Manual do Iniciante em Home Studio

Transcrição

Manual do Iniciante em Home Studio
Manual do Iniciante em Home Studio
Manual do Iniciante em Home Studio
Introdução.
Olá, meu nome é Sandro Chagas e sou músico, locutor e produtor de
áudio e também sou proprietário do blog IDAUDIO HOME STUDIO, onde
costumo publicar dicas de ferramentas de produção de áudio.
O intuito do blog e trazer informação de qualidade para quem quer
montar um home Studio para trabalhar com produção de áudio e precisa
de informações básicas para iniciar.
Em novembro de 2011 eu e minha esposa tivemos a idéia de montar um
home Studio em nossa cidade para gravar comerciais e jingles para o
mercado local.
Nessa época eu não entendia absolutamente nada de home Studio e
conhecia apenas o Sound Forge 6 pois já havia feito alguns trabalhos para
uma rádio local e também um trabalho de gravações para a política em
2008 usando apenas o Sound Forge e a placa do computador e um
microfone de PC mesmo. Nem sabia o que era programa multipista.
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Para montar o Home Studio, nós compramos uma placa Fasta Track Pro
da M Audio, um microfone Behringer C3 e uma mesinha Xenyx 802
também da Behringer.
Os monitores eram da Microlab, umas caixinhas comuns de computador
com um pouco mais de qualidade, que eu já possuía.
Depois foi a vez de pesquisar os softwares e plugins que teria que usar
para gravar, editar e mixar as produções que eu tencionava fazer aqui no
meu novo home Studio.
Dentre os softwares multipistas eu aprendi o Sonar , o Pro tools M
Powered que veio com a minha placa M Audio, o Vegas e o Samplitude
foram os que eu usei no início mas não conseguia me decidir com qual eu
iria trabalhar.
Eu queria que fosse o Pro Tools mas era muito complicado pois para usar
o Pro Tools eu teria que ter uma máquina muito melhor. Então passei a
usar o Vegas e o Samplitude mas ainda não havia decidido.
Até que em uma de minhas pesquisas eu conheci o Reaper através do
Márcio Mourão e então passei a usar o Reaper em minhas produções e
tudo que eu queria fazer eu conseguia com muita facilidade.
Instalei diversos instrumentos virtuais e conseguia usar tudo sem
problema nenhum. O Reaper aceitava tudo e agüentava firme o
processamento dos plugins e instrumentos virtuais.
Eu me perguntava muito porque o Reaper, sendo tão leve agüentava
muito mais processamento do que os outros softwares e cheguei à
conclusão de que o Reaper, ao contrário dos outros softwares, priorizava
muito mais as funções e recursos do que o visual e é justamente esse o
segredo.
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Muitas pessoas não gostam ou não gostavam de trabalhar com o Reaper
por causa do visual que parecia muito amador (nas suas primeiras
versões).
E era aí que estava o segredo. Nos outros softwares os visuais arrojados
consumiam muito recurso do computador e se a gente não tivesse uma
boa placa de vídeo e uma boa memória RAM, a máquina acabava
desperdiçando recursos no visual do programa e por isso, na hora do
processamento dos plugins, acabava dando pau. Dessa forma era preciso
ir renderizando as tracks para seguir em frente.
Hoje em dia eu até tento utilizar outros softwares para testar novas
possibilidades mas na hora de fazer um trabalho que tenha prazo e exija
uma boa qualidade, eu vou direto ao Reaper.
Gostei tanto do Reaper que resolvi escrever esse e-book para ajudar a
quem está começando em home Studio a utilizá-lo em suas produções.
Então vamos agora direto para o assunto deste e-book que são as dicas
de gravação e mixagem no Reaper.
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1 - Baixando e Instalando o Reaper
Para instalar o Reaper é muito fácil. Basta baixar o arquivo no site da
Cockos correspondente ao sistema operacional. Visite
http://www.reaper.fm/download.php e baixe seu Reaper gratuitamente.
Você não precisará pagar a licença.
O Reaper é liberado para todas as pessoas e você só pagará a licença
quando disser a si mesmo que gosta tanto desse produto que não quer
que ele acabe e por isso vai pagá-lo para que os desenvolvedores possam
melhorá-lo cada vez mais.
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Depois de baixar é só dar um duplo click no seu arquivo de instalação e
esperar apenas alguns minutos.
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Dependendo do seu sistema operacional, talvez você tenha que instalar
clicando com o botão direito do mouse e escolhendo a opção “Executar
como administrado”
Depois é só seguir os passos da instalação e em questão de 2 ou 3
minutos, o Reaper já vai estar aberto na sua tela.
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Enquanto você não pagar a licença do Reaper, toda vez que abrir o
Reaper, aparecerá uma pequena janela no centro da tela que informa que
você não possui a licença do Reaper e dá uma opção pra você comprar a
licença.
Se você ainda não quiser adquirir a licença, você só tem que esperar
alguns segundos e clicar no botão “Still evaluation” que o Reaper
continuará funcionando completamente full, ou seja, sem nenhuma
restrição, com todo o seu potencial ao seu dispor completamente grátis e
pra sempre.
A decisão de comprar a licença ou não será inteiramente sua. Mas eu
sugiro que se você começar a ganhar dinheiro com produções que você
faça no Reaper, dê a sua contribuição para que os desenvolvedores da
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Cockos possam estar sempre melhorando ainda mais o Reaper pra você e
pra todos nós.
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2 – Configurando o Reaper Com a Sua Interface
de Áudio
Após instalar o Reaper, precisamos configurá-lo com a nossa placa para
que o softwares tenha uma comunicação com o hardware e possa gravar
e reproduzir tudo que foi gravado nele.
Aqui no meu Home Studio eu uso a interface Scarlett 2i2 da Focusrite:
uma placa que duas entradas e duas saídas, portanto vou mostrar a
configuração com esta placa.
Se você possui uma outra placa é só seguir os mesmos passos que vou
mostrar aqui de acordo com a interface que você possui.
Se ainda não tem uma interface de áudio, você poderá configurar a placa
do seu PC mesmo.
Neste caso a qualidade das gravações e produções será muito inferior
portanto sugiro que compre logo uma boa interface de áudio se quiser
fazer trabalhos profissionais.
Vamos então configurar a Scarlett 2i2
No topo da tela tem um Menu com uma série de opções. Clique em
Options e vá até Preferences ou use o atalho “Ctrl + P” no teclado do seu
computador.
Se abrirá então a janela de configurações do Reaper.
Nela você poderá configurar inúmeras preferências como operações,
visual, roteamento, botões.
Enfim são diversas mesmo que só um bom curso poderá lhe mostrar
detalhadamente cada uma delas.
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Se você quiser se aprofundar, eu sugiro o curso Reaper Experts que você
pode adquirir lá do meu blog. WWW.idaudio.com.br
A primeira configuração que você deve fazer é a da placa de áudio
(interface)
No Menu Audio, clique em Device
No meu caso como eu tenho a Scalett 2i2 cujo driver é ASIO que é um
dispositivo de comunicação entre o sofware e o programa, eu tenho essa
opção.
O driver ASIO é o dispositivo que tem a menor latência para gravar e
mixar entre todos os outros dispositivos. O computador ainda não vem
com esse driver. Somente as placas de áudio de boa qualidade possuem
esse dispositivo.
A latência é o processamento do som que entra no software.
Por exemplo quando você grava algo no Reaper, o dispositivo vai ter um
certo tempo para converter o som analógico em digital que passará por
dentro do software para depois sair nos monitores.
Uma ata latência significa mais lentidão nesse processamento, o que
resulta num atraso entre o som que você está gravando e o som que você
vai ouvir nos retornos, seja nos monitores ou fones de ouvidos.
Portanto uma latência alta prejudica a performance da gravação.
Para diminuir esses efeitos, é muito necessário uma interface profissional
que já venha com o driver ASIO.
Como a minha interface é profissional e de grande qualidade, eu escolho
a opção ASIO em áudio system
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Após escolher a opção ASIO, eu já posso escolher também a minha
interface a “Focusrite USB 2.0 audio driver“
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Clicando em ASIO Configuration
onfiguration nesta mesma janela, eu posso
aumentar ou diminuir o processamento desta placa utilizando o controle
deslizante, conforme o trabalho que eu estou fazendo.
Se estou gravando, eu deixo com pouco processamento para ter uma
baixa latência, mas se vou mixar, eu aumento o processamento para que
eu possa usar os plugins processando em tempo real.
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Se você tiver outra placa, essas janelas poderão ser diferentes, mas siga
sempre este raciocínio para configurar o áu
áudio
dio em sua interface para
gravar no Reaper.
Agora vou configurar as entradas e saídas da minha interface
Como a minha interface tem duas entradas e duas saídas eu vou
configurar as entradas em Enable Imputs (Habilitar entradas) marcando a
caixinha e vou habilitar
abilitar a entrada 1 (canal 1 da scarlett) em first e a
entrada 2 (canal 2 da scarlett) em last.
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Se quiser pode ser o contrário também mas para manter a ordem eu
configuro assim
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Da mesma forma é a configuração das saídas: output 1 em first e output 2
em last. Lembrando que você pode trocar a ordem se quiser.
As outras configurações de início, você pode deixar exatamente como
estão: o sample rate em 44.100 e request block size em 256.
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3 – Configurando entrada e saída MIDI
O protocolo MIDI é um protocolo de transmissão de dados entre um
hardware e o Reaper.
Para fazer uma comunicação através deste protocolo de transmissão de
dados que poderão ser editados depois, eu vou precisar de interface MIDI
ou de algum controlador via USB
MIDI quer dizer Musica Instrument Digital Interface (Interface Digital Para
Instrumentos Musicais)
Quando se grava usando esse protocolo com um teclado ou um
controlador MIDI na verdade não estamos gravando o som do teclado e
sim dados correspondentes a um determinado som ou instrumento
virtual
Vamos supor que eu tenha um teclado que possua diversos sons ligado
no Reaper através de uma interface que tenha entrada MIDI e vamos
supor também que eu tenha diversos sons no teclado mas não tenho o
som de uma determinada flauta.
Neste caso eu posso gravar o solo da flauta usando um timbre de flauta
que eu encontrei em um instrumento virtual. Eu estou usando as teclas
do meu teclado para acessar o som do instrumento virtual através do
cabo MIDI. Então eu não estou gravando o som e sim os dados que vão
acessar esse som no instrumento virtual.
Bom agora vamos supor que eu me arrependi e não quero mais usar o
timbre da flauta e sim de um sax alto.
Então é só ir lá no instrumento virtual e trocar o timbre pois os dados
correspondentes ao solo estão lá e foram produzidos pelo meu teclado
físico.
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Porém eu posso pegar esses dados e transformar em outra coisa inclusive
desenhando outras notas para o solo se eu quiser e posso também
diminuir ou aumentar intensidade de algumas notas usando a edição
MIDI do Piano Roll do Reaper, uma janela que permite editar diversos
parâmetros MIDI. Mas isso é assunto pra mais tarde.
Vamos ver agora como configurar as entradas e saídas MIDI no Reaper.
Para fazer essa configuração, é necessário que você tenha uma interface
MIDI em seu computador para conectar um teclado que tenha entrada e
saída MIDI ou um controlador USB.
Existem teclados controladores MIDI que não possuem nenhum som,
apenas as teclas e alguns knobs e uma conexão USB
No meu caso eu tenho um teclado Yamaha com entrada e saída MIDI e
uma interface MIDI que faz a comunicação deste teclado com o Reaper e
os instrumentos virtuais.
