 milhões de viagens ao Brasil, com 46% das viagens a terem origem na América do Sul iii iii. A estratégia para o Turismo doméstico assenta em 65 pólos de desenvolvimento a nível nacional e na criação de roteiros turísticos temáticos iv iv. O Governo brasileiro está a apostar no desenvolvimento de infra-estruturas complementares de suporte ao turismo, na dinamização das ligações aéreas internas e num programa de captação e formação de jovens em Turismo 52 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 i BRASIL O Brasil possui uma oferta bastante diversificada capaz de satisfazer tanto o turismo de massas como os mais diferenciados nichos de mercado Produtos turísticos Cidades Eventos Gastronomia Cultura Negócios História Aventura Sol & Mar Desporto Natureza 53 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 i MOTIVOS DE ESCOLHA O Sol & Mar é a grande motivação para viajar no território brasileiro – A maioria dos turistas assume escolher os seus destinos baseados em recomendações de pessoas conhecidas Destinos eleitos Motivos de escolha de viagem Recomendação de parentes e amigos Outras Desportos de Aventura Festas Populares 11,1% Procura na Internet 4,4% 5,0% 40,4% Compras 7,7% 14,2% Turismo Cultural 17,2% Ecoturismo Fonte: 36,8% Ministério do Turismo - Projecto "Cores do Brasil" Sol & Mar 28,1% Agências de Viagens 16,3% Artigos 5,7% Feiras 5,1% Televisão e Publicidade 4,2% Guias Turísticos 3,8% 54 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 ii PESO NA ECONOMIA O sector do turismo no Brasil contribuí-o para 9,1% do PIB e assegura cerca de 8% do emprego do país Breve descrição – Brasil Brasil Indicadores sócio-económicos [2011] 2011 População [Milhões de habitantes] 191,5 PIB1) per capita [USD $] 8.220 Crescimento real do PIB [%] 5,5% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 9,1% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 8,3% Peso do Turismo no investimento [%] 5,8% Brasília Rio de Janeiro São Paulo 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 55 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 ii TURISMO INTERNACIONAL Ao contrário dos seus países vizinhos, o Brasil não tem registado uma evolução positiva do número de visitantes internacionais Número de Turistas internacionais [Milhões; 1999-2009] 15,1 15,7 15,7 13,8 12,9 11,4 Outros países da América do Sul 10,0 9,9 9,8 8,9 5,1 5,3 9,6 4,8 4,8 3,8 4,1 2002 2003 5,4 5,0 5,0 5,1 4,8 2005 2006 2007 2008 2009 Brasil 1999 Fonte: Ministério do Turismo 2000 2001 2004 56 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 ii TURISMO INTERNACIONAL A maioria dos turistas internacionais chega por via aérea, sendo a América do Sul responsável por quase metade do volume Chegadas de turistas internacionais [%; 2009] Mercados emissores Principais Mercados Emissores Maritima Fluvial Oceânia África América Central 1% 1% 16% 2% 2% 1% Terrestre 26% América 46% do Sul 70% América do Norte 180.373 183.697 189.412 205.860 215.595 Paraguai 253.545 Itália 603.674 EUA Portugal Uruguai França Alemanha 35% Europa Aérea 1.211.159 Fonte: Ministério do Turismo Argentina 57 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iii TURISMO DOMÉSTICO O governo brasileiro tem-se enfocado no turismo doméstico devido à sua dimensão, potencial de crescimento e de atrair turistas para zonas mais alargadas do seu território Estratégia de Desenvolvimento Turistas Internacionais 4,8 (3%) Racional Turismo Doméstico e Internacional [Milhões de turistas; 2009] • Procura largamente superior ao potencial imediato de mercados internacionais • Economia em forte crescimento e a impulsionar o rendimento médio e consumo • Emergência de uma nova classe média com poder de comprar a hábitos de consumo diversificados 175,4 (97%) Viagens Domésticas O Turismo Doméstico representa a quase totalidade das viagens em território Brasileiro Factores de Desenvolvimento • Identificação de mais de 200 regiões turísticas, tendo-se prioritizado a actuação e 65 destinos turísticos para servirem de pólos de desenvolvimento e garantirem padrões de qualidade internacional • Enfoque no desenvolvimento de infra-estruturas complementares, na formação de pessoas e na certificação de profissionais, empresas e empreendimentos • Criação de roteiros turísticos para as diferentes regiões com grande potencial turístico • Investimento na promoção interna subiu de 22,8 Milhões de reais em 2004 para 58,1 Milhões em 2009 • Incentivos ao sector do transporte aéreo doméstico duplicou o número de Assentos-Quilómetros oferecidos entre 2004 e 2009 e reduziu o preço médio dos bilhetes de 501 para 321 reais (i.e. - 36%) 58 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv ORGANIZAÇÃO O Ministério do Turismo, responsável pela definição da estratégia para o sector, tem no EMBRATUR um órgão responsável pela execução da Política Nacional de Turismo Organograma do Ministério do Turismo Ministério do Turismo Entidade Vinculada EMBRATUR Instituto Brasileiro do Turismo Órgãos Colegiado Conselho Nacional de Turismo Secretaria Nac. de Politicas de Turismo Gabinete do Ministro Consultoria Jurídica Secretaria Nac. de Programas de Desenv. do Turismo Planeamento e Avaliação do Turismo Programas Regionais de Desenv. do Turismo Estudos e Pesquisas Infra-Estruturas Turístico Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Financiamento e Promoção de Investimentos no Turismo Relações Internacionais do Turismo Qualificação, Certificação e de Produção Associada ao Turismo Secretaria Executiva Directoria de Gestão Estratégica Directoria de Gestão Interna Promoção e Marketing Nacional 59 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv ORGANIZAÇÃO Órgãos associados ao Ministério do Turismo EMBRATUR • Órgão responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos apenas no mercado internacional Conselho Nacional • Assessorar o ministro do Turismo na formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo. O Conselho é hoje integrado por 71 conselheiros de instituições públicas e entidades privadas do sector de Turismo Gabinete do Ministro • Assiste o ministro na sua representação política e social, ocupando-se das relações públicas e na preparação e despacho do seu expediente pessoal. Promove também a articulação entre o Ministério e os órgãos que compõem a Presidência da República. Secretaria Executiva • Define directrizes e políticas no âmbito da Política Nacional de acordo com as propostas do Conselho Nacional. Supervisiona e coordena as actividades das secretarias integrantes da estrutura do Ministério e da Embratur Secretaria Nacional • Auxilia na formulação, elaboração e no controlo da Política Nacional, de acordo com as directrizes e os subsídios fornecidos pelo Conselho Nacional. Implementa o modelo de gestão descentralizada, alinhando de Políticas de as acções do Ministério com o Conselho Nacional, o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais Turismo de Turismo e os Fóruns/Conselhos Estaduais de Turismo das 27 regiões Secretaria Nacional • Subsidia a formulação dos planos, programas e acções destinados ao desenvolvimento e ao fortalecimento do turismo. Estabelece e acompanha os programas de desenvolvimento regional de turismo de Programas de e a promoção do apoio técnico, institucional e financeiro necessário ao fortalecimento da execução e da Desenvolvimento participação dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios nesses programas do Turismo 60 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A nova estratégia para o sector prevê o enfoque em 8 novos eixos estratégicos de forma a melhorar a oferta existente Planeamento Informação • Promover integração dos • Recolher estatísticas e diversos agentes na realizar estudos de análise da delineação das linhas de informação desenvolvimento do sector • Fomentar a descentralização do processo da tomada de decisão e da responsabilidade da sua execução • Controlar e avaliar progressos realizados Estruturação da oferta Crescimento • Diversificar a oferta apostando na especialização através de politicas de regionalização • Criar grupos de trabalho para estudo de nichos de mercado • Incentivar o investimento nas várias fases cadeia de valor • Promover acessos ao crédito através da facilitação de informação e disponibilização de fundos(ex. micro-crédito e criação de avais de garantia) • Criar portfolio de oportunidades • Desonerar equipamentos importados EIXOS ESTRATÉGICOS: 2011 a 2014 Qualificação Infra-estrutura Logistica de transportes Apoio à comercialização • Desenvolver a formação dos Recursos Humanos • Disseminar o conceito e importância da hospitalidade • Fomentar parcerias com o sector privado • Solidificar procedimentos e meios na classificação e certificação de meios de hospedagem • Conservar e recuperar património histórico e cultural • Programas de sinalização turística • Desenvolver rede de aeroportos regionais, com gestão privada ou mista • Estimular aviação regionais e voos com outros países da América do Sul • Melhorar acessos aos pontos turísticos através do investimento em eixos rodoviários, ferroviários, fluvial e marítimo • Elaborar campanhas e promover a marca Brasil, das suas regiões e/ou de locais específicos • Aplicar 2% das receitas na promoção externa com foco em campanhas online, eventos e escritórios físicos Fonte: Ministério do Turismo 61 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO O "Programa de Roteirização" tem como objectivo a definição de roteiros de forma a publicitar e dinamizar os principais pontos de interesse turístico dispersos por todo o território brasileiro Programa de Roteirização • Estratégias do Ministério do Turismo para diversificar a oferta turística e promover o turismo em todas as regiões • Identificação e elaboração novos roteiros turísticos de forma a estruturar a oferta dos territórios e transformá-la em produto rentável e comercialmente viável • Desde a sua criação, foram estabelecidos mais de 90 roteiros divididos por 11 temas distintos ou, por vezes, integrados • Baseado na construção de diversas parcerias em âmbito municipal, regional, estadual, nacional e internacional • Plano de comunicação inclui campanhas publicitárias internas e a promoção efectiva do canal online Fonte: Ministério do Turismo 62 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO EXEMPLO Roteiro do Sol e da Moqueca integra diversos motivos de atracção de turística, combinando uma oferta focada no Sol & Mar, Cultura, Saúde e Gastronomia Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro do Sol e da Moqueca Vitória, é a capital e o centro cosmopolita do Estado de Espírito Santo Guarapi ou “Cidade Saúde” é publicitada pelas reconhecidas propriedades medicinais de suas areias monazíticas O Parque Estadual Pedra Azul, destacase num valioso conjunto de recursos naturais Várias vilas em redor de Vitória destacamse pelo seu património histórico-cultural Praia Cultura Saúde Gastronomia Região famosa pelos sua gastronomia tradicional, incluindo a famosa Moqueca Grande diversidade de praias exóticas Fonte: Ministério do Turismo 63 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ROTEIRIZAÇÃO EXEMPLO Roteiro Integrado do Iguaçu promove a cooperação entre 3 países que partilham entre si valiosos recursos naturais Programa de Roteirização – Exemplo Roteiro Integrado do Iguaçu Roteiro Turístico • Engloba parte das cataratas fo Iguaçu Brasil Brasil • Abriga parte das cataratas do Iguaçu Paraguaí Argentina Argentina • Outras atracções turísticas contempladas no roteiros incluem o Parque das Aves e as históricas ruínas de São Miguel das Missões Abriga e a catedral de Santo Ângelo Cataratas do Iguaçu • Outras atracções turísticas contempladas no roteiros incluem as cidades de Puerto Iguazú, San Ignácio e Posadas • Abriga parte das cataratas do Iguaçu Paraguai • Outras atracções turísticas contempladas no roteiros incluem as ruínas de igrejas Jesuítas e as cidades de Misiones e Encarnación Em torno de um ponto turístico comum, as Cataratas do Iguaçu, foi desenvolvido um roteiro que engloba atracções turísticas de 3 países Fonte: Ministério do Turismo 64 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – VIAJA MAIS MELHOR IDADE O programa Viaja Mais Melhor Idade promove a inclusão social através da concessão de descontos e criação de produtos específicos para os sectores etários mais elevados Programa Viaja Mais - Melhor Idade • Promover a inclusão social e fortalecer o turismo doméstico de Brasileiros com mais de 60 anos e durante as épocas de baixa ocupação • Criação constante de pacotes turísticos customizado • Descontos de 50% durante a época baixa em hotéis e pousadas em mais de 580 destinos no Brasil • Desconto de 35% em viagens aéreas dentro do território Brasileiro em rotas operadas pelas parceiras institucionais 65 DOCUMENTO DE TRABALHO 2 iv PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO – TRILHA JOVEM O programa Trilha Jovem foca-se desenvolvimento do turismo sustentável apoiando o ensino e formação de jovens para o sector do Turismo Programa de formação – Trilha Jovem • Programa de desenvolvimento do turismo sustentável focado no ensino e formação de jovens para o sector do Turismo • Programa inteiramente gratuito • Disponível em várias regiões • Introdução ao mundo do trabalho potenciado por formação on the job e estágios profissionais • Sucesso evidenciado pelo baixo índice de abandono e os altos índices de inclusão profissional e satisfação dos empresários do sector do Turismo 66 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 A diversificação de mercados emissores e o alargamento da oferta permitiram à Turquia crescer o número de turistas internacionais 10% ao ano entre 2006 e 2010 i.i Após uma fase inicial de enfoque no Sol & Mar de massas, a Turquia tem vindo a apostar na diversificação da oferta, potenciando toda a riqueza do seu património natural, histórico e cultural iiii. A diversificação de mercados emissores permitiu aumentar o número de turistas recebidos em 10% ao ano entre 2006 e 2010, apesar do contexto de crise internacional, e ambicionar multiplicar este número 2,4 vezes até 2023, entrando no grupo restrito dos 5 maiores mercados a nível global iii iii. A Turquia criou ofertas específicas para o turismo doméstico, de modo a dinamizar este segmento e atenuar a sazonalidade iv iv. O sector é gerido pelo Ministério da Cultura e Turismo com o apoio de conselhos consultivos nacional e regionais, que estruturou um plano desenvolvimento do Turismo até 2023 assente no desenvolvimento de novas infra-estruturas hoteleiras e de transporte, na potenciação do património histórico-cultural e na alocação de 1% da receita ao plano de promoção, entre outras medidas chave 67 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 TURQUIA Após enfoque inicial em Sol & Mar, a Turquia tem apostado na diversificação da oferta, potenciando o seu património natural, histórico e cultural Produtos turísticos Cidades Gastronomia Cultura História Diversidade OFERTA COMPETITIVA Sol & Mar Comércio Natureza 68 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 ii MERCADOS EMISSORES O país tem um elevado número de mercados emissores de dimensão relevante – nenhum