Uma chance de viver como todos Uma chance de viver como todos
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Uma chance de viver como todos Uma chance de viver como todos
Boletim do Embaixador Edição 41 . fevereiro 2011 Uma chance de viver como todos A Família da Esperança, nas Filipinas, em Masbate, teve a oportunidade de experimentar a vinda de Jesus na vida dessa comunidade, em 2010. Nos últimos meses do ano, receberam Fernando, de 10 anos, junto com seus pais. O Fernando sofreu no mês de agosto, queimaduras da testa até o joelho, numa explosão, durante uma troca de botijões em sua casa. www.fazenda.org.br Todos os dias era preciso tirar as peles mortas O s pais imediatamente levaram-no para o hospital da região, mas lá ninguém tinha tempo e conhecimento para tratar e curar de maneira certa essas feridas. Ficou 26 dias e recebeu alta com a observação de que não poderiam fazer nada pelo menino e que seria melhor ficar em casa. Foi recomendado aos pais, banhá-lo, a cada dia, na água do mar para limpar as feridas. Tentaram só uma vez, fazer esse banho no mar, mas o menino gritou tanto de dor que quase desmaiou. A partir disso, os pais não tinham coragem de fazer esse tipo de tratamento. Depois de mais de um mês e meio, o desespero levou-os a chegar à Fazenda da Esperança para pedir ajuda. “Quando o vimos pela primeira vez na cabana, pois não é uma casa onde os pais moram, o corpo inteiro era uma única ferida, com sujeira. Ele não conseguiu sentar ou movimentar os braços, pois de tanto ficar deitado, tinha ferida na parte de trás da cabeça, nas costas, nos cotovelos e nas pernas”, conta Roland Mühlig, responsável regional pelas Fazendas Masculinas, na Ásia. Depois de consultar alguns médicos, decidiram acolher o Fernando na Fazenda para tratá-lo com mais higiene. O Richardson e a Marineia, um casal Para viver como todos é preciso implantes 2 - Boletim do Embaixador - Edição 41 - fevereiro 2011 A água do mar foi a primeira dificuldade enfrentada do Brasil que mora na Fazenda, acolheram o Fernando, seus pais e a pequena irmã, com muito carinho e paciência. Começaram a terapia com água do mar. Tiraram um imenso cocho dos animas do pasto e levaram para casa, encheram com água do mar e misturavam um pouco de água quente. Depois, deitaramno dentro da água. “O mais difícil foi aguentar os gritos, os prantos, o protesto, o choro e ainda ajudar os pais a não amolecer, mas entender que ele tem que suportar isso para ter esperança de cura”, lembra Roland. A água do mar mostrou-se muito eficiente. Devagarinho, o Fernando se acostumou com esses banhos diários e passou a chorar menos. Com cuidado e paciência, todo dia lavavam essas feridas, que começaram a se fechar, começando pelas bordas. Depois de uma semana, ele conseguiu sentar reto. Assim, conseguiram tirar a pressão das feridas das costas; os braços e as pernas, conseguindo movimentar-se. “Foi muito emocionante como toda a Fazenda acolheu, com carinho, essa criança”, afirma Roland. Um dos meninos ajudou nos banhos e os outros vieram para visitá-lo e a irmãzinha cuidou para que todos tivessem comida. A família agora tem esperança de cura Vários médicos confirmaram que o Fernando vai precisar de implante de pele. Foi recomendado levá-lo ao hospital geral das Filipinas, em Manila. É um hospital do Estado, com um departamento especializado em queimaduras. Prepararam o Fernando para enfrentar o transporte numa viagem de 16 horas de barco e depois de ônibus até Manila. Paralelamente, trabalharam a acolhida no hospital que vai fazer o tratamento gratuito, mas o medicamento, a comida, o transporte e a estadia, deveria ser pago. “Até então, não tivemos grandes pesos financeiros e a maioria dos medicamentos e pomadas que precisávamos para o tratamento, que aqui são muito caros, achamos numa grande caixa que veio de doação da Alemanha”, conta Roland. A ajuda era mais emocional, depois pegá-lo, curá-lo, dar banho e acolher toda a família na comunidade. Mas, a partir do momento em que o Fernando precisa sair e ir em direção ao hospital em Manila, não poderiam mais ajudar, mas gostariam. “Temos a esperança que esse caminho que começamos vai ser uma ajuda comunitária e que um dia o Fernando recuperará a saúde e a sua imagem para ter uma vida como todos ao seu redor”, acredita Roland. Situação similar a da Maria Graça, com 12 anos, era muito doente e por conselho do médico ficou na Fazenda com sua família. Aos pouco se tornaram parte da Família da Esperança. Quando se experimenta a amplitude e a beleza da Fazenda da Esperança, vê-se muito mais que uma terapia. “A esperança é um presente de Deus para todos e, por isso, rezamos para que também o Fernando e sua família possam experimentar essa esperança e que possam fazer parte do plano de salvação de Deus”, encerra Roland. Aconteceu comigo Temos Jesus aqui em casa! Um menino de 10 anos e seus familiares. Esse menino com nome de Fernando sofreu um acidente. Numa troca de botijões de diesel