Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
i
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXII, Nº 495
Montalegre, 16.06.2016
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Noticias de
45.o Aniversário da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Boticas
Boticas esteve em festa assinalando o 45.o
aniversário dos «Soldados da Paz».
Além das cerimónias usuais, os Bombeiros
receberam
duas
preciosas
prendas,
duas
ambulâncias, uma das quais ofertada pela Iberdrola.
Vergonhoso crime
ambiental em Montalegre
P13
Casa do Cerrado epicentro de nobres
gerações
Barroso da Fonte conclui hoje a série de
trabalhos que apresentou aos nossos leitores acerca
da Casa do Cerrado, por sinal carregada de história
de que muito se deve orgulhar a nossa terra. Um
sensibilizado agradecimento do director do NB por
mais este contributo em prol da história de Barroso.
P3
4II “Pisões Carp Classic” teve grande
sucesso
De acordo com as informações recolhidas
a «Pisões carp Classic» esteve bem acima das
melhores expectativas. Os aficionados quase todos
vindos de fora da região não se cansaram de tecer
elogios à organização e sobretudo às condições que
a albufeira dos Pisões oferece.
P15
Chega do boi do povo de Viade
As Chegas de bois fazem parte da génese do povo
barrosão que, nos séculos passados, passavam por
ser os maiores e mais apreciados acontecimentos da
região. Para memória futura, se vai dar conhecimento
de mais uma chega que houve em Viade de Baixo e
da autoria do Dr. António Leal do Paço a quem se
agradece a sua prestimosa colaboração.
P4
Barroseilandia
Se o leitor viu o filme «O Padrinho» de Francis
Ford Copolla tem aqui uma excelente réplica que o
vai fazer sorrir. Os que nunca viram este excelente
filme, têm neste artigo uma boa oportunidade de
ficar com a ideia do que é um ditador que tudo quer
controlar à sua volta, até o ar que se respira.
P5
Do lado nor-nordeste da pista
de Rallycross, a Câmara Municipal
de Montalegre está a depositar
toda a espécie de lixos tal como
a imagem bem documenta. Tratase dum crime ambiental praticado
por quem tem a missão de zelar e
defender o ambiente por forma a se
preservar o futuro do planeta.
O caso é tanto mais grave
quanto se sabe que a autarquia
incentiva os particulares a depositar
ali os lixos. Depois, numa acção de
aparente zelo, queima esses lixos e
Os Encontros de (Des)
Educação de Basto e Barroso
Não estiveram bem os Encontros de Educação Basto e Barroso. Manuel Ramos, professor universitário,
esteve presente e atento às matérias expostas de extraordinário interesse para a educação em Portugal. No sua
crónica habitual Política Municipal vista de fora, no artigo «Ripadas no Dia do Município» relata-nos alguns
aspectos ali focados e também se refere a cenas tristes praticadas pelos responsáveis da Câmara Municipal e
pelo partido socialista. Faltar ao respeito a quem se convida para vir à nossa terra e, ainda por cima, faltar ao
respeito a um governante é miserável. O leitor veja o que se passou e tire conclusões.
(Ver excertos do discurso de Paulo Alves na P14)
Barrosão de Tourém condecorado
António Tecelão de Sousa foi, no dia 9 de Junho
A Pedra de armas da Fonte do castelo
condecorado pelo Comandante do RI 19, de Chaves, na
O Dr. João Soares Tavares, autêntico barroso
adoptivo, não pára de nos surpreender.
Desta vez, estudou a pedra de armas da fonte do
Castelo e concluiu que não são as de D. Afonso III.
P9
de seguida serve-se das máquinas
para esconder tal vergonha. O caso
que reveste contornos de crime
contra a saúde pública vai ser
presente ao Ministério Público para
que tome as medidas que julgue
adequadas. (Ver última página)
cerimónia do «Juramnento de bandeira» desta unidade militar.
O acto ocorreu na Praça Camões e, além das autoridades
locais, teve a presença de muitos flavienses que assistiram à
parada militar.
2
Barroso
Noticias de
TOURÉM
A morte de Amadeu Barqueiro
Faleceu, no dia 12 de Maio, Amadeu Pires Barqueiro,
que era natural de Tourém e, desde há muitos anos fixara
residência em Lisboa. Amadeu Barqueiro fez a sua vida
profissional na capital mas, sempre que podia, vinha à sua
Tourém onde tem uma boa residência adquirida ao Estado
pois que, noutros tempos, fora Quartel da Guarda Fiscal desta
conhecida terra raiana.
Amadeu tinha com o irmão Manuel, mais conhecido
por «Necas» uma relação que ia além da familiaridade. Dois
irmãos muito amigos com total e absoluta confiança um no
outro. Eles eram um verdadeiro exemplo
do que deve ser o relacionamento entre
irmãos. Amadeu, mais velho, chegou
a ser gestor de alguns negócios do
irmão «Necas» que reside na cidade
de Goiânia, do Brasil, e tem interesses
também e sobretudo em S. Paulo.
Quando em Portugal era necessário
resolver alguma coisa, o irmão Amadeu
era sempre o primeiro a ser contactado.
Por isso que a morte de Amadeu foi
dolorosa demais para o Necas, tal como este o demonstrou
no dia do funeral, inconsolável perante os muitos seus amigos
que em vão tentavam consolá-lo. Na companhia do filho
Cláudio que muito o ajudou neste transe, Necas regressou ao
Brasil mais pobre porque perdeu o seu maior amigo.
SIDRÓS – FERRAL
Festa da Ponte da Misarela
A Junta de Freguesia de Ferral organiza a 2 de Julho a
Festa da Ponte da Misarela, que se situa em Sidrós, desta
freguesia de Ferral, nos limites do concelho de Montalegre
com o de Vieira do
Minho.
O programa da
Festa começa logo
pelas 9H00 com uma
caminhada pelo trilho
da Misarela. Detarde, a
partir das 14H00 abre
a já tradicional Feirinha
Medieval da Misarela
acompanhada por dois
grupos musicais.
Mas, o espectáculo
começa a animar a
partir das 21H30 com a
descida para a Ponte do
Diabo a que se seguem
representações alusivas
às lendas que se contam
sobre a mítica Ponte da
Misarela.
O grupo musical L&S e o Dj White Lewis completam a
Festa pelo resto da noite adiante.
16 de Junho de 2016
seus projectos, etc. Está ali um exemplo a seguir.
Fiquei agradado com o que vi, dou os parabéns a todos
e agradeço a amabilidade do trato daquela gente boa e
prometo lá voltar.
C de Moura
MONTALEGRE
EM 508, de Montalegre a Meixide
A rectificação da estrada municipal nº 508, de
Montalegre a Meixide, foi entregue, na última reunião, à
firma de José Moreira Fernandes & Filhos, mais conhecida
entre nós por “Matos”. Desta decisão do executivo poderá
haver reclamação da parte de algum concorrente.
A obra orçada em cerca de 5 milhões de euros vai
beneficiar o trânsito que flui de Montalegre para Chaves e
vice-versa.
A largura da plataforma, rectificação nalgumas das curvas
existentes e repavimentação de todo o traçado são algumas
das beneficiações a levar a cabo.
Recuperada a OPP pela COOPBARROSO
Está de volta ao concelho de Montalegre a Organização
de Produtores Pecuários (OPP). O reconhecimento, obtido
pela Cooperativa Agrícola do Barroso (COOPBARROSO),
trouxe acalmia ao estado de espírito dos agricultores. A
autarquia fala de uma vitória «arrancada a ferros» que
venceu «muita oposição e muitas mobilizações, que
se lamentam, de pessoas que se dizem conhecedoras e
ligadas ao mundo rural, com responsabilidades no setor
agropecuário, e que tudo fizeram para que a OPP de
Montalegre não vingasse».
Depois do governo ter reconhecido, em março último, a
COOPBARROSO como Organização de Produtores Pecuários
(OPP), chegou o momento de irem para o terreno os trabalhos
de sanidade animal das mais de 12 mil “cabeças normais”
de gado existentes no concelho de Montalegre, universo que
engloba bovinos, caprinos e ovinos, espalhados pelas 1.223
explorações agrícolas registadas. Para trás, fica um impasse
de anos - desde 2010 que o concelho não possuía uma OPP
própria - que muito prejudicou o setor primário.
O líder do município não disfarçou a angústia que sentia
ao longo destes anos quando vinha à baila o dossier OPP. Só
agora, confessa Orlando Alves, «fico inteiramente sossegado».
O edil lembra que estamos perante «uma vitória arrancada a
ferros» porque «houve muita oposição e muitas
mobilizações, que se lamentam, de pessoas que
se dizem conhecedoras e ligadas ao mundo rural, com
responsabilidades no setor agropecuário, e que tudo fizeram
para que a OPP de Montalegre não vingasse». Um coro de
críticas que só agora ganha paz: «isto já há muito tempo que
podia estar resolvido, mas as “forças do mal” juntaram-se na
tentativa de liquidar esta nossa pretensão.
Refira-se, a propósito, que a anterior OPP de Montalegre
deixou de funcionar no tempo da Câmara socialista do Dr.
Joaquim Pires.
Fonte: cm-montalegre
S. PEDRO – VILA D’ABRIL
Convívio Luso-galaico
Foi no dia 11 passado que, no paradísíaco santuário da
Vila d’Abril, realizou-se um Encontro que juntou amigos de S.
Pedro, a maioria, de Contim, de Sezelhe, Paredes e também
de Allhariz, da Galiza, veio um casal que pela parte da esposa
tem as suas raizes em S. Pedro e outros amigos. O referido
casal, César e Maria, por sinal grandes empresários no ramo
do mobiliário sediado em Alhariz, uma terra de referência da
província de Ourense sobretudo no sector do turismo, veio à
Vila d’Abril e trouxe de lá um pulpeiro que apresentou ali um
polvo «à feira» de comer, comer e chorar por mais. Mas não
só. A acompanhar umas quantas «empanadas» do tamanho
da roda dum carro de bois
preparadas lá por gente
especializada. Tudo isto
regado com vinho tinto e
a cerrar um caldo verde à
nossa maneira preparado
por mulheres sabidas
ali da terra, sem estrelas
michelin. Bom, como
resultado de tal menu,
imagine-se! Pela parte que
me toca, vim de lá bem compostinho porque já não comia
polvo como este há muitos meses, se calhar anos.
Mas, o que mais me impressionou foi a união daquela
gente de S. Pedro e da freguesia que tem ali um lugar muito
lindo e que dele tratam como se fosse coisa própria. Na
conversa com alguns e, em particular com o amigo de longa
data, José Fernando Moura, fiquei a conhecer o santuário, a
sua história, a forma como dele cuidam todos os vizinhos, os
Dia do Município
O Dia do Município, 9 de Junho, fica na história pelo
péssimo planeamento da Câmara de Montalegre. Para esse
Dia festivo, a Câmara agendou duas sessões solenes no salão
nobre dos Paços do Concelho, uma às 11H30 – Homenagem
a Artur Gonçalves (Cepeda) e Fernando Moura (Barracão)
e outra às 15h00 Lançamento do livro “Ripadas do Padre
Domingos Barroso” de Dias Vieira.
Pelas 14h00, no Auditório do Multiusos, agendou os
“Encontros de educação de Basto e Barroso” e pelas 21h00
também no Auditório a exibição da Academia das Artes de
Chaves / Escola de Gaitas de Foles de Montalegre e mais
tarde, 21h30, o Concerto da Orquestra do Norte. É obra!
Comentando, é claro que, em Montalegre, com tão pouca
gente a participar nestes
actos culturais, dividindose por eles, deu lugar
a que as salas ficassem
quase vazias.
O pior, porém, foi
a falta de respeito da
câmara e seu séquito
para com os convidados
quando, no meio da
sessão dos Encontros
de Basto e Barroso, se levantam para ir participar noutro
acto oficial e deixam o Secretário de Estado da Educação só
sentado na primeira fila do Auditório. Isto não é só falta de
respeito, é também falta de educação.
(Ver Política vista de fora, de Manuel Ramos, pág. 7)
CORTEJO CELESTIAL
85 – MARIA DA CONCEIÇÃO
FERNANDES DE CARVALHO,
de 76 anos, casada com António
dos Santos Garcia, natural e
residente em Gralhas, faleceu no
dia 3 de Junho.
86 – HEITOR LOPES
GONÇALVES SEARA, de 80
anos, casado com Elisa do
Nascimento Esteves Branco,
natural e residente em Padroso,
faleceu no Hospital de Chaves,
no dia 3 de Junho.
87 – JOSÉ LAGE RODRIGUES,
de 79 anos, casado com Maria
de Fátima Magno Pereira, natural
de Fervidelas e residente em
Reigoso, faleceu no Hospital
de Chaves, no dia 5 de Junho,
sendo enterrado no cemitério de
Reigoso.
88 – ARMINDA FERNANDES
PEREIRA, de 68 anos, viúva de
Manuel Fernandes, natural e
residente em Salto, faleceu no
dia 5 de Junho.
89 – MARIA FERNANDES, de
92 anos, viúva de José António
Vilabril, natural e residente em
Vilar de Perdizes (S. Miguel),
faleceu no Hospital de Chaves,
no dia 6 de Junho.
90 – DELMIRO AFONSO, de 87
anos, casado com Elisa Pereira
André, natural da freguesia
de Reigoso e residente em
Clermont-Ferrand, França, onde
faleceu no dia 28 de Maio e foi
sepultado.
