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Transcrição

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Expediente
Indice
Anestesia em revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira.
Rua Professor Alfredo Gomes, 36
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22251-080
Tel.: (21) 2537-8100
Fax.: (21) 2537-8188
Conselho Editorial:
Dr. Esaú Barbosa Magalhães Filho
Dra. Consuelo Plemont Maia
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Dr. James Toniolo Manica
Dr. Luiz Carlos Bastos Salles
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Responsável:
James Toniolo Manica
Programação Visual
Profile Design
Editorial ...............................................................................5
Cartas ..................................................................................6
Perguntas e Respostas........................................................9
Artigos
Entrevista com o Dr. Esaú, Presidente da SBA ............................................13
Vamos ficar calados? ................................................................................... 14
Agência Nacional de Saúde Suplementar - Relatório AMB ......................... 15
Saúde Financeira para os Médicos..............................................................16
Notícias
Impressão e Acabamento:
Mosaico Artes Gráficas
38 a Josulbra e II Simpósio Internacional de Relaxantes Musculares ......... 17
Capa:
Praça da Liberdade - Belo Horizonte/MG
Fotografia de propriedade da BELOTUR
Fotógrafa Inês Gomes
Médicos vão indenizar família de Carla Ataíde............................................18
Tiragem:
8.000
Distribuição Gratuita
IMPORTANTE:
Cadastre seu e-mail na SBA
Visite o site da SBA na Internet:
www.sba.com.br
XXVIII JONNA ............................................................................................... 18
Divulgação
37a JASB - Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro..................... 19
Novas Diretorias........................................................................................... 20
Sentença favorável à Coopanest-SE contra o CADE.................................... 22
Prêmio Heli Vieira......................................................................................... 23
Novos Membros da SBA............................................................................... 24
Site da SBA - www.sba.com.br
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 3
Editorial
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Dr. James Manica
Tem sido debatido nas últimas reuniões dos Conselhos Superior e de Defesa Profissional
da SBA o crescimento pouco expressivo do número de membros ativos da SBA nos últimos
anos, embora, deva-se ressaltar com satisfação o acréscimo de aproximadamente 11,1% no
número de sócios ocorrido neste ano, rompendo com a estagnação que se vinha observando.
Dentre as causas que têm sido apontadas para o problema encontra-se o grande número de
entidades médicas para as quais se contribui financeiramente e o elevado custo que isso acaba por representar. Também, verifica-se que boa parte do contingente de aspirantes que sai
dos Centros de Ensino e Treinamento não renova seu vínculo com a entidade que os formou na raiz desse fato pode-se supor questões pessoais, de formação cultural avessa ao associativismo, mas também, falhas no ensino-aprendizado político-associativo durante sua especialização. A dificuldade na entrega do trabalho de conclusão é um dos fatores responsáveis pelo
afastamento dos ex-aspirantes, já que sem concretizá-lo não podem ingressar na SBA, embora e importante lembrar, muitos deles possam receber o Título de Especialista pelo MEC.
Esta questão tem sido trabalhada junto aos responsáveis por CETs para que conduzam seus
especializandos a concluírem os trabalhos finais.
A SBA forma, anualmente, aproximadamente, 410 novos anestesiologistas e é fundamental que eles permaneçam na entidade, especialmente em um país que tem uma densidade de
anestesiologistas superior a de muitos países plenamente desenvolvidos e, sem dúvida, superior ao necessário. Na edição anterior da Anestesia em Revista publicamos na seção Perguntas e Respostas um levantamento realizado pelo Diretor do Departamento Científico, Dr.
Ismar Cavalcanti, mostrando a relação de 1 anestesiologista para 12.500 habitantes no Brasil, bastante superior ao índice japonês de 1: 20.000, considerado o ideal. A Sociedade Mexicana de Anestesiologia, devido a pletora de anestesistas no país, iniciou a diminuição das
vagas em seus centros de formação. Não seria a hora de, reiterando os propósitos de qualidade, reavaliar a quantidade de vagas nos nossos CETs?
Este número da Anestesia em Revista traz uma entrevista com o Presidente da SBA, Dr.
Esaú B. Magalhães Filho, que tendo ingressado como sócio adjunto percorreu uma trajetória de muita dedicação à SBA, chegando ao posto que ora ocupa. Um texto da Dra. Cristina
Roichman, Diretora de Ética e Defesa Profissional da SAEPE, chama a atenção para a situação mal-esclarecida do uso de óxido nitroso nos consultórios odontológicos. E há uma boa
notícia, de que a Justiça Federal de Brasília sentenciou favoravelmente à Coopanest-PB contra o CADE.
Não deixem de conferir o programa da JASB. Uma boa leitura a todos.
Dr. James Manica
Diretor do Departamento Administrativo da SBA
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 5
Cartas
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Anestesia, uma profissão de alto risco.
Como pode ser visto em todas as publicações que aparecem em nosso dia a dia, inclusive no último boletim
“Anestesia”, datado de março/abril de 2003, o número de processos contra colegas, alegando “má-pratica” e
“erro médico”, estão se avolumando cada vez mais, com
quantias elevadas, que aumentam de caso para caso, em
ações cíveis de perdas e danos, acrescidas, sempre, de
“sofrimentos morais”.
Como se ainda não bastasse, existe também o aspecto
criminal e ético (CRM). Segundo o nosso Código Jurídico,
o suposto “lesado”, tem 20 anos para apresentar queixa,
tanto no âmbito criminal quanto cível. Somente em relação ao CRM, este prazo cai para 5 anos. Quanto ao código do consumidor, que também pode ser acionado pela
“vítima”, a prescrição normalmente ocorre em 90 dias.
Quando estou em Congressos no exterior, comento nossa situação e digo que não somos protegidos por seguro contra a má-prática, a incredulidade é absoluta. Se
acrescentar, também, que a grande maioria dos anestesiologistas brasileiros trabalha para o Estado, SUS, com
salários realmente vis, também sem qualquer seguro contra eventos adversos pago pelo empregador, me olham
como se eu fosse um completo idiota e dizem que isto é
totalmente impossível e que ninguém no mundo se submeteria a estas condições, que podem representar ruína
financeira, no mínimo, e até perda da liberdade, em presença de um acidente grave.
Se fossemos CUT ou outro tipo semelhante de sindicato,
isto certamente não aconteceria. O mal é que somos médicos! Sugiro aqui, que nossa Sociedade, depois de convocar uma assembléia geral, decida dar um fim a este absurdo. Como? Muito simples: ficaria determinado, uma
vez isto votado e aceito pela maioria, que após uma certa
data, à semelhança de muitos paises, dentre eles a Alemanha, Inglaterra e França, os que trabalham para o Estado (em nosso caso para o SUS) somente continuariam a
prestar seus serviços se recebessem uma apólice de seguro do governo, cobrindo casos de alegada má-prática.
A instituição seguradora pagaria ao advogado e indenizaria a vítima até um valor máximo, caso a ação do queixoso fosse vitoriosa. Esta providência, sem dúvida, irá
permitir uma situação mais tranqüila para o anestesista.
Isto me parece muito mais eficaz que ficar pleiteando
aumento de honorários, que sempre acabam sendo de
vis, para um pouco menos vis. Afinal, todos conhecemos
bem o sistema do SUS, que sob a égide de dar atendimento universal à nossa população, conforme determina a Constituição, não o faz e coloca sempre o médico
como responsável pelo caos que impera na prestação de
seus serviços.
Penso que chegou o momento de exigirmos esta medida, sem a qual é realmente um absurdo continuar trabalhando para o Estado.
Deixo aqui esta sugestão para os nossos dirigentes e colegas da SBA.
Prof. Dr. Armando Fortuna
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 6
Anestesia em revista 2/2003
Recebi, hoje, meu exemplar
do Anestesia em Revista 02/
2003 e me apressei a ler. Embora possa parecer estranha a
formatação adotada na maioria do corpo da revista, fiquei agradavelmente motivado à leitura da enorme troca
de correspondência entre Diretoria e quadro associativo.
Penso que a via adotada tornou pública consultas, dificuldades e orientações que, com
certeza, não se limitam àqueles que a motivaram. Todo o
quadro associativo que proceder a leitura aprenderá com as
Capa da edição 02/2003 da
sugestões dadas tanto pelo Dr.
Anestesia em Revista
Serra Freire como pelo Dr. Ismar Cavalcanti que foram os mais solicitados.
Há no entanto uma necessidade de correção, muito importante,
na página 15, que trata do C.SBA 883/2003, na terceira coluna,
segundo parágrafo, onde se afirma que “a relação no Brasil está
em torno de 1:12.500”, computando-se uma população nacional na ordem 75 milhões de habitantes. Quero crer que este último número está equivocado porque trata-se da população brasileira dos anos setenta. Parece que, na digitação do texto faltou a
centena do milhão (a população brasileira estimada para os dias
atuais é próxima dos 175 milhões de habitantes. Com este número pode-se chegar ao resultado de relação 1:12.500 anestesista/
habitante que foi informada).
Dr. Antonio L. Oliva Filho
Quem me ensinou anestesia?
Obrigado por responder ao meu e-mail. Fiquei muito confiante nas suas palavras. Só que eu não vejo muito interesse da
Sociedade, principalmente da Diretoria, em resolver nosso
problema. Aqui mesmo em minha cidade, somos ao todo, 18
médicos anestesistas, somente 5 pertencem a SBA, ou seja,
possuem residência em anestesia. A SBA deveria nos dar um
crédito no que diz respeito a uma forma de nos absolver. Eu
mesmo já procurei uma forma de freqüentar as aulas da residência, procurei cursos intensivos para nos prepararmos
para a prova para Membro Ativo e, infelizmente, não encontrei nada que pudesse me ajudar. Nós já estamos ficando velhos, constituímos famílias, temos que trabalhar para sobrevivermos, educar nossos filhos, e a única coisa que sabemos
fazer, é anestesia. Já é com muito sacrifício que participamos
das jornadas, congressos, encontros, cursos, nos ausentando de nossos lares,.... e não temos mais tantas condições de
freqüentarmos uma residência médica, principalmente, em
anestesia. Deveria haver um curso integrado, através de módulos, rigoroso na presença, na dedicação, durante um ou
dois anos, nos finais de semana, para que pudéssemos fre-
qüentar nos CETS mais próximos de nossas cidades (Fortaleza, Recife e Natal). Eu tenho quase certeza, que na SBA, não tem um trabalho relativo a quantos médicos exercem a anestesia em nosso país e
não pertencem a SBA. São inúmeros!!!! A gente nota nos congressos,
nas Jornadas.... Nós não fazemos residência porque não queremos??
Qual o estudante de medicina que não sonha com a sua residência ao
final do curso médico? É a complementação do curso. Eu mesmo tenho vários telegramas do saudoso Dr. Alvaro Guilherme, da maternidade de Campinas, me convidando para residência, e ele bem soube
porque não pude estar lá. É muito fácil distinguir um bom profissional, mais fácil ainda, é distinguir aquele que é péssimo. Quem se submete a fazer anestesia, principalmente em nosso país, e exerce bem,
tem que merecer um crédito, afinal, quem nos ensinou anestesia, foram colegas anestesiologistas!
Aqui em nossa cidade, andou uma equipe de médicos Norte Americanos e, para nossa surpresa e decepção, trouxeram somente enfermeiros anestesistas (4) e somente um médico anestesiologista, que
nem se quer aferiu a PA de um paciente, e ainda nos relatou que lá
nos Estados Unidos, a maioria das anestesias são feitas por enfermeiros, eles somente supervisionam.
Inclusive me presentearam com um livro de anestesia, escrito por 3
enfermeiros anestesistas....
Dr. Edval
Tenho convicção que temos capacidade mais que suficiente para preparar bons textos, atualizados e de alto valor científico, para desenvolver este e outros programas similares, através das nossas comissões
científicas. Mais que convicção, tenho certeza que o nosso pessoal da
informática, Rodrigo, Junior e Marcelo são profissionais extremamente gabaritados, competentes e interessados em levar este programa à
sua finalidade maior.
Dr. Renato Castro
Gostaria de parabenizar a SBA pelo curso, pois tenho certeza será de
grande valia para nós anestesiologistas, principalmente para aqueles
que possuem maior dificuldade em se deslocar para os grandes centros urbanos, a fim de se atualizarem.
Dr. Antenor de Muzio Gripp
SAETO-Tocantins
Quero agradecer a todos que se empenham para melhorar a
qualidade do nosso trabalho, dando-nos oportunidades excelentes para atualização sem sairmos de casa. Adorei a iniciativa. Parabéns.
Dra. Maria do Carmo Burin Sammartino.
Curso para formação de peritos judiciais
e assistentes técnicos.
O IBEJ - Instituto Brasileiro de Extensão Jurídica para profissionais de
outras áreas, entidade sem fins lucrativos, criada em 1998, congrega
magistrados, promotores de justiça, médicos, dentistas, engenheiros,
advogados e psicólogos. Dentre suas finalidades, encontra-se o estudo da responsabilidade civil dos profissionais liberais.
Considerando a incidência crescente de processos envolvendo médicos e a dificuldade que depara, tanto o poder jurídico como os advogados, no que tange a prova pericial, e levando em consideração o
Provimento CSM 755/05/01, que exige que o perito comprove a especialidade, será ministrado o III curso para formação de peritos judiciais
e assistentes técnicos, no período de 13 e 27 de junho e 04,11,18 e
25 de julho de 2003.
O curso será ministrado por magistrados, médicos das diversas especialidades, advogados e peritos judiciais.
Educación Continua en Anestesiología
Debido al interés en el Programa de Educación Continua en Anestesiología, hemos decidido mantener el acceso libre a todos los interesados
en el mismo, el único requisito para acceder al programa es el registro al mismo, gratuito y sin restricciones. Una vez registrados pueden
entrar al sitio. http://www.educafma.org
Dr. José J. Jaramillo-Magaña
Luiz Massad
Secretário
Gisela Maria Ferraz S. de Souza
Presidente
Tela do site da Federação Mexicana de Anestesiologia
Programa de Educação a Distância
Escrevo para parabenizar todo o pessoal que, direta ou indiretamente, participaram do programa de Educação a Distância, que eu reputo, um dos mais importantes para nossa sociedade.
