Apresentação 1 - Bandas Filarmónicas

Transcrição

Apresentação 1 - Bandas Filarmónicas
Prof. Manuel Carvalho
Comentários ao
Festival de Bandas Filarmónicas
III Ciclo - 1ª Edição
Filarmonia ao Mais Alto Nível
Europarque - 17 de Novembro 2013
Maestro Luís Macedo
Maestro Abel Riveira
Maestro Vitor Silva
Organização:
Maestro Carlos Diéguez
Maestro Jorge P. Margaça
Maestro Alejandro Vásquez
Maestro Carlos Lopes
Maestro António Ribeiro
Maestro José Carlos
BANDA MUSICAL DE LOIVOS
Dirigida pelo Maestro: Luciano André Pinto Pereira
Filarmonia ao mais alto nível
Abriu a tarde e envolveu
todo o auditório a partir do
palco. Gostaria, no entanto,
de aproveitar para recordar
que o posicionamento em
palco visa, também, questões
de equilíbrio sonoro em que se acautelam os
instrumentos de maior projecção sonora e se
expõem os menos sonoros. Assim, é
importante a escolha de repertório, com as
suas dinâmicas, a sua construção e estrutura
harmónica mais ou menos densa, fazendo
prevalecer determinados naipes, etc.
Gostaria que os clarinetes, por exemplo, não
soassem sempre tão tímidos em razão dos
metais e percussão poderosos. Gostaria que
o repertório resultasse menos monótono, que
se sentissem mais as dinâmicas, a criação de
expectativa e que os valores individuais
viessem ao de cima, porque foi notória a
existência de pequenos grande músicos que
são visíveis promessas de excelentes
músicos, desde que trabalhem e sejam
orientados para isso. Por fim, a conhecida Marcha “Zé
Pedro”, em que a Banda se revelou
completamente e assim descontraída, a
sonoridade e a prestação colectiva da Banda
foi maior.
Sendo a primeira vez
que ouvi esta Banda,
confesso que fiquei muito
satisfeito com o bom nível
musical em conformidade
com os valores individuais e
coletivos da banda e na forte personalidade
musical do maesto com uma direção
expressiva, enérgica, competente, segura,
resultando numa perfeita relação maestro e
músicos.
Na minha ótica, o repertório apresentado
foi muito bem escolhido, de grande
qualidade, envolvendo o ouvinte numa
atmosfera musical recheada de emoções,
momentos de grande força, excelentes
contrastes de intensidades e tempos,
excelentes sonoridades aveludadas e
uniformes, com muita sensibilidade e uma
afinação muito interessante. Foi sem dúvida,
um excelente trabalho, atendendo ao facto de
se tratar de uma banda bastante jovem, como
“O que começa com cólera termina com vergonha”
Benjamin Franklin
Filarmonia ao mais alto nível
resultado da forte aposta dos diretores,
professores e maestro, na formação dos seus
executantes como garantia da evolução da
banda e consequente afirmação no universo
filarmónico.
A banda iniciou a sua participação com a
Marcha “Augusto Alves”, de autoria do
compositor português Nuno Osório, com
aspetos muito bons ao nível da interpretação,
sonoridade e articulação, rigor rítmico e
rigor nas intensidades. As transições entre as
diferentes secções da obra foram realizadas
correctamente,
com
bom
gosto
interpretativo, dentro do espírito da obra. As
cambiantes de intensidade foram agradáveis
de se ouvir, sempre com muita segurança e
correta afinação. Interessante performance
do jovem trompetista com boa qualidade
sonora, perfeita dicção, com fraseados
cuidados e bom gosto interpretativo, apesar
do precalço ocorrido antes da última parte da
obra, aspeto que a meu ver, não ofusca a
qualidade
e
sensibilidade
musical
evidenciadas pelo jovem solista. A Banda,
enquanto suporte melódico e harmónico do
solista, apresentou leveza e sensibilidade
musical, boa gestão das intensidades e da
massa sonora.
Seguidamente, na obra “Persis” do
compositor James L. Hosay, a banda foi
sublime no ambiente sonoro das diferentes
vozes, com bons contrastes de intensidade e
tempos, sempre com a preocupação em não
sobrepor as vozes solistas. Adorei o solo de
oboé, cujo executante foi irrepreensível,
sentindo o que tocava, através da boa
qualidade
sonora,
perfeita
dicção,
articulação e fraseados sempre cuidados e
uma boa interpretação. Os naipes
funcionaram na perfeição, com muita
qualidade, bons contrastes de intensidade e
tempos. Como exemplo desta apreciação,
cito o contraponto oboé/trompa, e
trompas/eufónios, com uma sonoridade
envolvente, perfeita afinação, bom equilíbrio
harmónico e perfeita afinação. O naipe da
percussão apresentou sempre bom requinte
técnico, muito carácter, com rigor rítmico
nos tempos e com um colorido tímbrico com
qualidade. Na terceira e última parte da obra,
no qual predomina o contraponto imitativo,
com uma determinada ideia musical (tema) a
“percorrer” os diversos naipes, a
apresentação do tema nos primeiros e
segundos clarinetes, oboés, flautas e flautim
(c. 135) não foi bem conseguida no
contraponto com saxofones altos trompetes e
trompas, comparativamente à qualidade
verificada nas anteriores intervenções:
primeiro, tema nas trompas e saxofones
altos, seguidamente, tema nos primeiros e
segundos trompetes em contraponto com o
contratema nas trompas e saxofones altos.
Acho fundamental corrigir a presença dos
restantes naipes, quando os clarinetes
apresentam o tema principal, com vista à
coerência da estrutura contrapontística.
Todavia, a partir do compasso 144, a
qualidade patenteada na primeira e segunda
parte, foi retomada, tendo a banda finalizado
a obra com uma carga emocional muito bem
alcançada..
A introdução (cc. 0-9) da obra “Les
Misérables” do compositor C. Schoenberg
foi interpretada com caráter, energia e uma
textura sonora requintada na qual destaco o
desempenho dos metais, com intensidade e
sonoridade equilibrada. Nas restantes
secções e partes, a banda revelou momentos
musicais com muita qualidade, fruto da boa
preparação, bom sentido rítmico, leveza nas
linhas melódicas. No solo de oboé (cc. 6370) apreciei com agrado a performance do
solista revelando boa qualidade sonora,
perfeita dicção, interpretação de bom gosto,
dentro do espírito da obra, com os restantes
naipes a funcionar na perfeição, como
suporte harmónico do solista: primeiro (cc.
63-70) nos saxofones altos e tenores e depois
(cc. 71-78) saxofones altos, tenores,
trompas, clariente baixo e fagote, uma fusão
tímbrica equlibrada, valorizando o plano
“Esvazia teu bolso em tua mente, e tua mente encherá teu bolso.”
Anónimo
vindo a desenvolver, empenho e dedicação
musical, fundamental para a correção de
aspetos/pormenores menos conseguidos.
Mantenham esta conduta de trabalho,
conjuguem as devidas energias de modo a
melhorar cada vez mais a já boa qualidade
artística da banda.
Antes de realizar os
meus comentários, quero
agradecer, o convite do Sr.
Cardoso e contar comigo no
III Ciclo do Festival de
Bandas
Filarmónicas
Filarmonia ao mais alto nível, poder disfrutar
deste grande evento, e poder fazer eco da
importância que tem para a cultura em geral
e a música em particular.
Atos como este, um festival onde as
bandas se apresentam para demonstrar todo
o seu potencial, não sendo um concurso, é
motivador para toda a comunidade que
rodeia os ditos agrupamentos, e ainda,
actuando num espaço tão especial como é o
auditório do Europarque.
Destacar a maravilhosa organização de
todo o evento, tanto para os músicos, como
para os comentadores. Quero agradecer
também o apoio do maravilhoso e respeitoso
público que nos acompanhou, aos
comentadores e aos músicos presentes.
Em relação à Banda Musical de Loivos
quero destacar a juventude dos membros
assim como a sua valentia na interpretação
num cenário como é o auditorio do
Europarque e com tão numeroso público.
No Pasodoble Augusto Alves, foi um
reglao ouvir o grande solo de trompete com
grande projeção de som, mas com uma
interpretação muito mecânica devida,
suponho eu, ao nervosismo de cena. Todas
as madeiras e metais graves interpretaram a
obra com grande elegância e musicalidade.
Seguiram o seu programa subindo o
nível com Persis e Les miserables, onde há
que destacar a grande leitura feita pelo
“Censura teus amigos em particular e elogia-os em público.”
Públilius Syrius
Filarmonia ao mais alto nível
harmónico, que harmonizou a melodia
principal (tema) nos oboés e clarinetes, com
o contratema nas flautas. Realço ainda, a
perfeita simbiose tímbrica saxofones altos,
tenores, barítono, clarinetes, clarinete baixo
e fagotes, nos cc. 99-109: sonoridade
envolvente, com uma afinação notável, rica
harmonicamente e um fraseado muito
cuidado.
Na obra “Flying Mallets”, todos os
planos sonoros, como suporte melódico e
harmónico do solista, apresentaram um
discurso musical pautado pela leveza,
sensibilidade musical, boa gestão tímbrica,
das intensidades mesmo quando um
determinado instrumento coloria a melodia
do solista. Apesar da tenra idade, o jovem
Rafael revela já uma maturidade musical ao
mais alto nível: muito caráter, andamentos
precisos, com alma, energia rítmica, boa
gestão das intensidades e uma perfeita
coordenação com o maestro e o tutti. Muitos
parabéns.
A banda finalizou o seu recital, com a
interpretação da Marcha “Zé Pedro”
homenageando o saudoso compositor
Alexandre Fonseca, que continua vivo em
todos nós, por todos os espaços da vida que
deixou repartidos em diversos momentos
musicais. No geral, o tutti apresentou
sensibilidade musical, precisão rítmica, com
equilíbrio timbrico e dinâmico agradáveis
entre todas as “cores tímbricas” da paleta
orquestral. No entanto, em determinados
momentos, a afinação no naipe dos
clarinetes, oboés e flautas não era estável,
assim como a expressividade e articulação
pouco cuidada na descrição do segundo
tema. O acompanhamento/harmonia, por
vezes
algo
pesado,
dificultou
a
expressividade da componente melódica,
assim como desajustes na afinação, aquando
da apresentação do tema em forte, nos
trombones, eufónios e saxofones tenores.