91 - JOSÉ ALVES, de 82 anos,
casado com Maria Borges,
natural da freguesia de Salto
e residente na Borralha, desta
freguesia, faleceu no Hospital de
Chaves, no dia 12 de Junho e foi
a sepultar no cemitério de Salto.
92 – MARIA PIRES MIRANDA,
de 92 anos, viúva de José Luiz
de Miranda, natural de Outeiro
e residente em Montalegre,
faleceu num Lar de Vila Pouca
de Aguiar, no dia 13 de Junho,
sendo sepultada no cemitério de
Montalegre.
93 – EZEQUIEL ANTÓNIO
LOPES SEARA, de 85 anos,
casado com Ana das Neves
Esteves, natural de Padroso
e residente em Waterbury,
Connecticut, USA, faleceu no
dia 9 de Maio, sendo enterrado
no cemitério de All Saints,
Waterbury.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos,
no corrente ano, até à presente data
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
3
Casa do Cerrado epicentro de nobres gerações (7)
Barroso da Fonte
Prometi na anterior nota de
leitura sobre este tema anunciar
uma decisão muito importante
acerca do mesmo tema. E
começo por aqui. Antes de mais,
para confessar aos leitores que
têm a paciência de me ler que
a genealogia é uma atividade
social e cultural que se inscreve
na área do conhecimento,
ligada à história, à toponímia, à
comunidade e até à linguística.
Toca
vários
domínios
e
preocupa-se, essencialmente,
com os nomes das famílias,
com a ligação que esses nomes
estabelecem com o parentesco e
com a ramificação que cada vez
mais acabam com as fronteiras,
terrestres, políticas e culturais.
Em tempos recuados o conceito
de família era diferente: as
famílias
estabeleciam-se
a
partir dos familiares diretos.
Casavam com primos, com
sobrinhos e às vezes até com
irmãos. Assim surgiram os
lugares, depois as freguesias,
mais tarde vilas e cidades. Nos
nossos tempos,com a facilidade
de viajar, os casamentos fazemse fora dos concelhos, das
regiões e até dos países. Assim
nasceram as comunidades
internacionais e as chamadas
«aldeias globalizadas».
Em Montalegre foi a Casa
de Bragança a gerar o exemplo
de uma Instituição muito
poderosa, a partir do direito de
propriedade. Nasceu em 1401,
com o casamento de D. Brites
com D. Afonso, filho de D. João
I. Essa poderosa Casa fez-se à
custa do património dos pais dos
noivos. De norte a sul do país, a
Casa de Bragança, passou a ter
laços com os representantes dos
Condes e dos Duques. Na maior
parte dos casos não eram família
direta. Mas ser representante
dessa Casa constituía uma
estrutura social: a nobreza.
A Casa do Cerrado foi um
bom exemplo. Algumas dessas
Casas que se diferenciavam
pela qualidade arquitetónica,
eram depósitos dos bens
(centeio, batata, feijão, gado,
terras, lameiros e seus frutos). De
norte a sul do país, eram muitas
as pessoas que beneficiavam
desses sortilégios. A dada altura
eram esses representantes que
casavam, entre si.
E dessa nobreza se encheu
o país. Em 1910, com a
implantação da República, caiu
a monarquia. E ainda que haja
muita gente que aspira, pelo
regresso à monarquia, enquanto
não for revista e consagrada a
possibilidade de a legalizar, a
monarquia não poderá renascer.
Em Trás-os-Montes houve
muitas casas monárquicas.
Muitas delas se reconverteram
em casas de Turismo de
habitação.
Os
fundos
comunitários
chegaram,
envergonhados.
Nunca
se
soube que este ou aquele tenha
prevaricado. Mas sabe-se que,
um pouco por todo o lado, a
pretexto de preencher a falta de
quartos para alugar a visitantes,
muitos modernos exploradores,
cuidaram de receber esses
muitos milhões e, em muitos
casos, a fundo perdido. Nunca
se saberá como e com que
fundamento, pessoas de fora do
turismo, se auto-promoveram a
proprietários de casas dessas.
E não foi somente em Barroso.
Mas pelo país fora.
Acerca da Casa do Cerrado,
cujos
proprietários
foram,
honrosa exceção a esta corrida
aos fundos comunitários, um
autor Barrosão que já tem
obra editada, que o credencia
para elaborar uma monografia
completa sobre essa casa
histórica,
autorizou-me
a
anunciar que vai reunir em livro
tudo o que souber sobre ela.
Paleólogo Bento Miranda
Pereira é um cotado investigador
de Cabril que há quatro anos
publicou a História e Património
Religioso de S. Lourenço de
Cabril e, em Setembro de
2015, regressou à ribalta «A
Gesta de Gualtar», volume de
269 páginas, com impressão
em quadricomia. Ainda usa
no seu nome o apelido de
Miranda, a comprovar que um
seu antepassado pertenceu a
essa nobre Família que ocupou,
como proprietária, a Casa do
Cerrado.
Pelo que conheço das suas
obras já editadas e pela sua
propensão para se envolver
na genealogia, a conversa
que tivemos na visita que me
fez, para me dar conta deste
seu
propósito,
satisfez-me
imenso porque esta sua pronta
aceitação do meu apelo vem
suprir as minhas incapacidades
e limitações para levar a bom
porto, este meu grande desejo.
Tenho uma enorme vontade
de aclarar algumas biografias
de personalidades Barrosãs
que nasceram nos montes que
rodearam a nossa meninice
e que levaram longe, através
do casamento com outras
famílias nobres, o nome, a
identidade e o orgulho telúrico
de conhecermos a dimensão
social, cultural e humana dos
nossos ancestrais.
Não vamos permitir que
outros Zés Cid´s nos venham
chamar nomes feios como eles
são.
Uma coisa é sermos
simples,
hospitaleiros,
prestáveis e tolerantes. Outra
coisa é permitir que nos venham
ofender, a casa, a pretexto de
cantarolas que dispensamos,
porque são interpretadas com
má fé, ruindade e profunda
hipocrisia.
Espero que o Paleólogo
Miranda Pereira, dentro de
alguns anos nos apresente o
fruto deste seu trabalho. Se eu
ainda por cá andar e tiver saúde
e a lucidez, que tenho vindo a
perder, a passos largos, tudo
farei por estar presente, para
abraçar este Barrosão cujo nome
próprio é uma curiosíssima
coincidência.
ARTUR GONÇALVES e NELSON ZUMEL
No dia 9 de Junho, Artur
Gonçalves e Fernando Moura
foram homenageados pela
Câmara Municipal que os
distinguiu com a medalha de
Mérito Municipal.
O “Notícias de Barroso”
só tem a congratular-se com
tal iniciativa pois que foi a
reportagem feita no n.º 489,
de 15 de março, sobre «Artur
Gonçalves, o Cepeda», que
deu origem a que este barrosão
fosse
reconhecido.
Estou
em crer que o presidente da
Câmara nunca tinha ouvido
falar no Cepeda e tão pouco
conhecia os seus méritos.
No entanto,
com base
na referida reportagem houve
logo lugar a comezainas e à
boa maneira provinciana até se
promoveu o Restaurante que o
referido Artur tem em Chaves.
Mas, passando à frente,
o que me leva a criticar a tal
homenagem é só o caso de
ali não ter sido feita nenhuma
referência ao jornal que
divulgou a vida e os méritos do
Artur. Isto é elementar. Como
diz a sabedoria popular, «a
César o que é de César».
E virá a propósito denunciar
o desplante da Câmara
Municipal de Montalegre que
não dá um único cêntimo de
pubicidade ao Notícias de
Barroso mas dele se serve para
fazer o que o jornal lhe sugere.
Seria fastidioso enumerar todos
os casos por nós denunciados
que logo têm a resposta da
Câmara Municipal, o que se por
um lado mostra estar atenta ao
que os munícipes denunciam
por outro revela uma fragilidade
de comportamento gritante.
O presidente da Câmara
já foi acusado de malcriado,
incompetente,
esbanjador
dos dinheiros de todos nós e
eu, desta vez, digo que ele é
também um usurpador dos
direitos de autor.
O caso, porém, nada tem de
novo. Nelson Zumel, pintor de
méritos consagrados, “nuestro
hermano” de Tozende, Baltar,
teve idêntico reconhecimento
pela Câmara de Montalegre no
último mandato de Fernando
Rodrigues. Tal só foi possível
porque eu, subscritor destas
linhas, como prometi ao pintor,
me empenhei pessoalmente
junto da Câmara para que
tal acto de justiça fosse feito
ao ilustre pintor. Contributo
semelhante deu o Dr. José
Manuel Rodriguez, amigo
pessoal de Nelson.
O presidente da Câmara
de então que nunca quis saber
do relacionamento com Galiza
nem com os espnhóis, não
conhecia o pintor nem dele
ouvira falar até então. O que
é certo é que a Câmara vendo
ali mais uma oportunidade de
se promover, decidiu, e bem
neste capítulo, atribuir-lhe a
medalha de mérito municipal.
Contudo, no acto da cerimónia
da atribuição da condecoração
nem uma só palavra foi
dita sobre o promotor da
homenagem nem feita qualquer
referência ao jornal que dera
notícias acerca do caso.
Resumindo: o Orlando
Alves que, antes de eleito, dizia
que “isto vai mudar”, afinal
não mudou literalmente nada.
Como diziam os latinos «Talis
pater, qualis filius».
Carvalho de Moura
4
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
Chega do Boi do Povo de
Viade com o do Antigo (1)
I - Os Preparativos e a
Chega
Corria a Primavera do ano
de 1933 e, na aldeia de Viade
de Baixo, os rapazes em idade
muito próxima de irem para a
tropa iam tocar diariamente
o sino da Igreja depois da
ceia para o povo rezar pelas
benditas almas. Este costume
já vinha de há longos anos e foi
respeitado até final da década
de oitenta do seculo passado.
O “toque” das almas, como
então o povo lhe chamava, era
muito respeitado e toda a gente
parava para rezar pelos seus e
pelos amigos que já partiram.
A Paróquia havia sido entregue
ao Padre António Mourão, de
Melhe – Ribeira de Pena, um
sacerdote cheio de qualidades
com obra feita a quem a
freguesia muito deve.
O tocar dos sinos para
se rezar pelas almas servia
também para marcar encontros
com os amigos e namoradas,
sobretudo no inverno, ao
serão. Num desses encontros
ao serão na casa da Brasileira
onde se juntavam muitos
rapazes e raparigas, um grupo
de jovens planeou realizar
secretamente uma chega de
bois entre o boi do Povo de
Viade e o boi do Povo do
Antigo para verem quem era o
vencedor.
Desta forma, o Bernardino,
o Brasileiro, o Marques,
o Domingos Marijuana, o
Cancelas e o jovem Firmino de
Parafita, pelo Santo António,
combinaram
encontrar-se
pelas 2 horas da manhã de um
Domingo para Segunda Feira
no Largo do Paço em Viade
e daí avançaram para a casa
do Calhelhas onde o boi do
Povo era tratado e guardado,
cabendo então ao jovem
Firmino, criado de servir do
Calhelhas e sem que o patrão
soubesse, a tarefa de abrir a
porta da corte e deitar o boi
cá para fora.
Era sabido que, na corte
onde o boi dormia, raramente
a porta ficava fechada à chave
e neste sentido foi fácil abrir a
porta da corte do boi, tendo este
logo saído sem fazer qualquer
barulho, dado conhecer o
pastor e daí foi encaminhado
para o cimo do Alto do Calvo
já muito próximo do Antigo.
O Cancelas trabalhou
durante anos numa das
melhores casas de lavoura
do Antigo e como tal foi
incumbido juntamente com o
Marques de irem à frente para
abrir a corte e encaminharem
o boi do Antigo para as bandas
do Seixal, próximo do ALTO
DO CALVO.
Como tinha trabalhado
no Antigo, o Cancelas sabia
bem onde era a corte do boi e,
mesmo estreando um fato novo
de cotim, foi forçado a entrar
dentro da corte, pois o Boi do
Povo do Antigo não pretendia
sair. Só após ter levado duas
vergastadas no lombo é que o
boi saiu da corte contrariado.
Pelo caminho, o Cancelas
verificou que o seu fato novo
se encontrava cheio de bosta e
além do mais rasgado por ter
tropeçado e caído no esterco
durante a operação da saída
do boi da corte.
Os bois do Povo de Viade
e do Antigo lidaram durante
cerca de 15 minutos nas terras
do Seixal cerca das 2 horas
da manhã e, após uma luta
renhida, o de Viade acabou
por vencer o seu adversário.
Seguiu-se a festa entre os
presentes com vivas ao boi
de Viade, mas esqueceramse de levar o boi do Antigo
à sua corte, limitando-se a
dar-lhe duas pancadas no
lombo e encaminhá-lo para
esta povoação, facto este
que lhes viria a dar bastantes
problemas.
Segunda feira pela manhã,
o boi do Antigo foi visto a
vaguear pela aldeia e como
tinha sinais bem visíveis
de ter lutado, os do Antigo
aperceberam-se que tinha
sido organizado uma Chega
clandestina com o boi rival de
Viade e desde então começou
a caça para apanhar os
autores da proeza, sendo certo
que, em Viade, toda a gente
ficou a saber quem foram os
organizadores da chega, mas
ninguém os denunciou
às
autoridades.