usaram gasolina e houve uma explosão que feriu Fernando e sua mãe, mas ele sofreu maior queimadura. Escrevo porque quero pedir que rezem, sei que unidos na oração, em cada missa, em cada dor oferecida, podemos ajudar essa família. Pensava sobre nossa casa (minha e de Richardson), porque é grande, bonita, mas só para nós e alguns visitantes, mas hoje, entendi que é para acolher Jesus, com nome de Fernando, e outros que venham bater em nossa porta. É como se Jesus me dissesse, abra a porta e me ajuda nessa família. Eu e Richardson não podemos tirar-lhes a dor, não podemos fazer muita coisa, eles não falam inglês; mas podemos sorrir, dar uma cama, um lugar melhor e alimentação. Todos os dias, Roland dá banho junto com o pai e nós ajudamos, colocando água quente e dando leite para aquecer. Durante o banho, é preciso tirar a pele podre para nascer outra pele. Enfim, é muito difícil olhar para ele gritando. Nesses momentos pensava, quantas vezes paramos em besteirinhas, mas olhando para Fernando gritando. Meu Deus! Perdoa-nos, não sofremos nada, quero renovar meu sim diante dessa situação. Vamos lutar, Marineia da ele vai se curar, com Silva Pinto Pereira, 40 anos, bra nossa ajuda, orações sileira, Fazenda da e atos de amor. s Filipinas A voz do embaixador Fiquei feliz em poder ajudar a Fazenda, já faz anos que tenho esse desejo e nunca tive condições. Enquanto viver, quero contribuir com o meu pouquinho. Ajudo outras 10 obras, pois acredito que o importe é ajudar. O pouco com Deus é muito. Marieta Rodrigues de Santana - Salvador / BA É com estima que escrevo! Para falar de minha alegria quando recebo o boletim da Fazenda, como também, às quartas-feiras, quando assisto à santa missa. A emoção toma conta de meu coração. Terezinha - Cachoeira do Sul / RS Agradeço por fazer parte do Grupo Esperança Viva, o qual deu-nos conforto necessário no momento em que mais precisávamos. Frei, esse grupo é importante, tanto para as famílias, quanto para os recuperandos. Nilzete Barreiros Menezes - Abaetetuba / PA Boletim do Embaixador - Edição 41 - fevereiro 2011 - 3 A-notável Dignidade e responsabilidade Num encontro, na Ásia, promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos, o Cardeal dom Stanislaw Rilko propôs um encontro na África, pois o último congresso nesse continente com os leigos, foi realizado em 1982. No Sínodo em 2009, sobre o Continente Africano, foi elaborado um documento que será apresentado pelo papa Bento XVI, em novembro de 2011, na sua viagem a Benin, na época da comemoração do nascimento da evangelização nesse continente, há 150 anos. O Conselho Pontifício para os Leigos reuniu, no início de dezembro de 2010, 20 comunidades novas que trabalham na África, no coração do Vaticano, na mesma sala onde a Família da Esperança recebeu a aprovação de seus estatutos. A ideia é realizar um congresso em fevereiro ou março de 2012, com a meta de aumentar a troca de experiências entre padres, bispos, religiosos e leigos, na África. O local de realização desse congresso recebeu a sugestão de dois países Camarões ou Quênia, por causa das línguas inglesa e francesa, que são maioria nesse continente. pequeno, se comparado à grandeza de todos, que lá expunham suas experiências. Cada comunidade propôs temas e um título para o encontro. Uma das sugestões de título foi ‘Um só corpo e uma só alma’, que chamou mais atenção de todos os presentes. Os membros da Fazenda da Esperança Ricardo, Isabel e Christian sugeriram para se procurar resposta na Palavra de Deus para a situação desigual entre mulheres e homens, a educação, as seitas, o paganismo novo e a falta de fé. No fim do encontro, dom Josef Clemens, que foi atento e escutou a todos, disse que gostaria de fazer uma comunhão entre todas as comunidades novas, sendo grato ao que aconteceu no passado e colocar tudo o que já passaram e aprenderam, um para o outro. “Lembrar pelo batismo que todos os leigos têm responsabilidade e dignidade e reforçar essa dignidade e responsabilidade dos leigos”, disse Clemens. A colaboração dos movimentos leigos atuantes em vários países da África vem somar por meio das experiências de pessoas, que há mais de 50 anos trabalham nesse continente e passam por situações como guerras civis e conflitos, deixando milhares de mortos, como o genocídio em Ruanda. O padre Christian Heim, responsável por uma das Fazendas da Esperança da Alemanha, conta que se sentiu como peixe Missionários brasileiros em Moçambique na África Missa semanal AO VIVO Horários e canais, consulte o nosso site Quarta 7h00 Comunidades e perfis Fazenda da Esperança Oficial twitter.com/ retornoavida www.youtube.com/ user/fazendaesperanca www. fazenda.org.br/loja OBRA SOCIAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA - FAZENDA DA ESPERANÇA Departamento Retorno à Vida - Caixa Postal 529 - CEP 12511-970 Guaratinguetá-SP Tel.: (12) 3128 8902 E-mail: [email protected] www.fazenda.org.br
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