Parabéns maestro Luciano Pereira,
directores e músicos, pelo trabalho que têm
Filarmonia ao mais alto nível
maestro da partitura, sabendo destacar as
partes da obra com astúcia e vigor. Destacar
também o naipe das trompas, pela sua
projeção de som assim como pela sua
excelente interpretação. A família dos
clarinetes quiçá um pouco fria em relação ao
resto do agrupamento.
A surpresa do programa da Banda
Musical de Loivos chegou com a
interpretação de Flying Mallets, com Rafael
Picamilho como solista. Um jovem
percussionista, que não só tocou a obra a
uma velocidade vertiginosa, tocando todas
as notas escritas na partitura, como foi
também capaz de fazer uma grande
interpretação deixando todo o público de
boca aberta. A Banda fez um grande
acompahamento, deixando sempre em
primeiro plano o solista. BRAVO!!!
Gostei muito desta Banda Musical de
Loivos, com um programa muito variado e
muito bem interpretado, por uma banda tão
jovem. Uma banda muito elegante com
grande disciplina em palco. Antevejo e
desejo-lhes grandes êxitos.
Excelente.
Trás-osMontes estiveram muito
bem representados, pelos
188 anos da Banda Musical
de Loivos, ao mais alto
nível.
Conduzidos
superiormente pelo Maestro Luciano
Pereira. Chamo a atenção para o programa
escolhido que primou por grande qualidade.
Realço a obra “Les Misérables” do
compositor C. Schoenberg, talvez como o
grande momento da tarde. Destacar ainda o
solista da obra “Flying Mallets” não só pela
sua juventude mas sobretudo pelos dotes
artísticos apresentados. Bravo Loivos. Bravo
Luciano Pereira.
Apresentou-se
no
Europarque uma Banda
histórica fundada em 1826,
formada por músicos muito
jovens que asseguram um
futuro
próspero
ao
agrupamento.
Gostei da seleção do programa de
Concerto. Variada e amena para um Festival
de Bandas. Não conhecia a primeira obra do
concerto, Augusto Alves, mas fez-me
lembrar a Maribel de Ferrer Ferrán, uma
composição espetacular para começar um
concerto.
Nota-se na banda que há um bom
trabalho de ensaio por detrás. Um maestro
com gesto claro de batuta, que conseguiu
bom resultado no concerto.
A banda tem musicalidade, mas deve de
procurar mais cuidado nas coneções das
frases entre as madeiras e os metais, assim
como o equilíbrio do som dentro dum
mesmo naipe como pode ser o das
trompetes, em que sobressaía a 1ª voz sobre
as demais.
Falando sobre a sonoridade de grupo da
banda digo que é boa, faz contrastes
dinâmicos mas deve procurar que a
qualidade de som seja igual tanto no
fortíssimo como no pianíssimo. Sucede às
veces que cando os músicos chegam ao
limite no ff não cuidam do controle do som
e às vezes a qualidade fica prejudicada.
Quanto ao solista de xilofone, pouco há
para dizer: é um músico e tanto!
Faz música antes de tudo apesar de tenra
idade. A ele digo-lhe que continue a estudar
e a disfrutar da música e da sua banda, e que
continue a trabalhar com humildade e
esforço; assim poderá chegar muito longe.
Meus parabéns a todos. Oxalá que na
Galiza tivéssemos “bandas de aldeia” com a
qualidade da Banda Musical de Loivos.
“Deus deu-nos os nossos parentes, mas teve a bondade de nos deixar escolher
Ethel Munford
os nossos amigos.”
Antes de realizar os
meus comentarios, quero
mmanifestar
o
meu
agradecimento pelo tempo e
a atenção que me brindou
Mário Cardoso durante a
minha estadiaa em Sta. Mª da Feira e
também o felicito pelo seu trabalho como
promotor e organizador do festival
"Filarmonia ao mais alto nível", de suma
importância como meio de dinamização do
património cultural e social da vossa região.
Banda Musical de Loivos dirigida pelo
maestro Luciano André Pinto Pereira.
Banda jovem, pelo que em alguns
momentos se nota esta falta de maturidade.
Mas é precisamente isto que a faz grande no
sentido artístico. Bonito concerto, fresco,
onde se pode ver o trabalho de conjunto de
jovens e adultos demonstrando como uns
aprendem com os outros e potenciando
assim os valores mais importantes que são
integrantes numa banda.
Quanto à interpretação do repertório
cabe realçar a nível geral dois parâmetros
musicais com o intuito de melhorá-los:
- O controlo sonoro entre distintas
seções. Falta de compensação e equilíbrio
dinámico entre madeiras e metais,
sobressaindo estes últimos sobre toda a
seção de madeiras; muito discreta e sem
brilho durante todo o concerto.
- O controlo sonoro dentro de cada
seção. Provocando a ausência dum som mais
uniforme e redondo dentro de cada uma.
A falta de controlo sonoro entre distintas
seções pode ver-se reflectido na primeira
obra, Augusto Alves de Nuno Osório, onde
faltou esse equilíbrio entre madeiras e
metais,
o
que
provocou
uma
descompensação sonora unida a uma
ausência dinâmica. Da mesma forma na obra
Les Misérables de C.Schoenberg.
Na obra Persis de James L Hosay o
controlo sonoro entre distintas seções não foi
tão marcado, mas foi dentro de cada seção.
“De entre todas as dívidas, a mais sagrada é a do reconhecimento.”
Benjamin Franklin
Filarmonia ao mais alto nível
A Banda Musical de
Loivos apresentou-nos um
repertório bastante agradável
de ouvir, de excelente efeito,
algo exigente técnicamente,
e que certamente constituíu
um desafio e estímulo para os músicos. De
realçar a excelente postura e seriedade
evidenciada ao longo de todo o Concerto por
esta Banda constituída por músicos ainda
muito jovens.
Na primeira obra, O Pasodoble Augusto
Alves, penso que a Banda não estava
completamente à vontade a tocar, o que é
compreensível. Mesmo assim, mostraram
um bom conjunto e um bom balanço na
interpretação desta peça. Uma referência ao
solo de Trompete, que apesar das falhas,
denotou boa dicção e sonoridade, parabéns.
No Persis, tenho alguns apontamentos a
fazer: entrada muito receosa; o músico de
Xylofone foi fantástico, parabéns; o solista
de Oboé, ainda muito jovem, terá certamente
um futuro muito promissor à sua frente,
parabéns; foi pena o Bombardino estar
desafinado na intervenção antes do solo de
oboé. O Naipe de Trompas foi muito bom,
parabéns. Considero muito positiva a
interpretação desta obra, assim com a
seguinte, Les Misérables, apesar de alguns
desacertos quer nos metais quer nas
madeiras em certas partes.
No Flying Mallets, dar os parabéns ao
solista. Jovem e muito talentoso.
Na Marcha Zé Pedro, bonita marcha de
Alexandre Fonseca, podendo as dinâmicas
serem mais exploradas.
Para terminar o meu comentário quero
dizer que, apesar dos pequenos pormenores
já apontados, o seu maestro, que nos tem
habituado sempre com excelentes trabalhos,
e a sua Banda estão no bom caminho e
apresentaram um trabalho de muito bom
nível. Parabéns!
Filarmonia ao mais alto nível
A uniformidade é essencial para que
cada plano sonoro esteja no seu lugar e
cumpra a função para que foi composto.
Mas tenho de felicitar o jovem
percussionista pelo grande rigor que
acrescentou ao conjunto e segurança que
transmitiu ao público durante todo o
concerto.
Mestre Luciano André Pinto Pereira,
tem uma grande banda e uma boa equipa de
trabalho.
Tendes todas as ferramentas de que
necessitam: disciplina, liderança, carater e
sobretudo, o que nos transmitiram, muito
amor pelo vosso trabalho.
Parabéns a todos!
A Banda Musical de
Loivos foi para mim uma
agradável surpresa. De um
modo geral equilibrada, com
boa sonoridade e afinação.
Um programa bem escolhido
com bons momentos musicais.
Quero salientar o naipe de percussão que
teve um excelente desempenho em todas as
obras, com nota muito alta para o solista em
lâminas e para o maestro.
É uma banda com um futuro promissor,
estão de parabéns as pessoas envolvidas
neste projeto.
A Banda de Loivos deu
início ao seu concerto com
um pasodoble de Nuno
Osório e imprimiu uma boa
dinâmica com manifesto
salero
espanhol.
O
trompetista, que demonstrou muitas
capacidades musicais, acusou a grande
responsabilidade do momento. Tem que
saber aproveitar os dias menos bons para
lançar um desafio a si mesmo, mostrando
que tem potencial musical para brilhar, com
esta peça, em qualquer palco.
Relativamente à obra em si, constatei
mais uma vez que Nuno Osório é um dos
compositores portugueses com mais talento,
a escrever para Banda filarmónica.
Na peça “Persis” de James L. Hosay, a
banda teve uma prestação interessante. Não
é indiferente o facto de o Maestro Luciano
André denotar uma evolução artística desde
a sua aparição anterior neste festival.
O Jovem Rafael Picamilho demonstrou
grande talento e deixou um bom sentimento
no festival.
A entrada no andamento lento foi algo
hesitante, mas logo a Banda retomou o seu
caminho e, apesar de se notar alguma
imaturidade aqui e ali, assistimos a uma
interpretação muito digna.
A peça “Les Misérables” de C.
Schoenberg, teve momentos interessantes
com os jovens intérpretes respeitando as
indicações contidas na partitura e a
interpretação do próprio Maestro. É natural
que um grupo de jovens intérpretes, nos
momentos mais lentos e menos densos, e,
num palco com tanta visibilidade, se sintam
desamparados e deixem transparecer algum
nervosismo. Quando assim é, este traduz-se
normalmente numa interpretação não fluente
e com alguns problemas técnicos. Mas,
atendendo à média de idades da Banda, esta
esteve muito bem.
