- Revista do Aço

Transcrição

- Revista do Aço
latão
inox
cobre
na indústria
automobilística
alumínio
Ano II - edição 7 - 2013
vist
am
sta
ent
os
Circule e
re
a nos dep
ar
t
• Galvanização à quente
• Agronegócio de AÇO
índice
Notícias do Aço ...................................................................................................................... 04
Artigo
Inspeção tecnológica: segurança e economia....................................................................... 22
Corrosão
Revestimento para proteção........................................................................................................ 26
sxc.hu
Capa
Aço é predominante na indústria automobilística............................................................... 30
Mercado
Ital e Italindústria estão juntas..................................................................................................... 36
Agronegócio
A vida do aço no campo................................................................................................................ 38
Seção do AÇO Inox
Aço inoxidável: aplicação em usinas de açúcar e álcool.................................................... 44
Evento
Feicon Batimat bate recordes de visitação e de negócios................................................. 50
Caderno de Classificados do Aço ........................................................................... 55
Revista do Aço – Ano II – Número 07 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.
Editor-chefe Marcelo Lopes ([email protected])
Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) ([email protected])
Receba gratuitamente
Projeto Editorial Revista do AÇO
Projeto Gráfico Elbert Stein ([email protected])
Capa Elbert Stein
Montagem de capa sxc.hu/Villares Metals
Colaboradores desta edição Gislaine Vicente, Gustavo Cassiolato, Joner Oliveira Alves, Paulo Silva Sobrinho
a Revista do AÇO
por correio, solicite e nos
Cadastro Marcia Corazzim ([email protected])
Publicidade e ComercialFrancisco Salles – (11) 9 5556-7717 ([email protected])
envie suas informações
Levy Carneiro – (11) 9 9613-5111 ([email protected])
Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433
Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda
Tiragem 10.000 exemplares
Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:
Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo
Cep: 04230-030 – SP – Brasil – Telefone: +55 (11) 2062-1231
A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos
com contato e cargo
para o envio,
através do e-mail
[email protected]
As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias
publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.
Revista do Aço •
3
Redução de imposto
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, no final do mês de março, no Diário Oficial da
União a Resolução nº 17 criando novos ex-tarifários de bens de capital alterando para 2%, até 31
de dezembro de 2013, as alíquotas do Imposto de
Importação sobre vários bens de capital.
A lista inclui itens como motores de pistão; bombas centrífugas; combinações de máquinas, montadas em “skid”, próprias para bombeamento de
oxigênio líquido; ventiladores axiais; equipamentos para síntese de ácido clorídrico (HCL); torradores de laboratório para desenvolvimento de produtos como amendoins, castanhas e nozes; entre
vários outros. A norma também zera a alíquota
do Imposto de Importação, até 31 de dezembro
de 2013, para combinações de máquinas, de aplicação exclusivamente ferroviária, para fabricação
de locomotiva diesel-elétrica de 8 eixos, com potência bruta superior a 4.100HP.
4
• Revista do Aço
Unylaser amplia
área fabril
Divulgação
Aço resistente
A Villares Metals, produtora de aços especiais
não planos de alta-liga, apresenta na Feiplastic
2013 o VP ATLAS, um aço de elevada resistência
mecânica e que oferece desempenho superior
na produção de moldes para injeção de plásticos para as indústrias automotivas e de eletrodomésticos. O produto é indicado para as mais
severas aplicações automotivas e de eletrodomésticos por apresentar alta resistência mecânica, por exemplo, característica essencial exigida nesses segmentos. “Este novo aço possui
composição química balanceada, com patente
requerida, passando por tratamento de microinclusões, o que lhe garante melhor equilíbrio e desempenho, que são vistos como vantagens competitivas em mercados tão acirrados,
como o Automotivo, entre outros”, destaca José
Bacalhau, Engenheiro Pesquisador, responsável
pelo desenvolvimento do produto.
Informações:
www.villaresmetals.com.br/
A Unylaser Produtos e Componentes Metálicos,
empresa do Grupo PCP Steel, sediada em Caxias do Sul (RS), está em fase de expansão. Com
o objetivo de aumentar a produção e visando
incrementar os negócios atuais com a atração
de novos clientes, uma área de 3.500 metros
quadrados será agregada à atual, totalizando
um espaço de 13 mil metros quadrados no Distrito Industrial. De acordo com Eduardo Maggioni, gerente geral da Unylaser, a expansão
visa complementar a produção já existente e a
captação de novos clientes. “Vamos aumentar
a linha de produção de basculantes, chassis e
outros produtos da área de implementos rodoviários, confeccionadas sob o design e projeto
de clientes.” A produção neste ano deve atingir
12 mil toneladas de peças e componentes. Com
a incorporação da nova área, a meta é atingir
um crescimento de 25%, que representa uma
média de 15 mil toneladas.
Informações:
www.pcpsteel.net
O
+
IMPORTANTE
08-09 MAIO | RIO DE JANEIRO
EVENTODACADEIA
DOAÇONOBRASIL
CENTRO DE CONVENÇÕES SULAMÉRICA
PALESTRANTES
Joachim Schröder
Hans Kerkhoff
CEO da Research &
Consulting Group AG.
Presidente do Comitê de
Economia do worldsteel e
da Federação Alemã do Aço
Dani Rodrik
Haiyan Wang
Professor de
Harvard
Sócia do Instituto
China-Índia
Chris Houlden
Carmen Reinhart
Gerente de Pesquisa da CRU
especialista em Ásia
Professora de Harvard
[email protected] | (21) 2524-6917 |
www.acobrasil.org.br/congresso2013
INSCRIÇÃO COM 10% DE DESCONTO PARA ASSINANTES DA REVISTA
(Código: RevAco2013)
Apoio Institucional
Apoio Mídia
Realização
50anos
Fotos: Divulgação
Engates rápidos
Os engates rápidos
para
instrumentação Swagelok®
Série QTM são utilizados para fazer a
conexão e desconexão de uma forma rápida e segura.
Estes Engates Rápidos possuem testes
de qualificação baseados na norma
ANSI B93.51M e
com retenção dupla
(DESO). Os engates
podem ser fornecidos com: Conexão Swagelok®
(dupla anilha), rosca NPT e ISO (macho e fêmea),
nas dimensões 1/8” até 1”. Podem ser fornecidas
em Aço Inoxidável 316 e Liga 400. Este tipo de Engate Rápido possui ajuste dos componentes, reduzindo a inclusão de ar e derrame. O mecanismo
de trava da haste possui uma área grande de contato que retém a espiga, além de ter o alojamento dos O-Rings rebaixados para maior proteção.
Também estão disponíveis opcionalmente corpos
da série QTM com botão de liberação para evitar
desacoplamento.
Informações:
www.swagelok.com.br
Rigging Brasil tem unidade
de atendimento móvel
A Rigging Brasil, empresa especializada na inspeção de materiais para
elevação, movimentação
e amarração de cargas,
conta com novo sistema de atendimento. Trata-se
de uma unidade móvel de inspeção, que prestará
acompanhamentos mensais no controle de qualidade e segurança dos materiais utilizados pelos
clientes. O novo braço de prestação de serviços da
Rigging Brasil terá início no próximo mês de abril.
A unidade contará com controle de inspeção por
meio de tecnologia RFID, máquina de micropulsão,
que registrará dados legíveis de rastreabilidade do
material, capacidade de carga e identificações pertinentes dos produtos, e uma bancada de ensaio,
especializada para teste de resistência a tração
dos materiais. “O novo trabalho da Rigging Brasil
permite aos nossos clientes rápida atualização e
controle de seus materiais. Evitando, assim, sua
não danificação, já que a máquina de micropulsão,
por exemplo, evita possíveis fissuras nos produtos”,
detalha Gustavo Cassiola, diretor da Rigging Brasil,
que também enfatizou às empresas Metso, Tecsis,
Siemens, Rexam e Votorantim como as primeiras a
contarem com o novo suporte de segurança.
Informações:
www.riggingbrasil.com.br
CENTRO DE SERVIÇOS
EM CURVAS PARA TUBOS
Máquinas CNC de última geração
no
o
arb íniore
C
o lum ob nox atão
ç
A A C I L
Raios variavéis
Nossa capacidade é curvar
tubos até Ø 3” 76,2mm
Fone/Fax: (0XX11) 2345-5887
www.curvasemtubos.com.br - [email protected]
Rua Maria Daffré, 800/818 - Vila Prudente - São Paulo - SP
sxc.hu
Medida da Camex provoca conflito entre fabricantes
A resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre o ICMS da guerra dos portos iniciou um novo conflito
entre fabricantes de manufaturados de cobre em torno de dois insumos básicos desse segmento industrial: um
concentrado (sulfeto de cobre) e o catodo de cobre. Desde janeiro, quando entrou em vigor a Resolução 13, que
teve como objetivo acabar com o incentivo fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
para importações, a Associação Brasileira do Cobre (ABCobre), que reúne fabricantes de cobre e de seus manufaturados, entrou com dois pedidos na Camex. A primeira delas, apresentada em janeiro, pediu a inclusão do catodo de
cobre na lista de produtos considerados sem similar nacional da Camex. O que a associação quer, na prática, é que
o catodo seja uma das exceções da Resolução 13. Isso permitiria que o item seja importado com a possibilidade
usar incentivos fiscais de ICMS. Em fevereiro, a ABCobre entrou com novo pedido na Camex. Desta vez a entidade
solicitou a exclusão do concentrado (o sulfeto de cobre) da lista dos itens sem similar nacional. A ABCobre diz que
há produção de sulfeto no Brasil e por isso o item estaria na lista de forma indevida. A distinção de tratamento pela
Camex entre o sulfeto de cobre e o catodo de cobre deve-se aos critérios adotados para definir a lista dos sem
similares nacionais. Um dos critérios é a alíquota do imposto de importação aplicada. Para entrar na lista da Camex
a alíquota precisa ser de zero ou 2%. A alíquota nominal do sulfeto de cobre é de 0% enquanto
a do catodo de cobre é de 6%. As demais indústrias de fios, tubos e vergalhões, porém, que
também utilizam o catodo como insumo, diz a ABCobre, precisam importar o item porque a
produção nacional também é insuficiente. Como o catodo de cobre ficou fora da lista da Camex,
o incentivo de ICMS para sua importação praticamente perdeu o efeito, elevando o custo do
insumo comprado de fora. A ABCobre considera que a situação atual beneficia empresas como
a Paranapanema enquanto prejudica as demais.
