adrenalina - Fernando Velázquez

Transcrição

adrenalina - Fernando Velázquez
ADRENALINA
14 MAR a 5 MAI
_A IMAGEM EM MOVIMENTO NO SÉCULO XXI
CURADORIA
FERNANDO VELÁZQUEZ
ASSISTENTE DE CURADORIA
HERBERT BAIOCO
PRODUÇÃO
MOVA PRODUTORA
ADRENALINA
MONTAGEM
MARTA BRUNO
CENOGRAFIA
ARTOS CENOGRAFIA
DESIGN GRÁFICO
AMANDA JUSTINIANO
14 MAR a 5 MAI
AUDIOVISUAL
IMAGES
TÉCNICOS DE AUDIOVISUAL
GIL
TABAJARA
APOIO:
A
IMAGEM
EM
MOVIMENTO
NO
SÉCULO
XXI
ADRENALINA
_A IMAGEM EM MOVIMENTO NO SÉCULO XXI
A adrenalina é um hormônio neurotransmissor que é descarrega
do no corpo em situações que demandam uma rápida resposta em
termos cognitivos, comportamentais e fisiológicos. Ela aguça os
sentidos e aumenta a capacidade do cérebro de processar
informações, com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio entre
o ser e o meio.
Esta exposição apresenta um recorte do audiovisual nos dias de
hoje, em que vivemos anestesiados pela imagem. Emprestar, no
título da mostra, o nome desta substância é um modo de sugerir
que ainda podemos ser desafiados e surpreendidos por imagens.
Os trabalhos apresentados têm em comum a utilização de
programação algorítmica e de artifícios generativos, ou seja,
se utilizam de sistemas ou regras que permitem o aparecimento
de soluções imprevistas. São obras que exploram os recursos
narrativos e de linguagem do chamado tempo real, estratégia
alternativa à edição convencional de natureza aristotélica.
O interessante neste conjunto de obras está na forma particular
de olhar a realidade, as coisas e as pessoas, revelando estruturas
e qualidades visíveis e invisíveis a partir de perspectivas que nos
solicitam condicionamentos cognitivos específicos, além da
abertura ao diálogo com imaginários pouco conhecidos.
Como nos lembra Steve Dietz, todo novo meio penetra as camadas
da cultura deixando um legado estrutural de base. O novo meio da
fotografia trouxe um outro entendimento da estética da pintura
e contribuiu para consolidar culturalmente a conjunção tempoespaço. O novo meio do vídeo traz uma nova compreensão da
estética do cinema, e junto com a TV estabelece a assimilação da
ideia de tempo real. O novo meio digital muda o entendimento da
arte no sentido que desloca o interesse do comportamento da
forma para a forma dos comportamentos, destacando a potência
da interatividade e dos comportamentos em rede. Dos campos
eletromagnéticos que nos atravessam em tempo integral (e cujo
real efeito sobre o nosso corpo ainda desconhecemos) ao corpo
de dados que nos conforma (possível de ser processado e
manipulado por algoritmos autônomos), vivemos tempos de
reconfigurações sutis da ética, da estética, da política e do
território – tópicos sobre os quais propomos refletir a partir
deste heterogêneo grupo de obras.
Fernando Velázquez
_CHRIS COLEMAN
METRO RE/DE-CONSTRUCTION
vídeo 6’41” loop
2013
METRO é uma viagem que começa de fora
para dentro. É a documentação de um
espaço físico, capturado com precisão
milimétrica nas suas coordenadas, cores e
texturas. Vários trajetos foram realizados
para aprimorar esta reconstrução digital
afim de recriar uma experiência abstrata
relacionada à experiência de se utilizar o
transporte público. Com um scanner 3D
portátil e um laptop, o artista se transladou
cotidianamente no Denver Light Rail
(sistema de trem urbano).
O trem foi escaneado andando pelo vagão
de uma ponta à outra enquanto estava em
movimento, e as estações foram capturadas
em passeios curtos entre as paradas. A
fragmentação e as lacunas nos dados são
definidas pelos trancos, pela velocidade e
pelas curvas dos trajetos, que afetavam o
equilíbrio do artista enquanto capturava os
dados. Apesar das células do trabalho
serem stills, elas são documentos de
tempo, perspectivas e percepções
específicas. Assim sendo, duas situações
de captura nunca serão iguais: cada uma
representa a documentação daquele corpo
único, naquele trajeto específico. Com
design de som de George Cicci, a obra foi
comissionada pelo DENVER DIGERATI para
o DENVER THEATRE DISTRICT em 2013.