II - A Procura dos
Organizadores da Chega
Naquela época, o Regedor
da Freguesia de Viade morava
no Antigo e bem assim o seu
ajudante Cabo de Ordens e
neste sentido munidos cada
um com sua espingarda
deslocaram-se a Viade no
dia seguinte no intuito de
indagarem quem foram os
autores da chega para
os
deterem. Como o povo de
Viade
se manteve unido
dizendo que nada sabiam,
nem mesmo da chega, as
referidas autoridades locais
foram a casa do Calhelhas e
prenderam o jovem Firmino,
o qual não tinha mais que 15
anos e levavam-no preso, no
meio de ambos, a caminho do
Antigo.
Quando
passavam
em frente das Alminhas
da Costarela saiu-lhes ao
caminho o Bernardino, o qual
afrontando o Regedor e o
Cabo disse o seguinte : -“Para
onde vais, rapaz, volta para
trás, anda comigo”.
Foi tão simples como
isso, o rapaz voltou sem
qualquer oposição por parte
das autoridades, as quais
ficaram inertes e sem dizer
palavra, descendo a calçada
em direcção ao Antigo.
O caso não ficou por ali
e poucos dias depois veio a
Viade uma patrulha da GNR
para prender os responsáveis.
Nessa altura, os do Antigo já
suspeitavam quem eram os
eventuais delinquentes, mas a
GNR apesar de vir várias vezes
a Viade para os deter voltava
para Montalegre sem a missão
cumprida.
O caso passou a ser muito
falado no concelho e a GNR
embora levasse mais efectivos
não
lograva
encontrar
os
possíveis infractores.
A casa da Quelha em
Viade situada entre o Paço e
a Portela é composta de duas
grandes divisões, uma com
entrada para o pátio e outra
com saída para outra rua,
separadas por uma canelha,
mantendo-se até aos nossos
dias com esta configuração,
sendo nesta casa que os jovens
se escondiam das autoridades.
Com efeito, aquela casa
tem
uma
janela
virada
a
nascente para a Rua do Paço
onde se via a chegada dos
militares da GNR sem que
estes se apercebessem e se,
porventura estes se dirigissem
àquela Casa pelo lado do
pátio, os jovens saiam pelo
lado oposto e vice versa.
Se eventualmente a GNR
cercasse a casa, os jovens
desciam pela canelha para
uma corte, onde era difícil
serem detectados. Esta corte
serviu mais tarde para abrigar
Galegos fugidos da Guerra
Civil Espanhola.
(CONTINUA)
António Leal do Paço
(13-05-2016)
(Texto deliberadamente
escrito de harmonia com o
anterior acordo ortográfico)
Por que não escolher a prosperidade?
“Um concelho pode ter
recursos naturais abundantes,
um clima favorável ou uma
população
determinada
a
trabalhar arduamente, se não
houver uma base que garanta
a distribuição do poder político
e oportunidades económicas
ao maior número possível
de cidadãos, mais cedo ou
mais tarde, rumará para a
estagnação. A boa notícia é
que, como a formação das
instituições não é um processo
imutável, nenhum concelho
está condenado a empobrecer
para sempre.”
São
as
instituições
económicas
que
através
do investimento, inovação,
disponibilidade de recursos
e
incentivos
económicos
determinam o desenvolvimento
e a prosperidade.
Dentro das instituições,
temos
as
chamadas
instituições
económicas
inclusivas, que criam um
ambiente
de
igualdade
de condições, apoiam o
cumprimento de contratos,
o crescimento económico,
estimulam o emprego e a
propriedade privada para todos
e as - instituições extrativas,
que concentram o poder e as
oportunidades nas mãos de
uma minoria, monopolizam
o poder político, exploram o
emprego precário. Enquanto
as primeiras reforçam os
direitos de propriedade, criam
condições de concorrência
equitativas,
e
incentivam
os investimentos em novas
tecnologias e conhecimento,
e por isso são mais propícias
à inovação e ao crescimento
económico. Pelo contrário, as
segundas existem sobretudo
para extrair recursos de muitos
e distribuí-los por poucos, e
nessa medida, dissipam valor
numa economia e tornam-se um
obstáculo ao desenvolvimento
económico. Na maior parte das
vezes, esse poder, encontrase centralizado num grupo
restrito, com ligações familiares
constituindo-se
verdadeiros
monopólios de poder político e
controlo centralizado.
Embora as instituições
económicas sejam cruciais
para determinar a pobreza ou
a prosperidade, são a política
e as instituições políticas a
determinar o tipo de instituições
económicas.
Podemos então dizer que
as instituições inclusivas são
decisivas, já que são necessárias
para promover a inovação e
o empreendedorismo, fatores
centrais no processo de
desenvolvimento económico
avançado,
no
emprego.
São instituições pluralistas
e abrangentes, livres onde
o direito de propriedade,
de iniciativa e o acesso a
um sistema de justiça é
verdadeiramente igual para
todos.
Então, por que não escolher
a prosperidade?
Paulo Delgado, major
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
5
Barroseilândia: a força de Don Barrusanus
Estava
eu,
altamente
descontraído e relaxado, a
passear os olhos pelos milhares
de livros expostos na FNAC/
Braga quando, de repente,
fixo a atenção na história
de Don Pedro que relata a
vida criminosa de seu pai,
transformando, embevecido,
os hediondos crimes do seu
progenitor num ato heróico.
Pela minha cabeça passou,
de imediato, uma das muitas
histórias que a minha avó me
contava sobre aqueles tristes
construído através dos negócios
criminosos.
Don Ciccio foi o verdadeiro
Don – dono – de Corleone,
a
aldeia
Siciliana
onde
nasceu Vito Andoline - que
se tornou Don Vito Corleone
- o verdadeiro padrinho, que
assassinou Don Ciccio com as
suas próprias mãos. E porquê?
Porque o pai de Vito
recusou prestar tributo a Don
Ciccio que, melindrado, o
mandou matar e, não satisfeito,
mandou também liquidar um
“No fundo, por que haveria Don Barrusanus de se
preocupar com o Reinado, proporcionando condições
para que todos pudessem singrar na vida, se também
tem filhos e estes precisam de emprego?”
trastes que gostavam de mostrar
toda a sua força para com os
mais frágeis.
Sempre tive um fraquinho
pelo “Padrinho” de Mário
Puzo, que Francis Ford Coppola
imortalizou no cinema, e
que retrata a vida familiar do
patriarca da família mafiosa
Corleone, desde a ascensão
do clã siciliano à sua quase
perda de poder na América,
dos filhos, Paolo, irmão de Vito,
no dia do funeral do pai. A
mãe dos rapazes, desesperada,
com Vito nos braços, foi pedir
a Don Ciccio que poupasse a
vida do miúdo. Mas este, que
de burro nada tinha, disse-lhe
que quando o rapaz crescesse
haveria de querer vingar-se,
pelo que tinha de o eliminar.
A pobre mulher, num ato
de coragem a que o desespero
não foi alheio, na vã tentativa
de proteger o filho, apontou
uma faca a Don Ciccio que,
impávido, mandou o capanga
disparar sobre a mulher que
morreu de imediato. A criança
conseguiu escapar, fugiu para a
América e o resto é História.
Eram assim os Sicilianos:
não gostavam de deixar pontas
soltas e, à sua volta, secavam
tudo.
Mas porque me lembrei
eu disto tudo? Porque a
história de Don Barrusanus,
salvaguardadas as devidas
distâncias,
tem
muitas
semelhanças com a de Don
Vito Corleone.
Ambos tinham a noção de
que o poder tinha de estar todo
concentrado em si. Mesmo
para respirar, entendiam eles
que se lhes devia pedir licença.
A natureza, essa, é que não o
permitia. Disso mesmo lhes
deu conhecimento, embora
a medo, um dos seus mais
chegados correligionários.
Foi pois a contragosto que
tanto Don Vito como Don
Barrusanus permitiram ao
comum dos mortais respirar
sem pedir autorização. No
entanto, para tudo o mais, era
necessário fazer a devida vénia
e, com muito respeitinho, pedir
autorização.
Don Barrusanus nunca
facilitou. Para arranjar um
humilde
trabalho
que,
terminada a jornada, permitisse
aos seus súbditos receber
o magro salário capaz de
alimentar toda a família, tinha
de se lhe pedir autorização.
Os jovens da terra, esses,
já há muito rumaram ao
estrangeiro. De tempos-atempos, sobretudo pelas alturas
do verão, regressavam à pátria
amada carregados de saudades
e embutidos do espirito de
haveria Don Barrusanus de
se preocupar com o Reinado,
proporcionando
condições
para que todos pudessem
singrar na vida, se também
tem filhos e estes precisam de
emprego?
Don Barrusanus era assim:
primeiro ele, depois ele, a
seguir a família dele e, mais
à frente ainda, a família dele.
Para estes não podia faltar
nada. Depois de todos estarem
“colocadinhos”, ainda havia
“Mas porque me lembrei eu disto tudo? Porque a
história de Don Barrusanus, salvaguardadas as devidas
distâncias, tem muitas semelhanças com a de Don Vito
Corleone. Ambos tinham a noção de que o poder tinha
de estar todo concentrado em si. Mesmo para respirar,
entendiam eles que se lhes devia pedir licença”.
que só têm deveres. No fundo,
pensavam eles, já tiveram a
sorte de conseguir emigrar,
arranjar trabalho, comprar “um
topo de gama” e amealhar uns
cobres.
Dom Barrusanus, para
além de proteger os que por
cá ficaram, tinha o direito de
dividir a riqueza do Reino
por aqueles que lhe são mais
próximos. No fundo, por que
espaço para a tropa que lhe
prestava vassalagem.
Ao Povo dava festa, pão e
muito vinho. Assim se vivia no
Reino da Barroseilândia!
Bento Monteiro
Nota: qualquer
semelhança com a realidade é
pura imaginação do leitor.
POLITICAMENTE FALANDO
- OS PRIMEIROS 6 MESES DE MARCELO!... CAVACO JÁ FOI ESQUECIDO...
Domingos Chaves
No periodo compreendido
entre esta e a próxima edição
do Noticias de Barroso, fáz
exactamente seis meses que
Marcelo Rebelo de Sousa foi
eleito Presidente da República.
Ao longo deste periodo,
quando olho para ele e para a
sua postura, não vejo o PSD, o
PS, o BE, o PCP ou os verdes.
Não vejo as cores que tantas
vezes contaminam a missão
de certos políticos que nunca
passaram
de
aprendizes,
mas vejo pelo contrário e
finalmente, um Presidente de
todos os portugueses. Fazendo
fé nas sondagens que vão
sendo por aí publicadas nos
dias que correm, certamente
que Marcelo Rebelo de Sousa
aumentaria a percentagem
de votos que o dispensou da
segunda volta em 24 de Janeiro
deste ano.
O seu discurso de posse
foi notável de simplicidade
formal, de conteúdo político e
de simbólismo, com a repetida
declaração de cumprir e fazer
cumprir a Constituição, além
de ter utilizado citações de
Miguel Torga, de António
Lobo Antunes e de Mouzinho
de Albuquerque, todas elas
com
óbvios
destinatários.
Mas Marcelo não se ficou por
aqui!... Destaque-se também
as suas contínuas declarações
sobre a identidade nacional,
que segundo as suas palavras,
é “feita de solo e sangue”,
mas que deverá ser alicerçada
e defendida com apostas
na Língua, na Educação, na
Ciência e na Cultura, bem
como na capacidade de saber
conjugar o futuro com o
passado.
Em boa verdade, vivemos
numa democracia baseada na
liberdade política e na vontade
popular, tal como resulta das
eleições. Mas na concepção
republicana – a que Marcelo
se quis referir - a democracia
é muito mais do que isso!...
Implica uma cidadania activa,
empenhada e responsável, mas
que ainda sabe a pouco, como
decorre do desprezo pela coisa
pública, do clientelismo e da
“cunha” nas relações com o
poder, do vandalismo sobre
os equipamentos públicos, da
evasão aos impostos, da fraude
e do incivismo reinante.
Da mesma forma e ao
longo deste periodo, têm sido
também importantíssimas, as
suas referências à necessidade
de termos de sair do clima
de crise, sublinhando que os
Portugueses têm igual dignidade
e estatuto, e a afirmação sobre
o esforço que deve ser feito
para moralizar e credibilizar o
sistema político, pelo combate
à corrupção, ao clientelismo
e ao nepotismo. Já em Abril,
quando das comemorações do
42.º aniversário da Revolução,
não se inibiu de no seu discurso
lhe fazer referência, ao lembrar
“como os jovens capitães
resgataram
a
liberdade,
anunciaram a democracia e
permitiram converter o Império
Colonial em Comunidade de
Povos e Estados independentes,
prometendo
a
paz,
o
desenvolvimento e a justiça
para todos”.
É verdade que ainda é
muito cedo para se fazerem
avaliações mais concretas, mas
os discursos pronunciados e
as iniciativas promovidas pelo
novo Presidente da República,
que pela primeira vez na
História da democracia, teve a
ousadia e a lucidez de partilhar
as comemorações do dia de
Portugal e das Comunidades
com os nossos emigrantes em
França, estão a gerar uma onda
de simpatia que supera tudo
quanto se pudesse imaginar.