A minha interface MIDI é a M Audio Fast Track Pro.
Eu conecto o teclado na Fast Track Pro ligando um cabo MIDI da saída
MIDI do teclado na entrada MIDI da Fast Track e conecto a Fast Track no
computador via USB
Bom então agora vamos fazer a configuração lá no Reaper
No Menu Audio vamos em MIDI Devices e habilitamos a interface.
Caso você possua outra interface MIDI ou um controlador MIDI vai
aparecer como opção para você habilitar.
Aí é só marcar que o Reaper estará pronto para receber as informações
MIDI do seu controlador.
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Caso você não possua nenhum teclado ou controlador não se preocupe.
Mais adiante vamos ver como usar o mouse para desenhar notas no
Piano Roll
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4 – Gravando um áudio
Para gravar o nosso primeiro áudio, eu vou usar um microfone da
Audiothecnica,, o AT2020 ligado no canal 1 da minha interface.
Primeiramente eu vou criar uma pista no Reaper da maneira mais fácil
que é dando um duplo click na área vazia.
Caso você ainda não tenha nenhuma intimidade com o Reaper, eu sugiro
que assista o meu vídeo dando Dicas do Reaper Para Iniciantes Acesse
http://idaudio.com.br/reaper
http://idaudio.com.br/reaper-para-iniciantes/
Vou nomear a pista para saber que
que aqui tem gravado uma voz.
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O meu microfone está ligado no canal 1 da minha interface que fica à
esquerda. Portanto, para habilitar a entrada do canal 1 eu vou em IN fx e
habilito a gravação mono pois vou gravar voz com apenas um microfone e
habilito o canal da esquerda (left em inglês)
ing
Caso queira ligar o microfone do canal direito da minha interface, eu
habilito gravação mono e Right (canal direito)
Para fazer uma gravação em estéreo eu tenho que ter dois microfones
ligados (um em cada canal da interface e habilitar o Input Stereo –
Left/Right
Para fazer a gravação, eu tenho que armar a pista para a gravar, clicando
em cima do ícone de gravação na própria pista e ajustar o volume de
entrada na interface de modo que o som não clipe na interface (não pode
acender a luzinha
ha vermelha do canal para que o áudio não fique saturado
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Depois de controlar o sinal de entrada aperte Ctrl + R para começar a
gravar
Desta forma eu gravo tudo que for preciso gravar com microfones ou com
a entrada de linha da interface onde eu posso plugar instrumentos como
o baixo, guitarras e violões.
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5 – Gravando com processamento
O Reaper tem uma função muito legal que eu posso gravar voz e
instrumentos com plugins processando na entrada do canal ou seja
depois de gravado o áudio, eu posso retirar os plugins pois o áudio já foi
gravado com os efeitos que eu coloquei.
Para gravar desta forma, é preciso ter em mente o som que se quer na
mix pois não pode haver arrependimentos. Depois de gravado o som não
tem mais como voltar atrás.
Quando gravo desta forma aqui no estúdio, geralmente eu uso apenas
um EQ com filtro high pass ou um compressor bem de leve só para
controlar a dinâmica. Nada de efeitos muito marcantes.
Nos grandes estúdios geralmente quando o produtor já tem bastante
experiência em equipamentos são usados equalizadores e compressores
para atingir efeitos que o produtor já abe qual vai ser o resultado final.
Então ele grava com pré amplificadores na voz para ter distorção
harmônica ou grava o baixo já com a compressão que ele sabe que vai
precisar, o bumbo da bateria já com o kick ideal etc...
Mas quando se trata de plugins, dá pra colocar depois de gravado ou na
saída da track enquanto grava mesmo pra que depois possamos fazer
ajustes para adequar a track a algum estilo de mixagem e principalmente
em home Studio onde geralmente ainda estamos na fase de laboratório
fazendo várias experiências com o som, os plugins são realmente uma
melhor maneira de se trabalhar.
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No Reaper nós temos um recurso de colocar plugins na entrada das
trilhas.
s. Desse modo a gravação sofrerá toda a ação dos plugins e logo
após eu posso retirar os plugins pois o efeito já foi gravado.
Esse recurso chama-se
se Imput FX. Em outros programas é possível fazer
isso também mas é bem mais complicado pois terá que criar eessa função
pois ela não existe.
O Reaper que eu saiba até o momento é o único que tem uma ação direta
nessa aplicação.
Para colocar um ou mais plugins na entrada da pista e gravar o áudio com
os efeitos dos plugins, eu clico em IN FX, um pequeno botão loc
localizado à
esquerda da aba de seleção Input do canal
Em alguns temas, para que essa opção apareça, você tem que armar a
pista para gravar e a caixinha In Fx vai aparecer do lado esquerdo da
caixinha I/O
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Clicando nesta caixinha o Reaper vai abrir o explorador
explorador de plugins onde
eu vou escolher o plugin ou os plugins que eu quero utilizar para gravar.
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Antes de gravar é preciso fazer alguns testes para ajustar os parâmetros
nos plugins.
Com tudo ajustado, é só apertar Ctrl + R e começar a gravação.
Lembre-se que se não ficar do jeito que você quer, será preciso começar
tudo de novo, exatamente como se você estivesse gravando com
aparelhos analógicos.
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Geralmente quando uso esse recurso, é apenas para colocar um EQ
fazendo um corte nas baixas freqüências ou um compressor bem levinho.
Nada de efeitos, apenas correções.
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6 – Gravando com instrumentos virtuais
Os instrumentos virtuais hoje em dia em muitos Home Studios são a sua
própria vida.
A tecnologia trouxe para dentro do computador toda uma gama de
timbres que foram disponibilizados em samples (amostras) que são
gravadas com instrumentos reais e depois disponibilizadas em softwares
capazes de reproduzir perfeitamente o som real do instrumento e gravar
a informação em MIDI para que possa ser editada e manipulada da
maneira que o produtor quiser.
Já imaginou ter em seu Home Studio um Grand Piano?
Pois é se quisesse ter, teria que construir uma enorme sala só para ele.
Mas você pode ter um instrumento virtual que reproduz o som do Grand
Piano perfeitamente pois esses sons foram gravados nota por nota em
um estúdio de grande qualidade e incorporados a instrumentos virtuais
capazes de reproduzir perfeitamente e com a edição das informações
MIDI, podemos deixá-lo soando perfeito.
Tanto que as vezes a perfeição até é evitada para que não passe a
impressão de som robotizado ou seja, algumas falhas e erros na execução
também fazem parte de uma produção musical
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Também temos instrumentos de bateria virtual que emulam não só o
som de diversos kits como também a ambiência
ambiência para estilos musicais
diversos como é o caso do EZDrummer, um VSTI com inúmeros recursos
que viabilizam a criação de ritmos e viradas com timbres perfeitos e
também oferece a ambiência para estilos de mixagens variados.
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Também podemos ter baixos,
xos, guitarras e violões caríssimos à nossa
disposição como é o caso da Ample Sound e sua série maravilhosa de
instrumentos de corda.
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Existe um software especializado em criar kits e bibliotecas de samples
infinitas chamado Kontakt.
Com este software você poderá criar kits e instrumentos próprios e
utilizar no Reaper ou em qualquer outra DAW com a maior facilidade.
Claro que para extrair o melhor som de todos esses instrumentos virtuais
sem que pareçam sons robóticos (perfeitinhos demais ou artificiais) é
preciso prática e estudo.
Em meu blog, se você quiser se aprofundar nesses conhecimentos, você
vai encontrar diversos cursos que vão lhe ajudar a se tornar um grande
produtor e com recursos que você pode montar facilmente – Acesse
WWW.idaudio.com.br e confira os nossos posts semanalmente.
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7 – Editando MIDI
Quando gravamos com um instrumento virtual nós gravamos em MIDI
para poder ter um maior e melhor recurso de edição.
Porém no Reaper você pode gravar em tempo real se você tem músicos
com uma boa habilidade e prefere gravar como se estivesse tocando ao
vivo.
Para isso basta colocar um instrumento em uma pista e enviar o sinal
desta pista para uma outra e colocar para gravar nela.
Esta segunda pista estará recebendo o sinal de áudio vindo da pista onde
está inserido o instrumento e você poderá gravar em áudio.
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Crie uma pista clicando com o botão direito do mouse no espaço vazio e
escolha a opção “insert virtual instrumento on new track” e selecione o
instrumento virtual a ser gravado.
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Vou selecionar um piano
Crio uma nova pista e faço um send da pista do piano para ela
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Armo a segunda pista para gravar e clico com o botão direito em cima do
ícone de gravar para Record output e escolho uma das opções de
gravação.
Preciono Ctrl + R e gravo nas duas pistas simultaneamente.
Na primeira serão gravadas as informações MIDI e na segunda será
gravado o áudio da primeira que está sendo recebido através do send
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Se a gravação ficou boa ou do jeito que eu queria,
ueria, é só deletar a pista
com o instrumento virtual ou desligá-la
desligá la para que não fique consumindo
processamento.
Se não gostei, eu posso editar o arquivo MIDI até chegar ao resultado que
eu quero através do Piano Roll do Reaper.
Com um duplo click, em cima do item que foi gerando na gravação da
pista do instrumento virtual, eu abro a janela Piano Roll do Reaper onde
eu vou poder fazer várias edições como encurtar ou alongar notas, mudar
a intensidade no volume de notas específicas, alinhar as notas no tempo
da música, desenhar novas notas, mudar a tonalidade do instrumento ou
a altura, colocando em uma oitava acima ou abaixo, dividir notas,
substituir enfim são inúmeras possibilidades
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Depois de tudo editado, eu renderizo a pista para criar uma pista de
áudio correspondente
Clico com o botão direito do mouse sobre a pista e escolho a opção
“Render/freeze tracks” e escolho a opção adequada à track: mono ou
stereo.
Ao renderizar automaticamente a pista com o instr
instrumento
umento virtual será
mutada e eu posso manter ela no projeto caso eu precise fazer novas
mudanças depois.
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8 – Editando todos os arquivos do projeto
Depois de tudo gravado e renderizado é a hora de verificar se tudo está
no tempo correto e bem afinado.
Se algo estiver errado e puder ser regravado, eu parto para a regravação.
Mas se não for possível regravar ou se eu vejo que uma pequena edição
não fará mal eu edito.
Para editar algum som que não ficou no lugar exato, eu uso o Elastic
Audio do Reaper: um recurso que permite estica um pouco o áudio sem
degradá-lo para ssim colocar no lugar certo.
Vamos supor que ao gravar o baixo, em um determinado trecho tenha
ficado fora do tempo e desencontrou do ritmo.
Se for só um pequeno trecho, eu posso resolver com uma edição usando
o elástic áudio para trazer o som para o tempo certo.
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Veja na figura abaixo eu tenho o bumbo e o baixo. Perceba que o
primeiro trecho do baixo o baixista errou tempo da nota e ela ficou fora
do tempo e desencontrou com
co a batida do bumbo.
Para resolver esse pequeno problema, eu vou usar o elastic áudio da
seguinte maneira:
Primeiro eu posiciono o cursor bem no comecinho do segundo tem
tempo da
batida e pressiono
iono a letra “S” do teclado do computador para cortar o
áudio e depois pressiona a tecla “Alt” eu posiciono do mouse bem na
borda do começo do item onde está o baixo e arrasto até colocar aquela
notinha bem na cabeça do tempo.
