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Dossier Informativo
“Doenças Respiratórias – Há
uma ameaça no ar”
Com o apoio:
Setembro 2006
Índice
» Doenças Respiratórias - Panorama Nacional……………………………………3
» Vírus da Gripe – Influenza………………………………………………………………. 4
» Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)………………………………….5
» Asma……………………………………………………………………………………………………6
» Sinusites………………………………………………………………………………………………9
» Rinites………………………………………………………………………………………………….9
» Amigdalites………………………………………………………………………………………..10
» Otites………………………………………………………………………………………………….12
» Protecção……………………………………………………………………………………………14
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Doenças Respiratórias
Panorama Nacional
As doenças do aparelho respiratório têm uma incidência e uma prevalência
consideráveis entre a população de Portugal. Ao longo dos últimos anos
aumentou o número de doentes afectados por este tipo de doenças, como
consequência do envelhecimento da população, do aumento da contaminação do
ambiente e do consumo de tabaco, entre outros factores.
Os especialistas que participaram no estudo Prospectivo Delphi estimaram que,
entre os anos de 2003 e 2010, as doenças do aparelho respiratório tenderão a
aumentar duma maneira geral em Portugal. Esta previsão afecta de forma
similar os homens e as mulheres, mas os especialistas prevêem que a
prevalência destas afecções evoluirá de forma diferente dependendo da idade:
entre os adultos e os idosos espera-se um aumento ainda maior que entre as
crianças e os jovens.
As patologias onde se prevê um maior aumento até ao ano de 2010 são: as
doenças obstrutivas crónicas (asma, bronquite crónica obstrutiva, doenças do
sono, apneias obstrutivas e enfisema pulmonar), insuficiência respiratória
crónica, cancro broncopulmonar, asma e traumatismos torácicos.
Os factores que provocaram o aumento da incidência das doenças respiratórias
nos últimos anos são de diversa natureza. Por uma parte, o envelhecimento da
população está relacionado com o aumento das patologias do aparelho
respiratório, já que muitas delas afectam especialmente as pessoas de maior
idade. A contaminação atmosférica do exterior e do interior dos edifícios é outro
dos factores de risco mais destacados em qualquer grupo etário, estando este
associado aos processos de desenvolvimento económico e industrial dos países.
Também constituem um factor de risco fundamental determinados hábitos de
vida muito frequentes entre os portugueses, principalmente o consumo de
tabaco, e outros como a falta de actividade física e os hábitos alimentares.
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1 – VÍRUS DA GRIPE - INFLUENZA
A gripe é uma doença contagiosa resultante da infecção pelo vírus influenza. O vírus
influenza infecta o tracto respiratório (nariz, seios nasais, garganta, pulmões e ouvidos).
A maior parte das pessoas recupera em uma a duas semanas. A gripe é mais perigosa
nas crianças pequenas, nos idosos (com mais de 65 anos de idade), nos doentes com
problemas do sistema imunitário (infectados pelo VIH ou transplantados), ou com
doenças crónicas (pulmonares, renais ou cardíacas). Nestes grupos de doentes a gripe
pode levar a complicações graves, sendo nos quais que ocorre o maior número de
hospitalizações e de mortes.
A) Sintomas
A gripe caracteriza-se pelo início súbito de sintomas que incluem frequentemente: febre
elevada, arrepios, dor de cabeça, dor muscular, garganta inflamada, nariz entupido e
tosse seca.
Na gripe sem complicações, a doença aguda geralmente resolve-se ao fim de cerca de 5
dias e a maioria dos doentes recupera em 1-2 semanas. Porém, em algumas pessoas, os
sintomas de fadiga podem persistir várias semanas
B) Transmissão
O vírus da gripe (vírus influenza) transmite-se facilmente de pessoa para pessoa através
das gotículas emitidas com a tosse ou os espirros.
A inalação dessas gotículas através do nariz ou garganta permite a entrada do vírus no
organismo. Uma vez dentro do organismo, o vírus danifica a mucosa do tracto
respiratório e infecta as células.
É
relativamente
frequente
a
proliferação
bacteriana
nas
membranas
mucosas
danificadas pela infecção pelo vírus influenza, que provocam infecções secundárias como
pneumonia, sinusite, faringite, otite ou bronquite.