A Banda, com a peça “Flyng mullets” de
van der Velde, iluminou a sala com um
momento cintilante, através do talentoso
jovem Rafael Picamilho.
A Marcha “Zé Pedro” reportou-me para
muitos anos atrás em que as nossas Bandas
tocavam as grandes marchas deste tão
saudoso compositor, Alexandre Fonseca.
Obrigado respeitado compositor.
Muitos parabéns ao Maestro, músicos e
direção. 
“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”
Aristóteles
momentos a falta de articulação. É de
salientar que nestas duas obras, se foi
perdendo um bocadinho a afinação, como
também a concentração; registei com bom
agrado a prestação dos jovens solistas,
destacando-se o percussionista que estava
nas lâminas, muito bom, como havíamos de
constatar mais à frente. Mas todos estiveram
muito bem, apesar das suas tenras idades,
mais uma vez muitos parabéns a todos.
Nesta quarta obra “ Flying Mallets ”
a banda esteve mais solta, destacando o bom
enquadramento banda/solista; ao promissor
solista nas lâminas e de tão tenra idade os
meus sinceros parabéns, pois esteve
irrepreensível. A banda de Loivos finalizou e
bem, com a marcha “ Zé Pedro ” do
compositor Alexandre Fonseca.
Parabéns aos músicos, maestro e
direção, pelo trabalho apresentado, com
votos de um excelente futuro. 
“A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar.”
Margareth Lee Rimbeuk
Filarmonia ao mais alto nível
Caros leitores, como
tinha referido no início da
minha intervenção no último
festival, sendo este o
encerramento do II Ciclo do
“ Filarmonia ao Mais Alto
Nível ”, deixei expresso o meu desejo, de
que um festival desta grandiosidade viesse a
ter muitos mais ciclos… pois, felizmente,
aqui estou preparado para dar início aos
meus comentários acerca das 4 bandas que
participam neste novo ciclo. Na 1ª Edição do
III Ciclo da “ Filarmonia ao Mais Alto
Nível”, foi com uma enorme alegria e
satisfação saber que um novo ciclo se ia
iniciar, desde já e novamente, felicito o
grande visionário e impulsionador deste
Festival e de outras iniciativas, como já nos
tem vindo habituar, sempre em prol da
cultura, principalmente das bandas
filarmónicas, ao Sr. Mário Cardoso felicito
dando os meus mais sinceros parabéns.
A Banda Musical de Loivos apresentouse no Europarque bem composta, contudo as
madeiras deviam ser reforçadas, apesar do
naipe ter realizado um excelente trabalho,
mas mesmo assim apresentaram um bom
registo como também um bom plano
tímbrico. Deixo, no entanto, uma ressalva “
havendo 2 oboés porque foi um clarinete a
dar a breve nota de afinação ”, No geral, a
banda teve uma boa prestação. Na primeira
obra o passodoble “ Augusto Alves ”, gostei
do bom registo rítmico, assim como do
equilíbrio nas dinâmicas, contudo houve
algumas entradas onde a articulação não foi
a melhor; ao trompetista que fez o solo, os
meus parabéns, mesmo não tendo sido
concebido na sua plenitude, gostei mesmo
do seu registo. Na minha perspetiva, é
necessário alguma frieza, que foi o que
faltou, parabéns!
Na segunda obra “ Persis ” e na terceira
obra “ Les Misérables ”, continuei a gostar
do bom registo dinâmico como rítmico,
neste último registo manteve-se em alguns
Filarmonia ao mais alto nível
BANDA MUSICAL DE SãO tIAgO DE SILVALDE
Dirigida pelo Maestro: Filipe Fonseca
Desde a última vez que
vi esta Banda é visível um
importante.
crescimento
Assim, só me resta dizer que
os passos dados dessa parte
agora,
até
independentemente de quais foram, tiveram
bons resultados e recomendam-se. Valores individuais interessantes em
cada um dos naipes solicitados nas obras
apresentadas. Colectivo a reagir em bloco,
denotando boa orientação. Continuem!
Comparativamente com
a anterior presença neste
Festival, é visível a evolução
artística da banda, cuja
qualidade musical digna de
registo, assenta na perfeita
articulação entre maestro e músicos, muito
atentos e empenhados, perante as directrizes
do maestro Filipe Fonseca. Felicito este
último pela escolha do repertório, a qual
revela o objetivo em proporcionar aos
músicos evolução artística e novos desafios.
Embore a banda tenha uma paleta
instrumental interessante com um número
considerável de madeiras, por vezes o grupo
sentiu alguma dificuldade em colmatar o
clarinetes,
de
reduzido
número
comparativamente com os trompetes e
metais em geral, resultando em
determinados momentos, uma intensidade
sonora algo desiquilibrada a nível tímbrico.
Sou da opinião que, a inclusão de mais
clarinetes, clarinete baixo, dois oboés, mais
um ou dois fagotes valorizam e muito, o já
agradável e bem trabalhado timbre da banda.
Na interpretação da obra “Thus Do You
Fare, My Jesus” de J. S. Bach, tratando-se de
uma obra do período barroco, com
orquestração para Orquestra de Sopros, a
afinação, as dinâmicas, o fraseado
(principalmente nas madeiras) assim como o
equilíbrio tímbrico e harmónico, com
sonoridades muito cuidadas, foram aspectos
dignos de registo, devido ao trabalho de base
que o seu maestro tem vindo a realizar.
Contudo, é fundamental corrigir a
intervenção dos trompetes nas frases em
tutti, devido ao timbre por vezes algo
brilhante em conformidade com as madeiras.
Trata-se de um pormenor que será
corretamente corrigido pelo maestro.
“Se nada de estranho te surpreendeu durante o dia, é porque não houve dia.”
John Archibald
muito cuidada. Muitos parabéns Luís Sousa.
Na interpretação da obra “Navegar,
Navegar”, com arranjo do ilustre compositor
Jorge Salgueiro, músicos e maestro
estiveram muito bem na mensagem e
espírito da obra. Os naipes funcionaram na
perfeição, com uma sonoridade equilibrada
do tutti, bom plano harmónico, a percussão a
ser preponderante no equilíbrio da banda e
no andamento fluído e preciso. As tubas
estiveram melhor quer ao nível de presença
dos graves, assim como no que diz respeito
à articulação, algo que nas obras anteriores,
nem sempre foi conseguido com a devida e
necessária qualidade. A jovem fagotista,
sempre atenta e determinada nas suas
intervenções, por vezes, revelou uma certa
oscilação a nível rítmico e incoerência no
tempo, assim como alguns problemas ao
nível da afinação e qualidade do som. Apesar
destes reparos, acho que esta jovem tem
capacidades para melhorar os pormenores
menos conseguidos e alcançará outros
patamares, devendo melhorar os índices de
auto-confiança e dar continuidade ao
trabalho semanal, com a ajuda preciosa dos
colegas, professor e maestro, associada à
experiência adquirida com a participação em
eventos como este.
A banda finalizou a sua actuação com a
conhecida marcha “Homenagem ao Doutor
Manuel Vaz” do compositor português
Alexandre Fonseca, uma grande referência
do nosso panorama musical, justamente
homenageado nesta Edição do “Filarmonia
ao mais alto nível”. Apreciei a forma como o
tema e contratema foram articulados na
primeira e última secção, com sonoridade e
equilíbrio agradáveis, bom colorido
harmónico, com todas as vozes da textura
harmónica equilibradas; a boa presença do
naipe da percussão, seguro e com requinte
na forma de tocar. Na minha opinião, a
marcha foi bem preparada tecnicamente pelo
maestro Filipe Fonseca e músicos.
Concluo, endereçando as minhas
“O homem é um aprendiz, a dor a sua mestra.”
Alfred Musset
Filarmonia ao mais alto nível
A pequena sinfonia “Give us this day” do
compositor David Maslanka, sendo uma
obra com um grau de dificuldade
considerável, é sem dúvida um grande
desafio para esta banda. Na minha opinião, a
banda revelou um bom nível musical quanto
à sonoridade, articulação, afinação e
equilíbrio entre os diferentes naipes;
precisão rítmica, com muito carácter e uma
sonoridade harmónica rica e coesa. O naipe
da percussão esteve muito bem, precisa,
coerente, com perfeita sincronia e energia
rítmica, sempre que necessário mas com
intensidades muito cuidadas. Apenas alguns
reparos: no final da primeira parte,
intervenção pouco feliz da fagotista, com
desacertos de índole rítmico e melódica; nas
intervenções caracterizadas pela textura tipo
Coral, foram visíveis alguns desacertos ao
nível da afinação nas trompas, e pouco
colorido nos graves, na base harmónica,
fundamental para que a sonoridade do grupo
seja mais compacta, mais equilibrada.
“Macarena”, sendo uma obra com uma
identidade estilística e estética muito própria,
pois requer uma boa performance dos
diferentes naipes e do solista, quanto à
expressividade, fraseado, intensidade,
coordenação rítmica, definição da pulsação,
foi interpretada com cuidado, com uma boa
atitude rítmica, grande potência emocional,
resultante da correta articulação, afinação e
equilíbrio entre as diferentes secções;
sonoridade harmónica muito rica e coesa.
Mais uma vez, o naipe da percussão esteve
muito presente com bom requinte técnico,
muito carácter, bom ritmo/bom tempo. O
tutti, como suporte melódico e harmónico do
solista, apresentou um discurso musical leve,
sensibilidade musical, equilíbrio em toda a
paleta de timbres, boa gestão da dinâmica e
da massa sonora, não se sobrepondo ao
discurso musical do solista/trompetista, com
uma postura irrepreensível, revelando muita
sensibilidade e bom gosto interpretativo,
com dicção e uma sonoridade aveludada,
Filarmonia ao mais alto nível
sinceras felicitações aos directores, músicos
e ao maestro Filipe Fonseca, pela forte
aposta, arrojo e empenho num projeto
baseado num trabalho honesto, com bases
sólidas, cujos resultados artísticos são por
demais evidentes.