Então aquela de se propôr
visitar as 3.000 freguesias do
país durante o seu mandato, é a
“cereja no topo do bolo”.
Dito isto, é saudável pois
verificar, que o ambiente
político que começara a
desanuviar-se com a posse do
actual Governo, está agora
cada vez mais limpo. Temos
um Presidente “à Obama” e o
sisudo Cavaco já foi esquecido.
Muitos dos apoiantes de
Passos Coelho e Paulo Portas,
que tão submissos foram às
imposições estrangeiras e que
tão insensíveis foram com os
seus desmandos autoritários
e arrogantes, já estão a meter
a viola no saco, enquanto
as
respectivas
estruturas
partidárias já verificaram que
terão que mudar de vida e de
protagonistas, acabando de vez
com os caceteiros ignorantes
que têm inundado as suas
hostes. Talvez Marcelo Rebelo
de Sousa os inspire.
Quem
acompanha
a
política e conhece o passado
e o pensamento de Marcelo
Rebelo de Sousa, não poderá
pois esperar dele, que o
político social-democrata se
confunda com a direita ou a
esquerda que cada um deseja.
E isso ele já o demonstrou face
ao comportamento exemplar
de
cooperação
enquanto
Presidente da República, que
tem mantido com os outros
órgãos de soberania. Um
Presidente a sério, é assim
mesmo...
(texto escrito segundo os
ditâmes da antiga ortografia)
6
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
A Importância dos
Frutos Vermelhos
Aí estão “eles “ os milagrosos : ingeridos nos intervalos das refeições vão de
seguida lubrificar os vasos sanguíneos.
Uma alimentação correta não só contribui para uma melhoria da qualidade
de vida e para uma sensação de bem-estar, como também previne muitas
doenças. É assim que podemos definir estes alimentos, lembrando Hipócrates:
“que o teu alimento seja o teu primeiro medicamento”.
Indicações terapêuticas: - Amora: doenças cardíacas e neurológicas,
neoplasias e cancro, envelhecimento precoce da pele, falta de visão, anemia,
ansiedade, hipertensão. Cereja: artrite, reumatismo, arteriosclerose, anemia.
Framboesa: reforça a função do coração e do fígado, depurativa. Morango: stress
e ansiedade, obstipação, inflamações. Mirtilo: problemas de visão, hemorróidas,
infecções, urinárias, doenças neurológicas.
Os frutos vermelhos devem ser consumidos regularmente, porque ajudam a
prevenir o cancro , o envelhecimento precoce e reforçam o sistema imunitário de
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 74 – Paralaxe
A diversidade intrínseca de toda e qualquer coisa só é passível de ser
verdadeiramente apreciada se observada através de todos os pontos de
vista. Compreendendo, então, o quão próximos estamos da impossibilidade
de realizar tal tarefa por uma única vez que seja, resta-nos o consolo de
sabermos que podemos tentar tudo o que estiver ao nosso alcance para que,
ainda que temporariamente, possamos minorar os erros de paralaxe que nos
tolhem o juízo e aprisionam a perspectiva. Apreciamos mal, vemos com
distorção, ouvimos com ruído, analisamos com poucos factos e, com tudo
isto bem presente mas como somos bons, julgamos… No entanto, julgamos
mal porque não conseguimos ver o quadro completo. Falta-nos a capacidade
de compreender a plenitude das coisas, mesmo quando estão à nossa frente.
Razão tinha o filósofo quando alertou para as grilhetas que amarram a uma
existência que nos condena a vislumbrar somente e ao de leve as sombras
daquilo que realmente é a essência das coisas. Uma única perspectiva. Uma
forma demasiado linear de observação. Será, porventura, isso mesmo que
tolhe a nossa capacidade analítica e nos impede de ir mais além no fabuloso
mundo da compreensão.
forma a torna-lo mais forte e resistente a bactérias e vírus.
João Nuno Gusmão
João Damião
Para a História da 1ª República em Montalegre
(Continuação do n.º anterior)
O Montalegrense, 24
de Julho
“Comissão de Remonta
Para examinar e registar
as éguas que se destinam à
produção de cavalos para
o exército, veio no passado
sábado a esta vida a Comissão
de Remonta (...) que ficou
agradavelmente impressionada
pelo número e qualidade das
éguas apresentadas e aprovou
32, lamentando ter de regeitar
algumas que na verdade eram
magníficas, mas estavam
legalmente excluídas pelo
facto de terem sido destinadas
à produção de gado muar.’’
1 de Julho
“Realizou-se no dia 28 de
Junho o concurso de gado
Mais concorrida ainda
que no último ano, correu
regularmente, apesar da
autoridade administrativa (1) se
ter recusado a pôr à disposição
do juri a força de infantaria
que propositadamente tinha
vindo, a pedido do intendente
de pecuária do distrito a fim
de impedir que o recinto
reservado à disposição do
gado fosse invadido pela
multidão.
O juri teve o valioso
auxílio do Exm.º Sr. José
Miranda do Valle, ilustre
professor da cadeira de
Zootecnia da Escola de
Medicina Veterinária de
Lisboa, e dos seus alunos, que
vieram assistir ao concurso.’’
(1) autoridade
administradora = Dr. Victor
Branco
15 de Julho
“Capela do Senhor da
Piedade
A expensas de um devoto,
começaram na semana
passada as obras de ampliação
da capela do Senhor da
Piedade, estando, segundo nos
informam, justos os serviços de
pedreiro’’
A Questão de Salto
A partir dos meados de
Julho, “O Montalegrense’’ vai
dando, com preocupação,
notícias sobre a Questão de
Salto. Tanto o jornal, como
o Dr. Abel de Mosquita
Guimarães foram incausáveis
na tarefa de mobilizar
influências e conquistar
aliados para esta luta.
Ainda no dia 27 de
Julho ‘’O Montalegrense’’
noticiava que “a Câmara
Municipal convocara uma
reunião extraordinária, a fim
de resolver a atitude a seguir
perante a ameaça da iminente
extorsão da freguesia de Salto
que pretendem levar a efeito
os políticos de Cabeceiras
auxiliados por meia dúzia
de indivíduos estranhos à
freguesia. (...)
Montalegre deu mais
uma vez a prova da sua
muita cordura, reclamando
com energia sim, mas o
mais ordeiramente possível.
A grande quantidade de
povo que veio assistir a essa
sessão da Câmara, portou-se
admiravelmente.
Foram enviados telegramas
para: Presidente do Senado,
Presidente da Câmara dos
Deputados e Presidente do
Conselho de Ministros.’’
No dia 26 de Agosto “O
Montalegrense”’publica uma
extensa reportagem sobre
MAPC
os graves acontecimentos
ocorridos em Montalegre, em
protesto por a Câmara dos
Deputados ter aprovado o
projeto de lei que desanexava
a freguesia de Salto do
concelho de Montalegre
anexando-a ao de Cabeceiras
de Basto. Dessa reportagem, se
transcrevem alguns trechos:
“Desanexação da
Freguesia de Salto
Graves acontecimentos
O povo irritado invade
as repartições públicas e
queima toda a papelada
relativa à freguesia de Salto.
Os populares revoltados por
a Câmara dos Deputados ter
aprovado o projecto de lei
que desanexava a freguesia
de Salto do concelho de
Montalegre, anexando-o ao de
Cabeceiras de Basto, reuniramse e dirigiram-se para os Paços
do Concelho onde entraram
depois de arrombada a porta.
Dentro do edifício,
arrombaram as repartições
de finanças, tesouraria,
registo civil, administração do
concelho, tribunal e câmara
municipal. Tiraram a papelada
que dizia respeito à freguesia
de Salto e outra que veio junta,
que depois queimaram no
largo do Toural.
Dali dirigiram-se aos três
cartórios dos escrivães do Juízo
de Direito que arrombaram e
tiraram de lá vários maços de
processos.
A cadeia também foi
arrombada e libertadas duas
presas e um preso.
Por fim arrombaram a
porta de uma taberna(2) e
tiraram de lá uma pipa de
vinho, que transportaram
para o largo do Pelourinho,
que serviu para matar a
sede a todos que quiseram.
Quando a pipa ficou seca, os
manifestantes retiraram-se para
suas casas, seriam 3 ou 4 horas
da manhã.
A multidão foi calculada
entre 1.500 e 2.000 indivíduos
residentes na vila e em
diversas aldeias’’
(2)- Propriedade de Abel
Pinheiro
(Continua)
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
7
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
“Ripadas” no Dia do Município
O dia do município de
Montalegre,
celebrado
no
passado 9 de junho, tinha
condições, pela variedade e
importância do programa, para
ser um dos melhores de sempre,
mas não foi. A variedade do
programa
englobava
uma
sessão de homenagem a dois
desportistas, lançamento do livro
“As Ripadas do Padre Domingos
Barroso” da autoria do Cor. Dias
Vieira, o encerramento de umas
jornadas sobre educação (XIX
Encontros de Basto e Barroso),
que contou com a presença de
David Justino, ex-Ministro da
Educação, entre outros peritos
em educação, e um painel sobre
a obra de Bento da Cruz, entre
outras coisas, como a atuação da
Orquestra do Norte.
As
coisas
começaram
logo mal de manhã, quando o
Secretário de Estado da Educação
devia estar presente, mas chegou
várias horas atrasado. Só chegou
por volta das 15h15, aquando
do início das jornadas sobre
educação.
O primeiro interveniente
das Jornadas foi o Presidente
Orlando Alves. Traçou um retrato
negro da região, assolada pela
desertificação, e disse ainda que
ia fechar mais uma escola, a de
Ferral, diminuindo ainda mais o
parque escolar. O Presidente não
se deu conta de que a Câmara
que ele representa (como n.º 2
durante muito tempo e como
n.º 1 nos últimos anos) é coresponsável pela desertificação
por muitas razões que têm
sido expostas na imprensa e na
assembleia municipal.
As ripadas chegaram depois.
O próximo interveniente foi a
direção do Agrupamento de
Escolas Dr. Bento da Cruz que
deu a conhecer aos presentes,
incluindo
naturalmente
ao
Secretário de Estado, o desleixo
com que a Câmara trata o
Agrupamento e a educação
concelhia em geral: o parque
escolar está degradado, durante
o inverno não há aquecimento,
da Câmara de Montalegre;
os municípios vizinhos (Vila
Pouca e Chaves) não fecham
escolas”. O Presidente disse: “A
desertificação é avassaladora”;
a
Escola
respondeu:
“A
política da Câmara aumenta a
desertificação”.
O Secretário de Estado, que
foi o próximo a falar, em parte,
“As ripadas chegaram depois. A direção do Agrupamento
de Escolas Dr. Bento da Cruz deu a conhecer aos presentes o
desleixo com que a Câmara trata o Agrupamento e a educação
concelhia em geral: o parque escolar está degradado, durante
o inverno não há aquecimento, parte-se um vidro e não é
substituído; acresce outro tipo de problemas: a distância
entre escolas é longa, as deslocações dos alunos para irem à
escola são enormes e há um conflito aberto entre a Escola e a
Câmara”.
parte-se um vidro e não é
substituído; acresce outro tipo
de problemas: a distância entre
escolas é longa, as deslocações
dos alunos para irem à escola
são enormes e há um conflito
aberto entre a Escola e a Câmara.
Sobre este último ponto julgo
que a Direção (do Agrupamento
de Escolas) se referia ao facto
de a Câmara ter abandonado
as reuniões do Conselho Geral,
que é o órgão máximo concelhio
sobre educação.
Em parte, os recados da
Direção
responderam
ao
discurso do Presidente. Este
disse: “Vamos fechar a escola
de Ferral”; a Direção respondeu:
“O Governo não obriga os
municípios a fecharem escolas
de 1.º Ciclo; se a de Ferral fechar,
isso é da inteira responsabilidade
respondeu ao Presidente e à
direção da Escola. O Presidente
disse: “Vamos fechar a escola de
Ferral”; o Secretário de Estado
respondeu: “As questões da
educação devem ser debatidas
no seio da comunidade para
serem mais sensatas”, querendo
indicar que uma escola não deve
ser fechada unilateralmente sem
antes ouvir o Agrupamento e a
comunidade. A Direção disse:
“Estamos em conflito com a
Câmara e pedimos a intervenção
do Secretário de Estado”. Este
respondeu:
“Nos
conflitos
havidos pensem naquilo que
é melhor para os estudantes”,
querendo dessa forma dar razão
à direção da Escola por fazer
o melhor que pode em prol
das crianças e a Câmara não;
esta só pensa em vinganças e,
ao querer atingir a direcção
do Agrupamento com as suas
represálias, lesa os estudantes.
Por fim o Secretário de Estado
apresentou uma medida boa e
que já está a ser posta em prática
no Agrupamento: “Queremos
que os cursos profissionais
sejam uasados no combate à
desertificação. Deverá haver
cursos de que o concelho
precise para que os estudantes aí
se fixem”.
Quando o Secretário de
Estado acabou de falar, começou
a falar David Justino, mas
nessa altura todo o executivo
camarário se levantou e saiu
para ir ao lançamento do livro
“As Ripadas…” no salão nobre,
ficando o Secretário de Estado
sozinho na primeira fila. O
pessoal, que não era muito,
dividiu-se, de tal forma que
ambas as sessões tiveram falta de
participantes. Ficou muito mal.
