baixar programa - Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Transcrição

baixar programa - Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
RAVEL
FORTISSIMO Nº 6 — 2016
GINAST
ERAS M
14/04 PRESTO
ETANA
15/04 VELOCE
BARTÓK
MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO DE MINAS GERAIS APRESENTAM
14/04 PRESTO
15/04 VELOCE
FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE
Caros amigos e amigas,
Cem anos atrás – exatamente em
Mamãe Gansa de Ravel, assim
11 de abril de 1916 –, nascia na
como o famoso Moldávia de Smetana.
Argentina um dos mais importantes
Concluindo o programa, e justificando
compositores latino-americanos,
a confiança que todo o cenário musical
Alberto Ginastera, que iria projetar
nacional deposita na Filarmônica,
internacionalmente o sabor e o
será apresentada a suíte de O Príncipe
talento de nosso continente. Na noite
de Madeira do húngaro Béla Bartók,
de hoje, apresentamos seu Primeiro
obra de grande desafio dentro do
Concerto para Piano, pelas mãos
repertório sinfônico universal.
de seu conterrâneo, o destacado
pianista Luis Ascot, que estreia
Certamente uma noite de
com a Filarmônica nesta ocasião.
grandes emoções e contrastes.
Retornando para dirigir nossa
Tenham todos um grande concerto.
Orquestra pela segunda vez estará
o chileno Rodolfo Fischer, que nos
FABIO MECHETTI
apresentará a charmosa suíte da
Diretor Artístico e Regente Titular
3
FOTO: RAFAE L MOT TA
FABIO MECHETTI
diretor artístico e regente titular
D
esde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
de verão nos Estados Unidos, entre
No Brasil, foi convidado a dirigir a
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
eles os de Grant Park em Chicago
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
e Chautauqua em Nova York.
São Paulo, as orquestras de Porto
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
Alegre e Brasília e as municipais de
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional
Realizou diversos concertos no México,
São Paulo e do Rio de Janeiro.
e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
Trabalhou com artistas como Alicia
Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
de Larrocha, Thomas Hampson,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
em Madrid, a Filarmônica de Auckland,
Kathleen Battle, entre outros.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
Sinfônica de Quebec, Canadá.
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
Vencedor do Concurso Internacional de
dirigindo a Ópera de Washington.
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
No seu repertório destacam-se
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Mechetti dirige regularmente na
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
Escandinávia, particularmente a
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
Madame Butterfly, O barbeiro de
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
Sevilha, La Traviata e Otello.
fez sua estreia na Finlândia dirigindo
4
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
a Filarmônica de Tampere e na Itália,
Fabio Mechetti recebeu títulos
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
de mestrado em Regência e em
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Composição pela prestigiosa
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
Juilliard School de Nova York.
5
R
G
S
B
6
RODOLFO FISCHER, regente convidado
LUIS ASCOT, piano
PROGRAMA
Maurice R AVEL
Mamãe Gansa: Suíte
Pavane de la Belle au Bois dormant | Pavana da Bela Adormecida na Floresta
Petit Poucet | Pequeno Polegar
Laideronnette, Impératrice des Pagodes | Feinha, Imperatriz dos Pagodes
Les entretiens de la Belle et de la Bete | As conversas da Bela e da Fera
Le Jardin feérique | O Jardim das Fadas
Alberto G INASTERA
Concerto para piano nº 1, op. 28
Cadenza e varianti
Scherzo allucinante
Adagissimo
Toccata concertata
INTERVALO
Bedrich S METANA
O Moldávia
Béla B ARTÓK
O Príncipe de Madeira, op. 13: Suíte
Vorspiel | Prelúdio
Die Prinzessin | A dança da princesa
Der Wald | A dança da floresta
Arbeitslied des Prinzen | Canto de trabalho do príncipe
Der Bach | O regato
Tanz des holzgeschnitzten Prinzen | Dança da princesa e do príncipe de madeira
Nachspiel | Epílogo
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FOTO: JOÃO C AL DAS
Reconhecido como um dos principais
retém constantemente a atenção.
regentes chilenos, Rodolfo Fischer vive na
Perfeito o manejo dos complicadíssimos
Suíça e leciona Regência Orquestral na
concertati e do sempre assombroso
Academia de Música de Basel. O maestro
septeto que encerra o primeiro ato”.
tem regido importantes orquestras,
como as de Copenhagen, Odense e
A ópera Ainadamar, do argentino
Sonderborg, na Dinamarca; Principado
Osvaldo Golijov, foi regida por Fischer
de Astúrias, Espanha; sinfônicas de
frente à Sinfônica Nacional da Colômbia
Basel e de Lucerna, na Suíça; Sinfonica
em 2012, no Teatro Mayor, e, em 2010,
di Bari, Itália; Orquestra Danubia,
no concerto de gala do bicentenário
Hungria; e Auckland Philarmonia, na
do Teatro Argentino de La Plata. Em
Nova Zelândia. Na América do Sul
2006, Rodolfo Fischer debutou no
regeu a Osesp, a Sinfônica Nacional
Teatro Colón de Buenos Aires com
da Colômbia, as orquestras do Theatro
Così fan tutte. Nesse ano, fez sua estreia
Municipal de São Paulo e do Teatro
também com a Ópera Nacional da
Municipal de Santiago, a Filarmônica
Dinamarca, assinando a direção musical
de Buenos Aires, Filarmônica de Minas
de As bodas de Fígaro e ganhando
Gerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra
destaque como regente mozartiano.