A Banda Musical de São
Tiago
de
Silvade,
apresentou-nos
um
programa, que poderíamos
dividir em duas partes. Uma
primeira parte com um
programa difícil e atrevido, e uma segunda
parte com um programa mais “popular”.
Nota-se à primeira vista que esta banda é
uma banda de ampla experiência, sólida,
com grandes músicos solistas em todos os
naipes, com grande experiência e com um
grande maestro, apesar de jovem, possui
grande potencial.
A primeira parte a que me refiro sendo
Bach e Maslanka parte do programa, são
obras de grande dificultade grupal, ao que
banda soube responder prontamente. Em
Bach como em Maslanka (do meu ponto de
vista) o maestro abusa excesivamente de
rubatos o que conduz a distintas impressões
nas entradas.
Bach deveria ser interpretado mais
barroco, mais mecânico no tempo, nota-se
que a banda trabalhou aspectos interessantes,
a nível sonoro e afinação, apesar de, em
algumas ocasiões, as vozes secundárias
desequilibravam os planos sonoros.
Em Maslanka, faltaram algumas cores na
interpretação, mais agressividade nas partes
fortes, sobretudo no naipe da percussão, para
mim, a mais fraca de toda a banda. A falta de
recursos tímbricos, em suma de excessos de
rubatos nas partes lentas, levou a que a banda
soasse sem força, sem garra, e pequenas
imprecisões nas entradas, notando-se que os
músicos não estabavam muito à vontade na
interpretação esta obra. Faltou o piano
acústico nesta obra.
Na segunda parte, a qual chamo de
“popular”, a banda soava de outra forma
muito distinta.
Macarena, um tema de Ernesto Valverde,
e arranjo de Naohiro Iwai da Tokyo Kosei,
apresentou-nos o tema em diferentes estilos
musicais, criando uma nova versão das já
conhecidas, exigindo um grande nível ao
trompete solista. Trompete solista que com
um som muito doce, com projeção, defendeu
a obra com garra, grande versatilidade e
musicalidade. Não gostei da posição do
solista virado dessa forma para o maestro, já
que se perdia toda a claridade do trompete,
soando a banda muito forte em relação ao
solista. A banda neste tema soou muito
distinta dos primeiros temas. Os músicos
estavam mais “cómodos” com este tema,
conseguindo mais cores em todos os planos
sonoros, tanto rítmicos como harmónicos.
A banda musical de São Tiago de
Silvade acabou a sua grande interpretação
com um tema português, Navegar, Navegar.
Tanto neste tema como no anterior a banda
respondeu com a dinâmica que a partitura
exigia, grande vivacidade e uma grande
energia positiva.
Bravo pelo concerto, o meu bem haja ao
maestro pelo grande trabalho que se vê está
fazendo com este agrupamento.
O
maestro
Filipe
Fonseca fez uma boa
escolha do repertório, com
uma boa resposta da banda
na interpretação do mesmo.
Gostei particularmente da
obra “Thus Do You Fare, My Jesus” de J. S.
Bach, com um admirável trabalho do grupo
filarmónico. O solista da obra “Macarena”
merece
realce
pela
irrepreensível
interpretação com que nos presenteou.
“Coisas curiosas, os hábitos. As próprias pessoas nunca souberam que os
Agatha Christie
possuem.”
A Banda Musical de S.
Tiago
de
Silvalde
proporcionou um bom
momento musical, com uma
sonoridade muito agradável,
sempre muito bem controlada e com uma
boa afinação. Em todas as obras notou-se
uma interpretação muito cuidada, muito
clara e com ideias muito bem definidas. A
Direção do seu Maestro foi sempre muito
precisa, clara e consistente. Parabéns.
Na Primeira Obra, Thus do you fare, My
Jesus, registo o bom contraste de dinâmicas,
pena foi a desafinação entre Flautas e
Clarinetes.
Na peça Give us this day, realço
novamente o excelente contraste de
intensidades e a execução das partes Tutti foi
muito equilibrada e precisa, parabéns.
Quanto à peça Macarena, embora algo
receosa o solista e a banda conseguiram uma
boa performance. Assim como Navegar,
Navegar, que foi pena terem iniciado algo
desconcertados, mas que corrigiram e foi
mais uma boa interpretação.
Na Marcha de Alexandre Fonseca, Dr.
Manuel Vaz, a afinação e o balanço
estiveram como é a marcha – excelente. No
trio a intervenção da Flauta foi sublime,
muitos parabéns.
Para terminar o meu comentário quero
dizer que, apesar dos pormenores já
apontados, a Banda teve uma prestação de
muito bom nível. Parabéns ao seu maestro
pelo excelente trabalho realizado e registo
novamente a direção sempre muito clara e
eficaz – Parabéns!
A Banda Filarmónica Ovarense teve uma
prestação sempre a subir de nível. As
coreografias foi um acrescento a esta
excelente apresentação que começou algo
receosa na primeira peça , Encantos
Sabrosis. Algumas notas que gostaria de
registar: Na duas primeiras peças estiveram
receosos, acusaram nitidamente o ambiente e
a excelente sala em que estavam. Mas depois
estabilizaram e afinação, balanço, rigor
rítmico foram aspetos exemplares, parabéns.
A inclusão do acordeão e as coreografias na
peça Oblivion, foram felizes e resultaram em
pleno. Na peça Amor a Portugal a cantora
“Esquecer é uma necessidade. A vida é uma ardósia, em que o destino, para
escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito. .”
Machado de Assis
Filarmonia ao mais alto nível
Em 2010 tive a
oportunidade de escutar esta
Banda no 2º ciclo do
Filarmonia e posso dizer que
três anos mais tarde a Banda
melhorou considerablemente.
Parabéns por isso!
As duas primeiras obras (Bach e
Maslanka) são de grande dificuldade.
Entendendo por dificuldade, não o facto de
“dar mais ou menos notas rápidas”, mas sim
por fazer música.
É muito importante introduzir os
músicos das bandas à linguagem dos Corais
para que aprendam a escutarem-se, a frasear
em conjunto, a afinar segundo o acorde,...
um mundo complexo. Quizás pela
dificuldade, notaram-se na banda pequenos
desajustes.
Nas outras duas obras do concerto, o
som da banda mudou. Basta às vezes, é uma
questão psicológica para os músicos, tocar
uma obra popular, de festa, e mudam sem
pensar o cuidado pelas notas ou o controlo
da sonoridade. Dou exemplos:
O solo de improvisação de trompetea nas
Macarenas foi bom, mas o equilíbrio de som
na banda, e da banda com o solista passou
totalmente despercebido.
Em Navegar, Navegar; obra interessante
pela combinação de tradição com inovação
(percussões corporais e instrumentais), a
matiz dinâmica foi sempre forte, perdendo a
obra interesse, caindo na monotonia.
O meu bem haja à Banda e ao maestro
Filipe Fonseca pelo grande trabalho que
estão a desenvolver. Agradeço também o
facto de publicarem as notas o programa que
nos ilustram e esclarecem. Sigam por esse
bom caminho!
Filarmonia ao mais alto nível
esteve perfeita, com excelente voz –
parabéns! Na última peça, Caravan, a
inclusão da Escola de Dança encheu o
auditório de entusiasmo, ritmo e alegria.
Parabéns, pois, à Banda Ovarense e ao seu
Maestro pela prestação que nos
trouxeram.
Dirigida pelo maestro
Filipe Fonseca.
Bom conjunto e boa
sonoridade. Como resultado
final notou-se o entusiasmo
na hora de tocar as obras.
Banda equilibrada com timbre bonito de
madeiras e capacidade para criar atmosferas.
Bom equilíbrio e controlo do nível de
intensidades o que ajudou a um claro
entendimento de frases e estruturas das obras
que interpretaram durante o concerto.
Iniciaram com Thus do you fare, My
Jesus de J. S. Bach, bonito começo e
sonoridade. Apesar de ainda necessitar de
muito cuidado ao interpretar Bach; em
algumas partes afastavam-se do estilo,
asemelhando-se mais com o estilo do
romanticismo.
A segunda e arriscada proposta foi Give
us this day, do compositor norte americano
David Maslanka, bom exemplo de que a
própria composição e uma boa orquestração
desta, forçou a saída para toda uma
variedade planos, texturas, timbres,
atmosferas que o maestro Filipe Fonseca
junto com a sua banda foi capaz de sacar da
partitura.
Em resumo, boa banda e cheia de
vivacidade. Os meus mais sincero
parabéns.
A Banda Musical São
Tiago
de
Silvalde
apresentou um programa
interessante e é notório que
nestes últimos anos o seu
nível tem vindo a melhorar. De um modo
geral, gostei como a banda se apresentou. No
meu entender esta banda tem reunidas as
condições para atingir um nível mais
elevado. Haverá alguns aspetos a melhorar
como: definir melhor as articulações,
ataques mais cuidados em algumas
passagens e creio que poderia haver em
alguns momentos melhor ligação entre
maestro e banda.
Os meus parabéns ao maestro, músicos
e direção pelo trabalho desenvolvido.
Com um coral de Bach
“Thus do you fare, My
Jesus”, a Banda de Silvalde
deu início ao seu concerto
com grande sentido estético
que resultou numa ótima
interpretação. Grupo equilibrado com bom
fraseado e legato e boa coesão entre os
naipes. Pequenas coisas ao nível vertical não
mancharam a boa interpretação da obra.
“Give us this day” – David Maslanka –
Nesta obra, o primeiro andamento, mais
sombrio, iniciou-se com alguma indefinição,
mas logo quase tudo foi posto na ordem. A
Banda soube, transmitir ao auditório o
carácter contido na partitura. O segundo
andamento, com harmonias modais,
confirmou um grupo coeso, musical e com
maturidade acima da média, que culminou
num arrebatamento merecido.