mercado pesa isoladamente mais do que 15% Turistas por mercado emissor [Milhões de turistas; 2010] Peso [%] 15,3% 10,9% 9,3% 6,6% 1,9 5,0% 1,4 3,9% 1,1 3,7% 1,1 3,2% 42,0% 12,0 28,6 Outros Total 0,9 2,7 3,1 4,4 Alemanha Rússia Fonte: Ministério do Turismo R.U. Irão Bulgária Geórgia Holanda França 69 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 ii TURQUIA A nível Europeu, e apesar da crise económica global, a Turquia e Marrocos apresentam-se como casos de sucesso no crescimento da actividade turística Turistas estrangeiros nos principais mercados da Bacia do Mediterrâneo [Milhões] 60 CAGR [06-09; %] Var. Turistas [06-09; M] -2,4% -5,3 13,6% 13,2 -1,4% -0,9 55 Espanha 50 35 Turquia 30 25 20 Grécia 15 Portugal 1,8% 0,8 10 Croácia 5,2% 1,9 6,4% 1,9 1,5% 0,4 Marrocos 5 0 2006 Tunísia 2007 2008 Fonte: Institutos de Estatística dos países; Análise da Equipa de Projecto 2009 2010 70 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um ritmo de 10% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para o crescimento dada a distância para os mercados emissores Número de Turistas Internacionais [Milhões de Turistas] Barco Comboio +10% 26,3 Meio de transporte utilizado pelo turistas internacionais[%] 27,1 28,6 6% 0% 23,3 Carro/Autocarro 19,8 29% 65% Avião 2006 2007 Fonte: Ministério do Turismo 2008 2009 2010E 71 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 ii PESO NA ECONOMIA Em 2010, o sector do turismo na Turquia deverá ter contribuído para 10% do PIB e ter assegurado cerca de 8% do emprego do país Breve descrição – Turquia Divisão política da Turquia Istambul Ancara Antália Indicadores sócio-económicos [2011] População [Milhões habitantes] 71,4 PIB1) per capita [USD $] 9.950 Crescimento real do PIB [%] 4,6% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 10,0% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 8,1% Peso do Turismo no investimento [%] 6,4% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 72 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 ii PESO NA ECONOMIA O Turismo na Turquia representa mais de 1,8 milhões de empregos e receitas de cerca de USD 70 mil milhões Peso do Turismo na economia Turca [2005-2010] Emprego directo e indirecto gerado pelo sector ['000] Contribuição do sector para o PIB [USD mil milhões]1) CAGR 05-10 1.794 1.747 1.710 1.756 1.774 61,8 1.834 49,3 51,3 61,2 69,5 Directo e indirecto CAGR 05-10 7,1% 54,0 0,5% Indirecto 1.320 Directo 1.252 1.269 1.295 1.315 1.357 474 495 441 461 459 477 2005 2006 2007 2008 2009 2010E 18,1 19,9 2005 2006 21,6 24,3 26,3 27,9 Directo 9,0% 0,1% 2007 2008 2009 2010E 1) convertido à taxa de câmbio TRY/ USD de Março/2011 = 0,63 Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; Análise Equipa de Projecto 73 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iii TURISMO DOMÉSTICO O país aposta no desenvolvimento do Turismo doméstico através da criação de uma oferta específica e adaptada a este segmento Turismo doméstico Estratégia Linhas de Acção Principais Medidas Desenvolver produtos turísticos alternativos de qualidade aceitável e acessível a vários grupos da sociedade • Fomentar interesse na história, cultura e natureza através de eventos e campanhas de sensibilização a nível local e nacional • Crescimento da capacidade hoteleira • Melhoria da qualidade de transportes • Desenvolver produtos turísticos para satisfazer diferentes necessidades • Desenvolver o Turismo Social para grupos desfavorecidos (e.g. grupos empobrecidos, pessoas com deficiências, jovens, entre outros) • Incentivos a empresas para colocarem quotas para o turismo doméstico a preços reduzidos • Suportar agências de viagem que ofereçam pacotes turísticos enfocados no mercado doméstico • Desenvolver programas específicos de apoio a estudantes e idosos Fonte: Ministério do Turismo 74 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ORGANIZAÇÃO O Ministério da Cultura e do Turismo, responsável pela definição da estratégia para o sector e implementação de medidas, tem no Conselho Nacional do Turismo um órgão consultivo Organização do Ministério da Cultura e do Turismo Ministério da Cultura e do Turismo Conselhos Consultivos Conselho Nacional do Turismo Conselhos de Turismo das Cidades Direcções Gerais Conselhos de Turismo a nível local Investimentos e Estabelecimentos Fonte: Ministério do Turismo Promoção e Marketing Investigação e Educação Relações Internacionais 75 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ORGANIZAÇÃO O Conselho Nacional tem como principal função a apresentação de estratégias e linhas de desenvolvimento para o Turismo – a descentralização processa-se com conselho a nível regional e local Principais Funções Composição Conselho Nacional de Turismo Conselho de Turismo das Cidades / Locais • Apresentar informação e recomendações úteis para assessorar o Ministério • Desenvolver marca à escala nacional, regional e local • Coordenar esforços no marketing • Definir standards mínimos de qualidade das instalações hoteleiras • Promover a diversificação e melhoria de qualidade • Criar guia prático de actuação face a cenários de crise • Recolher informação sobre necessidades e expectativas das regiões onde se situam as cidades para o Conselho Nacional de Turismo • Formular sugestões para políticas de desenvolvimento com enfoque na região associada • Representar todos os shareholders das Cidades para desenvolver o turismo ao nível regional • Desenvolver plataforma de conhecimento técnico para disponibilizar às PMEs • 15 a 20 membros que representem todos os shareholders da indústria • Permite membros temporários face a necessidade de desenvolver grupos de trabalho com fins específicos • Estrutura variável mas onde os diversos stakeholders deverão estar representados • Permite membros temporários face a necessidade de desenvolver grupos de trabalho com fins específicos Fonte: Ministério do Turismo 76 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO O plano estratégico do turismo da Turquia para 2023 pretende posicionar este destino no TOP 5 de países com mais turistas e receitas a nível mundial Estratégia de Turismo da Turquia – Plano 2023 Problemas estruturais Aposta no Turismo de Massas: • Concentração de investimentos e especulação imobiliária nas zonas costeiras atingiu o ponto de saturação • Falta de planeamento distorceu desenvolvimento urbano sustentável e a qualidade de vida e serviços • Deficiência de infra-estruturas complementares • Criação de problemas ambientais Plano de desenvolvimento 2007 a 2023 – Visão para o sector • Tendo como orientação o desenvolvimento sustentável, o sector de viagens e turismo deverá assumir uma posição de liderança devido ao emprego e desenvolvimento regional que promove e assegurará que a Turquia se torna numa marca de turismo com reconhecimento mundial e um destino no top 5 de países com maior número de turistas e de receitas turísticas em 2023 77 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A Turquia é hoje uma potência mundial do turismo ocupando a 7ª posição no ranking por turistas recebidos em 2009 Top 10 mercados receptores de turistas [Milhões de turistas; 2009] 74,2 Objectivo 2023 63,0 52,5 51,7 45,5 + 2,4 x 37,5 28,4 23,4 23,3 21,6 Alemanha Malásia México 26,7 França EUA Espanha Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer China Itália Reino Unido Turquia 78 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A Turquia definiu um plano estratégico para o período de 2007 a 2023 com 16 eixos estratégicos – actuação prevista deverá proporcionar um crescimento anual de 6% Estratégias do plano para o Turismo de 2007-2023 Serviços a Desenvolver Desenvolvimento enfocado na oferta •I •A City Branding •B Cidades de Turismo •C Diversificação Planeamento + 6% a.a. • II Investimento •III Infra-Estruturas e Transportes •IV Marketing e Promoção •D Reabilitação do Património •V Educação •E Zonas de Desenvolvimento •VI Qualidade de Serviço •F Corredores de Desenvolvimento •VII Investigação e Desenvolvimento •G Zonas de EcoTurismo •VIII Organização •H Turismo Doméstico 63,0 28,6 2010 2023 Número de Turistas Fonte: Ministério do Turismo 79 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO O plano estratégico identifica um conjunto de serviço a desenvolver para qualificar a oferta turística… Planeamento Educação • Exibir uma abordagem faseada que suporte o crescimento económico e reflicta o princípio do desenvolvimento sustentável do turismo • Introduzir e implementar no turismo um programa educacional que promova resultados mensuráveis e valiosos Investimento • Concepção de esquemas de incentivos que potenciem a viabilidade económica de projectos no sector Infra-estruturas e Transportes • Suprimir problemas de transporte e de infraestruturas de centros turísticos em forte crescimento e com elevada densidade populacional Marketing e Promoção • Complementar o marketing e promoção nacional com actividades em cada destino de forma a criar uma marca própria e reconhecível a nível nacional, regional e local Fonte: Ministério do Turismo Qualidade de Serviço SERVIÇOS A DESENVOLVER • Activar programas de Gestão de Qualidade em todos os agentes integrantes da indústria do turismo Investigação e Desenvolvimento • Assegurar a prioritização dos esforços de Investigação e Desenvolvimento entre organismos públicos, privados e organizações de turismo Organização • Assegurar o processo de institucionalização através de conselhos estabelecidos ao nível nacional, regional e local que asseguram a participação de todos os stakeholders nos processos de decisão 80 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO … e identifica prioridades em produtos que permitem um equilíbrio entre crescimento rápido e sustentável City Branding Zonas de desenvolvimento • Gerir e promover imagem de marca de cidades com valioso património histórico e cultural • Utilizar o turismo como ferramenta essencial no desenvolvimento local e regional em áreas que detenham mais que uma cidade passível de ser transformada num destino de eleição Cidades de Turismo • Apostar na promoção de cidades com forte potencial turístico e torná-la marcas reconhecidas globalmente Corredores DESENVOLVIMENTO • Desenvolver rotas para os turistas baseadas em temas específicos através da reabilitação e promoção do património histórico, cultural e natural ENFOCADO NA Zonas de Ecoturismo Diversificação • Desenvolver meios para novos tipos de turismo com especial enforque nos sectores da saúde, termal, inverno, golf, náutico, ecoturismo e de negócios Reabilitação em áreas turisticas • Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual procura turística, promover o seu crescimento e atenuar a sazonalidade Fonte: Ministério do Turismo OFERTA • Desenvolver o turismo em regiões com recursos naturais ricos e capazes de atrair turistas dos mais variados mercados emissores Turismo Doméstico • Desenvolver produtos turísticos alternativos de qualidade aceitável e acessível a vários grupos da sociedade 81 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv II ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A criação de incentivos deverá ser feita numa base anual e descentralizada Fomento do investimento Estratégia Linhas de Acção Principais Medidas Concepção de esquemas de incentivos que potenciem a viabilidade económica de projectos no sector • Criar incentivos gerais à industria de forma a estimular o seu contributo à economia • Criar incentivos fiscais não só para hotéis mas também a agências de viagens e operadores • Desenvolver meios para fomentar o investimento directo estrangeiro • Eliminar barreiras burocráticas, através de posto único para novas licenças • Definir incentivos numa base anual e capacitar entidades a promover incentivos numa base regional/local • Definir incentivos numa base anual • Capacitar entidades pública de meios e autoridade para promover incentivos numa base regional e/ou local • Facilitar empréstimo de longo prazo com juros bonificados para investidores Fonte: Ministério do Turismo 82 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv III ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO O forte investimento necessário na renovação ou criação de novas infra-estruturas leva o governo turco a promover a iniciativa privada através de parcerias e Joint-Ventures Infra-Estruturas e Transportes Estratégia Linhas de Acção Principais Medidas Suprimir problemas de transporte e de infra-estruturas de centros turísticos em forte crescimento e com elevada densidade populacional • Integração de vários modos de transporte (terrestre, marítimo e aéreo) de forma a facilitar movimento dentro do vasto território turco • Desenvolver rede ferroviária inter-regional, rede de aeroportos secundários e terciários e criar infra-estruturas marítimas para cruzeiros e outros barcos • Projecto de gestão de infra-estrutura na costa turca, através do planeamento urbanístico e qualificando-a com instalações básicas como centrais de tratamento de água e de resíduos, redes de esgotos e água potável • Incentivar parcerias com entidades privadas • Facilitar financiamento através de uniões com governo, poder local, instituições financeiras e entidades privadas • Modelos de financiamento que minimizem investimento público (e.g. Joint-Venture e parcerias em regime BOT1) ou BLOT2)) 1) Build-Transfer-Operate; 2) Build-Lease-Operate-Transfer Fonte: Ministério do Turismo 83 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv IV ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A Turquia irá reservar 1% das receitas para promover a sua marca nos países identificados como estratégicos Marketing e Promoção em mercados internacionais Estratégia Complementar o marketing e promoção em mercados internacionais com actividades de forma a criar uma marca própria e reconhecível da Turquia e das suas regiões e cidades Linhas de Acção • Comunicar valores modernos ,dissuadindo imagem da região, tradicionalmente associada a instabilidade política e desrespeito dos direitos humanos • Apostar na imagem de predominância da Turquia enquanto destino turístico sobre os outros países do Mediterrâneo • Esforços comerciais deverão ser customizados para determinados produtos em vez de apostar no mass market • Organização de eventos internacionais e promoção da indústria cinematográfica como ferramenta de promoção do país • Monitorização constante de tendências globais e nacionais Principais Medidas • Reservar 1% das receitas totais para desenvolver esforços promocionais • Enfocar novas campanhas em mercados asiáticos emergentes (Índia e China) e, noutros mercados emissores tradicionais (nomeadamente, Médio Oriente e Irão) • Fomentar cooperação entre governo e sector privado no investimento em promoção e no uso de novas tecnologias Fonte: Ministério do Turismo 84 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv D ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A reabilitação de áreas turísticas focar-se-á na criação de serviços complementares e na melhoria infra-estruturas adequadas na envolvente das atracções turísticas Reabilitação em áreas turísticas Estratégia Linhas de Acção Principais Medidas Reabilitar infra-estruturas para acolher a