Sinfônica Brasileira e Orquestra Estable
de La Plata, entre outras.
Em 2002, Fischer recebeu o Prêmio
Altazor pela direção musical de Madame
Rodolfo Fischer foi regente residente
Butterfly no Teatro Municipal de Santiago.
do Teatro Municipal de Santiago de
RODOLFO
FISCHER
1998 a 2002, onde regeu concertos,
Recentemente, regeu A Voz Humana
turnês e as temporadas de verão. Seu
de Poulenc com a Orquestra Sinfônica
trabalho em ópera tem recebido grande
Brasileira; Jenufa de Janacek com a
reconhecimento, em especial pelos mais
Cia Buenos Aires Lírica; Carmina Burana
de vinte títulos que dirigiu em Santiago.
de Orff e um concerto com obras de
Em 2012 regeu duas óperas de Mozart –
compositores colombianos com a
uma nova produção de Don Giovanni
Sinfônica Nacional da Colômbia.
no Teatro Municipal de Santiago e
Idomeneo no Theatro Municipal de
Rodolfo Fischer é formado em regência
São Paulo, palco onde havia debutado
orquestral pelo Curtis Institute of
com êxito em 2008 regendo Falstaff
Music da Filadélfia, como aluno
de Verdi. Sobre Don Giovanni, disse o
do professor Otto Werner Muller.
jornal El Mercurio: “Rodolfo Fischer (...)
Formou-se também com distinção pela
dirige com imperiosa segurança –
Faculdade de Artes da Universidade
sem ler a partitura –, com inteligente
do Chile e estudou piano em Nova
riqueza de matizes e intensidade que
York com o pianista Richard Goode.
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FOTO: ADRI ÁN MARI OT T I
Luis Ascot, professor honorário do
Buenos Aires. Em 1995 realizou extensa
Conservatório de Música de Genebra,
turnê pela Índia e em 2007 pela China.
Suíça, começa seus estudos de piano
aos cinco anos com Poldi Mildner em
Intérprete privilegiado e amigo pessoal
Buenos Aires, sua cidade natal. Em
do compositor argentino Alberto
seguida, estuda com Guiomar Novaes,
Ginastera, Luis Ascot vem difundindo a
Magdalena Tagliaferro e Jacques Klein
sua música e tem obtido reconhecimento
no Rio de Janeiro, Brasil, país onde
da crítica pela interpretação da obra
residiu durante oito anos. Em 1971,
para piano solo e do Primeiro Concerto
transfere-se para Genebra com bolsa de
para Piano e Orquestra de Ginastera.
estudos do governo suíço para trabalhar
com Harry Datyner. Em 1973, obtém
Em 2003, quando se completaram vinte
o Primeiro Prêmio de Virtuosidade
anos do seu falecimento, Ascot realizou
e o Prêmio Paderewski, dados pelo
concertos em países da Europa e da
Conservatório de Música da cidade.
América. Em 2008, foi escolhido pela
Orquestra Filarmônica de Buenos Aires
Seus mestres, Moriz Rosenthal,
como solista do Primeiro Concerto
Theodor Szántó, Isidor Philipp e
para Piano de Alberto Ginastera nas
Edwin Fischer, descendentes diretos
comemorações do centenário do Teatro
de pianistas da escola de Franz Liszt
Colón. Nesse mesmo ano, interpretou o
e de Ferruccio Busoni, deram a Luis
Concerto no Festival de Miami, Estados
Ascot rigor na leitura musical e a
Unidos, em homenagem aos 25 anos
necessária liberdade para encontrar
da morte do compositor argentino.
sua própria personalidade.
LUIS
ASCOT
O ano de 2016 marcará novamente sua
Luis Ascot foi premiado em concursos
participação nas diferentes homenagens
na Argentina, no Brasil e em
a Ginastera, por ocasião do centenário
competições internacionais. Sua
do seu nascimento. Já está programada
carreira levou-o a cenários como o
sua apresentação com a Orquestra
Conservatório Real de Música de
Filarmônica de Buenos Aires, no Teatro
Bruxelas, Victoria Hall de Genebra,
Colón, bem como com a Filarmônica de
Concertgebouw de Amsterdã, Tonhalle
Minas Gerais, Brasil, de Bogotá, Colômbia
de Zurique, Wigmore Hall de Londres,
e México, entre outras. Também estão
Carnegie Hall e Hunter College
marcados recitais dedicados ao compositor
de Nova York, Kennedy Center de
na América do Sul, Estados Unidos e
Washington, DC, a Sala da Assembleia
Europa, especialmente na cidade de
das Nações Unidas em Genebra e a da
Genebra, onde Ginastera viveu seus
Unesco em Paris, o Palácio de Belas
últimos anos e descansa no Cemitério
Artes do México e o Teatro Colón de
dos Reis, junto a Jorge Luis Borges.