Geralmente isso resolve o problema.
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Porque temos que cortar o item no comecinho da segunda batida?
Para que o elástica áudio não mexa no resto que está certo.
Se a voz estiver desafinada não tenho dúvidas: gravo tudo de novo
Mas se for apenas uma notinha ou outra, eu uso o Melodyne para afinar.
Mas apenas se forem poucas notas.
Se forem muitas notas desafinadas, faço o cantor tomar vergonha na cara
e gravar de novo.
Apesar de conseguir afinar tudo com o Melodyne, acho que o cantor tem
que fazer a parte dele. Então grava de novo, de novo
novo e de novo.
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Mixagem
Com o material todo gravado e editado, vamos mixar.
A mixagem é a parte da produção musical onde vamos fazer a música
tomar a sua forma definitiva.
Vamos criar um clima para a música, um trabalho artístico no sentido de
fazer a música transmitir a sensação exata que a sua mensagem está
propondo.
Eu considero a mixagem dividida em duas partes:
1) Faxina Geral: Preparação da música, limpezas de freqüências, ajustes
na dinâmica, cortes de vazamentos, ajustes de volumes e pans
2) Lapidação: Colocação de cada instrumento na sua área de atuação,
realces dinâmicos em grupos de instrumentos, ambiências, efeitos
especiais, automação de volumes e de efeitos, criação, viagem.
A primeira parte nós aprendemos nos cursos, vendo vídeos no You Tube,
fuçando, mexendo e aprendendo a lidar com as ferramentas, os plugins
A segunda nós só desenvolvemos com o tempo, com a experiência, com
análises, ouvindo muita música, conhecendo, aplicando, praticando,
fazendo e refazendo.
Só saberemos mixar de verdade no dia em que tivermos bastante
bagagem e cá entre nós produtor musical só é quem sabe deixar o som
exatamente como ele deve ser ou do jeito que o cliente quer ou que a
música pede.
A partir do momento que um produtor inventa algo porque não consegue
chegar a um resultado referente a algo que lhe foi pedido então não pode
ser chamado de produtor musical.
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Eu sempre digo que sou produtor de áudio e não produtor musical.
Produtor de áudio é aquele que grava e que estuda e já faz trabalhos com
áudio, mas produtor musical precisa ter uma enorme bagagem, um
enorme conhecimento de tudo o que a música já produziu até hoje.
Tem que estar completamente apto a realizar qualquer tipo de trabalho.
O objetivo deste e-book
book é mostrar os caminhos que devemos tomar em
uma mixagem para que não nos percamos.
A primeira coisa que eu faço quando vou começar uma mixagem é
organizar tudo.
Separo os grupos de instrumentos, dou uma cor diferente para cada
grupo no track panel e nos mixer e também cores diferentes para os itens
gravados. Costumo sempre usar cores padrão em todas as mixes pois isso
agiliza muito o trabalho pois as cores me guiam com muito mais rapidez.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Criação de Track Folders e canais de grupo
No Reaper é muito fácil criar tracks.
Enquanto em outros programas você precisa criar uma track específica
para cada função: uma para áudio, outra para MIDI, outra para folder e
outra para grupos e outras para servirem de auxiliares, no Reaper você
cria apenas um tipo de track que servirá para qualquer tipo de função já
citada acima.
Com um duplo click na área vazia do track panel, você já cria uma track
que servirá para qualquer tipo de função.
Vamos supor que eu tenho uma mix com diversos instrumentos e queira
organizar em pastas para poder guardar instrumentos que se
assememelham na mixagem: uma pasta para as peças da bateria, outra
para os violões ou para as guitarras outras para os teclados (se houver
mais de um e outra para vozes.
Também podemos criar uma track folder para guardar todos os
instrumentos de harmonia, mesmo aqueles que já tenha a sua própria
folder, pois em uma track folder também podemos guardar outras track
folders.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Veja na figura abaixo:
No Reaper a track folder também vai server de canal de grupo. No
momento em que se guarda as tracks do instrumentos ali, estamos
também criando uma trilha de grupo onde podemos ter um comando
para todas as trilhas ao mesmo tempo.
Se acionarmos o botão
o Mut
Mutee da track folder da bateria por exemplo, nós
estaremos mutando toda a bateria.
Se quisermos abaixar o volume de toda a bateria, usaremos o controle de
volume da track folder da bateria.
Podemos também colocar um EQ ou compressor ou qualquer outro
plugins na track folder da bateria e estaremos aplicando o efeito em toda
a bateria. Isso vale para todas as folders.
Elas serão também a trilha de grupo.
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Na maioria das DAWS, criar uma trilha de grupo é um pouco diferente e
até mais demorado pois teríamos que criar um canal auxiliar e enviar a
saída dos canais dos instrumentos para a entrada do canal de grupo e
geralmente além de ter que criar uma track folder que serviria somente
para guardar os instrumentos. Percebam que no Reaper, esse processo é
bem mais simples e prático.
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As primeiras mexidas
Depois de organizar a sessão, grande dúvida de quem está começando a
mixar é por onde começar ?
Em quê vamos mexer primeiro?
Antes de mais nada, é preciso estabelecer uma estratégia, um método
para que as coisas não saiam do controle.
No início quando estava começando a mixar, acontecia muito de eu olhar
para a mixa no meio do trabalho e não saber mais o que fazer.
Eu ia mexendo nos instrumentos, colocando equalização e compressão
conforme eu aprendia nas vídeo aulas que eu via na internet e ia só
misturando tudo e de repente o som estava péssimo.
Quando eu comparava com o som de referência que eu tinha para a
minha mix, notava que estava totalmente fora da casinha, mas aí eu já
não sabia mais o que fazer.
Tudo porque eu não havia bolado um método.
Eu simplesmente ia mexendo sem saber o porquê das coisas.
Por é que eu recomendo sempre a quem está começando de se basearem
num bom curso de mixagem porque nos cursos a gente aprende o porquê
de cada mexida e também aprendemos a desenvolver um método.
Assim vamos colocando os tijolinhos certos nos lugares certos
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Acertando os volumes
A primeira coisa que eu faço, é colocar a mixagem pra tocar e ouvir, ouvir
e ouvir. Eu ouço várias vezes para que o som dos instrumentos possam
ficar memorizados e então vou acertando alguns níveis de volume.
À princípio não mexo no fader dos canais dos instrumentos.
O primeiro acerto de volume é feito no próprio item ou take dos
instrumento.
Para entender melhor o que eu estou falando, leia um post lá no meu
blog em que eu explico todo o caminho que o áudio faz ao sair da fonte
até chegar aos ouvidos dos. http://idaudio.com.br/roteamento-de-sinaisno-reaper/
Mas vou fazer um resumo pra gente prosseguir aqui.
O áudio sai da sua fonte, entra no microfone ou no cabo de captação e é
levado até a placa de captura ou interface de áudio que converte o sinal
elétrico em digital ou em bits.
A forma do áudio digital chega até a DAW que nesse caso é o Reaper e
conforme a configuração de entrada e saída feita entre a DAW e interface
vai gravar o sinal digital em um take dentro da DAW (Reaper).
Então o áudio chega primeiro no take e depois na track que envia para o
canal de grupo, que sai para o master fader.
Do máster fader saí para a interface novamente e finalmente da interface
sai para as caixar de som.
Esse é o caminho mais curto pois pode ser feito ainda uma equalização
depois da placa ou uma amplificação, se colocarmos uma mesa de som
entre a saída da placa e os alto falantes
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Manual do Iniciante em Home Studio
Veja na figura
Então os primeiros ajustes de volume devem ser feito no próprio take
No Reaper, nós podemos habilitar um botão de volume (knob)
diretamente no take
Em Options abra a janela de Preferences e vá até Appearance e em
Media marque a opção item volume knob
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Manual do Iniciante em Home Studio
Agora temos um botão de volume onde vamos acertar os níveis entre as
faixas, começando sempre com o tripé bumbo, baixo e voz principal.
Acerte esses trens volumes e vá acertando os outros baseando
baseando-se nesse
tripé
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Manual do Iniciante em Home Studio
Mono ou estéreo?
Num primeiro momento vamos colocar a nossa mix em mono porque
neste próximo passo, vamos trabalhar com a equalização fazendo a
limpeza das freqüências nos instrumentos.
Neste passo nós vamos trabalhar com as freqüências fundamentais dos
instrumento, Quer dizer, vamos cortar tudo que não for ser utilizado em
cada instrumento.
E como vamos saber quais são as fundamentais?
Num primeiro momento vamos nos basear numa tabela que foi criada
pelo produtor Fábio Henriques no seu livro “Guia de Mixagem ”.
Muito interessante esse livro. Se puder adquira um exemplar.
Nesta tabela vemos quais são as freqüências que podemos utilizar para
valorizar o instrumento e quais são as frequências de corte: aquelas que
devemos cortar ou atenuar.
Veja bem, corte e atenuação são coisas diferentes: quando cortamos,
estamos zerando os volumes de uma área de freqüências e quando
atenuamos estamos apenas abaixando o volume das freqüências para
que elas não fiquem tão gritantes, mas elas ainda continuarão lá.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Equalização
Antes de sabermos o que é um equalizador, precisamos entender o que
são as freqüências e o que significa espectro de freqüências.
Quando um som é emitido pelo atrito ou um sinal elétrico convertido em
dB, ele propaga freqüências que são transportadas através das moléculas
de ar.
Esse som chegará até onde o ar alcançar e inclusive atravessará
obstáculos durante o percurso.
Quem está mais próximo da fonte, ouvirá o som primeiro e mais forte.
Você sabe porque que quando cai um raio, a uma distância mais longa,
nós vemos primeiro o clarão para depois ouvir o estrondo?
É porque a luz é mais veloz do que o som pois não encontra obstáculos e
o som ainda tem que ser carregado pelas moléculas do ar e ainda
transpor obstáculos.
Dependendo da distância em que caiu o raio, o som chega até mais de
dois ou três segundos depois do clarão.
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Manual do Iniciante em Home Studio
O que são frequências?
Quantas vezes eu como por dia? Com freqüência eu me alimento por dia?
Durante o dia eu me alimento de três em três horas, portanto essa é a
freqüência da minha alimentação: de três em três horas.
O som quando é emitido é propagado através de uma onda sonora que é
representada na física pela senóide.
A senoide representa a oscilação da onda sonora.
Esta onda que será transportada pelas moléculas de ar oscilará de acordo
com o som que for emitido.
A onda oscilará seguindo uma unidade de tempo que chamamos de hertz
e quanto mais grave o som, menor será a oscilação.
Vamos a um exemplo claro: Quando um violinista tange a nota “LA” em
seu instrumento, ele estará produzindo um som cuja onda oscilará 440
vezes por segundo.
Então a sua freqüência de oscilação será de 440 Hz ou 440 Hertz.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Me refiro ao “LA” central pois o “LÁ” mais agudo, terá uma freqüência
maior pois seu som sendo mais agudo, sua freqüência será o dobro, ou
seja, a sua oscilação será de 880Hz ou 880 vezes por segundo.
É assim que nosso ouvido percebe o som, pela sua freqüência .
E o ouvido humano é capaz de perceber sons que oscilam entre 20Hz a
20.000Hz. 20Hz é o som mais grave que podemos perceber e 20.000 Hz
ou 20 KHz é o som mais agudo.
Portanto agora temos um espectro de freqüências que são percebidas
pelo ouvido humano que vai de 20Hz a 20 KHz (KiloHertz).