“Macarena” – Ernesto Valverde –
Arranjo de N. Iwai – o trompetista esteve
num bom plano ao nível técnico, mas
pareceu-me cansado e pouco à-vontade. Para
tocar esta obra, teria que ter descansado na
obra anterior ou tocá-la no início do
concerto, ou então, encontrar-se em grande
forma o que não me pareceu ser o caso. A
banda soube interpretar com eficácia o
merengue e salsa que o arranjador introduziu
na obra.
“Navegar, navegar” de F. G. Dias – Foi
“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o
Clarice Lispector
defeito que sustenta o nosso edifício inteiro.”
A Banda Musical de São
Tiago
de
Silvalde,
demonstrou ser uma banda
com
potencial,
apresentando-se
no
Europarque a um bom nível,
com um bom programa e com o seu grau de
dificuldade, mas atingiu plenamente o
objetivo, entrou em palco com rigor,
disciplina e muito bem posicionada em
palco, com uma boa sonoridade, uma boa
afinação, bons registos nas dinâmicas e
rítmicos, como também na articulação com o
maestro, a banda de Silvalde, esteve bem em
todos os planos.
Quanto ao programa apresentado, no
geral, estiveram muito bem, salientando só
que na obra
“ Navegar,
Navegar ”, houve alguma desatenção na
entrada e em certos momentos o
enquadramento rítmico não esteve tão
perfeito, dar ainda os parabéns ao solista
Luís Sousa pelo seu excelente desempenho,
no solo que fez na obra “ Macarena ” esteve
bem em todos os registos.
Ao jovem maestro Filipe Fonseca os
meus sinceros parabéns pela direção segura,
precisa e expressiva, demonstrando rigor e
competência, excelente prestação; aos
músicos também os profundos parabéns pela
boa prestação e à direção os parabéns por
todo o esforço e trabalho realizado, mais
uma vez muitos parabéns a todos. 
“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”
Carlos Drummond de Andrade
Filarmonia ao mais alto nível
com profissionalismo puro, o que da
performance transpareceu para o auditório,
pela atitude dos executantes. Gostei muito de
poder observar, nesta obra, a forma
sincronizada e cuidadosa como os músicos
bateram palmas. A parte estética é
igualmente importante e este grupo tem
vindo a demonstrá-lo muito bem,
especialmente nestes últimos tempos. Mais
uma vez, parabéns Maestro pela exigência
imprimida. Os resultados estão à vista.
Mais uma vez, na performance desta
banda, senti uma certa coerência e
organização nas diferentes expressões
temáticas que nos permitiu reter e relacionar
genuinamente cada motivo que ia surgindo
em cada obra.
Houve pequenas coisas menos bem
conseguidas que não me sinto com nenhuma
motivação para as apontar, pois, constato
com grande agrado que este talentoso
maestro está a transformar positivamente
esta banda.
Muitos parabéns ao Maestro, músicos e
direção. 
Filarmonia ao mais alto nível
BANDA FILARMÓNICA OVARENSE
Dirigida pelo Maestro: Ascendino Silva
Nasci em Ovar. A Banda
Filarmónica Ovarense, que
conheço muito bem, deu
palco a muitos músicos que
conheci e a mim também,
passagem.
de
diga-se
Excelentes amigos!...Alguns já partiram,
mas não deixaram de estar presentes nos
corações dos amigos e familiares que os
estimavam, bem como na alma desta Banda
cuja maior riqueza sempre esteve muito para
lá da música. De facto, para mim e mais ou
menos para todos os elementos músicos ou
directores que conheci até hoje e com quem
me relacionei, esta Filarmónica ofereceu
sempre humor, sinceridade, camaradagem,
bondade e filarmonia a todos os seus
músicos, fazendo-os criativos e felizes. Essa
atmosfera projetou-se na sua apresentação
em palco, onde a música fluiu sem
preconceitos pelo auditório do Europarque,
denotando a experiência bicentenária de
muitos concertos ao ar livre nas várias
romarias para as quais é solicitada,
projectando a sua sonoridade colorida e
franca, capaz de se fazer ouvir seja onde
for!... O repertório foi bem escolhido e o seu
momento alto aconteceu com a voz angelical
da cantora Laura Santos, que cantando
expressou sentimentos e impressões,
mostrando domínio e técnica vocal, junto
com musicalidade e sensibilidade dignas de
uma artista em ascensão. Também e
inteligentemente, como cartão de visita de
Ovar, terra onde o Carnaval reina quase
sempre e não só uma vez por ano, A Banda
Ovarense partilhou o seu espaço com uma
representação da excelente Escola de Samba
“Costa de Prata” de Ovar, trazendo ao palco
o samba e os seus ritmos com uma trilogia
de percussão, sambistas e banda, fechando
com chave de ouro a sua prestação. Força ao
João Ascendino, pelo trabalho que tem vindo
a desenvolver!
A Banda Filarmónica
Ovarense protagonizou um
trabalho honesto e eficaz,
interpretando um repertório
aliado às características do
trabalho que tem sido
desenvolvido pelos músicos e pelo maestro
Ascendino Silva, desde Dezembro de 2011,
quando este substituiu o carismático maestro
António Covas.
“O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.”
Charles Chaplin
controlo das intensidades. A intervenção do
trompetista, revelou aspetos muito
interessantes: boa fluidez e projecção sonora,
boa
expressividade,
assente
numa
articulação cuidada, indo ao encontro da
temática proposta pelo compositor.
Na interpretação da obra “Appalachian
Overture” do compositor James Barnes, a
banda esteve melhor, revelando diferente e
interessante nível musical, relativamente à
sonoridade, afinação, contrastes interessantes
e sonoridade harmónica rica e coesa, embora
seja preponderante rectificar a sonoridade dos
trompetes e trombones, por vezes algo
brilhante, diluindo a massa sonora das
madeiras, a afinação instável nos graves
(tubas) na conceção harmónica de algumas
secções, assim como alguma instabilidade
rítmica e no tempo na transição de secções.
A qualidade artística da obra “Adios
Nonino” de autoria do compositor Astor
Piazolla, é um bom atributo pedagógico para
alterar o paradigma musical das bandas
filarmónicas: abordagem de outras
sonoridades melódicas (ex: inclusão do
acordeão) harmónicas, novas interpretações.
No geral, a banda apresentou uma
sonoridade e equilíbrio agradáveis, bom
colorido harmónico, com todas as vozes do
“esqueleto” harmónico equilibradas, embora
seja fundamental rever a articulação e
fraseado
pouco
cuidados,
alguma
incoerência na pulsação e afinação no naipe
das tubas, quando a banda desempenha uma
função específica de suporte melódico e
harmónico do solista. A intervenção do
acordeonista foi de boa qualidade, com boa
fluidez, boa expressividade, indo ao
encontro da temática da obra. Deixo aqui um
reparo: em futuros eventos, o maestro deve
reajustar a afinação da banda em
conformidade com o acordeão, antes da
interpretação da obra, de modo a evitar
instabilidade ao nível desta competência
fundamental para o qualidade tímbrica do
conjunto.
“Não é nenhuma vergonha ser feliz; vergonhoso é ser feliz sozinho.”
Albert Camus
Filarmonia ao mais alto nível
Apesar da audácia na escolha do
repertório, variado e interessante a nível
estilístico, devo salientar a importância em
corrigir alguns aspectos essenciais para o
equilíbrio e sonoridade do grupo: ausência
de colorido nos graves, na conceção da base
harmónica, aspeto preponderante para uma
sonoridade mais compacta, mais equilibrada;
a fragilidade das madeiras, motivada pela
quantidade de metais comparatiuvamente
com as madeiras, nomeadamente, os
clarinetes, por vezes com um timbre mais
brilhante; retificar o equilíbrio entre os
diferentes naipes da textura orquestral,
melhorar os planos sonoros essencialmente
ao nível das intensidades, de modo a
valorizar a harmonia, melodia, contraponto,
dinâmica.
A banda iniciou a sua intervenção,
homenageando o nosso compositor
Alexandre Fonseca, com a interpretação da
Marcha
“Encantos
Sabrosis”.
Em
determinados momentos, a afinação no naipe
dos clarinetes não era estável, aliada a pouca
leveza no discurso musical. Por vezes os
metais sobrepunham-se às madeiras, no que
diz respeito às intensidades, e ainda
relativamente às intensidades, cito os poucos
contrastes a nível das intensidades ao longo
da obra. Na secção central, a componente
harmónica nos trombones, por vezes
sobrepunha-se
à
componente
melódica/temática e na fusão tímbrica
clarinete/flauta, apesar da sonoridade
envolvente, verificaram-se alguns desacertos
ao nível da afinação.
Na obra “Plegaria Taurina” do
compositor Rafael Méndez, verificaram-se
alguns problemas de afinação, imprecisões
rítmicas, hesitações nas entradas, poucos
contrastes a nível das intensidades e os
metais com um timbre algo brilhante em
relação aos restantes naipes, criando alguns
desiquilíbrios tímbricos. A banda nem
sempre esteve bem no apoio harmónico ao
solista (trompete) essencialmente no
Filarmonia ao mais alto nível
Na obra temática “Amor a Portugal”, a
banda revelou contrastes ao nível das
intensidades e tempos, correctos e cuidados,
com o intuito em não sobrepor as belas
linhas melódicas da jovem cantora. Apreciei
a boa articulação, sensibilidade, sonoridade
cuidada, aveludada, boa perceção frásica da
cantora. Todavia, há que retificar algo que
ocorreu nas anteriores obras, no naipe da
tubas: rever a articulação e fraseado pouco
cuidados, alguma incoerência na pulsação e
na afinação.
Contrastando com a interpretação das
anteriores obras, a banda esteve mais estável,
mais solta, na interpretação da obra
“Caravan”, o que aliás, ocorre na
generalidade com as bandas filarmónicas,
quando interpretam obras de cariz ligeiro, o
mesmo nem sempre acontece, na execução
de outros géneros musicais. A coreografia a
cargo de simpáticas e alegres dançarinas da
Escola de Samba “Costa de Prata” de Ovar,
valorizou a atuação da banda e foi ao
encontro da temática da obra, provocando no
público agradáveis sensações, que
correspondeu com palmas. A banda revelou
bom ritmo, bom tempo, embora seja
necessário retificar o equilíbrio entre os
diferentes naipes da textura orquestral e
melhorar os planos sonoros essencialmente
ao nível das intensidades.
