massagem tradicional tailandesa

MASSAGEM TRADICIONAL TAILANDESA
As raízes da Massagem Tradicional
Tailandesa, ou massagem antiga - noad
phaen boran, como é conhecida na Tailândia,
encontram-se, como a maior parte das
técnicas de manipulação do oriente, na Índia,
a partir dos conhecimentos da Ayurveda, da
Yoga e do Budismo
A massagem tradicional tailandesa possui uma longa
tradição de terapia e é um dos mais respeitados
ramos da terapia médica, usado tanto rotineiramente,
para o relaxamento, como também para a prevenção
de enfermidades e para o tratamento de alguns
distúrbios comuns.
Conforme a tradição, a massagem era aplicada nos
templos, não pelos monges, mas por cidadãos
comuns que ofereciam assim seu conhecimento
terapêutico para a comunidade.
Na atual Tailândia, os templos continuam a ocupar
este lugar de centro de agregação e convivência,
onde as pessoas da cidade passam algum tempo da
sua jornada.
A massagem é considerada pelos tailandeses como uma
parte essencial da medicina preventiva e curativa e faz parte
do cotidiano. Uma das mais conceituadas escolas de
massagem da Tailândia encontra-se no interior do templo de
Wat Pho.
É lá que os tailandeses que querem aprender esta arte, ou
mesmo muitos viajantes de todo o mundo, acorrem para
vivenciar a riqueza deste precioso saber.
Ainda que a
massagem
tradicional tailandesa seja uma
só, e se baseie sempre nos
mesmos princípios teóricos, é
possível reconhecer nos seus
praticantes dois estilos bem
distintos, o estilo do Norte e o
estilo do Sul.
A evolução destes dois estilos
provavelmente obedeceu às
características
locais
e
geográficas
A massagem tradicional é sempre feita no chão,
sobre um tatami ou colchonetes confortáveis.
É necessário um espaço em volta do corpo do
cliente, pois muito do trabalho se faz alongando,
estirando, puxando, estalando, e é preciso ter um
apoio macio para poder sentir-se bem durante a
execução da sequência.
Como já dito em precedência, a massagem
tailandesa completa dura cerca de duas horas.
De acordo com a filosofia
oriental que está na base da
massagem Thai, o corpo possui
uma rede invisível de linhas
energéticas, intercomunicantes,
através das quais a energia vital
pode fluir.
Na prática da massagem Thai
são consideradas dez linhas
principais, chamadas Sen
No decurso dos Sen, encontramos os principais
pontos de acupuntura, e que na massagem tradicional
tailandesa ou na massagem terapêutica dos diferentes
distúrbios são estimulados, com o objetivo de regular
as funções corporais ou mesmo de lenir a dor.
Os pontos têm a função de portais, através dos quais
a energia do interior do corpo pode ser estimulada,
harmonizando o fluxo de órgãos e estruturas com o
fluxo da energia cósmica.
Quando o Prana tem seu escorrimento impedido ou
reduzido por meio dos bloqueios articulares,
musculares, traumas ou devido ao precário
funcionamento dos órgãos ou vísceras, o
organismo pode mais facilmente adoecer.
A metódica e exaustiva estimulação das
linhas energéticas através da pressão e dos
alongamentos que se verifica durante a
prática da massagem tailandesa é capaz de
eliminar tais bloqueios e liberar a livre
circulação da energia vital, restaurando o
bem-estar do indivíduo
Os tailandeses não têm um apego demasiado à
própria posição de trabalho durante a execução do
tratamento e, por conseguinte, movem o corpo de
acordo com as necessidades do cliente, com seu
tamanho, com a quantidade de peso que desejam
transferir em um ponto ou outro do corpo da pessoa
que recebe a massagem
Para qualquer pressão,
manobra ou alongamento,
todavia, o uso do próprio
hara,
ou
baricentro
energético, é fundamental
A execução da técnica Thai não deveria ser, jamais, uma
repetição chata e sofrida de uma sequência, mas sim uma
aventura, uma viagem a se fazer a dois, na qual cada
passo nasce e se organiza harmoniosamente, em
equilíbrio, centrado.
Para o praticante, fazer uma massagem Thai é uma
maneira de honrar a origem médico-espiritual dessa
disciplina, é algo que nos faz sentir parte de uma antiga
família, filhos de Jivaka, irmãos dos praticantes tailandeses
de Wat Pho ou de Chiang Mai.
Grato,
JAQUES DELGADO
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