Haja boa educação, meus
senhores. Teria sido preferível
apresentar o livro da parte de
manhã ou então, melhor ainda,
no dia seguinte, 10 de junho e
Dia de Portugal, e não ter optado
por duas sessões paralelas que se
prejudicaram mutuamente.
“As Ripadas do Padre
Domingos Barroso” mostramnos uma faceta diferente da sua
obra: a obra jornalística e de
crítica sócio-política, por vezes
mordaz e contundente. Julgo
que se ele ainda fosse vivo e
observasse o que se passa à sua
volta, não se reveria na política
desta Câmara e seria um opositor
declarado, mas isso ficará para
outra altura. A faceta jornalística
do Padre Domingos Barroso
vem juntar-se ao trabalho de
investigação cinegética que
ele fez com a publicação de
“O Perdigueiro Português” que
foi um sucesso editorial. Falta
ainda (e ninguém fala disso) a
obra historiográfica. Não sei se
sabem, mas a família do Padre
Domingos Barroso reivindicou
como do seu familiar o livro
“Guerrilheiros
Antifranquistas
em Trás-os-Montes” (2003) de
Bento da Cruz. O manuscrito foi
vendido pela família do Padre
Domingos ao Dr. Bento da Cruz
por alguns (poucos) contos e
depois publicado apenas em
nome de Bento da Cruz, sem que
se saiba o que é de um e o que
é do outro e sem que haja uma
nota a dar conta desse facto.
Este é um assunto que eu
gostaria de ver esclarecido.
Para que o Dia do Município
tivesse corrido bem, teria sido
necessário um bom planeamento
das atividades programáticas,
que não passasse pela existência
de sessões paralelas. Exigese agora que a Câmara saiba
acolher e pôr em prática todas
as recomendações que os peritos
em educação lhe deixaram.
Temo, todavia, que nem uma
só seja cumprida. Não estou a
ver a Câmara, prepotente como
é, a pedir uma opinião sobre
educação à direcção da Escola,
aos peritos sobre educação
e à comunidade em geral,
especialmente a quem tem filhos
na Escola. Não o fez no passado
e não o fará no presente. A
Câmara impõe medidas e nem
sequer a oposição ouve. É por
isso que depois tudo lhe corre
mal.
MANUEL RAMOS
Livro “As Ripadas do Padre Domingos Barroso”
Integrado no programa
de celebração do “Dia do
Município”,
foi
tornado
público o livro “As Ripadas
do Padre Domingos Barroso”,
uma compilação de textos,
sinalizados por Dias Vieira,
que dá luz à obra deste famoso
pároco, natural de Sanguinhedo,
Venda Nova.
Para o líder do município,
Orlando Alves, estamos perante
«um homem que não podia
continuar
na penumbra da nossa
história».
Segundo Dias Vieira, o título
“ripadas” foi extraído de um texto
do padre Domingos Barroso.
Curiosamente, esse texto não
está neste livro. Se escolhesse
“farpas” podia ser considerado
plágio (referindo-se a Ramalho
Ortigão), então decidi escolher
este termo engraçado. Os textos
é estar a dar sempre “ripada” às
pessoas a quem ele dirigiu os
artigos. Destaco os dirigidos ao
Montalvão
Machado e ao Ferreira
de Castro... Há muitos textos
em jornais que deviam ser
compilados. É uma pena esse
trabalho não ser realizado. Há
muita coisa que se perde nos
jornais».
Barroso Magalhães que
apresentou a obra disse: «O
livro é dividido em três partes.
Na primeira parte, as “ripadas”
zurzem sobre coisas de Barroso.
São 33 artigos, publicados
entre 1948 e 1951. Na segunda
parte, com 14 textos ao de leve,
publicados em 1952, muda o
título mas mantém o estilo e
os temas de crítica social e de
ataque cerrado aos falsos amigos
de Barroso, sejam escritores
ou autoridades. Manifesta-se
preocupado com o marasmo das
populações e das famílias; a falta
de apoios para o desenvolvimento
regional, na criação de gado e na
conservação e aprimoramento
da raça barrosã; na agricultura,
na floresta, na caça e pesca e na
reduzida rede de comunicações.
Na terceira parte, não menos
acutilante e cáustica, aparecem
32 poesias, publicadas entre
1950 e 1952. Em suma, são um
enlevo os escritos de Domingos
Barroso. São um poço de
sabedoria, transmitidos com
graça e ironia».
Fonte: cm-montalegre
8
Barroso
Noticias de
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16 de Junho de 2016
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Noticias de
16 de Junho de 2016
9
A PEDRA DE ARMAS DA FONTE DO CASTELO
Achegas para a História de Montalegre
A crónica de hoje já estava
alinhavada há muito. Porém,
por que foram surgindo outros
temas que num determinado
momento considerei prioritários
passaram-lhe à frente, a sua
finalização
foi
retardada.
Reencontrei o esboço e decidi
aplicar-lhe o reboco final. Aqui
vai.
*
Quem se deslocar ao
castelo de Montalegre para
visita ou estudo, se não for
prevenido
provavelmente
passa-lhe despercebida uma
fonte encoberta por duas
frondosas árvores, distante
poucas dezenas de metros
daquele monumento. (Fig. 1)
Aconteceu comigo. Foi a leitura
casual em tempos idos de uma
frase em livro ou em jornal
regional cujo título ignoro,
que me alertou. Uma frase
sensivelmente do seguinte teor:
“a fonte junto do castelo de
Montalegre possui uma pedra
com as armas de D. Afonso III”.
Quando
revisitei
Montalegre fui conhecer in
loco a referida fonte que
geralmente passa ao lado de
quem conforme referi, pretende
apenas visitar o castelo.
Trata-se de uma fonte
inutilizada, de linhas simples,
construída em granito rocha
característica da região, cujo
principal interesse é a pedra de
armas incrustada. (Fig. 2)
Quando há precisamente 7
anos durante uma deslocação
a
Montalegre
obtive
as
fotografias aqui reproduzidas,
a gravação apresentava-se
já em condições precárias
devido ao desenvolvimento
de musgos, líquenes e, ao
desgaste
provocado
pelos
agentes atmosféricos, embora
esteja persuadido que houve
ali também mão humana
destruidora. Contudo, tem valor
para a História de Montalegre.
Regressando à frase referida
que motivou esta crónica, se
quisermos ser rigorosos tendo
por base a História e em
particular a Heráldica, a frase
não está correcta, porque as
armas reais gravadas na pedra
não correspondem a D. Afonso
III. Por uma razão simples: a
gravação da fonte ostenta uma
coroa superiormente, enquanto
o brasão real desse monarca
não tem coroa. A coroa
somente “entrou” no brasão dos
reis de Portugal anos mais tarde
conforme irei documentar.
Na figura 3 está o brasão
de D. Afonso III desenhado.
Constata-se a inexistência
de qualquer coroa a encimar
o escudo real. A Torre do
Tombo e outros arquivos, até
monumentos espalhados pelo
país possuem testemunhos com
as armas reais de D. Afonso III.
A coroa está sempre ausente.
Como exemplo, na fig. 4 revelase o selo real daquele monarca
preservado na Torre do Tombo.
Conforme se observa não possui
coroa a encimar o escudo. Pelo
contrário, repito, a gravação
da fonte ostenta uma coroa na
parte superior. Este pormenor
é fundamental e permite-nos
concluir: a pedra de armas da
fonte não identifica D. Afonso
III.
Nos “Diálogos de Vária
História” uma obra de Pedro de
Mariz impressa em Coimbra em
1594, encontrei a reprodução
de um retrato de D. Afonso
III coroado (e retratos de
outros reis também coroados).
Todavia, as suas armas reais
apresentam-se sem coroa em
todos os documentos credíveis.
Vamos ver a seguir qual a razão.
Continuando a apoiarme na Heráldica, é possível
assegurar: a coroa a encimar
o brasão real aparece apenas
no século XV, na 2ª dinastia
ou dinastia de Avis, com D.
Duarte (1433-1438). Podemos
precisar, a adjunção da coroa
ao brasão dos reis de Portugal
aconteceu entre 1433 e 1434,
conforme se constata na figura
5 que revela o selo real de D.
Duarte datado de Abril de 1434.
Esta transformação verificada
apenas no reinado desse rei,
(introdução da coroa) não foi
por acaso, mas, influenciada
pela tradição vigente noutros
países europeus nessa época.
Vejamos o que a gravação
da fonte tem mais para nos
contar.
Desloquemos
a
nossa
atenção para uma orla com sete
castelos. Esta orla, bordadura
ou cercadura, foi realmente
introduzida por D. Afonso III
no seu brasão quando iniciou
o reinado para o distinguir
do brasão de seu irmão, D.
Sancho II, filho primogénito de
D. Afonso II a quem substituiu
no governo. A introdução de
uma “diferença”, a referida
cercadura, está de acordo
com as práticas heráldicas da
época. Manteve-se até ao final
da monarquia, ou se quisermos
ser exactos, continuou durante
a república até à actualidade.
Inicialmente o número de
castelos era indeterminado.
Estabilizaram em 7 nos meados
do século XVI.
Terá a pedra de armas algo
mais para contar?
Ainda que na área interior
da bordadura de castelos os
escudetes estejam desgastados,
ainda é perceptível o que
restou do escudete do lado
direito
do
brasão.
Está
vertical. Tal não se verifica nos
escudetes laterais das armas
reais de D. Afonso III (Ver
figuras 3 e 4) cujos escudetes
laterais estão horizontais e
orientados para o centro com
um número indeterminado de
besantes. Aquele pormenor é
importante para ajudar a datar
a pedra de armas, porque o
endireitamento dos escudetes
laterais verificou-se com D.
João II, mais propriamente
a partir da reforma de 1485
implementada pelo referido
rei. Até essa data os escudetes
laterais mantiveram-se sempre
horizontais.
Sabe-se, D. Afonso III
instituiu o primeiro foral a
Montalegre em 9 de Junho
de 1273. (1) Porém, posso
garantir: a pedra de armas da
fonte nada tem a ver com D.
Afonso III, conforme se provou
históricamente.
A documentação existente
não nos permite ir mais longe
quanto à datação exacta da
pedra de armas. Baseandome nos dados históricos
disponíveis, seguramente é
posterior a 1485, conforme
se referiu. Provavelmente,
estão gravadas as armas reais
de D. Manuel I, monarca
também ligado a Montalegre
pois outorgou-lhe foral Novo
em 18 de Janeiro 1515.
(2) Foram elaborados 3
exemplares: um destinou-se
à vila de Montalegre, outro
aos oficiais régios, e o 3º foi
reservado à Torre do Tombo.
Dois extraviaram-se. Resta um
exemplar preservado na Torre
do Tombo do qual se extraiu
o brasão real de D. Manuel,
que se reproduz na figura 6.
As semelhanças verificadas
com a gravação na pedra são
evidentes.
Fonte do castelo
Pedra de armas da fonte
Reprodução do brasão de
D. Afonso III
Selo real de D. Afonso III
(IAN/Torre do Tombo)
Selo real de D. Duarte com
a coroa a encimar o escudo
(IAN/Torre do Tombo)
NOTAS:
Livro I de Doações de D.
Afonso III, f. 110, Col.I (IAN/
Torre do Tombo)
Livro de Forais Novos de
Trás-os-Montes, f. 40 V. e seg.,
Col. I (IAN/Torre do Tombo)
(João
Soares
Tavares
escreve segundo o anterior
acordo ortográfico)
Armas reais de D. Manuel I no foral novo outorgado a
Montalegre em 1515. (IAN/Torre do Tombo)
10
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
CERTIFICADO
Certifico que no dia nove de junho de dois mil e dezasseis, perante mim, Notária, Leonor da Conceição Moura, com cartório sito na rua 25 de abril,
12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 26 do Livro 91 – A, intervindo como
justificantes:
Jaime Pereira Mateus NIF 165.428.929. e esposa Ana Pereira Gonçalves Mateus NIF 165.428.937. casados sob o regime da comunhão de adquiridos,
naturais ele da freguesia de Pondras e ela da freguesia de Salto, ambas do concelho de Montalegre, e residentes na rua da Estrada, nº11, São Fins, freguesia
de Venda Nova e Pondras, concelho de Montalegre.
b) Domingos Pereira Mateus, NIF 101.035.047. e mulher, Maria Lúcia Rodrigues Freira Mateus, NIF 115.133.097. casados sob o regime da
comunhão geral de bens, naturais, ele da dita freguesia de Pondras e ela da freguesia de Pinelo, concelho de Vimioso e residentes na rua Vasco da Gama,
nº36, freguesia de Gualtar, concelho de Braga.
Mais certifico que foi declarado o seguinte:
Que são donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais e com exclusão de outrem, do seguinte prédio sito no lugar da Solheira, freguesia
de Venda Nova e Pondras, concelho de Montalegre:
- Rústico – armazém para arrumos com a área de duzentos e quatro virgula dezasseis metros quadrados e área descoberta de três mil quatrocentos
e cinco virgula oitenta e quatro metros quadrados, o que perfaz uma área total de três mil seiscentos e dez metros quadrados, a confrontar de norte e sul
com estrada pública e de nascente e poente com caminho, OMISSO na conservatória, e inscrito na matriz em nome dos justificantes sob o artigo 1792,
omisso na extinta freguesia de Pondras e desconhecendo-se qualquer proveniência na antiga matriz, e com o valor patrimonial e atribuído de € 1.100,00.
