JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA EDITORIAL

Transcrição

JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA EDITORIAL
JANEIRO 2015
JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA
PUBLICAÇÃO MENSAL
ANO XXVI - Nº 277
Preço avulso: 0,50 €
EDITORIAL
Acabámos de celebrar o Natal, a Festa da Sagrada
Família e a Festa da Epifania.
Estas Celebrações Natalícias marcam- nos a todos,
tocando profundamente o coração, avivando em nós a
vontade de querer seguir Jesus.
Na Igreja, houve momentos em que todos foram
motivados a viver mais ainda pela encenação do "Presépio
ao Vivo" e pela Representação na Festa dos Reis. O ver,
o ouvir e o reter no coração, faz entender melhor o
sentido do Natal.
A encenação e representação de algo que tenha
a ver com o Natal já entrou a fazer parte das nossas
celebrações deste Santo tempo. Todos dão conta que há
quem venha de longe para assistir e muitos dizem com
alegria que o vir à Maia às Eucaristia pelo Natal faz parte
da sua viada.
"Partimos mais enriquecidos na nossa fé" - ouço
sempre alguns a dizer .
Há coisas que permanecerão indeléveis no coração
Pertence a cada um ter a ousadia de as guardar.
Damos graças a Jesus por todas as maravilhas que
nos concedeu vivei.
Importa agora que cada um assuma este projecto que
nos foi dado pelo nosso Bispo D. António - A Alegria do
Evangelho- no seguimento da Exortação Apostólica do
Papa Francisco.
Não basta estar à espera que as novidades surjam
e nada fazer por isso, ou até mesmo criticar o muito
trabalho que alguns fazem, mas é preciso meter-se na
ação. Quem nada faz, ou faz muito pouco, também existe
entre nós. A paciência é uma grande virtude, mas uma
paciência ativa, que não leva a parar mas a andar. Não
pode um cristão crente manter-se na crítica, porque
quem diz mal da sua Paróquia diz mal de si.
A "Alegria do Evangelho" é a meta dos que querem
corresponder ao chamamento de Jesus. Bom será que o
Natal tenha sido para todos um momento de graça. O
anúncio faz-se em todos os lugares mesmo nas viagens .
PDJ
Um Ano Novo BOM.
http://www.paroquiadamaia.net
[email protected]
CONSULTANDO A HISTÓRIA
Maria Artur
Ceia de Natal
O mês de Dezembro é
um mês de excelência, por
ser rico em acontecimentos alusivos ao Natal.
É já acontecimento
habitual na Paróquia, a realização da Ceia de Natal,
que este ano ocorreu no
dia 13 de Dezembro, voltando a reunir todos os
que gostam de partilhar
uma refeição e comungar
de sentimentos de fraternidade.
Foi uma noite bastante
gratificante, tanto para a equipa que dá a cara na sua organização, o Grupo de Amigos
do Lar de Nazaré, como para todos os que responderam ao convite, e que marcaram
presença.
Foi notório, um grande contentamento dos participantes, relativamente ao local
escolhido para nos reunirmos na Ceia de Natal, sendo-nos referido por muitos, sentimentos de conforto, descritos com a frase “estamos em nossa casa”.
O Lar de Nazaré foi a “nossa casa” nessa noite, onde se viveu o verdadeiro espírito
afectivo de família e onde reinou a paz e a alegria.
O Lar de Nazaré é acolhedor e tem condições excelentes, mas tornou-se pequeno,
dado o número de pessoas que disseram sim ao convite.
O espaço entre as pessoas foi diminuto, fazendo com que todos nos sentimos mais
próximos e aconchegados.
No entanto, no rosto de todos, estava estampado o contentamento por estarmos
reunidos no Lar de Nazaré a celebrar o Natal.
Foi uma noite muito gratificante, enriquecedora, terna e fraterna, onde reinou a paz
e a harmonia.
Grupo de Amigos do Lar de Nazaré
S. MIGUEL DA MAIA
Proprietário e Editor
Paróquia da Maia
Director
e
Chefe de Redacção
P. Domingos Jorge
Colaboradores
Ana Maria Ramos
Ângelo Soares
António Matos
Arlindo Cunha
Carlos Costa
Conceição Dores de Castro
D. Manuel da Silva Martins
Henrique Carvalho
Higino Costa
Idalina Meireles
João Aido
João Bessa
José Carlos Novais
José Carlos Teixeira
José Manuel Dias Cardoso
Luís Sá Fardilha
Manuel Machado
Mª Artur C. Araújo Barros
Mª Fernanda Ol. Ramos
Maria Lúcia Dores de Castro
Mª Luísa C.M. Teixeira
Maria Teresa Almeida
Mário Oliveira
P. Francisco José Machado
Palmira Santos
Paula Isabel Garcia Santos
Correspondentes
Vários (eventuais)
Composição
José Tomé
Tiragem - 1500 exemplares
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2
MOVIMENTO DEMOGRÁFICO
Mês de Dezembro
BAPTIZADOS
07 - Alice Mendes Carmona
08 - Rodrigo Luis Pinto Felix
- Inês Teixeira Pinto Machado
21 - Martim Santos Teixeira
28 - Yana Maya Cardoso Cunha
MATRIMÓNIOS
06 - Hugo Alexandre Dias Ferreira Oliveira Silva e
Margarida Sarmento Oliveira Dias
ÓBITOS
03 - Ana Moreira da Silva Pacheco (87 anos)
05 - JMaria Isabel da Silva Monteiro (58 anos)
06 - Policarpo antunes Arezes (76 anos)
10 - Maria Rosa Silva (80 anos)
23 - José maria fernades de Jesus(76 anos)
24 - Pilar Soto Pena Pestana (78 anos)
BOM DIA!
Desta vez, quer dizer BOM ANO.
Agradecemos ao Senhor o ano que passou e tantas
graças que durante ele nos concedeu, como pedimos
que nos desculpe tantas faltas que nos ensombraram o
caminho. No Natal, enchemo-nos de bons propósitos
para o futuro. O futuro começa hoje. Vamos valorizálo, vamos aproveita-lo, até porque sabemos que é no
tempo que nos perdemos ou salvamos.
O mundo precisa de cristãos a sério, isto é, sérios
como nunca. Não chega a devoção, é preciso o testemunho.
Entramos no Ano da Família. O testemunho começa e vive-se logo na
família, esteio e pilar da Sociedade.
Vamos, então, com coragem, fé, oração e testemunho, enfrentar o novo
ano. E em cada dia. Por isso, peço a Deus um bom ano para todos, para as
gentes da Maia, com um desejo sincero de que cada dia do ano seja um
BOM DIA! Pró - VOCAÇÃO, por vocação
“Rogai”
A cadeia de oração pelas vocações “Rogai”, proposta há já
alguns anos pelo então bispo do Porto D. Manuel Clemente, não
acabou nem pode acabar, porque o convite de Jesus “Pedi ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a Sua messe” (Mt 9,
35-38 e Lc 10, 1-4) não tem limite ou prazo.
A oração pelas vocações, em primeiro lugar e em sentido próprio, é uma súplica pelo
dom do chamamento de Deus para aqueles e aquelas que Ele escolhe e envia a trabalhar
pela salvação das pessoas; em segundo lugar, rezar pelas vocações é também pedir para
os leigos o dom de ler na sua existência a voz do Senhor que os chama a tornarem-se
testemunhas e apóstolos.
Para além de uma hora de adoração na primeira quinta-feira de cada mês durante todo
o ano, cada uma das vigararias da diocese está convidada a dedicar duas semanas no ano a uma oração mais
intensa pelas vocações sacerdotais e consagradas, preferencialmente através de uma hora diária de adoração ao
Santíssimo Sacramento. Às paróquias da vigararia da Maia (que são as 18 paróquias existentes neste concelho)
cabem, em 2015, as semanas de 19 a 25 de janeiro e de 13 a 19 de julho.
Na nossa paróquia e na primeira destas semanas, para além da habitual adoração na 5ª feira das 10 às 13
horas e da oração do Terço, que nesta semana terá intenções vocacionais, todos são convidados a passar algum
tempo junto do sacrário, em qualquer dos dias da semana, e a participar na vigília de oração no dia 22 às 21h30.