Erratum
A relação correta do número de anestesiologistas / população no
Brasil é 14.000:175.000.000 e não 14.000:75.000.000, conforme foi publicado na resposta da pergunta “Avaliação de médicos especialistas no Brasil” da edição anterior desta revista.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 7
Perguntas e Respostas
3a Jornada de Anestesiologia
do Estado do Tocantins
Gostaríamos de comunicar a realização da 3º Jornada de Anestesiologia do Estado do Tocantins, a realizar-se nos dias 04 e 05 de Setembro de 2003, na cidade de Araguaína-TO, com o tema: Bloqueio
Peridural Alto. Gostaríamos, ainda, de nos desculpar pelo o atraso da
comunicação e solicitar, se possível, a divulgação no site e na revista
da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Mestrado em Portugal
Solicito sua colaboração para a divulgação do seguinte curso: Mestrado em Anestesiologia e Tratamento da Dor - Faculdade de Medicina
da Universidade de Coimbra.
Informações através do site:
www.huc.min-saude.pt/anestesiologia/mestrado
E-mail: [email protected]
Dr. Antenor de Muzzio Gripp
Vice-Presidente da SAETO
Clasa 2003 - Guatemala
Presentandoles nuevamente un atento saludo, les rogamos en primer
termino responder si fue recibido el presente mensaje; ya que hemos
tenido muchos problemas para que los Sociedades nos respondan hemos decidido prorrogar la fecha para recibir propuestas de conferencias hasta el proximo 30 de Abril, y para recibir trabajos libres hasta
el 30 de Junio. Por otro lado queremos informarles que ya se encuentra toda la informacion turistica en nuestra pagina web:
www.clasa2003.guatemala.org.
Esperamos contar con su colaboracion para difundir esta informacion
a todos sus agremiados y esperamos su respuesta.
Dr. Luis Nunez
Comitê Científico
Site do Curso oferecido pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Coimbra
Congratulações
Acusamos recibo de su atenta carta con fecha Diciembre del 2002,
donde nos comunica la constitución del nuevo Directorio de la Sociedade Brasileira de Anestesiología.
La Sociedad de Anestesiología de Chile, hace llegar a usted sus congratulaciones y deseos de éxito en las funciones encomendadas, sentimientos que rogamos haga extensivos a su distinguido Directorio.
SAEPE - Pernambuco
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 8
Resposta
* Inscrições encerradas. Caso tenha efetuado a inscrição e não tenha recebido sua confirmação, favor entrar em contato com a secretaria da SBA.
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
Prova oral para
É com muito pesar que comunicamos o falecimento de nossa colega Maria Ângela Vieira da Cunha Cavalcanti. Membro
ativo SAEPE/SBA – matrícula SBA 05261 em 11 de março
de 2003.
Dra. Ângela, além de nossa amiga, foi profissional de merecido reconhecimento e admiração, que estará sempre na lembrança dos colegas pernambucanos.
S
ou sócia ativa da SBA e gostaria de
esclarecer uma dúvida: eu e mais
dois anestesistas, compramos uma cota de um hospital de pequeno porte,
que irá inaugurar em breve. Ficou
acertado com o dono do hospital, que
o serviço de anestesia seria, então, de
nossa responsabilidade, já que nós teremos encargos e gastos na manutenção do hospital. Há respaldo legal para
tal? E se outro anestesista quiser fazer
anestesia no hospital?
Como proceder? Afinal, não achamos
justo que outro anestesista faça anestesia, receba o procedimento, e nós
três continuemos a pagar a manutenção de aparelhos, funcionários, etc...
O que podemos fazer? Assinar um contrato de prestação de serviços com o
hospital?
TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIA
13 e 14 de junho de 2003*
DATAS das PROVAS SBA 2003
Aviso de falecimento
Pergunta
A melhor maneira de garantir o pretendido, será mediante a assinatura de
contrato de exclusividade entre a direção do hospital e o serviço de anestesia.
Suponhamos, no entanto, que um cirurgião de grande movimento pretenda lá operar, mas que imponha que o
anestesiologista seja o seu, de confiança. Pela situação contratual isso não
seria permitido. No entanto, se for do
interesse dos cotistas anestesiologistas incrementar a receita do hospital
para honrar os diversos compromissos, nada impede que concordem com
isso. A questão nesse caso é meramente comercial.
Dr. Mario Concha Pinto
Presidente de la Sociedad de Anestesiología de Chile
Tela do site da Clasa
Exclusividade no serviço
de anestesiologia
Prova escrita e oral para
TÍTULO SUPERIOR EM ANESTESIOLOGIA
ADMISSÃO COMO MEMBRO ATIVO DA SBA
Data prevista: novembro de 2003
Prova escrita para
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ANESTESIOLOGIA
Data prevista: novembro de 2003
Exames pré-operatórios
Pergunta
G
ostaria de ser informado se existe
algum parecer, seja da Sociedade,
seja do CFM ou de algum Tribunal, em
relação à solicitação de exames préoperatórios. Exemplificando: caso um
paciente jovem (20 anos), ASA I, sem
nenhuma anormalidade ao exame físico, seja submetido a uma herniorrafia
inguinal e venha a apresentar uma
complicação anestésica, pode o anestesiologista ser acusado de erro médico por não ter solicitado exames préoperatórios (Ht/Hb, eletrólitos, glicemia,
ECG, etc...)
Resposta
Informamos que não existe na SBA recomendação expressa sobre o assunto “exames pré-operatórios”. A literatura científica é repleta de artigos
sobre o tema. Não dispomos de pareceres do CFM ou de Tribunais referentes ao tema.
A título de colaboração, encaminhamos
algumas referências que talvez possam
lhe ser úteis:
AU: Nascimento Jr., P.; Castiglia, YMM
TI: O eletrocardiograma com exame
pré-operatório no paciente sem
doenças cardiovasculares. É mesmo necessário?
SO: RBA, 48 (5): 352 - 361, set./out.
1998.
AU: Silva, RC; Klas, CB; Tambara EM;
Tenório SB.
TI: Estudo dos benefícios na avaliação de rotina da hemoglobina
pré-operatória de pacientes submetidos a cirurgias pediátricas
ambulatoriais.
SO: RBA, 47 (1): 32 - 36, jan./fev.
1997.
AU: Mathias, LAS; Mathias, RS
TI: Avaliação pré-operatória: um fator
de qualidade.
SO: RBA, 47 (4): 335 - 349, jul./ago.
1997.
AU: Savaris, N; Marcon, EN
TI: Avaliação pré-operatória do paciente cardiopata.
SO: RBA, 47 (4): 350 - 362, jul./ago.
1997.
AU: Gusman, PB; Nascimento Jr, P;
Castiglia, YMM; Amorim, RB
TI: Avaliação pré-anestésica ambulatorial.
SO: RBA, 47 (6): 522 - 527, nov./dez.
1997.
AU: Silva, MCSAJ; Zanchin, CI; Lima,
WC; Duarte, DF; Batti, MACS;
Raulino, F.
TI: Exames complementares na avaliação pré-anestésica.
SO: RBA, 40 (5): 303 - 309, set./out.
1997.
AU: Costa, VV; Pereira, ES; Saraiva,
RA.
TI: Exames laboratorias na avaliação
pré-anestésica para pequenas cirurgias: estudo retrospectivo
SO: RBA, 48 (1): 14 - 19, jan./fev.
1997.
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Diretor Dept° Científico/SBA
Analgesia pós-operatória
Pergunta
S
egue abaixo os seguintes questionamentos:
1) Peço a gentileza de nos informar o
critério para aplicação de analgesia
pós-operatória.
2) Gostaria de saber quem pode decidir referente à aplicação de analgesia
pós-operatória fora do centro cirúrgico? Cirurgião ou anestesista?
Resposta
Quanto ao argüido critério de analgesia
pós-operatória, entendemos que a consulente queira esclarecimentos quanto
a participação do anestesiologista nessa situação.
Os procedimentos cirúrgicos de média
e grande complexidade invariavelmente vem acompanhados de uma grande
carga dolorosa ao paciente. O estudo
e o melhor entendimento dos mecanismos da dor nos últimos tempos, fizeram
com que os anestesiologistas estendessem sua atuação para fora da sala de
cirurgia. Com isso, o doente passou a
ter um conforto até então nunca experimentado, com inúmeras vantagens na
sua recuperação, com um retorno mais
rápido às suas condições basais e acentuada diminuição da morbidade decorrente da evolução mais arrastada. A alta
precoce com o retorno ao seu ambiente
familiar, é outra das vantagens que essa
nova abordagem possibilitou.
A todos esses benefícios soma-se ainda
a economia que essas técnicas vieram
a proporcionar, tanto para o paciente,
quando sua relação é particular, quan-
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 9
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
to para as operadoras de planos de saúde,
quando essa é a relação.
Quanto à decisão de quem deve ser o responsável pela analgesia pós-operatória, cirurgião ou anestesiologista, essa é uma questão
que deve ser discutida pela equipe de saúde, sempre tendo em mente o bem estar do
paciente.
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
Ética na cobrança de honorários
Pergunta
C
omo médico coordenador da auditoria
médica, venho à presença de V.Sª pedir
orientação quanto à determinada conduta
que estamos notando.
Ninguém desconhece que algumas especialidades desenvolveram-se mais do que outras,
tanto no aspecto material quanto técnico.
Entre todas, a que mais se destacou foi, sem
dúvida, a oftalmologia, especialmente a cirúrgica. Até há alguns anos, as facectomias
eram cirurgias de alta complexidade, demoradas, que exigiam a internação dos pacientes por até três dias. Modernamente, com a
técnica da facoemulsificação e as lentes intraoculares dobráveis, a cirurgia é feita em 15
minutos, em nível ambulatorial, sob anestesia
retro-bulbar e uma sedução via oral, geralmente utilizando o bensodiazepinico.
Tudo mudou, menos a tabela.
Gostaríamos de saber se é ético ou lícito o
anestesista prescrever um Dormonid IM ou
um Valium 10mg V.O. e cobrar por isso o
porte 5 como preconiza a tabela? Até que
ponto a tabela nos “amarra”? Esta situação
é passível de negociação entre as partes ou
isto infringe algum tópico da ética médica?
Temos tentado negociar um porte 3 com os
anestesiologistas mas tem imperado a intransigência, mesmo que na relação de medicamentos usados na cirurgia não haja
qualquer droga anestésica ou sedante.
Resposta
Não há dúvida quanto a assertiva de que houve progresso na cirurgia oftalmológica. Tanto
no aspecto técnico quanto de equipamentos,
não só essa especialidade como a medicina
de um modo geral, experimentou um grande avanço.
No entanto, vale ressaltar que particularmente na oftalmologia e especificamente nesse
tipo de cirurgia os pacientes não mudaram.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 10
Com isso, queremos dizer que concorrência
de doenças que não a cirúrgica em pacientes
idosos está cada vez maior.
Nos últimos dez anos a sobrevida do brasileiro aumentou. Aliado a esse fato o progresso agregado às especialidades cirúrgicas fez
com que pacientes mais idosos e mais graves, no sentido de doença sistêmicas que não
a cirúrgica, ganhassem a oportunidade de serem tratados.
Isso não se faz sem se associar ao procedimento uma série de riscos e de cuidados, tanto no ato cirúrgico em si quanto no ato anestésico em particular. A monitorização mais
adequada e moderna (e cara), a síntese de
novas drogas que permitem a rápida recuperação e até mesmo a aludida alta precoce que o consulente afirma, que não isentam
esse ato de riscos inerentes a essa combinação de fatores.
A anestesia retrobulbar, que em muitas ocasiões é a eleita nas facectomias, é feito, em
muitos centros, pelo próprio anestesiologista,
que durante esse ato ou logo após o mesmo,
seda o paciente e o monitora cardiorespiratoriamente sem acesso à cabeça, que está coberta por campos cirúrgicos. Destaque seja
feita às já comentadas doenças concorrentes
desses pacientes, mormente as cardiopulmonares e a freqüentemente difícil colaboração
dos mesmos em permanecer imóveis, como
o procedimento requer, haja vista a sua deteriorada função cerebral.
Concluindo, não vemos razão em diminuir
o porte desse procedimento em virtude dos
argumentos elencados pelo consulente. O
avanço tecnológico, o domínio farmacológico das novas drogas e da técnica anestésico-cirúrgica, não pode ser punido com base
no alegado. A economia pretendida diante da
“pendência financeira crescente”, pode ser
alcançada através de outros meios que não
o rebaixamento do honorário médico. Temos
certeza que o doutor consulente pode, através de outros mecanismos que não o sugerido, atingir o proposto. A justa auditoria está
distante do prejuízo daqueles que laboram
fies aos ditames ético-legais propostos.
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
Lidocaína
Pergunta
G
ostaria de saber qual a posição da SBA
em relação ao uso (ou não) da lidocaína
em raquianestesia.
A lidocaína é muito comumente usada como
anestésico local com peculiaridades muito
importantes: potência, rápido início e moderado tempo de ação. Produz bloqueios sensitivo e motor dependentes da dose utilizada.
Sintetizada em 1943, posteriormente preparada na concentração de 5%, onde teve uma
grande aplicação em procedimentos de curta duração.
Sua segurança nesta concentração começou a ser questionada com o aparecimento
de relatos da síndrome da cauda eqüina com
microcatetereres. Trabalhos mostraram sintomas neurológicos transitórios mais freqüentemente com a lidocaína do que com outros
agentes. Outras causas poderiam estar associados com estes sintomas: obesidade, posição de litotomia, dose elevada do AL e o uso
de vasoconstrictores na solução do AL.
As seqüelas neurológicas são muito raras
para a anestesia espinhal, entretanto, o uso
da lidocaína a 5%, associados aos fatores
citados acima, não devem ser estimulados.
Concentrações de lidocaína a 1,5% e 2% são
alternativas mais seguras.
Não há grandes dúvidas sobre a migração
para pessoa jurídica em termos tributários,
conforme o parecer jurídico e a opinião de diversos colegas que já o fizeram. O ponto primordial sobre o questionamento é o repasse
para o hospital, para que esse o faça posteriormente ao médico em prazo muito posterior ao recebimento.
Em conclusão, vislumbramos duas alternativas imediatas: o credenciamento da Cooperativa de Anestesiologia junto à Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde, como
já ocorre em diversos lugares do Brasil, ou
o credenciamento da pessoa jurídica do(s)
anestesiologista(s) nesses mesmos órgãos.
Estaremos brevemente nos reunindo no Ministério da Saúde para tratar de diversos assuntos pertinentes ao SUS e com toda certeza esse será um deles.
Pedimos a gentileza de nos informar o an-
damento dessa questão para que possamos nos municiar de dados para a vindoura reunião.
observando o sábado sagrado e realizando a
prova em caráter especial, ou seja, após o
pôr do sol.