Chris Coleman nasceu na Virgínia Ocidental, nos
EUA, e recebeu seu título de mestre (MFA) da
SUNY Buffalo, em Nova York. O seu trabalho
inclui esculturas, vídeos, programação criativa e
instalações interativas. Coleman já apresentou
seu trabalho em exposições e festivais em mais
de 20 países, como Brasil, Argentina,
Singapura, Finlândia, Emirados Árabes Unidos,
Itália, Alemanha, França, China, Reino Unido,
Letônia e por toda a América do Norte. Seu
projeto de software de código aberto, Maxuino,
desenvolvido em parceria com Ali Momeni, teve
mais de 50 mil downloads de usuários em mais
de 120 países, e é utilizado no mundo todo em
aulas de Computação Física. Ele vive atualmente
em Denver, no Colorado. É Diretor de práticas
digitais emergentes e leciona na Universidade de
Denver, nos EUA.
//www.digitalcoleman.com
_DONATO SAMSONE
_duVa
PORTRAIT
vídeo 2’51”
2014
CONCERTO PARA LAPTOP: O VÍDEO
composição audiovisual, performance, vídeo, 19'
2007
“Portrait" é uma obra que poderia ser
definida como uma pintura animada, uma
expressão que combina a prática da
pintura, do vídeo e dos efeitos especiais.
“Portrait" é uma visão fantástica e surreal
de retratos humanos, que vem de uma
representação mental do universo interior
do artista, permeado por figuras grotescas
e lúdicas visões da realidade.
“Concerto para laptop: o vídeo” é o resultado da
apresentação, em uma performance multimídia,
de uma composição audiovisual onde as imagens
e os e os sons foram manipulados ao vivo e em
tempo real. Trata-se de um ensaio poético que
parte da livre interpretação de diferentes
paisagens emocionais, extraídas da memória de
pessoas anônimas. Através da sua rearticulação,
que aconteceu ao vivo, pode-se propor uma
análise das complexas relações entre o passado,
o presente e a verdadeira realidade dos
acontecimentos.
Formado na Academia de Belas Artes de Nápoles,
também estudou no Centro Sperimentale di
Cinematografia de Turim, onde se especializou na
combinação de técnicas tradicionais e
experimentais de animação. Seus trabalhos foram
selecionados em festivais de cinema de animação
como Annecy, Anima Mundi Brasil, Hiroshima,
entre outros, e compartilhados em sites
especializados como stashmedia.tv,
creativeapplications.net, motiongraphics.nu,
wired.com, Vimeo, dentre outros. O seu vídeo
"videogioco" foi selecionado pela Cinemateca de
Quebec como um dos 50 curtas que mudaram
a história da animação.
//donatosansone.tumblr.com
Luiz duVa é um artista experimental no campo da
videoarte. Desenvolve, desde o início dos anos 1990,
narrativas pessoais em vídeo, bem como uma série de
experiências com videoinstalações e performances
audiovisuais. duVa também é um dos criadores e o
diretor artístico da Mostra Live Cinema, mostra de
performances audiovisuais que acontece no Brasil
anualmente desde 2007.
//www.liveimages.com.br / autor: luiz duVa
_HENRIQUE ROSCOE (1MPAR)
_HUGO ARCIER
PONTO, UM VIDEOGAME SEM VENCEDOR
video game
2011
DEGENERATION II
vídeo 1’39” loop
2010
“PONTO, um videogame sem vencedor”
é uma instalação/performance audiovisual
com sons e imagens sincronizados, tocados
em um “console” construído e programado
pelo artista, e controlado por um joystick
de videogame retrô (Nintendo). A ideia é
subverter a lógica dos games antigos, mas
usando sua estética, sons e elementos
gráficos característicos. A performance
trata de alguns temas ligados aos video
games ou aspectos do cotidiano de forma
crítica, através de imagens abstratas e
simbólicas. Todas as imagens e sons são
criados pelo artista e tocados em tempo
real. Este instrumento é completamente
autônomo, e funciona sem a necessidade
de um computador.