Tubos da V & M do BRASIL em cobertura do estádio
As obras de instalação da cobertura do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, estão a todo vapor. No fim de março foi
instalado o primeiro pórtico de aço, em formato de folha, dando início a um trabalho de instalação de módulos
em série. Ao todo, serão 65 folhas, todas elas feitas com tubos de aço fornecidos pela V & M do BRASIL (VMB). O estádio, que pertence ao Sport Club Internacional, receberá cinco partidas do mundial, quatro pela fase de grupos e
uma das oitavas de final. Para o Beira-Rio, a VMB foi contratada diretamente pela empreiteira Andrade Gutierrez e
fornecerá cerca de 2.150 toneladas de tubos estruturais circulares sem costura. O material será utilizado nas folhas
que vão compor a nova cobertura e fachada do estádio. Após a reforma, a estrutura tubular garantirá proteção a
100% dos expectadores. Ela será visível por dentro e por fora do estádio e revestida por uma membrana autolimpante feita em politetrafluoretileno (PTFE), que permitirá que sejam produzidos efeitos de iluminação. De acordo
com Márcio Wanderson Rodrigues, engenheiro de vendas da V & M do BRASIL, a utilização dos tubos permite
agilidade na montagem. “Algumas das vantagens são a redução do acúmulo de poeira na estrutura e a redução
no número de elementos estruturais, o que facilita a manutenção da cobertura. Além disso,
as peças estruturais em perfis tubulares, sejam eles circulares ou retangulares, têm excelente
aspecto estético e dão um ar de modernidade”, diz. A utilização dos tubos ainda pode propiciar
obras até 30% mais leves do que as feitas com estruturas metálicas convencionais.
Informações:
www.vmtubes.com.br
Ruukki comercializa aço de alta resistência Optim 700 MC
Plus para o Brasil
A usina siderúrgica finlandesa Ruukki, por meio da PCP Produtos Siderúrgicos, iniciou a comercialização da linha de aços Optim 700 MC Plus para o Brasil. Essa marca que possui resistência
mecânica e ao impacto, além de conformabilidade a frio. Um dos grandes diferenciais desse aço é a repetibilidade
na dobra, o que contribui para aumentar a produtividade no processo de fabricação, já que não é necessário calibrar
a máquina a cada vez em que a chapa é dobrada. Além disso, o Optim 700MC Plus passa por um processo de aplanamento chamado Dead Flat, desenvolvido especialmente pela Ruukki. Esse processo isenta a chapa
de tensões residuais, evitando distorções excessivas no corte térmico e na soldagem, o que contribui
para aumentar a produtividade do cliente final. O engenheiro de materiais da PCP, Vagner Santos de
Araújo, diz ainda que o Optim 700MC Plus apresenta uma característica inédita entre os aços de
alta resistência. “Esse aço permite a fabricação de componentes dobrados com raio mínimo
de dobra de apenas uma vez a espessura da chapa, possibilitando a fabricação de peças com
maior precisão”. A PCP Produtos Siderúrgicos, de Caxias do Sul (RS) é a Parceira Certificada da
Ruukki para distribuição exclusiva de aços de alta resistência no Brasil.
Informações:
www.ruukki.com.br
10
• Revista do Aço
Fotos: Divulgação
BMC-Hyundai apresenta empilhadeira à gás
A Brasil Máquinas de Construção, BMC, participou da Intermodal South America, feira para os setores de logística, transporte de cargas e comercio exterior, que aconteceu em São Paulo, no mês de abril, no Transamerica
Expo Center. A empresa mostrou para o mercado a empilhadeira Hyundai modelo GLP 45L-7A com capacidade de 4.500 kg, equipado com motor GM de seis cilindros e potência de 70kW, que garante à máquina uma
aceleração mais rápida, mais velocidade e melhor desempenho em qualquer tipo de terreno e inclinação.
Dentre as características do equipamento destacam-se o sistema de freio a disco banhando em óleo, que
proporciona um desempenho de frenagem altamente eficiente, e ainda a inclinação do mastro de 15o para
frente e 10o para trás. Além disso, a empilhadeira oferece operações com mais segurança e conforto por conta
da excelente visibilidade e ergonomia na cabine do operador.
Informações:
www.brasilmaquinas.com
Metalpó na Automec
A Metalpó, empresa do Grupo Combustol &
Metalpó, participou da Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e
Serviços, eu aconteceu em São Paulo, no mês
de abril. A Metalpó mostrou aos profissionais
do mercado de autopeças e montadoras, durante os cinco dias do evento, sua equipe de
técnicos e engenheiros que apresentaram as
vantagens, viabilidade e aplicação das peças
e componentes sinterizados na indústria automotiva. Além disso, puderam vender diretamente para os visitantes da Automec os componentes sinterizados, pós metálicos e a linha
tradicional e completa de fornos industriais,
materiais refratários e de automação de equipamentos e serviços de tratamento térmico
em geral da Metalpó.
Informações:
www.metalpo.com.br
ArcelorMittal investe
US$10 mi na galvanização
A ArcelorMittal Vega, unidade industrial da ArcelorMittal
em São Francisco do Sul (SC) especializada na transformação de aços planos, coloca em funcionamento a partir
desse mês um novo sistema de pós-tratamento na linha
Galvanização 1. Com investimentos de US$ 10 milhões, o
equipamento possibilita aplicar qualquer produto líquido
na chapa de aço galvanizado. Para atender o mercado
automotivo, a empresa usará fosfato e NIT para proporcionar a seus clientes uma solução em aço mais fácil na
estampagem de peças. (fase em que o aço é colocado em
prensas para dar forma às peças do carro, como portas,
para-lama, teto). Dessa forma, as montadoras conseguem
diminuir o acúmulo de resíduos nos moldes, reduzir o índice de rejeição das peças e aumentar a produtividade.
O investimento da ArcelorMittal Vega visa agregar valor e
tecnologia ao aço para atender a crescente demanda por
carros mais seguros e leves.
Informações:
www.arcelormittal.com/br/
Processos inteligentes
e Pessoal qualificado.
• Chapas Grossas e Extragrossas Classificadas
• Oxicorte de 6 a 500mm de Espessura
• Perfis Laminados I H U
• Perfis Soldados
w w w . a c o b r i l . c o m . b r
5 5
1 1
2 2 0 7 - 6 7 0 0
DESDE 1964
Renner Coatings na final da Copa
Os produtos de alta performance da Renner Coatings - empresa do Grupo Renner Herrmann S.A - farão a proteção anticorrosiva do Maracanã, que será sede da grande final da Copa do
Mundo de 2014, assim como da abertura e encerramento das
Olimpíadas de 2016.
A Renner Coatings participa por meio do Rethane FLV 653,
que irá revestir as estruturas metálicas pré-pintadas do estádio, com serviço executado pela Unifrax.
12
• Revista do Aço
Divulgação
Honda destaca Usiminas
entre fornecedores no Brasil
O trabalho realizado
com a Honda Automóveis, em 2012, rendeu
à Usiminas o reconhecimento da montadora, que premiou 15 de
seus fornecedores no
Brasil. O desempenho
em qualidade, pontualidade das entregas e as soluções de redução de custos propostas foram alguns
dos fatores-chave para a conquista do prêmio.
A Usiminas é o principal fornecedor do grupo Honda, no segmento de automóveis e motos, com 90%
do fornecimento de aço e complementariedade
de serviços da Soluções Usiminas. “Este reconhecimento foi importante para consolidar ainda mais a
nossa relação com a Honda e sua cadeia de fornecedores. Uma grande oportunidade para continuar
evoluindo no relacionamento é reforçar a sinergia de atendimento ao cliente entre a Usiminas e
a Soluções Usiminas”, destaca o diretor executivo
de Vendas, Ascanio Merrighi. Em 2012, a Usiminas
trabalhou propostas técnicas como a redução da
espessura média das chapas, que resultam na redução de custo e de peso, respeitando os requisitos de
qualidade da Honda. A aplicação de um novo tipo
de material, que apresenta melhorias de desempenho no processo de estampagem, também foi
uma importante iniciativa da siderúrgica. Em 2011,
a Honda passou a utilizar o produto, que recebe o
chamado tratamento L - pós-tratamento em material zincado, no modelo Civic produzido no Brasil.
O aço utilizado na aplicação era importado, até que
no ano passado passou a ser produzido pela Usiminas e utilizado pela montadora.
Informações:
www.usiminas.com.br
Divulgação
Naturaço
Produção de aço
A produção brasileira de
aço bruto em março de
2013 foi de 2,9 milhões de
toneladas, queda de 7,6%
quando comparada com
o mesmo mês em 2012. Em relação aos laminados, a
produção de março, de 2,2 milhões de toneladas, apresentou redução de 1,7% quando comparada com março do ano passado. Com esses resultados, a produção
acumulada em 2013 totalizou 8,3 milhões de toneladas
de aço bruto e 6,2 milhões de toneladas de laminados,
havendo redução de 4,3% e queda de 1,3%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2012.
Quanto às vendas internas, o resultado de março de
2013 foi de 1,9 milhão de toneladas de produtos,
aumento de 0,5% em relação a março de 2012. As
vendas acumuladas em 2013, de 5,4 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 1,0% com relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações de produtos siderúrgicos em março
de 2013 atingiram 719 mil toneladas no valor de 474
milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2013 totalizaram 2,5 milhões de toneladas
e 1,6 bilhão de dólares, representando declínio de
4,6% em volume e de 13,7% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.