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
Resposta
Prova escrita TSA
Pergunta
V
enho por meio desta, solicitar informações de como proceder para realização
da prova escrita para o TSA, pois sou Adventista do Sétimo Dia. Como observo o sábado
como dia sagrado orientado por Deus biblicamente, solicito a vossa senhoria a possibilidade de informações para realização desta
prova em caráter especial. Já que quando
residente realizei as provas de ME1 e ME2
A Diretoria da SBA reunida em 11 de abril de
2003 deferiu a solicitação de V.Sa para a realização de prova escrita do TSA após o por
do sol de sábado.
Para tal faz-se necessário documento de V.Sa
concordando em ficar incomunicável, em local a ser determinado pela SBA, de 8:00 horas de sábado até o início da aplicação da
prova, após o por do sol.
Lembramos que V.Sa deve se inscrever no
concurso nos prazos regulamentares.
Dr. Ismar Lima Cavalcanti
Diretor Dept° Científico da SBA
Dr. Antônio Fernando Carneiro
Presidente do Comitê de Anestesia Loco-Regional.
Pagamento do SUS
Pergunta
S
olicito esclarecimento quanto ao repasse
dos pagamentos de honorários aos anestesiologistas. Até o mês passado sempre recebemos através do Banco do Brasil via repasse da Secretaria de Saúde. Agora a
mesma nos informou que não fará mais o repasse para nós e sim para o hospital. Hoje,
dia do pagamento, a administração do hospital nos informou, verbalmente, que não irá
nos repassar os honorários do SUS se nós
não abrirmos uma empresa e emitirmos notas fiscais. Solicito ao departamento orientação quanto a este impasse. Gostaria de saber se é legal o hospital nos obrigar a abrir
uma empresa para receber os honorários referentes ao SUS, e se não estão agindo legalmente, como deveremos proceder?
Resposta
O assunto foi objeto de discussão não só em
nível de diretoria, mas também com a nossa
Assessoria Jurídica, que já se pronunciou sobre o assunto. Nas recentes reuniões ocorridas por ocasião da Jornada Norte-Nordeste,
da mesma forma foi colocado em discussão.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 11
Visite no portal
da SBA:
Ensino à
distância
Questões comentadas das
provas para ME/2002
PROGRAMAÇÃO:
Maio:
Anestesia Intravenosa
Junho:
Reanimação Cardiorespiratória
no Adulto - Suporte Básico
Julho:
Anestesia para Revascularização do Miocárdio
Agosto:
Monitorização do Bloqueio
Neuromuscular
Setembro:
Hipertermia Malígna
Outubro:
Anestésicos Locais
Novembro:
Reanimação Cardiorespiratória
no Adulto - Suporte Avançado
Dezembro:
Fsiopatologia da Dor
Fevereiro 2004:
Analgesia de Parto
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 12
Consulta pré-anestésica
Agulhas de peridural
Pergunta
Pergunta
G
L
ostaria de receber informações e regulamentações sobre a cobrança e remuneração da consulta pré-anestésica em consultório.
Estou montando um serviço em minha cidade, e gostaria de informações precisas para
conseguir receber a consulta dos convênios.
Resposta
O CFM através Parecer de número 56/99
(publicado na íntegra no número anterior da
Anestesia em Revista - no 2/03, março/abril
de 2003), que pode ser obtido através seu
portal www.cfm.org.br, disciplina a matéria.
Quanto à remuneração desse procedimento,
o ideal seria entrar em contato com sua Regional na busca de duas informações básicas:
há padrão de honorário para esse ato estabelecido pela SAMG e há algum protocolo estabelecido para validar essa cobrança.
Podemos informá-lo que a Regional do Paraná possui o aludido protocolo e argumentos
para o pagamento da consulta que podem favorecê-lo. Corresponda-se com a presidente,
Dra. Maria Aparecida Tanaka, através do email [email protected]
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
Analgesia epidural
Pergunta
G
ostaria de saber se a enfermagem está
autorizada a administrar as doses subseqüentes de anestésico local, através de
cateter epidural, deixado in situ para analgesia pós-operatória, depois do(a) paciente
deixar a RPA.
Os anestesistas têm prescrito tal medicação, mas a enfermagem entende que isso
seja um “ato médico” e, portanto, recusamse a fazê-lo por questão de ordem ética.
Resposta
A administração de medicação através cateter peridural, não é isenta de riscos e portanto deve ser feita por médico que saiba como
tratar as possíveis intercorrências desse ato.
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Diretor Dept° Defesa Profissional da SBA
endo o capítulo que o Dr Edmundo Zarzur escreveu no livro “Tratado de Anestesia Raquidiana”, coordenado pelo Dr. Imbellone, o Sr. cita que a dura-máter lombar
tem uma espessura de 0,10mm a 0,25mm,
sendo muito resistente, pela disposição de
suas fibras. Por causa dessa resistência, ela
poderia ser abaulada até 6mm antes de ser
perfurada por uma agulha 80mm X 0,8mm,
sendo que com agulhas mais rombas (agulhas de peridural?) esse abaulamento poderia ser ainda mais acentuado.
Dr. Zarzur, gostaria de saber se esse fato
pode ser transportado para a dura-máter torácica (principalmente de T1 à T5), e se o abaulamento poderia ser maior, já que nessa região
a dura-máter é ainda mais espessa.
Resposta
Para poder responder, farei algumas considerações anatômicas: abaixo de L2-3 o espaço
sub-aracnóideo está preenchido por líquor e algumas raízes nervosas, permitindo um abaulamento da DM por 6 ou mais milímetros.
Acima de L2-3, o espaço sub-aracnóideo está
quase que totalmente ocupado pela medula,
banhada por um pequeno volume de líquor.
Entre T1 e T5, o diâmetro antero-posterior do
saco dural é de +-12mm, enquanto que o diâmetro antero-posterior da medula é de +-10mm.
Portanto, sendo 2mm a distância máxima entre a dura-máter e a medula, evidencia-se serem imprudentes as tentativas para se obter
abaulamentos maiores.
Conclusão: na região torácica o abaulamento da dura-máter por mais de 2mm permite
que ela encoste na medula, possibilitando lesões nervosas irreparáveis, logo após a perfuração da dura-máter.
Referências:
1- Zarzur F. A resistência da dura-máter humana. - Revista Brasileira de Anestesiologia,
1992:42:4:285-288
2 - Hirabayashi Y, Saitoh K, Fukuda H, Igarashi T, Shimizu R, Seo N. Magnetic resonance imaging of the extradural space of the
thoracic space - Brit J Anaesth 1997:79:
563-566 2 434
3 - Aguayo A, em Cecil-Loeb. Tratado de medicina - Editora Guanabara Kogan. Tomo 1.
1973:313
Dr. Edmundo Zarzur
Dr. Esaú B. Magalhães Filho
Conte-nos como foi sua formação profissional e engajamento na vida associativa?
Em 1978, ano que conclui o curso médico,
na Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, tentei uma vaga num CET da SBA. Seguindo a orientação do meu irmão José Delfino, fiz estágio probatório e entrevista, em um
serviço à época considerado um dos melhores do Brasil, e infelizmente não fui aceito. Foi
a minha única tentativa, fiquei triste no dia em
que recebi a carta comunicando o fato, e prometi a mim mesmo que iria me tornar anestesiologista por conta própria, e assim o fiz.
Em 1983 entrei para a SBA como membro adjunto, em 1985 prestei exame para ser admitido como membro ativo, em 1987, no Rio de
Janeiro, fiz exame escrito para o TSA, e fui aprovado. Em 1988 prestei exame oral e não obtive
êxito, estudei mais um pouco, e finalmente em
1989, em São Paulo, consegui obter o TSA.
Quanto ao ingresso na vida associativa, esta
se deu mais por conta de intuição, do que
mesmo por experiência de vida profissional.
Logo que iniciei minha vida como anestesiologista, comecei a notar que mesmo curvado ao esforço de extenuantes horas de trabalho, não obtinha como contrapartida uma
justa recompensa, o que me levou a engajar-me nas lutas associativas regionais em
Natal/Rio Grande do Norte, e em seguida na
SBA. Desempenhei ainda atividades paralelas na área conselhal, no sistema cooperativista de crédito e de trabalho médico, e na
Associação Médica do RN.
Na SBA, cumpri, dentro dos limites da minha
capacidade, as tarefas para as quais fui escolhido, sempre objetivando fazer o melhor
possível e tendo como preceitos inalienáveis,
a lealdade e a honestidade, nos seus sentidos mais amplos, características herdadas
de meus pais.
Após passar por diversos cargos, finalmente
em 2002, em Joinville, fui eleito presidente.
Quais as formas de um anestesiologista ingressar e participar da SBA?
Existem vários caminhos: cursando um CET
e obtendo o Certificado de Curso de Especialização; prestando exame para mudança de
categoria de membro adjunto para membro
ativo; prestando exame para ingresso na categoria de membro ativo, de acordo com nor-
mas estatutárias.
Lembrar que até 1990, era possível filiar-se à
SBA como membro adjunto, o que pelo menos atualmente não é mais permitido.
Podem também ter acesso a SBA: os colegas
certificados pela Comissão Nacional de Residência Médica, ou aqueles que efetivamente
comprovarem ser graduados em medicina há,
no mínimo cinco anos; assim como os portadores de certificado de conclusão de curso de
especialização realizado no exterior.
Lembrar que para cada uma dessas alternativas
existem algumas exigências regulamentares.
Quais as principais questões de que têm
sido alvo os trabalhos desenvolvidos pela
SBA?
Diferentemente da política partidária tradicional, na SBA temos o bom costume de
darmos continuidade aos projetos iniciados
pelas diretorias que nos antecederam, mesmo porque estes foram decididos em prol de
todo nosso quadro associativo.
Se o tempo mostrar que um projeto em andamento já não atinge as expectativas pretendidas, procuramos encontrar os meios necessários para redirecioná-lo, e assim atingir
o seu objetivo inicial.
Nesse sentido é que temos trabalhado, junto a AMB, particularmente em relação à implantação da Lista Hierarquizada de Procedimentos Médicos; temos tentado restabelecer
um canal de negociação junto ao Ministério da Saúde, que em gestões anteriores
era bastante favorável, mas com a mudança ocorridas no Poder Executivo, ocorreu um
distanciamento natural.
Temos ainda, desde o dia primeiro de janeiro,
levantado uma discussão em torno de problemas que dizem respeito à situação financeira atual da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, com vista a possibilitar às futuras
diretorias enfrentarem as suas gestões sem
maiores sobressaltos.
Esperamos com isto, retomarmos o crescimento do quantitativo de sócios, que devido
a causas diversas, tem estado estagnado há
aproximadamente quatro anos.
Objetivamos, também, começar a reestruturação das nossas reservas financeiras, que
são de importância crucial para o desenvolvimento das obrigações associativas e funcionais da SBA.
O que falta acontecer para que os anestesiologistas sintam-se mais gratificados profissionalmente?
Depende do ângulo em que analisarmos este
assunto. Se o indivíduo entende que só uma
remuneração adequada o gratifica profissionalmente, este está em situação dificílima,
mesmo porque, sou da opinião de que, nem
a médio prazo a situação vai melhorar.
Veja, a maioria esmagadora dos anestesiologistas do Brasil têm como fonte de ganho a
remuneração paga pelo SUS, que todos nós
sabemos que está muito aquém daquilo que
poderia ser considerado adequado.
E uma reposição compatível com as perdas
acumuladas, ao meu ver, não deverá acontecer nem a curto e nem a médio-prazo.
A verdade é cruel, mas é a pura verdade, mas
não é por esse motivo que devamos cruzar os
braços, o momento demanda muita luta, e
estaremos nessa guerra até obtermos o que
entendemos ser o melhor para todos.
O que precisaria acontecer para que o Presidente terminasse o mandato satisfeito com
seu transcurso?
Como tenho a consciência de que nada na
vida muda de um dia para o outro, sinceramente, que eu não espero que nada de extraordinário venha a acontecer até o final do
nosso mandato, para que com isto o encerremos satisfeitos.
Não queremos com isto dizer que estejamos
insatisfeitos, pelo contrario, o fato de termos
sido eleitos, e estarmos tendo a oportunidade de trabalharmos pela causa da anestesiologia já é motivo de muita satisfação.
No entanto, haveremos de convir que a luta
é muito grande, e que certamente extrapolará ao nosso mandato.
Ainda temos pela frente um desafio da luta por
uma melhor remuneração por parte do SUS.
Vem por aí a luta pela implantação da lista de honorários da AMB, o que vai requerer de nós médicos muita união, e capacidade de negociação.
O que não pode de forma nenhuma acontecer,
é que deixemos nos contaminar pelo individualismo, pois em assim acontecendo, a situação vai ficando cada vez mais complicada.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 13
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
VAMOS CONTINUAR
CALADOS?
Dra. Cristina Roichman
Estamos assistindo calados à apropriação
de atos inerentes à nossa especialidade por
profissionais não médicos. Estou me referindo à “sedação consciente”, “analgesia relativa”, “analgesia inalatória”, ou qualquer outro
nome com que tenha sido rebatizada a técnica de administração de óxido nitroso por via
inalatória, anteriormente da competência exclusiva de anestesiologistas e atualmente realizada por cirurgiões dentistas.
Existem no Brasil inúmeros cursos, com
duração variável de 2 a 64 horas, “formando”
dentistas para a realização desta prática em
consultório, além de publicações sobre o assunto em revistas especializadas ou não, cuja
principal característica é a omissão de riscos
que tal prática acarreta.
Sempre foi polêmica a delimitação de
área de atuação entre médicos e odontólogos. É por meio de leis que a sociedade regula e delimita o exercício profissional de uma
classe. A Lei que regulamenta a profissão de
cirurgião-dentista, a 5.081/66, é ampla e
aberta em seus limites, permitindo diversas
interpretações. Quanto à lei que regulamenta o exercício da Medicina - ela simplesmente não existe.
O que existe é um Projeto de Lei, o PL
25/2002, que define competências e limites ao exercício da Medicina - o Ato Médico.
Por descuido, por achar talvez que toda a sociedade sabia o que competia ao médico, os
médicos são os únicos profissionais de saúde a não ter sua área de atuação definida por
lei federal. Este fato permitiu que outros profissionais, ao regulamentar suas profissões,
avançassem e passassem a atuar em áreas
anteriormente pertencentes à Medicina. Este
Projeto de Lei aguarda um parecer favorável
da Comissão de Assuntos Sociais do Senado
para ir à votação no Congresso.