Esse espectro pode ser dividido em regiões: Subgrave, grave, médio
grave, médio, médio agudo e agudo.
Quando gravamos sons de instrumentos musicais em nosso Home Studio,
estamos captando as freqüências dos instrumentos e da voz que irão
compor o trabalho.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Mas para um melhor equilíbrio no resultado final da mixagem, muitas
vezes temos que mexer nas freqüências que foram captadas em razão
não só do equilíbrio tonal das músicas produzidas mas também para dar
um sentido artístico em nossas produções.
Para alterar o ganho das freqüências dos instrumentos e da voz, vamos
usar uma ferramenta chamada Equalizador
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Manual do Iniciante em Home Studio
O Equalizador
O equalizador poderia ter um sobrenome. Poderia se chamar Equalizador
da Silva Filtro pois sua principal função seria filtrar freqüências para
igualar ou equilibrar.
Na maioria dos casos de home Studio nós sempre vamos ter que filtrar
freqüências com equalizadores em nossas gravações pois nossas cabines
e salas de gravação, sempre vão apresentar sobras de freqüências por
não terem sido projetadas por engenheiros acústicos que conhecem
detalhadamente a propagação do som e as curvas e projeções das ondas
sonoras.
E quem está começando então ainda está longe de saber sobre essas
coisas. O que nós queremos e juntar uns equipamentos e sair gravando
não é mesmo?
Pois é, ainda bem que existem os equalizadores que vão nos ajudar a
cortar ou atenuar tudo que estiver sobrando.
Mas antes mesmo de usar o equalizador para cortar freqüências, nós
devemos usar os nossos ouvidos e o microfone.
Isso mesmo, antes de começar a gravar, temos que fazer vários testes
com a posição do microfone em relação à fonte de áudio.
Com a mudança da posição do microfone já estamos fazendo uma
equalização pois por em exemplo: em uma determinada posição, o
microfone estará captando menos os médios e mais os agudos para em
outra posição captar mais os graves. Já que não temos ainda o
conhecimento técnico da propagação do som nos ambientes, que usemos
um pouco do bom senso e muito dos nossos ouvidos.
Um áudio melhor captado é mais fácil e mais prazeroso de se trabalhar.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vamos então conhecer ou reforçar nosso conhecimento sobre os
equalizadores, seus filtros e suas aplicações:
Existem alguns tipos de equalizadores diferentes mas que eu não vou me
aprofundar muito pois o que vai nos interessar mesmo neste momento é
o equalizador paramétrico e o paragráfico que são os mais utilizados nas
mixagens. Vou apenas citar os outros à título de curiosidade para caso
você queira estudá-los em outras fontes.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Equalizador paramétrico
É chamado assim porque possui três parâmetros de ajuste fino e no
mínimo 5 bandas para uma melhor performance na equalização. Com ele
podemos chegar a um resultado cirúrgico.
Os três parâmetros principais do EQ paramétrico.
1) Frequence – Com esse Knob podemos escolher a freqüência exata que
queremos filtrar, atenuar ou acentuar
2) Gain – É o knob para controlar a quantidade de atenuação ou ganho
que vai dar na freqüência escolhida. O ganho ou atenuação em dB.
3) “Q” ou Bandwich – Bandwich quer dizer largura de banda e com esse
parâmetro é que ajustamos a largura da banda, ou seja, escolhemos
uma freqüência e dizemos ao equalizador se queremos que atue
somente nesta freqüência ou pegamos uma área maior afetando
também outras freqüências vizinhas.
Uma banda estreita afetará uma área menor em volta da freqüência
escolhida e uma banda larga , afetará um maior número de freqüência,
o que acarretaria na equalização de uma área maior no espectro.
Além desses três parâmetros de ajuste da equalização ainda temos o
botão de bypass para desligar o efeito para comparar o som antes e
depois e o botão de ganho de saída (output) que serve para compensar o
sinal de saída do equalizador caso haja necessidade.
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Manual do Iniciante em Home Studio
O equalizador paramétrico em home Studio pode ser usado em hardware
(aparelho físico analógico) ou software (plugins instalados no
computador que fazem uma emulação perfeita do hardware)
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vejam algumas figuras
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Manual do Iniciante em Home Studio
Equalizador Paragráfico
Tem os mesmos parâmetros do paramétrico e com a diferença de ter um
gráfico para que a gente possa ver graficamente aquilo que estamos
trabalhando, a possibilidade maior de ajuste da largura de banda e
escolha do tipo de filtro que queremos usar nas freqüências.
Quando queremos um ajuste cirúrgico e bem detalhado na equalização, é
esse que vamos usar, principalmente quando fazemos a limpeza das
tracks.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Existem diversos modelos de equalizadores paragráficos e paramétricos e
para trabalhar com diferentes modelos é só saber lidar com todos esses
parâmetros.
Em alguns pode ser que apareça nomes diferentes mas com o tempo
você vai saber identificar e trabalhar corretamente.
Para equalizar um instrumento ou a voz numa mixagem, é preciso
conhecer o instrumento e saber qual a área do seu espectro que pode ser
cortada, atenuada ou reforçada.
É desse modo que evitaremos o mascaramento de freqüências.
O que é o mascaramento de freqüências?
A primeira coisa que se deve trabalhar numa mixagem é a limpeza das
tracks que consiste em filtrar freqüências cujo som poderia e vai
atrapalhar uma área fundamental em outro instrumento.
Em cada instrumento há uma área de freqüências fundamental que dá
corpo ao instrumento, uma área de ressonância que geralmente é filtrada
para não atrapalhar outro instrumento e a área de presença também
chamada de brilho que geralmente mantemos com o volume em 0 db ou
até mesmo acentuamos um pouco para destacar o brilho.
Veja na tabela abaixo quais são as áreas de cada instrumento que
provavelmente ou possivelmente você poderá encontrar em uma mix.
Com esta tabela você poderá começar a se situar para uma boa limpeza
mas não quer dizer que você deva segui-la ao pé da letra.
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Manual do Iniciante em Home Studio
É preciso analisar bem a mix e ver como cada instrumento se relaciona
dentro do projeto.
Use como base e desenvolva o seu senso crítico.
Faça testes e mais testes.
Ouça outros trabalhos para sentir como um instrumento com timbre
parecido com o que você está mixando está se comportando.
Tente chegar a um resultado parecido. Isso fará com que você treine os
seus ouvidos.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Esta tabela foi publicada pelo produtor musical Fábio Henriques em seu
livro “Guia de Mixagem Vol. 1” e serve como guia e ponto de partida
quando formos equalizar cada instrumento.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Como eu disse anteriormente, esta tabela vai te ajudar a saber quais são
as freqüências aproximadas de cada instrumento.
Por isso você tem que ouvir bem antes de definir o que está cortando
pois em alguns instrumentos, os timbres podem variar.
Em uma caixa por exemplo:: Existem diferentes timbres de caixa e umas
podem ter a fundamenta mais para cima ou mais para baixo no espectro.
Então mesmo com a tabela na mão, você tem que ouvir o instrumento e
testar junto com os outros instrumentos pra ver se ta casando.
Na mixagem o importante é fazer com que tudo soe bem tocando junto.
Não deixe nunca que um instrumento que está soando bonitinho solado
atrapalhar o conjunto da mix.
Se for buscar um preset de equalização, faça-o a título de análise ou
ponto de partida.
Nunca acredite em presets prontos pois os presets foram criados para um
determinado instrumento que já tinha um timbre somente seu.
Portanto se formos usar um preset de equalização de uma gruitarra por
exemplo, a chance de não ficar legal é muito grande pois o cara que criou
o preset o fez baseado no som da guitarra dele e não da sua.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Mas os presets servem como ponto de partida em certos casos pois
podemos observar quais freqüências foram mexidas e à partir daí tentar
achar uma EQ adequada.
Como eu disse o primeiro trabalho a ser feito numa mix depois de tudo
editado e planejado, é a limpeza.
Para isso temos que usar o equalizador com todos os seus filtros. Vamos
ver quais são.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Filtros do Equalizador
Um equalizador possui filtros diferentes para trabalhar as freqüências
High pass filter (HPF)- Filtro de Passa Altas: Esse é o filtro das frequências
baixas. Cortando as baixas, consequentemente só deixa passar as altas.
Usamos ele para cortar tudo que estiver abaixo da freqüência que
escolhermos no parâmetro Freq.
Escolhemos uma freqüência e tudo que estiver abaixo dela será cortado.
Esse filtro é usado em praticamente todas as tracks para cortar o
subgrave.
Nesta região há muita sujeira como sons e ruídos da eletricidade, pufs e
pops e vibrações no pedestal do microfone.
A filosofia do corte é: se não há nenhum som de instrumento nenhum
nessa área, então devemos cortar pois se há alguma coisa ali certamente
é sujeira.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Alguns instrumentos exigem um corte maior e outros não.
Por exemplo: no bumbo fizemos esse corte em 40 hz pois a partir de 40
hz o bumbo já está emitindo suas freqüências mas na voz geralmente não
tem nenhuma freqüência abaixo de 100 Hz, então cortamos tudo abaixo
de 100 Hz e assim por diante.
Um bom modo de equalizar usando esse filtro é fazendo uso da tabela
acima ou de um analisador de freqüências.
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Manual do Iniciante em Home Studio
O analisador é uma bela ferramenta para auxiliar na limpeza das tracks
pois mostra direitinho em que áreas o instrumento está presente no
espectro de freqüências.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Alguns plugins já vem com analisador de freqüência como é o caso do
ReaEq, equalizador do Reaper e do FabFilter Pro Q. São os dois que eu
uso em minhas mixagens.
Veja como é o High Pass Filter nos dois
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Manual do Iniciante em Home Studio
Low Pass Filter (LPF) – Filtro de Passa Baixas. Este filtro é para cortar
todas as freqüências que estiverem acima da freqüência que escolhermos
e consequentemente deixa passar somente as que estão abaixo.
Se colocarmos como freqüência de corte em 1 kHz, tudo que estiver
acima desta freqüência será cortado e tudo que estiver abaixo passará.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Low Shelf Filter – Este filtro serve para atenuar ou acentuar todas as
frequências que estiverem abaixo da frequência escolhida para trabalhar
com esse filtro. Por exemplo: se escolhermos a frequência de 100 Hz para
trabalhar com o filtro LSF, nós podemos aumentar ou diminuir o volume
de todas as frequências que estiverem abaixo de 100hz, usando o botão
de ganho do filtro
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Manual do Iniciante em Home Studio
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Manual do Iniciante em Home Studio
High Shelf Filter (HSF) – Usamos esse filtro quando queremos
acentuar ou atenuar todas as freqüências que estiverem acima
daquela que escolhermos para trabalhar. Ex: se escolhermos a
freqüência de 2KHz e aplicarmos o filtro HSF, podemos aumentar ou
diminuir o volume de todas as fr
freqüências
eqüências que estiverem acima de 2
KHz
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Manual do Iniciante em Home Studio
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Manual do Iniciante em Home Studio
Band Filter (Bell) – Com este filtro é possível acentuar ou atenuar
frequências em uma área específica do espectro.
Para isso temos que selecionar uma frequência central para trabalhar e
usar o botão Gain do filtro para alterar o ganho das frequências.