No que se refere às importações, registrou-se em
março o volume de 271 mil toneladas (US$ 320 milhões) totalizando, desse modo, 843 mil de toneladas
de produtos siderúrgicos importados no ano, redução de 15,4% em relação ao mesmo período de 2012.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em março foi de 2,2 milhões de toneladas, totalizando 6,2 milhões de toneladas em 2013. Esses valores
representaram queda de 2,2% e 1,7%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
Informações:
www.acobrasil.org.br
CENTRO DE SERVIÇOS
OXICORTE CNC
Precisão, rapidez e excelente qualidade de cortes
em chapas metálicas de diversas espessuras
•
•
•
•
•
Equipamentos de altíssima Qualidade e de última Geração
Processo de corte CNC
Sistema CAD, para garantia de qualidade e precisão nas peças
Material com Certificado de conformidade
Estoque permanente de chapas:
SAE1010/20•1045/50•ASTMA-36•ASTMA-283•ASTMA-572
e outras classificações para Oxicorte
Nos formatos desejados:
Discos•Anéis•Quadrados•Retângulos,etcesobespecificaçãooudesenho
• Profissionais especializados, treinados e com larga experiência
nos processos
• Para sua segurança e transparência: todos os produtos são pesados
e conferidos eletronicamente
PODEMOS ATENDER GRANDES QUANTIDADES E SEUS PEDIDOS URGENTES
www.naturaco.com.br • [email protected]
Unidade Administrativa / Comercial
Rod.ÍndioTibiriça,2875-Km54,5
RibeirãoPires-SP
Cep:09442-000
PABX:(11)4823-9800
Unidade Industrial
RuaMal.CasteloBranco,45
RioGrandedaSerra-SP
Cep:09450-000
PABX:(11)4820-8230
O imperdível espetáculO
da cOnstruçãO.
mais de 300 expOsitOres naciOnais e
internaciOnais dOs diversOs itens da
cadeia dO cOnstruBusiness.
salÕes dOs sistemas e
sOluçÕes cOnstrutivOs
l
l
l
l
l
Construção Seca
Construção Industrializada de Concreto
Construção Metálica
Rental
Sustentabilidade
salÕes das grandes
cOnstruçÕes
l
l
l
l
Porto Maravilha – Projeto
inovador de revitalização da área
portuária do Rio de Janeiro
Arena Corinthians – Uma história
de conquistas: do zero à abertura
da Copa 2014
Metrô do Rio de Janeiro Linha 4 Sul –
Os desafios da obra mais complexa da
América Latina
PROSUB – Programa de Desenvolvimento
de Submarinos – Rumo ao primeiro
submarino nuclear Brasileiro
Visite a Construction Expo 2013 e conheça em detalhes as principais obras em execução no País, bem como os sistemas construtivos e os
materiais inovadores que contribuem para o aumento da produtividade e da qualidade da construção.
A Construction Expo é apoiada pelas principais entidades, construtoras e fornecedores do setor e reúne, em um único local, serviços,
materiais e equipamentos para obras e o Construction Congresso, Edificações e Infraestrutura. Se você atua no setor da Construção preparese para ver a segunda edição da feira mais completa do setor.
evite filas, faça já o seu credenciamento no www.constructionexpo.com.br
de 5 a 8 de junho de 2013 | centro de exposições imigrantes | são paulo | Brasil
Rod. dos Imigrantes, Km 1,5 | Dias/Horários: de 5 a 7, das 13h às 20h, e 8, das 9h às 17h | ENTRADA GRATUITA
rEalização:
loCal:
2a Feira Internacional de
Edificações & Obras de Infraestrutura
Serviços, Materiais e Equipamentos.
a integraçãO da cadeia da cOnstruçãO.
EntidadEs do ConsElho:
Construtoras apoiadoras:
Fotos: Divulgação
Usinagem para segmento ferroviário
A Okuma, tradicional fabricante de máquinas operatrizes de última geração, forneceu um Centro de Usinagem Vertical, modelo Dupla Co­luna,
para a Manser, empresa especializada em fabricação, recuperação e modernização de motores de tração de corrente contínua e alternada para
aplicações ferroviárias, metroviárias e mineração. O modelo fornecido é o
MCR-A5C 25X50, que produz motor elétrico para locomotivas. Segundo Carlos Eduardo Ibrahim, gerente de vendas da Okuma, a empresa tem investido tempo e dinheiro no desenvolvimento de novos produtos e estratégias
que visam atender cada vez mais e melhor o mercado de
energia e transporte do País. “É o caso da atual conjuntura mercadológica do Brasil, onde
cada vez mais as grandes empresas anunciam investimentos em construções de novas fábricas, de alianças com empresas existentes no país com o intuito de expandir o transporte
via férreo em todo o território nacional”, explica.
Arcellor ganha prêmio
A ArcelorMittal foi eleita uma das fornecedoras que mais se destacaram
em 2012 durante a 24ª edição do prêmio Qualitas Awards, realizado pelo
Grupo Fiat Chrysler na América Latina. A ArcelorMittal foi classificada na
categoria “Materiais Metálicos e Powertrain”, como reconhecimento a sua
qualidade, inovação, competitividade e nível do serviço. No quesito inovação, o destaque foi o reconhecimento ao projeto S-in Motion, conjunto de
aços especiais desenvolvido para o mercado automotivo. Esses aços são
mais leves e reduzem o peso de um veículo de passeio em até 20%. Utilizados nas carrocerias, portas e chassis, os produtos aumentam os níveis de segurança e mantêm o
custo final. Com o tema “Mãos no presente, olhos no futuro”, o evento realizado em São Paulo premiou
24 parceiros, levando em conta qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço.
Informações:
www.fiat.com.br
Pontualidade
gera produtividade
Aços Inoxidáveis
Produtos siderúrgicos
Corte e Dobra
Ligas especiais
(Nacionais e Importadas)
Tubos em geral
Bronze (Própria Fundição)
Peças conforme Desenho e Usinadas
Telefone: (11)
2036-9500
www.moldalum.com.br
Rua Eng. Guilherme Cristiano Frender, 398
Cep: 03477-000 São Paulo - SP
A Galvanização instantânea a Frio é
uma alternativa ao
processo de galvanização tradicional.
Para atender essa demanda de mercado,
a Quimatic Tapmatic,
fabricante de especialidades químicas
tem em seu portfólio de produtos o
CRZ, desenvolvido
especialmente para
facilitar o processo
de galvanização. O
método desenvolvido pela Quimatic
Tapmatic
permite
que a galvanização
a frio possa ser aplicada no local onde
estão as grandes estruturas metálicas e
que não podem ser
transportadas para
passarem pelo processo comum de galvanização.
Com aplicação semelhante a um processo de pintura, utilizando pincel ou o jato da lata de aerossol, dispensando inclusive a necessidade de uma
mão de obra especializada para execução, o CRZ
reduz o alto custo que as empresas de galvanização convencional investem em energia necessária
para executar o processo a quente. O produto é
constituído por uma combinação de zinco e outros metais galvânicos, juntamente com resinas
selecionadas que apresentam excepcional proteção contra a corrosão, o CRZ adere ao metal graças a uma ação por fusão eletroquímica, intensificada pelo “Lectrol”, que ativa a proteção catódica
contra a ferrugem.
Informações:
www.quimatic.com
16
• Revista do Aço
Trumpf na Forind
Fotos: Divulgação
Proteção
anticorrosiva
A Trumpf esteve presente na 5ª Feira de Fornecedores Industriais Nordeste e Sucronor que aconteceu
no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, no mês de abril. A empresa alemã, produtora de
máquinas para corte, conformação e marcação de
metais a laser, tem uma ampla linha de máquinas
e equipamentos utilizados em diversos ramos da
indústria e aposta no potencial da região Nordeste, especialmente em Pernambuco. Para a estreia
na feira, a Trumpf reservou a máquina de marcação
a laser TruMark Station 1000. O equipamento faz
acabamento em superfícies de metal, podendo ser
usado para logomarcas, nomes, códigos e números
seriados, de modo fácil e sem a necessidade de softwares adicionais.
Informações:
www.trumpf.com.br
Alstom renova contrato
com a Petrobras
A Alstom Power renovou um contrato de manutenção com a Petrobras, válido por sete anos, para prestar assistência técnica para 11 turbinas a gás, quatro turbinas a vapor e 14 geradores instalados nas
usinas de energia de ciclo combinado Governador
Leonel Brizola (Termorio), Fernando Gasparian (Piratininga) e Celso Furtado (Termobahia). O acordo,
no valor aproximado de 90 milhões de euros, compreende serviços de assistência técnica e peças para
manutenção programada e não programada para as
três usinas. As usinas Governador Leonel Brizola, de
1.040 MW, e Fernando Gasparian, de 586 MW, entraram em operação comercial em 2004, um ano depois
da usina Celso Furtado, de 185 MW. As três unidades
foram atendidas pela Alstom desde o início da operação comercial.
Cesar Lopes
Tramontini no segmento de empilhadeiras
A área Industrial da Tramontini, de Venâncio Aires (RS), desenvolveu
uma empilhadeira capaz de satisfazer às necessidades de um público
exigente. São dois modelos TEC (Tramontini Empilhadeira Combustão),
equipados com motor Nissan K25 de 4 cilindros e 37.6KW de potência
a 2400 rpm, combustível GLP; transmissão powersift com conversor de
torque (sem embreagem), freio hidráulico; ajuste de inclinação do volante e comandos na lateral do banco do operador. A capacidade de
carga do modelo TEC 2.5 é de 2.500 quilos e do modelo TEC 3.0 é de
3 mil quilos. A aplicação do equipamento é destinada essencialmente
aos operadores logísticos, transportadores, depósito, armazéns, centros de distribuição (CDs), entre outros.
