A placa dental como um biofilme

Transcrição

A placa dental como um biofilme
10/11/2008
1ª Jornada Nacional para
Técnicos e Auxiliares de
Odontologia
A placa dental como um biofilme
•Biofilme Æ Comunidade microbiana relativamente
indefinida associada à superfície de qualquer material duro
não-descamativo (dente)
Adaptado de Paul Kolenbrander
A placa dental
como um biofilme
A placa dental como um biofilme
•Biofilme Æ Comunidade microbiana relativamente
(Wilderer & Charaklis, 1989)
A placa dental como um biofilme
•Biofilme Æ Glicocálice e Canais de água
indefinida associada à superfície de qualquer material duro
Adaptado de Paul Kolenbrander
não-descamativo (dente)
(Wilderer & Charaklis, 1989)
(Center for biofilm engineering, Montana State University - Bozeman)
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10/11/2008
A placa dental como um biofilme
•Biofilme
A placa dental como um biofilme
•Biofilme
Balneário Camboriú – 1945
Balneário Camboriú – Dias atuais
A placa dental como um biofilme
A placa dental como um biofilme
•Biofilme Æ Glicocálice (Prédios) e Canais de água (Ruas)
Bactérias (Pessoas)
A placa dental como um biofilme
•Quanto a localização
O Cálculo
•Placa supragengival
•Mineralização da biofilme Æ Cálculo
•Aderido à superficie dental
Placa subgengival
•Placa
•Dureza moderada
(Lindhe , J et al, 2004)
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10/11/2008
O Cálculo
O Cálculo
•Mineralização da biofilme Æ Cálculo
•Mineralização da biofilme Æ Cálculo
•Aderido à superficie dental
•Aderido à superficie dental
•Dureza moderada
•Dureza moderada
•Poroso Æ Retentor de placa
•Poroso Æ Retentor de placa
•Supragengival Æ Colocaração branca ou amarelada
(Lindhe , J et al, 2004)
(Lindhe , J et al, 2004)
O Cálculo
•Mineralização da biofilme Æ Cálculo
•Aderido à superficie dental
Gengivite
•Dureza moderada
•Poroso Æ Retentor de placa
•Supragengival Æ Colocaração branca ou amarelada
•Subgengival Æ Coloração marrom ou negra
(Lindhe , J et al, 2004)
Gengivite
Tratamento da gengivite
•O acúmulo de biofilme precede diretamente e inicia a gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
•Placa não-específica
•Cálculos dentais
•Alterações inflamatórias (edema, eritema e sangramento
•Excessos em restaurações dentais
espontâneo) Æ Gengivite
0
Saúde
10
Dentes apinhados
•Dentes
-
21
28
Gengivite
42
•Cavidades dentais abertas
Saúde
•Remoção do biofilme Æ Restabelecimento da saúde
•Estudos clássicos de Löe et al. 1965 e Theilade et al. 1966
•Remoção mecânica do biofilme
•Limpeza profissional
•Higiene oral
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Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
•Cálculos dentais
Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
•Cálculos dentais
•Excessos em restaurações dentais
Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
•Cálculos dentais
•Cálculos dentais
•Excessos em restaurações dentais
•Excessos em restaurações dentais
Dentes apinhados
•Dentes
Dentes apinhados
•Dentes
•Cavidades dentais abertas
Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
Tratamento da gengivite
•Remoção dos fatores retentivos de biofilme
•Cálculos dentais
•Cálculos dentais
•Excessos em restaurações dentais
•Excessos em restaurações dentais
Dentes apinhados
•Dentes
Dentes apinhados
•Dentes
•Cavidades dentais abertas
•Cavidades dentais abertas
•Remoção mecânica do biofilme
•Remoção mecânica do biofilme
•Limpeza profissional
•Limpeza profissional
•Higiene oral
•Higiene oral
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Gengivite
Acúmulo de Biofilme Æ Gengivite
Gengivite
Remoção Mecânica Profissional - Ultrassom
Gengivite
Gengivite
7 dias após
Antes
7 dias após limpeza
A Doença Periodontal
A Doença
Periodontal
• Fator etiológico
• Microrganismos específicos – Biofilme
• Doença Infecciosa - perda inserção
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A Doença Periodontal
A Doença Periodontal
Patogênese da Doença Periodontal
Patogênese da Doença Periodontal
Fatores Ambientais
X
Desafio
Microbiano
Resposta
p
do
Hospedeiro
Destruição
D
t i ã
Tecidual
Fatores
Genéticos
Alterações
Alt
õ
Clínicas
Fatores
Sistêmicos
X
Desafio