Para saber mais sobre a oração pelas vocações, seus fundamentos e formas, convidamos a que consultem na
internet:http://www.diocese-porto.pt/attachments/2681_ROGAI.PDF
Dinâmica Advento/Natal
A comunidade paroquial aderiu de forma significativa a esta dinâmica, não só pelas expressões externas
mas também pela oração, pela comunhão em família
e pela saída ao encontro dos irmãos. Assim tornámos
mais evidente que a paróquia tem de ser família de
famílias, onde todos têm voz e vez e onde o bem de
cada um é preocupação de todos.
Importa agora não perder este dinamismo que nos
foca no essencial da vocação cristã: prestarmos atenção ao que Deus em cada dia nos pede e sermos uma
comunidade mais viva e mais fraterna, que testemunhe
a alegria do Evangelho.
Como bem nos lembra o nosso Bispo: “A alegria
do Evangelho é a nossa missão”.
Equipa Paroquial Vocacional
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3
CENTRO SOCIAL
Esperança
Está frio! Gemem as
árvores…
Esconde-se a vida…
Gelam as fontes…
Estão secos os prados,
Os animais se recolhem...
Não dão alegria aos campos,
Não salpicam os montes.
O nosso BIP (Boletim de Informação Paroquial) edita, mensalmente, na sua
página quatro, um artigo que faz a história do nosso Centro Social, pelo que foi
com muita prazer que partilhamos da alegria que adveio da homenagem às suas
Bodas de Prata que culminaram com um encontro fraterno de quase todos os
seus colaboradores e a honrosa presença de Sua Excelência Reverendíssima Dom
Pio Alves.
Quase coincidente com este mini-simpósio da equipa do nosso BIP, decorreu
nas proximidades do Santuário de S. Bento da Porta Aberta, no Gerês, aquando
Está frio! Nossa terra,
dos 50 anos da proclamação de S. Bento como padroeiro da Europa, o IX ConNossa gente anda tristonha…
gresso da AlC (Associação da Imprensa de Inspiração Cristã).
Infelizmente há miséria,
O congresso, que durou três dias, teve como lema "Mediadores da Alegria e
Até crianças com fome…
do Encontro" onde desde a primeira hora se foi acentuando o carácter específico
Há quem se recolha em casa
da imprensa de inspiração cristã como lugar de informação séria e de partilha do
Quem se esconda com
vergonha!
pensar e do sentir de uma sociedade em que a Igreja que a inspira lança sementes
de bem, de bondade e de justiça. Como nas palavras de Jeremias: o bem, o bom
Neste 2015
e o belo.
Em que pairam nuvens negras,
Concluiu-se que na imprensa cristã deve ser dado destaque a temas imporEm que falta a alegria,
tantes e não a temas interessantes. Ou seja: «... há que conseguir fazer dos santos
O pão, a felicidade.
notícia e nunca dos malandros».
Que se elevem altas ondas
Os meios de comunicação cristã têm um sentido de missão que não poderá
De verdade e confiança!
Ondas gigantes de amor,
ser esquecida e, nesse sentido, deverão ser espaço onde se encontra um inforDe solidariedade,
mação alternativa, alheia à lógica do consumismo e aos problemas gerados pela
De felicidade, de esperança!
actual crise económica. Neles deveremos encontrar a informação que dá conta
das necessidades dos mais pobres e desfavorecidos, daqueles que não têm voz, Felicidade é amor,
daqueles que não são ouvidos.
É partilha, alegria!
Enfim ... os órgãos de informação cristãos devem ser sinal de esperança e
Partilhemos a alegria
transmissores de alegria, valorizando mais as pessoas que as coisas.
De seguir a bela estrela,
A bela estrela de luz,
Nesta perspectiva, saúdo aqui o director e chefe da redacção do BIP, ReverenA que indica o caminho
do Padre Domingos Jorge; bem como os seus ilustres colaboradores e compositor habituais, nomeadamente: Ana Maria Ramos, Ângelo Soares, António Matos, Que nos apresenta o Menino,
Que nos leva até Jesus!
Arlindo Cunha, Carlos Costa, Conceição Dores de Castro, D. Manuel Martins,
Ana Maria Ramos
Henrique Carvalho, Higíno Costa, Idalina Meireles, João Aido, José Carlos Teixeira,
José Manuel Dias Cardoso, Luís Sá Fardilha, Maria Artur Araújo Barros, Maria Fernanda Ramos, Maria Lúcia Dores de Castro, Maria Luísa Teixeira, Maria Teresa Almeida, Mário Oliveira, P. Francisco José
Machado, Palmira Santos, Paula Isabel Santos, e José Tomé.
São todos estes, cada qual no jeito e modo de ser e pensar, que fazem do nosso BIP um jornal respeitado, aqui e
além paróquia.
Para todos os meus desejos de um próspero 2015, com muita inspiração para a escrita e alguma pressa no envio
dos trabalhos a tempo e horas.
Manuel Machado
LIVRO A LIVRO
A FORÇA dos DIAS
Redescobrir as Virtudes
Pertencemos ao grupo de pessoas que ouvia, através da rádio Renascença, o programa Com
Princípio, Meio e Fim. Já lá vão uns anos que tal programa terminou, mas os seus autores – Doutor
Henrique Manuel e o Padre VascoPinto de Magalhães – oferecem-nos agora, por escrito, parte desses textos, coletados em livro.
Na FORÇA dos DIASpodemos, pois, relembrar e redescobrir esses diálogos vivos, cativantes e
enriquecedores sobre temas como: as virtudes teologais - Fé, Esperançae
Caridade; as virtudes morais: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança; e ainda outras dimensões da nossa condição humana como o perdão e a paz, a alegria, educar para o otimismo, a
coragem,a fidelidade, a paciência, a humildade, a obediência.
Ensina-nos o Padre Vasco: as Virtudes são forças interiores que alimentam as relações construtivas, com os outros, com o mundo, com Deus e consigo próprio… levam-nos a acreditar na vida e
em todas as vidas …levam-nos a fazer o Bem, bem feito.
E são palavras do Doutor Henrique Manuel: Revisitar as virtudes não é coisa do passado, é
mergulhar no grande e prodigioso oceano da vida. É questionar a força que move e acorda os dias.
E para rematar este apontamento sobre a Força dos Diasselecionamos, ainda, estas palavras do Prefácio escrito por
José Eduardo Franco: Estar sempre de partida, disposto a recomeçar, é esse o grande desafio do Evangelho que este livro
grita aos nossos ouvidos e escancara diante dos nossos olhos para que a nossa mente se torne a iluminar e o nosso coração se aqueça outra vez na esperança ativa de um mundo melhor.
Maria Teresa e Maria Fernanda
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4
EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR
A Equipa Paroquial reuniu-se. O Casal responsável apresentou o plano de ação para este
final de Ano: Preparar o Presépio ao Vivo, a Festa da Sagrada Família e Festa dos Reis.
A Equipa, remodelada com dois novos casais, também já começou a idealizar a festa da
apresentaçãos dos meninos e meninas ao Senhor.
E. P.P.F
Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes;
Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa;
José Sousa; P. Domingos Jorge
Contactos:
917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943
966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881
229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619
www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue
Dado que o plano pastoral lançado à Diocese como caminho a viver aponta para "A alegria do Evangelho é nossa
missão" vamos, como equipa, refletir e agir em sintonia e colaboração com todos os sectores da vida da paróquia.
A Família é um projeto do amor de Deus. A Equipa vai procurar lembrar de muitas maneiras este projeto.
Festa da Sagrada Família
Foi em verdadeira comunhão e partilha, que no dia da
Sagrada Família, foi dada às famílias da Paróquia da Maia, a
possibilidade de repartirem o pão.
Esse pão, juntamente com uma oração, foi levado ao
altar, abençoado e distribuído no final da Eucaristia, para que
na casa de cada um, fosse repartido por todos.
Neste gesto simbólico, interiorizamos o quanto é importante não nos fecharmos em nós próprios. Mostra-nos
a necessidade de abrirmos os nossos corações ao próximo
e caminharmos lado a lado à descoberta do sentido da vida.
Na partilha encontramos a harmonia. Vivamos em harmonia familiar. Em família festejemos as alegrias e suportemos as tristezas.