O ingresso da Tramontini no segmento de empilhadeiras para movimentação de cargas contribuirá com cerca de R$ 3 milhões no faturamento global da empresa já neste primeiro ano e com potencial para atingir R$ 12
milhões num curto espaço de tempo. A rede de vendas e assistência técnica já está em estruturação nos três
estados do Sul, atual mercado prioritário para o produto. Paralelamente ao lançamento das empilhadeiras, a
montadora está firmando parcerias em todo o Brasil para a criação de uma ampla rede de serviços ao cliente.
Informações:
www.tramontini.com.br
Divulgação
Cobertura da Arena Grêmio
Em tempos de construção da infraestrutura necessária para realização da Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016 no Brasil,
a Bemo está na Arena do Grêmio Futebol Clube, um dos estádios
que vão receber jogos da Copa 2014. Recentemente inaugurada, a
Arena do Grêmio traz uma cobertura metálica termoisolante que
pela primeira vez no Brasil foi executada com o sistema de telhas
zipadas cônicas. Determinada em função do projeto arquitetônico, a solução de cobertura metálica com telhas zipadas cônicas foi
escolhida principalmente por garantir 100% de estanqueidade, segurança no desempenho e durabilidade.
Informações:
www.bemo.com.br
Festo apresenta inovações
na MDA South America
A Festo, multinacional alemã líder no mercado de automação industrial e presente há mais de 40 anos no Brasil participou da MDA South
America, a feira voltada para os setores de Hidráulica, Pneumática,
Mecânica e Elétrica, que aconteceu em março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A empresa mostrou o atuador EPCO
e o controle de atuador CMMO-ST – além de abordar dois conceitos
inovadores, o Integrated Automation (IA), que consiste na integração
das tecnologias por meio de produtos capazes de operar em diversas necessidades sem alterar a infraestrutura da instalação; e, o Mechatronic Motion Solution (MMS), visto como a interconectividade de
componentes mecânicos, elétricos e softwares, que trazem ao cliente
interface e solução correta.
Informações:
www.festo.com
Divulgação
Sasazaki lança portas
sociais de aço
Com o objetivo de
mudar o conceito
sobre os produtos
de aço padronizados, inovar o segmento e quebrar
diversos paradigmas de mercado
quanto às portas
sociais feitas com
esta matéria-prima,
a Sasazaki elaborou
novos projetos e fez
investimentos para
apresentar
soluções diversificadas,
tecnologicamente
mais aperfeiçoadas
e com estilo e design diferenciados.
A empresa celebra
70 anos de atividades e anuncia a ampliação de seu portfólio de
produtos de aço das linhas Prátika e Silenfort. A
Linha Prátika – composta de esquadrias prontas
para instalar – ganha as Portas Sociais com ou
sem Seteira com Vidro Temperado, que são ideais
para uso em entradas sociais residenciais ou comerciais; com vidro temperado acidado opaco,
tem puxador reto com 70 cm; e fechadura rolete.
As Portas Sociais com ou sem Seteira com Lambris
e Frisos, que podem ser encontradas tanto na Linha Prátika como na Silenfort – linha que permite
a customização dos produtos, que não são fornecidos com vidro instalados ou pintura de acabamento. Nestes modelos, os frisos são de aço inox
- sendo que na Linha Silenfort são recobertos com
película protetora para maior facilidade de pintura
de personalização das portas. O puxador do tipo
curvo é de alumínio polido e tem 70 cm, conferindo ainda mais beleza ao ambiente. O vidro neutral
– fornecido somente na Linha Prátika – é mais um
detalhe que leva sofisticação à entrada social.
Informações:
www.sasazaki.com.br
20
• Revista do Aço
Telhas e coberturas de aço inox
Com grande potencial de crescimento nos próximos anos, as telhas e coberturas em aço inoxidável vêm se destacando como uma das melhores alternativas para construções sustentáveis.
As suas principais características - resistência à
corrosão, durabilidade, reciclabilidade e apelo
estético - são diferenciais do aço inox quando
comparado aos demais materiais utilizados no
mercado. Estudo comparativo realizado pela
Aperam, durante 12 anos, mostrou que os aços
inoxidáveis 444 e 430 têm os menores custos de
manutenção quando comparados com os aços
pré-pintado superior, pré-pintado e Galvalume,
sendo que o 444 quase não apresentou aumento de custos durante a pesquisa, feita em ambiente com alto grau de agressividade. Para Daniel Rodolpho Domingues, gerente-executivo
de Vendas para os segmentos de linha branca,
utilidades domésticas, automóveis e construção
civil da Aperam South America, “o aço inox é naturalmente protegido”. Segundo Daniel o custo
do material para uso em telhas e coberturas é
apenas um paradigma. “Em poucos anos o custo
inicial se paga, sendo o inoxidável mais barato
que qualquer aço carbono. A rara manutenção
do produto e a longevidade do inox compensam
o investimento”, afirma Domingues. Por possuir
a superfície lisa e reflexiva o inox confere ao material excelente propriedade de reflexão de calor, proporcionando um conforto térmico maior
que outros produtos do setor.
Informações:
www.aperam.com
Aço para dar volta ao mundo
A Família Schurmann embarca para a sua terceira volta ao mundo, a expedição Oriente, a bordo de um novo
barco. O veleiro Kat será construído com 85 toneladas de aço doadas pela ArcelorMittal Brasil. As chapas de
aço de alta resistência, certificadas por classificadora naval reconhecida internacionalmente, produzidas na
ArcelorMittal Tubarão e os arames para solda fornecidos pela Belgo Bekaert Arames - joint-venture da ArcelorMittal Brasil com o grupo belga Bekaert – garantem a reciclabilidade da estrutura do veleiro.
O material será fornecido em diferentes espessuras (de 3,2 a 12,7 mm) e larguras (1.500 e 1.800mm). Sua produção incorpora características diferenciadas, como alta resistência e baixa liga (HSLA), requisitos de ensaios
mecânicos especiais (charpy) e ensaio de tração, que permitirão à embarcação navegar em águas geladas.
As bobinas de aço são aplainadas e cortadas em um centro de serviço credenciado pela ArcelorMittal. Em
seguida, as chapas são enviadas, juntamente com os arames de solda, para um estaleiro em Santa Catarina
para construção da embarcação.
Informações:
www.arcelormittal.com.br
Novo site
A Elinox está de casa virtual nova. O site da
empresa mudou e agora tem novo layout, funcionalidades que o tornam mais interativo e
dinâmico para atender seus clientes e parceiros. O objetivo é oferecer um ambiente ágil,
seguro e de confiança com informações sobre
produtos, certificações, eventos, chat online e
sustentabilidade.
Informações:
www.elinox.com.br
Montagem: Arquivo/sxc.hu
Artigo
Inspeção
tecnológica:
segurança
e economia
As tecnologias estão em quase
todos os equipamentos que usamos ,
mas ainda existem atividades que
parecem não avançar
(*) Gustavo Cassiolato
Imagens: Divulgação
22
• Revista do Aço
O
avanço de tecnologias tanto na parte de sistemas como de equipamentos é realidade em
todos os setores da economia. A afirmação, certamente,
seria tida como correta por 99% de qualquer leitor desavisado. Porém, existem ainda processos de fundamental
importância dentro da realidade de setores como industrial, construção civil e logística que parecem estarem parados no tempo: é o de inspeção de materiais para elevação, movimentação e amarração de cargas.
As consequências da falta do uso da inteligência tecnológica podem ser menos impactantes, com uma manutenção tardia com custos mais elevados, e muito impactantes,
com acidentes graves e perdas irreparáveis aos recursos
humanos envolvidos nesses processos. Até pouco tempo
não havia nenhuma evolução significante na hora de se ter
um controle maior da condição de cabos de aço, cintas de
poliéster, lingas de correntes, balancim, talhas, treliças de
guindastes, entre outros materiais. O que se faz ainda em
95% das empresas que precisam da inspeção para aten-
Artigo
der normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) é algo
precário. São anotações manuais
que podem gerar erros e tornam os
arquivos de dados da inspeção um
verdadeiro mar de papéis.
Foi então que a tecnologia RFID
(Rádio Frequência) apareceu como
uma solução barata e muito eficaz.
Hoje já é possível ter investimento
muito acessível e garantir segurança na coleta de dados. São instalados chips nos materiais que armazenam a informação exata das condições atuais de cada componente.
A informação é repassada para
tablets ou outros dispositivos móveis por meio da leitura deste chip.
O processo fica mais ágil, o que
propicia inspeções com maior frequência. Mais que isso, tudo passa
a estar dento de sistema que pode
ser acessado de forma muito rápida, ajudando na tomada de decisão
e na manutenção preventiva. É economia direta de recursos financeiros com eliminação de papel e perda de equipamentos, além da parte
mais importante que é diminuição
brutal dos riscos de acidentes.
O uso do RFID é ainda recente
no Brasil. E estamos vendo o mercado responder de forma muito
interessada. E não seria pra menos.
O importante é conscientizar que
não há limites para esta tecnologia
no caso de inspeção. É possível ter
chips espalhados em todos os tipos
de equipamentos, aplicado desde
pequenas peças até os guindastes
de grande porte. E ir além: outros
setores podem se beneficiar desta
solução, que necessitam de controle de ativos como na indústria petroquímica com controle das condições de extintores até parques
de diversão para evitar danos aos
usuários por pequenos detalhes de
fiscalização que a tecnologia não
deixaria passar em branco.
Qualificação
Vale ressaltar também que com
a tecnologia em mãos é possível ter
Artigo
maior condições de qualificar o profissional responsável pela operação. Ao agilizar a tarefa, ele poderá se
dedicar a entender mais das
características dos materiais
e suas aplicações.
E chega a ser incompreensível como o empresário
ainda pode gastar milhões
em equipamentos de movimentação com foco em
maior segurança, mas esquecer de que o investimento pode ir para o ralo se
não houver recursos humanos qualificados. Já vi empresas adquirem equipamentos altamente tecnológicos,
que demoram cerca de dois anos para serem fabricados
e que custam milhões de reais. Não pode ser visto com
bons olhos o trato que se dá no cenário nacional, no
qual o operador muitas vezes não tem conhecimento
mínimo e nem formação escolar. Em alguns países são
engenheiros quem operam esse tipo de máquina e possuem treinamento específico com uma elevada carga
horária e reciclagem periódica.