actual procura turística, promover o seu crescimento e atenuar a sazonalidade • Implementar serviços complementares para aumentar o share-ofwallet e contribuir para a atractividade de zonas turísticas durante os 12 meses do ano • Melhorar envolvente dos centros turísticos (e.g. sistemas de iluminação, passeios pedestres, pavimentos adequados às movimentações dos turistas e criação de ciclo vias) • Criação de centros de entretenimento e parques temáticos • Construção de centros comerciais de elevada qualidade • Fomentar o investimento de privados em actividades turísticas complementares (e.g. golfe, health & fitness e outras áreas desportivas) Fonte: Ministério do Turismo 85 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A Turquia aposta na criação de corredores temáticos que alavanquem a história do país para potenciar percursos turísticos Estratégia de Turismo da Turquia - 2023 CONCEITO • Corredor do Mar Negro (enfoque no desenvolvimento da cultura, sol e mar e natureza) • Corredor Plateau (enfoque no turismo de natureza – actividades) • Corredor Cultural (enfoque no turismo cultural) Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023" • Criação de 7 corredores de desenvolvimento turístico (cujo objectivo é organizar a oferta criando todas as infraestruturas de transporte necessárias) • Corredor da Azeitona (enfoque na saúde e gastronomia) • Corredor do Inverno (enfoque no desenvolvimento de oferta turística para o inverno) • Corredor da Fé (enfoque no desenvolvimento do turismo religioso) • Corredor da Seda (enfoque no desenvolvimento do turismo cultural e de natureza) 86 DOCUMENTO DE TRABALHO 3 iv F ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO EXEMPLO – CORREDOR CULTURAL O Corredor cultural1) será desenvolvido em torno do património histórico e cultural da região de Marmana, em particular o das cidades de Edirne, Kiklareli e Tekirdag Exemplo - Corredor Cultural PRINCIPAIS DESTAQUES EDIRNE (Adrianople) • Segunda capital do Império Otomano, possuiu um largo número de mesquitas • Vestígios da presença romana – a cidade foi reconstruída pelo Imperador Adriano Mesquita Selimiye KIRKLARELI • Património histórico de grande riqueza desde o tempo dos romanos e bizantinos • Banhos turcos datados de 1683 TEKIRDAG • Cidade fundada no século 7 A.C. no domínio Grego (com o nome Bisanthe) com presença romana, otomana e russa 1) Corredor de Thrace onde se localizavam tribos tracianas desde pelo menos 600 anos A.C. Fonte: "Tourism Strategy of Turkey – 2023" 87 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 Os turistas estrangeiros em Marrocos cresceram 9% ano, em resultado de uma aposta enfocada no Sol & Mar e no Turismo Cultural - quase metade são Marroquinos a residir no estrangeiro i.i O desenvolvimento do turismo marroquino assentou no enfoque na oferta de Sol & Mar - o país pretende tornar-se um destino de referência neste produto, estando a desenvolver 6 novos resorts de grande dimensão. Complementarmente, Marrocos está a apostar no Turismo Cultural, recuperando e qualificando o património histórico e aumentando a sua capacidade hoteleira ii ii. O número de turistas estrangeiros em Marrocos aumentou 9% ao ano entre 2001 e 2008. Quase metade dos turistas vindos do exterior são marroquinos não residentes no país iii iii. Marrocos aposta no Turismo doméstico através do desenvolvimento de ofertas de alojamento específicas, e do lançamento de promoções fora da época alta iv iv. O Governo liberalizou o espaço aéreo e potenciou a criação de duas companhias aéreas de baixo custo com ligações a vários mercados emissores europeus 88 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Marrocos definiu linhas de desenvolvimento, apostando na qualificação e nos segmentos Sol & Mar e Cultural – Apesar de ambiciosas, as metas estavam perto de serem realizadas já em 2008 Turismo em Marrocos Pilares e linhas de desenvolvimento Produto Formação • • • • Lançamento de novas estações balneares Reposicionamento do produto cultural Desenvolvimento do turismo rural e outros nichos Promoção do turismo doméstico • • Criação de sistema de motivação do pessoal Reforçar a formação em Turismo permitindo um nível de serviço elevado • Liberalização do transporte aéreo Transporte Aéreo Marketing e comunicação Ambiente turístico Organização Institucional • • Aumentar os budgets promocionais Reestruturação da promoção • • • Melhoria postos de turismo Melhoria dos transportes terrestres Comercialização de produtos de artesanato • • Melhorar a rentabilidade dos investimentos turísticos em Marrocos Redefinir o sistema fiscal de modo a cooperar com a estratégia definida para o turismo Definição de empresa turística • Fonte: Turismo em Marrocos; Análise da Equipa de Projecto Objectivos 2010 v.s 2008 7,0 Turistas Internacionais [Milhões] +13% 7,9 160 Número de Camas adicionais [Milhares] Postos de trabalho gerados [Milhares] Objectivo para 2010 -4% 153 600 -39% 368 Performance em 2008 89 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO O forte crescimento ambicionado foi suporte com empreendimentos de grande escala – O Plan Azur lançou a construção de 6 novos grandes resorts ao longo da costa Marroquina Investimentos contemplados no Plan Azur • • • • • • Investimento: USD 1.440 Milhões 7.000.000 m2 2.000 apartamentos e 183 vilas Hotéis de 4 e 5 estrelas Marina com 750 docas individuais Golfe, centro de bem-estar, parques aquáticos e clínicas privadas Taghazout Port Lixus • • • • • Investimento: USD 1.000 Milhões 4.620.000 m2 Hotéis de 4 e 5 estrelas Marina com 700 docas individuais Centro equestre, campos de golfe e expedições de pesca Plage Blanche • • • • • Mogador • • • • • Investimento: USD 624 Milhões 5.700.000 m2 2.000 apartamentos e 183 vilas Hotéis de 4 e 5 estrelas Complexo de vilas de luxo Mazagan Saidia • • • • • • • • Investimento: USD 1.200 Milhões Hóteis de 4 e 5 estrelas 21.000 camas Centros de conferências, campos de golfe, SPA e clínicas Investimento: USD 740 Milhões 4.620.000 m2 Hóteis de 4 e 5 estrelas 80.000 camas Centro equestre, campos de golfe e expedições de pesca Investimento: USD 756 Milhões 15 km de extensão Hóteis de 4 e 5 estrelas Casino, centro de conferências, golfe e oceanário 90 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Os resorts desenvolvidos ao abrigo do Plan Azur apostam no segmento Sol & Mar mas privilegiaram localizações próximas de cidades turísticas para poderem complementar a oferta aos seus visitantes Localização dos investimentos contemplados no Plan Azur Mazagan Port Lixus Tanger Saidia Rabat Mogador Casablanca Taghazout Marraquexe Agadir Plage Blanche Sítio Arqueológico de Tan Tan 91 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 i ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Adicionalmente, Marrocos fomentou o turismo cultural, enfocandose principalmente no desenvolvimento das condições de recepção dos turistas nas cidades com maior património histórico-cultural Turismo cultural Aproveitamento do património histórico • Aposta no desenvolvimento do Turismo nas Cidades • Aumentar a capacidade hoteleira nas cidades em cerca de 15.000 quartos Posicionar os produtos históricos e culturais à escala global e aumentar a contribuição da cada turista • Constituição de Programas de Desenvolvimento Regional do Turismo • Lançamento de programas de reabilitação e renovação nas cidades • Criação de escritórios de consultoria em cada região para proceder à análise de mercado, ao planeamento do reaproveitamento urbanístico e à identificação e priorização de medidas a adoptar 92 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR O número de turistas internacionais tem vindo a crescer a um ritmo de 8,3% ao ano – os acessos aéreos são fundamentais para o crescimento dada a distância para os mercados emissores Número de Turistas Internacionais [Milhões de Turistas] Turistas por mercado emissor [Milhões de turistas; 2010] Others 7,9 8,3 + 8,3% 6,6 5,5 4,4 4,5 1,1 Itália (14%) Bélgica Alemanha 0,2 0,2 R.U. 0,3 (2%) (2%) 0,2 (3%) 7,4 5,8 4,8 Espanha (2%) 0,6 (8%) Nacionais 3,7 Não Residentes (47%) 1,7 (22%) França 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 1) Estimativa do World Tourism Organization Fonte: Ministério do Turismo; World Tourism Organization 2008 20091) 93 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 ii MARROCOS Em 2010, o sector do turismo em Marrocos deverá ter contribuído para cerca de 20% do PIB e ter assegurado de 17,3% do emprego do país Breve descrição – Marrocos Marrocos Indicadores sócio-económicos [2011] 2011 Casablanca Rabat Marraquexe Agadir População [Milhões habitantes] 31,7 PIB1) per capita [USD $] 2.864 Crescimento real do PIB [%] 1,3% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 19,5% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 17,3% Peso do Turismo no investimento [%] 11,4% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 94 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 ii PESO NA ECONOMIA Em 2010, o turismo contribuiu para o PIB com cerca de USD 18 mil milhões e garantiu 1,9 milhões de postos de trabalho Peso do Turismo na economia de Marrocos [2005-2010] Emprego directo e indirecto gerado pelo sector ['000] Contribuição do sector para o PIB [USD mil milhões]1) CAGR 05-10 2.090 1.899 17,1 1.995 1.912 1.902 1.627 990 Indirecto 1.126 CAGR 05-10 18,0 17,8 18,0 Directo e indirecto 8,0 8,3 14,9 4,2% 12,1 1.097 1.062 1.040 847 7,3 8,0 8,2 2007 2008 5,9 Directo 8,3% Directo 7,0% 2,0% 780 909 964 899 850 862 2005 2006 2007 2008 2009 2010E 2005 2006 2009 2010E 1) convertido à taxa de câmbio x / USD de Março/2011 = 0,63 Fonte: WTCC; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 95 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 iii ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A aposta no turismo doméstico foi sustentada na promoção, no desenvolvimento de alojamento próprio e na criação de produtos específicos e de tarifas promocionais Turismo doméstico Distribuição e promoção Desenvolvimento de produtos Principais acções Objectivos • Estudo sobre o comportamento dos turistas Marroquinos • Identificação e promoção dos recursos de cada região • Campanhas internas e direccionadas para o turismo doméstico • Incentivos às agências de viagens que desenvolvam produtos destinados a turistas nacionais • Aumentar o número de turistas domésticos de cerca de 1,2 milhões em 2000 para 2 milhões em 2010 • Incentivos ao desenvolvimento de instalações focados no sector doméstico através de mecanismos de cooperação com o sector privado, cabendo ao Estado o desenvolvimento de infra-estruturas complementares • Reabilitação urbana e de espaços históricos • Desenvolvimento de produtos específicos para o mercado doméstico (e.g. enfoque nos fins-de-semana e campanha fora das épocas altas) • Sistemas de tarifas promocionais para cidades nacionais • Investir em cerca de 30.000 camas, 19.000 das quais em parque de campismo 96 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 iv ORGANIZAÇÃO A estrutura do Ministério do Turismo é complementada por organizações institucionais que visam integrar diversos agentes na definição de estratégias a nível nacional e regional Estrutura Organizacional do Ministério do Turismo Comissão Estratégica Ministro Secretaria Geral Inspecção Geral Planeamento & Investimentos Administração & Financeira Organizações Institucionais Complementares Federações Nacionais Conselhos Regionais Empresas e Actividades turísticas • Autoridade para coordenação do sector que incorpora os Ministros do Turismo, do Interior e da Economia e Finanças de forma a assegurar uma implementação universal das linhas de desenvolvimento definidas • Composto por 184 membros dos vários agentes do sector (indústria hoteleira, agências de viagem, transportadoras e restaurantes) tem como objectivo fomentar a sua representação na Administração Pública • Presentes em todas as regiões têm como missão o planeamento e posicionamento turístico de cada região, a definição de investimentos ou infra-estruturas a realizar e criar condições para extrair investimento privado usando fundos locais e soberanos Formação & Cooperação Centros Regionais de Investimento • Centros de apoio à formação de empresas e apoio a actuais investidores através da disponibilização de informação e de serviços de consultoria no processo de obtenção de autorizações Estratégia & Coordenação da promoção Observatório • Organização responsável pela captação, desenvolvimento e publicação de informação sobre o turismo 97 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO A abertura do espaço aéreo, o fomento da competitividade dos aeroportos e a atracção e criação de linhas Low-Cost proporcionaram um forte crescimento do número de passageiros Iniciativas realizadas para fomentar o transporte aéreo Resultados Reestruturação do sector • Liberalização do espaço aéreo • Abertura a companhias aéreas estrangeiras • Criação de parcerias com operadores turísticos integrados dos principais mercados emissores de forma a potenciar o número de voos Número de companhias aéreas 2008 42 +38% 2006 22 2008 Competitividade • Criação de Low-Costs: Atlas Blue1) e Jet 4 You • Novas politicas de preços nas taxas aeroportuárias • Descida de preços dos serviços de Handling e abertura à concorrência através do licenciamento de operadores privados 136.071 Movimentos comerciais Passageiros transportados [Milhões] +22% 2006 91.300 2008 11,3 +33% 2006 6,4 1) integrada na Royal Air Maroc em 2009 98 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 iv OBJECTIVOS DE CRESCIMENTO O sucesso das iniciativas passadas reforça a ambição expressa no novo plano turístico definido para o período até 2020 Visão 2020 Tornar Marrocos um destino entre o Top-20 mundial e impor-se como um destino de referência em matéria de desenvolvimento sustentável em todo o Mediterrâneo, continuando a fazer do Turismo um dos principais motores de desenvolvimento económico, social e cultural de Marrocos, através da: – Modernização e integração do país no processo de globalização Visão 2020 – Criação de riqueza económica das regiões para melhorar o bem-estar de toda a população – Preservação, valorização e racionalização do património cultural e natural 99 DOCUMENTO DE TRABALHO 4 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Com tudo constante e para alcançar o objectivo proposto na Visão 2020, Marrocos teria que adicionar 3,6 milhões aos actuais 8,3 milhões de turistas que visitam o seu território Top 10 mercados receptores de turistas [Milhões de turistas; 2009] 74,2 11,9 10,9 França #1 Polónia #20 Arábia Saúdita #21 Fonte: UNWTO, World Tourism Barometer 10,4 9,9 9,3 +43% 9,1 8,3 8,3 8,0 7,8 7,5 Coreia do Sul #29 Singapura Macau Holanda Croácia Hungria Marrocos Suíça Irlanda #22 #23 #24 #25 #26 #27 #28 #30 100 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 O turismo Cabo-Verdiano cresceu 12% ao ano, assente numa oferta de Sol & Mar, Cultura e Natureza – 30% dos turistas estrangeiros são de origem Cabo-Verdiana i.i Cabo Verde desenvolveu a oferta turística de Sol & Mar, Cultura e Natureza, tendo enfocado cada ilha numa das ofertas ii.ii A grande maioria dos turistas estrangeiros de