Em “Degeneration II”, o artista se apropria
de um algoritmo de detecção facial para criar
mutações irreversíveis numa figura real. Com
base na experiência, a mente pode recriar o
objeto original a partir dos poucos polígonos
restantes, o que possibilita que o espectador
distinga e agrupe as imagens, dando significado
à abstração.
Henrique Roscoe é artista digital, músico e
curador. É graduado em Comunicação social pela
UFMG e Engenharia Eletrônica pela PUC/MG,
com especialização em Design pela FUMEC. Com
o projeto audiovisual conceitual e generativo
HOL, se apresentou nos principais festivais de
imagens ao vivo no Brasil como Sónar, FILE,
ON_OFF, Live Cinema, Multiplicidade, FAD e
também no exterior, na Inglaterra (NIME,
Encounters), Alemanha (Rencontres
Internationales), Polônia (WRO), EUA
(Gameplay), Grécia (AVAF), Itália (LPM e roBOt),
e Bolívia (Dialectos Digitales). Desenvolve
instalações interativas e cria instrumentos e
interfaces interativas usando sensores e objetos
do cotidiano, gerando construções inusitadas.
//www.1mpar.com
Hugo Arcier é artista digital (ou um artista em um mundo
digital). Utiliza a computação gráfica 3D em vídeos,
gravuras e esculturas. Já trabalhou com diretores como
Roman Polanski e Alain Resnais. Suas obras foram
apresentadas em festivais (Videoformes, Némo, Elektra),
em galerias (Magda Danysz, Artcore, ADN, Celal),
museus (New Museum, Le Cube, Okayama Art Center,
Plateforme) e feiras (Slick, Show off).
//www.hugoarcier.com
_LUCAS BAMBOZZI
CURTO CIRCUITO [ÚLTIMO SUSPIRO]
TVs de tubo e vídeos dessincronizados
2014
TVs que pulsam uma imagem “entranhada”,
efeito colateral de sua condição eletrônica
pré-digital. Retrato de precariedades e da
obsolescência voraz nas tecnologias de
imagens, emitem um "último suspiro" de
raio catódico. Há algo de incômodo nesse
refluxo, talvez por sermos testemunhas
de uma arqueologia que opera em nosso
presente. O lixo eletrônico causa fascínio
e espanto. Há algo de aterrorizante em
especular sobre o acúmulo de produtos
industrializados que passam, em poucos
anos, a não ter valor algum. Especula-se
sobre o consumo, sobre o fluxo dos
produtos, sobre o fim das coisas. Para
onde vão as coisas que não queremos
mais? O conjunto de TVs parece conflitante
no espaço expositivo, mas ao mesmo tempo
parece estar em estranha harmonia com
o ambiente - algumas TVs parecem não
funcionar há anos. Então, em algum
momento, percebemos que algo ainda
acontece nesse arsenal sucateado,
enxerga-se um faiscar elétrico, as telas
emitem lampejos, ouve-se uma pequena
descarga, um possível curto-circuito.
Lucas Bambozzi, artista e pesquisador em novas
mídias, produz trabalhos em vídeo, instalações e
meios interativos. Seus trabalhos já foram
exibidos em mais de 40 países, em organizações
como o Moma (EUA), ZKM, Frankfurter
Kunstverein (Alemanha), Arco Expanded Box
(Espanha), ŠKUC gallery (Eslovenia), Museum of
Modern and Contemporary Art (Rijeka, Croácia),
WRO Media Art Biennale (Polônia), Centro
Georges Pompidou (França), Bienal de La
Habana (Cuba), ISEA Ruhr (Alemanha), ZERO1
Biennial (EUA), Ars Eletrônica (Áustria – com
menção honrosa em 2010 e 2013), Bienal de
Artes Mediales (Chile), Bienal da Imagem em
Movimento (Argentina), 25ª Bienal de São Paulo,
dentre outras. Participou de festivais como o
Videobrasil, É Tudo Verdade, FILE, Festival do
Rio BR, Sundance e Slamdance (EUA), Impakt
(Holanda), FID Marseille, Share (Itália), XX
Videoformes (França), Emoção Art.Ficial,
On_OFF e vários outros. Foi um dos criadores
do Festival arte.mov (2006-2012), do Projeto
Multitude (2014) e do Labmovel (2012-2015).
É professor na FAAP, em São Paulo.