Como se vê, no Brasil ainda se esta engatinhando na
qualificação dos profissionais nessa área, na qual as normas vigentes exigem que o operador e o responsável
pela inspeção devem ser treinados por uma organização com conhecimentos específicos. O centro de treinamento deve apresentar um programa adequado para os
mesmos realizarem os serviços baseados em exigências
de normas técnicas de cada material. A carga horária
deve ser de no mínimo 8h e deve acontecer preferencialmente no horário de trabalho do colaborador.
Por fim, o que deve ficar explícito é que o advento
tecnológico mudou a maneira de se gerir empresas, de
se comunicar e de ser mais competitivo. Não poderia ser
diferente quando o assunto é segurança nos processos
produtivos ou ainda garantir o bom funcionamento de
qualquer equipamento que precisa estar em condições
perfeitas para não acontecer o pior. A tecnologia agora já pode ser aliada. A questão passa a ser cultural. E
não repensar a forma como ainda se vê a inspeção na
maioria dos setores que dependem disto para se manter
ativos pode custar muito caro.
(*) Gustavo Cassiolato é sócio-diretor
da Rigging Brasil, formado em Engenharia Civil e especializado no desenvolvimento de materiais utilizados para movimentações de carga, atua no mercado
há seis anos. Participa das revisões de
normas técnicas do segmento e ministra
cursos específicos para qualificação de profissionais na
área de movimentação de cargas
Email: [email protected]
Fone: (11) 2696-5700
Rua da Mooca, 1807, Mooca, São Paulo/SP, CEP03103-003
MEDIR DUREZA COM A DIGIMESS É MOLEZA
GARANTIA
DE 1 ANO
ASSISTÊNCIA
TÉCNICA
PERMANENTE
Código
400.130
DURÔMETROS DE BANCADA
Código
Medição de Dureza
400.005 Rockwell 60-100-150kgf (HRA-HRB-HRC)
400.001 Rockwell 60-100-150kgf (HRA-HRB-HRC)
Supericial 15-30-45kgf (HRN-HRT)
400.007 Rockwell 60-100-150kgf (HRA-HRB-HRC)
Brinell 187,5-250kgf (HB)
400.010 Rockwell 60-100-150kgf (HRA-HRB-HRC)
Supericial 15-30-45kgf (HRN-HRT)
Brinell 31,25-62,5-187,5kgf (HB)
DURÔMETRO PORTÁTIL DIGITAL
» Ideal para medição de peças
de grande porte, pesadas e robustas
» Escalas: Rockwell (HRA-HRB-HRC),
Vickers (HV), Leeb (HLD) e Brinell (HB)
» Direção de ensaio: Qualquer ângulo
» Dispositivo de impacto integrado
MICRODURÔMETROS VICKERS
» Ideal para medição de dureza
de chapas finas e de dureza
de camadas superficiais
» Aplicação da carga automática
EXCELENTES
PREÇOS
Código
400.310
(HV-1000)
10-25-50-100-200-300-500-1000g
400.312
0,3-0,5-1-2-2,5-3-5-10kg
400.314
0,3-0,5-1-3-5-10kg
400.316
1-3-5-10-20-30kg
(HVS-10)
(HV-10)
(HV-30)
Cargas
SÃO MAIS DE 2.500 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO: www.digimess.com.br
Peças
passando pelo
tanque de
passivação
Corrosão
Revestimento para proteção
Corrosão branca e passivação no aço galvanizado por imersão a quente
(*) Paulo Silva Sobrinho
Imagens: Divulgação
A
lguns metais apresentam uma condição termodinâmica instável e tendem a mudar para
uma condição estável pela formação de óxidos, hidróxidos, sais, etc. Desta maneira a corrosão é um processo
espontâneo e indesejável. Uma das formas de combater
a corrosão consiste em evitar o contato do metal com o
meio corrosivo. Pode-se, por exemplo, recobrir o metal
com revestimentos metálicos e orgânicos, de espessura
e composição adequadas.
Os revestimentos protetores são películas aplicadas
sobre a superfície metálica e que dificultam o contato da
superfície com o meio corrosivo, objetivando minimizar
a deterioração da mesma pela ação do meio. O tempo
de proteção dado por um revestimento depende do tipo
de revestimento (natureza química), das forças de adesão, da sua espessura e da permeabilidade à passagem
do eletrólito através da película. Influenciará também o
mecanismo de proteção. Nos revestimentos protetores
o mecanismo de proteção é denominado proteção por
barreira ou por retardamento do movimento iônico. Em
virtude da porosidade da película, depois de algum tempo o eletrólito chegará à superfície metálica e iniciará um
processo corrosivo. Desta forma, a falha do revestimento
26
• Revista do Aço
dá-se sempre por corrosão sob a película, com exceção, é
claro, dos casos em que a própria película é atacada pelo
meio corrosivo ou danificada por ações mecânicas.
Outra forma de ampliar a vida de um revestimento é
quando ele possui um mecanismo adicional de proteção
denominado proteção catódica. Neste caso, forma-se uma
pilha galvânica entre o metal de base e o metal do revestimento. Esse fato ocorre quando se utilizam revestimentos
metálicos menos nobres que o metal a se proteger.
Assim, o revestimento metálico age como anodo de
sacrifício, permitindo a proteção do metal-base contra
a corrosão.
Corrosão branca
O zinco é o metal mais indicado e mais utilizado para
a proteção de superfícies metálicas contra a corrosão,
devido à sua facilidade de aplicação e seu baixo custo, a
exemplo da galvanização por imersão a quente. Através
de cálculos termodinâmicos e de medidas de potencial
de eletrodo, vemos que o zinco é um metal bastante reativo, portanto com uma tendência apreciável para se
corroer. Na prática, o zinco sacrifica-se sofrendo corrosão, protegendo assim o metal base.
Corrosão
A cobertura de zinco quando danificada funciona
como proteção catódica. Esta prolongará a vida útil do
substrato e dependerá da espessura da camada de zinco e da extensão da área exposta. Se considerarmos o
revestimento galvanizado por imersão a quente em
uma estrutura de aço que foi arranhada acidentalmente
durante o descarregamento, a umidade da atmosfera
criará uma célula eletrolítica entre o revestimento de
zinco e o aço exposto pelo risco. O zinco então corroi
preferencialmente ao aço, que é assim protegido.
Óxido de zinco é o produto de corrosão inicial do
zinco em atmosfera relativamente seca e é formado pela
reação entre o zinco e o oxigênio presente na atmosfera.
Na presença de umidade, este produto é convertido em
hidróxido de zinco. O hidróxido de zinco e o óxido de zinco
ainda reagem com o dióxido de carbono presente no ar para
formar carbonato de zinco. O carbonato de zinco é aderente
e relativamente insolúvel e é o principal responsável pela
excelente proteção anticorrosiva proporcionada pelo
revestimento galvanizado. O filme de carbonato de zinco
forma-se razoavelmente rápido e a taxa de crescimento
diminui com o tempo. Este processo é denominado pelos
galvanizadores de “Cicatrização”, esquematizado abaixo.
“cicatrização” (Zn ⇒ ZnO ⇒ Zn(OH)2 ⇒ ZnCO3)
arumidade Co2
Quando o acesso de dióxido de carbono atmosférico
na superfície galvanizada é restrito, o filme de carbonato de zinco protetivo não se forma. Ao invés dele, um depósito branco consistindo essencialmente de uma mistura de óxido de zinco e hidróxido de zinco é formado.
Este depósito branco é chamado de corrosão branca. As
manchas brancas raramente causam danos permanentes, mas se consideradas indesejáveis no ponto de vista
estético podem ser removidas por escovação, utilizando
uma escova de cerdas rígidas, ou por tratamento com
um ácido fraco seguido por lavagem e secagem.
Corrosão branca não significa má qualidade
A ABNT NBR 6323
– Galvanização de produtos de aço ou ferro
fundido – Especificação
– menciona no subitem 6.1.2 que “Excesso
de zinco, inclusão de
fluxo e corrosão branca
Foto de corrosão branca
somente serão considerados motivos de rejeição se comprometerem a funcionalidade e/ou a durabilidade do material” e na Nota 1 do
mesmo sub-item que “ A corrosão branca não é prejudicial
à durabilidade do material quando esta não diminuir a espessura do revestimento abaixo do especificado....”
NOSSOS PILARES
QUALIDADE, RAPIDEZ E EFICIÊNCIA
PRODUTOS
Tubos de Aço com costura (entre 5/8” e 2”), espessura (entre 0,60 e 2,25mm);
Perfil UDC e UDE, perfilados, espessuras (entre 2,00 e 3,00mm), Base até 150mm;
Slitter, espessuras (entre 0,40 e 3,00mm);
Chapas de Aço Carbono, Fina Frio, Fina Quente, Zincadas, Cos Civil, SAE 1045,
ASTM A36 e Chapas Grossas;
SERVIÇOS
Corte Longitudinal, Slitter de espessura até
3,00. Largura máxima 1500mm;
Corte Transversal, Chapas com espessura
até 16mm, Largura até 2200mm, podendo
operar com bobinas de até 40 toneladas;
Araquari / SC (Parque Fabril) Unidade Cachoeirinha/RS (Matriz)
São Paulo / SP
Ribeirão Preto / SP
Curitiba / PR
[email protected] [email protected]
(47) 3447.6700
(51) 2129.2100
[email protected]
(11) 2126.2900
[email protected]
(16) 3211.7700
[email protected]
(41) 2109.2900
Corrosão
A superfície galvanizada escurece na exposição prolongada pelo acúmulo de sujeira e poeira, especialmente
em atmosferas urbanas e industriais. O mais importante
contaminante a ser considerado em corrosão atmosférica do zinco é o dióxido de enxofre.
Seu efeito é particularmente notado sob condições
de umidade alta. A reação de corrosão pode ser complexa, mas no final resulta em sulfato de zinco que aparece
no produto de corrosão.
