Edição 1_Dez2009_Final_Curvas

Transcrição

Edição 1_Dez2009_Final_Curvas
Feliz Natal! Próspero Ano Novo! Nós de “O Cervejeiro” lhe desejamos um 2010 repleto de
aromas inesquecíveis, sabores de tirar o fôlego e cervejas muito, muito especiais!
Nossa
segunda edição vem com gostinho de festa. Apresentamos algumas cervejas elaboradas
especialmente para o período de festas, uma receita para sua mesa Natalina (claro, a base de
cerveja!), assim como sugestões de presentes para agradar qualquer aficionado da cerva.
Essa edição é a vez da Brown Ale. Assim como fizemos com a Pilsner no número passado,
vamos buscar as origens desse estilo inglês, discutir a melhor forma de servir uma Brown Ale e
apresentar alguns exemplos ilustres que não deveriam deixar de serem provados. Seguindo
com o tema inglês, na sessão de viagens apresentaremos a cidade de Nottingham, um lugar
conhecido não somente pela lenda de Robin Hood, mas também por ser sede do pub mais
antigo da Inglaterra: Ye Olde Trip to Jerusalem. Sim, o nome é estranho, mas vamos explicar!
E para completar tudo isso, seguem muitas, muitas curiosidades da cerva. É isso aí! Feliz
Natal! Próspero Ano Novo! E tudo, tudo de bom para você, sua família, seus amigos, sua
comunidade, nossa cidade, nosso país e todo o resto do mundo! Prost!
Daniella Michelin
Natal é tempo de festa, de estar junto da família, de lembrar e agradecer pelas nossas bênçãos,
e de brindar a vida com um bom champanhe ou, porque não, uma boa cerveja?!
Você sabia que existem várias cervejas ao redor do mundo elaboradas especialmente para
essa época de festividades? Abaixo, seguem algumas cervejas Natalinas que até o bom
velhinho iria apreciar:
A Austríaca Samichlaus,
é a rainha das cervejas Natalinas,
e representa o ponto alto das
festas de final de ano para
muitos amantes da cerva.
A Samichlaus é uma
cerveja envelhecida
do tipo doppelbock,
cremosa e muito saborosa!
Como você deseja Feliz Natal a um
fanático por lúpulo? Com um garrafa da
Americana Celebration Ale da Sierra
Nevada!
Além de apresentar um amargor
acentuado a 62 IBUs
(International Bitterness Unit –
escala de amargor da cerveja,
quanto mais amarga, mais
lupulada é a cerva), essa cerveja
também é dry hopped* o que aumenta o
aroma e sabor do lúpulo.
Site: www.schloss-eggenberg.at/site/
Site: http://www.sierranevada.com/
*Dry hopping é um processo que aumenta o caráter lupulado da cerveja sem aumentar o IBU.
Ao contrário da cerveja Pilsner, a cerveja
Brown Ale não possui uma data de criação e
muito menos um criador. Ela não representou
uma quebra com nenhuma tradição cervejeira
e não contava com uma platéia ansiosa e
curiosa na primeira vez que seu liquido âmbar
jorrou dos tonéis de carvalho. Na verdade, é
difícil dizer que houve uma primeira vez.
Sua origem é quase tão obscura quanto sua
tonalidade marrom avermelhada. Enquanto a
Pilsner veio revolucionar a tradição cervejeira
Alemã, a Brown Ale representou um
aperfeiçoamento de cervejas que já eram
fabricadas na Inglaterra há mais de mil anos .
Até meados do século XVIII, as cervejas
produzidas no território inglês eram escuras e
turvas. Sua fabricação era ad hoc,
resultando em produtos sem consistência e
sem padrão de qualidade. A marca registrada
dessas cervejas era um sabor “defumado” que
se devia à técnica de secar o malte sobre
fogueiras de lenha ou carvão. Usava-se um
único malte, costumeiramente chamado de
brown malt (malte marrom), o que contribuía
para aromas e paladares mais ou menos
uniformes.
Como os belgas esquentam a
temporada Natalina? Com uma taça
de Bush Noël! Essa cerveja tem
aroma rico de malte. Além da
predominância do malte, as
práticas belga de utilizar fermentos
selvagens e de envelhecer a
cerveja com flores de lúpulo por
quatro a seis semanas, conferem
à Bush Noël sabor e caráter únicos.
Site: http://www.br-dubuisson.com/
An/index_bush.htm
A Christmas Ale da
tradicional cervejaria de São
Francisco, Anchor Steam é a
trigésima quinta Ale natalina
produzida pela empresa. A
receita varia todo ano – assim
como a árvore de natal que
ilustra o rótulo. Apimentada
e ao mesmo tempo doce, a
última versão da Christmas
Ale está melhor do que nunca.
