MEDELA Eficiência da amamentação

Transcrição

MEDELA Eficiência da amamentação
Segundo um estudo que será apresentado no IX Simpósio Internacional
de Aleitamento Materno promovido pela Medela
O ALEITAMENTO MATERNO RESULTA MAIS
EFICIENTE DURANTE OS TRÊS PRIMEIROS
MESES DE VIDA DO BEBÉ
Nas primeiras 13 semanas, a frequência de tomas diminui, o intervalo
entre uma toma e a outra aumenta, assim como a quantidade de leite
ingerida e o tempo que o bebé destina a cada toma. A partir do terceiro
mês e até ao sexto, estas escalas passam a ser constantes
•
Só 90% das mães em Portugal optam pelo aleitamento materno quando
nasce o bebé, mais de 3 pontos acima da média dos principais países
desenvolvidos
•
O IX Simpósio Internacional de Aleitamento Materno realiza-se pela
primeira vez em Espanha (Madrid) nos próximos 4 e 5 de abril e reunirá
profissionais relacionados com o aleitamento materno, como pediatras,
neonatalogistas ou responsáveis de UCIN nos hospitais
Lisboa, 18 de março de 2014.- O aleitamento materno resulta mais eficiente entre o
primeiro e o terceiro mês de vida do bebé. Durante esses meses diminui
progressivamente a quantidade de tomas enquanto aumenta a quantidade de leite
ingerida em cada uma delas. Entre o terceiro e o sexto mês de vida a frequência nas
tomas e a quantidade de leite ingerida mantém-se constante. Estas são algumas das
principais conclusões que se retiram do estudo 1 liderado pela médica Jacqueline Kent,
investigadora do Grupo Hartmann de Investigação em Aleitamento Materno da
Universidade Western Austrália. O trabalho será apresentado no IX Simpósio
Internacional de Aleitamento Materno promovido pela Medela, que se realiza pela
primeira vez em Espanha nos próximos dias 4 e 5 de abril em Madrid.
As conclusões do estudo da médica Kent ampliam o conhecimento sobre os diferentes
padrões existentes na amamentação, facilitam os profissionais de saúde, um guia para
orientar as mães, com o que melhorará a sua confiança no momento de darem de
mamar. Demonstrou-se que as mudanças de comportamento no bebé durante o
processo de aleitamento materno são completamente normais. A variação na
frequência nas tomas não é indicadora de falta de leite, uma das razões citadas
habitualmente pelas mães para deixar de dar peito. Creem que o seu bebé não está a
receber alimento suficiente e preocupam-se. As mães podem acreditar que se o bebé
1
Kent J.C. et al. Longitudinal changes in breastfeeding patterns from 1 to 6 months of
lactation. Breastfeeding Medicine 8, 401-407 (2013).
1
se alimenta mais frequentemente é sinal de que não come o suficiente em cada toma,
mas os estudos1,2 desenvolvidos pela médica Jacqueline Kent têm vindo a demonstrar
que não é necessariamente esse o caso.
Mais quantidade em menos tempo e em menos vezes
No estudo realizado pela médica Jacqueline Kent participaram 52 mães. O
acompanhamento foi feito nas suas casas, entre duas e cinco vezes em períodos de
24 horas e durante os seis primeiros meses de vida dos bebés. Deste modo, entre as
principais conclusões obtidas, destacam-se as seguintes:
Idade do bebé
Frequência das tomas
(por dia)
Duração da toma (média,
em minutos)
Maior intervalo entre
tomas
Quantidade
de
leite
ingerido
numa
toma
(média, em ml)
Quantidade máxima de
leite ingerido numa toma
(em ml)
Quantidade total de leite
ingerido em 24 horas
(em ml)
4 semanas
7,6
13 semanas
6,6
36
29
4 h 45 min.
7 h 35 min.
106
126
162
216
782
807
•
Nos três primeiros meses de vida, a frequência de tomas diminuiu
progressivamente em 0,2 tomas por semana, desde as 7,6 tomas diárias do
primeiro mês até às 6,6 tomas quando o bebé já tinha 13 semanas de vida.
•
A média de tempo que o bebé destinava a cada toma diminuiu quase 20% ao
passar de 36 minutos, nas quatro primeiras semanas, a 29 minutos ao
completar o terceiro mês. Até aos seis meses, a média de tempo de cada toma
foi reduzida em 0,6 minutos por semana.