A família é um meio conservador da fé, através da sinceridade, da compreensão, da entreajuda, do diálogo, do
perdão.
Todos necessitamos da misericórdia e do perdão do Senhor nosso Pai. Façamos Oração em família.
Senhor, dá-nos a graça de viver em união.
Júlia e José; Fernando Jorge e Regina
A partilha dos paezinhos
No moemnto do Ofertório foram levados ao altar
e, foram abençoados e, à saída das Eucaristias Paroquiais,
foram oferecidos para serem repartidos em casa. Todos
foram convidados a colaborar oferecendo a quantia que
quisesse pelo paozinho que, colocado num saquinho tinha
junto uma oração sobre a família para ser rezada em casa.
Regista-se a verba de 675,80€ que será dádiva para o Lar
de Nazaré que é Obra para a Família. e que em breve abrirá
as suas portas.
ARTIGOS RELIGIOSOS NAS NOSSAS IGREJAS
Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da
Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:
PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.
MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho
Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);
PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia;
S. Miguel (2 faces)
TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia
e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.
CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃ
BÍBLIA SAGRADA
Medalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da
Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela
Igreja. - Estes artigos religiosos estão á venda nos cartórios das nossas Igrejas.
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SÓ OS HUMILDES SEGUEM A SUA ESTRELA
"Vimos a Sua estrela e viemos adorá-Lo." É, na realidade, esta a atitude de quem quer encontrar o Senhor,
de quem O quer adorar, de quem O quer servir. Não
é outra a atitude daqueles que dizem sim, ao aceitarem
participar na encenação do Presépio ao Vivo e na da
Epifania do Senhor.
São já inumeráveis, porque da memória já não se
tira a não ser pesquisando nas fotografias, e porque os
anos também já são bastantes, os nomes de todos os
adultos e crianças que foram dando vida às figuras do
Presépio e às personagens dos textos da mensagem de
cada Natal do Presépio ao Vivo e da Festa dos Reis, na
nossa paróquia ao longo dos últimos 15 anos.
Sinto que todos os que foram dizendo sim, todos
os que tiveram a coragem de dar a cara, mostraram
nos seus gestos a humildade semelhante á dos pastores ao escutarem o Anjo e a alegria a exemplo dos reis
magos ao seguiram a estrela.
Não é fácil as pessoas prestarem-se para estes papéis. Pois não é nada fácil colocarem-se perante uma
assembleia que, talvez, com menos atenção á mensagem estará a observar as capacidades dos representantes. E afinal de contas, a possibilidade de demonstrar
as capacidades ou habilidades de cada um é muito reduzida, pois as pessoas aceitam colaborar nas representações quase não tendo ensaios para tal. Tudo se
concretiza com a idealização do papel de cada um em
dois breves ensaios de noites anteriores ao Natal, pelo
que não há qualquer hipótese de decorar os textos e
nunca foi possível juntar todos os intervenientes num
dos ensaios. Para a representação da visita dos reis ao
Presépio, na Epifania do Senhor nem sequer se faz ensaio, tudo é combinado um pouco antes da hora da
missa. A facilidade de improvisar é fundamental, não
só pelas condições do espaço, pois está-se no altar de
uma igreja e não num palco, onde falta logo á partida equipamento para a captação das vozes, fator que
é determinante na qualidade como a mensagem será
bem ou mal captada e o resultado da encenação será
melhor ou pior, mas nunca o será muito bom,
Sei bem que qualquer das pessoas que colaborou
alguma vez ou mais não o fez para ser visto por vaidade. Muito pelo contrário, só com humildade e espirito
de serviço a Jesus, o fizeram.
Nunca me tinha decidido escrever sobre o meu reconhecimento a todos que, em tantos Natais, têm tido
a coragem, de se submeter aos olhares de uma igreja
cheia de gente e às criticas, quantas vezes negativas, de
quem só diz mal sem sequer imaginar a simplicidade
com que todos são preparados para a representação,
além de, aceitarem envergar roupas mais ou menos engendradas de figuras de Presépio e ler bocados de texto que, muitas das vezes, lhes foi dado minutos antes
de tudo começar.
Sem eles nunca do que já foi feito, através destes
anos, teria sido possível.
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Como eu lhes costumo dizer, no fim de cada encenação, eu não tenho como lhes agradecer, porque só o
Menino Jesus o pode fazer e Ele já os recompensou ao
abençoá-los com a vontade de colaborar no enriquecimento e na alegria da celebração do aniversário do
Seu Nascimento.
Para todos os que deram vida às mensagens e às
encenações do último Natal e da Festa dos Reis, peço a
Jesus que lhes conserve a alegria do encontro com Ele
durante todo o ano de 2015 para que vivam uma santa
felicidade e ajudem outros a vivê-la também.
A todos os que alguma vez colaboraram, desejo que mantenham uma feliz recordação e deixo um
imenso obrigada do fundo do coração.
Maria Luisa C. M.Teixeira
O Método Escutista
O Movimento Escutista tem uma
missão definida: educar, promovendo o
desenvolvimentodas crianças, dos adolescentes e dos jovens através de actividades recreativas ede serviço, de modo
harmonioso com a sua própria personalidade e com a comunidade em que vivem.
De que forma consegue o Movimento Escutista atingir a sua finalidade?
Consegue fazê-lo através do sistema
criado por Baden - Powell, entretanto
apurado e aprofundadodurante quase um
século, a que vulgarmente se dá o nome de Método Escutista. Estemétodo, a nossa forma de educar, é único e genial e
tem dado provas disso mesmo aolongo dos seus cem anos
de existência. Sem ele, não se pode verdadeiramente fazer
Escutismo.
Neste sentido, vemos que o Método Escutista, a partir da forma natural como as crianças,os adolescentes e os
jovens se relacionam, permite explorar diferentes opções
educativas,realçando o que eles aprendem uns com os outros e potenciando verdadeirasexperiências educativas, tais
como:
O alargamento de horizontes: o campo de acção e de
experimentação da criança/adolescente/jovem vai aumentado à medida que cresce;
O transporte da criança/adolescente/jovem da imaginação à realidade: os heróise heroínas não existem só em lendas, mas são indivíduos de carne e osso e omundo fictício
das histórias desafia a exploração do mundo real;
O crescimento em pequenos grupos: a relação com os
pares e a assunção deresponsabilidades são componentes
essenciais de um ensaio para a vida futuraem sociedade;
A interiorização de regras sociais (através do jogo e
dos valores universais):assim se desenvolve um código de
conduta próprio ao qual voluntariamente seadere;
O incentivo a ser cada vez mais e melhor, desafiandolimites e estabelecendonovas metas a alcançar;4Um ambiente privilegiado onde as conquistas e os erros possuem
igual valorpedagógico: a correcta aplicação do método proporciona a criação de um espaçoseguro onde as crianças/
adolescentes/jovens aprendem, erram e voltam aaprender
numa dinâmica de crescimento;
Uma relação de confiança com alguém que educa, preparando, apoiando, aconselhandoe encorajando.
(In Projecto Educativo do CNE)
Por uma Juventude Melhor - Palmira Santos
NATAL - Cantar das Janeiras
Ao longo de 10 noites, entre as 20h30 e as 23h, o grupo percorreu as ruas da nossa Maia. O grupo cantou e
encantou. O grupo, ao longo da caminhada, teve algumas paragens nalgumas casas que se anriram e ofereceram
um tónico em doces e bebidas. E, na última noite houve repasto festivo oferecido pelo casal Domingos e Maria
da Hora, no Godim .Somadas as generosidades das noites , nos bonés , havia 2.014,63€s que já saltaram para o
Banco, tendo em vista o Lara de Nazaré..
NATAL - Beijar o Menino Jesus
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7
Ânimo Renovado
“Ano novo, vida nova.”.