Site: www.anchorsteam.com
Hortus Mirus
Soluções em Jardinagem & Irrigação
Av. Afrânio Rodrigues da Cunha, 625 - Tabajaras - Uberlândia
(34) 3231-4296 / 3237-4296 - [email protected]
Cansado da mesma árvore de Natal entra ano e
sai ano?
Não sabe o que fazer com todas aquelas garrafas
de cerveja vazias?
Não se preocupe! Seus problemas acabaram!
Não, não é um produto Tabajaras, mas se você
tiver um tempinho, existe uma forma de unir o útil
ao agradável.... confira o endereço,
http://www.youtube.com/watch?v=jp8jIPaX9BM
Lombo Assado na Pilsner
2 DENTES DE ALHO
350 ML DE ÜBER GOLD
1 XÍCARA DE SUCO DE LARAJA
1 CEBOLA
4 CRAVOS DA INDIA
2 FOLHAS DE LOURO
2 KG DE LOMBO DE PORCO
SAL E PIMENTA DO REINO MÓIDA
A GOSTO
4 COLHERES DE SOPA DE MANTEIGA
Pique os dentes de alho e coloque-os em uma tigela grande. Junte a pilsner, o suco de laranja,
a cebola espetada com os cravos e o louro. Esfregue o lombo com sal e pimenta e coloque-o
de molho na tigela. Cubra e leve à geladeira por no mínimo 12 horas. Aqueça o forno em
temperatura média (180oC). Retire o lombo do tempero e seque. Espalhe a manteiga sobre ele
e coloque-o em uma assadeira. Junte o líquido da marinada até atingir 1 cm da altura da forma.
Cubra com papel alumínio e leve ao forno por uma hora, regando constantemente com o molho.
Tire o papel alumínio e asse por mais 30 minutos ou até dourar. Retire o lombo da assadeira,
corte em fatias e reserve. Passe a cebola e o molho que se formou na assadeira para uma
panela e ferva por cinco minutos até reduzir e encorpar. Descarte os cravos e pique a cebola.
Tempere com o sal e a pimenta. Sirva o lombo com a cebola picada e o molho.
Rende 8 porções e fica delicioso!
Adaptado do “O Grande Livro de Receitas de Claudia”, Editora Abril.
Esqueça as meias, gravatas, pijamas, lenços, perfume, e todos aqueles outros
presentes batidos que o cervejeiro ou cervejeira em sua vida já recebeu mais
de uma vez, no Natal.
Seguem sugestões de presentes para cervejeiro nenhum botar defeito!
·
Chopeira elétrica: Elas podem ser de embutir ou portáteis. Já
pensou ter uma chopeira instalada na bancada do bar da sua casa,
personalizada da forma que você quiser? Aí é só pedir o barril e
demonstrar seus talentos de bartender! A Memo, de Ribeirão Preto,
fabrica e vende chopeiras de vários tamanhos e estilos. Site:
www.chopeirasmemo.com.br.
·
Tudo bem, talvez a chopeira não caiba no seu orçamento, mas o
Garrafão Personalizado da ÜBERBRÄU caberá e será muito
apreciado. O garrafão de 2 litros serigrafado com o logotipo da
ÜBERBRÄU vem com o chopp favorito do seu amigo cervejeiro! O
garrafão cheio sai por R$ 25,00! Uma opção para acompanhar o
garrafão são os copos serigrafados com o logo da ÜBERBRÄU.
A caldereta e a taça saem por R$ 6,00/unidade e as taças especiais
(tem uma para cada tipo de chopp!) ficam em R$ 16,00/unidade.
·
Para o tipo festeiro, que gosta das coisas boas da vida e adora estar
cercado de amigos e familiares, um Vale Chopp ÜBERBRÄU é
a pedida.
O Vale Chopp pode ser trocado por chopp do Delivery,
por chopp e petiscos no Bar da ÜBERBRÄU , pelo Garrafão e o que
mais estiver a venda na microcervejaria. Não há valor mínimo.
Ligue para 3232-2672 e peça o seu.
·
Seu cervejeiro adora a espuma e as borbulhas do
champanhe, mas dispensa o sabor? Nesse caso uma
garrafa da cerveja Eisenbahn Lust é solução. A Lust é
“a primeira [cerveja] do Brasil feita pelo método
champenoise”, o mesmo utilizado para fazer vinho
espumante. Depois da fermentação e maturação normal
dentro da cervejaria, o líquido é enviado para uma
vinícola, onde fica por três meses e passa pelo processo
de produção de champanhes. A Lust é vendida através
do site www.eisenbanh.com.br, em dois tamanhos: 750
ml (54,90+frete) e 1,5 litros (99,90+frete).