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Maurice
RAVEL
seus cantos, nos violinos e na flauta.
A caminhada continua, até que a luz
da casa se revela no último acorde,
França, 1875 – 1937
dissipando a angústia e a escuridão.
MAMÃE GANSA: SUÍTE (1911)
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês,
2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote,
2 trompas, tímpanos, percussão, harpa,
celesta, cordas.
16 min
Na peça de Mme. d’Aulnoy, Feinha,
Imperatriz dos Pagodes, a princesinha
As obras orquestrais constituem um dos aspectos mais fascinantes da
oriental apresenta sua orquestra de
criação de Ravel. Filho de um engenheiro apaixonado pela Mecânica,
porcelana tocando instrumentos de nozes
o compositor herdou do pai o amor pelo detalhe, pela miniatura, pela
e conchas. Mas que riqueza de sonoridades!
precisão artesanal do trabalho bem feito (de “um relojoeiro suíço”,
A marchinha usa o modo pentatônico,
como diria Stravinsky). A orquestra, para esse gênio das sonoridades,
e a melodia emprega apenas notas que
tornou-se o meio mais adequado de expressão.
correspondem às teclas pretas do piano.
Justamente famosas são também as transcrições que Ravel realizou
Em As conversas da Bela e da Fera,
de partituras originalmente destinadas ao piano, sobre obras próprias
retiradas do conto da Condessa de
ou de outros compositores. Nesse processo, Ravel reconsidera o
Beaument, a orquestração de Ravel
material inicial pensando-o em termos orquestrais, submetendo-o
caracteriza a Bela com o encantador
a uma segunda gênese, tão original como se fora uma nova obra.
tema do clarinete, em ritmo de valsa:
PARA OUVIR
CD Ravel – Boléro; Ma mere l’oye;
Daphnis et Chloé; Valses nobles et
sentimentales – Czecho-Slovak Radio
Symphony Orchestra – Kenneth Jean,
regente – Naxos, Alemanha – 1989
PARA ASSISTIR
Orquestra Filarmônica da Rádio da
Holanda – Edward Gardner, regente
Acesse: fil.mg/rgansa
PARA LER
Vladimir Jankélévitch – Ravel – Coleção
Solfèges – Éditions du Seuil – 1972
— Quando eu penso em seu
Os cinco contos de fadas de Ma mère l’oye foram escritos para piano a
coração, você não me parece feio.
quatro mãos em 1908 e orquestrados três anos depois. O título Mamãe
Gansa refere-se ao livro homônimo de contos de fadas do famoso
A Fera responde com a voz
Charles Perrault, ao qual pertencem as duas primeiras peças da suíte.
soturna do contrafagote:
— Sou um monstro; mas morrerei feliz,
Graves contrabaixos preparam o início da Pavana da Bela
já que tive a alegria de te conhecer.
Adormecida na Floresta. O ritmo lento dessa antiga dança, embalado
— Você não morrerá!
por um longínquo carrilhão, serve de acalanto para a princesa.
Seus doces sonhos evoluem sobre uma melodia transparente,
Após um crescendo que se estanca
iluminada pela flauta e depois pelo clarinete. O misterioso clima
bruscamente, o glissando da harpa
medieval acentua-se com o emprego do antigo modo eólico.
anuncia a quebra do sortilégio –
sob os traços do monstro, estava
No conto seguinte, o Pequeno Polegar vagueia no centro da floresta
escondido um Príncipe Encantado.
ameaçadora. Ele acreditava achar facilmente o caminho de casa, pois o
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PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS
marcara com pedacinhos de pão. Mas os pássaros comeram as migalhas.
No movimento final da suíte, a Bela
Acompanhando as hesitações do personagem, os violinos tocam uma
Adormecida desperta com o beijo de seu
sequência de colcheias em terças, através de constantes mudanças de
príncipe. O casal é conduzido ao esplendor
compasso (2/4, 3/4, 4/4, 5/4). A melodia confiada ao oboé e, depois,
de O Jardim das Fadas, que eles percorrem
ao corne inglês, parece andar a esmo. Os passarinhos fazem ouvir
apaixonados, até a fascinante apoteose final.
Pianista, Doutor em Letras, professor
na UEMG, autor dos livros Músico, doce
músico e O grão perfumado – Mário de
Andrade e a arte do inacabado. Apresenta
o programa semanal Recitais Brasileiros,
pela Rádio Inconfidência.