Uma palavra de incentivo pela audácia e
entrega demonstrada pelo maestro, músicos
e diretores da banda. Participar neste evento,
foi um verdadeiro ensinamento no percurso
musical da banda, assimilar as críticas
sempre construtivas associadas a um
trabalho honesto, com vista à evolução
artística desta ilustre Associação que soube e
saberá dignificar o nome da região.
A Banda Filarmónica
Ovarense apresentou para
este concerto um grande
programa, num registro
muito distinto e variado, ao que
normalmente estamos acostumados a esperar
no concerto de uma Banda. O programa foi
muito variado e muito atrevido, ao qual
brindo com meu aplauso e encorajo a
continuação. Creio que temos (inclusive eu)
trabalhar para que as pessoas queiram
assistir aos concertos. O público necessita,
de ser surpreendido, excitado, comovido,
que o alegremos, que se sinta feliz, e tudo
isto foi o que a Banda Filarmónica Ovarense
provocou em mim.
Abriu este maravilhoso programa com
Encantos Sabrosis, notando-se um pouco
que os músicos estavam encaixando no
concerto e no auditório. Faltou bastante
mobilidade musical, e houve bastante
desafinação no trio final por parte das flautas
com os clarinetes.
Seguiu com um grande pasodoble.
Excelente solo de trompeta muito bem
colocado na sonoridade, fazendo uma grande
interpretação. A banda deveria no entanto têlo acompanhado um pouco mais e fazê-lo
sentir-se mais cómodo.
Uma das surpresas da noite foi Oblivion
de Piazzola. Tocar Acordeon e banda no é
nada fácil, pela falta de projeção do som que
o acordeon tem. No entanto esta dificultade
foi superada com cresendos por parte da
banda. Além disso este tema foi
acompanhado por uma linda coreografia e
grandes bailarinas: Sonhos Violeta, aos quais
brindo com o meu aplauso.
Outra das surpresas foi Amor a Portugal,
tema de Ennio Morricone e Dulce Pontes,
desta vez na voz magistral de Lausa Santos.
Foi interpretada, sem sombra de dúvida pelo
coração de todos os artistas ali presentes.
Pecou por colocarem um microfone usando
a amplificação do auditório, confundiu um
pouco a banda e o maestro. Deveria ter-se
usado a amplificação do próprio palco para
poder realizar uma melhor sintonia, melhor
entendimento da música, já que às vezes a
voz sobressaía por cim da banda.
“A preguiça faz com que tudo seja difícil; o trabalho o torna tudo fácil.”
Benjamin Franklin
A Banda Filarmónica
Ovarense dirigida pelo
maestro Ascendino Silva,
escolheu um bom repertório
bastante variado.
Destaco como melhor
momento a interpretação da obra
“Appalachian Overture” do compositor
James Barnes, assim como do tema “Amor
a Portugal” sempre agradável de ouvir e com
uma interpretação bem conseguida.
A filarmónica Ovarense,
com mais de 200 anos de
vida, apresentou-se no
Europarque com uma banda
formada por juventude e
veterania. Durante todo o
concerto transmitiram entusiasmo e energia,
algo que chegava ao público.
O programa de concerto foi muito
completo e variado. A seleção dos artistas
convidados e sua participação fez com que
o concerto fosse diferente: acordeon solista,
bailarinas, cantora, grupo de samba... Todo
um espectáculo que a banda ofereceu. As
minhas felicitações por entusiasmar o
público em todos os momentos.
Somente um comentário da minha parte,
e trata-se da sonoridade colectiva. A banda
tem bom som, mas dependendo da
instrumentação, muda, isto é, quando soam
poucos instrumentos “Música de câmara” a
banda soa muito bem, flexível, com
fraseado, mas quando tocam todos no forte o
som não é da mesma qualidade, não há
fraseado nem equilíbrio. Dois exemplos:
Em plegaria Taurina a banda
sobrepunha-se em som ao solista. Em
Oblivion igual. Na obra de acordeon solista
quizás era bom porque em algumas partes
não tocavam todos os músicos, sobretudo as
tubas onde havia desajustes, já que o
acordeon não estava amplificado e perdia-se
a essência da obra.
Em resumo, uma actuação original, com
grande aposta no cenário, coreografica e
com muita paixão posta no palco.
Falta-me dizer que gostei desta frase do
curriculum que nos ofreceu a banda:
“celebrou o seu bicentenário, renovando as
suas responsabilidades com a Música, bem
como, com a filarmonía”
Que asim seja, por muitos anos.
Parabéns.
A Banda Filarmónica
Ovarense teve uma prestação
sempre a subir de nível. As
coreografias
foi
um
acrescento a esta excelente
apresentação que começou
algo receosa na primeira peça , Encantos
Sabrosis. Algumas notas que gostaria de
registar: Na duas primeiras peças estiveram
receosos, acusaram nitidamente o ambiente e
a excelente sala em que estavam. Mas depois
estabilizaram e afinação, balanço, rigor
rítmico foram aspetos exemplares, parabéns.
A inclusão do acordeão e as coreografias na
peça Oblivion, foram felizes e resultaram em
pleno. Na peça Amor a Portugal a cantora
esteve perfeita, com excelente voz –
parabéns! Na última peça, Caravan, a
inclusão da Escola de Dança encheu o
auditório de entusiasmo, ritmo e alegria.
Parabéns, pois, à Banda Ovarense e ao seu
Maestro pela prestação que nos trouxeram.
“Talvez as melhores amizades sejam aquelas em que haja muita discussão,
muita disputa e mesmo assim muito afeto. .”
George Eliot
Filarmonia ao mais alto nível
A pérola final sobre esta actuação foi
Caravan, arranjo de Naohiro Iwai e com a
surpresa da escola de Samba “Costa de
Prata”. Como disse no início do meu
comentário, a música tem de chegar ao
público e criar espectáculo. Sem dúvida esta
banda conseguido o feito, com muitos
ingredientes diferentes, tocando diversos
estilos para chegar a todos os públicos.
O meu bem haja ao Maestro, como à
direção da banda pelo maravilhoso trabalho
realizado e pela sua aposta neste espectáculo.
A minha inteira aprovação e apaluso.
Filarmonia ao mais alto nível
Dirigida pelo maestro
Ascendino Silva.
Agradável e divertida
proposta
da
Banda
Filharmónica Ovarense.
Um dos aspectos mais
esquecidos ou pouco explorados das bandas,
orquestras ou ensembles é a interação com
as distintas artes e como o público.
A música é uma arte abstrata, tem esse
inconveniente, não se pode tocar nem ver
pelo que é uma arte efémera, que vive na
memória. Por iso temos a obrigação de
chegar ao público com aspectos que o
maestro Ascendino Silva soube resolver
planificando un concerto diversificado.
Muito bem incluída a dança no
espetáculo já que demonstra que têm uma
mentalidade jovem e muito saudável nos
tempos que correm e que vos fará
diferenciar-vos do resto da bandas.
Felicito-vos pela vossa vontade por
desenvolver propostas musicais que
apresentam uma perspetiva artística global e
um forte compromisso com as artes.
A Banda Filarmónica
Ovarense com um programa
bem
escolhido,
proporcionou-nos momentos
muito agradáveis.
Adorei ouvir, Amor a
Portugal na voz da Laura Santos.
Muitos parabéns ao maestro, músicos,
direção e todos que colaboraram para o
sucesso deste lindo espetáculo.
A Banda Ovarense deu
início ao seu concerto com
“Encantos Sabrosis” de
Alexandre
Fonseca
e
revelou-se muito presa e sem
vivacidade o que terá
originado algumas desafinações na contra
melodia.
Na segunda obra “Plegaria Taurina” de
Rafael Méndes, foi interessante ouvirmos
um jovem trompetista que se apresentou
com potencial para num futuro próximo se
poder exibir em bom plano. Tem talento.
Agora é só trabalhar bem para alcançar o
nível desejado.
Na obra “Appalachian Overture” de
James Barnes, a banda demonstrou melhor
clarividência ao nível da execução técnica,
relativamente à sua 1.ª participação neste
festival, mas esteve menos expressiva e com
algumas desafinações nas partes de menor
densidade.
“Oblivion” de Astor Piazzola – Aqui
assistimos a uma música mais fresca e
sensual com a banda a mostrar o seu outro
lado que lhe é tão peculiar e a sair-se muito
bem. Com a dança e o acordeão a trazerem
frescura ao grupo, assistimos a uma bonita
coreografia, e, a capitanear a equipa, um
acordeonista que com a sua positiva
performance extraiu da banda boa
elasticidade.
“Amor a Portugal” é uma obra muito
ingrata para uma banda amadora com
poucos recursos. Neste contexto os
equilíbrios entre os naipes, o bom fraseado,
legato e sonoridade de grupo, requerem
muito tempo e trabalho, cuidados muito
especiais e uma contínua evolução
individual. A banda está em transformação e
chegará lá a médio prazo.
A cantora Laura Santos foi corajosa ao
interpretar esta canção que foi gravada pela
grande Dulce Pontes.
A Banda Ovarense ganhou ao nível da
execução mas tem que trabalhar muito ao
nível da emoção. Acredito que num futuro
próximo a letargia pertença ao passado.
Parabéns ao Maestro Ascendino,
músicos e direção.
“Homenagem a Domingos Matos” de
Alexandre Fonseca foi gravada pela banda
de souto há alguns anos e sentiu-se bem a
familiaridade.
“A melhor vingança é conquistar o que os outros dizem que não somos capazes
Anónimo
de conseguir.”