No dia 24/01/2003 o CFM encontrouse com o CFO para discutir os limites do Ato
Médico, que tem causado polêmica entre os
outros Conselhos da área de saúde, devido
à possível superposição da Medicina em relação às legislações já existentes, sobre outras profissões.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 14
Neste encontro houve a promessa de publicação de uma resolução visando respeitar
a autonomia do cirurgião-dentista especializado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais (CTBMF). Ficou acordado que o
texto desta Resolução deverá ser formulado por uma Câmara Técnica composta pelo
CFO, CFM, AMB e Comissão Nacional de Residência Médica. Estiveram presentes a esta
reunião, defendendo seus interesses, cinco
Diretores do Colégio Brasileiro de CTBMF.
Possivelmente pelo fato de que, até agora,
sempre que se falava em interface medicina/
odontologia referia-se a cirurgião de cabeça
e pescoço/ CTBMF, não cogitou o CFM em
chamar um representante da SBA. Não percebeu que está surgindo uma outra interface Medicina/Odontologia: a da anestesia. Se-
ou ambulatórios cirurgias passíveis de serem
atendidas com anestesia local ou troncular”.
Foi uma Resolução acertada para a época,
quando ainda não havia nenhuma normatização sobre condições mínimas de segurança para a realização de anestesias sequer no
Bloco Cirúrgico, quanto mais em Unidades
fora do Hospital.
“Analgesia relativa, sedação
consciente, etc. Mudaram o
nome, mas o que acontece é
que os cirurgiões-dentistas
estão aos poucos e não tão
sorrateiramente ocupando
nossos espaços.”
Seria lógico esperar que, a partir desta
Resolução o Consultório Odontológico fosse
enquadrado nesta categoria - cirurgia ambulatorial fora de Unidade Hospitalar. Mas não.
A Resolução CFM 852/78 continuou em vigor, o que significou que durante este tempo, era lícito realizar anestesia em qualquer
ambiente fora de um Hospital, desde que o
mesmo preenchesse as condições exigidas
pela Resolução 1.409, menos em consultório odontológico, mesmo que ele preenchesse estas mesmas condições.
ria prudente que a SBA contatasse o CFM
e propusesse uma discussão também nesta área, visando a delimitação de atuação
de cada um.
Uma outra coisa que precisa ser feita e
urgentemente, é a alteração da Resolução
CFM 1.536/98, que normatiza as lesões de
interesse comum à Medicina e a Odontologia. Explico. Esta Resolução revoga uma outra - CFM 852/78, aquela que todos conhecem e que diz:
“As solicitações para a realização de
anestesia geral em pacientes a serem submetidos à cirurgia por cirurgião-dentista, somente poderão ser atendidas pelos médicos
anestesiologistas, quando forem realizadas
em ambiente hospitalar, cujo diretor técnico
seja médico....”. E, mais adiante: “Somente poderão ser realizados em consultórios
Dezesseis anos depois, surgiu a Resolução do CFM 1.409/94, que “regulamenta a
prática da cirurgia ambulatorial, dos procedimentos endoscópicos e de quaisquer outros procedimentos invasivos fora de Unidade Hospitalar, com a utilização de anestesia
geral, sedação (venosa, muscular ou inalatória) ou anestesia loco-regional com doses de
anestésico local superiores a 3,5 mg/kg de lidocaína ou dose eqüipotente de outro AL”.
Em 1998, finalmente, surgiu uma Resolução que revogava a 852: a CFM 1.536/98.
mas que, estranhamente, mantém a proibição de anestesia em consultório dentário!
Ela diz:
Art. 3º- “Os médicos anestesiologistas só
poderão atender as solicitações para realização de anestesia geral em pacientes a serem
submetidos à cirurgia por cirurgião-dentista
quando esta for realizada em hospital.....”.
E o parágrafo único deste mesmo artigo diz:
“A realização de ato anestésico cirúrgicoambulatorial deve obedecer aos critérios contidos na Resolução CFM 1.409/94”.
Ou seja, o caput do art. 3º diz que a
anestesia para cirurgião-dentista só pode
ser realizada em hospital e seu único parágrafo diz que para anestesia ambulatorial basta obedecer aos critérios da CFM
1.409 - a Resolução que normatiza as atividades fora do hospital. Como diferencial,
coloca a palavra ‘ambulatorial’. Só que esquece que cirurgia dentária também é ambulatorial. Afinal, a CFM 1.409 fornece ou
não condições de segurança? Se fornecer,
pode ser cumprida também em consultórios odontológicos. Se não fornece, precisa ser revista.
A permanência da CFM 852 e a redação
a nosso ver equivocada da CFM 1.536 tiveram duas conseqüências funestas para nossa especialidade: afastou os anestesistas dos
consultórios odontológicos e abriu as portas
para a realização de “analgesias” por cirurgiões-dentistas.
A nossa sugestão é que a SBA solicite ao
CFM alteração da 1.536, excluindo o caput
do art. 3º e colocando em seu lugar o que
está escrito no parágrafo único. No nosso
entender, esta providência deveria ser tomada de imediato, o que resultaria na ocupação
deste mercado de trabalho por profissionais
qualificados - os anestesiologistas - trabalhando em ambiente adequado e normatizado, garantindo a segurança da população.
Analgesia relativa, sedação consciente,
etc. Mudaram o nome, mas o que acontece é
que os cirurgiões-dentistas estão aos poucos
e não tão sorrateiramente ocupando nossos
espaços. Espaços que foram deixados abertos por nós, que nunca questionamos a incoerência da 1.536, e nem por quê há 25 anos
somos proibidos de realizar atos anestésicos
em consultório odontológico, mesmo que
a 1.409 seja cumprida na íntegra? É que,
como a maioria dos médicos, nunca desper-
tamos para a importância de definir o Ato Médico, vedando sua prática a outras profissões.
Brigamos com o SUS quando o mesmo
autorizou médicos de outras especialidades
a realizarem anestesias. E agora, vamos ficar calados enquanto não médicos a praticam? Onde está nossa coerência? Hoje são
os cirurgiões-dentistas. Amanhã serão as enfermeiras, com Sociedade maior e mais organizada. Será que não vamos acordar? Estamos “anestesiados”?
A hora de tomar uma atitude é agora. Depois, vai ser tarde demais.
Dra. Cristina Barreto Campello Roichman
Diretora de Ética e Defesa Profissional da
SAEPE
Agência Nacional de Saúde Suplementar - Relatório AMB
Criada em 28 de janeiro de 2000,
pela lei 9961, a Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, tem o objetivo de defender o interesse público na
assistência suplementar à saúde, regulando operadoras, inclusive em suas relações com prestadores e consumidores.
Visa também preservar o equilíbrio na relação entre as partes que compõem o setor, com o objetivo de assegurar sua viabilidade, visto a importância dos serviços
prestados, que alcançam cerca de 40 milhões de brasileiros.
A posição até recentemente defendida pela ANS, de não se envolver nas
questões relativas às partes que compõem o setor, contrariando seu objetivo
maior, o de preservar o equilíbrio do segmento, para a segurança e o bem da população, fez com que apenas as operadoras pudessem recompor seu faturamento
ao longo do tempo, ao receberem o direito
de reajustes anuais, sem a obrigatoriedade de repassarem aos prestadores. Ademais da perda, proporcionada pela ANS,
os médicos têm convivido com práticas
em que as operadoras cerceiam a liberdade profissional em oferecer os melhores
recursos ao paciente, realizam glosas em
procedimentos já realizados, muitos antecipadamente autorizados, criam toda natureza
de entraves burocráticos para dificultar a realização de procedimentos e credenciam médicos em número restrito para que tenham
maior domínio sobre estes, tudo em prol de
um melhor resultado financeiro.
O que se vê como conseqüência desse
quadro estabelecido, é a iminente perda de
30% das instituições hospitalares pelo país,
por insolvência financeira e o brutal empobrecimento da classe médica, com retração
do investimento profissional e a já observada
perda na qualidade dos serviços prestados.
Defendemos a reestruturação da ANS a
fim de que esta possa efetivamente representar seu papel de preservar o equilíbrio de
todo o setor suplementar de saúde e não somente das operadoras. Defendemos o imediato estabelecimento de uma política de recomposição dos honorários médicos, que
desde 1990 acumulam perdas próximas a
300%, para tanto é fundamental que o item
“honorários médicos” passe a fazer parte
da planilha que avalia o índice de reajuste a ser oferecido às operadoras. Reivindicamos maior celeridade na condução da Câmara Técnica de Contratualização, para que
se estabeleça por resolução padrões bilate-
rais na relação entre médicos e operadoras, onde como em qualquer contrato de
trabalho haja parâmetros de reajuste dos
valores pagos, se universalize aos médicos o acesso ao trabalho, crie parâmetros
justos para circunstâncias de descredenciamento e prazos para o pagamento dos
serviços prestados, além de assegurar liberdade ao médico para utilizar os melhores recursos em prol dos pacientes.
Quanto à Câmara Técnica de Assuntos
Médicos, que também carece de maior
agilidade, reivindicamos a ampliação do
rol de procedimentos cobertos pelos planos de saúde, com a incorporação de novos procedimentos e tecnologias.
Lembramos por fim a necessidade de
uma política de mobilidade dos usuários
entre os diversos planos de saúde, que
permita a mudança de plano sem a perda dos direitos já alcançados, beneficiando aqueles que são os financiadores do
sistema, além aumentar a salutar concorrencialidade no setor.
Samir Dahas Bittar
Diretor de Saúde Pública da AMB
Representante da AMB junto a ANS
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 15
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
38ª Josulbra e II Simpósio Internacional
de Relaxantes Musculares
Por Dra. Aparecida
É sobejamente reconhecido que o trabalho de assistência à saúde não pode
prescindir de condições mínimas de segurança para o binômio médico-paciente.
Destarte, para que o profissional esteja em
estado pleno de atendimento ao sofrimento
humano é vital que esteja bem contemplado em suas condições biopsicossociais, relevando-se neste ponto a sua saúde financeira. Não é este o quadro vivenciado pelos
médicos brasileiros.
Sem uma discussão ampla e democrática os contratantes tergiversam buscando mão-de-obra pelos meios mais diversos, terceirizando serviços através de
organizações sociais e pseudo-cooperativas, tentando, reconheçamos, sobreviver
ante a avalanche tributária brasileira. Mas
será apenas esta a explicação para o quadro atual?
Em recente encontro com lideranças
médicas nacionais, no qual o Cremeb esteve presente, o ministro da Saúde, Humberto Costa, mesmo reconhecendo que
a remuneração pelos serviços prestados
está muito aquém do que seria justo, afirmou, sem meias palavras, que neste primeiro ano do governo Lula não é exeqüível
uma revisão na tabela do Sistema Único
de Saúde, uma vez que o enxuto orçamento da sua pasta já estaria comprometido
com atividades de custeio. Neste primeiro momento cabe à categoria médica lutar no setor privado para recuperar as perdas acumuladas, não apenas na vigência
da pseudo-estabilidade econômica do Plano Real, mas desde a implantação das tabelas de remuneração editadas pela Associação Médica Brasileira. No entanto é
preciso arregimentar-se, pois o setor empresarial já mostrou a perversa face da atividade meramente lucrativa. Os contratos
firmados pelos médicos com algumas operadoras de planos privados de assistência à
saúde são freqüentemente desrespeitados.
Os prazos para pagamento dos honorários
não são cumpridos, as multas não são pagas, o volume de solicitação de relatórios
é desgastante para o médico e humilhante
para o paciente, além das glosas aplicadas
indiscriminadamente.
“Os contratos firmados
pelos médicos com algumas
operadoras de planos
privados de assistência à
saúde são freqüentemente
desrespeitados. Os
prazos para pagamento
dos honorários não são
cumpridos, as multas não
são pagas, o volume de
solicitação de relatórios é
desgastante para o médico e
humilhante para o paciente,
além das glosas aplicadas
indiscriminadamente.”
Noutro passo, a relação trabalhista
tem experimentado verdadeira revolução
globalizada. A formalidade do emprego,
com as garantias constitucionais conseguidas com grande dificuldade pelos partidos progressistas na Assembléia Nacional Constituinte, está sofrendo tumultuada
modificação.
Anestesia em revista - maio/junho,
março/abril, 2003 - 16
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, acena com a possibilidade de discutir a flexibilização da legislação trabalhista,
através de estudo técnico, visando reforma
na CLT e uma discussão ampla com os setores envolvidos, notadamente o patronato e os empregados.
Ambas as situações atingem sobremaneira a refinada mão-de-obra que é a atividade médica. Há um escandaloso achatamento da remuneração do profissional
da medicina. Há grande entrave à atividade médica, autônoma e independente,
na qual a sagrada, intocável e inegociável
relação médico-paciente é tratada como
mero e desprezível detalhe.
Toda esta indignação não pode ficar
apenas no discurso. Vislumbram-se novas
formas de luta. Necessário se faz que democraticamente discutamos com os atores
envolvidos estas questões. Esta é a proposta que adotamos. O trabalho iniciado
pelo Cremeb, Sindimed e ABM, associados
ao Clube dos Médicos, Febase, Sindhosba,
Ahseb e Sindilab, criando na Bahia o CIERBA - Comitê Integrado de Entidades Representativas dos Prestadores de Serviços na
Área de Saúde no Estado da Bahia, à semelhança do que ocorreu em Goiás, está
evoluindo. Este comitê está auscultando as
reivindicações das sociedades de especialidades, visando uniformizar a relação dos
prestadores de serviços em diversos níveis,
com o empresariado. Qualquer médico que
tiver sugestões, deve procurar a sociedade de especialidade à qual esteja vinculado para expor suas idéias e contribuir com
o trabalho.
Dentro da proposta adotada pelo Cremeb, está prevista para os dias 8 a 10 de
maio a realização do I Congresso Baiano
Sobre Remuneração e Condições do Trabalho Médico, organizado conjuntamente
pelas entidades médicas - ABM, Cremeb
e Sindimed - para discutir temas diversos,
enfocados em matéria desta edição. Pretendemos trazer a Salvador representações
dos Ministérios da Saúde e do Trabalho, da
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), das seguradoras, da Abrange, do
Ciefas, das Cooperativas e de outras representações ligadas aos temas.
No estado democrático de direito é assim que se obtém conquistas. No encontro
das divergências é que se solidifica a democracia. Na discussão de teses, negociando
e estabelecendo premissas. Assim é que,
sem submissão de um lado e sem arrogância do outro, prestadores e compradores de
serviços devem debater a exaustão, procurando encontrar o modus vivendi em favor do
principal beneficiário, o paciente.