13
Alberto
G
GINASTERA
INSTRUMENTAÇÃO
Argentina, 1916 – Suíça, 1983
foi a versão dessa tocata pela banda
CONCERTO PARA PIANO Nº 1, OP. 28 (1961)
26 min
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês,
requinta, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes,
contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes,
3 trombones, tuba, tímpanos, percussão,
celesta, harpa, cordas.
de rock progressivo britânica Emerson,
Lake & Palmer, realizada em 1973
com aprovação do próprio compositor:
“nunca ninguém tinha sido capaz
Quem espera ouvir no Concerto para piano nº 1 do compositor
de capturar a minha música dessa
argentino Alberto Ginastera uma obra típica do gênero piano e orquestra
forma. Assim é como eu imaginei”.
surpreende-se. Ainda que a primeira aparição do solista, em vigorosa
Ginastera acreditava que o artista cria
cascata de oitavas, remeta às marcantes introduções dos concertos de
o belo quando é transfigurado através
Schumann, Grieg e Rachmaninov, quaisquer analogias com outras obras
do impulso da criação e compartilha
do gênero se encerram por aí. Na obra de Ginastera, a soma das notas
em seu trabalho elementos pessoais
dos três acordes orquestrais que prenunciam o piano dão os doze tons da
e elementos da humanidade. Só
série dodecafônica: base estrutural das dez microvariações que formarão
assim a arte torna-se translúcida
o primeiro movimento. Tal complexidade, no entanto, não intervém
e clara: “torna-se universal”.
negativamente na força comunicativa da obra. Para delimitar onde se
encerra o tema e iniciam-se as variações, basta perceber o primeiro
O Concerto para piano nº 1 não é a
solo do piano, lento e dolcissimo: a primeira variação. Na coda, os
primeira obra para piano e orquestra
elementos temáticos iniciais ressurgem mais agressivamente, concluindo
do compositor: aos dezenove anos ele
o movimento. Os três movimentos seguintes são uma ampliação da
compôs o Concierto Argentino para
Sonata para piano nº 1 de Ginastera, escrita quase dez anos antes,
Piano e Orquestra, que ainda permanece
uma das obras mestras do repertório moderno latino-americano.
desconhecido. Comissionado pela
PARA OUVIR
CD Nissman plays Ginastera – The Three
Piano Concertos – Michigan University
Symphony Orchestra – Kenneth Kiesler,
regente – Barbara Nissman, piano –
Pierian Recording Society – 2013
Orquestra Sinfônica de Chicago – Leonard
Slatkin, regente – Barbara Nissman, piano
Acesse: fil.mg/gpiano1
PARA LER
Deborah Schwartz-Kates –
Alberto Ginastera: A Research and
Information Guide – Routledge – 2010
Fundação Koussevitzky, o Concerto
O segundo movimento, sugestivamente batizado Scherzo allucinante,
para piano nº 1 foi estreado a 22 de
é delicado e fantasmagórico. O universo irreal prossegue no
abril de 1961, durante o 2º Festival
terceiro movimento, Adagissimo, iniciado por solo de viola.
Interamericano de Música de Washington.
A melodia do piano, flexível, pontilhada em grandes intervalos,
A execução ficou a cargo do pianista
dá lugar a uma inusitada citação: um pasticho do movimento
brasileiro João Carlos Martins e da
lento do Quarto Concerto para Piano de Beethoven.
Orquestra Sinfônica Nacional de
Washington, sob a regência de Howard
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O quarto movimento, uma tocata em forma rondó, remete às obras
Mitchell. Na semana seguinte, o Festival
para piano iniciais de Ginastera, nas quais misturava ritmos gaúchos
acolheu a estreia da Cantata para
argentinos e melodias folclóricas, com clara influência de Bartók e
América Mágica de Ginastera, outro
Stravinsky. O movimento é baseado no malambo, dança típica dos
estrondoso sucesso que impulsionou
pampas argentinos em que um homem sapateia sob o rasguear do violão.
a fama do brilhante compositor
Prova da conexão da música de Ginastera com sua contemporaneidade
argentino na cena internacional.
MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre
em Piano pela Universidade Federal de
Minas Gerais, professor na Universidade
do Estado de Minas Gerais.
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Bedrich
SMETANA
INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes,
2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,
3 trombones, tuba, tímpanos,
percussão, harpa, cordas.
Boêmia, atual República Tcheca, 1824 – 1884
O MOLDÁVIA (1874)
15 min
MaVlast foi composto entre 1874
e 1879, quando a saúde mental do
Costuma-se considerar as ditas Escolas Nacionais, que surgem a partir
compositor se encontrava em declínio.
da segunda metade do século XIX, como espécies de derivações do
Embora seja um ciclo de seis obras,
Romantismo. Seria mais genuíno, porém, observá-las como suas
cada uma delas foi concebida como
herdeiras. O fato é que, se Liszt e Wagner levaram o Romantismo a
uma peça autônoma. O Moldávia foi
um ponto tão extremo que só a descoberta de novos caminhos seria a
composto em 1874 e estreado no ano
alternativa possível, isso abre a porta para um movimento de renovação
seguinte, sob a batuta de Adolf Cech.