Cabo Verde são originários da Europa, sendo que cerca de 30% do total são de ascendência Cabo-Verdiana - os turistas estrangeiros aumentaram 12% ao ano desde 2006 iii iii. Em Cabo Verde o Turismo doméstico não tem expressão nem foi alvo de qualquer política de desenvolvimento iv iv. O Governo liberalizou o espaço aéreo, contribuindo assim para o aumento do número de ligações aos mercados europeus e para o crescimento do sector. A estratégia futura passa pelo alargar da actividade ao conjunto das ilhas, melhorando as infra-estruturas turísticas e de apoio, aumentando as ligações aéreas, reforçando a promoção e potenciando a sustentabilidade, entre outras medidas 101 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO O reposicionamento estratégico constante no plano de marketing de 2010-2011 potencia sinergias através da agregação em grupos de ilhas capazes de atrair diferentes segmentos de mercado Posicionamento tradicional • Aposta em produtos âncora no Sol & Mar • Desenvolvimento de actividades relacionadas com o segmento (e.g. Desportos náuticos e animação cultural e nocturna) Reposicionamento segundo o Plano de Marketing 2010-2011 Ilhas do Sol "Apaixone-se" pelas ilhas do Sal, Boavista e Maio Posicionamento tradicional Ilhas da Essência "Envolva-se" pelas ilhas de Santiago e São Vicente Ilhas dos Sentidos "Surpreenda-se" pelas ilhas de Santa Antão, Santa Luzia, São Nicolau, Fogo e Brava • Concentração de turistas em apenas 3 das 10 ilhas do arquipélago • Reduzida capacidade de captação de riqueza por parte da generalidade da população A necessidade de fomentar o turismo sustentável e o reconhecimento da falta • Elevada sazonalidade de capacidade de promover cada ilha de forma individualizada, levou • Potencial para aumentar Cabo Verde a agrupar ilhas, para direccionar cada conjunto para duração média de estadia 2010 segmentos de mercado específicos 102 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO As Ilhas do Sol apresentam como produto âncora o Sol & Mar complementando a oferta com desportos náuticos – Descanso, relaxe, resorts e turismo residencial são alvos preferenciais 103 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO As Ilhas da Essência promovem o património cultural e as suas cidades focando-se nas viagens de negócios, eventos e em turistas de ascendência Cabo-Verdiana 104 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 i ESTRATÉGIA DE MARKETING E PROMOÇÃO As Ilhas dos Sentidos agregam territórios com "natureza insólita e exótica" – Promoção complementada com eventos culturais e fomento de actividades desportivas para nichos de mercado 105 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii MERCADOS EMISSORES A proximidade com a Europa torna-a o maior mercado emissor, salientando-se que 29% dos turistas internacionais são expatriados ou descendentes de Cabo-Verdianos Turistas internacionais por mercado de origem [%; 2009] Turistas de ascendência cabo verdiana Outros 4% Portugal 16% Turistas de ascendência Cabo-Verdiana 25% Espanha 5% 1% 1% Alemanha Reino Unido 22% Itália E.U.A. 29% Alemanha 7% 29% França 43% Portugal 71% E.U.A. 7% 16% Itália Outros turistas internacionais 10% Reino Unido 13% França Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde 106 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii TIPO DE TURISMO 93% dos turistas viajam por motivos de lazer, elegendo os resorts como principal tipo de alojamento Tipo de viagem [%; 2009] 19% Total de despesas efectuadas [%; 2009] Despesas efectuadas em Cabo Verde Organizado & All Inclusive 40% 23% 29% Actividade desportivas Organizado & não All Inclusive 2% 77% 52% Individual Despesas efectuadas antes de chegar a Cabo Verde 3% 4% Artesanato 5% 4% 15% Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde Rent-a-car Comunicação Transporte entre ilhas Alojamento 27% Fonte: Outros Alimentação e bebidas 107 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii EVOLUÇÃO DO SECTOR Em 2010, Cabo Verde recebeu cerca de 383 mil turistas internacionais – o rápido crescimento do número de turista tem induzido o investimento em capacidade do sector Crescimento do Turismo de Cabo Verde [2006-2010] Número de Turistas Internacionais ['000] Número de camas [Milhares] 382,83 +12% 323,49 267,19 285,14 241,74 +7% 8,83 2006 2007 2008 2009 Fonte: INE de Cabo Verde; Análise Equipa de Projecto 2010 2006 9,77 10,19 10,61 2007 2008 2009 11,72 2010 108 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii CABO VERDE Em 2010, o sector do turismo em Cabo Verde deverá ter contribuído para quase metade do PIB e ter assegurado cerca de 40% do emprego do país Breve descrição – Cabo Verde Cabo Verde Indicadores sócio-económicos [2011] Santo Antão 2011 Sal População [Milhares de habitantes] 513 São Vicente PIB1) per capita [USD $] São Nicolau 3.445 Boa Vista Crescimento real do PIB [%] 5% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 44,5% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 39,5% Peso do Turismo no investimento [%] 25,1% Maio Brava Fogo Santiago 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 109 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 ii PESO NA ECONOMIA O turismo contributo para o PIB estima-se em USD 423 milhões, garantindo 19,4 mil de postos de trabalho Peso do Turismo na economia de Cabo Verde [2005-2010] Emprego directo e indirecto gerado pelo sector ['000] Contribuição do sector para o PIB [USD milhões] CAGR 05-10 CAGR 05-10 478,4 25,0 21,9 412,6 23,4 19,8 17,1 Indirecto 12,2 10,1 19,4 9,8 9,6 423,1 Directo e indirecto 195,0 210,2 2009 2010 15,2% 309,4 11,5 8,0 394,0 3,7% 239,1 208,3 207,1 164,5 Directo 14,0% 109,1 Directo 9,1 2005 11,8 12,8 11,9 2006 2007 2008 10,0 9,8 2009 2010 1,5% 2005 2006 2007 2008 Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 110 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iv TURISTAS INTERNACIONAIS Cabo Verde registou um aumento do número de movimentos de passageiro de 10,5% durante o período entre 2006 e 2008 – O crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo Movimento de passageiros internacionais [milhares; 2006-2008] 10,5% 688,0 620,3 2,9% 563,9 469,8 410,1 434,5 14,1% 153,8 150,0 200,3 53,2 0 Total 2006 2007 A.I. Sal A.I. Praia 0,5 A.I. Boavista 2008 Crescimento foi impulsionado pela abertura do espaço aéreo a novas linhas aéreas e pela construção de novos aeroportos 111 DOCUMENTO DE TRABALHO 5 iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO No plano para o período de 2010 a 2013, Cabo Verde identificou como prioridades a melhoria do nível de competitividade, o desenvolvimento sustentável e a interiorização dos benefícios da indústria Plano 2010 a 2013 – Prioridades 1 Competitividade 2 Sustentabilidade 3 Interiorização e Democratização Melhoria do nível de competitividade de sector • Reduzir custo de acesso por via aérea e marítima • Centralizar e melhorar as campanhas de promoção turística • Promover incentivos locais que dinamizem projectos sustentáveis • Aumentar o número de turistas internacionais para 500.000 até 2013 Promoção da sustentabilidade do turismo • Aumentar oferta e fiabilidade dos sistemas de fornecimento de águas, energia e saneamento • Promoção e gestão do turismo de forma a preservar o ambiente e a riqueza sóciocultural • Criar Fundo de Sustentabilidade Social a partir de receitas do governo para reduzir impactos negativos da actividade Potenciar interiorização e democratização dos benefícios da indústria • Desenvolver transportes inter-ilhas para diminuir concentração e aumentar a estadia média • Apostar na qualidade e diversificação da oferta, incentivando o empreendedorismo de pequenas e médias empresas • Incentivar investimento em industrias de fornecimento de serviços e/ou produtos ao sector hoteleiro 112 DOCUMENTO DE TRABALHO iv ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 5 O Plano Estratégico do Turismo de Cabo Verde está suportado em 6 eixos de intervenção Plano 2010 a 2013 – Eixos de intervenção ACESSOS • MONITORIZAÇÃO • • Aprofundar os mecanismos de monitorização da actividade Implementar mecanismos de monitorização da satisfação do turista e aprofundamento do seu conhecimento SUSTENTABILIDADE • • • Modernização dos aeroportos e desenvolvimento de ligações aéreas ao exterior, e aéreas, marítimas e rodoviárias internas INFRA-ESTRUTURA GERAL • • • EIXOS DE INTERVENÇÃO DO TURISMO DE CABO VERDE Redução do impacto do turismo no meio • ambiente, e promoção do ambiente enquanto produto turístico • Integração da cultura Cabo-Verdiana na oferta turística, promovendo o ESTRUTURA INSTITUCIONAL desenvolvimento das actividades a ela associadas • Reforço da estrutura central do turismo Estimulo do empreendedo• Adequação da legislação do sector rismo associado ao turismo Adequação dos meios de saúde Melhoria dos níveis de segurança Reforço da produção e distribuição de água e melhoria do saneamento • Melhoria das comunicações INFRA-ESTRUTURA TURÍSTICA Aumento da capacidade hoteleira, e melhoria da qualidade da oferta Melhorar a promoção externa do destino Cabo Verde • Adequar a política fiscal do sector ao seu desenvolvimento sustentável 113 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ÁFRICA DO SUL A África do Sul tem uma oferta diversificada de produtos, cobrindo a totalidade do território, no entanto ainda não consegue captar grandes fluxos de fora de África i.i A oferta turística da África do Sul é diversificada e geograficamente dispersa, no entanto, 3 das 9 províncias do país geram mais de 80% das receitas provindas de turistas estrangeiros ii.ii O turismo da África do Sul beneficia do peso económico do pais na região, o que resulta num elevado número de turistas, mas muito concentrados nos países fronteiriços – os cinco maiores mercados emissores da África do Sul fazem fronteira com o país e geram 75% dos turistas externos iii iii. O turismo nacional tem vindo a decrescer nos último anos, sendo menos concentrado geograficamente que o Turismo externo iv iv. O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – Financeiro, Controlo e Qualidade, Operações e Marketing. O departamento de marketing foi estruturado sobre uma visão de produtos e mercados alvo 114 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 i OFERTA A África do Sul oferece um leque bastante diversificado de produtos turísticos, experiências e conteúdos Produtos turísticos Cultura Aventura Exótico Desporto Cozinha UMA OFERTA DIVERSIFICADA Sol & Mar Beleza Natural Aventura Vida Selvagem Montanhas Cidades A selecção dos produtos a desenvolver assentou em estudos aprofundados da procura 115 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 i PESO NA ECONOMIA O país é um dos mais desenvolvidos do continente africano – em 2010 o sector do turismo terá representado 7,7% do PIB e 13% do investimento Breve descrição – África do Sul Divisão política da África do Sul Indicadores sócio-económicos [2010] 2010 População [Milhões habitantes] 49,9 Pretória PIB1) per capita [USD $] 10.505 Joanesburgo Cidade do Cabo Crescimento real do PIB [%] 3,0% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 7,7% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 6,9% Peso do Turismo no investimento [%] 13,0% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 116 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 i PESO NA ECONOMIA O Turismo na África do Sul representa mais de 1 milhão de empregos e receitas de USD 20,8 mil milhões Peso do Turismo na economia Sul Africana [2004-2008] Emprego gerado directo e indirecto gerado pelo sector ['000] Contribuição do sector para o PIB [USD mil milhões]1) CAGR 04-08 1.042 850 911 946 781 Indirecto Directo 360 17,4 439 392 410 20,8 Directo e indirecto CAGR 04-08 16,5% 14,9 5,1% 412 12,9 11,3 421 458 501 534 2004 2005 2006 2007 603 9,4% 2008 4,7 5,3 2004 2005 6,1 6,7 2006 2007 7,8 Directo 13,5% 2008 1) convertido à taxa de câmbio ZAR/ USD de 31/Dez/2008 = 0,1043 Fonte: Statssa; WTCC; SA Tourism Annual Reports; World Economic Outlook Database; análise Equipa de Projecto 117 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 i DISPERSÃO GEOGRÁFICA Não obstante a diversidade de oferta e a cobertura do território, as 3 principais regiões turísticas do país captam mais de 80% da receita gerada por turistas estrangeiros Receita gerada e estada média por província – turistas estrangeiros Distribuição das receitas geradas [2009] Duração média da estadia [2009] Limpopo Outros 3,4 19% Gauteng North West 43% Western Cape 6,1 Mpumalanga 3,6 3,2 KZN 11% Free State Northen Cape 4,8 5,6 27% KwaZulu-Natal 6,5 Eastern Cape 9,9 Gauteng Western Cape 12,3 Fonte: South Africa Tourism 118 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS Os turistas estrangeiros geram dois terços das dormidas do país e são o motor do crescimento do sector Evolução das dormidas de estrangeiros e de nacionais [2005-2009] Total de dormidas por tipo de mercado [milhões] Evolução da dormida média de estrangeiros e nacionais -2.3% 215 226 CAGR 05-09 224 196 Dormidas estrangeiros Dormidas nacionais 60 68 71 (36%) 155 2005 Fonte: Annual Tourism Report 158 2007 8,0 Estrangeiros 75 125 (64%) 2008 2009 7,9 +4,2% 7,5 4,3 149 -5,2% CAGR 05-09 8,2 4,4 -1,6% 4,5 4,2 Nacionais -0,6% 2005 2007 2008 2009 119 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS O crescimento dos turistas estrangeiros tem sido assente na captação de novos mercados e de novos segmentos por parte da África do Sul Turismo de Estrangeiros > Dormidas de estrangeiros cresceram a uma taxa média anual de 4,2%, desde 2005 > Lesoto, Zimbabué e Moçambique são os 3 principais mercados emissores de turistas para África do Sul > Visitas de turistas estrangeiros representam 25% do número total de turistas no país, mas cerca de 78% do total de receitas gerado > Western Cape, Guateng e Kwazulu-Natal são as províncias sul africanas que mais turistas estrangeiros recebem > Cada turista estrangeiro, em média, visita 1,2 províncias por viagem • Cerca de 71,2M de dormidas • Estada média de aproximadamente 7,5 noites • Turistas estrangeiros gastam em média USD 150 por dia > 61,8% dos turistas estrangeiros têm entre 25 e 44 anos Fonte: Análise Equipa de Projecto 120 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ii TURISMO DE ESTRANGEIROS – DIMENSÃO O número de turistas estrangeiros atingiu 9,9 M em 2009, representando uma taxa de crescimento média anual de 7,8% desde 2005 – crescimento deverá ser maior em 2010 devido ao Mundial de Futebol Performance dos turistas estrangeiros [2005-2009] Evolução do número de turistas e dormidas de estrangeiros no pais [milhões] Evolução da dormida média e do gasto médio diário [#; USD] CAGR 05-09 9,1 9,6 9,9 +7,8% 8,4 Turistas 7,4 60,3 75,3 66,5 68,2 8,0 8,2 7,9 8,2 7,5 157,6 -1,6% 149,7 141,7 128,4 71,2 103,5 +4,2% Dormidas de estrangeiros 2005 Dormida média CAGR 05-09 2006 Fonte: Annual Tourism Report 2007 2008 2009 Gasto médio por dormida -1,3% 2005 2006 2007 2008 2009 121 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ii MERCADOS EMISSORES Os maiores mercados emissores para a África do Sul são os países fronteiriços – os 5 maiores geram 73% das entradas Principais mercados emissores de turistas para a África do Sul ['000; 