Esta é uma daquelas frases
tão proferidas na nossa gíria que me arrisco a dizer
que se trata de uma das
expressões idiomáticas típicas de qualquer língua, e
neste caso da Língua Portuguesa. Porém, e linguísticas à parte, creio que esta
expressão traduz, na boca de quem as profere, um desejo
animado e renovado, a cada ano, de proceder a alguma(s)
mudança(s) no seu início. Uns, de forma mais otimista e/
ou radical desejam “que o novo ano seja melhor que o
anterior”. Outros, talvez realistas e/ou contidos acreditam que “se este ano for como o anterior, já não estamos
mal”. No entanto, e pelo menos que me recorde ter ouvido alguma vez, não é habitual um cenário pessimista ao
estilo de “este ano vai ser certamente pior que o anterior”. Contudo, para que estes desejos se possam tornar
efetivos, é sempre importante olhar por cima do ombro,
fazer uma retrospetiva do ano que acabou de terminar,
balancear o positivo e o negativo (ou, vá lá, o menos positivo, já que estamos num período de maior ânimo) e fazer
novas apostas para os próximos 365 dias.
No dia em que escrevo este artigo, acordamos animados com uma notícia, vinda de Roma, que certamente a
todos os portugueses encherá de orgulho e nos deixará
com um sorriso no rosto, enquando a mesma ainda nos
soar a novidade: a eleição do Patriarca, anterior Bispo da
nossa Diocese do Porto, D. Manuel Clemente, pelo Papa
Francisco, para Cardeal.“D. Manuel Clemente integra um
grupo de 20 novos cardeais nomeados pelo Papa, durante
a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro
(…)” (Jornal Público). Destes, revelou o Papa Francisco,
15 serão cardeais eleitores, provenientes de 14 países diferentes, e constituirão “apoios especiais que o o Bispo
de Roma, o Papa, tem no exercício da sua missão da Igreja Universal”. (Rádio Renascença). Destaca-se ainda que
“pela primeira vez, foram nomeados cardeais da Birmânia,
de Tonga e de Cabo Verde, representando o desejo do
Papa Francisco de ter no Colégio Cardinalício representantes de natureza universal da Igreja” (Jornal Público).
Desta forma, tal distinção, deve significar para nós, neste
início de ano,mais um incentivo humilde (à imagem de
D. Manuel Clemente)para a nossa missão pastoral a que
cada um Deus continua a chamar diariamente.
Por fim, e como parte de balanço, embora o Tempo
de Natal ainda não tenha terminado, destaco a adesão
verificada pelas famílias de várias catequizandos da nossa
Comunidade no enriquecimento do Presépio Paroquial
com as fachadas das suas habitações. Dando resposta ao
desafio lançado pelo atual Bispo do Porto, D. António
Francisco, para a vivência deste Tempo de Advento/Natal, foram contabilizadas perto de 200 fachadas, a grande maioria proveniente destas famílias. Sendo certo que,
apesar de tudo, se tratarem de valores que não atingiram
os 50% de correspondência, ainda assim não deixam de
nos entusiasmar para este novo Ano! Um bem haja a todos os participantes!
Votos de um Próspero, Frutífero e Bom Ano 2015 a
todos os que, com o seu testemunho e dedicação, procuram anunciar Jesus!
João Bessa
O REI DO CORAÇÃO
Meus caros irmãos, espero
que tenham tido umas boas entradas neste novo ano de 2015.
Entradas com muita saúde e
uma visão próspera da vida.
Espero que estejam a ser visitados pelos reis magos da simplicidade com as prendas da humildade. O rei mago que traz o
mais puro e fino ouro, tão puro
como uma criança na sua simplicidade e na sua maneira humilde de olhar o mundo, desinteressado mas confiante no próximo. O rei mago que traz o
incenso para podermos caminhar para a santidade, podermos
apoiarmo-nos N´Ele nos momentos mais difíceis da nossa
vida. Incenso para nos purificarmo-nos nas faltas da nossa caminhada, como vale a pena tentarmos irmãos. O rei mago que
nos traz a mirra. Mirra para curarmo-nos das nossas feridas
da caminhada, e tantas feridas vamos colecionando durante a
vida, angustias, mal entendidos, até perseguições por termos
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8
escolhido o caminho mais difícil e radical, o amor. Seria muito
mais fácil ir pela calúnia, intriga, ciúmes e tantas outras formas
de guerrinhas que a nossa sociedade tanto vive, mas não! Escolhemos ser pelo amor, pela verdade, simplicidade e humildade. Caros irmãos que esta quadra tenha sido de bastante
felicidade interior, daquela que poem o coração aos pulos de
alegria. Que o Senhor fique convosco e tenham a ousadia de
anunciar como o seu amor é maravilhoso, em ações uns com
os outros, amigos e desconhecidos. Quero partilhar convosco uma oração que me toca o coração.« Senhor, que sois
meu amigo, pegaste-me pela mão. Irei convosco sem qualquer
medo até ao fim do meu caminho.Avanço convosco ao vento
e ao frio. Avanço nada me importa: levo-Vos comigo, no coração. Tudo é dança, riso e prazer. Mas eu continuo a avançar,
buscando o vosso rosto no meio da confusão. Caminharei
ligeiro entoando a minha canção. Sei que me esperais à porta
da vossa mansão. É aí que me encontro convosco. Tenho a
certeza.Vejo o vosso rosto e lá dentro a mesa posta para me
receberdes.»
«Padre Duval»
José Carlos Novais
CUIDAR DE SI MESMO
“Minha vida, meu tesouro”
Como fazia habitualmente, o Lolo
Yeye aproximava-se da escola com o
seu ar jovial, desportivo, e cativante, não
caminhando, como já fizera durante vários anos, mas na sua cadeira de rodas
que tinha comprado com o fruto do seu
trabalho diário, pois ele era professor.
O Lolo Yeye, que na língua Ewe significa “Novo Amor”, ficou com uma das
suas pernas paralisada, devido a uma infecção de que foi vítima e que lhe provocou uma atrofia dos músculos, impedindo-o de caminhar normalmente.
Como se pode compreender, a vida
do Lolo Yeye mudou radicalmente. Mas,
neste caso, não somente por se ver confrontado por um obstáculo intransponível,
mas sobretudo porque a sua nova forma
de viver o convidou a abrir-se a uma infinidade de outras oportunidades que a vida
sempre oferece aqueles que nela acreditam e que por ela se deixam cativar. Um
mundo nunca antes imaginado ou perspectivado começou a abrir-se diante dele.
Se é verdade que algo de trágico e
irreparável aconteceu, como que se as
raízes de uma flor a desabrochar cheia
de vida e de sonhos de esperança fossem cortadas e a desligassem da fonte
da vida, não é menos verdade para o
Lolo Yeye. Esta rotura inesperada e indesejada não foi um fim dos sonhos de
uma vida de felicidade. Pelo contrário,
foi o início de um processo que desabrochou e floriu, levando a uma nova
vida cheia de valor, dignidade e beleza
A vida humana é como o tesouro
mais precioso do mundo que está no
lugar onde nós menos esperamos; é infinitamente superior ao ouro mais puro
que se encontra no coração do mundo,
por vezes ainda a mais de 2000 metros
de profundidade, ou como o petróleo,
esta fonte de energia tão preciosa para
a nossa vida humana cá na terra, mas
que se encontra no mais profundo dos
mares; ou ainda como as pedras preciosas, tão singulares na sua beleza e atrac-
ção se bem que frequentemente tão
minúsculas, quase escapando ao olhar
mais desatento.
A vida humana pode também ser
vista como uma rede que pode ser
lançada ao mais profundo do mar que,
quanto mais profunda é lançada e mais
aberta está, maior é a possibilidade de
trazer consigo tesouros já existentes
mas cuidadosamente escondidos. O
Lolo Yeye agora não caminha, mas ainda
é capaz de, com o seu sorriso e compromisso, manifestar a todos o seu entusiasmo e gosto pela vida.
O seu olhar reflectia claramente a serenidade e a alegria que o inundava. Isto
foi claro na festa que o Lolo Yeye ajudou
a organizar no hospital da Missão Católica de Kuve, Togo, com as três escolas da
zona. É claro que tinha sido Lolo Yeye que
tinha tido e proposto esta ideia de alegrar
os doentes do hospital com esta exibição
de talentos, a fim de melhor celebrar o
Dia Internacional do Doente.