Esse filtro pode afetar uma região maior ou menor do espectro,
dependendo da largura da banda que for especificada no parâmetro “Q”
ou “Bandwidth”
Veja nas ilustrações abaixo que quanto maior o valor de “Q” , maior a
largura da banda de frequências afetadas pelo filtro.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Dicas de uso dos filtros
O HPF eu sempre uso para cortar as baixas frequências das minhas tracks.
Uso em todas, inclusive no bumbo.
Quando você usar um nalisador de frequências na track, você perceberá
que nas baixas frequência há uma onda que não corresponde ao som que
você está ouvindo.
Aquilo ali é um sinal de ruido nas baixas frequências, ou seja, é sujeira e
deve ser cortado com o filtro HPF.
Se você não tiver um analisador ou não quiser usar um, deve usar o filtro
HPF da seguinte maneira:
Coloque o filtro em uma frequência bem baixa e vá subindo a frequência
até onde o som do instrumento não estiver sendo alterado.
Qualquer alteração no som que você ouve, retorne para uma frequência
mais baixa.
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Manual do Iniciante em Home Studio
O filtro LPF deve ser usado da mesma forma só que nas frequências
agudas
Esses dois filtros também podem ser usados para dividir as frequências de
instrumentos gravados em estéreo em duas faixas separadas.
Por a gravação de um violão estéreo em foram usados dois microfones ou
duas gravações em mono com a mesma execução do mesmo violão
fazendo a mesma coisa.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Neste caso cria-se um canal de grupo para as duas tracka e faz o pan de
uma delas 100% para a esquerda e a outra 100% para a direita e aplica na
primeira um LPF em 1Khz e na segunda HPF também na mesma
frequência de 1 KHz.
Desta forma estaríamos dividindo as frequências do violão em canais
diferentes e farráiamos outra equalização para tibrar o instrumento no
canal de grupo.
Com o filtro Bell nós podemos fazer varreduras para encontrar
frequências que etejam sobressaidno em um isntrumento e cortá-las para
que elas não atrapalhem outros instrumentos que tenham suas
frequências fundamentais nesta mesma região.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Por exemplo temos o violão e a voz em que a voz é o instrumento
principal. Então equalizamos a voz primeiro e também utilizamos o filtro
Bell para encontrar as frequências em que a voz soa anasalada ou opaca.
Então escolhemos uma frequência e selecionamos o filtro Bell para ela.
A seguir damos um ligeiro ganho ali e estreitamos o “Q” damos mais
ganho exagerado a essa frequência e pegamos o botão de frequências
“Freq” e vamos passeando com ele até identificarmos uma frequência
que esteja soando feia ou irritante.
Agora vamos de novo ao botão de ganho e atenuamos essa frequência e
desse modo limpamos o som da voz. Fazemos uma comparação do antes
e depois do filtro para nos certificar de que a atenuação não foi muito
forte a ponto de descaracterizar o som da voz.
Quanto mais natural for o som melhor.
Repetimos esse procediemento para ver se não há mais nada a ser
mexido.
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Veja os passos desta operação
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Os filtros HSF e LSF são usados quase sempre em uma segunda instância
onde já usamos os outros filtros para limpar as freqüências e até já
usamos alguma compressão no instrumento e ao ouvir a música como um
todo percebemos que está faltando corpo ou presença ao instrumento.
Se está faltando ou sobrando corpo, nós usamos o filtro HSF para reforçar
ou atenuar conforme o caso e se está faltando ou sobrando brilho, nós
usamos o filtro LSF para reforçar ou atenuar também conforme o caso.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Há muito mais coisas a fazer na equalização, mas todo o resto vem com a
prática por isso recomendo que use os filtros antes para atenuar do que
para reforçar.
A equalização requer muito experimento, tentativa, erro e acerto. Só
assim é que vamos desenvolvendo nosso ouvido crítico. Usar presets de
equalização nunca dá bom resultado.
Os presets servem para análise e ponto de partida para uma equalização
pois nunca o som de um instrumento é igual ao outro devido às
condições em que foi gravado.
Instrumentos diferentes e gravados em ambientes diferentes nunca vão
soar da mesma maneira. Então é bom ouvir muita música e saber o que
você poderá fazer com o som de cada instrumento que você tiver em
mãos para equalizar e mixar.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Dinâmica
Toda vez que gravarmos um áudio, seja de instrumentos, reais ou virtuais,
ou da voz, certamente algumas partes do sinal gravado irão ficar mais
baixas que as outras.
Não estou falando só do volume em dB, mas também do volume de
algumas freqüências que ao ouvir um instrumento ou a voz solados, não
apresentarão muita discrepância.
Mas quando formos ouvir todos juntos, numa mix, notaremos que em
algum momento o som de um instrumento vai ficar sumido e depois vai
aparecer novamente.
No caso da voz algumas partes poderão ficar sem definição.
Chamamos essa diferença de volume entre uns trechos e outros do
instrumento de dinâmica do sinal.
Vamos tomar como exemplo uma voz:
Em algumas partes da canção, o cantor poderá estar cantando mais suave
ou numa região mais grave e em outra parte ter que soltar a voz para
cantar mais forte e mais agudo.
Se aumentarmos o volume da voz para que a parte mais grave e mais
suave da canção fique presente na música, a parte mais forte e mais
aguda poderá alcançar um volume indesejável e clipar.
Pois é se abaixarmos o volume para que a parte forte e aguda não clipe, a
parte mais grave e suave vai desaparecer ou ficar sem definição na
música.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Qual seria então a solução?
Hoje em dia nós temos uma facilidade muito grande ao trabalharmos com
áudio digital pois nós podemos, em nossa DAW, separar as partes mais
suaves das partes mais fortes em itens diferentes e abaixar o volume mais
forte e aumentar o volume mais baixo da voz.
Porém antigamente quando tudo era analógico e gravado em fita, não
havia como se fazer isso e então os engenheiros de áudio inventaram um
aparelho que controlava essa dinâmica e trazia tudo para um volume
mais constante.
Afinal não se podia ter uma voz que sumisse em algumas partes ou
ficasse distorcida.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Esse aparelho foi chamado de compressor justamente pelo fato de fazer
com que o volume mais alto fosse atenuado em alguns dbs para que se
pudesse aumentar o volume da track fazendo com que a parte mais baixa
ficasse com mais volume e acima do nível de ruído melhorando a relação
sinal ruido
Vejam na figura abaixo
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Manual do Iniciante em Home Studio
Mesmo com a facilidade de aumentar e diminuir o volume de trechos
separadamente, isso só é feito em casos mais drásticos pois além desse
papel o compressor também traz outras funções que auxiliam
imensamente na manipulação de um áudio perfeito.
Com um compressor podemos determinar um ponto específico onde
queremos que ele atue no áudio e o momento exato em que queremos
que ele pare de atuar e ainda podemos dizer a ele em que volume a partir
do qual ele irá atuar e quantidade exata de redução que queremos dar
nos picos mais altos da faixa de áudio.
Além de um inteiro controle de manipulação da dinâmica, o compressor
também é responsável por uma coloração a mais no áudio já que
trazendo as freqüências mais baixas para um volume mais alto também
provoca uma distorção harmônica que valoriza o som.
Essa distorção harmônica se deve ao fato de que os antigos compressores
funcionavam à válvula, tornando essa distorção harmônica agradável ao
ouvido.
Com o tempo e depois de longos períodos ouvindo o som de alguns
compressores valvulados, nossos ouvidos acabaram se acostumando ao
som quente produzido por alguns compressores que causavam essa
distorção harmônica.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Com o surgimento da era digital em que grande parte dos trabalhos de
produção musical passaram a ser feitos dentro de um computador,
também surgiram milhares de softwares capazes de imitar perfeitamente
todas as funções dos compressores.
Esses pequenos softwares emuladores de efeitos e que são acoplados ou
incorporados às DAWs são os plugins e com eles podemos fazer tudo que
se fazia com os aparelhos físicos, os analógicos, inclusive emular o som
característico da distorção harmônica causada pelas válvulas de alguns
aparelhos mais antigos.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vejam alguns softwares que foram criados para emular as características
de compressores famosos.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vamos ficar apenas com esse exemplo pois existem muitos outros que se
você fizer uma boa pesquisa encontrará inclusive algumas versões free
para esses plugins.
Esses plugins que eu mostrei acima são emulações de compressores
famosos e que imitam suas características, porém existem inúmeros
plugins que foram criados já para o mundo digital e que possuem não só
as suas próprias características mas também mais parâmetros que
possibilitam um maior controle da dinâmica de um áudio em todos os
sentidos.
Todas as DAWs possuem plugins nativos para a realização de todos os
processamentos necessários à produção musical e dentre eles o
compressor.
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Manual do Iniciante em Home Studio
No Reaper temos o ReaComp.
Vamos estudar os parâmetros principais do ReaComp e entender como
funciona
nciona o compressor e como podemos aplicá-lo
aplicá lo nas variadas tracks.
Os principais parâmetros de ajuste de um compressor são:
Ratio – Razão ou proporção na qual será aplicada uma compressão
compressão.
Threshold – Onde ajustamos o volume a partir do qual a compressão será
aplicada
Attack – Momento em que a compressão começa a agir depois que o
áudio ultrapassa o limite traçado com o threshold.
threshold. Com attack rápido, o
compressor começa a agir logo que o áudio atinge o limite do threshold e
attack lento demora o tanto quanto for ajustado em MS
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Manual do Iniciante em Home Studio
Release – Momento em o compressor deixará de agir no áudio. Um
release rápido libera o áudio mais rápido da compressão e um release
lento vai deixar comprimindo por mais tempo.
Make up – Repõe a perda do volume do áudio ao se fazer a redução da
dinâmica.
Vou tentar explicar o funcionamento do compressor de uma maneira
simples para que todos possam entender a lógica do seu funcionamento,
mas para trabalhar bem com um compressor, é preciso muito treino e
aplicação desse processamento em diversos sons diferentes.
Somente depois de algum tempo é que nossos ouvidos vão começar a
perceber tudo que ele pode fazer em cada um dos instrumento da
mixagem.
Qual a lógica da aplicação de um compressor?
Primeiro ouvimos bem o som onde queremos aplicar o compressor e
vemos se há ou não uma grande diferença entre as partes mais baixas e
as partes mais altas.
Se a diferença entre o volume da parte mais alta e a parte mais baixa do
som não for tão grande, vamos aplicar uma compressão em que apenas
devemos trabalhar os picos para que o compressor diminua a parte mais
alta e assim podemos ajustar um volume em que a parte mais baixa possa
estar mais presente no som geral da mixagem. Neste caso podemos usar
o ratio para determinar uma proporção de 2 por 1 (2.1) para dizer ao
compressor que a cada 2 dbs que o áudio da nossa track ultrapassar o
limite no threshold, o compressor só poderá deixar passar 1 db para que
assim o áudio não atinja seu pico máximo.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Ajustamos então o limite do threshold para que essa proporção seja
aplicada de maneira que a redução da dinâmica (diferença entre o som
mais baixo e mais alto da track) não fique artificial e que fique o mais
natural possível.
Veja como está indo a proporção e o volume.
Se você ajustar o threshold em -20 db e o ratio em 2.1 e o volume do
áudio estiver chegando -16 db, o compressor deverá fazer neste pico uma
redução de 2 db pois o áudio está ultrapassando o volume do threshold
em 4 db, o que significa que pela proporção de 2.1 do ratio o compressor
deverá reduzir 1 db a cada 2 que passar. Então se passou em 4 db, a
redução foi de 2 db apenas no pico em que atingiu esse volume.