Que os justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e três, adquiriram por compra e venda verbal, já no estado de casados, a Américo Gonçalves
Pereira Afonso, solteiro, maior e já falecido, residente que foi no lugar de São Fins, freguesia Pondras referida, o referido prédio, tendo entrado nessa data
na posse do mesmo, mas não dispondo de qualquer título formal para o registar na conservatória, em seu nome.
No entanto, os justificantes passaram, desde essa data, a usufrui-lo, limpando-o, vedando-o, utilizando o armazém para fins agrícolas, nomeadamente
para recolher e guardar produtos e alfaias agrícolas, pagando os respetivos impostos e gozando todas utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem
exercita de direito próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento de
toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.
Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram aquele prédio, por usucapião - título esse que, por natureza, não é
suscetível de ser comprovado pelos meios normais.
Cabeceiras de Basto, nove de junho de dois mil e dezasseis.
A NOTÁRIA,
(Leonor da Conceição Moura)
Emitido recibo
Notícias de Barroso, n.º 495, de 16 de Junho de 2016
AGRADECIMENTO
AMADEU PIRES BARQUEIRO
(Tourém, 14-03-1932 //12-05-2016
A família de AMADEU PIRES BARQUEIRO falecido no Hospital de Santa
Maria, em Lisboa, e em particular seu irmão Manuel Pires Barqueiro, vem por
este único meio agradecer a todas as pessoas que estiveram presentes com atitudes
de generosa e amiga solidariedade tanto nas cerimónias do funeral e seu acompanhamento até
ao cemitério como na missa de 7.º dia realizada na igreja de Tourém.
Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias fúnebres,
se lhe dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
NOTÁRIO
Lic. RODRIGO ANTÓNIO PRIETO DA ROCHA
PEIXOTO
Cartório Notarial
Largo Barão de S. Martinho, nº 13, 4.º 4700-306 –
Braga
Tel. 253265216 Fax 253265215
[email protected]
JUSTIFICAÇÃO
CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura outorgada em 03 de Junho de
dois mil e dezasseis, lavrada a folhas 111 e seguintes, do livro 226-E deste Cartório, a cargo
do Notário Lic. Rodrigo António Prieto da Rocha Peixoto, compareveu:
SÍLVIA MARIA BARROSO AFONSO, NIF 278 462 120, CC nº 06692713 9ZZ2,
válido até 18/05/2017, emitido pela República Portuguesa, natural da freguesia de Salto,
concelho de Montalegre, residente na Rua Padre Manuel Batista, nº 12, freguesia e concelho
de Montalegre, casada sob o regime de separação de bens com Domingos Pereira de Moura
Que é actualmente, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do prédio
rústico, composto de cultura de sequeiro, com a área de três mil e quinhntos metros quadrados,
sito no lugar de Outeiro do Poço, freguesia de Chã, concelho de Montalegre, a confrontar
do Norte com caminho, do Sul com Estrada, do Nascente com caminho e do Poente com
Domingos Moura, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, inscrito
na matriz sob o artigo 9044, com o valor patrimonial tributário e o atribuido de 450,00.
Que este prédio veio à posse da justificante por doação verbal que lhes foi feita no ano
de mil novecentos e noventa, pelos pais dela, José Maria Marques Pereira, viúvo, ao tempo
residente no Lugar de Torgueda, freguesia da Chã, concelho de Montalegre, actualmente
falecido.
Todavia nunca chegou a realizar a escritura de doação, não possuindo assim qualquer
título formal que legitime o domínio sob o referido prédio.
No entanto, desde logo, ela entrou na posse do referido prédio, cultivando-o e dele
retirando todas as suas utilidades e proveitos, pagando os respectivos impostos, à vista de
toda a gente, sem oposição de ninguém, sem violência, fazendo-o de boa fé, pacificamente,
contínua e publicamente.
É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos,
facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por usucapião.
Esse direito, pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título
formal extrajudicial.
Nestes termos, não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo,
vêm justificá-lo, nos termos legais.
ESTÁ CONFORME O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA.
Braga, 03 de Junho de 2016.
O Notário
(Ilegível)
Factura/Recibo nº 806/001/2016-2
Notícias de Barroso, nº 495, de 16 de Junho de 2016
A todos MUITO OBRIGADO!
P’ A FamíliaManuel Pires Barqueiro «Necas»
Barroso
Noticias de
1-Assinaturas
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais:20,00 €uros
Estrangeiras:
Espanha30,00 €uros
Resto da Europa e Mundo
35,00 €uros
2 – Serviços:
Extracto de 1 prédio
35,00 €uros
Agradecimento por óbito 20,00 “
Agradecimento s/foto 20,00 “
Publicidade 1 P200,00 “
3 – Pagamentos
As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale
postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria
Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:
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contacte-nos (00351 91 452 1740)
3 – Informação
Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:
Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
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comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se
registam os pagamentos destes assinantes.
Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
O Algoísmo
Pe Vítor Pereira
É
indisfarçável
que
o
Ocidente,
e
mais
concretamente a Europa, está a
passar por uma crise de fé. De
uma sociedade que facilmente
aceitou ou coabitou com a
ideia de Deus e a doutrina e a
moral da fé, de tal forma que
negar Deus era quase ofensivo
e delituoso, passamos para
uma sociedade que deixou
de se importar com Deus,
alheada da vivência religiosa
e indiferente à sabedoria e às
propostas das religiões, em
que negar Deus ou assumir
o agnosticismo é um sinal de
modernidade, uma exigência
para se pertencer aos «novos
tempos». Alguns estudiosos
sugerem que a Europa está a
passar por um certo «enjoo»
religioso ou por um «cansaço»
BOTICAS
45.º Aniversário da Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários
A Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Boticas comemorou, no passado
domingo, dia 5 de junho, 45 anos
de vida.
A cerimónia contou com
a presença de bombeiros,
familiares, sócios, membros de
várias corporações de bombeiros
e representantes das instituições
e organismos da Proteção Civil,
11
da fé. Outros procuram
apontar outras causas, que
têm a sua relevância: o
niilismo contemporâneo, que
questiona tudo e não aceita
nenhuma
verdade
como
absoluta, o predomínio de
uma mentalidade positivista
e cientificista, que não sabe
pensar para lá do laboratório
e mede tudo pelo alcance do
microscópio, o comodismo
contemporâneo, que adota
estilos de vida sem grande
pensamento e exigência, a
terrível e dura experiência que
foi o século XX, com as suas
guerras e barbaridades, com
um caudal de destruição, morte
e desumanidade inimaginável,
que deixou marcas muito
profundas na alma humana,
suscitando um questionamento
e uma dúvida persistente sobre
todos os princípios, ideias,
convicções, doutrinas, sistemas
de pensamento e ideologias.
Digamos que a Europa está a
passar por «uma noite escura»,
que os místicos cristãos
penosamente descrevem nos
seus livros, em que Deus parece
ausente e não responde senão
com um silêncio inquietante.
Mas, na verdade, pode
haver indiferença para com a
vivência religiosa e para com
as religiões, mas a fé não está
assim tão esquecida no íntimo
das pessoas. Muitas com
quem vou falando, que não
tiveram a formação religiosa
que almejariam ter, afirmam
que não se limitam a pensar
a vida com os olhos voltados
para a terra, mas que acreditam
em «algo acima de nós», que
possivelmente «nos criou, nos
deu a vida e nos governa» e
não deixará de nos «chamar
a participar numa vida para
sempre», «para além da morte».
É o que os teólogos chamam o
algoísmo, talvez a religião mais
popular atualmente, acreditar
em algo, sem saber muito bem
o que isso é, mas acredita-se,
o que prova que a fé em Deus
não se apaga e não se elimina
facilmente do pensamento e
da reflexão humana e que o
ser humano consegue formular
sempre uma ideia de Deus
a partir da experiência e da
perceção que tem da vida e da
realidade. Claro que é muito
cómodo ficar-se pelo algoísmo,
mas um crente a sério esforçase por compreender esse «algo»
em que acredita e procura
relacionar-se com Ele, fonte da
vida, sem o querer dominar ou
entender tudo.
Como afirmam alguns
teólogos, talvez não esteja tanto
em crise a fé em si, a capacidade
e o desejo que a pessoa humana
tem de procurar a razão de
ser da vida e das coisas, de
procurar uma transcendência
que seja a fonte, o sustento e
a plenitude da vida, mas está
em crise a fé numa certa ideia
ou conceito de Deus, a crença
numa determinada identidade
de Deus. E se assim é, as
crises de fé, como tantas que
já houve ao longo da história
humana, são benéficas para a
fé, porque obrigam as religiões
a refletir sobre a imagem que
comunicam de Deus, obrigam a
repensar o discurso, a doutrina
e a moral das propostas
religiosas, eivadas de exageros
e inconsistências, forçam a
mudar esquemas, costumes,
métodos, fórmulas e soluções,
aprofundam a espiritualidade.
As crises acabam por ser
oportunidades e filtros epocais,
que purificam, maturam e
robustecem a fé. Andam por aí
muitas imagens de Deus, que
temos de erradicar do discurso
e da vivência religiosa. Já não
tem qualquer sentido falar do
deus castigador e vingativo,
que nós inventámos, numa
blasfema antropomorfização de
Deus, que criou a religiosidade
do medo e um sem número
de
pessoas
oprimidas,
permanentemente
assoladas
por escrúpulos e perturbações.
Já é tempo de questionarmos
a imagem de um deus que
exige sacrifícios sem mais nem
menos, que exige expiações e
penitências para sanar a culpa
e dar prémios, parecendo que
se compraz com a dor humana,
já é tempo de se repensar no
deus milagroso, que temos
de despertar e convencer
pela oração ou qualquer ato
heroico, dando a impressão
de que anda distraído e não
conhece a vida das pessoas,
salvando uns e a outros deixaos morrer, já é tempo de nos
interrogarmos sobre a imagem
demasiado humana de Deus
que ensinamos e pregamos, um
deus de humores e caprichos,
que se ofende e que está muito
ofendido…Não acho que seja
esta a linguagem correta e a
melhor imagem de Deus.
Como todas estas ideias e
imagens de Deus andam muito
longe do Deus santo, bom,
misericordioso e amoroso que
Jesus ensinou!
nomeadamente, o Comandante
Operacional Distrital de Operações
de Socorro (CODIS), Álvaro
Ribeiro, da Liga dos Bombeiros
Portugueses, José Morais, e da
Federação Distrital dos Bombeiros
de Vila Real, José Pinheiro.
As
celebrações
foram
marcadas pela promoção, a
Bombeiros de 3.ª Classe, de oito
elementos da corporação. Foram
também condecorados pelo
excelente serviço prestado três
soldados da Paz, um com Medalha
Grau Prata pelos 10 anos de
serviço e dois com Medalha Grau
Ouro, pelos 15 anos ao serviço da
corporação botiquense.
As comemorações do 45.º
Aniversário ficaram marcadas pela
bênção, no final da missa, de duas
novas viaturas, uma Ambulância
de Transporte de Doentes Não
Urgentes (ABTD) e um Veículo de
Comando Tático (VCOT).
A bênção dos veículos
realizou-se logo após a celebração
eucarística, sendo que uma das
viaturas foi amadrinhada pela
responsável ambiental do Projeto
Tâmega da IBERDROLA, Sara
Hoya.
O Presidente dos Bombeiros
Voluntários de Boticas, Fernando
Queiroga, afirmou que “a
aquisição de mais duas viaturas é
fundamental para que os serviços
prestados à população do concelho
de Boticas sejam de qualidade”.
De
seguida,
realizou-se
o tradicional desfile apeado e
motorizado pelas ruas da vila de
Boticas e a homenagem a todos os
bombeiros junto ao monumento
dedicado aos soldados da Paz,
localizado na rotunda do Largo
Conde Vila Real.
Por último, decorreu no
Pavilhão Multiusos um almoço
convívio onde não faltou o
habitual bolo de aniversário e o
cantar dos Parabéns à Associação
Humanitário dos Bombeiros
Voluntários de Boticas, pelo seu
45.º aniversário.
Trutta. Para além disso, visitaram
o Centro Interpretativo onde
puderam conhecer outras espécies
de peixes existentes nos rios do
concelho, como é o caso dos
Escalos e das Bogas.
Reabilitação Urbana poderão
vir a beneficiar de um conjunto
de apoios, benefícios fiscais e
incentivos na realização de obras
de recuperação de habitações e/ou
edifícios.
O Presidente da Câmara
Municipal, presente na sessão de
esclarecimentos, afirmou que “é
importante que os proprietários
dos prédios usufruam dos apoios
e benefícios previstos para a
requalificação desta freguesia”.
“Todos os incentivos são essenciais
para que possamos revitalizar as
nossas freguesias, neste caso, a
freguesia de Boticas e Granja”,
acrescentou o autarca.
Dia Mundial do Ambiente
assinalado
A Associação Ambiental e
Cultural Celtiberus em parceria
com a Câmara Municipal
assinalaram, no passado dia 6 de
junho, no Parque de Natureza e
Biodiversidade, o Dia Mundial do
Ambiente com várias atividades
dirigidas aos alunos do 1.º ciclo do
Agrupamento de Escolas Gomes
Monteiro.