·
Quer saber tudo sobre o universo cervejeiro? O
Larousse da Cerveja, de Ronaldo Morado pode ser
um bom começo. Trata-se da primeira obra nacional a
abordar de forma abrangente todos os aspectos da
cerveja, desde o processo de fabricação e variedades de
estilos até detalhes de degustação e harmonização. O
livro está a venda em livrarias de todo o país. O preço
de tabela é R$ 130,00, embora as livrarias online
estejam oferecendo-o com descontos interessantíssimos!
·
E finalmente, se você quiser realmente impressionar,
dando um presente quase que único, e muito, muito caro,
que tal uma garrafa de Jacobsen Vintage Nº 2?
Considerada uma das cervejas mais exclusivas e caras
do mundo, ele vende pela bagatela de R$ 800,00, isto é,
se você conseguir achar uma!
O principal fator diferenciador das cervejas da época era o nível de frescor do mosto utilizado.
Na Idade Média, o mosto era reaproveitado várias vezes, criando cervejas mais fracas a cada
reutilização. A cerveja mais forte, feita com mosto fresco era chamada de STOUT. As
subseqüentes eram chamadas de STRONG BROWN e COMMON BROWN, consideradas as
medianas. A INTIRE, feita com o mosto já enfraquecido, era a versão mais fraca. A
COMMON BROWN é a ancestral da Brown Ale de hoje, porém significantemente mais forte.
Com o passar dos séculos, as técnicas de tratamento e torrefação do malte progrediram
resultando na criação de vários tipos de malte. Esses maltes representavam vários níveis de
torrefação, indo desde o “pale” (o que literalmente significa “pálido”) até o âmbar, marrom, e
marrom escuro. Os maltes eram combinados em proporções diferentes ou usados sozinhos
para criar toda uma gama de ALES, incluindo a PORTER, BROWN ALE, STOUT, MILD e PALE
ALES, sendo que a PORTER era o tipo predominante. Além desses estilos, novas versões
eram criadas através da mistura dos estilos existentes.
No início do século XIX, os recém desenvolvidos maltes claros iniciaram uma modesta
revolução na indústria cervejeira inglesa. As “PALE ALES” passaram a dominar a produção
cervejeira na área central da Inglaterra, embora as tradicionais BROWN ALES mantiveram seu
domínio em outras regiões como uma alternativa às versões claras, especialmente em Londres
e mais tarde no nordeste inglês. O estilo BROWN ALE desenvolvido em cada região obteve
características próprias que se mantém até os dias de hoje. Por exemplo, enquanto os
cervejeiros Londrinos preferem uma cerveja mais escura, doce e fraca, os cervejeiros do
nordeste inglês fabricam uma versão mais forte, menos escura e com paladar mais definido.
A Revolução das Microcervejarias nos Estados Unidos (ver o artigo As Revoluções por trás do
Retorno das Micros na 1ª Edição de O Cervejeiro) também afetou de forma significativa o
desenvolvimento da Brown Ale. Não estando presos a nenhuma tradição, microcervejeiros
americanos testaram novas formas de fabricar a Brown Ale. Os resultados foram importantes o
suficiente para justificar o reconhecimento de um novo estilo de Brown Ale. As características e
a cor do malte foram mantidas, porém a utilização do lúpulo foi feita de forma totalmente
inovadora. Mais lúpulo foi incluído na fórmula para aumentar o amargor e acentuar o aroma.
Como resultado dessas inovações, a Brown Ale tornou-se um dos tipos de cerveja mais
populares dos Estados Unidos.
Copo: Diferentemente de outros estilos de cerveja, a Brown Ale não possui um formato de
copo específico. No entanto, se formos considerar as características intrínsecas de cada
versão é fácil selecionar o copo mais adequado. As Brown Ales inglesas, devido ao seu sabor
leve e adocicado e aromas de malte e grãos, devem ser servidas em copos com uma abertura
maior facilitando assim o acesso do nariz aos seus aromas sutis. Já as Brown Ales
americanas apresentam um aroma mais assertivo, são mais lupuladas e exalam um cheiro de
malte marcante. Para esse estilo de Brown Ale uma caldereta é ideal.