Em outro pedaço desse áudio pode ser que o pico ultrapasse apenas 2 db
do limite do threshold e chegue a -18 db. Neste caso a redução seria de 1
db.
É hora de decidir em que momento queremos que o compressor deve
começar a agir no áudio.
Se precisarmos dos primeiros transientes do áudio para deixar passar o
ataque do instrumento sem que ele sofra a redução da dinâmica e possa
atingir o seu nível normal e assim ouvir melhor esse ataque, nós devemos
isentar esses primeiros transientes da compressão, ajustando um attack
lento para que o compressor permita que os primeiros transientes sigam
seu curso e assim chegar ao pico natural.
Esse attack é ajustado em mili segundos (m/s) . E se quisermos um attack
para uma caixa de bateria ou um bumbo por exemplo, temos que ajustar
uma attack de no mínimo 30 m/s para que o compressor não atue
durante esse tempo deixando passar os primeiros transientes da caixa ou
do bumbo.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Na verdade todos os instrumentos de percussão necessitam de um attack
lento.
Já no som das guitarras , violões e voz, o attack tem que ser mais rápido
para que o som fique mais nivelado e mais constantemente presentes.
Depois de ajustar o Attack, vamos tentar ajustar o tempo em que
queremos que o compressor continuem comprimindo após ter começado
o seu trabalho.
Nesse caso é bom que entendamos um pouco sobre o tempo da música e
os transientes de cada instrumento para ajustar um tempo correto de
compressão para cada instrumento.
Por exemplo: se quisermos valorizar alguns transientes de uma guitarra
devemos calcular o tempo exato desses transientes e soltar a compressão
no momento em que se quer que eles apareçam mais destacados.
No caso de precisarmos de uma guitarra com mais sustentação, quando
um determinado trecho da música tenha menos acordes, então fazemos
um ajuste com um release rápido para que a compressão aconteça mas
que na hora da sustentação do acorde o compressor pare de atuar
deixando o som da guitarra livre para atingir seu pico mais alto.
Basicamente é neste sentido que você tem que pensar em compressão.
Primeiro ouvindo bem o som e depois ajustando os parâmetros de acordo
com o tipo de manipulação que você quer fazer no áudio para que ele
atinja o seu melhor dentro da mixagem e não dele solado.
Dentro da dinâmica também temos outras ferramentas que podem
auxiliar na manipulação do som.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Gate
O gate também é uma ferramenta de controle de dinâmica mas ela age
de uma maneira um pouco diferente do compressor, embora tenha os
mesmos parâmetros com exceção do ratio.
No gate temos os seguintes parâmetros de ajuste
Threshold – Com ele nós vamos determinar o ponto de volume ao qual o
áudio principal da track esteja acima dele e o áudio indesejado esteja
abaixo. O que estiver acima passa pela porta e o que estiver abaixo não
passa.
Attack – Momento em queremos que a porta se abra: Mais rápido ou
mais lenta?
Hold – Ajusta o tempo em que o gate vai ficar aberto para o som passar
Release. Ajusta o fechamento do gate a partir do momento que termina o
tempo em ficou aberto
Como funciona o Gate?
O gate é usado para cortar ruídos ou vazamentos de um áudio que já foi
gravado ou que ainda vai ser gravado ( o que é mais complicado de fazer
pois precisa de elementos externos que disparem o gate)
Quando gravamos uma bateria, gravamos com vários microfones, um
para cada peça do instrumento com todos captando ao mesmo tempo.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Portanto é inevitável que o microfone que está captando o bumbo,
também capte o som das outras peças também.
Lógico que ele estando mais próximo do bumbo, vai captar bem mais esse
som do que os outros.
Então os outros sons vão ficar ao fundo. Sentimos a presença forte do
bumbo e portanto o resto que ouvimos chamamos de vazamento.
O mesmo vale para a caixa e os tons. Já nos Overheads que sã os
microfones que captam os pratos da bateria não contem vazamento pois
se utilizará o seu som inteiro apenas com o corte nos graves.
O mesmo vale para os microfones de sala que captam a ambiência da
batera.
Então o bumbo, a caixa e os tons são captados com vazamento.
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Como o nome está dizendo em inglês gate quer dizer porta. Então é essa
mesma a função do gate: abrir e fechar a porta para o áudio.
A principal função do gate é fechar a porta para ruídos ou vazamentos,
sons que não queremos que apareça na nossa track.
Na DAW nós podemos usar o recurso de simplesmente cortar os pedaços
onde tem sons indesejáveis e deletar. Muitas vezes é isso que eu faço ao
invés de usar o gate.
Mas tem vezes que isso não é possível ou que o som do ruído é tão mais
baixo que se torna mais prático utilizar o gate do que ficar horas cortando
a track em pedacinhos.
No caso dos tons por exemplo, em que há muito vazamento das outras
peças da bateria, eu identifico as partes em que o tom está tocando ,
separo e deleto tudo que não for som de tom.
No caso do bumbo e da caixa já ficaria muito mais complicado esse
trabalho pois levaria muito mais temp e geralmente o som do vazamento
nesses instrumentos está muito mais baixo, possibilitando que possamos
abrir o gate somente no momento em a caixa ou o bumbo estiverem
presentes e fechar para os vazamentos
Mais um exemplo de uso do gate.
Eu tenho uma caixa em que há o vazamento das outras peças da bateria,
ou seja, ao gravar a bateria, o microfone que estava captando a caixa
também captou o som das outras peças pois todo o conjunto foi gravado
ao mesmo tempo e na mesma sala.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Então estão sobrando o som desses outras peças que precisamos eliminar
para que possamos usar um processamento ideal na dinâmica e
equalização da caixa.
Se deixássemos os vazamentos isso não seria possível pois os vazamentos
também sofreriam a ação dos processadores, o que faria com que o som
da caixa ficasse prejudicado ou então não pudéssemos usar um
equalização perfeita para o som da caixa.
Então temos que fechar a porta para os vazamentos deixando passar
apenas o som da caixa.
Identificamos o som da caixa e ajustamos um attack rápido para que a
porta abra no momento e que a caixa comece a tocar .
Depois ajustamos o volume do threshold, visualizando no meter onde
está o volume da caixa e o volume do vazamento.
Então ajustamos o threshold de maneira que supere o volume do
vazamento mas não alcance o volume da caixa.
Ajustamos o hold mais rápido se quisermos um fechamento mais brusco
ou mais lento se quisermos que vá fechando mais lentamente.
Ajustamos o release para determinar por quanto tempo a porta vai
continuar aberta antes de fechar.
Devemos observar esse parâmetro fazendo com que a porta não feche
antes do tempo, cortando assim o som da própria caixa e da sua cauda
acústica.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Podemos também usar o gate para outras funções
Corpo no bumbo – se ta com um bumbo gravado e tudo mais, se você
quiser mais corpo nele, você pode add um sampler ou, usar um signal
generator com um frequência em 60 Hz colocar um gate, fazer side-chain
pro gate atuar somente quando o bumbo tocar, dessa forma, toda vez
que o bumbo tocar, o sinal de 60 Hz vai abrir, dando um corpo a mais pro
bumbo, o mesmo pode ser feito, usando um ruido rosa com a caixa, da
um resultado legal.
Super caixa – você pode duplicar o canal de room da batera, fazer uma eq
pra destacar a caixa nele, colocar um gate com um side-chain na caixa,
assim toda vez que bater a caixa, o room abre, dando aquele som grande
e encorpado, aí você equilibra os volumes até ficar legal (esse fica melhor
como um efeito momentâneo, e não na música toda, mas pode soar legal
também).
Baixo e bumbo – para aqueles sons onde o baixo tem que ficar
sincadinho com o bumbo, se pode fazer na mão, cortando o som e
fazendo fades, ou, pode colocar um gate no baixo pra ele abrir o som só
quando o bumbo tocar, e ajustar o attack e release, pra fazer o som do
baixo vir com o ataque original e acabar rápido, pra deixar o som
sequinho, e ainda usar o hold pra pegar mais de um ataque do baixo a
cada bumbo que toca.
Reverb – sabe aquele reverb que ficou perfeito com a música, o decay tá
legal e tudo mais, só que ta sobrando um pouco no finalzinho? então, se
pode por um gate nele também, pra atuar rapido e bem agressivo, pra
cortar aquele rabinho de reverb que ta sobrando no som, isso se chama
gated reverb, e alguns reverbs já vem com essa função integrada.
Caixa e esteira – você pode colocar um gate na esteira em side-chain com
a caixa, regular de forma a dar uma segurada nas sobras da esteira, além
de matar o som de bumbo que o mic da esteira costuma captar com
intensidade considerável, você consegue deixar o som mais seco, sem
aquela sensação de som embolado e sujo de caixa, da pra manter a
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Manual do Iniciante em Home Studio
pancada da caixa e manter aquele som de esteira que fica legal em
rudimentos e talz.
Alguns parecem complicados, mas não são, é bem simples, fez uma vez,
já era, lembrando que, tem fuçar nos attacks, release, e holds da vida, pra
chegar no som esperado.
Aqui ta reunido alguns usos que vi ao longo do tempo, na internet, livros,
artigos, ou adaptações que eu fiz pra usar algumas técnicas de um outro
modo, que alguém também já deve ter feito em algum canto do mundo.
Como última dica, TESTE, OUÇA, aí você usa o que achar legal. E o que
não gostar, ainda sim você ta sabendo, e em alguma situação pode ser
útil.
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Limiter
O trabalho do limiter é justamente fazer o que o nome está dizendo:
limitar, restringir, segurar o volume em um limite traçado. Ele é um
compressor ao extremo sendo que o compressor ainda deixa passar algo
do som no limite traçado mas o limiter não deixa passar nada.
Quando chega no limite ele simplesmente não deixa passar nada mais de
volume.
Usamos da seguinte maneira: queremos um som mais firme e mais
potente para uma determinada faixa de instrumento mas não queremos
que atinja o pico máximo causando uma distorção digital, o causaria um
deterioração do áudio.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Então ajustamos um valor no Out Deiling que é o parâmetro principal do
limiter onde vamos especificar o limite em que queremos que o áudio
não ultrapasse.
E no threshold do limiter podemos dar mais pressão ao som de maneira
dosada fazendo com ele atinja um volume satisfatório
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Manual do Iniciante em Home Studio
O DeEsser
Muitas vezes, depois de aplicar alguns processos de equalização e
compressão numa track, notamos que algo ficou estridente em algumas
freqüências.
Isso acontece muito na voz pois a pronuncia dos “esses” do cantor
principalmente depois de sofrer a ação do compressor fica muito
protuberante, causando uma sibilância ou excesso de agudos. Então
usamos o DeEsser para comprimir uma determinada região dos agudos
da voz, fazendo com que parte onde se pronuncia os “esses” seja
atenuada, diminuindo a presença exagerada dos agudos.
O DeEsser pode ser usado não só na voz como em outros instrumentos
como a guitarra ou violão em que as freqüências agudas estejam
sobrecarregando a mix.
Usamos assim:
Primeiramente identificamos através de um analisador de freqüência ou
ouvindo atentamente qual é a região onde a sibilância está presente no
espectro de freqüências da track
Podemos usar um plugin específico DeEsser ou um compressor
multibanda ou ainda um compressor que tenha um controle para graves
e agudos como o ReaComp por exemplo.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vamos usar como exemplo o RDeesser da Waves
Parâmetros do DeEsser
Freq – Como o DeEsser é um compressor de freqüências altas, você pode,
com esse parâmetro, escolher freqüências que vão 2000 a 16000 Hz. Veja
no exemplo da figura acima que o botão Freq está apontando a
freqüência de 5000 Hz, o que significa que o DeEsser vai trabalhar a partir
desta freqüência. Para saber a freqüência exata que você quer trabalhar,
é preciso ouvir e identificar o que está sibilando.