//www.lucasbambozzi.net
_MATHEUS LESTON
MONO
vídeo, 5'
2015
Mono surge do cruzamento de ideias
aparentemente antagônicas: acaso e
escolha, aleatoriedade e composição,
processos estocásticos e escolhas
formais. O som foi gerado através de um
algoritmo de síntese FM e as imagens são
a transposição direta desse sinal para
coordenadas tridimensionais. Os áudios
foram selecionados por suas
características sonoras e pelos desenhos
que formavam, editados e mixados, e o
vídeo resultante foi tratado. Ouve-se uma
única linha, com poucas sobreposições,
enquanto na imagem se vê
predominantemente dois pontos de vista
simultâneos do mesmo objeto
tridimensional.
Matheus Leston é músico, artista e produtor
musical. Em 2013 criou e produziu a Orquestra
Vermelha, projeto multimídia premiado pelo
Programa Rumos. Desenvolve também a
apresentação Ré e produz música eletrônica
sob o nome Lateral. É membro da Patife Band,
de Paulo Barnabé, e trabalhou em diversas
instituições de arte, como o Instituto Tomie
Ohtake e Fundação Bienal de São Paulo.
Participou da exposição Caos e Efeito, do projeto
Ao Redor de 4'33" da 7ª Bienal do Mercosul, da
4ª Jornada de Cinema Silencioso e do Sistemas
Ecos 2014 como artista e tutor. Além de
trabalhar com edição de som, sonorização para
publicidade e consultoria em projetos multimídia,
compôs a trilha sonora da série Contos do Edgar
e dos filmes Preto ou Branco!, A Redação, Obra
Prima, Mais uma Noite, entre outros.
//rui.do
_MIKE PELLETIER
PARAMETRIC EXPRESSION
vídeo 2’51”
2013
Parametric Expression é um filme de
animação em 3D que trabalha com as
emoções como um conjunto de parâmetros
técnicos que podem ser repetidos,
transferidos, manipulados e finalmente,
transgredidos. A animação explora o
conceito do “vale da estranheza”*. Nossos
cérebros parecem estar preparados de
forma inata para para a percepção de
faces, de forma que uma forte reação
negativa é provocada quando algo escapa
da norma. Parametric Expression, na
busca da beleza sublime, incorpora o erro
e o sentimento desagradável sugerido pelo
fenômeno do “vale da estranheza” como
estratégia.
* O vale da estranheza (em inglês: uncanny
valley) é uma hipótese no campo da
robótica e da animação 3D que diz que
quando réplicas humanas se comportam de
forma muito parecida — mas não idêntica
— a seres humanos reais, elas provocam
repulsa entre observadores humanos.
(fonte: wikipedia)
TIME OF FLIGHT
vídeo 3’31”
2014
Time of Flight é um filme de animação em
3D que interpreta o corpo humano a partir
da tradução de dados reais, capturados
digitalmente por um Kinect*. O filme é
formado por uma série de cenas abstratas,
em que retratos escaneados em 3D são
distorcidos, manipulados e alterados,
tornando a sua essência irreconhecível.
A trilha original é de Arjen Jongeneel.
_RICARDO CARIOBA
ABRA,
instalação de áudio estéreo e vídeo em
quatro canais
57’ em loop, 150 x 800 cm,
2009
Mike Pelletier é um artista digital que trabalha
nos domínios do digital, instalações interativas,
modificações em videogames e animação 3D.
Ele já trabalhou no Banff Centre, no Fablab
Amsterdam e atualmente no Random Studio
Amsterdam. Vive e trabalha em Amsterdã,
Holanda.
Ricardo Carioba é artista plástico, vive e
trabalha em São Paulo. Carioba produz
instalações com uso da arquitetura, explorando
as linguagens de vídeo, som e sistemas de
iluminação. Também realiza fotografias e
desenhos gráficos. Em seus trabalhos, explora
elementos mínimos da linguagem visual e sonora,
para muitas vezes perturbar os hábitos de nossa
sensibilidade. Muitos de seus trabalhos foram
desenvolvidos a partir de leis ou conceitos da
física, e da utilização de luz para revelar algumas
características do espaço – presentes, mas
normalmente invisíveis. Explora de formas
diferentes os intervalos, o vazio que define o
espaço. Perturba os hábitos linguísticos e
sensíveis, a fim de quebrar seus
condicionamentos e tornar possível o nascimento
de diferentes formas de pensar e de sentir.