nacional que se estende à maior parte dos países europeus (e, um pouco
mais tarde, para além deles). Nesse ponto, a História da música se
É sabido que o poema sinfônico,
alinha à História política, e a tomada de consciência de identidades
como em Liszt e, mais tarde,
nacionais e de sentimentos patrióticos faz da música europeia menos
Richard Strauss, baseia-se em um
cosmopolita e mais multinacional. A hegemonia impositiva das músicas
argumento literário. O Moldávia
alemã e italiana gera uma reação que buscará na singularidade sua
foge à regra. O próprio rio é o mote
válvula de escape. As Escolas Nacionais encontram essa singularidade
do compositor, que o pinta desde suas
na emancipação de modalismos regionais e na assimilação de
nascentes, passando por suas corredeiras
características específicas das suas respectivas tradições musicais: ritmos,
até o seu desaguar no rio Elba.
PARA OUVIR
CD Smetana – MaVlast – Orquestra
Sinfônica de Boston – Rafael Kubelik,
regente – Deutsche Grammophon – 1990
PARA ASSISTIR
Orquestra de Câmara da Europa –
Nikolaus Harnoncourt, regente
Acesse: fil.mg/smoldavia
PARA LER
R. P. Suermondt – Smetana and Dvorák –
Sidgwick & Jackson – s/d
escalas, melodias tradicionais e certos gêneros ou estilos instrumentais.
Fundamentadas em um folclore vivo, essas escolas seguem
O tema principal da obra, baseado em
caminhos próprios e independentes e, devidamente consolidadas,
uma antiga canção folclórica tcheca
não sucumbirão à pressão que virá, mais tarde, do Expressionismo
(reelaborada pelo compositor), tem
alemão, de um lado, ou da música revolucionária de Debussy e Ravel,
uma grande similaridade com a melodia
de outro. É nesse contexto que surge a figura de Bedrich Smetana.
do hino nacional de Israel. Há quem
diga que um tenha servido de base
16
Smetana deixou um legado tão significativo que fez da escola
para o outro. O fato, porém, é que os
tcheca continuamente fecunda, ao contrário de outras correntes
modalismos das tradições musicais de
nacionais (como a húngara), que sofreram um eclipse, até se
ambos os povos possuem elementos
renovarem pelos ares do século XX. Suas oito óperas foram
comuns. O Moldávia é, sem dúvida,
definitivas para consolidar a linguagem que seus compatriotas iriam
uma das obras mais conhecidas e
lapidar e desenvolver. De sua música sinfônica, sua obra-prima é
executadas de Smetana. Com razão!
sem dúvida o ciclo de seis poemas sinfônicos intitulado MaVlast
Ele é uma bela amostra das origens
(Minha Pátria), dentre os quais destaca-se o segundo: Vltava, mais
dessa Escola Nacional que ainda hoje
conhecido pelo seu nome em alemão: Die Moldau (O Moldávia).
mantém frescor e fecundidade.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e
cravista, Doutor em Literaturas de Língua
Portuguesa, professor da Universidade do
Estado de Minas Gerais e da Fundação de
Educação Artística.
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Béla
BARTÓK
Hungria, 1881 – Estados Unidos, 1945
INSTRUMENTAÇÃO
O regato mantém o Príncipe afastado,
ameaçando-o com a dança das
águas. Anunciadas nas madeiras e
nas cascatas da harpa e da celesta, as
O PRÍNCIPE DE MADEIRA, OP. 13: SUÍTE
(1914/1917, revisada em 1932)
25 min
ondas em tumulto formam violento
2 piccolos, 4 flautas, 4 oboés,
2 cornes ingleses, requinta, 4 clarinetes,
clarone, 4 fagotes, 2 contrafagotes,
4 trompas, 6 trompetes, 3 trombones, tuba,
2 saxofones, tímpanos, percussão,
2 harpas, celesta, cordas.
agitato da orquestra. Despojado e
desprezado, o rapaz se desespera.
PARA OUVIR
Bartók compôs o balé O Príncipe de Madeira logo depois da ópera
O Castelo do Barba Azul, entre 1914 e 1916, período em que, na Hungria,
Diante de tamanha tristeza, finalmente,
a população ressentia-se do confinamento imposto pela Primeira Guerra.
a Fada se comove. Ela, então, ordena
Nas duas obras ele contou com a parceria do poeta Béla Balazs, que
que toda a Natureza devolva ao
as concebeu como soturnas fábulas simbolistas. No caso da ópera, os
Príncipe a antiga beleza, coroando-o
autores tiveram o suporte da lenda bastante conhecida do Barba Azul;
de flores como Rei do Bosque.
porém, o libreto e a música do balé foram considerados muito sombrios
para uma simples fantasia coreográfica. Mais tarde, Bartók extraiu
Por outro lado, o mecanismo do
do bailado uma suíte de orquestra. A instrumentação exuberante
manequim se altera e seus movimentos
privilegia os instrumentos de percussão (sobretudo o papel solista do
tornam-se grotescos. A Dança da
xilofone) e traz a curiosidade tímbrica de uma celesta a quatro mãos.