A Banda Filarmónica
Ovarense,
apresentou-se
bem
composta
no
Europarque, com vontade de
realizar um bom trabalho e
participar neste evento será
um marco para a banda Ovarense, assim
como um bom incentivo para futuro
objetivos. Devem trabalhar mais a afinação
geral da banda, em certos momentos não
houve enquadramento rítmico, fraseados,
não
se
respeitaram
dinâmicas,
principalmente quando há solistas, mas tudo
muito compreensível quando há um grupo
muito jovem em palco. É, no entanto, uma
banda com boa margem de progressão,
devido à sua juventude e com a maturidade,
certamente abordarão essas questões
técnicas.
Quanto ao programa, foram na minha
perspetiva muito originais, trouxeram som e
cor a este festival. No geral estiveram muito
bem, à parte das questões mais técnicas,
iniciaram com uma bonita marcha de
Alexandre Fonseca “ Encantos Sabrosis ”;
gostei do agradável ritmo imposto a esta
marcha, já a afinação e enquadramento, deve
melhorar. Na segunda obra “ Plegaria
Taurina ” a banda não respeitou as dinâmicas
no que diz respeito banda/solista, na terceira
obra “Appalachian Overture ”, referencio as
mesmas questões, afinação, enquadramento,
dinâmicas e ataques, onde os metais se
excederam um bocadinho. Na quarta obra “
Oblivion “ a banda soltou-se um bocadinho
mais, houve uma boa articulação com o
acordeonista Ricardo Rodrigues e com o
grupo coreografo “ Sonhos Violeta ”,
parabéns a ambos, estiveram bem,
proporcionando um agradável momento. Na
quinta obra “ Amor a Portugal ”, as questões
técnicas mantiveram-se, o que foi pena, pois
a prestação da cantora Laura Santos foi
fantástica, esta música é absolutamente
magnífica e muito emotiva, a cantora Laura
conseguiu transmitir isso mesmo, parabéns.
Finalizando a sua participação com grande
animação,
deixando
o
europarque
maravilhado com calorosa obra “ Caravan ”.
Muitos parabéns ao maestro, músicos
e sua direção.
“Desenvolva o interesse pela vida, como você a vê, as pessoas, coisas,
literatura, música, o mundo é tão rico, simplesmente pulsando com seus
tesouros, com as almas das pessoas bonitas e interessantes. .”
Henry Miller
Filarmonia ao mais alto nível
“Entre o Céu e a terra” de Afonso Alves,
teve momentos de interesse assinalável, com
os aspetos técnicos no devido lugar e os
equilíbrios entre os naipes quase sempre
conseguidos, pese embora se tenha notado,
durante a interpretação da peça, ligeiras
precipitações no que aos andamentos diz
respeito, mas nada que comprometesse o
bom desempenho.
No tributo a Carlos Paião a ideia de
juntar à banda os coros da paróquia é sempre
de aplaudir.
A junção de ambos os grupos nem
sempre foi bem conseguida mas ficou a boa
impressão subjacente ao ato em si.
A Hallelujah proporcionou um ensejo à
introspeção. A Banda desempenhou bem o
seu papel mas a cantora deu-lhe um toque
muito especial. Tem de facto uma voz muito
bonita, aliás, ao nível da sua figura. Foi um
bom momento musical e estético.
A Banda finalizou o seu concerto de uma
forma entusiasta com a marcha de Johann
Strauss “Radetzky March.
Parabéns ao Maestro Manuel Luís, aos
músicos e à Direção.
Filarmonia ao mais alto nível
SOCIEDADE DA BANDA MUSICAL DE SOUtO
Dirigida pelo Maestro:
Manuel Luís Ferreira de Azevedo
franca
em
Banda
ascensão e equilibrada em
naipes.
de
termos
Articulação, fraseado e
dinâmicas, bem como a
sincronia do colectivo,
trabalho bem conduzido e
revelam
orientado.
O Coro veio acrescentar valor à
prestação da Banda e trazer Carlos Paião de
uma forma bonita e com uma simplicidade
incrível. Também a cantora de amarelo,
fazendo jus à cor de canário, encantou e
comoveu todo o auditório com os seus
trinados, transportando a primavera para
dentro do Europarque. Aleluia!
Por fim a obra Radetzky acompanhada
com aplausos do público colaborante, após
uma extensa tarde de espectáculo, fechando
com chave de ouro o palco e abrindo-o para
o que vem a seguir. Aguardemos!
Sob a direcção artística
do professor Manuel Luís,
maestro dotado de uma
direção sóbria, elegante,
bem
muito
dinâmica,
preparada, a banda conseguiu transmitir
através dos sons, as temáticas descritas nas
diferentes obras, sendo esta atuação, o claro
indicador da evolução artística ocorrida ao
longo dos tempos, aliada aos atributos
musicais dos instrumentistas, e ao arrojado
e bem escolhido repertório interpretado em
Concertos, distinto do repertório idiomático
das bandas filarmónicas. Nota-se um
elevado grau de motivação dos músicos na
abordagem à estética do repertório
interpretado transmitindo ao público
momentos de sublime beleza musical, como
foi o caso das obras respetivamente com voz
solista e coros.
O equilíbrio e homogeneidade das
sonoridades, rigor a nível rítmico e nas
mudanças de andamento, assim como a
afinação, foram pormenores musicais dignos
de registo, apesar da disposição da Banda em
palco, nomeadamente a colocação das tubas
e dos trombones. Acho que a paleta
instrumental estava algo incompleta:
ausência de fagotes e apenas um
bombardino. O número reduzido de
clarinetes em relação ao naipe de trompetes,
não se fez notar, devido à qualidade sonora
“A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.”
Francis Bacon
Para terminar a brilhante prestação em
palco, a banda interpretou a obra “Tributo a
Carlos Paião”, um medley com temas
imortais do cantor e compositor Carlos Paião,
com arranjo bem elaborado a cargo de Álvaro
Reis, Presenciamos momentos musicais com
qualidade, assentes na boa preparação da
banda para este evento: bom sentido rítmico,
interessantes cambiantes de intensidade e de
andamento, leveza nas linhas melódicas, nas
passagens mais expressivas, sonoridade
harmónica sempre aveludada. muito precisa
e envolvente, com a redução da paleta
instrumental no acompanhamento ao coro e
solista, muito bem conseguida, com todos os
naipes a revelar muita segurança. Felicito
igualmente Rui Soares, pelo excelente arranjo
elaborado para os coros da Paróquia de São
Miguel de Souto, emocionando o ouvinte,
com o espírito e mensagem musical da obra,
através das belas melodias e harmonias que
emergiam naquela sala.
Parabéns aos músicos e ao maestro,
professor Manuel Luís, pelo trabalho que
têm desenvolvido, pela maneira como
souberam dignificar o nome da banda e a
arte musical, assim como a todos os
elementos da Direcção, pela organização
com sólidos alicerces, uma competência
fundamental para a continuidade deste
excelente trabalho artístico.
A Sociedade da Banda
Musical
de
Souto,
apresentou-nos um programa
ao mais alto nível.
Uma banda onde se nota
establilidade, com grande
trabalho e larga experiência nas suas fileiras.
A sonoridade que projectou esta banda
durante todo o seu concerto fez notar que
estes músicos tocam muito tempo juntos,
fazendo um trabalho excelente nos planos
sonoros, assim como em harmonia e
afinação, assim demostraram interpretando
Homenajem a Domingos Matos.
“As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que
está perto de nós. .”
Anónimo
Filarmonia ao mais alto nível
digna de registo, bom equilíbrio, sempre
cuidada dos metais e do tutti.
A banda iniciou a sua prestação musical
interpretando a Marcha “Homenagem a
Domingos Matos”, uma homenagem ao
ilustre e carismático compositor Alexandre
Fonseca. Por vezes, o saxofone barítono
estava desajustado ao tutti em termos de
intensidade, interferindo na qualidade da
harmonia tímbrica; na secção em forte após
o primeiro tema, faltou potencial sonoro no
naipe de trombones, e o motivo melódico em
tercina de colcheias, nem sempre foi
perceptível ao nível da articulação das notas.
Todavia, a banda esteve bem na mensagem
com os naipes a revelarem sonoridades ricas
do ponto de vista melódico e harmónico,
andamento preciso, com alma e energia, no
geral, boa gestão das intensidades e da massa
sonora, determinada e afinada.
Foi a primeira que escutei a Abertura
"Entre o Céu e a Terra" do compositor
Afonso Alves, sem dúvida, uma obra muito
interessante do ponto vista estética e
estilístico. Acho que a mensagem, espírito e
dedicatória da obra foram bem conseguidas,
pois os músicos sentiram aquilo que
tocaram, interpretando-a com carácter,
energia e muita sensibilidade musical, bons
contrastes ao nível da intensidade e do
tempo, uma textura sonora requintada na
qual destaco o desempenho dos metais, com
intensidade e sonoridade equilibradas,
sempre com o intuito de não sobrepor os
restantes planos sonoros.
Na interpretação da obra “Hallelujah”,
a Banda obteve na minha opinião, um bom
nível musical quanto à sonoridade,
articulação, afinação e equilíbrio entre os
diferentes naipes, precisão rítmica, com
muito carácter e uma sonoridade harmónica
rica e coesa. O tutti, enquanto suporte
melódico e harmónico da cantora, esteve
muito bem, revelando leveza e sensibilidade
musical, boa gestão das intensidades e da
massa sonora.
Filarmonia ao mais alto nível
Sinto-me muito feliz por ter descoberto
compositores e obras portugueses tais como
Entre Céu e Terra, uma grande obra do
compositor Afonso Alves, onde a banda
Musical de Souto conseguiu encher-nos de
energia, e mostrar-nos todas as colores que a
partitura exigia, tocando mais além das
notas.
É de destacar o lindo fraseado durante
toda a obra, nos clarinetes e uma excelente
interpretação, com força, técnica e
musicalidade de toda a percussião. Bravo!!
A Sociedade da Banda Musical de Souto,
junto com os coros da paróquia de São
Miguel de Souto interpretou-nos Tributo a
Paião de Álvaro dos Reis e Hallelujah de
Leonard Cohen. Na minha opinião, o coro
não deveria ter sido amplificado, se o
maestro achava necessário pois deveria ter
sido amplificado no palco, já que havia
momentos em que não se percebia
perfeitamente o acompanhamento da banda.