//mikepelletier.nl
//ricardocarioba.com
* Dispositivo desenvolvido pela Microsoft
para o console de video game Xbox, que
permite o escaneamento 3D.
_RICHARD GARET
_RICK SILVA
THE FOUR HORSEMEN 4 canais de vídeo em formato vertical (sem som)
Duração indeterminada
2013
THE SILVA FIELD GUIDE TO BIRDS
OF A PARALLEL FUTURE
18 vídeos em sequência, 11'38''
2014
O trabalho consiste em celulóides de 16mm
manipulados e transferidos ao formato digital.
Cada um dos vídeos tem como legenda o texto
bíblico dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse,
encontrado no capítulo 6 do Livro do Apocalipse,
que os anuncia como os mensageiros do final dos
tempos. O trabalho discorre sobre a percepção de
que vivemos um processo de decadência e
destruição, onde o até então infinito estaria
chegando ao fim.
The Silva Field Guide to Birds of a Parallel Future
combina ficção científica e teorias de universos
paralelos com observação de pássaros e
ornitologia.
Richard Garet é Mestre pelo Bard College, NY, EUA.
Trabalha na intersecção de diferentes mídias, imagens
em movimento, som, fotografia expandida e performance
multimídia. Sua produção inclui desde ambientes
modificados a instalações site specific, com as quais
promove situações imersivas que ativam a percepção de
fenômenos físicos e psicológicos e refletem sobre a
natureza do tempo. Pesquisa também o entorno dos
sistemas complexos e as traduções algorítmicas,
explorando o ruído estabelecido não só pelas mídias de
cultura de massa, mas também a sua percepção do
cotidiano.
//richardgaret.com
Rick Silva explora, no seu trabalho, noções de
paisagem e vida selvagem no século 21. A sua obra já
foi apresentada em exposições e festivais como
Transmediale, Futuresonic e Sonar. Colabora
frequentemente com os espaços experimentais
TRANSFER Gallery de Nova York e Ditch Projects
em Springfield, Oregon.
//ricksilva.net
_RYOICHI KUROKAWA
_SANTIAGO ORTIZ
RHEO: 5 HORIZONS
Instalação em 5 canais, 8’ loop
2010
LOVE IS PATIENT
net art
2009
Rheo: 5 horizontes é uma instalação audiovisual
inspirada na paisagem, na perspectiva do
movimento, para criar uma experiência sinestésica
de som e imagem. A obra, que obteve o prêmio
Golden Nica do Ars Electronica em 2010, é
composta por cinco monitores HD e cinco canais
de áudio que funcionam de forma independente.
As imagens produzidas digitalmente estão
minuciosamente sincronizadas com gravações de
campo que, associadas de forma minimalista,
revelam uma construção espacial complexa e de
requintada beleza arquitetônica. O contraponto
entre som e imagem e natureza e tecnologia
promove uma escultura mutável e fluida. Rheo, que
significa fluxo em grego, reflete sobre os ciclos de
vida como uma corrente de tempo e espaço que
desafia os limites da percepção humana.
O cérebro humano tem a capacidade de
reconhecer padrões de diversas naturezas: desde
abstrações geométricas e rítmicas até outros de
natureza complexa, como as emoções de um rosto
humano. Este trabalho apresenta um híbrido de
ambos, expondo o cérebro a uma armadilha
perceptiva a partir da combinação do algoritmo
de Voronoi (que pega um conjunto de pontos e
constrói um polígono para cada um, garantindo
que as extremidades entre cada par fiquem no
meio), com a série de fotografias "Exteriors",
de Kelly Castro.
Ryoichi Kurokawa, Japão, 1978, vive e trabalha em
Berlim. Trabalha principalmente com instalações,
gravações e concertos. No seu trabalho, se propõe a
esculpir o tempo através do cruzamento de gravações
de campo com processos digitais, reconstruindo
arquitetonicamente o fenômeno audiovisual. O seu
trabalho foi apresentado em festivais internacionais e
museus, como a Tate Modern, a Bienal de Veneza,
Transmediale e Sonar. Em 2010, recebeu o prêmio
Golden Nica do Prix Ars Electronica, na categoria Música
Digital & Arte Sonora.
//www.ryoichikurokawa.com
Santiago Ortiz é o mentor do projeto Moebio Labs.