princesa e do príncipe de madeira
CD Bartók – The Wooden Prince; Cantata
Profana – Chicago Symphony Orchestra &
Chorus – Pierre Boulez, regente – Deutsche
Grammophon, CD 435863 – 1992
Orquestra Sinfônica de Londres – Antal
Doráti, regente | Acesse: fil.mg/bmadeira
PARA LER
Pierre Citron – Bartók – Coleção Solfèges –
Éditions du Seuil – 1963
possui novidades tímbricas, rusticidade
O Prelúdio constrói um crescendo a partir do quase inaudível
e bastante complexidade rítmica.
pianissimo nos contrabaixos e tímpanos e, como um amanhecer,
Ao final, a Princesa o rejeita.
descortina o cenário – dois castelos, separados por densa floresta e
um regato. No primeiro castelo, aos cuidados de uma Fada, vive a
Cheia de admiração, ela percebe o
Princesa. Do outro, o Príncipe observa-a a dançar no bosque.
esplendor do verdadeiro Príncipe.
Mas, para encontrá-lo, deverá suplantar
18
A dança da princesa apresenta um tema irônico do clarinete, ao qual
os mesmos obstáculos que ele antes
se contrapõem as flautas, sobre os dedilhados das cordas. O Príncipe
havia enfrentado – a floresta, as águas
apaixonado tenta aproximar-se. Mas, por ordem da Fada, as árvores se
turbulentas, até o sacrifício da própria
opõem à sua passagem. Sustentada pelos tímpanos, A dança da floresta,
beleza. Só assim ela se tornará digna
de caráter impressionista, cria grande agitação e conduz a um violento
de seu amor. Cheio de compaixão, o
tutti. As árvores só se acalmam com as notas encantadas da harpa.
Príncipe enfim abraça a Princesa.
Para chamar a atenção da Princesa, o Príncipe cria um sósia de
No Epílogo, a Natureza retoma seu
PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS
madeira ornamentando seu cajado com a coroa, o manto e seus
aspecto aprazível em notas sustentadas
próprios cabelos. Canto de trabalho do príncipe. A Fada dá vida
por madeiras e cordas. Sobre os
a esse manequim, cujo tema é caracterizado nos pizzicatos das
arpejos da harpa, a orquestra se
cordas col legno e pelo importante desempenho do xilofone.
cala em clima de paz e felicidade,
O boneco entalhado logo conquista o coração da curiosa Princesa.
de volta à tonalidade original.
Pianista, Doutor em Letras, professor
na UEMG, autor dos livros Músico, doce
músico e O grão perfumado – Mário de
Andrade e a arte do inacabado. Apresenta
o programa semanal Recitais Brasileiros,
pela Rádio Inconfidência.
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FOTO: AL E XAN DRE RE Z E N DE
Construir um mundo melhor a partir da educação e da cultura: esse é o
intuito da Supermix ao apoiar as palestras dos Concertos Comentados
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
E olha que de construção a gente entende bastante.
Orquestra
Filarmônica de
Minas Gerais
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
GOVERNADOR DO ESTADO
DE MINAS GERAIS
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA
DE MINAS GERAIS
Fernando Damata Pimentel
Angelo Oswaldo de Araújo Santos
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO
DE MINAS GERAIS
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO
DE CULTURA DE MINAS GERAIS
Antônio Andrade
João Batista Miguel
Instituto Cultural Filarmônica
Marcos Arakaki
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
PRIMEIROS VIOLINOS
Anthony Flint – Spalla
Rommel Fernandes –
Spalla Associado
Ara Harutyunyan –
Spalla Assistente
Ana Zivkovic
Arthur Vieira Terto
Bojana Pantovic
Dante Bertolino
Hyu-Kyung Jung
Joanna Bello
Matheus Braga
Roberta Arruda
Rodrigo Bustamante
Rodrigo M. Braga
Rodrigo de Oliveira
VIOLONCELOS
TROMPAS
GERENTE
Philip Hansen *
Felix Drake ***
Camila Pacífico
Camilla Ribeiro
Eduardo Swerts
Emilia Neves
Eneko Aizpurua Pablo
Lina Radovanovic
Robson Fonseca
Alma Maria Liebrecht *
Evgueni Gerassimov ***
Gustavo Garcia Trindade
José Francisco dos Santos