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C) Estatísticas sobre o vírus Influenza
Como doença, é altamente contagiosa e durante as epidemias e pandemias, (epidemias
que atingem proporções mundiais) o vírus Influenza atinge uma elevada percentagem
da população. Pensa-se ter existido 32 pandemias, três das quais no século XX: a
primeira em 1918-1919 (gripe espanhola) causou 20 a 40 milhões de mortes, com maior
incidência na faixa etária entre os 20 e 40 anos; a segunda em 1957-1958 (gripe
asiática) e a terceira em 1968-1969 (gripe de Hong Kong) . Nestas duas pandemias
morreram mais de 1,5 milhões de pessoas e os custos económicos directos, a nível
mundial, foram superiores a 32 biliões de dólares.
D) Complicações
O risco de ocorrência de complicações, hospitalização ou morte, em resultado da gripe, é
maior nos idosos (com mais de 65 anos), nas crianças pequenas e nos doentes crónicos.
As complicações da gripe podem incluir a exacerbação de doenças já existentes ou
problemas respiratórios (a pneumonia viral e/ou a pneumonia bacteriana secundária são
as complicações respiratórias mais graves mas pode surgir otite média, bronquite, etc)
ou não respiratórios (convulsões febris, síndroma de Guillain-Barré, encefalopatia,
miosite, miocardite, entre outras).
2 – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)
A DPOC caracteriza-se por limitações na ventilação, acompanhada por dificuldades
respiratórias, tosse e aumento da produção de expectoração. Os doentes são incapazes
de desenvolver as suas actividades diárias normais, em fases evoluídas da foença. Está
normalmente associada aos hábitos tabágicos, com índice de 20% de probabilidade dos
fumadores contraírem esta doença. A DPOC progride com a idade, levando a
incapacidade e morte prematura.
É uma doença de carácter progressivo, que provoca graves limitações, podendo conduzir
a incapacidade e morte prematura. A taxa de mortalidade associada a DPOC, a nível
mundial, tem vindo a aumentar, embora este efeito esteja também relacionado com o
envelhecimento
da
população.
A
poluição
urbana
poderá
contribuir
para
o
desenvolvimento de DPOC, bem como a poluição doméstica resultante de sistemas de
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aquecimento, entre outros. A presença de hiperactividade brônquica e a atopia são
também considerados como factores de risco.
A DPOC e a asma podem coexistir. No entanto, DPOC é diferente da asma. A DPOC está
muitas vezes associada a uma longo historial de hábito de fumar; a asma está
geralmente associada a alergias respiratórias e ocorre numa fase precoce da vida. As
alterações da função pulmonar na DPOC são responsáveis pelo aparecimento de
sintomas que são reportados pelo doente, geralmente depois 40 anos. A nível
patológico, há um processo inflamatório anómalo que atinge a vias aéreas.
A) Estatísticas sobre DPOC
•
É a 6ª causa de morte a nível mundial, a 5ª na Europa e noutros países
desenvolvidos e a 4ª nos Estados Unidos da América.
•
Cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem actualmente de DPOC.
•
Calcula-se que cerca de 75% dos Europeus e 50% dos Americanos com DPOC estão
sub-diagnosticados e deficientemente orientados.
3 – Asma
A asma afecta perto de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estimase que cerca de 1 milhão de pessoas sofram de asma.
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que, em indivíduos
susceptíveis, origina episódios recorrentes de pieira, dispneia (dificuldade na respiração),
aperto torácico e tosse, particularmente nocturna ou no início da manhã, bem como com
o esforço físico ou após a exposição a poeiras orgânicas ou inorgânicas.
Estes sintomas estão geralmente associados a uma obstrução generalizada, mas
variável, das vias aéreas, a qual é reversível espontaneamente ou através de
tratamento.
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A) Quais são os sintomas?
Suspeita-se de asma em presença de historial de um dos seguintes sinais ou sintomas:
tosse com predomínio nocturno, pieira recorrente, dificuldade respiratória recorrente e
aperto torácico recorrente.
Eczema, rinite alérgica, história familiar de asma ou de doença atópica estão
frequentemente associados à asma. Uma observação torácica normal não exclui a
hipótese de asma.
B) O que provoca ou pode agravar a asma?