Type – Com este parâmetro você troca o filtro que vai utilizar. Temos aqui
dois tipos de filtro (os mesmos do equalizador)
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Manual do Iniciante em Home Studio
Usando o filtro tipo High Pass, o DeEsser irá trabalhar em todas as
freqüências acima de 5000 Hz (exemplo) ou da freqüência que você
estiver trabalhando.
Usando o filtro tipo Band Pass, você vai trabalhar apenas em torno da
freqüência de 5000 Hz (exemplo) ou da freqüência que você estiver
trabalhando.
Mode – Com este parâmetro você escolhe o modo de atuação do
DeEsser.
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Manual do Iniciante em Home Studio
No modo Split, o DeEsser vai separar as bandas e agir somente a partir da
freqüência que estiver apontando em Freq.
No modo Wideband, o DeEsser vai agir em toda a extensão da banda
apanhada por este plugin que vai de 2000 Hz até 16000 Hz
Range – Este é o parâmetro com o qual vamos definir o quando de
volume será atenuado na área em que o DeEsser estiver atuando. Um
Range mais baixo fará um corte mais acentuado e u Range menos baixo
fará apenas uma atenuação no volume das freqüências envolvidas.
Threshold – Com este parâmetro vamos dizer ao DeEsser a partir de qual
volume será feita a atenuação da área de ação.
Não esqueça que o DeEsser é um compressor específico para as altas
freqüências, então o threshold tem o mesmo papel de servir como limiar
ou ponto de início do processamento.
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Processadores de Efeitos.
Os processadores de efeitos são as ferramentas que vão trazer algum
efeito especial que desejamos em nossa mixagem.
Servem para colocar efeitos artificiais de ambiência, coro ou retardo de
notas que tornam a música mais interessante. Aliás tornar a música mais
interessante é o pricipal propósito da mixagem.
Parâmetros de Reverb
Para criar ambientação para a música, temos que saber utilizar os
parâmetros de reverb de maneira eficiente. Vamos então a eles:
Veja abaixo um plugin de reverb da Sonitus que possui todos
os parâmetros que vamos falar aqui.
115
Manual do Iniciante em Home Studio



Input – Este parâmetro define o volume do sina original que irá
passar pelo reverberador. Quando mutamos este parâmetro
ouvimos apenas a causa do reverb e podemos assim verificar o
que estamos fazendo.
Low Cut (corta graves) – Com este parâmetro, nós cortamos os
graves do sinal que irá passar pelo reverberador. Geralmente
fazemos bons cortes do grave pois como as frequência graves já
ocupam muito espaço na mix, imagine se elas estiverem
refletindo? O resultado poderia ser um som embolado. Então
usamos esse filtro para não deixar as frequências graves do sinal
passarem pelo reverb.
Hig Cut (corta agudos) – Com este parâmetro definimos quais as
frequências agudas que irão ficar fora do reverb. Geralmente
também se faz um corte nos agudos pois a sua reverberação
somada ao sinal original, poderá causar sibilâncias.
Os cortes de graves e agudos do sinal a ser reverberado deverão
ser testados e analisados minuciosamente para que se aplique a
medida certa.
Repare que do lado direito desses parâmetros, há um gráfico que
você pode mexer com o mouse para regular.


PreDelay – Com este parâmetro vamos controlar o tempo do
atraso entre o sinal original e as primeiras reflexões. Isto é, o
tempo em que o sinal leva para percorrer o ambiente, bater nas
paredes e voltar. Para salas pequenas, temos que colocar um
predelay pequeno pois as reflexões irão demorar menos tempo.
Para salas maiores, um predelay mais longo pois os som demorará
mais tempo para emitir as suas primeiras reflexões.
Room Size (tamanho da sala) – Com este parâmetro
simplesmente determinamos o tamanho da sala em que queremos
colocar o nosso instrumento. Sua escala vai de 1 a 100 e quanto
maior o número, maior será esta sala.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Lembre-se de que o tamanho da sala e o predelay tem que estar de
acordo, ou seja: se a sala for pequena, o predelay tem que ser curto
e se a sala fora grande, o predelay tem que ser longo.

Difusion (difusão) – A difusão de um som no ambiente, significa
que este som, antes e depois de reverberar, teve que passar por
alguns obstáculos dentro da sala como móveis ou pessoas. A
reverberação de uma cheia é bem diferente da reverberação de
uma sala vazia pois o eco vai esbarrando nos obstáculos da sala.
Então com este parâmetro, nós definimos se queremos menos eco
(mais difusão) ou mais eco (menos difusão). Usamos o botão
deslizando para adicionar a quantidade de eco que irá representar
uma sala cheia ou vazia. Varia de 0 a 100%.
Os próximos 4 parâmetros de ajuste estão relacionados com o
decay time (tempo de decaimento) ou seja o tempo que o
reverb demorará para desaparecer do sinal. Na maioria dos
plugins de reverb vai aparecer como um só parâmetro:
“Decay” ou “Decay time” ou simplesmente “Time”. Mas aqui
ele aparece dividido entre graves e agudos para que você possa
ajustar tempos diferentes para frequências diferentes e assim
poder ter um melhor ajuste do reverb desejado.
Vamos supor que precisamos de menos tempo de
reverberação nas regiões graves e mais tempo de reverberação
nas regiões agudas. Podemos então ajustar tempos diferentes.
Veja como:

Bass Multiplier – Com este parâmetro vamos definir se queremos
um tempo de decaimento nas regiões graves maior, menor ou
igual ao tempo de decaimento das regiões mais agudas. Podemos
ajustar de 0,2 x (tempo menor) a 3x (tempo maior). Em 3 x
significa que o tempo de decaimento da reverberação das
frequências graves será 3 vezes maior do que o tempo de
decaimento do restante das frequências.
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Manual do Iniciante em Home Studio

Crosover – Com este parâmetro vamos definir a região dos graves
que queremos que tenha essa duração diferente do restante. Você
pode escolher de 25Hz a 2000Hz.
Vamos supor que você queira que o reverb da região mais grave
dure menos tempo que o reverb da região mais aguda. Então você
determina com o crosover a região de graves que vai até 250Hz e
escolhe um valor no Bass Multiplier que seja menor que 1x, pois
se for de 1x, o tempo de decaimento será igual para as duas
regiões.
Se escolhermos 0,5x significa que o tempo de decaimento na
reverberação das frequências abaixo de 250HZ será a metade que
das frequências restantes. Então logicamente o reverb das
frequências mais altas que 250Hz terá o dobro do tempo de reverb
das frequências mais baixas que 250Hz.


Decay Time (tempo de decaimento) – Este parâmetro vai
determinar o tempo de decaimento de todo o sinal junto. Tanto dos
graves quanto dos agudos, mas sempre mantendo a proporção que
você determinar nos parâmetros anteriores. Este tempo pode variar
de 0,1 a 20 segundos que será o tempo em que o efeito de reverb
irá descer a -60 db. Quanto maior o tempo assinaldo, mais cauda
de reverb vamos ter.
High Damping – Com este parâmetro determinamos até que área
da região dos agudos queremos o decaimento da reverberação.
118
Manual do Iniciante em Home Studio
Veja as figuras abaixo:
Como usar o reverb na produção musical




Dry – Volume do sinal seco sem o efeito.
E.R (Early Reflsctions ou Reflexões Primárias) – Com este
parâmetro ajustamos a sonoridade das primeiras reflexões da
reverberação. Podemos adicionar uma característica mais presente
e imediata. Com este ajuste podemos melhorar o realismo das
salas.
Reverb (volume do efeito) – Com este parâmetro nós podemos
deixar o som mais seco ou mais molhado, adicionando a
quantidade ideal de reverb para cada caso.
Width (Largura) – Com este parâmetro definimos a largura que o
reverb terá dentro da mixagem . Se colocarmos a 100% nós
119
Manual do Iniciante em Home Studio
estamos espalhando em toda a largura entre as duas caixas de som
e quanto menor esta porcentagem, mais ao centro iremos
posicionar as reflexões do instrumento.
Os parâmetros Dry, Reverb e Width são mais usados quando
estamos aplicando o efeito diretamente na track usando
apenas um sinal individual.
Normalmente em uma mixagem, usamos o Reverb em uma pista
auxiliar para que possamos usá-lo em diversas tracks ao mesmo
tempo.
Neste caso é preciso mutar o Dry e ignorar o Width pois
utilizaremos os sends (controles de envio) para comandar essas
funções.
120
Manual do Iniciante em Home Studio
Efeitos de ambiência.
Imaginemos que alguém pegue uma câmera que tenha um bom
microfone para filmar um cara que esteja cantando e tocando violão em
uma sala para depois assistir ou postar para os amigos no Facebook.
O microfone da câmera vai pegar o áudio que está saindo desta fonte e
também o som do ambiente.
Neste caso o som que ouvirmos neste vídeo estará dando a exata idéia
em que ambiente ele foi gravado porque ouviremos não só a voz e o
violão do cantor mas também as reverberações que o som está gerando
neste tipo sala onde ele está tocando.
Se for em uma sala grande e vazia terá mais reverberações pois o som
saído da fonte vai percorrer o ambiente e será captado novamente pelo
microfone da câmera ou seja o som estará vivo.
Se for num quarto pequeno cheio de móveis, cama, guarda roupa,
cômoda e ainda tiver umas cobertas roupas espalhadas por cima de tudo,
o som ficará morto pois não haverá a reflexão pois as freqüência ficarão
amortecidas por tudo que estiver neste quarto.
Eu já vi em alguns sites de áudio, conselhos de produtores que dizem que
um home Studio pode ter vários ambientes.
Se quisermos um som vivo podemos levar os equipamentos para o
banheiro e gravar a voz ou o violão com a ambiência viva desta peça. E se
quisermos um som seco é só colocar o microfone enfrente ao guarda
roupa aberto.
São boas práticas que você pode testar em suas gravações e que vão te
trazer bastante bagagem na sua experiência.
121
Manual do Iniciante em Home Studio
Porém o tratamento acústico pode ser caro e demorado e não todos os
tipos de ambiência que podemos criar naturalmente em casa e caso
consiga criar diversos tipos ainda assim elas não serão aplicadas na
maioria dos casos.
Para isso existem os processadores de efeitos de ambiência que são as
máquinas de Reverb.
Com essas máquinas podemos criar ou simular ambientes reais para
somar à nossa mixagem com apenas algumas configurações.
Temos diversos parâmetros num plugin ou máquina física de reverb com
os quais podemos estipular tamanhos de sala, quantidade de reflexões e
o decaimento dessas reflexões e ainda podemos utilizar em alguns
plugins os impulsos responsivos dos reverbs de convolução.
Os reverbs de convolução são reverbs reais gravados com microfones em
ambientes específicos como salas grandes ou pequenas, teatros, ginásios
igrejas, cavernas, ruas, campos enfim, diversos espaços e ambientes que
normalmente não temos a condição de possuir ou deslocar os
equipamentos do estúdio para gravar naturalmente uma voz ou violão
dentro de cada um desses ambientes.