Os revestimentos galvanizados por imersão a quente
possuem uma camada externa de zinco puro, formado
durante a extração da peça do banho de zinco fundido, e
é esta camada que proporciona a longa vida de existência deste filme protetivo, sendo proporcional à espessura
total da camada. Um revestimento galvanizado por imersão a quente, de espessura comercial, em uma estrutura
de aço, dependendo do meio, pode ter uma vida de não
menos que 40 anos ao todo.
Como a superfície de zinco resiste à corrosão atmosférica, a taxa de corrosão do zinco é muito baixa em meio
ambiente neutro, aumentando em condições extremas
de acidez e alcalinidade. Isto é ilustrado na Figura 1.1.
A
0.50
B
C
Taxa de Corrosão (cm/ano)
0.45
A galvanização por imersão a quente envolve imergir
o substrato com superfície limpa em um banho de zinco
fundido, o qual reage com o ferro formando uma camada. O revestimento de zinco consiste de uma camada externa de zinco puro e de uma série de compostos intermetálicos zinco-ferro presentes entre a camada externa
de zinco e o substrato de aço.
Cada uma dessas regiões pode ser afetada pelo tempo de imersão e pela temperatura do banho, assim como
pela composição química do banho e do substrato do
aço. A qualidade do revestimento é influenciada ainda
pelas operações de preparação da peça (pré-tratamento
da superfície como desengraxe, decapagem, fluxagem e
secagem), operações e tratamento após galvanização (lavagem e passivação), e também pelo estado superficial
da peça a ser galvanizada.
Passivação
A passivação retarda o aparecimento da chamada
“Corrosão Branca”. Se a peça for posteriormente destinada à pintura, não poderá ser passivada, em função
da não aderência da tinta sobre a camada passivada.
Se a peça for pintada, o ideal é que isto acontece logo
após a galvanização. Há galvanizadores que possuem
um setor de pintura e também há aqueles que cedem
0.40
0.35
0.30
0.25
0.20
0.15
HC1
0.10
NaOH
0.5
0
0
2
4
6
8 10 12 14 16
pH
A – Corossão rápida
B - Filme estável baixa
taxa de corrosão
C - Corrosão rápida
Efeito do pH na taxa de corrosão do zinco.
Fonte: Hall [1970]
28
• Revista do Aço
Tanque de galvanização por imersão a quente
Corrosão
A NACIONAL TUBOS apostou na T&H
Lemont quando investiu em uma
formadora de tubos em 2009. "Hoje, além
de produzir tubos de diâmetros maiores
dobramos nossa produtividade e vendas,
atestando significativamente nossa
competitividade no mercado de tubos."
- João Luis Groth – Diretor
espaço para que seus clientes a faça. O Sistema
de pintura sobre o galvanizado é denominado
Sistema Duplex.
Em algumas galvanizações, aproveita-se o tanque de resfriamento para realizar a passivação da
camada de zinco das peças galvanizadas
Trata-se de um banho rápido em soluções cromatizantes, à base de ácido crômico e bicromato de
sódio. Neste banho (etapa de passivação), a estabilização da camada de zinco ocorre em segundos,
através de uma série de reações químicas entre o
passivador e a superfície galvanizada, formando
uma capa protetora em torno de 0,5µm de cromato de zinco insolúvel. Esta passivação confere ao
galvanizado um aspecto ligeiramente amarelado,
sendo mais claro quanto menor a concentração da
solução ou menor o tempo de imersão
A camada com solução cromatizante dura em
média 30 dias, se material armazenado em local coberto. Em local descoberto a chuva lavará a solução
da superfície. O aparecimento da corrosão branca
é um indício de que a peça já está sem a camada
passivada pela solução cromatizante.
(*) Paulo Sobrinho é coordenador
Técnico do Instituto de Metais não Ferrosos
([email protected])
NOTAS:
Atualmente a CEE 114 – Comissão Especial de
Estudo da Galvanização por Imersão a Quente da
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
– reativada em dezembro de 2012, com sede no
ICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos – estudará
a eliminação da etapa de passivação no Brasil, a
exemplo do que é praticado na Europa.
A NBR 6323 – Galvanização de produtos de aço ou
ferro fundido – Especificação – está sendo revisada e
deverá apresentar na nova versão as melhores formas para
envio dos produtos a serem galvanizados, com furações
(locais e dimensões) para permitir a passagem do zinco
liquefeito por toda superfície a ser galvanizada, externa
e internamente, além da inserção sobre acabamento final
do galvanizado em função da composição química do
material base enviado para o galvanizador.
Quando João Luis Groth, Diretor da Nacional Tubos do Brasil precisou de uma nova formadora de tubos, ele consultou cinco
empresas de qualidade internacional antes de optar pela WU40-11, uma Formadora para Tubos estruturais da T&H Lemont localizada em
Countryside, Illinois. “Desde a compra eu fiquei impressionado que a formadora da T&H tem a capacidade de trabalhar facilmente com
produtos de paredes espessas sem comprometer a velocidade de produção e o projeto dos ferramentais é simplesmente impecável”, disse
João. Ele complementou, “a troca dos ferramentais é bastante rápida e o setup muito facil”.
“No ano seguinte nós compramos uma nova formadora de tubos, modelo WU20M-11, disse João. “Com base em nossa experiência com as
formadoras da T&H, estamos satisfeitos por alcançar produtividade, rentabilidade e competitividade além de nossas expectativas”.
Para mais informações, ligue 708-482-1800 ou visite www.thlemont.com
T&H Lemont
5118 Dansher Road
Countryside, IL 60525 USA
30
• Revista do Aço
sxc.hu
sxc.hu
sxc.hu
sxc.hu
Aço é predominante na
indústria automobilística
O metal representa mais de 50% do peso de um veículo, porém há
A
uma tendência mundial de contínua redução de uso na indústria
nalistas, tecnólogos e engenheiros são unânimes
em apontar o aço como insumo indispensável na indústria automobilística nacional. Em 2012, a indústria
siderúrgica comemorou os números
favoráveis da produção de veículos
junto com as montadoras. Ainda
não há dados exatos, mas sabe-se
que a venda de veículos particulares e comerciais leves deve chegar
à marca de 3,8 milhões de unidades.
Isso representaria um crescimento
de 4,5% em relação a 2011.
Contudo, o sócio da Roland Berger Strategy Consultants, Stephan
Keese, em recente artigo, advertiu
que esse excelente desempenho
provavelmente não se repetirá em
2013. Segundo a consultoria, algo
em torno de 75% do crescimento
do ano passado deveu-se à redução
do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), cujo boom nas vendas
teria se restringido a um fato que se
esgotou no tempo. E com a manutenção do imposto não aconteceria
mais o “eldorado”.
Imagem cedida pela Villares Metals
Carlos Alberto Pacheco
Imagens: divulgação
Revista do Aço •
31
CAPA
Redução máxima de peso por componente
Keese: indústria
estagnará em
2013, com
primeiro semestre
fraco e segundo
semestre mais
forte
Por outro lado, a Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) persegue a linha do otimismo e acredita
no mesmo percentual de crescimento este ano, ou seja, 4,5%. A
produção alcançaria 3,5 milhões,
superando 2012 (pouco mais de
3,2 milhões). Há quem aposte num
percentual cauteloso de até 3%.
Para Keese, no entanto, “a indústria estagnará em 2013, com um
primeiro semestre fraco e segundo semestre mais forte”. Março salvou o primeiro trimestre de uma possível desaceleração do setor. Após dois meses
fracos, a produção de carros, co-
32
• Revista do Aço
merciais leves, caminhões e ônibus em março cresceu 39,2% em
relação a fevereiro e 3,4% na comparação com o mesmo período do
ano passado, segundo dados da
Anfavea. Embora as exportações
das montadoras tenham evoluído
3,1% até agora, a entidade afirma
que a tendência é de queda para
os embarques deste ano.
E qual será a participação do
setor automotivo no mercado siderúrgico nacional? De acordo com o
Instituto Aço Brasil (IABr), os dados
sobre distribuição setorial disponíveis são de 2011. A distribuição
dos produtos é distribuída nos seguintes percentuais: 24,7% no setor automotivo; 35,4% no setor de
construção civil; 20,7% em máquinas e equipamentos (bens de capital); 6,5% em utilidades comerciais,
4,4% - tubos (pequenos diâmetros);
3,1% embalagens e 5,2% outros. A
indústria automobilística é a segunda que absorve mais aço, perdendo
apenas para a construção civil.
Em 2009, o envolvimento do
setor automotivo na indústria siderúrgica nacional superou em
dois pontos o dado do ano retrasado, chegando a 26,7%. Em valor
absoluto, naquele ano, o setor au-
“Temos
pesquisadores e
líderes mundiais
e falta de gente
capacitada ”
CAPA
tomotivo consumiu 4,9 milhões de
toneladas de produtos siderúrgicos. Não há uma estatística oficial
em relação a 2012. O IABr apenas
informa que o consumo aparente
de produtos siderúrgicos no País
atingiu o total de 25,2 milhões de
toneladas.
É fato que a indústria siderúrgica
atende a quase totalidade das
necessidades do setor. Mas, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), Horacídio
Leal Barbosa Filho, há deficiência
na formação de mão de obra específica. “Temos pesquisadores
e líderes mundiais no segmento.
Porém, falta gente capacitada”, adverte. A associação procura suprir
essa lacuna no mercado nacional,
promovendo cursos, seminários,
congressos e palestras. “A ABM
procura sempre mostrar ao seu
público as novidades tecnológicas
presentes no mundo”, declara. Leal
ressalta que as grandes novidades concentram-se no Hemisfério
Norte, em países como Alemanha,
França e Áustria.