Foi maravilhoso vibrar com a coragem, a criatividade e a perícia das dezenas de adolescente e de jovens que se
exibiram nos diversos pavilhões do hospital. Era uma sintonia muito especial,
estreita e arrebatadora de energia que
se movimentava entre os doentes e os
alunos das escolas de Kuve. Por algumas
horas não houve nem dor, nem lágrimas nem sequer mal-estar. Muito menos se notava a mais pequena sombra
de tristeza ou do sentir-se abandonado,
desprezado ou inútil. Nesse momento
todos se sentiram úteis e iguais; a barreira que parecia intransponível levantada pela sociedade entre o mundo dos
doentes e dos saudáveis tinha, mais uma
vez através da solidariedade e do amor,
sido destruída desde as suas fundações
do egoísmo, indiferença e utilitarismo.
O sonho do Deus que me deu gratuitamente a vida, que me conhece e me
ama assim como sou, é que eu seja feliz
e que esta minha felicidade cresça de
dia para dia. É na minha felicidade e realização pessoal que a glória de Deus se
manifesta mais clara e eficientemente. O
Lolo Yeye sempre se recusou a permitir
que uma limitação do seu corpo e sobre
a qual ele não tinha qualquer controle, o
impossibilitasse de procurar e de construir a sua felicidade e a de tantos outros que vivem a seu lado e que ocupam
o seu coração.
Todos nós já experimentamos de
uma maneira ou de outra as limitações e os sofrimentos que as doenças
nos causam. Mas a atitude escolhida e
assumida perante estas limitações ou
obstáculos é que decide última e decididamente as consequências últimas
da doença que debilita os nossos corpos mas que não pode fechar as portas
de uma realização humana. A abertura
à vida é a atitude que motivada pela
criatividade e confiança pode levar-nos
a muitas novas condições e situações
antes descartadas ou ignoradas. Como
diz o ditado popular, quando uma porta
se fecha, muitas janelas se abrem. A vida
sempre nos oferece inúmeras possibilidades de construir sobre o real, mesmo
por muito feio, triste ou perdido que ele
se possa apresentar.
Como aconteceu com o meu grande
amigo Lolo Yeye, o ser humano é chamado a acreditar e a apostar no mundo das
aventuras, dos sonhos e dos horizontes
largos que se abrem e alargam progressivamente, à medida que nos abrimos, acreditamos, esperamos e nos empenhamos.
Esta história do Lolo Yeye certamente que é a história de tantos jovens
doentes que o nosso mundo parece ter
ignorado. Mas souberam não perder a
coragem e a esperança. Não pararam de
sonhar e assim a sua vida se renovou. A
confiança inabalável do doente que sabe
que a sua vida é um projecto do amor
de Deus que exige um compromisso
pessoal pela transformação do mundo.
P.Francisco Machado,
Superior dos Combonianos da Maia
PRESÉPIO AO VIVO - DIA DE NATAL
A novidade deste ano, foi a encenação da
Homilia do Papa Francisco, sendo ele ainda
Arcebispo de Buenos Aires, na noite de 24
de Dezembro de 2010. Faz pensar e motiva
à transformação da vida que tem de espelhar
pela simplicidade, pela humildade, pelo
reconhecimento da dignidadeq2ue tem por
tema: A Festa do Encontro. "Esta é a noite
das surpresas..." E foi mesmo...Não se pode
buscar o Menino onde Ele não se encontra,
mas deve-se procurar em tudo o que seja
"amor, mansidão e bondade"
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 9
O MEU NATAL NA GUINÉ
Li, há pouco tempo a estupenda biografia do Padre Jesuíta Pedro Arrupe. Nela vinha uma página que responde
perfeitamente a uma pergunta que cada um de nós faria em
idênticas circunstâncias: que fazer no meio duma catástrofe,
sem apoios de ninguém? Que fazer quando parece que não
há nada a fazer porque tudo à nossa volta se desmorona, até
o nosso corpo ou a nossa alma.?
Esta é uma questão que inquieta e angustia muita gente,
quando se encontra em situações dramáticas, quando parece que tudo à nossa volta se desmorona e não há, aparentemente, qualquer solução. Vivi uma situação assim quando estava na tropa, na Guiné Bissau, no tempo da guerra.
Fomos atacados já noite escura por foguetões que vinham
de muitos quilómetros de distância. Já era noite, estávamos
todos dentro do quartel quando rebentaram lá dentro quato foguetões. Um caíu junto à messe dos oficiais e matou
um soldado quando se abrigou junto de uma parede. Um
foguetão rebentou junto à casa em que eu vivia com mais
três colegas. Tinha uma vala funda encostada à minha janela.
Atravessei o quartel na máxima velocidade possível para
me abrigar lá dentro. Era um sítio muito seguro. Quando
cheguei e me quis abrigar nesse local , porque era, aparentemente, um local seguro, dei com um soldado no fundo da
vala, mas cortado a meio, com a cabeça junto dos pés. Apanhei um susto terrível. Creio que nessa noite bati o record
de velocidade até chegar á messe dos oficiais. Durante uma
semana dormimos ao relento junto a uma vala, para nos
abrigarmos se fosse preciso. Foi uma semana horrivel, de
medo, de angústia, de abandono. Senti-me muito pequenino
no meio duma profunda angústia e impotência, sem qualquer meio de me proteger. Não desejo a ninguém, nem ao
meu pior inimigo (não tenho nenhum!) uma situação destas.
Entretanto no meio dessa angústia permanente, tive uma
atitude inesperada mesmo para mim próprio:Tinha comprado, há algum tempo um deck para ouvir música em cassetes. Comecei a dormir novamente na minha casa dentro do
quartel, já que cheguei à conclusão que tanto fazia morrer
ao ar livre acordado, como morrer dentro de casa a dormir.
Assim, à noite deitava-me de arriga para o ar, punha os auscultadores nas orelhas, ligava o deck de cassetes de música
clássica e deitava-me descontraí-do, na medida do possível.
Entretanto adormecia a ouvir música. Quando acordava, de
noite, tirava os auscultadores das orelhas e dormia profundamente até ser dia. Fazia o seguinte raciocínio. Não vale
a pena abrigar-me numa vala. Vou dormir tranquilamente e
dormir se for possível. É verdade que dormia profundamente. Quando acordava virava-me para o outro lado, retirava
os auscultadors dos oiuvidos e voltava a adormecer. O meu
raciocínio verdadeiro foi sempre este: vou dormir descontraído. Não posso fazer nada para evitar esta situação, mas,
se morrer, ao menos morro contente com a música que
estou a ouvir. Nos meses que se seguiram até terminar o
meu tempo de Guiné, foi esta a minha receita e o meu propósito. Não endoideci e pude regressar à metrópole dentro
do meu perfeito juízo, sem traumas psicológicos ou outro
tipo de maleitas que me pudessem surgir.
Mário Oliveira
.
A alegria e simplicidade do Natal
Natal – prendas, desejos, bolo-rei, tradições,
compras, roupa nova, os
preparativos de última da
hora, uma prenda esquecida, um postal, um e-mail,
uma sms, um telefonema,
um abraço de boas-festas,
o pai-natal e o seu “oh, oh,
oh”, uma decoração com
velas, a árvore com bolas
e luzes, as luzinhas nas janelas, os pais-natais pendurados nas varandas. Eis
algumas das características com que etiquetamos
o Natal. Tudo, tudo o que
possa alegrar-nos num espírito de Natal material, que nos
faça esquecer as frustrações do dia-a-dia. E deixamo-nos
envolver nesta euforia enganosa. O jantar de confraternização do trabalho, do grupo de amigos, dos amigos dos filhos,
dos antigos colegas da escola, do grupo do ginásio, da paróquia e muitos outros… A ida ao circo, a um concerto ou até
mesmo ao cinema. Tudo isto nos lembra Natal…
E, na noite de vinte e quatro ceamos com a família. A
casa quentinha e a família reunida para o serão à volta da
lareira. Quase todos de telemóvel em riste para o envio
das benditas mensagens… É assim que quase todos nós vivemos o Natal! É bom estar com a família num ambiente
que não “cheira” a correria nem pressa. É bom estar com
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 10
os nossos numa noite de calmaria. Com muitos dos nossos
que não vemos há muito tempo ou nos vamos vendo “de
relance”. Mas o Natal não pode ser “só” isto! Precisa de ser
muito mais. Precisa de ser dentro de nós. Precisa de ser o
sentir o Menino nascer, em cada Natal, no nosso coração.