Na verdade o maestro foi muito inteligente
facend “tacet” a muitos músicos para dar
mais presença ao coro, no entanto às vezes
acontecia o contrário do pretendido.
O coro fez uma grande interpretação em
ambas as obras, fazendo sentir a música
como tinha de ser!!!
Para acabar o programa a banda encerrou
com a marcha Radetzky, na qual o público
acompanhou com grande entusiasmo.
Uma grande Banda, com um grande
trabalho, continuem assim!!!! 
Prestação
muito
agradável dos músicos
conduzidos pelo maestro
Manuel Luís
Sem dúvida que a
Abertura "Entre o Céu e a
Terra" do compositor Afonso Alves, foi o
momento alto da atuação desta Banda
Terminou a tarde ao mais alto nível com
o “Tributo a Carlos Paião”, um medley
agradável e interpretado com elevada
qualidade. Abraço.
Uma banda histórica,
fundada em 1849 apresentouse no Europarque com
grande
disciplina
e
professionalismo em palco.
Ao programa escolhido,
fixo especial referência aos compositores
portugueses conseguindo entusiasmar o
público que se divertiu na sala e que cantou
os temas populares ao som da banda. Isso
conseguiram-no com a obra Tributo a Carlos
Paião, com a colaboração dos coros da
paróquia de São Miguel de Souto. O facto de
serem acompanhados pelo coro é muito
importante a nível social, já que a filarmonía
coneta a vários níveis da freguesia,
conseguindo a banda um maior apoio e
carinho dos seus vizinhos.
Esta banda, é um agrupamento
compensado entre madeiras e metais. Nas
madeiras pode atingir um bom equilíbrio no
balanço tímbrico graças aos seus 17
clarinetes, 6 flautas/flautín e 2 oboés; no
entanto têm de equilibrar e conseguir
harmonia com os 10 saxofones (7 altos e 3
tenores). Nos metais idem entre os naipes.
A sonoridade da banda é boa, no entanto
por vezes pouco flexível no fraseado e nas
matizes dinámicas. A experiência do maestro
ajuda a banda neste aspeto, como no
Halleluia onde não tocaram todos os músicos
e ouvia-se equilibradamente a banda, o coro
e a solista cada um no seu perfeito plano
sonoro.
A marcha Radetzky pôs fim a uma
actuação e a um festival brillante.
Parabéns ao maestro Luis Azevedo e à
banda pelo seu trabalho. Obrigado por
incluir as notas de programa do concerto. É
seguir por esse bom caminho!
“A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros.”
Anónimo
Parabéns ao Maestro, direcção e, aos
intervenientes principais, os músicos.
Filarmonia ao Mais Alto Nível é isto
mesmo: Qualidade, dedicação, Seriedade,
Alegria, Ritmo.
Parabéns mais uma vez ao Sr. Mário por
tudo o que já fez e certamente continuará a
fazer pelo Mundo Filarmónico Português,
que cada vez tem mais qualidade e interesse!
Muito obrigado.
Dirigida pelo maestro
Manuel Luis Ferreira de
Azevedo.
Banda muito correta,
equilibrada, disciplinada,
elegantes durante todo o
concerto. Souberam diferenciar planos, criar
bons contrastes e sacar da partitura bonitos
efeitos coloridos. Todas os naipes sabiam
qual era o seu papel dentro da partitura e
com
uma
harmonia
formidável,
demonstrando um bom trabalho prévio.
Como é de esperar, o traballo ajuda
sempre, pelo que traballar não é realizar o
que um imaginava, mas sim descobrir o que
cada um leva dentro de si.
Excelente Banda.
Sociedade da Banda
Musical do Souto – Esta
Banda apresentou-se com
um programa muito bem
escolhido.
Foi
um
concerto
agradável. Entre o céu e a terra é uma obra
que produz um bom efeito no público, na
minha opinião a banda conseguiu uma boa
prestação.
Tributo a Carlos Paião e Halleluyah
resultaram em pleno. Foi um momento alto
neste festival.
Parabéns ao maestro Manuel Luis,
direção e todos que ajudaram neste
magnifico concerto.
“Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos
por desonestidade. .”
Sócrates
Filarmonia ao mais alto nível
A Sociedade da Banda
Musical de Souto apresentou
um repertório muito variado
e de bom gosto. A Banda
apresentou um nível de
sonoridade,
timbre,
articulação, balanço rítmico, fraseado e
afinação excelente, resultando numa banda
muito agradável de ouvir. Do Maestro
transpareceu confiança, eficiência, direção
muito clara e boa comunicação com os
músicos. A execução das obras foi feita com
a energia e entusiasmo que era exigido, fruto
de uma grande dedicação e organização
demontradas por todos os elementos da
banda. Parabéns!
Posto isto, na marcha Homenagem a
Domingos Matos, a banda evidenciou desde
logos os aspetos que referi anteriormente de
forma exemplar – Sonoridade, balanço,
dinâmicas, equilíbrio e afinação. Parabéns.
Quanto à obra Entre o Céu e a Terra,
excelente obra do compositor Afonso Alves,
a Banda apresentou uma interpretação
entusiasta e dirigida de forma muito segura
pelo seu Maestro, que nos habitua sempre a
excelentes trabalhos. Mais duas notas de
realce: Excelentes intervenções dos Metais
e conjunto excelente de dois naipes –
trompas e saxofones.
Quanto à obra Tributo a Carlos Paião
com coro, foi para mim um dos momentos
altos da tarde. Excelente interpretação do
coro
e
acompanhamento
bastante
equilibrado e eficiente por parte da banda.
Fui um dos ouvintes que não acompanhei a
banda com palmas, pois uma excelente
interpretação deve ser ouvida e usufruída
inteiramente. Palmas bati sim e muitos no
final da obra. Perfeito! Excelente!
Quanto às duas últimas obras, Hallelujah
e Radetzky March, de notar a excelente voz
da cantora e a fantástica interação da Banda
com a Audiência.
Foi um trabalho fantástico, excelente.
Filarmonia ao mais alto nível
“Homenagem
a
Domingos
Matos”
de
Alexandre Fonseca foi
gravada pela banda de souto
há alguns anos e sentiu-se
bem a familiaridade.
“Entre o Céu e a terra” de Afonso Alves,
teve momentos de interesse assinalável, com
os aspetos técnicos no devido lugar e os
equilíbrios entre os naipes quase sempre
conseguidos, pese embora se tenha notado,
durante a interpretação da peça, ligeiras
precipitações no que aos andamentos diz
respeito, mas nada que comprometesse o
bom desempenho.
No tributo a Carlos Paião a ideia de
juntar à banda os coros da paróquia é sempre
de aplaudir.
A junção de ambos os grupos nem
sempre foi bem conseguida mas ficou a boa
impressão subjacente ao ato em si.
A Hallelujah proporcionou um ensejo à
introspeção. A Banda desempenhou bem o
seu papel mas a cantora deu-lhe um toque
muito especial. Tem de facto uma voz muito
bonita, aliás, ao nível da sua figura. Foi um
bom momento musical e estético.
A Banda finalizou o seu concerto de uma
forma entusiasta com a marcha de Johann
Strauss “Radetzky March.
Parabéns ao Maestro Manuel Luís, aos
músicos e à Direção.
A Sociedade da Banda
Musical
de
Souto,
apresentou-se muito bem
composta e mais ou menos
bem distribuída em palco,
apenas trocaria os trompetes
com os trombones e com um programa
interessante.
Na primeira obra “ Hom. A Domingos
de Matos ”, mais uma marcha do carismático
compositor Alexandre Fonseca, homenagem
lhe seja feita com todo o mérito e
reconhecimento que merece, a banda esteve
bem em todos os planos. Na segunda obra “
Entre o Céu e a Terra ” a banda teve uma boa
prestação, deve apenas tentar melhorar o
equilíbrio tímbrico e alguns desacertos que
existiram na mudança de andamentos, mas
tirando esses pormenores, estiveram muito
bem. Na terceira obra “ Tributo a carlos
Paião ”, viveu-se mais um momento
agradável, a banda esteve bem, como
também esteve muito bem o coro e a
simbiose entre banda/coro resultou muito
bem, repercutindo esse espirito no público.
Na quarta obra “ Hallelujah ” assistimos a
mais um bom momento e quero destacar e
dar os parabéns à cantora convidada, pois
esteve fantástica. Finalizando com
“
Radetzky March ” devo dizer que a banda
finalizou com brilhantismo.
Parabéns ao maestro, músicos e seus
diretores, pelo excelente trabalho. 
“Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja falta
Vladimir Maiakovski
de amor.”
ENSEMBLE DE FAgOtES DA CLASSE DO
Prof. Hugues Kesteman da ESMAE
Filarmonia ao mais alto nível
Oportunidade
de
verificar o trabalho que se
faz na ESMAE e o excelente
professor e músico, bem
como excelente amigo que é
o Hugues Kesteman e que
sabe rodear-se de bons amigos. Abraço
amigo Hugues e parabéns por todos os
excelentes artistas que tens formado em
Portugal!
As diferentes formações
(trio, quarteto, ensemble)
que nos ofereceram os
alunos
do
professor
Kesteman fizeram vibrar o
Auditório do Europarque.
Num primeiro momento viram-se uns
fagotes conectarem-se com o público através
dum repertório que as bandas filarmónicas
interpretam habitualmente.
É de agradecer ao professor e alunos,
que participaram num evento como o
Filarmonía e que inclusive um aluno do
próprio ensemble tenha feito um arranjo
duma marcha de Alexandre Fonseca;
momento único e irrepetível.
Meus parabéns pela vossa musicalidade,
entusiasmo
e
apoio
ao
mundo
filarmónico!
O Ensemble de fagotes
foi outro momento de
grande interesse musical e
pedagógico.
O Professor Kesteman
deve ser o maior e melhor
divulgador do fagote neste país. Bemhaja!
“O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência; mas a única maneira
de adquirir experiência é cometendo erros. .”
Anónimo

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