Os sintomas de asma podem ocorrer ou agravar-se em presença de:
- Exercício físico;
- Infecção viral;
- Animais com pêlo;
- Penas dos pássaros;
- Exposição prolongada aos ácaros do pó doméstico (existentes principalmente em
colchões, almofadas e carpetes);
- Fumo, principalmente de tabaco e lenha;
- Pólen, sobretudo na Primavera;
- Alterações de temperatura do ar;
- Emoções fortes, principalmente quando desencadeiam o riso ou choro;
- Produtos químicos inaláveis;
- Fármacos, principalmente ácido acetilsalicílico e beta-bloqueantes.
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C) Como é feito o diagnóstico da asma?
O diagnóstico da asma tem por base:
- A história clínica - para determinar a presença de sintomas e as suas características,
relacionados com exposições a factores de agressão;
- Exame específico - para determinar sinais de obstrução brônquica, embora um exame
normal possa possibilitar o diagnóstico;
- Avaliação funcional respiratória - para comprovação de obstrução brônquica, da
presença de hiperreactividade brônquica e de limitação variável do fluxo aéreo;
- Avaliação de atopia;
- Exclusão de situações que podem confundir-se com a asma.
C) Como é possível identificar as crises de asma e determinar a sua gravidade?
As crises de asma podem ser ligeiras, moderadas, graves e com paragem respiratória
iminente, consoante os sintomas. Mas ter uma crise de asma significa, sobretudo, sentir
dificuldade em respirar. As crises muito graves podem pôr a vida em risco, por isso
devem-se tomar todas as medidas necessárias para as evitar e estar prevenido para as
atacar o mais depressa possível. Normalmente, as crises instalam-se lenta e
progressivamente, pelo que, se a pessoa estiver atenta, tem tempo para usar a
medicação (normalmente inalador) correspondente ao tratamento prescrito pelo médico
e, assim, afastar o perigo.
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4 - SINUSITES
Sinusite é uma inflamação dos seios perinasais, geralmente associada a um processo
infeccioso. Os seios perinasais são formados por um grupo de cavidades arejadas que se
abrem dentro do nariz e se desenvolvem nos ossos da face. A infecção sinusal segue-se
geralmente a uma rinite, alérgica ou infecciosa, dada a continuidade de mucosas
Grande parte das sinusites nas crianças tem uma causa viral: rinovírus, adenovírus,
vírus respiratório sincicial e influenza.
A sinusite é uma doença basicamente caracterizada pela acumulação de secreções nas
cavidades da face e que faz com que a população mundial sofra frequentemente de
dores de cabeça, secreções nasais e mau hálito, obstrução nasal e respiração bucal,
entre outros vários sintomas. Muitas vezes altera o dia-a-dia das pessoas e leva à perda
de dias de trabalho ou redução do rendimento profissional porque se repetem por várias
vezes ao ano, sendo inclusive confundidas com viroses e rinites.
Este problema atinge indivíduos desde os primeiros anos de vida até a velhice, piorando
devido a variados factores como profissão, local onde reside, tendências genéticas,
hábitos e vícios, passado de traumatismos na face, tumores nasais e pólipos. Como os
sinais e sintomas das sinusites são variados, é importante que o diagnóstico seja
correcto e o tratamento procure corrigir os factores básicos, estruturais, que estão
levando à acumulação exagerada de secreções nas cavidades perinasais.
5 – RINITES
Rinite significa literalmente inflamação da mucosa nasal e manifesta-se por obstrução
nasal, rinorreia e espirros. As rinites constituem um conjunto de patologias que têm
etiologia diversa, destacando-se a rinite alérgica e não alérgica.
A etiopatogenia da rinite alérgica é muito diferente da constipação, apesar de, por
vezes, se confundirem os sintomas. Trata-se de uma reacção de hipersensibilidade
mediada por anticorpos IgE a um alergénio. Existem 2 tipos de rinite alérgica: sazonal
ou perene (causada por agentes presentes o ano inteiro).
Os sintomas apresentam algumas diferenças em relação aos da constipação. A rinorreia
é geralmente aquosa, os espirros ocorrem em crises paroxísticas agrupadas (em salva),
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prurido no nariz e no palato. O envolvimento ocular é também bastante frequente, com
sintomas de prurido, lacrimejo, fotofobia, vermelhidão.