Precisa de ser o nascermos de novo, sem culpas, sem ressentimentos e sem pecados.
No nascer de novo do nosso coração está o viver a
eucaristia no dia de Natal. Com simplicidade, com leveza
de coração, com a alegria de descobrir o Recém-Nascido e
ajoelharmos a Seus pés. É o viver o Natal na família alargada
que é a nossa paróquia. Assim, na eucaristia das onze horas
do dia de Natal, presidida pelo Sr. Bispo Emérito de Leiria-Fátima, D. Serafim, dignamente acolhido pelo nosso pároco,
o Sr. P.e Domingos e em que participaram o Sr. P.e José Sousa dos Missionários Combonianos, e o Sr. Diácono José Pereira, da nossa paróquia, vivemos a alegria e simplicidade do
Natal. Numa celebração singela mas envolvente e calorosa,
tendo como pano de fundo a dinâmica de Advento-Natal da
nossa diocese, sentimos nascer de novo o Menino no nosso
coração. Ele estava ali, mesmo no centro da nossa vida, em
palhinhas deitadinho, fazendo-nos lembrar a fragilidade da
nossa humanidade. Ali estava Ele, de braços abertos a acolher as nossas culpas, os nossos defeitos, a nossa alegria e
nossa vontade de fazer melhor. É Ele o nosso Natal!
Para completar a alegria desta eucaristia a homilia proferida pelo Sr. Bispo foi simples e tocante. E, para quem se
lembra, pode completar a sextilha: “Na vida de toda a gente
vai uma cruz na frente como na procissão…”
Conceição Dores de Castro
INCERTEZAS EUROPEIAS EM 2015
É já um lugar-comum dizê-lo, mas
vivemos num tempo de permanente
mudança social, económica e
política e, pior que isso, onde é
cada vez mais difícil fazer previsões
em tais domínios. O ano que agora
iniciamos promete, mais do que os
que o precederam, cumprir esses
pressentimentos. O tema permite,
naturalmente, múltiplas abordagens.
Mas vamos cingir-nos ao campo da
política, por ser, ela própria, causa
e consequência de todos os outros.
Não vamos abordar aqui o problema
chamado Rússia e o seu conflito
com a Ucrânia e, por via disso, o
diferendo que tem com a União
Europeia (U.E.). Um problema que
pode ser explosivo e contaminar
toda a política e economia europeia
e mesmo mundial. Sabendo-se,
porém, como a oligarquia política
russa está dependente das receitas
do petróleo, temos todos aqui
no ocidente a esperança de que
a significativa queda dos preços
do “crude” enfraqueça o poder
económico e político dos mandarins
de Moscovo e dos seus aliados. E,
já agora, pelas mesmas razões, o
mundo democrático e tolerante,
está à espera que a capacidade militar
do chamado “Estado Islâmico” fique
substancialmente
enfraquecida,
sabido que é que as suas receitas
dependem quase exclusivamente
das vendas de petróleo no mercado
negro.
Na União Europeia as incertezas
estão relacionadas com os quatro
processos eleitorais a decorrer
durante o ano, na Grécia, Espanha,
Reino Unido e Portugal, os quais
arrumo em três planos diferentes.
O caso português, a avaliar pelo
que é conhecido das sondagens e
estudos de opinião, é seguramente
o que comporta menos incertezas.
Está essencialmente em causa saber
se haverá uma maioria absoluta
e governo de um só partido, se
um governo de “bloco central”,
ou se um governo de uma outra
qualquer geometria, mais ou menos
variável. Apesar de qualquer das
soluções, pelas diferentes opções
que comportam, não ser neutra a
respeito do futuro do nosso país,
não é previsível nenhum terramoto
capaz de abalar o “status-quo” dos
partidos tradicionais, apesar do
surgimento de vários movimentos,
quer de carácter populista, quer
de um novo tipo de esquerda,
designadamente urbana.
Os casos espanhol e grego têm
muito de comum pois que, a avaliar
pelas sondagens e estudos de
opinião, existe uma probabilidade
considerável de os partidos
tradicionais serem relegados para
segundo plano e chegarem ao poder
partidos nascidos dos movimentos
de “indignados”, convocados por
telemóvel, e-mail e redes sociais.
Partidos que têm essencialmente
uma cultura de protesto e uma
matriz intelectual e de esquerda –
mas de uma esquerda que não se
reconhece nos partidos socialistas
ou comunistas tradicionais. Tal é o
caso do “Podemos” em Espanha e
do “Syriza” na Grécia. Ambos estes
partidos/movimentos têm como
lastro unificador a contestação
das medidas de austeridade e das
dívidas públicas, defendendo a sua
renegociação, perdão parcial ou não
pagamento. Mas não a saída do euro.
Vai ser, assim, interessantíssimo, do
ponto de vista da ciência política,
assistir à forma de governação destas
novas forças e, designadamente,
observar como é que conseguirão
fazer a quadratura do círculo: não
pagar a dívida publica, permanecer
no euro, acabar com as medidas de
Arlindo Cunha
austeridade e controlarem a dívida
pública sem aumentar os impostos.
As eleições no Reino Unido
trazem-nos uma outra frente de
problemas. Trata-se do crescente
ascendente do chamado Partido da
Independência (UPIC) que advoga
a saída do país da U.E. Como
boa parte do crescimento deste
partido foi conseguido à custa
de votos do tradicional Partido
Conservador (ConservativeParty),
este tem reforçado a sua estratégica
eurocéptica para tentar evitar mais
fugas de votos para o UPIC, tendo
prometido, designadamente, um
referendo para a população decidir
se quer sair ou permanecer na União
Europeia. Ora, independentemente
do resultado das eleições, estamos
perante o facto inédito de um
partido tradicional e convencional,
que ainda por cima está neste
momento no Governo, colocar
politicamente a questão da saída da
União. E para além desta questão, já
de si carregada de significado, existe
mesmo a possibilidade real de,
com a crise a pressioná-los todos
os dias, os cidadãos, acicatados
por discursos políticos populistas,
responsabilizarem a U.E. por este
estado de coisas. Assumindo, assim,
que eles não existiriam se os
Estados estivessem de fora dela.
Como estamos em início de ano, é
o tempo adequado para formular o
voto de que os cidadãos europeus
tenham discernimento…
S.MIGUEL DA MAIA - Pág.11
Renovação do encontro com Jesus Cristo
Dando continuidade à reflexão sobre a primeira exortação apostólica “EVANGELII GAUDIUM”, debruço-me nesta
edição sobre esse primeiro relevante documento do Papa
Francisco, para que renovemos o nosso encontro com Cristo.
Comecemos então pela força com que o Papa, usando
palavras simples, mas carregadas de significado, nos endereça
a sua convocatória:
“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação
que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro
pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão
de se deixar encontrar por Ele, de o procurar dia a dia sem
cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este
convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo
Senhor ninguém é excluído».
Sublinho com particular ênfase, a frase que a seguir
transcrevo:
- “…Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando
alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre
que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada…”.
De forma muito esclarecida e singela, o Papa faz notar
aos crentes, que mesmo quando nos afastamos de Deus, a
sua Misericórdia permanece, para nos receber de braços
abertos, sempre que quisermos voltar ao seu encontro.
Num certo momento, Francisco, o Papa do sorriso, faz
notar:
- “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos
cansamos de pedir a sua misericórdia. Aquele que nos convidou a perdoar «setenta vezes sete» (Mt 18,22) dá-nos o
exemplo: Ele perdoa setenta vezes sete.Volta uma vez e outra a carregar-nos aos seus ombros. Ninguém nos pode tirar
a dignidade que este amor infinito e inabalável nos confere.
Ele permite-nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma
ternura que nunca nos defrauda e sempre nos pode restituir a alegria. Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca
nos demos por mortos, suceda o que suceder. Que nada
possa mais do que a sua vida que nos impele para diante!...”.
Creio que com estas enriquecedoras palavras que o
Papa Francisco nos dirige, inspirado na Palavra de Deus, poderemos reflectir intimamente, encontrando nelas, o chamamento e o sentido para uma vida que Cristo nos convida
a viver.