Lucas Filho
Fabio Ogata
Jussan Fernandes
Conselho
Administrativo
INSPETORA
PRESIDENTE EMÉRITO
TROMPETES
Débora Vieira
CONTRABAIXOS
Nilson Bellotto ****
Marcelo Cunha
Marcos Lemes
Pablo Guiñez
Rossini Parucci
Walace Mariano
SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer *
Leonidas Cáceres ***
Gideôni Loamir
Jovana Trifunovic
Luka Milanovic
Martha de Moura Pacífico
Radmila Bocev
Rodolfo Toffolo
Tiago Ellwanger
Valentina Gostilovitch
Thiago Mello *****
João Paulo Machado *****
FLAUTAS
Cássia Lima *
Renata Xavier ***
Alexandre Braga
Elena Suchkova
João Carlos Ferreira *
Roberto Papi ***
Flávia Motta
Gerry Varona
Gilberto Paganini
Juan Díaz
Katarzyna Druzd
Luciano Gatelli
Marcelo Nébias
Nathan Medina
Mark John Mulley *
Diego Ribeiro **
Wagner Mayer ***
Renato Lisboa
TUBA
Eleilton Cruz *
Alexandre Barros *
Ravi Shankar ***
Israel Muniz
Moisés Pena
Patricio Hernández
Pradenas *
HARPA
FAGOTES
Catherine Carignan *
Victor Morais ***
Andrew Huntriss
Francisco Silva
SAXOFONES
Douglas Braga *****
Robson Saquett *****
ARQUIVISTA
Ana Lúcia Kobayashi
ASSISTENTES
Claudio Starlino
Jônatas Reis
SUPERVISOR DE
MONTAGEM
Rodrigo Castro
André Barbosa
Hélio Sardinha
Jeferson Silva
Klênio Carvalho
Risbleiz Aguiar
Giselle Boeters *
TECLADOS
Ayumi Shigeta *
PRESIDENTE
Roberto Mário Soares
Angela Gutierrez
Berenice Menegale
Bruno Volpini
Celina Szrvinsk
Fernando de Almeida
Ítalo Gaetani
Marco Antônio Pepino
Mauricio Freire
Mauro Borges
Octávio Elísio
Paulo Brant
Sérgio Pena
Diretoria
Executiva
DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira
PERCUSSÃO
Rafael Alberto *
Daniel Lemos ***
Sérgio Aluotto
Werner Silveira
Felipe Kneipp *****
Jacques Schwartzman
CONSELHEIROS
MONTADORES
TÍMPANOS
Marcus Julius Lander *
Jonatas Bueno ***
Ney Franco
Alexandre Silva
ASSISTENTE
ADMINISTRATIVA
TROMBONES
OBOÉS
CLARINETES
VIOLAS
Marlon Humphreys *
Érico Fonseca **
Daniel Leal ***
Tássio Furtado
Adenilson Telles *****
Jorge Scheffer *****
Karolina Lima
DIRETOR
ADMINISTRATIVOFINANCEIRO
Estêvão Fiuza
RAVEL
Editor: Edition Durant-
Salabert-Eschig
Representante: Melos
Ediciones Musicales
S. A., Buenos Aires
DIRETORA DE
COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães
Ferreira
DIRETOR DE
PRODUÇÃO MUSICAL
Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE
COMUNICAÇÃO
Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE
PRODUÇÃO MUSICAL
ASSISTENTE DE
MARKETING DE
RELACIONAMENTO
Eularino Pereira
ASSISTENTE DE
PRODUÇÃO
Equipe
Administrativa
GERENTE
ADMINISTRATIVOFINANCEIRA
ASSESSORA DE
PROGRAMAÇÃO
MUSICAL
Ana Lúcia Carvalho
ANALISTAS
ADMINISTRATIVOS
João Paulo de Oliveira
Paulo Baraldi
Marciana Toledo
(Publicidade)
Mariana Garcia
(Multimídia)
Renata Gibson
Renata Romeiro
(Design gráfico)
ANALISTA CONTÁBIL
ANALISTA DE
MARKETING DE
RELACIONAMENTO
Cristiane Reis
Mônica Moreira
Bruno Rodrigues
MENOR APRENDIZ
Mirian Cibelle
Sala Minas
Gerais
GERENTE DE
INFRAESTRUTURA
GERENTE DE
OPERAÇÕES
Jorge Correia
PRODUTORES
ANALISTAS DE
COMUNICAÇÃO
MENSAGEIRO
Renato Bretas
GERENTE DE
RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva
Luis Otávio Rezende
Narren Felipe
Ailda Conceição
Márcia Barbosa
Rildo Lopez
Claudia da Silva
Guimarães
Carolina Debrot
AUXILIARES DE
SERVIÇOS GERAIS
Graziela Coelho
TÉCNICO DE ÁUDIO E
ILUMINAÇÃO
Mauro Rodrigues
TÉCNICO DE
ILUMINAÇÃO E ÁUDIO
Rafael Franca
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Flaviana Mendes
ASSISTENTE
OPERACIONAL
ASSISTENTE
ADMINISTRATIVA
Rodrigo Brandão
ASSISTENTE DE
RECURSOS HUMANOS
Vivian Figueiredo
FORTISSIMO abril
ANALISTAS DE
DIRETORA DE
MARKETING E PROJETOS MARKETING E
PROJETOS
Zilka Caribé
RECEPCIONISTA
AUXILIAR
ADMINISTRATIVO
Godinho Delgado
Representante: Universal
DIRETOR DE
OPERAÇÕES
Edition AG
Ivar Siewers
Pedro Almeida
Berenice Menegale
GINASTERA
Representante: Boosey
& Hawkes, Inc.