O Dia Mundial do Ambiente
que se celebra, anualmente,
no dia 5 de junho tem como
missão sensibilizar as pessoas
para a proteção e preservação
do meio ambiente e de todos os
ecossistemas, nomeadamente os
aquáticos.
Neste sentido, as crianças
tiveram a possibilidade de passear
livremente pelo Boticas Parque
e de plantar árvores de fruto, o
que contribuiu para o aumento e
diversidade do número de árvores
existentes no parque. De seguida
visitaram a Truticultura e o Parque
de Pesca da Relva, onde ficaram
a conhecer as caraterísticas e
ciclo de vida de uma das espécie
autóctones do rio Beça, a Salmo
Regeneração Urbana na
Freguesia de Boticas e Granja
O Auditório Municipal de
Boticas recebeu na passada
quarta-feira, dia 8 de junho, uma
sessão de esclarecimentos sobre a
Regeneração Urbana da Freguesia
de Boticas e Granja.
Os proprietários de imóveis
abrangidos
pela
Área
de
12
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
«Juramento de bandeira» do RI 19 de Chaves
Barrosão de Tourém condecorado
No passado dia 9 de Junho,
na Praça Camões, teve lugar
a cerimónia do “Juramento de
Bandeira” do Regimento de
Infantaria 19, de Chaves.
Como é da tradição que
estes actos oficiais do Exército
re realizem intra-muros, ou seja,
nos quarteis que reunem para
o efeito todas ascondições, tal
cerimónia decorrer na Praça
Camões, bem de frente do
edifício da Câmara Municipal
de Chaves, suscitou uma maior
curiosidade de grande parte
da população flaviense que ali
acorreu para assistir aos desfiles
e a todos os momentos da parada
militar.
O
comandante
do
Regimento, Armando dos Santos
Ramos, valpacense, e já com o
posto de Coronel, decidiu trazer
os militares para a rua e fazer
as ditas cerimónias no lugar
mas nobre do município, o que
é de enaltecer para se mostrar
o verdadeiro serviço que os
militares prestam à nação.
A Banda de Música
da Região Militar do Norte
esteve presente para animar e
engrandecer o acto solene que
no desfile fez subir a adrenalina
a todos os presentes.
Sousa?
Em Montalegre e Tourém e
em todas as aldeias do Rio todos
o conhecem. O «Sousa» é na
tural de Tourém mas reside em
Montalegre onde é proprietário
do Stand Auto Cávado, situado
na Rua do Avelar. Tem um vasto
currículo, que começou na
Mocidade Portuguesa em 1965.
Fez a vida militar no Porto e em
Sacavém. Mobilizado no BC 10,
de Chaves, exerceu em Angola
a função de mecânico com
elevado profissionalismo que lhe
valeu ser distinguido pela Região
Militar de Angola onde prestou
António Tecelão de Sousa
António Tecelão de Sousa,
de Tourém, que foi 1.ºCabo
Mecânico Auto-Rodas na CICA,
do Porto, e que prestou serviço
militar em Angola, de 1967 a
1969, na guerra colonial, depois
de mobilizado pelo BC 10 de
Chaves, foi ali condecorado com
a medalha comemorativa das
campanhas de mérito aos exmilitares.
Quem é António Tecelão de
AGRADECIMENTO
CERTIFICADO
JOSÉ ALVES
(Salto, 24-01-1934 //12-06-2016
Certifico que no dia nove de junho de dois mil e dezasseis, perante mim, Notária, Leonor
da Conceição Moura, com cartório sito na rua 25 de abril, 12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto,
foi outorgada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 28 do Livro 91 – A,
intervindo como justificantes:
Jaime Pereira Mateus NIF 165.428.929. e esposa Ana Pereira Gonçalves Mateus NIF
165.428.937. casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de
Pondras e ela da freguesia de Salto, ambas do concelho de Montalegre, e residentes na rua da
Estrada, nº11, São Fins, freguesia de Venda Nova e Pondras, concelho de Montalegre.
Mais certifico que foi declarado o seguinte:
Que são donos e legítimos possuidores, e com exclusão de outrem, do seguinte prédio sito no
serviço desde 1967 a 1969.
Tirou vários cursos de
formação profissional no CEPRA
e não só de mecânica mas
também de outras áreas como
Gestão Electrónica de Sistemas
Auto e Reparação de Carroçarias,
entre outras.
É em Montalegre delegado
da
Associação
Portuguesa
dos Veteranos da Guerra. Em
Chaves, no passado dia 9, foi
condecorado pelo Comandante
Cor. Armando Ramos com a
medalha comemorativa das
campanhas de mérito concedida
a alguns ex-militares.
A família de JOSÉ ALVES vem por este único meio agradecer a todas as pessoas
que a acompanharam em atitudes de generosa e amiga solidariedade tanto
nas cerimónias do funeral e seu acompanhamento até ao cemitério como na missa de 7.º dia.
Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias fúnebres,
se lhe dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
lugar de Cortinha, freguesia de Venda Nova e Pondras, concelho de Montalegre:
- Rústico – cultura arvense de sequeiro com a área de mil e cem metros quadrados, a
AGRADECIMENTO
confrontar de norte e poente com herdeiros de António Batista Barroso, de sul com João
Evangelista Gonçalves e de nascente com estrada municipal, omisso na conservatória, e inscrito
HEITOR LOPES GONÇALVES SEARA
(Padroso, 12-03-1936 //03-06-2016
na matriz em nome do justificante sob o artigo 75, que proveio do artigo 76 da extinta freguesia
de Pondras, desconhecendo-se qualquer proveniência na antiga matriz, e com o valor patrimonial
e atribuído de € 3.79.
Que os justificantes, no ano de mil novecentos e setenta e cinco, adquiriram por compra e
venda verbal, no estado de casados, a Américo Gonçalves Pereira Afonso, solteiro, maior e já
falecido, residente que foi no lugar de São Fins, freguesia Pondras referida, o referido prédio,
tendo entrado nessa data na posse do mesmo, mas não dispondo de qualquer título formal para o
registar na conservatória, em seu nome.
No entanto, os justificantes passaram, desde essa data, a usufrui-lo, limpando-o, vedando-o,
cultivando-o e colhendo seus frutos, pagando os respetivos impostos e gozando todas utilidades
por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita de direito próprio, de boa fé, por ignorar lesar
direito alheio, pacificamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento
A família de HEITOR LOPES GONÇALVES SEARA, de Padroso, vem por este
único meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam em atitudes
de generosa e amiga solidariedade tanto nas cerimónias do funeral e seu acompanhamento
até ao cemitério como na missa de 7.º dia na Igreja de Padroso.
Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias
fúnebres, se lhe dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
de toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.
AGRADECIMENTO
Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram aquele
prédio, por usucapião - título esse que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos
MARIA PIRES MIRANDA
(Montalegre, 22-11-1923 //13-06-2016
meios normais.
Cabeceiras de Basto, nove de junho de dois mil e dezasseis.
A NOTÁRIA,
(Leonor da Conceição Moura)
Emitido recibo
Notícias de Barroso, n.º 495, de 16 de Junho de 2016
A família de MARIA PIRES MIRANDA, de Montalegre, vem por este único
meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam em atitudes de
generosa e amiga solidariedade tanto nas cerimónias do funeral e seu acompanhamento até
ao cemitério como na missa de 7.º dia na Igreja de Montalegre.
Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias
fúnebres, se lhe dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
13
Portugal é o 5.º País
mais Pacífico do Mundo
homicídios,
terrorismo,
justiça
social,
participação
em
criminalidade, que em muitos
e muitos países vai tão mal.
conflitos, grau de militarização
Índice Global da Paz de 2016
produzidos pelo Instituto para
a Economia e Paz com sede em
Sidney
apresentam
Portugal
como o 5º País mais pacífico do
Mundo. Um salto substancial:
o
índice
anterior
apontava
investimento em áreas sociais
calcanhar de Aquiles, a injustiça
em qualquer setor.
o país que consegue baixar este
social gera no ser humano uma
Terrorismo,
índice, quantas vidas seriam
revolta sem medida; os jovens
em
de
salvas principalmente entre os
não têm estrutura suficiente
militarização e gastos com
Islândia - º lugar, Dinamarca -
jovens, é uma triste realidade.
para suportar a injustiça social,
armas: Portugal nestes itens vive
2º lugar, Áustria - 3º lugar, Nova
Todos os dias a conviver com
revoltam-se contra todos e
relativa calma, foram-se os dias
Zelândia - 4º lugar e Portugal -
toda a sorte de violência, e
contra tudo, algumas vezes
das guerrilhas nas colônias da
5º lugar.
quando se pensa que pior
essa revolta nem se justifica:
África, o terrorismo parece não
Um progresso significativo
não poderia ser, aparece mais
antes roubava-se para comer,
ter chegado aí, embora todo o
dentro e fora do país. Um
um, dois ou mais tipos de
hoje é para ter um tênis de
cuidado seja pouco, e muito se
orgulho a mais para o povo
violência com a qual nem
marca que o outro tem e ele
deve estar fazendo para manter
português. Quantos países a se
sequer se sonhava: estupro
não; um celular com mais
o país em relativa paz.
queixarem da falta de segurança
coletivo, crianças de dez anos
aplicativos. Nem é bem querer
Os governos de São Paulo
Estar entre os primeiros
cinco
Os dados publicados no
Justiça social: aqui está o
minimizar esta questão e muito
A taxa de homicídios: feliz
e gastos com armas.
Lita Moniz
também.
lugares
ao
lado
participação
conflitos,
grau
de
pública, quantos crimes seriam
fazendo uso de armas atirando
o que o outro tem, é ser o que
e outros Estados que têm a
Portugal em 14º lugar entre os
evitados
mundo
para matar. A bala que sai da
o outro é, mas chegar lá pela lei
mesma
países mais pacíficos.
afora se a segurança pública
arma que está na mão de uma
do menor esforço.
e até mais habitantes do que
realmente fosse eficiente?
criança também mata. E essa
Justiça social se resolve com
Portugal inteiro por Estado,
um
criança assim exposta à vida
práticas que vão desde apoio aos
gostariam muito de estar na
Os indicadores qualitativos
e quantitativos utilizados para
É
por
sem
este
dúvida
dimensão
se chegar a este índice incluem
termômetro
para
do crime terá muita sorte se
pais mais carenciados; práticas
posição
segurança pública, taxa de
se aferir a quantas anda a
não acabar morta por uma bala
educativas direcionadas para
mérito conquistou.
seguro
que
territorial
Portugal
com
Dos Eatados Unidos, Bridgeport, CT
DIA DE PORTUGAL EM BRIDGEPORT
No dia 10 de Junho, a
comunidade
Bridgeport,
Domingos Dias
portuguesa
celebrou,
de
mais
Ganim,
o
presidente
da
assembleia, Thomas McCarthy,
o
consul
de
nossa comunidade.
No dia 12, foi celebrado
Portugal
em
o Dia de Portugal no Centro
advogado
uma vez, o Dia de Portugal,
Connecticut,
Bill
Cultural Português Vasco da
com uma cerimónia formal na
Gouveia, o director geral do
Gama. Houve também outras
Câmara Muncipal que incluiu
Centro
Português
celebrações dedicadas ao Dia
o içar da bandeira portuguesa.
Vasco da Gama, Victor Frazão,
de Portugal e das Comunidades
assim
figuras
Portuguesas em várias cidade
importantes da cidade e da
de Connecticut, como Danbury,
Estiveram
presentes
o
presidente da Câmara, Joseph
A contar da esquerda: Victor Frazão,
director geral do Centro Cultural Português
Vasco da Gama; Adv. Bill Gouveia, Consul
de Portugal em Connecticut; Joseph Ganim,
Presiente da Câmara Municipal de Bridgeport.
Cultural
como
outras
Bill Gouveia, Consul de Portugal em
Connecticut, discursando na celebração do
DIA de Portugal na Câmara Municipal de
Bridgeport.
Hartford, Waterbury, etc.
Os emigrantes portugueses
, espalhados pelo mundo, ao
celebrarem o dia de Portugal,
mostram que continuam a ser
patriotas e não se esquecem do
seu país de origem.
Membros da comunidade portuguesa de Bridgeport com o Mayor
Josepf Ganin, no DIA de POrtugal.
14
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2016
Os Encontros de (Des)Educação de Basto e Barroso
Os Encontros de Educação
de Basto e Barroso, este ano,
realizados em Montalegre,
tiveram
a
presença
do
Secretário de Estado da
Educação, João Costa. Para
além do governante, marcaram
presença
outras
figuras
nacionais ligadas ao ensino
das quais será justo destacar
o Dr David Justino, presidente
do Conselho Nacional de
Educação,
o
Delegado
Regional de Educação do Norte
(José Mesquita), Presidente
do Conselho Geral (Dores
Pinheiro),
os
Presidentes
das Câmara Municipais de
Montalegre, Cabeceiras de
Basto, Celorico de Basto,
Mondim de Basto e Ribeira
de Pena, Diretor do Centro
de Formação de Basto os
Presidentes
das
diferentes
Associações de Pais e EE.
Deixando de parte a
triste cena de os responsáveis
camarários e seu séquito
abandonarem a sessão e
deixarem o Secretário de
Estado da Educação sentado
sozinho na primeira fila, caso
que irá dar que falar por mais
algum tempo, limitamo-nos a
dar conhecimento do trabalho
do Dr. Paulo Alves que, devido
a motivos de saúde, ali foi lido
pela Dra Graça Martins.