Diria que esta é, porventura, uma boa interpelação para
começarmos e continuarmos, neste ano de 2015. Victor Dias
Palavras com significado muito apropriadas ao momento
Transcrevemos aqui, o discurso do Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal da Maia, Eng.º António Silva Tiago, proferido no concerto de Reis,
evento artístico solidário, a favor das conferências vicentinas da Vigararia
da Maia, que teve lugar no grande auditório do Fórum da Maia, a 3 de Janeiro.
“ Caríssimos senhores párocos, caríssimos autarcas, caríssima Sr.ª Vereadora da Ação Social, Dr.ª Ana Miguel Vieira de Carvalho e caríssimos
amigos!...
Estamos hoje aqui, neste 3º dia do novo ano de 2015, todos reunidos
para celebrarmos a solidariedade.
Guardo como convicção profunda, que a solidariedade é uma responsabilidade de todos.
De todos, porque a ninguém é dado o direito de ignorar a sua responsabilidade social, diante quem experimenta dificuldades e privações.
Como Cristão, que também sou, a solidariedade é muito mais do que
isso, é Caridade Cristã.
E a Caridade, quer dizer, o verdadeiro amor fraternal, não nos permite
desistir do próximo, bem pelo contrário, impele-nos a estar ao seu lado em
todos os momentos. Nos bons, mas sobretudo nos mais difíceis e adversos.
Em nome da Câmara Municipal da Maia, agradeço às conferências e aos
vicentinos, todo o trabalho que discreta e generosamente levam a cabo, em
prole dos mais desfavorecidos.
E também vos agradeço o facto de terem proporcionado às crianças
do Coral Infantil Municipal dos PEQUENOS CANTORES DA MAIA, a
oportunidade de participarem nesta festa, contagiando-nos com a sua alegria e musicalidade.
Estas crianças, além de encherem os nossos corações, têm deste modo, o ensejo de aprender, experimentando, o valor da Caridade Cristã, e da felicidade que isso
nos transmite.
Saúdo também a Orquestra Ligeira da Banda de Música de Moreira da Maia, pela sua generosa adesão a este
Concerto de Reis.
A todos, desejo um ano de 2015 pleno de excelente
saúde e agradeço a vossa presença neste evento, ajudando a construir o sentido de comunidade e de pertença.
Um grande bem-haja a todos!...”.
António Silva Tiago
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 12
Tempo de Natal
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13
Celebrar e não esquecer
Desde 1957 que, por decisão da Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), a UNESCO implementa, dentre os países que aderem às
campanhas, o chamado Ano Internacional.
A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 68º Sessão, declarou o dia 5
de dezembro o Dia Mundial do Solo e 2015 o Ano Internacional dos Solos.
2015 foi, por decisão da mesma Assembleia, também declarado como o Ano
Internacional da Luz, em reconhecimento à importância das tecnologias
associadas à luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de
soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e
saúde.
Não que seja expectável que alguém se lembre, mas, já fiz, neste espaço,
pelo menos por duas vezes, referência aos anos internacionais declarados pela
Organização das Nações Unidas. Um artigo, em 2004, sobre o Ano Internacional
do Arroz e um outro, bem mais recente, em 2013, sobre o Ano Internacional
da Cooperação pela Água. Fi-lo e volto a fazê-lo, por acreditar que esta é uma
instituição credível na defesa dos padrões de vida dignos, dos direitos do homem
e das crianças, da paz, da tolerância, do ambiente e do planeta, do conhecimento
ao serviço da humanidade, da cultura e da diversidade.
É muito interessante analisar a lista dos anos internacionais. Por um lado,
a lista dá-nos pistas sobre os vários momentos e períodos que vão fazendo a
história recente do Homem. Por outro, vai revelando preocupações, sensibilidades
e novos problemas. Provavelmente, é significativo que o arroz tenha sido alvo
de dois eventos, um em 1966 e outro em 2004. Como será admirável, embora
não verdadeiramente surpreendente, que os anos de 1978 e 1982 tenham sido
exclusivamente dedicados ao combate à política segregacionista da África do Sul.
Os anos internacionais procuram sensibilizar, mobilizar, motivar, educar
para a mudança, implicando novas formas de olhar, novas formas de abordar os
problemas. A tónica, para mim, reside, verdadeiramente, no educar. Educar para
a tolerância, para o voluntariado, para a solidariedade, para o respeito, para a
conservação, para a cooperação,... Educar para aquilo que nos torna grandes.
Grandes nos pensamentos e nas atitudes, porque nos obriga a respeitar a vida.
E nesse sentido, os anos internacionais já visaram os refugiados, os semabrigo, os povos indígenas, a pessoa com deficiência, as crianças, a juventude e a
família. Anos houve em que ao instituí-los procuraram mobilizar e motivar para
as questões relacionadas com o planeta, ambiente, alimentação e sustentabilidade,
com eventos conseguidos nos anos internacionais da Geofísica, do Planeta
Terra, da Semente, do Arroz, da Água Potável, dos Oceanos, dos Desertos e
da Desertificação, das Montanhas... . O conhecimento e a cultura, como base
do desenvolvimento integral do ser humano, estiveram em destaque em anos
internacionais como os dedicados ao Monumento, à Educação, ao Livro, ao
Património Cultural, à Alfabetização...
E assim, ainda que pareça um pouco em jeito de revista dos anos passados, se
bem que a dar as boas vindas a um ano novo, seria desejável que anos como o Ano
Internacional da Mobilização contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia
e todas as Formas de Intolerância ou o Ano Internacional da Erradicação da
Pobreza não precisassem de serem repetidos.
Votos sinceros para que saibamos como e sejamos capazes de dar o nosso
melhor contributo para que 2015 seja um ano excelente!
Paula Isabel
Um novo ano começa…
No início do novo ano, todos fazem desejos que querem ver concretizados
durante o novo ano. Todos expressam as suas aspirações para mais um ano e ninguém fica indiferente a esta tradição.
Tal como acontece todos os anos, o Papa Francisco realizou o seu primeiro
Ângelus no primeiro dia do ano. Num discurso com foco principal na irradicação
da escravidão moderna, o Papa Francisco afirma que na raiz da paz está sempre a
oração. O Sumo Pontífice apelou, também, para a associação de religiões e culturas para que seja possível aniquilar este problema.
Assim, desejo que este ano seja um ano melhor que 2014, com mais amor e
paz, saúde e união.
Maria Lúcia
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 14
E se o Ano fosse Novo!?
Se fosse a levar a sério
Os desejos de Boas Festas
Pensava que o Natal
Já não fazia parte destas.
E que o próprio Ano Novo
Não é mais que um réveillon
E que os desejos de Bom Ano
Estavam fora de questão?!
Vi estrelas luzirem no céu
E um sino badalar
Ouvi um coro celestial
Eram anjos a cantar
Mugidos vindos de um curral
Que guardava animais
A correria dos pastores
E os sons celestiais?!
Depois estrondaram foguetes
Num adeus ao ano velho
Rompeu música e bailarico
Na receção ao fedelho
Despejaram-se barris
De bebidas espirituosas
Baloiçaram-se os quadris
De gordos e de jeitosas.
De volta ao meu silêncio
Senti um ruido enorme
Na bagunça das noitadas
Enquanto outra gente dorme
Eram potentes motores
A caminho dos hospitais
Passageiros e condutores
Dopados ou ébrios demais!
Divertiu-se o dia um
Dum Ano que se diz Novo
Mas é do senso comum
-Continua o mesmo povo.
Os mesmos procedimentos
E maneiras de pensar.
Vivamos também a passagem.
-Vamos todos renovar!?.
…Para ver se os políticos
Ficam muito mais autênticos
Para ver se as cadeias
Ficam muito menos cheias
Para ver se a sociedade
Mostra muito mais verdade
Para ver se o ser humano
Deixa de ser um engano.
Então sim. O Ano Novo
Passaria a ser diferente
A soberba e a avareza
Estaria mais ausente
O Natal prolongava-se
Quase, quase eternamente
E na próxima passagem
Há réveillon p’ra toda a gente
Henrique António Carvalho
IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE
Nª Sª DA MAIA
E OBRAS PAROQUIAIS
Em Dezembro recebeu-se
-se trabalhando para que o Lar possa abrir quantio antes. Que todos espalhem a notíca, pois há quem não vá à
Eucaristia e pretende os serviços do Lar.