2009] Top 10 mercados emissores – países africanos, via aérea Top 10 mercados emissores - global Lesoto 2.098 Zimbabué 1.574 Moçambique 1.361 Suazilândia 1.088 Botswana Angola 73% 39,2 RD Congo 116,7 32,0 Quénia 28,2 Tanzânia 16,5 Mauricia 15,7 487 263 Namibia 217 Alemanha 211 Zâmbia 45,5 836 Reino Unido EUA Nigéria 164 Uganda 14,0 Gana Egipto 12,6 5,3 x% Peso no total de entradas na África do Sul Fonte: South Africa Annual Tourism Report 122 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 ii MERCADOS EMISSORES BACKUP Reino Unido, Holanda e França são, entre os principais mercados emissores de turistas globais, aqueles em que a África do Sul tem uma quota de mercado mais elevada Quota do destino África do Sul nos principais mercados emissores [%; 2009] 0,8% 0,7% 0,5% Quota média 0,41% 0,4% 0,3% 0,3% 0,2% 0,1% Alemanha EUA Fonte: South Africa Annual Tourism Report Reino Unido França Itália Canadá Holanda China 123 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 iii TURISMO DOMÉSTICO Os turistas domésticos têm vindo a diminuir o seu peso relativo no sector durante os últimos anos Turismo Doméstico > Turismo doméstico foi fortemente afectado pela crise financeira global, tendo decrescido 8% em 2009 > Turismo doméstico representa cerca de 64% do número de dormidas do país e 22% das receitas geradas pelo sector > Visita a amigos e familiares representa 76% das viagens de turistas nacionais > KWA Zulu Natal é a principal região de destino do mercado doméstico enquanto que Gauteng é a principal região emissora de turistas Fonte: Análise Equipa de Projecto • Aproximadamente 125,1M dormidas • Dormida média de 4,2 noites • Turistas domésticos gastam em média de aproximadamente USD100 por dia 124 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 iii TURISMO DOMÉSTICO As províncias de Kwazulu Natal e Eastern Cape representaram aproximadamente 50% do total de dormidas de turistas nacionais Segmentação do mercado doméstico de turistas [%; 2009] Número de turistas nacionais por motivo de visita Religioso Médico Negócios 1,0% 6,2% 4,6% Peso de cada Província no total de dormidas de turistas nacionais Northe West Northern Cape Free State 2,0% 5,0% Mpumalanga 4,0% 6,0% Férias 12,0% Limpopo Kwazulu Natal 29,0% 8,0% 12,0% Western Cape 76,2% Visita a amigos e familiares Fonte: Annual Tourism Report 20,0% 14,0% Easterna Cape Gauteng 125 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 iii DESENVOLVIMENTO FUTURO – TURISMO DOMÉSTICO A aposta no turismo doméstico passará pelo fomento dos segmentos mais atractivos – jovens casais e idosos apresentamse como os sectores mais rentáveis Mercado doméstico – sub-segmentos de turistas nacionais Receita média diária Segmento Idade 5.000 B 4.500 4.000 G A Jovens com propensão para viajar B "Jovens casais" com disponibilidade financeira C "Casais modernos" D Casais independentes E Casais meia idade com pouco excedente financeiro F Casais mais velhos com pouco dinheiro para férias >30 G Idosos com propensão para viajar >30 3.500 3.000 18-35 <50 31-50 C 2.500 D 2.000 >30 F 1.500 E A 1.000 500 0 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Dormida média 31-50 Dimensão de acordo com o # de pessoas no escalão etário respectivo Fonte: South Africa Tourism Report 126 DOCUMENTO DE TRABALHO 6 iv PAPEL DO ESTADO O turismo da África do Sul está dividido em 4 departamentos – O departamento de marketing foi estruturado sobre uma visão de produtos e mercados alvo Organização do turismo Conselho de Administração Dep. Financeiro Dep. Controlo de Qualidade Dep. Operações Dep. Marketing Recursos Humanos Operações Ásia, Américas e Australásia Europa Estudos estratégicos Sistemas de Informação Marketing & Advertising Administração Eventos Segmentos por produto Turismozde negócios Produto Direcções regionais Alemanha Ásia Pacífico Holanda Índia Itália Austrália França EUA África Doméstico e SADC Relações comerciais Reino Unido E-Marketing Country managers Comunicações Fonte: Annual Turism Report 127 DOCUMENTO DE TRABALHO BOTSWANA 7 O Botswana tem um posicionamento premium com uma oferta enfocada em Turismo de Natureza, sobretudo na zona norte do país com mais de 90% das visitas e receitas geradas i.i O Botswana tem um posicionamento premium e, apesar da diversidade e dispersão dos parques naturais, gera mais de 90% das visitas e receita turísticas no norte do país ii.ii Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2 países – África do Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e Europa representam menos de 10% iii. iii O reconhecimento da importância dos recursos naturais como principal motor do turismo implicou a necessidade de fomentar uma maior colaboração entre os departamentos do Turismo e da Conservação do Ambiente, forçando a sua colocação debaixo da alçada do mesmo ministério iv. iv Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e no desenvolvimento de uma oferta multi-produtos, o Governo pretende potenciar o crescimento do sector para 4 milhões de turistas em 2020 128 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 i SECTOR No Botswana, o Turismo gera 6,7% do PIB e 3,5% do emprego Breve descrição – Botswana Divisão política do Botswana Indicadores sócio-económicos [2010] 2010 Chobe População [Milhões habitantes] 1,86 Ngamiland Northeast PIB1) per capita [USD $] 16.170 Central Ghanzi Kweneng Kgatleng Kgalagadi Southern Southeast Crescimento real do PIB [%] 4,8% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 8,5% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 10,3% Peso do Turismo no investimento [%] 4,9% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 129 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 i DISPERSÃO GEOGRÁFICA O país tem um posicionamento premium e concentra as actividades turísticas na região do Chobe e do Delta do Okavango Breve descrição das principais atracções turísticas Chobe National Park > Posicionamento premium orientado aos turistas Sul Africanos > Enfoque do investimento e promoção turística em apenas alguns recursos levou a uma elevada concentração da actividade turística Delta do Okavango Deserto do Kalahari Mashatu Game Reserve – 95% das entradas e 91% das receitas associadas aos parques naturais estão concentradas apenas em dois: Chobe National Park e o Moremi, no Delta do Okavango > No entanto, existem muitos outros pontos de interesse que só agora o Botswana parece começar a querer explorar: – Os demais parques naturais – Pontos turísticos de interesse cultural e/ou arqueológico Fonte: Department of Wildlife 130 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 ii TURISTAS INTERNACIONAIS O número de turistas internacionais que elegem o Botswana como destino de visita foi de quase 1,9 milhões em 2009, ultrapassando o tamanho da população do próprio país Evolução do número de turistas internacionais [Milhares de turistas; 1994-2009] 1.592 1.543 20 1.451 1.485 187 257 1.684 1.642 210 216 1.760 305 1.814 314 1.876 CAGR 1994-2009 324 5,0% 211 1.124 1.028 940 201 196 764 Visitas de um dia 620 156 Visitas 463 Prolongadas 1994 656 533 12 521 190 158 1.193 1.274 144 512 607 1995 1996 1997 750 832 1998 1999 1.406 1.553 1.523 1.474 1.426 1.455 1.500 8,4% 923 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008F 2009F Dada a dimensão do mercado externo e o posicionamento premium do sector hoteleiro, o Botswana tem-se prestado pouca atenção ao turismo doméstico Fonte: Departamento de Turismo 131 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 ii MERCADOS EMISSORES Cerca de 75% dos turistas estrangeiros são oriundos de apenas 2 países – África do Sul e Zimbabwe – sendo que as Américas e Europa representam menos de 10% Turistas por país de origem [2005] Meio de transporte utilizado pelo viajantes [2005] Outros Países Africanos Aéreo Outro 4,4% 0,2% 16% Outros Outros 3% Europeus 4% Reino Unido 2% 2% Américas 40% África do Sul 33% Zimbabwe Turismo ainda muito dependente dos países vizinhos, principalmente por viagens associadas a visitas de amigos e familiares Fonte: Department of Tourism 95,4% Estrada A dificuldade de obter acesso a directo ao país é um dos principais constrangimentos à atracção de turistas estrangeiros 132 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 ii MERCADOS EMISSORES Os mercados não Africanos têm gastos médios por viagem 3 a 4 vezes superiores aos dos países africanos Despesa média diária por propósito de visita [2005; USD $] % sobre total de turistas 4,2% 15,8% 21,1% 58,9% Despesa média por viagem [2005; Mercados; USD $] Por dia 110 133 124 118 661 644 66 64 45 1.036 84 73 784 Gasto médio: 54 Gasto médio: 33 294 178 168 154 n/a Negócios Fonte: Department of Tourism Lazer Família & Amigos Outros Canadá E.U.A. Reino Unido França Namíbia África Zâmbia do Sul 133 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 iii ORGANIZAÇÃO O Botswana reconheceu a importância dos recursos naturais como principal motor do turismo, colocando-o sob a alçada do Ministério do Ambiente, Vida Selvagem e Turismo Organização do sector Ministério do Ambiente, Vida Selvagem e Turismo Turismo Nacional e Monumentos Assuntos Ambientais Gestão de Resíduos e Controlo de Poluição Vida Selvagem e dos Parques Nacionais Florestas e Recursos Associados Serviços Meteorológicos Gestão do Ministério Departamentos 134 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO O enfoque em segmentos de maior valor levou a uma grande concentração em determinados produtos e geografias – nova aposta enforcar-se-á na massificação da oferta turística Evolução do conceito de Turismo 1966 – Independência 2000 – Novo Plano de Turismo High value – low volume > Durante a segunda metade do século XX, o Botswana apostou numa oferta turística enfocada nos segmentos de valor mais elevado, o que permitiu: – Atracção de turistas com consumo médio por viagem mais elevado – Controlo do número de turistas o que contribui para uma maior preservação do ambiente e para a garantia da prestação de serviços com qualidade diferenciadora > No entanto, esta aposta limitava o crescimento do sector devido à: – Imagem de exclusividade que inibia a atracção de segmentos com menor poder de compra, limitando dessa forma, a procura doméstica e regional – Concentração do investimento e promoção turística em apenas um tipo de oferta e restrita apenas a, principalmente, 2 parques naturais – Efeito multiplicador da riqueza é menor devido à reduzida atracção de turistas para o restante o território Fonte: Governo; Análise Equipa de Projecto High volume – mixed price > No ano de 2000, o governo do Botswana introduz o novo Tourism Master Plan, definindo novas linhas de orientação que visavam alargar o turismo nacional a um maior leque de segmentos > Uma maior massificação do sector do turismo visa: – Alargar os benefícios económicos associados ao turismo a um maior número de regiões – Aumentar o envolvimento social, através da iniciativa privada de um maior número de pessoas pelas diferentes regiões – Aproveitamento de parques naturais sub-explorados (e.g. Deserto do Kalahari) – Diversificação e promoção de diferentes pontos de interesse turístico para incrementar a procura e combater a sazonalidade existente (e.g. espaços culturais, etnográficos e arqueológicos) – Promover o turismo doméstico e regional com especial enfoque nos segmentos que viajam a pretexto de visitas familiares ou de amigos 135 DOCUMENTO DE TRABALHO 7 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO Com a aposta no marketing, no fomento do investimento privado e no desenvolvimento de uma oferta multi-produtos o Governo pretende chegar a 4 milhões de visitantes já em 2016 Desenvolvimento de produtos e estratégia de diversificação • Promover o empreendedorismo e potenciar outros recursos com interesse turístico (e.g. minas, grutas e museus) Aumento de Gestão ambiental e capacidade e formação cultural de Recursos Humanos • Planeamento e • Criação de novas regulação da infra-estruturas, actividade de forma incluindo escolas de a preservar o formação hoteleira património natural e cultural do país +11% 4,0 Estratégias para o sector do Turismo Promoção e Marketing • Atracção internacional enfocada nos países de maior retorno face ao investimento necessário • A captação de turistas alavancada pela promoção de produtos destinados a pequenos períodos de tempo (e.g. fim de semana) Promoção do investimento privado • Aposta na redução de barreiras burocráticas e criação de incentivos fiscais • Fomento da colaboração de instituições financeiras no suporte técnico e financeiro a potenciais investidores 1,9 2009 xx% 2016 Taxa média anual de crescimento 136 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 QUÉNIA O Quénia potenciou o seu património natural / animal e as ligações coloniais, complementado com uma oferta de praias, tendo se posicionado como destino capaz de atrair turistas de outros continentes i.i A oferta do Quénia é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Mar - associados aos seus principais recursos ii.ii O Quénia é um caso de sucesso na captação de turistas de outros continentes, com Reino Unido, Alemanha e Itália a originarem quase metade dos turistas que entram no país iii iii. O Quénia não adoptou qualquer estratégia de desenvolvimento do turismo doméstico – todo o esforço tem sido no sentido de captar turistas estrangeiros iv iv. O Turismo do Quénia potenciou a captação de turistas estrangeiros através do alargamento do número de ligações aéreas aos principais mercados emissores e a criação de presença junto dos mercados. Actualmente encontra-se a desenvolver infraestruturas de apoio e promover actividades complementares à oferta tradicional para potenciar o sector e combater a elevada sazonalidade 137 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 i OFERTA A oferta turística centra-se em dois produtos chave – actividades associadas à vida animal e Sol & Mar Principais produtos turísticos do Quénia Reservas naturais e game reserves registaram cerca de 2,4 milhões de visitantes em 2010 Enfoque da oferta turística nas vantagens competitivas já claramente identificadas e publicitadas Em 2010, o número de dormidas em hotéis junto à costa ultrapassou os 3 milhões, representando cerca de 48% do número total registado no Quénia 138 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 ii MERCADOS EMISSORES O Quénia aumentou o número de turistas 12% ao ano entre 2004 e 2007, tendo conseguido atrair turistas de mercados longínquos e de maior valor, incluindo europeus e os E.U.A Desenvolvimento do Turismo no Quénia Turistas [2004-2009; # Chegadas] Turistas por país de origem [2010; % Dormidas] Clima de instabilidade e violência pós-eleições de 2008 Nacionais +12% Outros 1.199 67 1.399 130 1.464 34% 1.686 Outros 165 150 1.141 96 886 1.063 1.088 1.392 150 1.061 Estrangeiros 66% 936 Business 246 206 226 242 2004 2005 2006 2007 109 181 2008 2009 Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 22% 30% 1.279 Holiday Reino Unido 2% 17% África do Sul 2% 3% Alemanha Escandinávia 3% Uganda 6% 9% 6% Suíça Itália França E.U.A. 2010 139 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 ii SECTOR As receitas de turismo no Quénia cresceram 10% ao ano desde 