Das
rinites
não
alérgicas
destacam-se
a
rinite
vaso-motora,
a
gravídica
e
a
medicamentosa.
As alergias, podem revelar-se de várias formas - febre dos fenos, rinite alérgica, asma
e outras alergias respiratórias ou alergias cutâneas e alergias alimentares ou
medicamentosas entre outras. Em muitos casos não estão relacionadas com as épocas
do ano.
A rinite alérgica tem como agentes mais comuns os ácaros e os pólens e caracteriza-se
pela presença de espirros, rinorreia, obstrução nasal, prurido conjuntival, nasal e
faríngeo e lacrimejo. A rinite alérgica atinge cerca de 30 por cento da comunidade e é
mais frequente nas mulheres.
É também o distúrbio alérgico mais comum entre as crianças, afectando-lhes
seriamente a qualidade de vida; problemas. Enfraquecimentos funcionais, problemas
comportamentais e diminuição da capacidade de aprendizagem, logo do rendimento
escolar, são algumas das principais consequências. Sem mencionar os problemas que
se alargam a todo o meio familiar.
Como referido, a rinite alérgica é normalmente provocada pelos pólenes e pelos
ácaros. Assim, a doença tanto pode estar associada à sazonalidade como não. Se o
pólen for o principal agente, então é provável que a chegada da Primavera potencie a
sua ocorrência. Já os ácaros estão presentes durante todo o ano. A humidade e as
altas temperaturas são as condições ideais para o seu desenvolvimento. Desta forma,
para combater os ácaros e diminuir os riscos de rinite alérgica deve-se manter um
combate permanente e meticuloso contra o pó.
6- AMIGDALITES
As amígdalas são duas pequenas estruturas arredondadas que se situam logo no início
da garganta, uma em cada um dos lados que têm por função proteger o organismo
contra bactérias e vírus, produzindo anticorpos, principalmente na infância. Quando as
amígdalas infectam, surge a amigdalite infecciosa, vulgarmente conhecida por angina.
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A causa da infecção das amígdalas pode ser viral ou bacteriana, sendo que, na maior
parte dos casos, as amigdalites virais são mais problemáticas do que as bacterianas. As
amigdalites virais são, também, as mais frequentes, estimando-se que representem
70% dos casos de amigdalite crónica.
É no Inverno que mais frequentemente surgem as amigdalites de repetição e isto devese, principalmente, às variações de temperatura, bem mais comuns nesta época do ano,
e não apenas às baixas temperaturas. Para agravar, nesta altura do ano, permanece-se
mais tempo em espaços fechados, o que aumenta o risco de contágio dos agentes
infecciosos.
A transmissão da amigdalite pode dar-se pelo contacto directo, como por exemplo com
um beijo, mas, regra geral, é através das gotículas de saliva que se expelem ao falar,
espirrar ou tossir que os vírus e bactérias mais se transmitem.
Além da dor e da febre, o inchaço dos gânglios em qualquer lado do pescoço e da
mandíbula, também serve como indicativo da amigdalite. Dor de ouvido, dificuldade para
engolir, calafrios, dor de cabeça, hálito diferente, mudanças no paladar e no olfacto,
dores musculares, são outros dos sintomas comumente relatados.
A) Quem corre mais riscos?
- Crianças;
- Indivíduos com doenças das fossas nasais ou dos seios perinasais, como com desvios
anatómicos, rinites ou sinusites;
- Doentes que já tenham sofrido de amigdalite de repetição;
- Imunodeficientes;
- Doentes com infecções respiratórias virais;
- Frequentadores de espaços fechados, pouco ventilados e com grande concentração de
pessoas;
- Pessoas mais expostas às variações de temperatura.
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7- OTITES
Otite é o termo médico usado para toda infecção do ouvido, que pode ocorrer no ouvido
externo ou médio e pode ser aguda ou crónica.