Temperatura: Como a maioria da Ales inglesas, o sabor da Brown Ale se destaca se servido
a temperaturas mais elevadas que a Pilsner. Sugere-se que elas sejam servidas a
temperaturas entre 6 e 9oC para realçar os sabores levemente doces e aroma de toffee das
inglesas e acentuar o aroma lupulado e paladar complexo das americanas.
Harmonização: No livro Book of Beer de Andrew Campbell, o autor diz que cervejas não
combinam com pratos doces, mas que existe uma exceção: “a Brown Ale é excelente como
acompanhamento de uma torta de maça.” Outros conhecedores sugerem uma variedade de
tortas e castanhas como formas de harmonizar Brown Ale com comida. Porém o lugar da
Brown Ale a mesa não deve limitar-se a sobremesa. Esse estilo de cerveja, especialmente as
versões americanas, combina perfeitamente com aves, porco e carnes vermelhas. Uma ótima
pedida para as festas de final de ano, a Brown Ale pode ser harmonizada com a ceia de Natal
do começo ao fim.
Artigo baseado no livro “BROWN ALE, History, Brewing, Techniques, Recipes” de Ray Daniels e Jim Parker –
Classic Beer Style Series – Brewers Publications
Newcastle Brown Ale –
Dunston, Inglaterra 4.7% ABV
A mais famosa das Brown Ales, a
Newcastle é fresca, cremosa e bem
balanceada—não é a toa que uma
pessoa pode bebê-la ao longo de várias horas.
Sabores de malte e toffee misturam-se
perfeitamente ao seu leve amargor. Alguns
apreciadores detectam um toque de raspa de
laranja no sabor final. A Newcastle é uma Brown
Ale ideal para aqueles que apreciam cervejas
leves e frutadas.
http://newcastlebrown.com/
Wychwood Hobgoblin Dark English
Ale – Oxfordshire, Inglaterra 5.2% ABV
Essa saborosa e palatável cerveja possui uma
coloração avermelhada e, num primeiro
momento é rica em aromas de malte e caramelo.
Sua finalização sugere notas sutis de camomila
que se misturam a aromas
de pão e fermento. O
corpo uniforme e a maciez
da Wychwood fazem dessa
cerveja uma favorita entre
os fãs de Brown Ale.
http://www.wychwood.co.
uk/index.html
ÜBERBRÄU ÜBER BROWN ALE
– Minas Gerais, Brasil 5.0% ABV
A representante do Brasil segue o
tradicional estilo inglês de Brown Ales.
Sua mistura de maltes alemães
proporcionam paladar e aromas
complexos, com notas pronunciadas
de castanha e frutas. Leve e
refrescante, a ÜBER BROWN ALE
possui tonalidade avermelhada e um
creme denso e saboroso.
http://www.uberbrau.com.br/
Tallgrass Ale – Kansas,
Estados Unidos 6.3% ABV
Dizem que Louis Pasteur,
o inventor do processo de
pasteurização,
desenvolveu essa técnica
para poder levar a sua
querida Newcastle Brown
Ale para locais distantes
da sua cidade de origem.
3
Embora americana, a Talgrass Ale é
uma Brown Ale ao velho estilo inglês.
Eleita uma das melhores Brown Ales
no Campeonato Americano de
Cervejas de 2009, essa versão possui uma coloração castanha escura
e é cremosa e fácil de beber. Sua
aparência e aroma de grãos devem-se
a uma mistura única de maltes de estilo
alemão, inglês e americano e a
utilização generosa de lúpulos
americanos e ingleses.
http://www.tallgrassbeer.com/
Nessa edição, O Cervejeiro sugere uma viagem à terra dos pubs e da Brown Ale, a Inglaterra.
Especificamente, sugerimos uma visita à cidade de Nottingham que além da lenda de Robin
Hood, conta com a presença do mais antigo pub em funcionamento da Inglaterra: Ye Olde Trip
to Jerusalém (http://www.triptojerusalem.com/).
Nottingham é conhecida por sua arquitetura, museus, lojas e agitada vida noturna. Não
obstante todos esses atrativos, ainda é a lenda de Robin Hood e os antigo pubs os principais
fatores que levam 300.000 estrangeiros a visitar Nottingham anualmente. Para os aficionados
por Robin Hood, as principais atrações turísticas são a Floresta de Sherwood (sim, ela existe,
não é ficção!) e o Castelo de Nottingham. A Floresta de Sherwood existe desde a era do gelo
e durante o verão é palco do Festival de Robin Hood. Esse evento recria a atmosfera medieval
e conta com os principais personagens da lenda de Robin Hood. A Floresta também hospeda
o famoso Major Oak, um carvalho antigo (possui entre 800 e 1000 anos de idade) que de
acordo com a lenda era o principal esconderijo de Robin Hood. Um exemplo clássico de
arquitetura anglo-saxônica, o Castelo de Nottingham possui uma história de quase mil anos e
foi palco de muitas batalhas, intrigas, e romances. Na lenda de Robin Hood, o Castelo foi
cenário da ultima luta entre o herói e o xerife de Nottingham.