Microbiano
Resposta
p
do
Hospedeiro
Destruição
D
t i ã
Tecidual
(Adaptado de Kornman and Page, 1997)
Alterações
Alt
õ
Clínicas
(Adaptado de Kornman and Page, 1997)
A Doença Periodontal
A Doença Periodontal
Patogênese da Doença Periodontal
• Doença Infecciosa - perda inserção
90 dias
Tempo 0
A Doença Periodontal
Controle Mecânico
Patogênese da Doença Periodontal
• Remoção mecânica do biofilme é
essencial para o controle da doença
periodontal
•Inicialmente Æ Curetas manuais
Tempo 0
180 dias
(AAP, 2000)
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Curetas Manuais
•Depende da habilidade do profissional
Curetas Manuais
•Depende da habilidade do profissional
•Remoção criteriosa
•Instrumentação excessiva
Æ Perda de cemento e dentina
•Hiperssensibilidade
•Pulpite
(Lindhe et al, 2004)
(AAP, 2000)
O Ultrassom em Periodontia
Evolução
•Aparelhos sônicos e ultrassônicos
•Histórico
•1953
1953 – Catuna
C t
Æ Corte
C t d
de d
dente
t
•1955 – Zinner Æ Remoção de depósitos nos dentes
•1960 – McCall & Szmyd Æ Aceito como procedimento
alternativo às curetas manuais
(AAP, 2000)
Evolução
O Ultrassom em Periodontia
•Aparelhos sônicos e ultrassônicos
•Inicialmente
ÆRemoção de manchas
ÆCálculo volumoso supragengival
Antes
Before
Depois
After
(AAP, 2000)
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O ultrassom em Periodontia
Tipos de Ultrassom em Periodontia
•2 tipos de aparelhos vibratórios
•Aparelhos sônicos e ultrassônicos
Sônicos
Tipo
•Recentemente
ÆPontas mais finas e compridas
Turbina de ar
Ultrassônicos
Magnetoestrictivos
Piezoelétrico
3 000 à 8.000
8 000 Hz 18.000
18 000 à 45.000
45 000 Hz 25.000
25 000 à 50.000
50 000 Hz
Frequência 3.000
ÆMelhor acesso em bolsas > 5mm
ÆMaior eficiência subgengival
Tipo de
movimento Linear e elíptico
Linear, elíptico e
da ponta
circular
(AAP, 2000)
Tipos de Ultrassom em Periodontia
•2 tipos de aparelhos vibratórios
Linear
(AAP, 2000; Walmsley AD et al, 2008)
Tipos de Ultrassom em Periodontia
•2 tipos de aparelhos vibratórios
Modelo Ultrassônico
Profi III Ceramic Dabi Atlante
Modelo Sônico
Kavo Sonic Borden
Modelo Ultrassônico
Cavitron Select Dentsply
Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
Pontas de Ultrassom em Periodontia
As pontas e suas Diferenças
Tamanhos: 3, 10, 100 e 1000 Æ formatos e a utilização
3 – para remoção inicial de cálculos severos,
raspagem grosseira supragengival.
•Dentsply
•Hu-Friedy
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Pontas de Ultrassom em Periodontia
Pontas de Ultrassom em Periodontia
As pontas e suas Diferenças
As pontas e suas Diferenças
Tamanhos: 3, 10, 100 e 1000 Æ formatos e a utilização
Tamanhos: 3, 10, 100 e 1000 Æ formatos e a utilização
10 – Com angulatura próxima a 90º, é indicada para
raspagens refinadas de cálculos supragengivais
leves e moderados.
100 – Angulatura dupla e próxima aos 135º. Também
é indicada para cálculos leves e moderados e
deverá ser escolhida de acordo com a anatomia do
dente.
Pontas de Ultrassom em Periodontia
As pontas e suas Diferenças
Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
Tamanhos: 3, 10, 100 e 1000 Æ formatos e a utilização
1000 – Dupla curvatura. Mais indicada para cálculos
moderados a severos.
•Ponta P Æ P-3 e 10 (25kHz)
•Fluxo de água por fora da ponta
•Ponta TFI Æ TFI-3, 100, 1000 (25KHz e
30KHz) e TFI – 10 ( 30KHz)
•Fluxo de água interno não direcionado
(25kHz e 30kHz)
Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
•Ponta FSI Æ FSI-3, 10, 100 e 1000 (25kHz e
30kHz)
•Fluxo de água interno, com foco, o que
proporciona ao profissional uma melhor
visão, além de requerer menor quantidade
de água ou solução.
Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
•Ponta FSI-SLI Æ FSI-SLI 10 Reta, Direita e Esquerda (25kHz)
•Fluxo de água interno, com foco, o que proporciona ao
profissional uma melhor visão, além de requerer menor
quantidade
tid d de
d água
á
ou solução.
l ã
•Excelente ponta para uso sub-gengival, por ser mais fina.
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Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
Pontas de Ultrassom em Periodontia
•Diversos tipos de pontas
•Pontas plásticas para uso em implates.