Mesmo que conseguíssemos fazer isso ainda teríamos diversos tipos de
problemas como influências externas e principalmente a exata
quantidade desse efeito.
Uma vez gravada voz ou instrumento em ambientes naturais, não
poderíamos mais retornar.
Quer dizer, em tese, pois ainda teríamos a possibilidade de gravar
novamente o mesmo áudio em uma sala seca e misturar com o som da
gravação com reverb para dosar a medida exata.
122
Manual do Iniciante em Home Studio
Mas aí estaríamos fazendo exatamente o que o reverb de convolução faz
que é trazer um som de um ambiente específico para junto com o som da
voz ou instrumento que estamos gravando, trazer aquela ambiência para
o som.
Podemos ter a quantidade que queremos desses arquivos em nosso
computador e aplicar em qualquer caso sem a necessidade de irmos até o
local para gravar.
No Reaper nós temos o ReaVerb que é um plugins que trabalha tanto
com a criação de ambientes artificiais como com os reverbs de
convolução podendo ser adicionados a ele para buscar o efeito desejado.
Quando abrimos o ReaVerb, ele vem assim totalmente sem nada. Vejam
que não há nenhum parâmetro para trabalhar.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Precisamos clicar em Add para adicionar o tipo de trabalhos que
queremos fazer.
O ReaVerb trabalha basicamente com reverbs de convolução ou seja com
respostas de impulsos.
Ele vai trabalhar com samples de reverbs que vão ser acrescentados ao
som, causando uma influência sobre ele.
Para adicionar um sample (amostra de reverb que queremos trabalhar)
clicamos em Add e se abrirá uma janela com uma biblioteca de samples
que podemos baixar e guardar dentro de uma pasta no Reaper.
124
Manual do Iniciante em Home Studio
Se você quiser saber mais detalhes, acesse o post em nosso blog
idaudio.com.br/blog que fala sobre esse plugin ou o vídeo no You Tube
onde eu deixo uma pasta de arquivos de amostras de reverbs para
download.
Podemos escolher numa lista com vários tipos de impulse responses de
reverb. São amostras de room, plate hall, chambers representando
tamanhos diferentes para cada tipo de situação de ambiência.
Além desse arquivo de impulse response ainda podemos adicionar outros
impulse responses se quisermos fazer uma combinação de efeitos ou
podemos adicionar ainda algumas ferramentas para um melhor controle
desses impulsos e até mesmo um filtro de equalização para escolhermos
uma faixa de freqüência específica para a aplicação do efeito.
Por exemplo se quisermos um efeito Hall para o nosso reverb, nós
escolhemos uma das amostras de hall e adicionamos e se quisermos
controlar melhor o tamanho desse hall nós adicionamos a função Reverb
Generator para termos um controle de volume ou do tamanho deste
salão por exemplo.
Se quisermos aplicar um filtro nesse reverb, nós adicionamos também e
acertamos esse filtro.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Ainda podemos alargar o ou estreitar o reverb com o botão Width,
direcionar para que lado queremos que o reverb fique mais alto no botão
Pan e podemos colocar o reverb antes do sinal original criando um efeito
inversocom o botão Pre Reverb
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Manual do Iniciante em Home Studio
Pode-se aplicar o efeito inserindo na track em que queremos processar,
porém certamente iremos precisar deste mesmo efeito em outras tracks
também caso queiramos colocar vários instrumentos neste mesmo
ambiente. Então é muito melhor criarmos uma track auxiliar com este
efeito e fazer o envio de todos os instrumentos que queremos colocar aí.
Com o send, cada instrumento poderá ter a quantidade certa de reverb
pois teremos um controle do volume de envio.
Neste caso precisamos colocar o Dry (volume do canal sem
processamento ) em mute e aumentar o máximo no Wet (volume do
sinal processado)
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Manual do Iniciante em Home Studio
Delay
O delay é uma ferramenta de tempo que usamos para criar um efeito de
repetição de um sinal de áudio.
Esse efeito pode ter a finalidade de criar uma ambiência para um
determinado som ou para criar efeitos de repetição para montar uma
cadência rítmica ou ainda para criar um efeito estéreo.
Vamos tomar como exemplo um delay simples. O JS Delay do próprio
REAPER por exemplo tem os parâmetros básicos para se criar diversos
tipos de efeito delay.
Delay quer dizer atraso e é exatamente isso que vamos fazer ao aplicar
um delay em um sinal de áudio.
Vamos aplicar o delay neste sinal para criar uma cópia deste sinal com
algum tempo de atraso.
Podemos então com os parâmetros do delay ajustar o tempo desse
atraso assim como o número de vezes que ele vai se repetir e também
amplitude dessa cópia de sinal atrasado em relação o sinal original.
No REAPER nós temos o ReaDelay, um plugin muito poderoso para gerar
repetições.
Na figura abaixo você verá todos os parâmetros de ajustes do tempo da
repetição do sinal em que vamos aplicar o ReaDelay.
Através deles nós podemos ajustar o tempo exato em que queremos que
o plugin crie a repetição. a duração, a quantidade de repetições e até em
que lado do estéreo queremos ouvir o sinal repetido.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Vamos então saber mais sobre cada um desses
parâmetros:
1- Langht (time): Sabemos que uma música tem uma marcação de tempo
que é dividida em compassos.
Cada tempo da música é como uma pulsação.
Quando ouvimos uma música podemos sentir essa pulsação e
acompanhar o ritmo da música batendo com o pé no chão.
Essas batidas com o pé estão marcando o compasso da música.
Existem várias fórmulas de compasso para os diversos estilos musicais
mas, para não complicar, vou me ater na mais usada fórmula de
compasso da música popular que é o 4/4 (quatro por quatro) que significa
quatro tempos para cada compasso (também chamado de compasso
quaternário.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Cada tempo desse compasso segue a pulsação da música. É como se fosse
o coração da música batendo.
A duração do tempo de cada compasso varia para cada tipo de
andamento que pode ser mais lento ou mais rápido.
Para ajustar o tempo da repetição de um sinal com o langht time em
milisegundos m/s, precisamos calcular o tempo de cada compasso
Por exemplo: Se eu tenho uma música que está com o andamento de 120
BPMs (Batidas Por Minuto) significa que a cada minuto eu tenho 120
pulsações.
Aí é só fazer o cálculo para saber quantas batidas por segundo eu tenho.
Bom agora vai ficar fácil calcular o tempo da repetição em milisegundos
pois se em cada segundo eu tenho duas batidas, uma batida equivale a
meio segundo ou 500 milisisegundos.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Então, se eu quiser que a repetição aconteça em tempo após a primeira
batida, eu vou digitar 1000 m/s ( 1 seg) no campo langht (time).
Se eu quiser que a repetição do sinal aconteça meio tempo após a
primeira batida eu digito 500 m/s e assim por diante. É só fazer o cálculo..
Parece complicado mas é só matemática.
2 – Langht musical: Neste parâmetro criar as repetições baseados na
notação musical ou seja no valor das figuras.
Vemos que no nosso caso, em que a música está com o andamento de
120 BPMs nós temos oito figuras de notas musicais para cada compasso,
ou seja se cada tempo deste compasso neste andamento tem meio
segundo ou 500 m/s
Também neste caso é só fazer o cálculo
O compasso 4/4 tem quatro tempos então se eu tenho oito notas pra
trabalhar, eu tenho duas notas para cada tempo.
Se eu digitar o nº 2 neste campo significa que eu estou indicando que
quero uma repetição no primeiro tempo do compasso.
Se eu digitar o Nº 1 significa que eu quero que a repetição aconteça logo
na metade do tempo 1
Se eu digitar o Nº 4 então a repetição acontecerá no segundo tempo do
compasso e assim por diante.
131
Manual do Iniciante em Home Studio
3 – Feedback: Esse parâmetro indica o volume que eu quero dar para as
repetições que eu criar para o meu delay.
Quanto mais volume eu der mais repetições eu vou ter para o meu sinal.
Aí é só usar o ouvido para saber o quanto eu vou precisar de feedback.
4 – Lowpass Filter: Esse parâmetro indica o corte de agudos que eu quiser
dar para o meu efeito de delay.
Quanto mais para a esquerda eu trouxer o botão deslizante mais agudo
eu vou cortar do efeito.
Por exemplo: Se eu quiser que o sinal que for ser repetido pelo delay seja
mais grave que o sinal original, eu corro o controle deslizante para a
esquerda e retiro os agudos desta repetição.
5 – High Pass Filter: É justamente o contrário. Se eu quiser que o sinal da
repetição seja mais agudo, eu deslizo esse botão para a direita para cortar
os graves.
6- Resolution: Esse parâmetro tem a ver com as configurações do nosso
projeto.
Geralmente deixamos igual ao que definimos.
Se nosso projeto estiver configurado em 24 bits. Então deixamos esse
parâmetro também em 24 bits.
Se caso tivermos outra resolução em nosso projeto, temos a opção de
alterar aqui também.
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Manual do Iniciante em Home Studio
7 – Stereo width – Com este parâmetro podemos ajustar a largura do
steros da repetição. Está relacionado à porcentagem de largura que
queremos para o sinal da repetição.
Quanto maior o número da porcentagem, maior será a abertura do sinal
no campo estéreo.
Se estiver em 100% o sinal da repetição será ouvido nos extremos das
nossas caixas.
Do contrário, o sinal será ouvido mais ao centro.
8 – Volume: Já ta dito no nome NE? Esse parâmetro ajusta o volume que
eu quiser para o sinal repetido.
9 – Pan: Se eu quiser que o sinal repetido soe mais à direita ou à
esquerda, eu utilizo esse controle para definir a posição que eu quero.
10 – Wet: Volume do sinal da repetição. Com este botão eu posso ajustar
o volume do sinal repetido em relação ao sinal original.
11 – Dry: Volume do sinal original.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Usando o Wet e o Dry eu posso balancear o nível de volume entre o sinal
original e o sinal da repetição.
12 – Add Tap: Clicando aqui eu posso adicionar mais um tap, ou seja,
posso criar um novo passo para uma nova repetição do sinal que eu
quiser combinar com a primeira, podendo escolher e definir a maneira
que eu quero que esse novo sinal se relacione com o primeiro.
!3 – Delet Tap: Serve justamente para deletar um tap que não queremos
mais usar.
14 – Reset All; Anula tudo que eu fiz anteriormente e volta ao zero,
estado inicial do plugin.
15 – Enable – Neste campo eu posso habilitar o desabilitar o efeito de um
tap.
16 – Solo Active Tap: Se eu marcar aqui, eu só vou ouvir o efeito do tap
que estiver selecionado.
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Manual do Iniciante em Home Studio
Conclusão
Este e-book teve a finalidade de familiarizar você que está começando a
trabalhar com home Studio com as principais ferramentas de produção
de áudio em home Studio.
Espero que eu possa ter suprido essa necessidade e que você possa
desenvolver à partir de aqui as suas produções em home Studio.
Eu te presenteei com este e-book porque você fez a inscrição em meu
blog para receber as minhas dicas mas ele é só seu.
Peço que você não compartilhe com mais ninguém esse arquivo.
Se quiser que algum amigo seu tenha acesso a este e-book, faça o convite
para que ele se inscreva também em meu blog para também receber
todas as outras dicas.
Espero que possa ter ajudado você de alguma maneira.
Se eu ajudei, peço que também me ajude a divulgar o meu blog.
Grande abraço.
Sandro Chagas
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