Publicado como Editorial da última edição
do Jornal do CREMEB
Aconteceu entre os dias 10 a 12 de abril em Curitiba no Four
Points Sheraton Hotel, a 38ª Jornada Sul Brasileira de Anestesiologia e o 2º Simpósio Internacional de Relaxantes Musculares.
O evento reuniu 383 inscritos vindos de todos estados. Com uma
programação científica diversificada com workshops, casos clínicos, conferências, interatividade e ainda uma programação social animada feita para atender a todos.
O SAVA, como sempre, surpreendeu os participantes que aprenderam os novos conceitos no atendimento nas situações críticas
em reanimação.
Durante o workshop de anestesia venosa, sob a coordenação dos
colegas gaúchos Fernando Nora e Marcos Aguzzoli, pudemos conhecer um pouco mais sobre a farmacocinética e farmacodinâmica dos agentes anestésicos. O workshop de Plexo Braquial transcorreu sob os olhos atentos de Antonio Oliva e Ricardo Sakata.
Foram revistos aspectos anatômicos e o uso dos novos anestésicos empregados na técnica. O Dr. Sakata informou aos interessados que o Hospital do Trabalhador encontra-se a disposição para
a colocação em prática dos conhecimentos adquiridos.
O curso de Ressuscitação Neonatal, além de atender as expectativas dos anestesiologistas que trabalham com crianças, acabou por surpreender os próprios palestrantes americanos pelo
alto nível científicos dos colegas brasileiros, conforme o Dr. Robert Johnson: Isto é primeiro mundo. Aqui não tem nada de Terceiro Mundo! Os participantes auferiram certificado pela Academia Americana de Pediatria, treze americanos vieram da Clínica
Mayo e da Wake Forest University. Além dos workshops palestra-
Edith e Dr. Carlos Parsloe, Dr. Pedro P. Tanaka, Dra. Maria Angela Tardelli, Dr. José Carlos Rittes e Dra. Maria Cristina Almeida
no jantar de confraternização, durante a Josulbra.
ram sobre sua maior experiência relacionada ao Transplante Hepático. Aspectos não somente técnicos foram abordados, ênfase em relação à reposição sangüínea e volêmica, monitorização,
enfim foi um sucesso.
O Paraná aproveitou a Josulbra para mostrar seus novos talentos,
colocando 30 paranaenses na programação científica, além de colegas paulistas, catarinenses, gaúchos, cariocas e pernambucanos.
No II Simpósio Internacional de Relaxantes Musculares foram
apresentados os novos conceitos que fizeram mudar nossa prática clínica, uso de novas drogas e monitorização da transmissão
neuromuscular. Os palestrantes foram Carlos Parsloe, Maria Ân-
gela Tardelli, Maria Cristina Almeida, Ismar Cavancanti, Hermam
Mellinghoff (Alemanha) e Antonio Alvarez (Espanha).
Na ala dos expositores obtivemos uma participação maciça o
que proporcionou a realização da Jornada. Não podemos deixar
de agradecer à: Cristália, Abbott, AstraZenenca, B. Braun, Medicalway, Takaoka, Mellovit, Criticare, Livraria Do Isidoro e Roche.
Estes parceiros nos apoiaram e deram um voto de confiança ao
Dra. Maria Aparecida Tanaka (esq), presidente da SPA e da Josulbra, Dra. Anita, Dra. Janete, Dra. Mari e Dra. Sueli.
investirem neste evento. A eles muito obrigado!
A programação social iniciou na quinta-feira, dia 10/04 com a
abertura no Museu Oscar Niemayer, obra de autoria do arquiteto
que lembra um olho humano. Os participantes desceram a rampa de acesso ao som de sax. A solenidade não foi longa, com início pontual. A mesa foi composta por diversas autoridades, no
entanto, a palavra foi cedida apenas ao Presidenta da SBA, Dr.
Esaú Barbosa e a Dra. Maria Aparecida, Presidente da SPA. Logo
após foi oferecido um coquetel.
Na sexta-feira, houve o jantar oficial da Jornada no Buffet Du Batel. A festa foi animada pela Banda Nega Fulô, que apresentou
belo show com músicas dos anos setenta e oitenta. Na abertura
da festa, o conjunto Los Los nos brindou com algumas músicas
e o parabéns para você de nossos aniversariantes: Dra. Consuelo Plemont Maia (primeira secretária da SBA) e Dr. Paulo Armando Ribas (Diretor Científico da SPA). Festas com hora para terminar (00:30 h) foi a proposta da SPA para não haver prejuízo
ao andamento da programação científica. A incerteza da participação de alguns patrocinadores, a incerteza da participação dos
colegas no evento, visto o feriado da semana seguinte, a não redução do número de cirurgias durante a Jornada, a proximidade entre datas dos eventos científicos, sem dinheiro em caixa,
pois acabamos de adquirir nova sede para a SPA foram alguns
fatos que nos preocupavam. O balanço paradoxal entre o estresse e a descontração, entre a confiança e a incerteza, é traduzido em crescimento, pois quem está na vida associativa curte, vibra a cada detalhe!
Nosso trabalho não será diferente para 2004. A criatividade, diversidade e perseverança são elementos essenciais que
acompanham a SPA. Acreditem! Curitiba fará o melhor CBA
de sua história.
Anestesia em revista -maio/junho, 2003 - 17
Divulgacao
XXVIII JONNA
Por Dr. Fernando Antônio Florêncio dos Santos
Presidente da SAEPB
Aconteceu no Tropical Hotel Tambaú em João Pessoa-PB, de 20 a 22
de março do corrente, a XXVIII Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia (JONNA), juntamente com a XVIII Jornada Paraibana de Anestesiologia, reunindo mais de 300 participantes. O tema central do encontro foi a Medicina Perioperatória e o Bloqueio Epidural Alto, esse
último, amplamente discutido entre renomados especialistas de várias
partes do país. Foram oferecidos, também, cursos de aperfeiçoamento
pré-congresso, como o “Suporte Avançado à Vida em Anestesia (SAVA)”
e “Bloqueios Periféricos”, coordenados pelos doutores David Ferez e
Adilson Hamaji, respectivamente.
Durante o evento, ocorreram as posses da nova diretoria da SAEPB,
tendo como presidente o Dr. Fernando Antônio Florêncio dos Santos
(PB), e da Febracan, cujo presidente eleito foi o Dr. Carlos Eduardo
Araújo(BA).
A SAEPB na ocasião da jornada, homenageou quatro profissionais pioneiros da especialidade no estado, reconhecendo o seu desempenho
profissional e associativo. Foram eles os doutores Jurandir Marques
Coutinho, José Demir Rodrigues, Orlando Xavier e Waldemar Cirne.
Foi destaque a presença de toda a diretoria executiva da SBA e de todos os presidentes das regionais que prestigiaram o evento e participaram das reuniões associativas.
A Comissão Executiva da JONNA registrou com satisfação uma grande
diversidade de inscritos vindos de vários estados do Brasil, e a intensa
participação da platéia nos temas abordados durante as palestras.
Certos de que o nosso objetivo, na escolha dos temas e na acolhida aos congressistas, ter sido alcançado, nós da Comissão Executiva
aproveitamos para agradecer a todos os participantes do evento, aos
laboratórios farmacêuticos que contribuíram conosco, a CoopanestPB (na pessoa do Dr. Vinícius Formiga) e Cocan, bem como a Unimed João Pessoa e Unicred João Pessoa.
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
37ª JASB - Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro
LOCAL: Ouro Minas Palace Hotel
Av. Cristiano Machado, 4000 - Bairro
Cidade Nova - Belo Horizonte/MG
DATA: 26 a 29 de Junho de 2003.
PROGRAMAÇÃO:
26 e 27 de junho de 2003
* SAVA - Suporte Avançado
de Vida em Anestesia
Organizador:
Dr. David Ferez - SP
26 de junho de 2003
* 1º WORKSHOP de Anestesia
em Oftalmologia de BH.
Organizadores:
Dra. Ana Maria Vilela
Bastos Ferreira - MG
Dr. Eduardo Gutemberg
M. Milhomens - MG
* Treinamento de situações críticas
em anestesia no simulador.
Organizadora:
Dra. Vera Coelho Teixeira - MG
Dr. Fernando e Dr. João Aurílio (em pé), Dra. Eliana e Dr. Esaú (sentados)
Da esquerda para a direita: Dr. João Modesto Filho - Pres. CRM-PB,
Dr. Paulo Montenegro - Sub-Secretário de Saúde do Est. da Paraíba,
Dr. João Aurílio Rodrigues Estrela - Pres. da XXVII JONNA, Dr. Esaú Barbosa
Magalhães Filho - Pres. da SBA, Dr. Fernando Antônio Florêncio dos Santos Pres. da SAEPB, Dr. Hermes Sá - Rep. da Secretaria de Saúde do Município
e Dr. Renô Macaúbas - Pres. do Sindicato dos Médicos do Est. da Paraíba.
SEXTA-FEIRA - 27/06/2003
SALA 01
Conferência: Ciclo circadiano e anestesia:
Médicos vão indenizar família de Carla Ataíde
O que muda na anestesia de acordo com a
hora do dia - Dr. Nilton Bezerra do Vale - RN
A Justiça condenou quatro dos cinco médicos acusados de negligência durante cirurgia que resultou na morte da modelo Carla Ramos
Ataide, em 26 de agosto de 2000. Durante cirurgia no septo nasal, a modelo sofreu um choque anafilático em decorrência da anestesia,
que culminou com edema agudo do pulmão e morte. O cirurgião, o anestesiologista e os donos da clínica, foram condenados a indenizar
a família da vítima e a prestar serviços comunitários no Pronto Socorro Municipal. A condenação foi dada no último dia 16 pela juíza da
1ª Pretoria Penal da Capital, em ação penal ajuizada pelos promotores de Justiça criminais.
A Justiça concluiu que houve negligência na análise dos exames pré-operatórios, que apontavam uma alteração de “eosinófilos” (leucócitos) da paciente; e o fato da clínica não possuir à época uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Só o médico cardiologista responsável pela análise da paciente nos exames pré-operatórios, foi inocentado do crime de homicídio culposo, pois só lhe competia avaliar os riscos cardiológicos.
O cirurgião e o anestesiologista foram considerados os responsáveis pela inobservação da elevada taxa de eosinófilos apontada nos exames de Carla. Outro indicativo de imprudência foi não consulta verbal à paciente sobre possíveis alergias.
Eles foram inicialmente condenados a dois anos e oito meses de detenção em regime aberto, cada um; um dos donos da clínica foi condenado a dois anos e quatro meses de detenção em regime aberto; e o outro a um ano e sete meses de detenção em regime aberto. Para
o último, a pena foi reduzida em dois meses porque possui mais de 70 anos.
Com a reversão das penas, os médicos foram condenados a pagar 200 salários mínimos à família cada um, o correspondente a um total de R$ 80 mil; Os donos da clínica vão arcar com um total de R$ 58 mil. Além disso, eles terão que prestar serviços comunitários. A
direção do PSM vai encaminhar à Justiça relatórios sobre o cumprimento da pena.
Mesa redonda: Como eu fazia aneste-
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 18
sia para ........... há 5 anos e como eu faço
hoje.
* Cirurgia ortopédica de MMII - Dr. Luiz
Eduardo Imbeloni - RJ
* Paciente Séptico - Dr. Fábio Henrique Gregory - SP
* Analgesia de parto e cesariana - Dr. Itagyba Martins Miranda Chaves - MG
Simpósio Satélite Astrazêneca: Aneste-
sia Venosa Total.
Dr. Marcos Aguzzoli - RS
Dr. Fernando S. Nora - RS
* Bomba de infusão alvo-controlada, o que
mudou?
* Anestesia venosa total: qualidade e baixo
custo é possível?
* Espaço para perguntas e simulações com
Tivatrainer.
Mesa redonda: A cirurgia não pode es-
perar...
* Coloco ou não stent no pré-operatório Dra. Maria José Carvalho Carmona - SP
* E o paciente está hiperglicêmico - Dra.
Eliana Cristina Murari Sudré - ES
* E o paciente usou cocaína - Dr. M.A Gouveia - RJ
A cirurgia acabou e o paciente...
* Está taquicárdico - Dr. Antônio Carlos
Aguiar Brandão - MG
* Está hipotenso - Dr. Jaci Custódio Jorge - MG
Mesa redonda: Idoso e anestesia
* Alterações fisiológicas e metabólicas do
idoso - Dr. Renato Santiago Gómez - MG
* Anestesia regional diminui a morbi-mortalidade no idoso? - Dr. Antônio Roberto Carrareto - ES
* Confusão mental no pós-operatório: prevenção e tratamento - Dr. José Carlos Braga Nitzsche - MG
SALA 02
Mesa redonda: Anestesia regional
1. Otimizando a utilização do estimulador de
nervo periférico - Dr. M. A . Gouveia - RJ
2. Reduzindo os riscos de neurotoxicidade Dr. João Abrão - MG
3. Conduta após punção dural não intencional - Dra. Eliana Cristina Murari Sudré - ES
Mesa redonda: Pediatria
1. Monitorização hemodinâmica no paciente pediátrico - Dra. Michelle Nacur Lorentz
- MG
2. Ventilação no neonato - Dr. Humberto Ribeiro do Val - ES
3. Emergência em via aérea - Dra. Georgina
Amélia Neves - RJ
4. Anestesia nas urgências do neonato - Dr.
Kleber Costa de Castro Pires - MG
5. Considerações da cirurgia ambulatorial
no neonato ou prematuro - Dra. Nilza Mieko
Iwata - SP
Mesa redonda: Obstetrícia
1. Analgesia de parto sem anestésico local.
É possível? - Dr. José Francisco Nunes Pereira das Neves - MG
2. Uso de vasopressores: a efedrina é a melhor
opção? - Dra. Alexandra R . Assad Silva - RJ
3. Quando indicar monitorização invasiva
na paciente obstétrica? - Dr. Ricardo Carvalhães Machado - SP
Mesa redonda: Cirurgia plástica
* Anestesia local e sedação para cirurgia
plástica: como, quando e por que - Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes - RJ
* Peridural torácica para cirurgia plástica:
como, quando e por que - Dr. Paulo César
de Abreu Sales - MG
* Anestesia geral para cirurgia plástica:
como, quando e por que - Dr. José Roberto
de Rezende Costa - MG
SALA 03
Mesa redonda: Reposição volêmica e
anestesia.