É um apoio à família.
Dezembro - 2º Domingo 405,03;3º Domingo 481,20 4º Domingo 419,18
Natal ; Janeiro : Ano Novo 322,66; 1º Domingo 521,60; Vários 415,97
Condomínio Plazza 100,00 ; Luciano e Dalila (Alfena - BIP)-25,00
OFERTAS - Dezembro
CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
LAR DE NAZARÉ
PLANOMAIA
Transporte.............................................................352.295,87
3425 - José Ribeiro Adrianio......................................................250,00
3426 - José Dias da Silva...............................................................50,00
3427 - Elisa Azevedo........................................................................10.00
3428 - Mário Chaves....................................................................... 15.00
3429- Fernanda Ferreira.............................................................. ...20.00
3430 - Eng. José Carlos Vasconcelos Fonseca..........................150,00
3431 - Eng. José Álvaro Miguens e esposa...................................80,00
3432 - Maria Adelaide Moreira dos Santos ...............................30,00
3433 - Alguém ..................................................................................10,00
3434 - Maria Leonilde Bettencourt.................................................20,00
3435 - Dra Eugénia Mendes Teodoro...........................................60,00
3436 - Eng. Carlos Alberto Costa ..............................................100,00
3437 - Joaquim V. Azevedo ...............................................................5,00
3438 - Bristol School - Instituto de Línguas da Maia...............1.000,00
3439 - DIA FAMÍLIA.(Paezinhos) EPPFamiliar......................... 675,80
3440 - JANEIRAS.........................................................................2.014,63
3441 -Nas Bodas de Ouro de Olívia e José Luís ................ 530,00
ATransportar .................................................... 357.316,30
Nota: A D. Olívia e o sr. José Luís celebraram as Bodas de
Outo Matrimoniais e disseram-me: Escrevemos aos convidados que tudo o que quiserem oferecer será destinado
ao Lar de Nazaré. Entregaram já 530,00, um prsépio e as
Imagens da Sagrada Família.
Sensibilizou-me esta atitude. Deus os abençoe.
Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE
NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o
Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045
1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .
Após a transferência indique-nos o NIC para lhe
passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.
Côngrua Paroquial
O Pároco não tem ordenado. Vive do que lhe oferecem. Esta
oferta tem o nome de Côngrua Paroquial. É um dever de todo
o Paroquiano.
Há muitíssimos que se esquecem de o fazer, mas dizemse cristãos cumpridores das suas obrigações. Isto não é uma
esmola que se dá...Pode entregá-la nos Cartórios Paroquiais
ou entregar ao Pároco. Tudo fica registado na ficha pessoal
(família).
O LAR DE NAZARÉ
As inscrições estão abertas para Centro de Dia e para
o Apoio Domiciliário. Até hoje ainda há muitíssimo poucas.
Continua a fazer-se o anúncio.. Não se está parado, mas vai-
OFERTAS - ESTÁTUA DE SÃO JOÃO PAULO II
Alguém....................................................................................................120,00
A Transportar ............................................................19.200,00
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15
Pela Cidade...
Os primeiros dias de 2015
trouxeram-nos uma boa notícia,
relativa ao ano anterior. Feitas as
contas, verificou-se que o número de nascimentos cresceu em
Portugal, pela primeira vez nos
últimos três anos. Interrompeu-se, assim, um ciclo de declínio
da população portuguesa que
tem vindo a verificar-se de forma
consistente ao longo das últimas
décadas. Mesmo que tímido, o
aumento da taxa de natalidade
tem um significado especial, não
só porque o equilíbrio geracional é salutar para a sociedade,
mas sobretudo porque pode constituir um sinal de que os
portugueses começam a ter alguma esperança e parecem
querer confiar no futuro.
É certamente uma evidência, mas talvez não seja descabido recordar, nos tempos nebulosos e paradoxais que
vivemos, que sem portugueses não pode haver Portugal.
Se continuássemos com uma taxa de natalidade negativa, o
país acabaria por esvair-se, com uma população envelhecida,
dependente do apoio de uma segurança social com recursos cada vez mais diminutos, sem o vigor económico que a
renovação das gerações sempre cria. A inversão do plano
inclinado em que o país se encontrava torna-se, pois, um
facto cuja relevância cumpre assinalar. Tanto mais que não
resulta de qualquer planeamento do governo – do actual
ou dos anteriores – que visasse combater seriamente este
gravíssimo problema.
Claro que ainda é muito cedo para embandeirarmos
em arco e festejarmos a vitória decisiva. Nada nos garante
que a recuperação verificada em 2014 se vá manter no ano
que agora começa.Tudo dependerá, certamente, de factores
tão instáveis como a recuperação da economia, o aumento
da oferta de empregos qualificados, a criação de condições
que permitam aos nossos jovens constituir família e fixar-se
no seu país. Embora haja quem apregoe já o fim da crise
e queira acreditar que saímos do túnel onde temos vivido
desde 2011, o que temos tido, por enquanto, são pequenas
luzes ainda incertas que se vão vislumbrando no final dele.
Ainda assim, é positivo que os casais tenham decidido
arriscar e ter (um pouco mais de) filhos. Porque não podiam
esperar mais? Porque finalmente reuniram condições mínimas
para lhes assegurarem um futuro digno? Porque apostam
em que se atingiu o ponto mais baixo e, portanto, o futuro
só pode ser melhor do que o passado e o presente? Não
importa. Cada novo nascimento, como aprendemos com o
Natal de Jesus, é sempre uma alegria. O país só pode agradecer e sentir-se feliz com isso. De qualquer modo, esta
boa notícia não isenta o governo (este ou outro que venha
suceder-lhe) da responsabilidade que tem relativamente
ao incremento da natalidade no nosso país. Se há tema em
que todos os partidos e responsáveis devem colaborar é
este. Se outra razão não houvesse, bastaria lembrar a sua
importância decisiva para o futuro do país enquanto nação
autónoma e viável.
S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16
ACREDITAR NO FUTURO
Tendo em conta esta responsabilidade, não podem deixar
de nos surpreender outras notícias que foram igualmente
divulgadas neste início de ano. Destacarei, em particular, duas
delas. A primeira é a que indica que o número de crianças
a quem está a ser atribuído o Abono de Família diminuiu
significativamente no último ano. A segunda é a que nos
diz que o Estado está em dívida para com alguns colégios
de ensino especial, os quais decidiram fechar as portas no
primeiro dia de aulas de 2015, como forma de forçar os
responsáveis governamentais a pagarem as verbas em atraso.
Sabemos que o Abono de Família pode ter diminuído
porque o número de crianças tem baixado. No entanto, se
queremos que as famílias tenham filhos, não parece lógico
que se façam economias neste apoio. Se há menos crianças,
distribua-se a verba disponível pelas que existem, de modo a
ajudar os pais e a incentivar a subida da taxa de natalidade.
Alarguem-se os critérios de atribuição ou aumente-se o
valor das prestações. O que parece contraditório é exibir
como um sucesso político a diminuição dos valores afectos
a esta prestação social, num momento histórico em que a
nossa taxa de natalidade é dramaticamente baixa!
Quanto à segunda notícia relativa às dificuldades financeiras dos colégios especializados na educação de crianças
com necessidades educativas especiais, trata-se de algo que,
traduzindo uma clara falta de sensibilidade para a necessidade de apoiar as famílias, ultrapassa essa dimensão e chega
a atingir a natureza duma desumanidade. Uma sociedade
mostra o seu grau de civilização no modo como trata os
seus membros mais vulneráveis. Se há quem, no ministério
da educação ou no das finanças, não consiga colocar as
pessoas (e as mais frágeis!) à frente dos números, então
estamos a caminho da desumanização. Mas, generosamente,
vamos pensar que se tratou apenas de uma lamentável e
incompreensível distracção, que será reparada de imediato…
Se queremos acreditar no futuro, precisamos de acreditar
na humanidade.
Oxalá 2015 seja um Bom Ano para todos!
Luís Fardilha
S. MIGUEL DA MAIA
BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL
ANO XXVI Nº 277
2015
Publicação Mensal
PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIA
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