O ouvido, órgão com a função de audição e equilíbrio, possui três divisões. A primeira, a
ouvido externo, compreende o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo,
revestidos por pele, que termina na membrana chamada tímpano. A sua função é
localizar a fonte sonora, amplificá-la e levá-la até o ouvido médio. Esta é uma cavidade
preenchida por ar e que se localiza dentro do osso temporal (osso que faz parte do
crânio) e contêm três pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo, que amplificam
o som que chega à membrana timpânica para a parte mais interna do ouvido, o
labirinto. No ouvido médio também se localiza a tuba auditiva, ou trompa de Eustáquio,
que estabelece ligação com o nariz (facto importante na origem da otite média) e que é
utilizada para igualar a pressão do ar entre o ouvido médio e o ambiente externo (por
isso quando descemos a serra bocejamos ou deglutimos para "desentupir" o ouvido).
O labirinto possui uma parte destinada a percepção dos sons, chamada de cóclea, e à
conversão das ondas sonoras para estímulos eléctricos que serão levados até o cérebro,
e outra que contribui para o equilíbrio do corpo. A infecção do ouvido externo é chamada
otite externa e do ouvido médio é chamada otite média.
A) Tipos de Otites
Otite Externa
A otite externa é mais frequentemente causada pela infecção por bactérias e fungos. Na
maior parte das vezes, eles penetram através de lesões na pele que recobre o conduto
auditivo externo provocadas por objectos (cotonetes, grampos, por exemplo), por atritos
ao coçar ou secar o ouvido e pelo contacto com água contaminada (mar, piscina,
banhos). O contacto frequente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de
protecção para o canal auditivo. Por isso, a otite externa também é conhecida como otite
dos nadadores.
Ocorre uma dor intensa e diminuição da audição. Em alguns casos, podem aparecer
secreção e comichão. O diagnóstico é feito considerando os sintomas e por meio do
exame otológico que permite visualizar o interior do ouvido.
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Otite Média
A otite média é a segunda doença infecciosa mais comum da infância, após as infecções
de vias aéreas superiores. A otite média aguda é uma infecção por bactérias ou vírus
que provoca inflamação e/ou obstruções que se não for tratada pode levar à perda total
da audição. Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções na
garganta ou respiratórias, como uma complicação. Os vírus e bactérias, normalmente
infectando o nariz e faringe, ascendem pela tuba auditiva e causam uma acumulação de
pus dentro do ouvido médio. A pressão exercida por esta secreção levará a dor, febre e
diminuição da audição. Algumas vezes ela chega a ser tão intensa que leva à ruptura da
membrana timpânica e saída de secreção purulenta misturada com sangue pelo conduto
externo (otite média aguda supurada).
Os principais sintomas são, portanto, a dor muito forte, diminuição da audição, febre,
falta de apetite e secreção local. O diagnóstico baseia-se no levantamento dos sintomas
e no exame do ouvido com aparelhos específicos como o otoscópio.
O tratamento pode requerer o uso de antibióticos e analgésicos. Em dois ou três dias, a
febre desaparece, mas a audição pode leva mais tempo para voltar ao normal. Se a
perda auditiva não regredir, pode ser sinal de secreção retida atrás do ouvido médio,
que será retirada cirurgicamente através de uma pequena incisão no tímpano. O
tímpano geralmente regenera-se espontaneamente.
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Protecção
Como evitar as Doenças de Inverno?
A imunidade está mais ameaçada sobretudo na época do Inverno, assim deve,
requerer-se uma alimentação equilibrada, não haver uma exposição em demasia
a baixas temperaturas, evitar bebidas geladas e não fumar.
Como se consegue uma Imunidade Reforçada?
A imunidade pode ser gerada através da vacinação. As vacinas são produzidas
de forma tal que se assemelham a um vírus ou a uma bactéria específica, e que
podem ser administradas às pessoas sem causar doença. Em resposta à vacina
o organismo aumenta o número de anticorpos específicos que são capazes de
reconhecer o vírus ou bactéria.
Existem diversas vacinas que previnem infecções comuns como a gripe, o
sarampo, ou a hepatite B, existindo ainda imunoestimulantes, de administração
oral, que utilizam extractos bacterianos, sendo capazes de prevenir infecções
respiratórias causadas pelas bactérias e ainda provocar um reforço geral da
imunidade, úteis também na prevenção de outras infecções de índice viral como
a gripe.
Para mais informações e contactos médicos:
MediaHealth® Portugal
Filipa Morais
Tel. 21 850 40 10 / 96 204 47 46
[email protected]
Joana Borges
Tel. 96 284 46 84
[email protected]
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