Aço representa menos de 8% na venda do bem
Essa é uma experiência muito interessante e com forte
cunho didático. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),
a pedido do IABr, desmontou dois carros, um fogão e uma
geladeira e detectou o peso do aço nesses bens fundamentais
para o dia a dia do brasileiro. O resultado não surpreendeu
os especialistas: mais de 50% do peso da matéria-prima
usada em automóveis e refrigeradores é puro aço. Mas há
uma contradição: sua participação no valor comercial desses
bens é inferior a 10%. Para ser mais exato, no automóvel –
sonho de consumo de qualquer cidadão candidato à classe C -, o
aço corresponde a 55,7% do peso do veículo e apenas 7,9%
no preço de venda do bem. Mas, em determinados casos, o
percentual é ainda menor – 6,03%.
O IPT constatou em estudo que há perdas do processo
de construção do automóvel. Exemplo: as sobras decorrentes
de corte da porta para aplicação do vidro. Sendo assim,
o instituto concluiu que um aumento de 10% no processo do
aço representa menos de 1% (0,6 a 0,9 ponto percentual) no
valor de venda dos veículos, que possuem alíquota de 35%
na Tarifa Externa Comum – TEC, enquanto a dos produtos
siderúrgicos é de 14%.
Na visão de Leal, da ABM, a tendência, a partir de agora,
é uma contínua redução do uso do metal na construção de
veículos, sejam carros de passeio, ônibus, caminhões e até
implementos agrícolas. “Ligas de magnésio, nióbio e titânio,
por exemplo, diminuem o peso dos automóveis”, destaca.
De acordo com o instituto, o aço tem sido aproveitado na
carroceria dos carros e autopeças – eixos, rodas, parafusos,
biela, cilindro, estrutura do banco etc.
O diretor da ABM lembra, por sua vez, que para-choques e
para-lamas já não recebem aço. Leal revela a disposição das
montadoras em reduzir o peso de plataformas, carrocerias e
motores, com a utilização de outros produtos. “Fala-se muito
na utilização do alumínio nos veículos automotores. É uma
tendência que se confirmará com tempo”, argumenta.
sxc.hu
CAPA
O dilema das
importações
A questão do preço do aço é polêmica. Segundo
opiniões de especialistas de entidades do setor (e aí se
inclui evidentemente o IABr), os preços praticados no
mercado interno precisam ser comparados com os do
mercado interno de outros países e não ao nível de comércio internacional. Nesse último cenário, os negócios sofrem distorção por subsídios ou práticas ilegais
oriundas de nações que atravessam uma crise conjuntural. O panorama se repete em quaisquer atividades
econômicas em que o aço é protagonista.
O grande gargalo continua sendo o chamado custo Brasil: a carga tributária onerosa somada aos encargos financeiros oneram a produção e os investimentos
das organizações que produzem o metal.
O terreno é pantanoso e a realidade não pode ser
alterada em curto ou médio prazo. Muitos falam que é
necessário o aumento das importações do aço como
forma de suprir as necessidades produtivas das empresas.
O aço dos países desenvolvidos é muito utilizado nos automóveis. Contudo há uma convergência de variáveis que
criam uma espécie de “artificialismo” nas condições de importação. Há tese difundida no mercado que explica esse
artificialismo. As variáveis são três: valorização da moeda,
guerra fiscal entre os estados e superoferta do produto no
mercado externo.
Os benefícios ao cliente praticamente se diluem no
processo de importação. O preço
opes medidas do
fixado no mercagoverno podem
do internacional é
quase idêntico ao
contribuir para
do mercado interimpulsionar as
no. Então há quem
não enxergue vanvendas internas
tagem alguma na
importação do aço.
Segundo o advogado mineiro Rinaldo
Maciel de Freitas,
se setor siderúrgico
não voltar os olhos
ao exterior, “as importações caem em
50%”.
Em recente declaração à imprensa,
L
“Se o setor siderúrgico
não voltar os olhos ao
exterior , as importações
50%”
Inthemine
caem em
:
Freitas
34
• Revista do Aço
CAPA
o presidente do IABr, Marco Polo de
Mello Lopes, descreveu um cenário
de “importações mais fracas”. Há
uma avaliação otimista. Para Lopes,
as recentes medidas do governo de
defesa comercial e o aumento da
importação em alguns tipos de aço
podem contribuir para impulsionar
as vendas internas do produto.
Vantagens dos aços patináveis
O tipo mais comum de aço utilizado na indústria automobilística é o aço de baixo carbono, devido a sua capacidade para
assumir as diferentes formas exigidas nas diversas peças dos automóveis. O produto tem larga utilização nas carrocerias dos
automóveis. E exatamente por isso possui a característica de maleabilidade, possui precisa suportar as conformações impostas
a eles. No entanto, em face da tendência mundial de se reduzir o peso de veículos automotores, novos tipos de aço foram
desenvolvidos, visando reduzir emissão de gases poluentes e a corrosão.
A principal característica do aço patinável é a sua resistência à corrosão atmosférica. Dependendo da agressividade do meio ambiente
e do tempo de exposição, esta resistência pode ser de cinco a oito vezes maior que a dos aços-carbono. “A resistência à corrosão dos
aços patináveis foi estudada ao
AÇOS Patináveis fabricados no Brasil
longo de anos por meio de ensaios
acelerados e não–acelerados de
Fabricante
Tipo de AÇO
Sites
corrosão em diferentes condições
ASTM A588
atmosféricas, onde foi comprovada
www.arcelormittal.com/br/
ARCELORMITTAL
a sua superioridade em relação
ASTM A242
aos aço-carbono comum”, ressalta
o estudo.
CSN-COR 420, CSN-COR 500
CSN
www.csn.com.br
Esses aços resistentes à
corrosão são disponíveis no Brasil GERDAU /AÇOMINAS ASTM A588
sob a forma de chapas e bobinas,
COS-AR-COR 400, COS-AR-COR 400E,
produzidos por siderúrgicas e
COS-AR-COR 500, ASTM A242, ASTM A588
www.usiminas.com.br
USIMINAS
possuem denominações comerciais
USI-SAC-300, USI-SAC-350, USI-FIRE-350
específicas. Os pesquisadores
ASTM A242, ASTM A588
definem esses produtos como
VMB 250 COR, VMB 300 COR,
de baixa liga, que além da
www.vmtubes.com.br
V&M
resistência à corrosão, apresentam
VMB 350 COR
boa soldabilidade.
Ap
CIMM
Dois exemplos clássicos são os aços inoxidáveis e os aços patináveis. Segundo estudo do Laboratório de Mecânica Computacional
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), os aços patináveis foram introduzidos no início dos anos 30, nos Estados
Unidos, para fabricação de vagões de carga. “Dadas às características e qualidades desses aços, que combinavam alta resistência
mecânica com resistência à corrosão atmosférica, rapidamente encontraram aceitação, ainda que, na maioria das vezes, fossem
empregados com revestimento”, diz o estudo.
-AÇOSPORT
Comercial de Aços Ltda.
AP-AÇOSPORT é uma empresa focada na distribuição
de aços especiais, barras, chapas, perfis e tubos.
Laminados, Forjados, Trefilados e Retificados SAE 1020 à 1090
• 4340 • 4320 • 8620 • 8550 • 8640 • 4140 • 4130 • 52100 • 5160 • ST52
• 3N • A 283 • A 285 • A 36 • A 514 • A 515 • A516 • A 572 • DIN 17100
• USI AR 400 • 15MO3 • 16MO3 • H12 • SAR 60 • SAR 80 • RRST 52.3N
CORTAMOS SOB MEDIDA E FORNECEMOS
OUTRAS LIGAS SOB CONSULTA !
Tel: (11) 2214-4530 • E-mail: [email protected] • www.acosporte.com.br
Rua Rev. José de Azevedo Guerra, 340 • CEP: 03810-000 • Ermelindo Matarazzo • São Paulo - SP
Fotos: Divulgação
Mercado
Ital e Italindústria estão juntas
Empresas voltam a fazer parte do mesmo grupo empresarial, mas continuam
a existir isoladamente
D
esde outubro de 2012 a Italindústria Termo Eletro Mecânica e a Ital
produtos Industriais fazem parte do mesmo grupo empresarial. Ambas empresas continuam a existir separadamente, aproveitando o ponto forte de cada uma.
Desde a união oficial as linhas de produtos estão sendo
harmonizadas para atender as necessidades do mercado. A nova associação estará presente na Feimafe que
acontece em junho, em São Paulo. “As empresas fabricam, importam e reparam equipamentos magnéticos
em geral. Especificamente para o ramo de usinagem,
temos uma linha de placas magnéticas e outros acessórios de fixação magnética para fresadoras, retificadoras,
CNC´s etc”, afirma Alexandre Ronconi, diretor. Ele explica
que a Ital era uma divisão da Italindustria que se separou em 1999. Segundo ele, a partir de agora, com essa
36
• Revista do Aço
nova operação, as empresas continuarão
a existir separadamente. O que muda?
“A Italindustria focará a linha de equipamentos
pesados e a ITAL Produtos a linha mais leve”, afirma.
As duas empresas passam a dividir a nova sede que
será inaugurada na cidade de Embu. É um espaço que ocupa 3 mil metros quadrados no entroncamento da Rodovia
Regis Bittencourt com o Rodoanel, em São Paulo e que
deve ser inaugurado em julho de 2014. Atualmente A Ital
Produtos está localizada na cidade de Cotia e a Italindustria
fica no município de Taboão da Serra, na frente da Rodovia
Regis Bittencourt. Para 2013, a expectativa de crescimento
é de 10% nas vendas e de 20% na lucratividade em função
da sinergia entre as operações das empresas.
Informações: www.italpro.com.br e
www.italindustria.com.br
Agronegócio
A vida do aço no campo
Safra com bons preços de commodities e a regularidade de crédito para
compra de máquinas geram otimismo
Gislaine Vicente
Imagens: sxc.hu
A
s perspectivas de crescimento do consumo de aço
no agronegócio é tema recorrente
em indústrias do setor. Depois de um
2011 marcado pelo enfraquecimento
da demanda na Europa em crise e
nos Estados Unidos, o que deixou os
empresários reticentes, a temporada
de novos investimentos no Brasil já
a partir de 2012 criou expectativas
mais otimistas – e isso pelo menos
pelos próximos quatros anos. Em
2013, a palavra-chave é otimismo.