2006, estimando-se que possam duplicar até 2020 Contributo do turismo na economia nacional – Quénia Receitas associadas ao Turismo [2005-2020F; Milhões de USD] Δ% 20% 25% 0% 1% Emprego associado ao Turismo [2005-2020E; '000 Empregados] 17% 7% % 8,6% 9,1% 8,3% 7,3% 7,3% 8,0% 7.119 595 528 3.477 +10% 3.485 2.954 2.948 2.976 1.619 1.509 1.385 709 392 886 946 1.054 449 494 537 637 2006 2007 2008 2009P 2010E 2.364 Outros Negócios Lazer 1.601 487 486 Indirecto 252 278 429 439 232 236 262 335 2.332 1.263 1.247 Directo 234 250 225 197 202 2006 2007 2008 2009P 2010E 1.311 2020E 261 2020E P – Previsto; E - Estimado Fonte: World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 140 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 ii SECTOR O Turismo no Quénia gera 9% do PIB e do Investimento e 7% do emprego Breve descrição – Quénia Divisão política do Quénia Indicadores sócio-económicos [2010] 2010 Nairobi Maasai Mara Mombaça População [Milhões habitantes] 36,5 PIB1) per capita [USD $] 1.784 Crescimento real do PIB [%] 3,8% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 9,0% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 7,3% Peso do Turismo no investimento [%] 9% 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 141 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 iii TURISMO DOMÉSTICO O enfoque nos turistas internacionais tem restringido o crescimento do turismo doméstico – necessidade de reformar instituições, ensino e construir uma oferta alargada a novos segmentos Situação actual • Enfoque claro no turismo internacional • Forte dependência dos mercados internacionais tornou o sector mais vulnerável a tendências sazonais e a outros factores de risco (e.g. flutuações das taxas de câmbio) • Reduzida aposta no turismo doméstico potenciou a falta de informação disponível aos quenianos e a generalização da percepção da inacessibilidade aos serviços turísticos no Quénia devido aos seus elevados custos Fonte: Ministério do Turismo; Imprensa Medidas a aplicar para fomentar o turismo doméstico Reforma das instituições • Criação de comissões regionais de turismo • Definição de objectivos claros para o turismo doméstico • Criação de pelo menos um posto de turismo por província • Introduzir temáticas sobre o turismo nos curriculums escolares Educação e • Criar campanhas de promoção & marketing focadas no conhecimento consumidor nacional Desenvolvimento do comércio • Promoção de pequenas e médias empresas focadas em clientes de diferentes classes sociais • Envolver empresas e cidadãos na conservação do património do país 142 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 iv LIGAÇÕES AÉREAS E PROMOÇÃO EXTERNA O sucesso na captação de turistas de mercados distantes resultou da estratégia de criar ligações aéreas e na actividade promocional e de venda junto dos principais mercados emissores Países com ligações aéreas directas ao Quénia Representações Internacionais do Kenya Tourism Board • • • • • • • Londres Barcelona Milão Amesterdão Dusseldorf Paris Minneapolis Representações Internacionais Países com ligações aéreas directas ao Quénia Fonte: Kenia Airways; Kenya Tourism Board 143 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 iv ORGANIZAÇÃO O Quénia dá lugar de destaque ao Ambiente, à Formação e à Segurança, reconhecendo a importância destes factores na captação de turistas e na capacidade de os satisfazer Organização do sector Departamento do Turismo Ambiente Marketing & Comunicação Organização Institucional Formação, Politica, Autoridade para Segurança & Planeamento e Hotéis & Gestão de Crise Estratégia Restaurantes Pesquisa e Estatísticas Desenvolvimento de produtos 144 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO O desenvolvimento futuro do turismo Queniano passará pelo reforço da potenciação dos recursos chave e pelo desenvolvimento de infra-estruturas de apoio Plano de Desenvolvimento do Turismo 2008-2012 > No plano de desenvolvimento do Turismo para o período de 2008 a 2012, o governo definiu como objectivo o rápido crescimento de receitas associadas ao Turismo através do aumento do número de viajantes internacionais, domésticos e da despesa média efectuada por estes Principais desafios para o Turismo Queniano 1 Aumentar receitas com o turismo de Ksh. 65 Bn (~USD 800 M) em 2007 para Ksh. 200 (~USD 2.400M) até 2012 2 Formular e implementar um quadro legal e político adequado ao desenvolvimento do sector 3 Desenvolver novos produtos e diversificar mercados 4 Oferecer e serviços de qualidade reconhecida internacionalmente 5 Assegurar protecção e segurança aos turistas – Reaproveitamento de parques pouco explorados 6 Facilitar acesso a recursos financeiros para fomento do investimento – Criação de 2 cidades resort na costa e uma junto a parque natural 7 Atrair, desenvolver e reter trabalhadores especializados 8 Promover políticas de conservação dos recursos naturais 9 Divulgar e promover informação turística > Para impulsionar o crescimento a curto/médio prazo irão se potenciar as vantagens competitivas já reconhecidas através do investimento em projectos edificantes: 145 DOCUMENTO DE TRABALHO 8 iv DESENVOLVIMENTO FUTURO Para reduzir a sazonalidade, o Quénia aposta também em alguns produtos complementares como turismo cultural, actividades náuticas e negócios Enfoque Estratégico Desenvolvimento complementar do Turismo no Quénia Vantagens competitivas claras > Aposta nestes dois segmentos potencia o crescimento do turismo alavancado no aproveitamento dos recursos naturais e do reconhecimento já existentes, assegurando a eficácia de novos investimentos ou promoções Diversificação e Sazonalidade > Falta de diversidade de motivos de atracção torna o sector mais volátil > Turismo associado a estações do ano limitadas (e.g. Verão ou época das migrações dos animais selvagens) limita o aproveitamento dos recursos hoteleiros durante épocas baixas Oferta Complementar O governo deverá fomentar o apoio ao desenvolvimento de actividades que possibilitem a diminuição da sazonalidade e volatilidade associado ao turismo tradicional no Quénia, através da aposta em nichos de mercado como o turismo cultural e viagens associadas a desportos de água ou a negócios 146 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 MOÇAMBIQUE Moçambique pretende apostar no desenvolvimento de infraestruturas para qualificação da oferta capaz de atrair e reter por maiores períodos e geografias os turistas internacionais i.i A oferta de Moçambique é enfocada em dois produtos chave - Natureza e Sol & Marassociados aos seus principais recursos ii.ii O turistas internacionais provêm maioritariamente (83%) dos países fronteiriços e realizam viagens de curta duração e usando transportes terrestres – apesar dos 3,1 milhões de turistas internacionais, Moçambique apenas registou cerca de 237 mil hóspedes em 2009 iii. iii Apesar da reduzida atenção prestada ao turismo doméstico, o número de hóspedes nacionais é equivalente ao dos internacionais (246 mil) iv. iv O Ministério do Turismo em Moçambique tem como objectivo a direcção, planificação e execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da indústria hoteleira e para a conservação de áreas naturais v. v No Visão Estratégica para o sector até 2025, Moçambique pretende chegar aos 4 milhões de turistas suportado pelo desenvolvimento de infra-estruturas sócio-economicas e pela conservação e potenciação dos seus recursos naturais 147 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 i OFERTA Com 2.600 quilómetros de praias e uma diversidade de fauna e flora assinalável, a oferta turística assenta nos produtos Sol & Mar e Natureza - Complementada pela cultura e o turismo de negócios Produtos turísticos Praias Cultura Gastronomia Ecoturismo Cidades Vida Selvagem Desporto Natureza 148 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 i PESO NA ECONOMIA Apesar do forte potencial turístico do país, o sector apenas contribui 5,6% para o PIB e 4,4% no emprego gerado dentro do território Moçambicano Breve descrição – Moçambique Divisão política de Moçambique Parque da Gorongoza Beira Indicadores sócio-económicos [2010E] População [Milhões habitantes] 21,6 PIB1) per capita [USD $] 981 Crescimento real do PIB [%] 7,5% Contribuição do Turismo para o PIB [%] 5,6% Contribuição do Turismo para o emprego [%] 4,4% Peso do Turismo no investimento [%] 8,0% Maputo 1) Em paridade de poder de compra Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 149 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 ii TURISMO INTERNACIONAL Apesar dos 3,1 milhões de turistas, Moçambique apenas registou cerca de 237 mil hóspedes internacionais em 2009 – Cerca de um quarto dos visitantes tem Maputo como destino Turismo Internacional [2009] Número de turistas estrangeiros [Milhares] África do Sul Hóspedes estrangeiros [Milhares] 1.288,8 Zimbabwe 965,9 Suazilândia 207,3 41% 31% 7% Malawi 86,8 3% Portugal 85,3 3% Reino Unido 58,5 2% Alemanha 43,3 1% E.U.A. 38,7 1% Tanzânia 18,2 1% Outros 317,6 250,2 257,3 257,0 238,4 236,7 161,9 Outros Destinos Cidade Maputo 39% 35% 31% 27% 28% 26% 2005 2006 2007 2008 2009 10% 2004 Total de 3,1 milhões de turistas estrangeiros, sendo que 83% provinham de países vizinhos Fonte: Fundo Monetário Internacional; World Travel & Tourism Council; Análise Equipa de Projecto 150 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 ii TURISMO INTERNACIONAL A curta duração das viagens e o facto de 47% dos turistas entrarem a pé no país indiciam o reduzido contributo para o sector Turismo Internacional [2009] Meio de transporte utilizado [Milhares] Duração média da estadia Avião mais de 29 dias 17% (533) 16% 47% A pé (1.474) 45% 1 a 3 dias 8 a 28 dias 18% 35% (1.104) Carro 20% 4 a 7 dias Quase metade dos turistas permanecia em Moçambique por períodos inferiores a 3 dias Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto Cerca de 83% dos turistas atravessavam a fronteira por via terrestre 151 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 ii TURISMO INTERNACIONAL As viagens por motivo de lazer são tendencialmente as mais compridas – Já os turistas de Resort são os que têm em média um maior gasto efectuado durante a viagem Turismo Internacional [2009] Gasto médio por turista [1000 Mt] Turistas por motivo de viagem [Milhares] 1 a 3 dias 4 a 7 dias 8 a 28 dias > 29 dias Por dia Lazer 28% 49% 21% 3,05 1,29 1,53 1,03 0,22 5 5 1,14 2% 7 Negócios 43% 6 1% 52% 4% 5 4 Visita a Familiares ou Amigos Conferências 61% 64% 16% 11% 12% 33% 0% 3% Hotel Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto Resort Lodge Casa de Campismo Média Conhecidos 152 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 iii TURISMO DOMÉSTICO O número de hóspedes nacionais é equivalente internacionais e têm em média uma estadia de 1,8 noites ao dos Turismo Doméstico Dormidas de hóspedes nacionais [Milhares] Hóspedes Nacionais [Milhares] % Total 49% 50% 43% 46% 49% 51% # por Hóspede 1,9 1,9 2,0 1,8 466,7 1,8 1,8 437,0 433,0 2008 2009 393,1 362,6 298,0 248,0 245,1 245,9 2008 2009 217,1 181,4 158,0 2004 2005 2006 2007 Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 2004 2005 2006 2007 153 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 iv ORGANIZAÇÃO O Ministério do Turismo tem como objectivo a direcção, planificação e execução de políticas para o fomento das actividades turísticas, da indústria hoteleira e para a conservação de áreas naturais Organograma Ministério do Turismo Secretária Permanente Dir. Nacional do Turismo Dir. Nacional das Áreas de Conservação Dep. de Administração e Finanças Dir. Planificação e Cooperação Dep. dos Recursos Humanos Órgãos Locais Dir. de Promoção Turística Dep. Jurídico Instituições de Tutela Direcções ou Serviços Provinciais Fundo Nacional do Turismo Direcções ou Serviços Distritais Hotel Escola Andalucia Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto Inspecção Geral do Turismo 154 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – VISÃO 2025 Na visão do sector para o ano 2025, o governo prevê chegar aos 4 milhões de visitantes anuais, suportado no crescimento do turismo que deverá continuar associado às praias e à natureza Visão 2025 “Até ao ano 2025, Moçambique será o destino turístico mais vibrante, dinâmico e exótico de África, famoso pelas suas praias e atracções litorais tropicais, produtos de eco-turismo excelentes, e pela sua cultura intrigante, acolhendo mais de 4 milhões de turistas por ano. As áreas de conservação constituem parte integrante do produto turístico e os seus benefícios darão um contributo significativo para o PIB, trazendo riqueza e prosperidade para as comunidades do país” Fonte: Ministério do Turismo 155 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – FACTORES-CHAVE Moçambique identificou 6 factores-chave ao desenvolvimento do sector – A importância da criação de uma oferta comum entre países da região faz parte das ambições do governo Factores-Chave de Sucesso para Maximizar o Potencial do Turismo Integração África Austral Mercados Emissores • Promoção de iniciativas • Foco em mercados i) conjuntas com países mercados regionais, ii) transfronteiriço na tentativa de mercados emissores para a criação de produtos turísticos África do Sul, iii) países com comuns, corredores para o sinergias culturais e iv) turismo e campanhas de nichos de mercado com forte marketing partilhadas potencial Prioritização de Investimentos • Definição de áreas prioritárias para o investimento, rotas turísticas e aposta em áreas de conservação transfronteiriça 6 factores decisivos para o crescimento do Turismo em Moçambique Eco-turismo • Desenvolvimento duma oferta suportada na exploração sustentável dos recursos da natureza e vida selvagem Recursos do litoral • Aposta no segmento Sol & Mar e na promoção de actividades que explorem a diversidade dos ecossistemas marinhos (e.g. pesca ou mergulho) Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto Turismo Cultural • Desenvolver oferta cultural como complemento aos produtos tradicionais e suportada na grande diversidade de influências culturais registadas no seu território 156 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – INFRA-ESTRUTURAS Complementarmente, foram definidos os tipos de infra-estruturas sócio-económicas a desenvolver para suportar o sector Factores complementares a desenvolver Infra-estruturas • Desenvolvimento de acessibilidades e equipamentos Recursos Humanos • Aposta na formação para melhorar a qualidade do serviço Infra-estruturas Sócio-Económicas a desenvolver Recursos Financeiros • Criação de incentivos à reabilitação de infra- Conhecimento estruturas • Dados sobre turismo, Organização • Definição de leis, instituições e seu enquadramento legal Estabilidade e Segurança • Promover coordenação de polícia, organizações civis e comunidades migração, o impacto económico e tendências Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto 157 DOCUMENTO DE TRABALHO 9 v DESENVOLVIMENTO FUTURO – LIGAÇÕES REGIONAIS O planeamento de infra-estruturas a desenvolver reflecte a necessidade de promover corredores entre pontos estratégicos para o turismo – Especial enfoque nas ligações transfronteiriças Corredores prioritários Nacala Tete Harare (Zimbabué) Joanesburgo (África do Sul) Descrição (Malawi) • Criação de acessos mais rápidos, cómodos e seguros potencia o interesse de viajantes de países fronteiriços e turistas internacionais com maior propensão para viagens cujo itinerário inclua diversos países Beira Maputo Moçambique identificou 6 corredores cuja construção deverá ser prioritária Fonte: Ministério do Turismo; Análise Equipa de Projecto • Desenvolvimento de corredores baseiam-se na construção de acessibilidades rodoviárias que constituam ligação entre os pontos estratégicos • Enfoque nas ligações transfronteiriças para fomento não só dos movimentos turísticos como comerciais Principais Vantagens • Possibilidade de maior desenvolvimento de rotas turísticas que ligam a oferta Sol & Mar a produtos associados à Natureza • Capacidade de acesso a diferentes locais potencia o desenvolvimento de regiões afastadas dos principais pontos turísticos • Capacidade de viajar dentro do território deverá aumentar o tempo de estadia média 158 DOCUMENTO DE TRABALHO B SÍNTESE DO BENCHMARK Vários países fomentam o turismo doméstico desenvolvendo ofertas específicas – as companhias low cost e a abertura do espaço aéreo facilitam o desenvolvimento do turismo externo Referências no Mundo Acessibilidades Mercados Vietname Peso dos países de outros continentes Peso T. Doméstico 58% Brasil Turquia Marrocos Cabo Verde África do Sul 97% 61% África Subsariana 69% 10% 1) 83% 97% 28% Botswana Quénia Moçambique 1% 12% 0% 34% 51% 64% 22% 19% 0% 0% Ofertas específicas p/ T. Doméstico Liberal. espaço aéreo Captação de rotas Companhias low cost Simplificação vistos Promoção e distribuição Parceria Grupos Hoteleiros Parceria Operadores Turísticos Represent. Mercados Emissores Sustentabilidade Desenvolvimento de competências Ambiental Recuperação Urbana 1) Para este efeito considerou-se que a Turquia se localiza nas regiões Europeia e Médio Oriente Fonte: Addwise; Roland Berger 159 DOCUMENTO DE TRABALHO B SÍNTESE DO BENCHMARK A análise do sucesso obtido por um conjunto de países no desenvolvimento do Turismo permite identificar algumas características potenciadoras Principais conclusões do Benchmark internacional de desenvolvimento do Turismo Enfoque de esforços Gestão do Sector Turismo Interno • A fase inicial de desenvolvimento do turismo caracteriza-se pelo enfoque num número reduzido de produtos e regiões, potenciados por projectos estruturantes • A existência de uma entidade Gestora dedicada ao desenvolvimento e dinamização da actividade turística e à coordenação das partes envolvidas potencia os impactos positivos do Turismo na economia e no emprego • É fomentado com a promoção de ofertas específicas dirigidas a variados segmentos de clientes, incluindo ofertas de alojamento e transporte dirigidas à população de menor rendimento Envolvimento dos privados • O envolvimento dos privados, nomeadamente internacionais, acelera o processo de transferência de conhecimento / melhores práticas e de crescimento da oferta Fonte: Análise Equipa de Projecto Mercados internacionais • Os principais factores potenciadores do turismo de estrangeiro incluem a facilitação de vistos, o desenvolvimento de ligações aéreas e um investimento substancial em promoção / marketing 160 DOCUMENTO DE TRABALHO C. Contexto actual do Turismo em Angola 161 DOCUMENTO DE TRABALHO CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES Os nacionais representam dois terços do turismo angolano – 3 países não africanos (Portugal, China e Brasil) representam metade dos turistas estrangeiros Peso do turismo doméstico e internacional [2009] Dormidas nas unidades hoteleiras [milhares; %] Hóspedes [milhares; %] Principais mercados emissores Outros Portugal 22% 261 (33%) 332 (42%] 1.074 (36%) 1.088 (36%) Cuba Filipinas 2% Índia 24% 3% 1% 4% 4% RU 6% 14% EUA 194 (25%) Angolanos residentes 825 (28%) Angolanos não residentes Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto 7% França África do Sul China 13% Brasil Estrangeiros 162 DOCUMENTO DE TRABALHO CHEGADAS DE TURISTAS E PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES De 2006 a 2009 verificou-se um crescimento constante da chegada de turistas estrangeiros a Angola, sendo a Europa o principal mercado emissor de turistas Evolução da Chegada de Turistas Estrangeiros a Angola ['000; 2006-2009] Médio Oriente Austrália TMCA1) (06-09): +44% 24% 51% 60% Dependência de Mercados Emissores [%; 2009] África 0,8% 13,2% 0,4% 366 294 44,1% Europa 195 América 20,9% 121 2006 2007 2008 1) TMCA – Taxa Média de Crescimento Anual Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras 2009 20,8% Ásia 163 DOCUMENTO DE TRABALHO MOTIVOS DE VIAGEM Não obstante as viagens de negócios e serviços ainda serem o principal motivo de visita a Angola, as viagens de férias foram as que mais cresceram desde 2006 Motivos de viagem ['000; 2006-2009] Motivos de viagem de férias face aos restantes motivos ['000; 2006-2009] 211 154 191 135 133 10% 112 154 140 • O Turismo de Negócios (21%) reflecte o contexto de oportunidades que o mercado apresenta 91 76 64 54 70% 54 34 24 28 2006 2007 Serviço 91 87 59 • Portugal representa 23,6% das entradas em Angola 34 Férias 2008 2009 Negócios Fonte: Serviço de Migração e Fronteiras 2006 2007 Serviço e Negócios • O Turismo de Serviço (“os expatriados”) traduz o fluxo de mão-de-obra externa (37%) 2008 2009 • Angola é o 7º emissor turístico para Portugal Férias 164 DOCUMENTO DE TRABALHO PESO DO SECTOR Nos últimos anos, Angola registou um forte crescimento do sector, tendo as receitas ultrapassado os 45 mil milhões de AKZ em 2009 – Cerca de 135 mil postos de trabalho estavam associados ao Turismo Contributo do turismo na economia nacional – Angola Receitas associadas ao Turismo [2005-2009; Mil Milhões de AKZ] Δ% 21% Emprego associado ao Turismo [2005-2009; Milhares de empregados] -9% -9% 34,5 1,3 25,6 0,5 2,5 8,3 Outras 0,6 Bebidas 0,7 Alimentação 1,8 Agências de Viagens 1,2 12,6 0,6 1,1 2,5 2,7 6,2 15,2 +37% 14,5 13,0 72,1 Agências de Viagens 3,0 e Turismo 20,5 Hotéis Pensões e 12,9 outros estabelecimentos Restaurantes e Similares 8,5 4,0 5,6 7,9 8,6 10,6 2005 2006 2007 2008 2009 P – Previsto; E - Estimado Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto CAGR 07-09 45,3 0,9 6,3 6,7 2,8 Alojamento -9% 35,7 2007 102,8 7,9 19,7 134,6 9,9 83,2% 31,1 23,0% 39,3 74,4% 26,6 48,6 54,3 2008 2009 23,3% 165 DOCUMENTO DE TRABALHO RESULTADOS ECONÓMICOS A restauração, alimentação e bebidas foram os sectores que mais cresceram no período, representando cerca de 46% da receita do sector em 2009 Evolução global da receita e peso dos produtos/serviços [MUSD; 2009] 284 383 505 TMCA (06-09) • Receitas de 500 MUSD em 2009 140 56,6% 5% 2% 23% 33% 2% Outros 41,7% 29% Ag. Viagens 87,8% 14% Bebidas 89,4% 32% Alimentação 91,7% Alojamentos 24,7 % 10% 24% 8% 19% 44% 2006 • Crescimento constante do sector da restauração 44% 9% 20% 4% 31% 25% 23% 2007 2008 2009 Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009 • Maior controlo das receitas da restauração • Crescimento do volume de negócios das agências de viagens 2005-2009 foi de 922% 166 DOCUMENTO DE TRABALHO REDE HOTELEIRA Luanda destaca-se na oferta de alojamento - gerando cerca de 84% da receita - seguida de Huíla e Benguela. As províncias interiores têm uma oferta reduzida e consequentemente receitas menores Distribuição geográfica da actividade turística Oferta de alojamento, por tipologia, em cada província [número, 2009] Distribuição Geográfica das Receitas de Alojamento [M AKZ; 2009] Luanda 8.877 Cabinda 342 Benguela 320 Huíla 3,2% 3,0% 2,7% Zaire 210 2,0% Huambo 195 1,8% Malanje 67 0,6% Moxico 56 0,5% Kwanza Sul 52 0,5% Namibe 51 0,5% Kwanza Norte 47 0,4% Outros Fonte: MINHOTUR; Análise Equipa de Projecto 289 84% Fonte: UNWTO… 88 0,8% 167 DOCUMENTO DE TRABALHO REDE DE RESTAURAÇÃO A oferta na restauração segue uma distribuição semelhante à oferta de alojamento – Luanda destaca-se uma vez mais Número de restaurantes e similares em cada província [número, 2009] • Luanda representa 36% da oferta total na restauração, tal como se verifica na oferta de alojamento Cabinda 28 Zaire Uíge 26 121 Kwanza Luanda Norte Malange Bengo 38 815 Lunda Norte 59 57 40 • Quer no alojamento quer na restauração a oferta é mais elevada nas províncias do litoral Lunda Sul Kwanza Sul 24 102 Benguela Huambo 43 207 Bié Moxico 34 16 Huila 487 Namibe 129 Kuando Kubango Cunene - Restaurantes e similares 45 Fonte: Direcções Provinciais da Hotelaria e Turismo, Boletim Estatístico MINHOTUR 2009 • 82% da oferta na restauração está concentrada nas províncias de: • Luanda • Huíla • Benguela • Namibe • Uíge • Kwanza Sul 168 DOCUMENTO DE TRABALHO ACESSIBILIDADES AÉREAS Luanda assegura voos directos para 9 países fora do continente africano, incluindo os 3 principais mercados emissores – há espaço para o aumento das ligações e frequências de voos. Voos directos para África e resto do Mundo Voos directos internos em Angola Cabinda Soyo Uíge Londres Bruxelas Paris Frankfurt Dundo Lisboa Houston Pequim Luanda Malange Dubai Havana Saurimo Sal Praia São Tomé e Príncipe Adis Abeba Nairobi Kinshasa Lusaka Harare Maputo Windhoek Joanesburgo Cidade do Cabo Luena Catumbela Huambo Kuito Luanda Rio de Janeiro São Paulo Lubango Namibe Ondjiva Aeroportos internacionais Ligações Internas Fonte: Skyscanner; Análises addWise/RolandBerger Ligações para o Exterior Menongue Ligações Intercontinentais 169 DOCUMENTO DE TRABALHO AGÊNCIAS DE VIAGENS E OPERADORES TURÍSTICOS Em Angola existem 162 registos de alvarás de Agências de Viagem e Turismo, sendo que 91% destes registos são em Luanda – oito províncias não têm Agências de Viagem ou Operadores de Turismo Número de agências de viagem e operadores turísticos em cada província [número, Março 2011] Zaire 1 Namibe 1 Moxico 1 Luanda Norte 3 Luanda 147 Kunene 1 Huíla 2 Huambo 1 Cabinda 2 Bié 3 Fonte: DNAT, MINHOTUR 170 DOCUMENTO DE TRABALHO LACUNAS DO SECTOR Adicionalmente, a falta de infra-estruturas, de serviços de apoio e a falta de promoção do país enquanto destino turístico, condicionam o rápido desenvolvimento do sector 1 Fraco desenvolvimento de Infra-Estruturas • Gestão e recuperação do património • Condições de acesso a locais de interesse turístico • Custos de transporte internacional 2 Reduzido nível dos Serviços de Apoio • Informação disponível ao turista • Qualificação de RH • Serviços complementares para assegurar segurança e bem-estar 3 Fraca imagem enquanto destino turístico • Desenvolvimento do turismo doméstico • Turismo internacional baseado na motivação associada aos Negócios • Oferta de actividades turísticas complementares 1 Infra Estruturas 3 Promoção de Imagem Lacunas do Sector do Turismo 2 Serviços de Apoio 171 DOCUMENTO DE TRABALHO B SÍNTESE DO BENCHMARK A importância do Turismo mede-se pelo seu peso PIB e é função da estratégia de desenvolvimento do sector e do grau de estabilidade dos mercados Fonte: Análise Equipa de Projecto 172 DOCUMENTO DE TRABALHO SÍNTESE DO BENCHMARK B Angola apresenta uma oferta turística diversificada e com forte potencial – Apenas a falta de qualificação e desenvolvimento a oferta impede uma actividade turística com maior relevância Referências no Mundo Vietname Brasil Turquia Marrocos Cabo Verde África do Sul África Subsariana Botswana Quénia Moçambique Angola História Cultura Gastronomia Religião Música & Dança Outros Natureza Vida Selvagem Eco Turismo Sol & Mar Outros Praia Desportos Náuticos Sports City Breaks Golfe Outros Reuniões e Eventos Saúde & Bem Estar Fonte: UNWTO, Tourism 2020 vision; Análise Equipa de projecto 173 DOCUMENTO DE TRABALHO D. Visão do Turismo de Angola para 2020 174 DOCUMENTO DE TRABALHO VISÃO Angola poderá potenciar-se como o destino de diversão e animação em África, alavancando o seu património cultural, natural, de praias e desportivo Visão do Turismo Angolano ANGOLA: PAÍS JOVEM, ONDE A DIVERSÃO ACONTECE Visão Produtos estratégicos Cultura Sol & Mar Natureza • Festivais de música/culturais • Praia • Passeios na natureza • Festividades regionais • Eventos e locais religiosos • Actividades náuticas • Surf / windsurf • Observação de cetáceos • Safaris • Observação de vida animal • Descida de rios • Competições desportivas • Gastronomia • Rota dos escravos Fonte: Análise Equipa de Projecto 175 DOCUMENTO DE TRABALHO FACTORES DE DIFERENCIAÇÃO O crescimento do Turismo em Angola deverá ser fundamentado na identificação dos principais aspectos diferenciadores do país… Factores de diferenciação do Turismo em Angola Estado de desenvolvimento Principais elementos diferenciadores História, Cultura e Tradição Juventude, Diversão, Desporto e Dinamismo Clima e Luz Natureza Fonte: Análise Equipa de Projecto > A cultura, através da música e da dança, promovem o dinamismo do país > Cultura angolana e culturas tribais promovem não só a atracção de turistas como também actividades complementares como o artesanato > Passado histórico de relevo > País jovem e dinâmico > População alegre e festiva > Tradição em alguns desportos projecção internacional de • Atributo reconhecido como diferenciador pelos turistas • Faltam condições para maior difusão da cultura • Pontos de interesse histórico necessitam de investimento na conservação e promoção de acessos (área candidata a património mundial) • Diversas infra-estruturas desportivas de qualidade internacional grande • Experiência na organização de eventos desportivos > Temperatura média anual de 23 graus e pouca • Sector turístico pouco desenvolvido e capaz de tirar partido do ambiente propício ao turismo em precipitação fora da época do Inverno apenas alguns pólos já explorados > Elevado número de dias de sol e horas de luz > Diversidade de climas ao longo de todo o território > Exotismo das paisagens > Diversidade da fauna e flora • Atracções turísticas pouco desenvolvidas e concentradas em apenas alguns pólos já explorados 176 DOCUMENTO DE TRABALHO QUALIFICAÇÃO DA OFERTA … sendo estes potenciados através da criação de condições envolventes favoráveis ao fomento da actividade turística Proposta de Valor de Angola – fundamentos estratégicos Condições necessárias ao desenvolvimento Natureza Fonte: Análise da equipa de projecto Qualidade competitiva (Value for money da oferta turística) Clima e Luz Diversidade e Experiências Marcantes Juventude, Diversão, Desporto e Dinamismo Qualidade Urbana, Ambiental e Paisagística Diferenciam Angola de outros destinos mundiais na forma como os recursos turísticos dão resposta às motivações daqueles que os procuram Acessibilidades, Informação e infra-estruturas de apoio Cultura, História e Tradição Elementos Diferenciadores Segurança e Tranquilidade Social Qualificam Angola para satisfazer as diferentes necessidades dos turistas 177 DOCUMENTO DE TRABALHO VISÃO O desenvolvimento do turismo angolano deverá ser enfocado e faseado, quer relativamente ao desenvolvimento da oferta quer aos mercados que endereça 1.ª Fase Enfoque em Pólos de Desenvolvimento 2013 3.ª Fase Aposta no aumento de competitividade global do sector 2015 2020 Segmentos prioritários - Turismo doméstico convencional - Turismo doméstico social - Estrangeiros a trabalhar em Angola Prioritização de países de maior proximidade - Países fronteiriços - Países não fronteiriços com maior potencial Turismo Internacional Turismo Regional Turismo Doméstico 2011 2.