Mas vamos ao que interessa, os pubs antigos, principalmente
o mais antigo de todos, de Nottingham e de toda a Inglaterra:
o pub Ye Olde Trip to Jerusalém. Literalmente grudado nas
paredes do castelo de Nottingham, a história do pub é um
pouco obscura. Nos registros oficiais a referência mais
antiga ao pub data de 1618, porém pesquisas arqueológicas
indicam que o pub já existia (sob outro nome, claro) antes de
1189. O pub já pertenceu aos Cavalheiros Templários, ao
Priorado de Lenton e aos Cavalheiros de São João de
Jerusalém. Imaginem se as paredes pudessem falar!
O pub é conhecido pela sua extensa rede de cavernas que
eram utilizadas originalmente como salas de fabricação de
cerveja. As cavernas datam da época da construção do
castelo, 1068 DC. Acima do bar, está o Galeão
Amaldiçoado, um pequeno navio modelo que - de acordo com
a lenda - mata aqueles que ousarem limpá-lo! É
desnecessário dizer que o estado de limpeza do Galeão é
simplesmente deplorável. Antes de ele ser envolto em uma
redoma de vidro, grandes pedaços de poeira costumavam
descolar do Galeão e cair dentro dos copos de fregueses
incautos.
Mas o mais importante aspecto do pub encontra-se atrás do bar e no copo dos clientes. O
portfolio de cervejas do Ye Olde Trip to Jerusalém conta com cinco cervejas permanentes e três
sazonais. Entre as permanentes destaca-se a Olde Trip Ale (4.3% ABV). Caracterizada por
amargor balanceado e um aroma marcante de malte no começo e um aroma de lúpulo cítrico no
final, a Olde Trip Ale é muito refrescante e fácil de beber. Leve e saborosa, ela é perfeita para
uma longa conversa entre amigos nas antigas cavernas do pub.
A Ye Olde Trip to Jerusalem patrocina vários festivais de cervejas e outros eventos que contam
com uma grande variedade de ales oriundas de microcervejarias de toda a Grã Bretanha. Antes
de planejar sua viagem entre em contato com o pub para saber as datas dos eventos.
Ah! O nome bizarro? Na parede externa do pub está inscrita a data de 1189 DC. Esse foi o ano
em que o Rei Ricardo Primeiro (Ricardo Coração de Leão) subiu ao trono. Ricardo foi o primeiro
rei a engajar-se em cruzadas contra os Sarracenos, que na época ocupavam a terra sagrada de
Jerusalém. O Castelo de Nottingham representava uma base aliada do Rei Ricardo e segundo a
lenda, os cavalheiros e homens que participariam na terceira cruzada real, juntaram-se no castelo
antes da partida a Jerusalém. Logo o pub ficou conhecido como Ye Olde Trip to Jerusalem ou
“A Velha Viagem a Jerusalém”!
4
[email protected] - (34) 3212-5068
.
Para incluir seu anúncio nas próximas edições de O Cervejeiro, envie um e-mail para
[email protected] incluindo o nome da sua empresa, telefone de contato e
a melhor hora para entrarmos em contato. Obrigado!
A palavra “pub” foi um termo inventado na
época da Rainha Vitória e representa a
abreviação do termo “public house”, que
significa casa pública? Essa denominação
não ocorreu por acaso. Durante séculos e
até os dias de hoje, o pub inglês é um local
de encontro, aonde as pessoas vão para
conversar, celebrar, negociar, jogar, comer
e relaxar.
Em áreas rurais da Inglaterra, muitos pubs,
além de oferecer acomodação para os
viajantes, também servem de correio e até
igreja!?
Foram os Romanos que estabeleceram os
primeiros pubs na Inglaterra há quase dois
mil anos?
Nas cidades romanas as
“tabernae” serviam comida, vinho e ale
produzidos localmente.
Folhas de uva
eram usadas para decorar a parte externa
assim anunciando aos transeuntes a
função do local.
Durante a Idade Média, as Ales eram a
única bebida segura de se tomar na
Inglaterra?
Devido
ao
aumento
indiscriminado da população, os rios e
lagos tornaram-se muito poluídos e
impróprios para beber.

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