•Fluxo de água
interno não
direcionado
•Ponta Hu-Friedy
•Fluxo de água
interno direcionado
•Ponta Dentsply
•Fluxo de água
interno não
direcionado
•Ponta Dentsply
Ultrassom em Furcas
Ultrassom em Furcas
•Acesso à região de furcas
•Acesso à região de furcas
•Uso do ultrassom apresenta resultados superiores à RAR
•Uso do ultrassom apresenta resultados superiores à RAR
em furcas de Classe II e III
em furcas de Classe II e III
(AAP, 2000)
Quando trocar as pontas?
•Qualquer ponta de ultrassom é como
uma escova de dentes, com o tempo
(AAP, 2000)
Quando trocar as pontas?
Ponta Nova
Eficiência 100%
1mm desgastada
Eficiência 75%
2mm desgastada
Eficiência <50%
desgastam-se e precisam ser trocadas
Ao atingir a marca vermelha
(2mm de desgaste), a ponta já
perdeu 50% de sua eficiência e
rapidez.
4.2 mm
de área
ativa
3.1 mm de
área ativa
2.0
mm
de
área
ativa
A ponta deve
ser trocada!
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Ultrassom X Alterações Superfíciais
Alterações
Superfíciais
Causadas pelo
Ultrassom
•Menor número de “golpes” na
superfície radicular
•Potência baixa ou média
g
da p
ponta
•Ângulo
Æ Próximo de 0o
•Evita danos excessivos
à superfície radicular
(AAP, 2000)
Ultrassom X Alterações Superfíciais
Ultrassom X Alterações Superfíciais
•Alterações na superfície radicular
•Alterações na superfície radicular
•Rugosidades superficiais (50x)
•Rugosidades superficiais (200x)
Duarte PM 2008
Ultrassom
Duarte PM 2008
Cureta
Ultrassom X Alterações Superfíciais
•Alterações na superfície radicular
Ultrassom
Ultrassom
Duarte PM 2008
Cureta
Ultrassom X Alterações Superfíciais
•Alterações na superfície radicular
•Rugosidades superficiais (300x)
Duarte PM 2008
Duarte PM 2008
•Rugosidades superficiais (1.500x)
Duarte PM 2008
Cureta
Duarte PM 2008
Ultrassom
Duarte PM 2008
Cureta
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Características do Ultrassom
Aumento da
Temperatura Dental
•Jato de água Æ Resfriamento da ponta
•Lavagem
•Cavitação
•Desorganização do biofilme
•Rompe a parede celular bacteriana
(AAP, 2000; Walmsley AD et al, 2008)
Líquido Resfriante
Cuidados com uso do Ultrassom
•Atrito entre a ponta do ultrassom e o dente
•Ultrassom causa aquecimento do dente
•Aumento da temperatura do dente
•Sem líquido resfriador
•Água
•Aumento em 35ºC
•Clorexidina 0,12%
•Com líquido resfriador
•Iodo-povidina
•Aumento em 4ºC
•Não há benefícios adicionais
(AAP, 2000)
(AAP, 2000; Kocher &Plagmann, 1996; Trenter SC & Walmsley AD, 2003)
Biossegurança
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Estudos encontraram sangue no aerosol
•Suspenso no ar por até 30 min.
Biossegurança
•Uso de bochechos antes do uso do ultrassom
•Importante agente no controle de infecção gerado por aerosol
•Clorexidina 0,12% - 30 segundos
•Redução de 94% UFC
•Unidade aspiradora eficiente Æ Reduz o aerosol produzido
(AAP, 2000; Trenter SC & Walmsley AD, 2003)
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Biossegurança
Biossegurança
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Uso de EPI
•Uso de EPI
•Avental
•Luva
•Gorro
•Máscara
•Óculos de Proteção
Biossegurança
Biossegurança
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Uso de EPI
•Uso de EPI
Biossegurança
Biossegurança
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Ultrassom Æ Aerosol bacteriano patogênico
•Uso de Barreiras Mecânicas
•Uso de Barreiras Mecânicas
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Cuidados com uso do Ultrassom
•Pacientes portadores de aparelhos de marcapasso cardíaco
Perigos do uso do
Ultrassom
•Interferência eletromagnética gerada pelo ultrassom
(AAP, 2000; Kocher &Plagmann, 1996; Trenter SC & Walmsley AD, 2003)
Cuidados com uso do Ultrassom
Cuidados com uso do Ultrassom
•Audição
•Percepção Sensorial – Síndrome “White finger”
•Diminuição do fluxo sanguíneo causado pela vibração
•“Formigamento”
•Perda de sensibilidade táctil
•Danos ao sistema auditivo
•Paciente
•Transmissão ultrassônica do contato com o
d t pelo
l ouvido
id interno
i t
Z
bid temporário
t
ái
dente
Æ Zumbido
•Diminuição da destreza
(Trenter SC & Walmsley AD, 2003)
(Trenter SC & Walmsley AD, 2003)
Video
Video
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Bibliografia Recomendada
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Duração: 24 meses
Data: Sexta a Domingo (mensal)
Início: Março / 2009
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