Matemático, cientista de dados, inventor. Cria e
desenvolve projetos inovadores e interativos para a
web, com ênfase na visualização de dados e mapas de
conhecimento. A natureza e seus padrões complexos
são o alicerce da sua obra.
//moebio.com
_SEMICONDUCTOR
_SUSI SIE
MAGNETIC MOVIE
vídeo 4’47”
2007
CYMATICS
vídeo, 1’19”
2014
Nesta ação, que acontece nos laboratórios de
ciências espaciais da NASA, em Berkeley, a vida
secreta dos campos magnéticos é revelada como
geometrias caóticas e em constante mudança, ao
mesmo tempo em que se ouvem cientistas falando
sobre as suas descobertas. O vídeo nos deixa em
dúvida: estaríamos observando uma série de
experimentos científicos, o fluxo do universo, ou
um documentário de ficção?
SILK
Video, 1’28”
2013
Semiconductor é um duo do Reino Unido formado por
Ruth Jarman e Joe Gerhardt. Em suas obras, exploram a
natureza material do mundo pelas lentes da ciência e da
tecnologia, questionando como eles mediam nossas
experiências. Entre suas exposições e exibições se
destacam Let There Be Light, House of Electronic Arts,
Basel; Worlds in the Making, FACT, Liverpool; Da Vinci:
Shaping the Future, ArtScience Museum, Singapura;
Field Conditions, San Francisco Museum of Modern Art;
Earth; Art of a Changing World, Royal Academy of Arts,
Londres; International Film Festival Rotterdam; New York
Film Festival; Sundance Film Festival and European
Media Art Festival.
//semiconductorfilms.com
Cymatics e Silk são ensaios sobre a percepção em
que a artista busca fazer visíveis as propriedades
invisíveis da matéria. Ambos foram realizados
estritamente com recursos analógicos.
Susi Sie (1982) é uma artista que vive em Berlim, cujo
trabalho se move entre os campos da arte e da ciência.
Explora a natureza física e matemática das formas,
substâncias e materiais, na busca de sua essência,
beleza e magia.
//susisie.de/
_TRANSFORMA
GRAETE
Registro de performance, 19'
2014
“Graete” é uma viagem no tempo. Na primeira
imagem, humanos pré-históricos alimentam uma
fogueira no interior de uma caverna. Na última
imagem, um homem contemporâneo analisa a
mesma fogueira com equipamentos dos dias de
hoje. No processo, um graveto ou uma pedra
passam a ser reconhecidos como ferramentas,
da mesma forma que uma câmera ou um canhão
de luz.
Transforma foi criado em 2001 por Luke Bennett, Baris
Hasselbach e Simon Krahl. Produzem vídeos, trabalhos
sonoros e audiovisuais, instalações, cinema ao vivo e
performances. Colaboram com músicos como Apparat,
Dieter Meier, Alex Banks, Chloé, com o diretor teatral
Sebastian Hartmann, a coreógrafa Sonia Mota e o
artista Yro. O grupo já se apresentou em festivais como
o KW Institute for Contemporary Art, Moscow
International Biennial for Young Art, FAD Festival de
Arte Digital, Art.Ware Festival, Sequences Festival, CTM
Festival, Todays Art e no Deutsches Theater.
//transforma.de/
_PROGRAMAÇÃO
ADRENALINA
14 MAR a 5 MAI
OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE CONTROLADORES DIY
COM HENRIQUE ROSCOE [VJ 1MPAR]
18 e 19 MAR | 19H às 22H
PERFORMANCE AUDIOVISUAL SYNAP.SYS
COM HENRIQUE ROSCOE [VJ 1MPAR]
2O MAR | 19H30 | duração: 30'
OFICINA "INTRODUÇÃO AO OPEN FRAMEWORKS"
28, 29 e 30 ABR | 19H às 22H | 15 vagas
MESA REDONDA SOBRE A EXPOSIÇÃO ADRENALINA
COM GUILHERME KUJAWSKI, JULIANA MONACHESI E ROBERTO CRUZ
24 MAR | 20H às 22H
PERFORMANCE “ESPÉCIE”
DIREÇÃO E CONCEPÇÃO: VALÉRIA BRAGA, RODRIGO CUNHA
PERFORMER: RODRIGO CUNHA
15, 16 e 17 ABR | 20H | duração: 20’

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