* Outros aspectos do equilíbrio ácido-básico: a importância dos íons - Dr. Marcos Guilherme Cunha Cruvinel - MG
* Hidratação no peroperatório: o que há de
novo para cirurgia de longa duração? - Dra.
Alexandra R. Assad Silva - RJ
* O paciente não urina: o que fazer? - Dr.
Neuber Martins Fonseca - MG
Conferência: Avaliação neurológica de
uma suspeita de lesão de nervo periférico
após anestesia - Dr. Irimar de Paula Posso - SP
Conferência: Casos clínicos de arritmias
no peroperatório: diagnóstico e tratamento Dr. José Mariano Soares de Moraes - MG
Simpósio Satélite Abbott: Aspectos práticos do uso da bomba de analgesia controlada pelo paciente.
Dr. Jordão Chaves de Andrade
Pró e contra: Hiperóxia
Pró - Dr. Luis Otávio Fernandes de Andrade - MG
Contra - Dr. Humberto Ribeiro do Val - ES
Conferência: Aspectos práticos na prevenção da hipertermia maligna - Dra. Maria Anita Spindolla B. Batti - SC
SÁBADO 28/06/2003
SALA 01
Conferência: Abordagem do paciente com
TCE grave - Dr. Louis Puybasset - França
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 19
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Conferência: Alterações do sono no pós-operatório - Dr. Nilton Bezerra do Vale - RN
Conferência: Anestesia para imagem em neurotraumatologia - Dr. Louis Puybasset - França
Conferência: Monitorização multimodal em reanimação cerebral - Dr. Louis Puybasset - França
Simpósio Satélite Cristália: Analgesia Perio-
peratória.
* Por que associar a clonidina à minha anestesia?
Dr. Túlio César Azevedo Alves - BA.
* Utilizando a cetamina -S(+) como adjuvante nos
bloqueios do neuro eixo - Dr. Ronaldo Contreiras
O. Vinagre - RJ.
* Por que a morfina é uma droga tão útil na analgesia perioperatória? Dra. Judymara Lauzi Gozzani - SP
Mesa redonda: SCV e anestesia.
1. Monitorização da oxigenação celular perioperatoria - Dra. Maria José Carvalho Carmona - SP
2. Insuficiência cardíaca direita no perioperatorio: prevenção e tratamento - Dra. Georgina Amélia Neves - RJ
3. Disfunção diastólica: sua importância para o
anestesiologista - Dr. David Ferez - SP
Mesa redonda: SR e anestesia.
1. Estratégia de diagnóstico de hipoxemia no perioperatorio - Dra. Vera Coelho Teixeira - MG
2. Edema agudo de pulmão durante anestesia:
diagnóstico e conduta - Dr. David Ferez - SP
3. Ventilação, reação inflamatória e anestesia - Dr.
Carlos Henrique Viana de Castro - MG
4. O que o anestesista precisa saber sobre os novos conceitos de ventilação na SARA - Dr. Marcelo Luiz Abramides Torres - SP
SALA 02
Mesa redonda: Anestesia ambulatorial.
* Encontrando a melhor relação custo/benefício Dr. Sérgio R. Botrel e Silva - MG
* Como usar a anestesia regional - Dr. Luiz Eduardo Imbelloni - RJ
* A máscara laríngea traz benefícios? - Dra. Nilza
Mieko Iwata - SP
Mesa redonda: Direito e anestesia.
Debatedores:
Dr. Alcebíades Vitor Leal Filho - MG
Dr. André Lourenção de Oliveira - MG
* Aspectos da denúncia.
* Culpa consciente/Dolo eventual.
Dr. Rogério Grecco, Procurador da Justiça do Estado de Minas Gerais, Fundador da Promotoria de
Defesa da Saúde/MG
* Responsabilidade civil solidária: anestesiologista, cirurgião, hospital, plano de saúde.
* Avaliação do dano.
Dr. José Altivo Teixeira Brandão, Desembargador
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Mesa redonda: Reação alérgica.
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 20
* Testes prévios à cirurgia - Dra. Maria Anita Spíndola B. Batti - SC
* Diagnóstico e tratamento - Dra. Maria Anita Spíndola B. Batti - SC
* Particularidades do látex e clorexidina - Dr. Luis
Antonio dos Santos Diego - RJ
Mesa redonda: Função Neuro-Muscular.
* Como utilizar bem um estimulador de nervo periférico - Dra. Maria Angela Tardelli. - SP
* Escolhendo o bloqueador neuromuscular - Dr. Ismar Lima Cavalcanti - RJ
SALA 03
Mini-Cursos:
Avaliação pré-operatória no consultório - Dr.
Renato Hebert Guimarães Silva - MG
Técnicas de ventilação - Dr. Marcelo Luiz Abramides Torres - SP
Provas de função pulmonar - Dr. Marco Antônio Soares Reis, Pneumologista - MG
Anestesia regional: Técnicas pouco utilizadas Dr. Wagner Fernandes Júnior - MG
Dr. Tolomeu Artur Assunção Casali - MG
DOMINGO 29/06/2003
SALA 01
Discussão de complicações.
Sessão interativa com votação eletrônica
Coordenador: Dr. Fábio Henrique Gregory - SP
Hospedagens:
- Ouro Minas Palace Hotel
Toll Free: 0800-314000
- La Place
Truana Turismo: (31) 3335-6131
Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais - SAMG - Telefax: (31) 3291-0901
Novas Diretorias
A COCAN - Cooperativa Campinense dos
Anestesiologistas comunica que, em assembléia geral ordinária, realizada no dia 17 de
fevereiro de 2003, foi eleita e empossada a
nova diretoria para o biênio 2003/2004, ficando assim constituída:
Diretor Presidente:
Dr. Eduardo Jorge Rodrigues
Diretor Tesoureiro:
Dr. Márcio Rossani Farias de Brito
Diretor Secretário:
Dr. Ricardo José Ramos Loureiro
Conselho fiscal:
Dra. Maria do Socorro Farias de Carvalho
Dr. Alberto Nunes Ribeiro
Dr. Aluízio Figueiredo Pinto
Suplentes:
Dr. Alfredo Lucas Filho
Dra. Ana Dulce de Souza Lima Rodrigues
Dr. Marcílio Cirne de Simas
Colocamo-nos à disposição e aproveitamos a
oportunidade para reiterar a importância de
nossa união, tanto na anestesiologia quanto
entre todas as especialidades e entidades representativas.
Diretoria da COCAN
Comunicamos que na última Assembléia Geral Ordinária da FEBRACAN - Federação Brasileira de Cooperativas de Anestesiologia realizada em 21/03/2003, foi eleita a nova
diretoria para o biênio 2003/2004.
Presidente :
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo (BA) Vice-presidente:
Dra. Maria Esmeralda Medrado (TO)
Secretário Geral:
Dr. Luiz Fernando Saubermman (RJ)
Tesoureiro:
Dr. José Siquara Rocha Filho (BA)
Primeiro Secretário:
Dr. Octaviano Batistini (PR)
Segundo Secretário:
Dr. Genésio Gomes da Cruz (PE)
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo
Presidente
Comunicamos que na última Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária da COOPANEST-BA - Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia, realizada em 25 de
março de 2003, foi eleita a nova diretoria
para o triênio 2003/2004/2005.
Conselho Administrativo:
Presidente:
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araújo
Vice Presidente:
Dr. Danilo Gil de Menezes
Secretário Geral:
Dr. José Siquara Rocha Filho
Primeiro Secretário:
Dr. Adhemar Chagas Valverde
Segundo Secretário:
Dra. Leda Maria Froes de Miranda
Primeiro Tesoureiro:
Dr. Roque José Arcanjo dos Santos
Segundo Tesoureiro:
Dr. Fernando Ferreira Brito
Conselho Fiscal:
Efetivo:
Dr. Altamirando Lima de Santana
Dr. Roberto Antonio Valois Mendez
Dra. Lúcia Pereira Nascimento
Suplente:
Dr. Aurino Lacerda Gusmão
Dr. Macius Pontes Cerqueira
Dr. José Manoel da Silva Correia
Conselho Técnico:
Efetivo:
Dr. Antônio do Vale Filho
Dr. João Bráulio Nogueira Macedo
Dr. Marco Aurélio Oliveira Guerra
Suplente:
Dra. Onsly Fernandes Canedo
Dr. Luiz Alberto Vicente Teixeira
Dr. André Luiz Aragão e Silva
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araújo
Presidente da COOPANEST-BA
Informamos que em Assembléia Geral Ordinária, realizada em 28 de março de 2003, foi
eleita e empossada a nova diretoria para o biênio 2003/2004, ficando assim constituída:
Diretor Presidente:
Dr. Cláudio José Caminada Miranda
Diretor Financeiro:
Dr. Eduardo Ferreira de Oliveira Filho
Diretor Secretário:
Dr. Roberto Bastos da Serra Freire
Vice Diretor Financeiro:
Dr. Rohnelt Machado de Oliveira
Vice Diretora Secretária:
Dra. Maria Aparecida de Almeida Tanaka
Esperando que nosso relacionamento seja o
mais cordial e profícuo, enviamos votos de estima e apreço.
Dr. Cláudio José Caminada Miranda
Presidente COPAN
I would like to inform you that at our society´s
Annual General Meeting held on Saturday, 15
February 2003, the following were elected
into the Executive Committee for 2003.
President:
Dr. Thomas Lew
President Elect:
Dr. Koh Kwong Fah
Honorary Secretary:
Dr. Victor Chee
Asst. Honorary Secretary:
Dr. Wang Chin Foong
Honorary Treasurer:
Dr. Raymond Gay
Committee Member:
Dr. Lim Boon Leng
Committee Member:
Dr. Noelle Lim
Secretariat:
Ms. Jessie Tan
anestesiólogos nicaragüenses, de 119
miembros de ANARE, se dieron cita a este
importante evento nacional; el primero que
se hace independiente de otras actividades
científicas.
En dicho III Congreso se realizaron las
elecciones de nuevas autoridades de la Junta
Directiva Nacional para el período Abril 2003Marzo 2005 de la Asociación Nicaragüense
de Anestesiología y Reanimación (ANARE).
La nueva Junta Directiva ya juramentada esta
formada por:
Dr. Victor Chee
Honorary Secretary
Singapore Society of Anesthesiologists
Presidente:
Dr. Javier Bravo Villalobos
VicePresidente:
Dr. Roger A. Pasquier
Secretario:
Dr. Petronio Salamanca
Tesorera:
Dra. Eveling Varela
Primer Vocal:
Dr. Douglas Navarro Navarrete
Segundo Vocal:
Dra. Irma Aráuz
A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas
No Estado do Pará - COOPANEST-PA, tem a
satisfação de comunicar que, em eleição realizada no dia 17/03/2003, foi eleita e empossada, para o biênio Março/2003 à Março/
2005, a Diretoria abaixo relacionada:
Diretor Presidente:
Dr. Jalvo H.Chucair Granhen
Diretor Superintendente:
Dr. Wilson da Silva Machado
Diretor Financeiro:
Dr. Aldemar Lobato da Silva
Conselheiro Vogal:
Dr. Antônio Maria Simões
Drª Lauricéia Seabra da Silva Valente
Dr. Simão Tannus Tuma Neto
Dr. Wilson da Silva Machado
Diretor Superintendente
Es un gran placer podernos comunicar
con Ustedes por este medio y darles a
conocer noticias sobre las actividades
científicas y gremiales de los anestesiólogos
nicaragüenses.
En Managua, Nicaragua se celebró los días
27, 28 y 29 de Marzo de este año el III
Congreso Nicaragüense de Anestesiología,
Reanimación y Manejo del Dolor cuyo lema
fue “Aracnoiditis y Aspectos médico legales
en Anestesia”, con la participación del Dr.
Jorge A. Aldrete y el Dr. Paul Comer de los
Estados Unidos, los Doctores Ignacio Ruiz
Moreno y Manuel Galindo de Colombia, la
Dra. Juythel Chen de Panamá y Dra. Karin
Codoñer de Guatemala.
A todos ellos nuestro agradecimiento infinito,
así como a SCARE (Colombia) por su apoyo
incondicional.
Fue todo un éxito científico y gremial, 83
Esperamos que la unidad entre nuestras
asociaciones en CLASA, y de toda la región
centroamericana, sea un éxito ya que
solo unidos podremos resolver todos los
problemas que nuestros asociados viven
diariamente en su quehacer profesional.
Dr. Roger A. Pasquier
Secretario Saliente ANARE
A Sociedade de Anestesiologia, Reanimação
e Dor comunica que em Assembléia Geral Ordinária, realizada em 28 de março de 2003,
foi eleita e empossada a nova diretoria do biênio 2003/2004, ficando assim constituída:
Presidente:
Dr. Werner Alfred Gemperli
Vice Presidente:
Dr. Armando Vieira de Almeida
Secretário:
Dr. Jeferson Carlos Pereira
Tesoureiro:
Dr. João Maximiano Pierin de Barros
Diretor Científico:
Dr. Paulo André Costa Novaes
Colocamo-nos à disposição e aproveitamos a
oportunidade para reiterar a importância de
nossa união.
Dr. Werner Alfred Gemperli
Presidente da SAEMS
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 21
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
valores razoáveis.
Se, pelo contrário, a conjuntura os
coloca em patamares demasiadamente elevados, os prestadores de
serviços desprezam as sugestões e
elevam os honorários.
Sob outro aspecto, o profissional que
se torna famoso contrata honorários,
sem levar em conta qualquer tabela.
Nos termos da própria lei 8.158/91,
a atividade da Secretaria Nacional de
Direito Econômico tem como encargo “apurar e propor as medidas cabíveis com o propósito de corrigir as
anomalias de comportamento de setores econômicos, empresas ou estabelecimentos, bem como de seus
administradores e controladores, capazes de perturbar ou afetar, direta
ou indiretamente, os mecanismos de
formação de preços, a livre concorrência, a liberdade de iniciativa ou os
princípios constitucionais de ordem
econômica.” Como se vê, o esforço
da Secretaria é obviar a formação de
cartéis e monopólios.
Ora, cartel é o agrupamento de empresas, para efeito de, através do
controle da produção, estabelecer
preços lesivos à comunidade.
As tabelas de honorários não agrupam entidades, para exploração do
mercado, nem propiciam o controle
de preços. Elas simplesmente fornecem parâmetros não obrigatórios de
honorários, evitando que uma categoria econômica, pulverizada em inúmeros indivíduos sem contato entre
Sentença favorável à Coopanest-SE contra o CADE.