BARTÓK
* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado
Itamara Kelly
Mariana Theodorica
Ilustrações: Mariana Simões
Lizonete Prates Siqueira
nº 6 / 2016
ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina
EDIÇÃO DE TEXTO
23
FILARMÔNICA ONLINE
PARA APRECIAR UM CONCERTO www.filarmonica.art.br
VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE
E FORA DE SÉRIE
VENDA DE INGRESSOS
Buscando ampliar a efetiva ocupação
da Sala Minas Gerais, os ingressos para
as séries Concertos para a Juventude e
Fora de Série começarão a ser vendidos
um mês antes do dia de cada apresentação.
Anote as datas abaixo e programe-se para,
um mês antes, comprar o seu ingresso.
Concertos para a Juventude
domingo, 11h
24 ABR Danças
29 MAI Poemas sinfônicos
03 JUL Forma sonata
07 AGO Forma ABA
16 OUT Formas livres
20 NOV Tema e variações
Fora de Série — Mozart
sábado, 18h
14 MAI Tudo em família
18 JUN Sinfonias
23 JUL Rivais e contemporâneos
20 AGO Ópera aguarde informações
1º OUT Música incidental
29 OUT Na corte
10 DEZ Último capítulo aguarde informações
Os ingressos estarão disponíveis na
bilheteria da Sala Minas Gerais e em
filarmonica.art.br/ingressos/.
CONCERTOS
2 / abr, 18h
Mozart — Concertos
7 e 8 / abr, 20h30
Gomes, Haydn,
Chopin, Tchaikovsky
14 e 15 / abr, 20h30
Ravel, Ginastera,
Smetana, Bartók
24 / abr, 11h
CONCERTOS COMENTADOS
abr
FORA
DE SÉRIE
ALLEGRO
VIVACE
Agora você pode assistir a palestras sobre
temas dos concertos das séries Allegro,
Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem
na Sala de Recepções, à esquerda do
foyer principal, das 19h30 às 20h, para
as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOS
Após o concerto, caso queira
cumprimentar os músicos e convidados,
dirija-se à Sala de Recepções.
PRESTO
VELOCE
ESTACIONAMENTO
JUVENTUDE
Danças — Dvorák, Mozart,
Brahms, Copland, Chopin, Borodin,
Guarnieri, J. Strauss Jr., Marquez
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada
aos sistemas nacionais e internacionais de
catalogação. Elaborado com a participação
de especialistas, ele oferece uma
oportunidade a mais para se conhecer
música. Desfrute da leitura e estudo.
Mas, caso não precise dele após o
concerto, por favor, devolva-o nas caixas
receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível
no formato digital em nosso site
www.filarmonica.art.br.
Para seu conforto e segurança, a
Sala Minas Gerais possui estacionamento,
e seu ingresso dá direito ao preço especial
de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE
CONVERSA
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
APARELHOS CELULARES
CRIANÇAS
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace,
Presto, Veloce, Fora de Série
• Concertos para a Juventude
• Clássicos na Praça
• Concertos Didáticos
• Festival Tinta Fresca
• Laboratório de Regência
• Turnês estaduais
• Turnês nacionais e internacionais
• Concertos de Câmara
FOTOS E GRAVAÇÕES
EM ÁUDIO E VÍDEO
COMIDAS E BEBIDAS
28 e 29 / abr, 20h30
Satie, Dutilleux,
Bizet, Debussy
ALLEGRO
VIVACE
Veja detalhes em filarmonica.art.br/
concertos/agenda-de-concertos.
Visite filarmonica.art.br/
filarmonica/sobre-a-filarmonica e
conheça cada uma delas.
Uma vez iniciado um concerto, qualquer
movimentação perturba a execução da
obra. Seja pontual e respeite o fechamento
das portas após o terceiro sinal. Se tiver
que trocar de lugar ou sair antes do final da
apresentação, aguarde o término de uma peça.
Confira e não se esqueça, por
favor, de desligar o seu celular ou
qualquer outro aparelho sonoro.
Não são permitidas durante os concertos.
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras.
Veja no programa o número de
movimentos de cada uma e fique de
olho na atitude e gestos do regente.
A experiência do concerto inclui o encontro
com outras pessoas. Aproveite essa troca
antes da apresentação e no seu intervalo,
mas nunca converse ou faça comentários
durante a execução das obras. Lembre-se
de que o silêncio é o espaço da música.
Caso esteja acompanhado por criança,
escolha assentos próximos aos corredores.
Assim, você consegue sair rapidamente
se ela se sentir desconfortável.
Seu consumo não é permitido no
interior da sala de concertos.
TOSSE
Perturba a concentração dos músicos
e da plateia. Tente controlá-la com
a ajuda de um lenço ou pastilha.
25
MANTENEDOR
APOIO INSTITUCIONAL
DIVULGAÇÃO
REALIZAÇÃO
SALA MINAS GERAIS
Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG
(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
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