•
Ao analisar os intervalos de tempo entre uma toma e a seguinte, a médica Kent
comprovou que os bebés espaceiam os tempos mas aumentam a quantidade
de leite ingerido entre uma toma e outra. Assim, o tempo máximo de intervalo
entre uma toma e a seguinte num bebé de 4 semanas é de 4 horas e 45
minutos, no caso de um bebé de 13 semanas, este intervalo situa-se em 7
horas y 35 minutos.
2
Kent, J.C. et al.Volume and frequency of breastfeeds and fat content of breastmilk
throughout the day. Pediatrics 117, e387-e395 (2006).
2
•
No primeiro mês de vida do bebé a média da quantidade de leite ingerido em
cada toma foi de 106 ml, enquanto a quantidade máxima foi de 162 ml. Nos
primeiros três meses de vida a média da quantidade de leite ingerido
aumentou uma média de 4,1 ml por semana, enquanto a quantidade máxima
teve um aumento em 4,4 ml por semana. Deste modo, ao chegar ao terceiro
mês de vida, o bebé tomava uma média de 126 ml de leite materno, enquanto
que a quantidade máxima alcançava os 216 ml. Ao analisar estes aspetos do
terceiro ao sexto mês do bebé, a médica Kent comprovou que não haviam
mudanças significativas.
•
No que diz respeito à quantidade total de leite ingerido pelo bebé em 24 horas,
a média só aumentou cerca de 3,2% nos três primeiros meses de vida ao
passar de 782 ml, nas primeiras quatro semanas, a 807 ml no terceiro mês.
Portugal acima da média dos países desenvolvidos em aleitamento
materno no momento do nascimento
Cerca de 90% das mães em Portugal optam pelo aleitamento materno depois do
nascimento do bebé, segundo os dados do relatório “Nutrition in the First 1,000 Days.
State of the World’s Mothers 2012”, realizado pela ONG Save the Children, em que,
entre outros aspectos, se analisam os hábitos da amamentação nos países
desenvolvidos. Isso coloca Portugal mais de 3 pontos acima da média dos principais
países desenvolvidos incluídos neste estudo (86,54%) e perto de outros países da sua
zona geográfica, como Alemanha (96%), Itália (91%), Grécia (86%), Holanda (81%),
Reino Unido (81%) ou Espanha (75%).
As mães que vivem em países do norte de Europa são, atualmente, a referência neste
campo. Noruega, com 99%, Suécia, com 98%, e Eslovénia, com 97%, situam-se à
frente neste ranking, enquanto que no Luxemburgo e Canadá a percentagem de mães
que optam por amamentar os seus filhos , no momento do nascimento, se situa em
níveis similares ao do português: (90)%.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno como o
modelo de alimentação mais recomendado para os neonatos durante os primeiros seis
meses de vida pelos benefícios que aponta para a saúde e o futuro desenvolvimento
do bebé, entre outras razões. Segundo o relatório de Save the Children, os motivos
para não optar pelo aleitamento materno são variadas e complexas.
Na maioria dos países desenvolvidos, a maioria das mulheres tentam mas, aos três
meses, uma percentagem significativa delas não elege a amamentação como modo
exclusivo de alimentação – só 50% das mães no caso de Portugal – e, aos seis
meses, a maioria já deixou de amamentar (nesta fase, em Portugal continuam a
amamentar os seus filhos cerca de 29% das mães).
Entre os motivos assinalados neste relatório para este declínio gradual figuram as
políticas públicas de apoio às mães que desejam amamentar o seus filhos, o tempo e
a remuneração permitida na maternidade ou a possibilidade de dispor de tempo,
3
remunerado ou não, para dar mama ao bebé uma vez que a mulher retornou ao seu
posto de trabalho.
Sobre Medela:
A empresa familiar Medela, com sede no cantão de Zug, na Suíça, foi fundada por Olle Larsson
em 1961. A Medela concentra a sua atividade em duas unidades de negócio: "Aleitamento
Materno", onde realiza investigação fundamental reconhecida a nível mundial, que conduz ao
desenvolvimento e manufatura de produtos para a amamentação, e "Healthcare", onde
concebe e fabrica soluções tecnológicas altamente inovadoras no campo da aplicação médica
de vácuo. A Medela tem 17 filiais na Europa, América do Norte e Ásia, distribui os seus
produtos em mais de 90 países e emprega cerca de 1500 pessoas em todo o mundo.
http://www.medela-symposium.com/
Para mais informações:
Duomo Comunicación
Gabinete de imprensa do IX Simpósio Internacional de Aleitamento Materno
Ângela Antunes
Tf.: 919 606 843
e-mail: aantunes@@duomocomunicacion.com
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