Agradeceu a todas as
associações culturais presentes
e em particular a Sua Excelência
o Senhor Secretário de Estado
da Educação, Dr. João Costa,
ilustre e destacado governante
e a todos os conferencistas,
moderadores e comentadores,
«que se deslocaram de tão
longe para connosco partilhar
os seus saberes. A todos, o
nosso muito obrigado!»
Adiante, referindo-se ao SE,
João Costa: «Quero endereçarlhe
os
meus
parabéns,
extensíveis, naturalmente, ao
Senhor Ministro da Educação,
pela forma corajosa como têm
enfrentado os grandes lóbis
ligados à Educação, de que os
Contratos de Associação com
os Colégios Privados são o mais
recente caso».
«Saudar também a decisão
do Ministério da Educação,
que nos foi transmitida pelo
senhor Delegado Regional de
Educação da Região Norte,
Dr. José Mesquita, na reunião
do passado dia 12 de abril,
na Escola Secundária Dr.
Júlio Martins, em Chaves,
de só fechar as escolas do
Primeiro Ciclo que as Câmaras
Municipais entendessem que
deviam fechar. Esta é uma
boa medida de combate à
desertificação do interior do
País. Os nossos Parabéns!
Queremos, no entanto, Sr.
Secretário de Estado, aproveitar
a sua presença na Capital de
Barroso, para lhe transmitir
algumas das nossas principais
preocupações, solicitando-lhe
o seu empenhamento na rápida
resolução.
· Este Agrupamento é
constituído por duas escolas
básicas e secundárias cujas
instalações se apresentam
muito degradadas. A agravar
tudo isto, o isolamento das
paredes, janelas e portas é
muito fraco, entrando o frio
“por todos os lados”. Alunos,
professores e funcionários têm
sido uns autênticos heróis por
terem aguentado trabalhar,
durante todo este tempo, nestas
condições. Urge pois, tomar
medidas urgentes para resolver
a situação. Aguentar mais um
inverno nestas condições pode
não ser possível;
·
Existem
problemas
institucionais
entre
o
Agrupamento e a Câmara
Municipal que, dada a natureza
deste evento, entendemos não
dever aqui focar. No entanto,
para bem das nossas crianças,
urge tomar medidas para
que, quem criou o problema,
saiba estar à altura das suas
responsabilidade, vindo a jogo
lutar pela qualidade do ensino
na sua terra. Ao Ministério
da Educação, exige-se que,
rapidamente, saiba pôr um
travão nesta problemática;
· Encontre-se, também,
uma solução para os docentes
em Mobilidade por Doença.
Se é verdade que existem
muitos professores a necessitar
desta ajuda, não é menos
verdade que existe a suspeita
de que muitos se aproveitam
deste mecanismo legal para
se aproximarem de casa. Se
fosse obrigatória a confirmação
da doença por uma junta
médica, por exemplo, estou
certo que muito aumentaria
a transparência, com claros
benefícios para todos;
· Termino, Senhor Secretário
de Estado, pedindo-lhe que o
Ministério da Educação envolva
mais as Direções Escolares
na procura de soluções para
a melhoria da qualidade de
ensino. Ao
mesmo
tempo,
solicito-lhe, que se tomem
medidas para a criação de uma
linha telefónica direta entre os
vários organismo do Ministério
da Educação e as Direções
Escolares para que, em tempo
útil, se possam resolver os reais
problemas com que as escolas
se vão debatendo».
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para
Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de
situações em que a oferta de emprego publicada já foi
preenchida devido ao tempo que medeia a sua
disponibilização e a sua publicação.
Nome do Centro de Emprego
Centro de Emprego e Formação
Profissional do Alto Tâmega
Serviço de Emprego de
Chaves
Rua Bispo Idácio nº
50/54
5400 303 Chaves
Telefone: 276340330
E-mail:
[email protected]
Nome da Profissão
Nº Oferta
Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou
completo) e Informações Complementares
Nome da Freguesia/Concelho a que respeita
o Posto Trabalho a ser preenchido
Distribuidor
588692817
contrato a termo certo de 12 meses
Boticas
Empregado de Bar
588692731
contrato a termo certo de 3 meses,
Beça/ Boticas
Empregado de Bar
588692869
contrato a termo certo de 12 meses
Beça/Boticas.
16 de Junho de 2016
DESPORTO
CHEGAS DE BOIS
BTT “Gerês Granfondo”
2016 em Montalegre
Realizou-se no passado
dia 12 mais uma jornada de
Chegas de Bois de acordo com
o calendário definido pela
Associação Etnográfica «O boi
do povo». Assim, no Campo
de Chegas do Sr da Piedade,
os amantes da modalidade
tiveram a oportunidade de
assistir a duas Chegas.
A primeira opôs o boi do
Montalegre recebeu a
edição deste ano do “Gerês
Granfondo”, evento que
iniciou na vila do Gerês e
que conta com os já habituais
GRANFONDO 153km (2700
+D) e MEDIOFONDO 96km
(1900 +D), passando por cinco
barragens: Salamonde, Venda
Nova, Pisões, Sezelhe, Paradela
e as aldeias de Fafião, Cabril,
Ponteira e lagoas do Taithi.
Ao todo, estiveram mais de
2.000 atletas em estrada.
rasgados elogios à barragem do
Alto Rabagão.
A barragem do Alto
Rabagão, mais conhecida por
barragem dos Pisões, recebeu
a prova internacional “Pisões
Carp Classic” 2016, evento
que contou com cerca de 80
participantes, distribuídos por
30 equipas (três espanholas).
Tal como tinha acontecido na
edição anterior mas desta vez a
uma outra escala -, o encontro
possibilitou o convívio, a
CONCURSO PECUÁRIO DA
VENDA NOVA
António Carneiro, de Paio
Afonso, ao do Zé de Paredes,
de Salto. Foi uma luta renhida
durante quase um quarto de
hora, e que o boi do Zé de
Paredes acabou por ganhar.
Na segunda, os bois do Zé
Ribeiro, de Montalegre, e da
Catarina Teixeira, de Bagulhão,
de Salto, liaram menos tempo.
E também nesta Chega a
“bandeira” foi para Salto. O
boi da Catarina Teixeira, mais
possante, não deu hipóteses
ao boi de Montalegre que
não resistiu mais de poucos
minutos.
No próximo Domingo,
continuam as Chegas realtivas
aos quartos de final do
Torneio.
Barroso
Noticias de
Realiza-se no último
sábado deste mês, dia 25, o
tradicional concurso pecuário
de raça barrosã da Venda
Nova que é uma iniciativa
promovida pelo executivo da
União das Freguesias de Venda
Nova e Pondras e que conta
com o apoio, entre outros, da
autarquia.
PESCA DESPORTIVA
II “Pisões Carp Classic” teve
grande sucesso
Pelo segundo ano
consecutivo, a Associação
Portuguesa de Carp Fishing, com
o apoio da Câmara Municipal
de Montalegre, organizou a
prova internacional de pesca
desportiva “Pisões Carp Classic”.
Durante quatro dias, mais de
80 participantes recolheram
excelentes exemplares que,
no peso final, contabilizaram
mais de uma tonelada. Entre
outros considerandos, deixaram
troca de impressões e a salutar
competição desportiva entre
carpistas experientes e menos
experientes, carpistas do
mundo da competição (em
que Portugal tem alcançado
resultados excelentes) e
carpistas lúdicos, do centro,
do norte e do sul de Portugal,
e até de diversas províncias do
país vizinho. Além de outros
atletas com provas dadas nas
competições oficiais nacionais
e internacionais, deve-se
destacar a presença dos atuais
campeões nacionais (a dupla
Nuno Pereira/Nelson Oliveira)
e do selecionador nacional,
Gonçalo Teodósio, que além de
terem alcançado um lugar no
pódio ficaram particularmente
impressionados com o local.
A organização esclarece:
«os que ainda não conheciam
o potencial da albufeira para a
modalidade ficaram rendidos
com a beleza da paisagem, a
extensão impressionante do
espelho de água (que poderia
acomodar bastantes mais
pesqueiros), mas sobretudo
com a dimensão média das
capturas, bem acima daquilo
que vulgarmente se captura
em provas nacionais da
especialidade». No mesmo tom,
afirma: «tendo-se capturado
e devolvido à água – como
ditam as regras da modalidade
- mais de uma tonelada de
carpas, praticamente não
houve exemplares abaixo das
dimensões mínimas de 3,5 kg.
Dois exemplares ultrapassaram
os 10 kg e houve muitos a
rondar os oito e nove quilos».
O peso final do pescado
ultrapassou uma tonelada.
Mais de 1 Tonelada de
Pescado
Gabriel Pereira, presidente
da Associação Portuguesa de
Carp Fishing, explicou que este
ano «o número de participantes
aumentou 50% e as capturas
superaram todas as expetativas,
com mais de uma tonelada
de pescado». Para além destes
bons resultados, o responsável,
adiantou ainda, que «foram
estabelecidos contactos»,
nomeadamente, com o
selecionador nacional de pesca
à carpa, que também participou
nesta prova, de forma «a realizar
na barragem dos Pisões outras
provas importantes». O objetivo
passa ainda pela apresentação
de uma candidatura para a
realização de uma prova do
Campeonato do Mundo.
PISÕES CARP CLASSIC
O enduro PISÕES CARP
CLASSIC é uma prova
internacional de pesca
15
desportiva na modalidade de
carp fishing ou pesca moderna
à carpa, que busca os maiores
exemplares e pratica a pesca
sem morte. Foi lançada e
é organizada pela A.P.C.F.
(Associação Portuguesa de
Carp Fishing), sempre em
estreita parceria com a Câmara
Municipal de Montalegre,
que, além dos patrocinadores
oficiais, tem dado um apoio
significativo à prova, sem o qual
esta não teria a projeção, fama e
prestígio que agora tem para os
apreciadores da modalidade.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1 - Ricardo Silva/Tiago
Gonçalves/Cláudio Ribeiro 197,550kg
2 - Gonçalo Teodósio/Carlos
Nunes - 153,600kg
3 - Nuno Pereira/Nelson
Oliveira - 134,375kg
… … ...
Peso total: 1.171665
Número de peixes: 222
Regulamento
– Peso mínimo pontuável:
3,500kg
– Proibido o uso de todo o tipo
de barcos.
– Opção de a equipa inscrever
um terceiro elemento, mas o
pesqueiro continua limitado a
um máximo de 4 canas em ação
de pesca.
– As inscrições são limitadas e
só são válidas após recebermos
os boillies das mesmas.
Boillies:
Sócios da APCF – 40€
Não-sócios – 50€
Terceiro elemento sócio da
APCF – 20€
Terceiro elemento não-sócio – 25€
Fonte: cm-montalegre
Barroso
Noticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]
Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]
Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]
Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura
Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre
Registo no ICS: 108495
Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt
Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA),
João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,
Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
Vergonhoso crime
ambiental em Montalegre
A Câmara Municipal de
Montalegre vem, desde há
há muitos anos a esta parte,
utilizando a vertente nornordeste da Pista de Rallycross
para ali depositar toda a espécie
de lixos, desde plásticos a
utensílios domésticos fora de
uso, colchões velhos, sofás,
mobílias e diversos produtos
orgânicos em decomposição.
Há dias atrás, um cidadão
atento pôde ver e registar
através de imagens que
esses lixos a céu aberto, se
espalhavam pelo terreno anexo
à referida Pista e estavam a ser
consumidos pelo fogo. Uma
carrinha, supostamente da
Câmara Municipal, vigiava de
perto a operação.
Ou seja, está ali instalada
uma
enorme
lixeira
da
responsabilidade da Câmara
de Montalegre que, de tempos
a tempos, uma máquina
retroescavadora se encarrega de
fazer desaparecer enterrando
esses lixos expostos.
Trata-se
dum
grave
atentado ao ambiente que já
foi publicamente denunciado
pelos vereadores da oposição
nas reuniões da Câmara e pelo
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
próprio PSD em comunicado
recentemente divulgado na
comunicação social e nas redes
sociais.
O degradante espectáculo
toma medidas mais expressivas
quando da realização dos
grandes eventos como a
SEXTA 13, Feira do Fumeiro e
Campeontato de Ralicross.
Entretanto o Ecoponto
do Valdoso, construido para
receber este tipo de lixos,
continua encerrado, o que
contribui para que a população
seja incentivada à prática de
fazer os despejos naquele sítio
da Pista sobre as barreiras de
terra ali existentes.
Nos tempos que correm em
que o esforço a nível nacional e
mundial se está a implementar
para se conseguir um ambiente
mais saudável e preservar
o futuro do planeta para os
vindouros, a atitude da Câmara
Municipal de Montalegre, além
de vergonhosa, é um verdadeiro
acto criminoso de que o
Ministério Público e entidades
ambientais dele devem tomar
o devido conhecimento e
aplicar as medidas adequadas
que permitam por termo a esta
situação.
«A região de Barroso
que porventura terá uma
das paisagens mais típicas e
mais lindas de Portugal não
pode tolerar um atentado
desta natureza e, deste modo,
dar a imagem de ser um
reino selvagem, civicamente
atrasado, administrado por
gente incompetente e sem
preocupação
ambiental»,
tal como se refere num
comunicado acusatório.

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