ª Fase Diversificação de Investimentos e Promoção Fonte: Análise Equipa de Projecto Prioritização de países de elevado interesse - Dimensão do mercado de Outbound - Propensão para viajar para a África Subsaariana - Valor médio de despesa 178 DOCUMENTO DE TRABALHO PROJECÇÃO O cenário PARTENON prevê que em 2020 Angola deverá captar cerca de 4,5 milhões de turistas. Projecções da evolução do número de turistas em Angola [milhares de turistas; 2008-E2020] CAGR (%) CENÁRIO PARTENON D (%) 7 000 15% 26% 18% 50% 59% 125% 1ª Fase Aposta no Turismo Interno 6 000 5 000 2ª Fase Consolidação do Turismo Interno, aposta no Mercado Regional Cenário Optimista 3ª Fase Consolidação e aposta no Mercado Internacional 6 192 Cenário PARTENON 4 553 Residentes 4 000 Residentes Não Residentes 3 000 2 000 Não Residentes 1 000 1 582 822 Cenário BAU* 0 2008 Fonte: Análise Equipa de Projecto 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 * business as usual 179 DOCUMENTO DE TRABALHO OBJECTIVOS Apesar do crescimento previsto face a 2010, a contribuição do turismo para o PIB e Emprego, em 2020, revela ainda um grande potencial de crescimento face a outros mercados. Contribuição do Turismo para o PIB e Emprego, Angola e Mercados de Benchmark [%; 2010] Contribuição do Turismo para o PIB Cerca de 4,6 BUSD de receitas no sector Em 2020 Contribuição do Turismo para o Emprego 0,75% 3,21%* Angola 0,78% Cerca de 950 mil empregos no sector Em 2020 3,99%* 5,60% Moçambique 4,40% 7,70% 8,50% 10,30% Quénia 9,10% Brasil 8,30% Turquia 8,10% 12,40% 44,5% Botswana 6,90% 9,00% 10,00% 19,50% África do Sul Vietname Marrocos Cabo Verde 7,30% 9,90% 17,30% SADC 39,5% Outros * Estimativa para 2020 Apesar do esforço projectado, Angola continuará abaixo dos padrões internacionais. Fonte: Análise Equipa de Projecto 180 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO O esforço de desenvolvimento da oferta deverá enfocar-se num conjunto de Pólos de Desenvolvimento Turístico seleccionados em função do seu potencial de exploração turística a curto prazo Pólos de desenvolvimento turístico Cultural • Prioridade: M’Banza Kongo • Evolução: Luanda, M'banza Congo, Muxima, Lubango, Soyo, Malange, Benguela e Cunene M'banza Kongo Luanda Futungo de Belas P Mussulo P Calandula Sol & Mar Cabo Ledo P Muxima Kissama • Prioridades: Cabo Ledo e Futungo de Belas • Evolução: Mussulo, Benguela/ Lobito e Namibe Benguela/Lobito Natureza Lubango Namibe P P Bacia do Okavango • Prioridades: Calandula e Bacia do Okavango (e projecto Kaza) • Evolução: Kissama Pólo Prioritário Fonte: Análise Equipa de Projecto 181 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade superior, junto da capital, Luanda P P P P Pólo do Futungo de Belas • Localização: Município da Samba • Área: 517 ha • Atracção Baía do Mussulo P PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO • Pólo focado no Turismo Sol e Mar de qualidade • Num futuro próximo prevê-se a extensão deste pólo superior. Deverão ser construídas infra-estruturas à Ilha do Mussulo o que conduzirá ao alargamento no sentido de atingir este objectivo, tais como: da intervenção do pólo, nomeadamente: • Hotéis de categoria superior; • Marinas e Clubes Navais; • Melhoria das infra-estruturas de saneamento • Condomínios de vivendas; básico, rede eléctrica e rede de abastecimento de • Um Parque Temático e um Pavilhão Multiusos; água da Ilha do Mussulo; • Infra-estruturas de apoio balnear de qualidade; • Melhoria das acessibilidades à Ilha do Mussulo, • Parques e jardins. com a criação de um serviço de ligação à costa em ferry-boat/speed-boat; • Boas acessibilidades a partir da capital do País, a • Reformulação da mobilidade na através de uma serem potenciadas com a nova Marginal. aposta em sistemas de transporte eco-friendly. Fonte: Análise Equipa de Projecto 182 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO A beleza ímpar das segundas maiores cataratas de África – as Quedas de Kalandula – justificam o empenho prioritário do governo no desenvolvimento deste pólo turístico P Pólo Kalandula P P P P • Localização: Município da Kalandula, Província do Malanje • Área: 1.977,49 ha • Atracção Principal: Quedas de Água de Calandula • As Quedas de Calandula, estão localizadas no rio Lucala, o mais importante afluente do rio Kwanza e situam-se a cerca de 80 Km da cidade de Malanje e a 420 Km de Luanda • Com uma extensão de 410m e uma altura de 105m, são as segundas maiores de África, depois das quedas Victoria, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe Fonte: Análise Equipa de Projecto 183 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO P Pólo Kalandula P P P P • Localização: Município da Kalandula, Província do Malanje • Área: 1.977,49 ha • Atracção Principal: Quedas de Água de Calandula PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO • Para potenciação das características Turísticas deste • Desassoreamento da base das quedas pólo vai apostar-se no desenvolvimento do AgroTurismo, com a criação de oferta de visitas guiadas a • Redes de água, electricidade e saneamento fazendas complementadas com a prática de actividades hípicas. • Zonas de restauração e estacionamento • A nível do alojamento prevê-se um significativo • aumento da oferta, nomeadamente: • Hotel até 4 estrelas • 100 a 150 quartos em estalagens • Pousada da Juventude • • Parque da Campismo • Miradouros e trilhos ao longo das margens Fonte: Análise Equipa de Projecto Para melhoria das acessibilidades locais poderão criar-se serviços transfer para o aeroporto e Estação dos Caminhos-de-Ferro de Malange. Passeios de Barco • Serviços e Limpeza e Segurança comuns 184 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO A proximidade de Luanda e a riqueza natural das suas praias, tornam Cabo Ledo num pólo de desenvolvimento Sol & Mar a desenvolver com carácter prioritário P Pólo Cabo Ledo P P P P • Localização: Município da Kissama • Área: 1.390,3 ha • Atracção Principal: Zona balnear com 120 Km de extensão; Aproximadamente a 1h30 h de Luanda • O Cabo Ledo é uma larga enseada situada na província do Bengo, em pleno Parque Nacional de Kissama • A 120 km a sul da cidade de Luanda, a vastidão das praias das suas águas límpidas e a beleza das imensas falésias junto à extensa faixa de areia branca tornam este um local deslumbrante • Cabo Lebo dispõe de bares e apoios e é reconhecido por ser propício à prática da pesca e do surf Fonte: Análise Equipa de Projecto 185 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO P Pólo Cabo Ledo P P P P • Localização: Município da Kissama • Área: 1.390,3 ha • Atracção Principal: Zona balnear com 120 Km de extensão; Aproximadamente a 1h30 h de Luanda PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO • Este pólo complementa a oferta de Turismo Sol e • Fomento do turismo Jovem com o aumento da oferta de animação, nomeadamente: Mar com o Turismo Natureza, dada a proximidade do • Discotecas; Parque da Kissama. • Escolas de surf, windsurf e natação; • Oferta de desportos radicais; • A nível do alojamento prevê-se um significativo • Salas de jogo, possivelmente um Casino; aumento da oferta, nomeadamente: • Organização de Eventos (ex.: concertos e • 450 a 500 quartos de hotel (hotéis até 5 estrelas) festivais). • Apartamentos turísticos • Parque de Campismo • Melhoria da sinalização rodoviária nos acessos • Condomínios de Vivendas Luanda – Cabo Ledo e reforço da oferta de • Pousada da Juventude transporte colectivo. • Outras infra-estruturas: • Mini-Autocarros para Aeroporto e Parque da Kissama • Estacionamentos e zonas de apoio a excursões • Redes de água, electricidade e saneamento • Serviços e Limpeza e Segurança comuns Fonte: Análise Equipa de Projecto 186 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO A bácia do Okavango é uma zona privilegiada para o fomento do turismo de Natureza – o forte imagem e interesse turístico que suscita justificam a classificação como pólo prioritário P Pólo Bacia do Okavango P P • Localização: Município Dirico • Área: 11.972 ha • Atracção Principal: Área partilhada com o projecto transfronteiriço “KAZA” P P • O rio Okavango nasce nos planaltos do interior angolano e desagua no maior delta interior do mundo, no Botswana. O delta forma um pântano que se dispersa pelo deserto do Kalahari, próximo dos pântanos temporários de Makgadikgadi, criando uma zona privilegiada para a observação de animais em estado selvagem • O delta cobre uma superfície entre 15 000 km² e 22 000 km² durante as cheias • Aqui existe a única população de leões nadadores – condição inevitável numa região onde a água das cheias chega a cobrir 70% do seu território natural Fonte: Análise Equipa de Projecto 187 DOCUMENTO DE TRABALHO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIO P Pólo Bacia do Okavango P P • Localização: Município Dirico • Área: 11.972 ha • Atracção Principal: Área complementar ao projecto transfronteiriço “KAZA” P P PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO • Qualquer desenvolvimento turístico local terá ter • A nível do alojamento: como base a desminagem. • 200 a 250 Quartos de Hotel (Resorts) • Parque Campismo e Caravanismo • Melhoria das acessibilidades com trilhos para viaturas 4x4, com pontos para observação de • Redes de água, electricidade e saneamento animais, e criação de Aeródromo. Ligação regular a autónomas. Menonge. • Serviços e Limpeza e Segurança comuns • Neste pólo, o Turismo Natureza pode ser complementado com o Turismo Cinegético e Turismo • Serviços de Manutenção auto Étnico. • Centro de formalidades (ex.: vistos no âmbito do • Criação de infra-estruturas de apoio á observação da projecto KAZA) fauna e flora. Fonte: Análise Equipa de Projecto 188 DOCUMENTO DE TRABALHO Projecto KAZA Projecto KAZA • Localização: Província do Kuando Kubango, nas bacias fluviais do Okavango e Zambezi. • Área: 87 000 km2, parte Angolana. O projecto Kaza abrange no total 278 000 km2). Compreende quase todas as duas Reservas Parciais de Luiana e Mavinga e as quatro Reservas Públicas Protegidas de Luiana, Luengue, Longa Mavinga e Mucusso . • Projecto: Integra cinco países da região Austral de África: Angola, Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia e Botswana e teve início em 2003. • Investimento: A sua primeira fase está avaliada em mais de 24 milhões de dólares norte-americanos. Angola 87 000km2 Botswana 50 000km2 Namíbia 18 000km2 • Objectivo: Implementação do turismo inter-fronteiriço entre os Estados Constituintes, a fim de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico e cultural da região Austral, em particular de Angola. Vai ligar 14 áreas de importância ecológica para protecção ambiental e pode vir a tornar-se a maior área turística da África Austral. • Atracção Principal: Maior população contígua de elefantes no continente Africano. Abundância e diversidade de espécies da vida selvagem. Flora abundante com pelo menos 3 000 espécies, 100 das quais são endémicas na sub-região. Mais de 600 espécies de aves que caracterizam as savanas da África Austral, as zonas arborizadas e as zonas pantanosas. Fonte: Projecto KAZA Zâmbia 93 000km2 Zimbabwe 30 000km2 189 DOCUMENTO DE TRABALHO Projecto KAZA Projecto KAZA • Desenvolvimentos Futuros: No Futuro pretende-se que na região existam, diversos pontos de alojamento em parques de campismo e/ou Lodges, bem como outras infra-estruturas de apoio ao Turismo (p.e. transportes). • O eco-turismo, o Turismo Natureza e de Aventura, serão os principais targets da região. Fonte: Projecto KAZA 190 DOCUMENTO DE TRABALHO M'banza Kongo Candidatura a Património Cultural da Humanidade A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada a grande importância para o Património Cultural Angolano, para África, e até mesmo para o Mundo. M'banza Kongo P P P • Província do Zaire • Município de M'banza Kongo • M'banza Kongo (capital da província do Zaire) foi um importante centro político e administrativo. Era a capital do reino do Kongo, e P aqui ocorreu, em 1490, o primeiro contacto dos Portugueses com o rei do Kongo. • Aqui foi implantada a diocese de Angola e do Kongo pelos Portugueses e um importante número de edificações do século XVI são ainda visíveis, tais como: as ruínas da velha Catedral; a residência dos reis do Kongo, actualmente Museu do Reino do Kongo; o túmulo dos reis; entre outras edificações que constituem um relato extraordinário do passado histórico, cultural, arqueológico, religioso e político. • A área histórica de M'banza Kongo, foi classificada em 1957, dada a sua grande importância para o Património Cultural Angolano, para o Continente Africano, para a África Central, e até mesmo para o Mundo. • É propriedade do Estado Angolano. O Ministério da Cultura, o Governo da Província do Zaire e a Igreja Católica são responsáveis pela sua manutenção, preservação e administração. Em Novembro de 1996 o Ministério da Cultura, Instituto Nacional do Património Cultural apresentaram uma candidatura à UNESCO na categoria Cultural (Ref. 920). Fonte: Análise Equipa de Projecto 191 DOCUMENTO DE TRABALHO EIXOS DE DESEVOLVIMENTO … mas a capacitação do sector do turismo em Angola deverá focar-se no desenvolvimento integrado e faseado e coerente de 6 eixos estratégicos, a saber: Fonte: Análise Equipa de Projecto 192 DOCUMENTO DE TRABALHO BENEFÍCIOS ECONÓMICOS A potenciação dos benefícios gerados pelo Turismo aconselha a existência de uma organização autónoma dedicada ao seu desenvolvimento… Principais Contributos do Turismo – não exaustivo Investimento produtivo Captação de divisas Diversificação da Economia Receita Fiscal Criação de emprego Igualdade de Género Inclusão Social Necessária uma organização autónoma especializada, dedicada ao desenvolvimento do Turismo para maximizar os benefícios gerados Combate à pobreza Fonte: Análise Equipa de Projecto 193 DOCUMENTO DE TRABALHO RESPONSABILIDADE E ENTIDADES PÚBLICAS … que assegure a coordenação dos esforços de todos os stakeholders envolvidos Entidades Públicas com influência no Turismo – não exaustivo CULTURA & JUVENTUDE E DESPORTO • Manutenção e conservação de Monumentos e sítios históricos • Cooperação cultural com outros países e instituições congéneres • Eventos desportivos PLANEAMENTO & FINANÇAS • Assegurar uma política fiscal incentivadora do investimento no Turismo AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS • Integração dos produtos angolanos na oferta gastronómica Fonte: Análise Equipa de Projecto AMBIENTE & ENERGIA E ÁGUAS • Preservação e potenciação do Património Natural • Políticas ambientais & Energéticas DESENVOLVIMENTO DO TURISMO MINHOTUR • Estratégia e Desenvolvimento da actividade turística Nacional URBANISMO E CONSTRUÇÃO • Ordenamento do território nas zonas de interesse turístico EDUCAÇÂO & ADMINIST. PÚBLICA, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL • Formação profissional e criação de emprego. INTERIOR & RELAÇÕES EXTERIORES • Facilitação da obtenção de vistos de entrada para Turismo TRANSPORTES • Desenvolvimento e optimização de serviços e infra-estruturas de transporte (rodo, ferro, marítimo e aéreo) 194