A Justiça Federal de Brasília acolheu o pedido
da Coopanest-SE para anular as penas que
lhe foram aplicadas em Processo Administrativo pelo conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico. É uma sentença favorável para diversos processos semelhantes
movidos pelo CADE contra entidades médicas no Brasil.
um número superior ao número de médicos anestesiologistas credenciados no
Conselho Regional de Medicina de Sergipe, caracterizando total domínio do
mercado relevante da prestação de serviços anestesiológicos na região de sua
abrangência” (fls.750-8)
4.
“SENTENÇA 103/2003
AÇÃO ORDINÁRIA 2001.22713-6
Autora: COOPANEST/SE – Cooperativa dos
Médicos Anestesiologistas de Sergipe
Réu:
Conselho Administrativo de Defesa
Econômica
1.
2.
3.
O réu contestou sustentando, em síntese, que a tabela de preços utilizada
pela autora “produz efeitos anticoncorrenciais, haja vista que impede qualquer
mecanismo de concorrência no mercado
em questão, na medida em que todos os
profissionais, médicos anestesistas, vinculados à entidade, praticam o mesmo
preço estipulado na tabela. No caso vertente, constatou-se que a autora abarca
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 22
A autora replicou reiterando o pedido
(fls. 821-7). Não requerida à produção
de provas em audiência, procede-se ao
julgamento antecipado da lice nos termos
do art. 330/I do CPC (fls. 828-30)
9.
FUNDAMENTOS DO JULGADO
5.
A autora propôs a presente ação de conhecimento pretendendo anular as penas que lhe foram impostas no processo administrativo 08012.007460/97-74
por infração da ordem econômica traduzida na formação de cartel, nos termos
dos arts. 20/I e 21/II e V da lei 8.84/94
(fls. 3-14)
Alegou, no essencial, que não configura
infração da ordem econômica a utilização de “lista de procedimentos” editada
pela Associação Médica Brasileira em
1996 para simples orientação de médicos, evitando o recebimento de preços vis pela prestação de serviços. Essa
conduta não prejudica a livre concorrência, pois não induz a prática comercial
uniforme entre concorrentes. É um “parâmetro à cobrança dos serviços de seus
associados, não caracterizando” nenhuma das formas de abuso do poder econômico, como a dominação de mercado, a eliminação de concorrência e o
aumento arbitrário de preços.
mo preço, não é negado ao paciente o
direito de escolher o médico vinculado à
cooperativa/autora por raízes de preferência ou de competência profissional.
Diante disso é impertinente o argumento de que a “uniformização de preços e
serviços afronta o direito de escolha dos
consumidores/usuários de plano de saúde, que pagarão os mesmos preços pelos serviços que necessitarem, seja eles
prestados por um experiente ou inexperiente profissional.”
6.
7.
A autora presta serviços médicos de
anestesiologia mediante a contratação
de planos de saúde. Ficou comprovado no processo administrativo que essa
cooperativa de trabalho possui em seu
quadro de cooperados um número (67)
de médicos superior ao número (41) de
inscritos no Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (fl. 141).
O exercício, por si só, dessa posição dominante nesse mercado relevante de
serviços anestesiológicos não configura abuso de poder econômico. O abuso
somente se verifica quando visa à dominação do mercado, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros (Constituição – Art. 173 §4º)
O fato de a autora (cooperativa de serviços) ter adotado a “lista de procedimentos” da Associação Médica Brasileira não implica a dominação do mercado
ou eliminação da livre concorrência de
modo a configurar o abuso de poder
econômico. Essa tabela foi editada com
o objetivo de evitar a cobrança de honorários vis ou extorsivos, como prevê o
Código de Ética Médica:
“É vedado ao médico:
Art. 86 – Receber remuneração pela
prestação de serviços profissionais
vis ou extorsivos, inclusive através de
convênios.”
8.
Apesar do serviço prestado ter o mes-
É notoriamente sabido que há mais de
vinte anos o mercado de prestação de
serviços de saúde sempre adotou tabelas de honorários profissionais, inclusive
no sistema único de saúde/SUS. Não se
compreende por que somente a “lista de
procedimentos médicos/1996” da Associação Médica Brasileira foi considerada
anticoncorrencial, como observou o Ministro Humberto Gomes de Barros, no
MS 3.461-8-DF, 1º Seção do Superior
Tribunal de Justiça, a adoção de tabela
de honorários não constitui cartel:
“A tabela de honorários médicos resulta de um ato com o escopo de
sugerir aos profissionais de medicina, honorários mínimos, capazes de
remunerar dignamente os serviços
prestados.
...
Ela não contém qualquer norma de
conduta. Tampouco, comina sanção
para que não observar os valores recomendados.
Quem já exerceu profissão liberal conhece a utilidade de semelhantes tabelas, em relação, notadamente, aos
noviços.
Muitas vezes, o jovem profissional
queda-se perplexo, diante de uma
situação que lhe é posta. Coloca-se
frente a um dilema: fixar honorários,
em valor alto demais e explorar (ou
perder) o cliente; ou estabelecê-los
em valor irrisório, em atentado à dignidade profissional?
A tabela obvia o embaraço.
Ela não induz conduta comercial uniforme entre concorrentes. Suas recomendações simplesmente divulgam
si, tornem-se presas fáceis de organizações econômicas voltadas à exploração de seu trabalho.
O próprio Estado mantém serviços
que apuram e divulgam valores de
salários e remunerações.
O famoso SINE, do Ministério do Trabalho, presta serviço monitório, informando a prestadores e tomadores de
serviços, o valor médio de tais atividades.
A existência de tabelas uniformes
para todo o Brasil não constitui ilícito: as fábricas de automóveis estabelecerem preços que são observados
pelas revendedoras e todo o Brasil.
Não vejo como a tabela de honorários mínimos possa conduzir a “conduta comercial” uniforme ou concertada entre concorrentes.”
Enxergo nelas um instrumento de defesa das profissões liberais, contra
organizações, que na atual sociedade de massas, exploram o trabalho
de seus integrantes.”
10. Não há dúvidas que o CADE se impressionou com o argumento deduzido pelo
denunciante (certamente algum comprador de serviços médicos) de que
“eles (os planos de saúde) adotam para
cobrança de preços uma tal lista de procedimentos, que na sua página 27 sugere os valores a serem cobrados e na
página 18 chega ao absurdo de sugerir
cobrança em dobro (isto mesmo, 100%
a mais) quando o paciente estiver em
acomodações especiais” (fls 165-7).
Prêmio Heli Vieira
Há sete anos patrocinamos, junto à Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará, com o apoio da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia, o Prêmio Heli Vieira e, para
tanto, gostaríamos de confirmar o apoio da
SBA para a continuidade desse importante estímulo aos anestesiologistas do estado do Ceará.
Descrevemos abaixo, o regulamento para o
Prêmio Heli Vieira:
O autor do trabalho deverá ser membro ativo da SAEC;
2
Poderão ser inscritos trabalhos de na-
DISPOSITIVO
12. Acolho o pedido para anular as penas aplicadas à autora Cooperativa
dos Médicos Anestesiologistas de Sergipe no Processo Administrativo nº
08012.007460-74 (acórdão, fl. 144).
O réu pagará a verba honorária de
R$1.000,00 e reembolsará as custas
antecipadas (CPC, art. 20: nas causas
sem condenação pecuniária essa verba
é fixada consoante apreciação eqüitativa do juiz (§4º), não se aplicando os percentuais indicados no §3º).
13. Publicar: decorrido o prazo recursal
(30), remeter os autos para o TRF da 1º
Região (CPC, art. 475/I) com a redação
dada pela Lei 10.352/2001: “sentença
contra autarquia”.
Brasília, 18 de março de 2003
tureza clínica ou experimental na área
de anestesiologia;
2.1 Os trabalhos deverão ser apresentados em língua portuguesa, de acordo
com as normas vigentes de publicação da Revista Brasileira de Anestesiologia, em quatro vias;
3
REGULAMENTO:
1
11. É óbvio que quando o paciente opta por
“acomodações especiais” (apartamento
individual numa clínica) tem de pagar
além da tabela. Não estamos em Cuba
para imaginar o contrário! De qualquer
modo, isso (a cobrança de valor superior ao valor da tabela) dispensa outras
considerações, pois nada tem a ver com
práticas anticoncorrenciais. Poderia ser
enquadrada na relação de consumo cuja
vigilância não é atribuição do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica.
4
Os trabalhos inscritos ao prêmio deverão ser entregues à secretaria da
SAEC até 31 de agosto de cada ano,
juntamente com cópia autenticada da
aprovação para realização do mesmo,
concedida pela Comissão de Ética da
Instituição onde o trabalho foi desenvolvido;
A Comissão Julgadora é constituída
por três componentes:
- Diretor Científico da SAEC;
- Diretor Científico da SBA ou seu delegado;
- Editor-Chefe da RBA ou seu delegado.
5
O prêmio correspondente a 15 anuidades da SAEC do ano em curso é repassado ao autor do trabalho vencedor por Cristália Produtos Químicos e
Farmacêuticos Ltda;
6
O prêmio será entregue por ocasião
da solenidade de comemoração do
Dia do Anestesiologista (16 de outubro) ou em solenidade durante o
CBA.
Dr. Edvaldo Nascimento
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 23
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Novas Membros SBA
ASPIRANTE
Abinoam Praxedes Marques Junior
Adriano Ramos Campagnoli
Adriano Takashi Yokota
Alcebiades Raymundo da Silva Junior
Alexandre Casanova de Oliveira
Alexandre Guraci Leite Toutoundji
Alexandre Silva Pinto
Aline Melo Monteiro
Alisson Oliveira e Silva
Ana Cristina da Costa Gomes
Ana Paola da Rosa
Anderson Pozzer Gularte
André Augusto de Araújo
André Maia Lambert Gomes
André Prato Schmidt
André Soluri Martins
Andrea Barcelos Segatto
Andréa Galvão Costa
Andréia Lima Diniz
Antonedson Pinto França
Antônio Estefani Neto
Antonio Pereira de Assunção Sobrinho
Artur Rogério Batistella
Atsuko Nakagami
Augusto Falcão de Almeida Neubert
Aumério Silva das Chagas
Bruno Lami Pereira
Bruno Landgraf Colucci
Bruno Oliveira
Camila Belluzzi Biazoto
Carina Dantas Ruiz
Carla Dionísio Anraku
Carla Pereira do Nascimento
Carlos Frederico Loretti de A. Barcellos
Carlos Leonardo Alves Boni
Carlos Renato Prosdocimi Corrêa
Carolina Alboim
Carolina de Aguiar Paiva
Carolina Guerra Baião
Carolina Halfeld Clark dos Reis
Cátia Luciane Marini
Cibelle Magalhães Pedrosa Rocha
Cinthia Indelli Araújo
Claudia Biasi de Britto Pereira
Claudia de Souza Gutierrez
Claudia Ferrara de Souza
Claudio Henrique Corrêa
Cláudio Márcio Macedo
Claudio Roberto Bianco de Carvalho
Cláudio Sahagoff Abrahão
Cleyverton Garcia Lima
Cristiane Yoko Fukuda
Cristiano Ratkus Abel
Daniel Cunha da Trindade
Daniel Gustavo Teixeira Schamann
Daniel Vieira de Queiroz
Daniela Costa Martins
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 24
Danila Portela Cardoso Coelho
Danilo Souza de Lima
Débora Mascella Krieger
Dennis Brandão Tavares
Dilermando Chaves Del Guerra
Diná Mie Hatanaka
Ed Carlos Rey Moura
Eduardo Monteiro Silva
Eduardo Vidal Vasconcelos
Elaine Cristine Fraga Bezerra
Ellen da Encarnação Onety de Souza
Eric Benedet Lineburger
Érica Reis
Erick Freitas Curi
Fabiana Faloppa
Fabiane Roos Soares
Fabiano Robert Neves da Cruz
Fabiano Soares Carneiro
Fabiano Souza Araújo
Fábio de Melo Brum
Fábio dos Santos Cosso Martins
Fábio Ferreira
Fábio Guidi Junior
Fabricio Azevedo Cardoso
Fabrício Carvalho de Rezende
Fabrício Tavares Mendonça
Felipe Augusto Feldman Soares
Felipe Souza Maia da Silva
Felipe Wanderley Coelho
Fernanda Pereira Fuggioni Moreira
Fernando Andrade Cardieri
Fernando Aparecido de Oliveira
Fernando Leopoldo de Siqueira
Flávia do Val de Paula Tescari
Flávio Santos Queiroz
Franciele Wobido
Francielle Wermsbecker
Gabriel Gilberto Santos
Gabriel Pinheiro Moura
Gabriel Rodrigues Ximenes
Gabriela Monteiro Salomão
Gabrielle Pinto Rebello
George Alexandre Silva Muniz
Giannina Andrea Migliore Bauzon
Gilblainer da Silva Ancelme
Giovanna Salviati
Gisckards Scarpati de Oliveira
Gleci Berezowski
Guilherme Brunini Sbardelini
Gustavo André Viel
Gustavo Ayala de Sá
Gustavo Cimerman
Gustavo Nadal Uliana
Gustavo Tadashi Moro
Hugo Soltz
Humberto Hepp
Hussein Fayez Mohanna
Irlanda Portela Lima Albuquerque
Isabella Silva Pereira
Ítalo Leandro Bigonha
Iusta Caminha
Ivan Souza Santos Junior
Ivens Marcos Silva
Jacob Campos de Mendonça Neto
Jaider Batista Alves Silva
Jamile Vicente Guimarães
Janaina Alice dos Santos da Silva
Janaína Testa Samorano
Jayme Bueno de Castilho
Jeferson Quevedo Devens
Jefferson Yoshinari Ferreira da Cruz
Jésus Fernandes da Costa Júnior
Joana Rezende Cunha
João Bosco do Amaral Soares Júnior
João Paulo de Barros Bley
José Carlos Rodrigues Nascimento
José Eduardo Guimarães Pereira
José Wellington Rodrigues Junior
Josélia Moutinho Priante
Juliana Cruz Cruxên
Julio César Aurvalle Krebs
Karina Leal Costi
Karina Rabelo de Albuquerque
Karinny Shintani
Karla Viana dos Santos
Lamartine José Salgado Ribeiro
Laurita Velasques Perez
Lauro Cézar Maito Filho
Leandro Nasciutti Curado
Lena Claudia Maia Alencar
Leonardo Alves Ferreira
Leonardo Freitas de Goes
Leonardo Henrique Lucas de Lima e Silva
Leonardo Moreira de Mendonça
Leonardo Rispoli de Araújo
Letícia Godoy Dias Sanderson
Leticia Maltesi Becker
Lilian Rodrigues da Cunha
Lira Olimpia Alves Faria
Lucia Regina Cunha de A. Mendes Chaves
Luciana Pinheiro Padilha
Luciana Venturini
Luciano de Oliveira Campos
Luciano de Oliveira Correia
Luciano Dechini Spirandelli
Luis Henrique Cangiani
Luiz Alcides Colletti Filho
Luiz Felipe Menna Barreto Nunes de Souza
Luiza Erika Schimid Melo Neto
Mamede Moura dos Santos Neto
Marcelle Fiorott Amorim
Marcelo Cursino Pinto dos Santos
Marcelo Ferreira Vicentini
Marcelo Marcuzzo
Marcelo Sepeda Martins
Marcelo Spicacci Barbosa
Marcelo Toshio Kinsui
Marcia Emy Takahashi
Marcio Brudniewski
Marcio Hyeda
Marcio Mamede Nagatsuka
Marco Schinkdeth Reis Barbosa da Cruz
Marcus Vinícius de Moraes
Marcus Vinicius Fernandes Teixeira
Maria Daniela Cabral Costa
Maria Fernanda Belisario May
Mariana Blasi Cunha
Mariana Guimarães Granato
Mariana Pinto Peixoto
Mariana Rotta Medeiros
Marília Barbosa
Mário Humberto Curado Taveira
Marta Bernardez Gandara
Maruja Landauro Rojas
Mauricio Augusto Viceconti
Maurício Pedrini Júnior
Maurício Santana Barros de Oliveira
Mauro César Passos Cardoso
Maxuell Nunes Pereira
Mayke Campos Aquino
Melissa Horta Piva
Michel Moura Fernandes
Michelle Cristianini Dias Marques
Miguel Salomão Ramos
Narely Bandeira de Carvalho
Natasha Pinheiro Blanco
Ney Fuhrmann Leal
Nicholas Matheus Peres Olivel Alves
Oscar Luiz Fighera Junior
Oscar Vilmar Schulz Junior
Pablo Fabiano Ferreira Mello
Paola Rodrigues Oshiro
Patrícia Cursino Emerick
Patrick Van Helden Prado
Paula Regina Gusson
Paula Santos de Almeida
Paulino Teles Evangelista Segundo
Paulo Henrique de Lima
Pedro Augusto Costa Rebouças de Castro
Plínio Vasconcelos Maia
Priscila Costa da Silva
Priscilla Patto Abreu
Rachel dos Santos Marques
Rafael Gabardo Ritter
Rafael Hannickel Souza
Rafael Mercante Linhares
Ralpho Mattos Pereira de Magalhães
Renata Assef Delorenzo Barreto
Renata Auxiliadora A.Cavalcanti Ponte
Renata Cunha de Souza
Renata da Cunha Ribeiro
Renato Ferreira de Oliveira
Renato Lívio de Marques
Ricardo Boari Coelho
Ricardo Caio Gracco de Bernardis
Ricardo Fioretti de Camargo
Ricardo Gonçalves Prado
Ricardo Neves Carvalhido
Ricardo Segadas Acylino de Lima
Ricardo Souza Nani
Roberta Callé
Roberta Figueiredo Vieira
Roberta Oliveira de Almeida Fiandrini
Roberta Pedrini Cuzzuol
Roberto de Souza
Roberto Picarte Milani
Rodrigo Blauth Klipel
Rodrigo Freire de Carvalho
Rodrigo Moreira e Lima
Rodrigo Octavio de Paiva Queiroz Filho
Rodrigo Santos Fortunato
Rodrigo Teixeira Cavalcante
Roger Pelini Molon
Rogerio Andrade da Rocha
Rogério Ferreira França
Rogerio Machry da Silva
Rogério Póvoa Barbosa
Rosana de Lima Oliveira
Rosane Miranda Charneski
Rosyanne Barreira L. de França Antunes
Samantha do Nascimento
Saori Lúcia Fukui
Sheyla Pereira de Souza
Silvio Roberto Faia Verone Ferry
Socorro de Maria da Rocha Santos
Sydney Ribeiro Júnior
Tatiana Agnes Picin
Tatiane Garcia Teixeira da Silva
Tatiane Mury Martins
Thaís Almeida Campos da Silva
Thales Silva da Conceição
Thiago de Brito Carvalho
Tiago de Souza Bandeira
Ursulino Martins Neiva
Veridiana Fernandes de Araújo Osório
Verleia Teixeira de Mendonça
Vicente Vieira Damiani
Vinicius Verçoza Viana
Viviane Mentz Dornelles
Walesca Leite Cardoso
Washington Aspilicuete Pinto Filho
Zênio Daher Júnior
ATIVOS
Ademar Contiero Júnior
Adriana Marcondes Bassi
Adriana Navarro Machado de Abreu
Adriana Zanella Moscardini
Adriano Bechara de Souza Hobaika
Alan Alvarenga Bastos
Alan Darcy Addison Genaro
Albino Vieira de Moraes Júnior
Aldemar Antonio de Paiva
Aleksandra Paula Lima
Alessandro Barros Morsch
Alexandre Palmeira Goulart
Alexandre Pereira de Oliveira
Alexandre Richard Fonseca Vanetta
Alexandre Richter
Alexandre Rodrigues Nunes
Alfredo Cury Rojas
Amelio Alfredo Lissi
Amilkar Moises Vargas Villarroel
Ana Cristina Mendanha
Ana Lígia Bittencourt Yamamura
Ana Paula de Souza Vieira Santos
Ana Paula Román Scamardi
Anderlington Manoel Germano
André Landi Peres Pereira
André Magalhães de Oliveira Cenci
André Pedrote de Carvalho
André Ricardo Barbieri
Andrea Albres Stolf
Andréa Cristina do Nascimento
Andréa Silva Santos
Anibal Heberto Mora Vicuña
Antonio Alexandre Carneiro Monteiro
Antônio Carlos Câmara da Silva Nossa
Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro
Antônio Jarbas Ferreira Júnior
Antônio José Ludovico Ferreira da Silva
Antonio Rodrigues da Silva Neto
Ariadne Dourado Barbosa
Bebety Schmidt Albrecht
Brenner Franco de Mattos
Breno José Coutinho Fonsêca
Bruno José Silva Corrêa
Bruno Santos Afonso de Melo
Carlos Alberto Starling
Carlos Alberto Torres
Carlos Frederico Fávero Costa
Carlos Philipe Barbosa Polato
Carolina Lemos da Fonseca
Cassius Andrée da Silva Magalhães
Celso André Szpak
Celso Henrique Scacchetti Almeida
Cícero Péricles de Lucena Feitosa
Claudemar Antônio de Freitas
Claudia Pereira Borges
Cláudia Vargas Araújo Ribeiro
Cláudio Toshio Aguena
Cristiana Marçal Agostinho
Cristiane da Cruz Chaves
Cristiane Paim Rigol
Cristiane Tavares
Cristiano Iribarrem Monteiro
Cristiano Pereira de Souza
Daniel Colman
Daniel Galvão Bruno da Cunha
Daniel Marques Ielpo
Daniel Pedroso de Oliveira
Daniela Fraga de Siqueira
Daniela Trierweiler Vasconcellos
Diego Cavedon Ughini
Diogo Bruggemann da Conceição
Douglas Vicente Pinto Levier
Edson Horn
Eduardo Felipe Gold
Eduardo Pascotte
Eduardo Roberto de Paula Leite
Eduardo Salgado de Castro
Eduardo Soares Rodrigues
Elaine Loureiro Pereira Soares
Eliane Cristina de Souza Soares
Eliane Cristina Vasconcellos
Elisa Novaes Lopes
Emerson Alexandre Penteado de Carvalho
Emerson Guilherme Spinassé
Emerson Seiberlich Rezende
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 25
Emerson Silva Machado
Emily Santos Montarroyos
Érica Rosa Trindade
Ezequiel Milani Machado
Fabiana Ajnhorn
Fabiano Zumpano
Fábio Henrique Lucon Trigo
Fábio Lúcio Araújo Silva
Fábio Luis Silvestre Fernandes
Fábio Nunes Trevisan
Fabio Pavin Lassi
Fabrício Elias Leão da Silveira
Fabricio Tiago Martins Arruda
Fátima Suyama
Fernanda Antunes Parizoto
Fernanda Marcondes Crossetti Nallini
Fernando César Serralheiro
Fernando José Gonçalves do Prado
Fernando Lindquist Portieres
Fernando Machado de Araújo
Fernando Martins da Silva
Fernando Martins Soares
Fernando Scholze Webster
Flávia Gomes Correia
Flávia Lopes Delgado
Flávio de Angelis
Flávio Humberto de Sousa Neves
Flávio Silva Ferreira
Francine Sberni
Francisco Carlos Tavares Rivera Vila
Francisco Hélio Cavalcante Félix
Gabriela Silva Pereira
Gabrielle Rezer
Gerytza Chagas de Alcantara
Gilberto Gil Sena dos Santos
Giovani de Figueiredo Locks
Gisela Ferraciu Ferreira
Gisela Stehling Chaves
Giselle Ioná Teixeira
Giuliano Parreira de Oliveira
Graziele Pereira Cotrim
Gretel Oliveira Nicolau
Guilherme Carnaval de Souza Pereira
Guilherme Felício Bergara
Gustavo Di Nubila dos Santos
Gustavo Meneguelli Vieira
Gutemberg de Souza Cardoso
Heitor Noronha Neto
Helcio Alves de Almeida Sampaio Jr.
Helius Moreira D Agostini
Hugo Campuzano Soliz
Humberto de Alencar Fontoura Castilhos
Inácia Gonçalves Simões Lordêllo
Inez Cristina M.Pena Gonçalves
Itajiba Sabbag Fonseca
Jadson Alves de Sousa
Jaime Weslei Sakamoto
Jairo Augusto da Rocha
Jairo de Lima Ferreira
Janaína Leila de Oliveira Batista
Janaína Lima Junqueira
Jânio de Oliveira Neves
Anestesia em revista - maio/junho, 2003 - 26
Jefferson Luiz Ferrazzi
Jenner Luis Rocha Grisi
João Manoel da Silva Junior
José Fernando Rodrigues Chaves
José Paulo Bernardo
Juliana Cavalcanti Wanderley
Juliano Cesar Padovani
Juliano Rodrigues Neto
Júnio Rios Melo
Karine de Oliveira Dias
Klinger Arnaldo de Araújo Mendes
Lais Helena Camacho Navarro
Larissa Pretto Centeno
Laura Elisa Sócio de Queiroz Machado
Leandro Gobbo Braz
Leandro Mamede Braun
Leonardo Guimarães Nominato
Leonardo Jorge Barboza Cava
Leopoldo Fernandes Petrolino
Liana Maria Torres de Araújo
Lilian Thiemi Hiraga
Lisane de Andrade Jacques
Luciana Bessa Siqueira Pimenta
Luciana Brum Teixeira
Luciana Cristina da Silva
Luciane Gabardo Pimentel
Luciane Maria de Luca Marzochi
Luciano Alves Fares
Luciano Fernandes Dal Magro
Luciano Gomes Almeida
Luciano Rinaldi Regado
Lucila Annie Silveira Baldiotti
Luis Carlos Takachi Maeda
Luís Cláudio de Araújo Ladeira
Luís Cláudio Tavares da Silva
Luis Otávio Esteves
Luiz Alexandre Leite Minari
Luiz Carlos Kramer Filho
Luiz Cleber Pinheiro Frade
Luiz Henrique Cezimbra Kvitko
Marcelle Bassi Lozer
Marcello Roberto Leite
Marcelo Antunes
Marcelo Giancoli
Marcelo Kirsch
Marcelo Vieira da Silva
Márcia Fontana
Marcia Santana Morel Gomes de Oliveira
Márcio Martines dos Santos
Marco Lucio Augusto
Marcos Emanuel Wortmann Gomes
Marcos Lazaro Loureiro
Marcos Vinícius Manso Júnior
Marcus Vinicius Ramos Navarrete
Maria Elena Michel Duran
Marina Ferreira Vieira
Mauricio do Amaral Neto
Maurício Pires Ferreira Magalhães
Maurício Ribeiro de Souza
Miquelina Andréa Casella Daniel
Nayana Riesemberg da Cunha Ribas
Nelson Pessano Vasques
Nestor Marcelo Tedesco
Nicole Marchett
Omar Yesid Prieto Rincoñ
Oscar de Jesus Paternina Romero
Otávio Omati
Otoniel Moreira
Pablo Maurício N.Amado dos Santos
Paula Andréa Baptista Franco
Paula de Palma Martins Ferreira
Paula Mallman da Silva
Paula Nocera
Paulo Cezar Mota Martins
Paulo Grisolia Sasso
Paulo Luiz Vilanova da Silva Júnior
Paulo Teixeira Machado
Rafael Eduardo Glowacki
Randal de Tarso Rossi
Raphael Sanches Santiago
Regiane Xavier Dias
Renata Fófano
Renato Augusto Lopes dos Santos
Ressala Castro Souza
Ricardo Dal Molim Ghisleni
Ricardo de Oliveira Dreweck
Ricardo Zambonato Freitas
Roberta Louro de Medeiros
Roberto Cruz Rocha Silva
Roberto dos Santos Bandeira
Rodrigo Barbosa Aires
Rodrigo Caio Kesam
Rodrigo César Bitencourt Alvarenga
Rodrigo de Araújo Mucheli
Rodrigo de Moraes
Rodrigo Grigolon
Rodrigo Guimarães Leite
Rodrigo Tavares Corrêa
Rosângela Regina de Paula Costa Gibson
Rúbia Degnes de Deus
Sandra Bliacheriene
Sandra Helena Gomes de Castro
Sérgio Augusto Cainelli Medeiros
Silvia Daniela Scarpel de Oliveira
Silvia Minhye Kim
Sussumu Katiki
Suzana Patury Penido Salles
Tânus Vital Saúde
Tarcísio Pinho Ohde
Tarsis Alexandre Walczak
Thiago Caetano Pimentel
Thiago Munhoz de Argollo Ferrão
Ubirajara Sabbag Fonseca
Vanessa Telles Martins
Verônica Tavares Ximenes
Vicente Garcia de Almeida Júnior
Vivian Cristine dos Anjos e Silva
Viviana Ugenti
Viviane Matos Meira
Wagno Acioly Ponte
Waldeck Vasconcelos Sacramento
Werlington Marmo Leandro Felipe
Wilder Ronaldo Trevelin
Zélia Viana Duarte Farias

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