O presidente da ArcelorMittal
Aços Longos para a América do Sul,
38
• Revista do Aço
Augusto Espeschit de Almeida, diz
que o Brasil se tornou quase que
um paraíso para investidores. “Isso,
de uma certa forma, é bom, mas temos de tomar muito cuidado com
essa visão”. Entretanto, ele está otimista com a expansão da economia
brasileira e de alguns dos vizinhos
da América do Sul, como Peru e Bolívia, o conglomerado vai se aproveitar da eficiência máxima de suas
fábricas para atender as compras
mais aquecidas no subcontinente.
Já o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos
Agrícolas da Abimaq, Celso Casale, fala em um período de recuperação para o setor de máquinas
e equipamentos. “Pelo menos no
nosso segmento tivemos um bom
ano. Os dados consolidados de janeiro a dezembro apontaram para
um crescimento de 8,5% no faturamento nominal do segmento de
máquinas e implementos agrícolas,
que totalizou R$ 10,8 bilhões. Também no número de empregados
atingimos a marca de 59.236 funcionários, o que representou um
avanço significativo, na casa dos
Agronegócio
8,4% em comparação com o quadro existente em dezembro de 2011. Nossa expansão foi decorrente de dois
fatores principais: a boa safra com bons preços das principais commodities agrícolas e a regularidade da oferta
de crédito para compra de máquinas, que deixaram os
agricultores com recursos suficientes para investir em
renovação ou ampliação de sua frota de máquinas e implementos”, explicou.
Casale acredita que os bons resultados alcançados
deverão ser mantidos em 2013, em razão da tendência
de continuidade dos investimentos na produção agropecuária. Produtores capitaneados por boas safras, dando
regularidade na oferta de financiamento e estimulando
programas de apoio à agricultura familiar e maior conscientização do agricultor em relação aos ganhos decorrentes da mecanização da produção são pontos positivos que
confirmam o bom desempenho nas vendas de máquinas
e implementos agrícolas.
A previsão de crescimento de 10%, em 2013, é otimista, porém, merece cautela, diz Casale. “Estamos
crescendo isoladamente em meio a uma economia
que apresenta índices de expansão bastante discretos.
A marcha lenta das economias centrais (Estados Unidos e Comunidade Econômica Europeia) despertam a
atenção de fabricantes de todo o mundo para o mercado brasileiro. Como a nossa agricultura tem registrado
índices expressivos e constantes de expansão, todos
os grandes fabricantes de implementos e máquinas do
mundo olham com bastante interesse para o nosso mercado”, diz Casale.
Um ponto bastante positivo é o forte desenvolvimento do Rio Grande do Sul na agricultura e na pecuária, o Estado sempre se coloca entre os de maior demanda de máquinas e implementos. Há também entre
os produtores gaúchos uma maior cultura e tradição de
investir em tecnologia e inovação, o que acaba também
Agronegócio
puxando as vendas de implementos e máquinas. A presença é forte
também no interior de São Paulo por existir um bom número de
grandes indústrias do setor instaladas. É um excelente mercado, assim
como são os mercados dos estados
líderes na produção agrícola. No
caso do Rio Grande do Sul, esperamos um aumento entre 10% e 15%
para as vendas de máquinas e implementos agrícolas em 2013.
Oportunidades de negócio
para a indústria do inox, de aços
elétricos e especiais ao carbono,
principalmente no Brasil, devem-se
uma série de fatores e de projetos.
A questão ambiental, a descoberta
do pré-sal, a fronteira agrícola, Copa
do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas de 2016 são alguns dos ‘motores’ da cadeia. Para a Aperam South
America, o inox ampliou significativamente o seu leque de aplicação.
Segundo a assessoria da empresa,
há aplicações em mobiliário urbano, acessibilidade, decoração e design. Em relação ao setor de gás e
petróleo, existe um investimento
em produtos como o aço duplex,
com maior resistência mecânica e
à corrosão, no intuito de atender a
demanda proveniente da exploração no pré-sal. Quanto ao agrone-
gócio, a participação do aço deve
crescer muito, como no caso do setor sucraalcoleiro, no qual já peças
específicas para alguns clientes já
foram desenvolvidas.
O bom momento vivido pela
agricultura brasileira está atraindo
grandes investidores dispostos a
explorar o mercado brasileiro, o que
pode provocar ou acelerar fusões,
incorporações e aquisições. Outro
desafio hoje da CSMIA é criar condições para elevar o padrão tecnológico das empresas associadas para
que elas consigam melhorar sua
competitividade, e assim enfrentar
uma concorrência cada vez mais
Agronegócio
acirrada e mais globalizada, inclusive com possibilidade de ocorrer fusões e incorporações no segmento.
O vice-presidente da Área de
Máquinas Agrícolas da Associação
do Aço do Rio Grande do Sul (AARS),
Duílio Weissheimer De La Corte,
exemplifica o segmento de colheitadeiras. “No mercado interno,
o total vendido dessas máquinas
cresceu 17,3%, em 2011, na comparação com 2010, passando de 4.549
para 5.338 unidades. As vendas externas, por sua vez, cresceram menos, 5,7%, indo de 2.261 para 2.389
colheitadeiras exportadas. No conjunto, as vendas desse segmento
aumentaram 13,5%, crescendo de
6.810 para 7.727 máquinas comercializadas”, relembrando o início do
boom desse mercado.
Ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, hoje coordenador do Centro de Agronegócio da
Fundação Getúlio Vargas (GV Agro),
lembra de outro fator que contribuiu para o aumento da renda do
setor. Ele diz ter detectado um fenômeno novo, ainda pouco divulgado, que tem ajudado a aumentar
o consumo de aço. Segundo ele, é
um fato curioso que vem ocorrendo no Centro-Oeste, assim como no
Triângulo Mineiro e em Tocantins.
“Houve três bons anos agrícolas seguidos nessa região”, explica. “Isso
causou uma redução da dependência do agricultor por crédito, e isso
fez deles agentes produtivos quase
autossuficientes”.
De acordo com Rodrigues, esses produtores ganharam dinheiro
nos últimos três anos e não querem ou não precisam mais investir
em suas fazendas. Isso porque esses agropecuaristas já renovaram o
seu parque motomecanizado, não
vão comprar trator, já reformaram
barracão, casa, deram uma consertada na vida e sobrou dinheiro.
“Esses agricultores anônimos, desconhecidos, estão produzindo um
movimento de urbanização desse
dinheiro que está sobrando, por
assim dizer”, explica Rodrigues.
“Eles não querem aumentar a área
plantada, querem diversificar. Eles
têm três ou quatro filhos, dos quais
um filho fica na fazenda e os outros
saem, vão para a cidade”.
Ou seja, esse tipo de fazendeiro
está montando empresa comercial, consultório de advogado, de
dentista, para os filhos na cidade
e comprando carro, caminhonete,
apartamento. Está mudando o investimento dele da agricultura para
outras áreas de atividade econômica que têm aço. “É um aquecimento da demanda urbana, por causa
dessa injeção dos recursos agrícolas”, diz Rodrigues. “É uma inversão
do processo, o campo, com sobra,
está enriquecendo a cidade. E isso
tem um reflexo na indústria do aço
muito significativo, que ainda não
está contabilizado”. Mas nem sempre foi assim. Até chegar a esse nível de importância para a economia
brasileira e o desenvolvimento do
país, a agricultura nacional teve que
evoluir muito.
Segundo dados do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abaste-
Agronegócio
cimento (MAPA), a safra de 2010/2011 foi de 149,1 milhões de toneladas, um pouco maior do que as 148,82
milhões de toneladas do ciclo anterior. Ainda de acordo
com o MAPA, o agronegócio é um dos motores da economia brasileira, respondendo por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em
2009, por exemplo, dado mais recente disponível, a produção agropecuária representou 42% das exportações,
com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões vendidas ao
exterior pelo país.
O engenheiro agrônomo Otávio Gutierrez explica
uma forma que dá margem a uma grande produção do
aço no setor de agronegócio. “O carvão vegetal no aço
e no arame que cerca o gado nas fazendas de criação
é um nicho de produção que cresce sempre, e que dá
uma penetração bastante significativa no agronegócio”,
resume. “O aço é feito da combinação do minério de ferro com o carbono, que tanto pode ter origem no carvão
mineral, uma matéria prima de fonte finita, como pode
vir do carvão vegetal obtido a partir da madeira de florestas plantadas e, portanto, um recurso renovável”.
De acordo com Gutierrez, já há empresas brasileiras produzindo aço com certificação de uso de carvão
vegetal e gozando dos benefícios dos contratos am-
bientais de sequestro de carbono, de modo que as
aciarias e todo o imenso universo industrial baseado
no aço passarão crescentemente a também fazer parte
da cadeia do agronegócio. Com a população dos países
emergentes crescendo mais rápido do que a produção
de alimentos, não faltou demanda para os produtos
agropecuários. Isso fez com que os preços das principais commodities agrícolas ficassem acima da média
histórica. Como não poderia deixar de ser, esses aspectos positivos se refletiram no consumo de aço, principalmente indireto, por meio do segmento de máquinas
agrícolas, que também teve um bom desempenho nos
últimos anos.
Gerente executivo comercial para os segmentos indus-
Pesquisa e
desenvolvimento
de novos mercados
Planejamento
estratégico
em marketing
email- [email protected]
Abimaq/divulgação
Consultoria
Empresarial
triais da Aperam South America, Daniel Rodolpho Domingues, diz que o agronegócio dá margem para que vários
trabalhos sejam feitos em torno do mercado. “Nesse sentido, o Centro de Pesquisas da Aperam South America representa o nosso grande trunfo”, assegura Domingues. Para
ele, com o crescimento de diversos segmentos ligados ao
agronegócio, o aço salta na frente pela rentabilidade e diversificação apresentadas. “Há uma redução dos custos de
manutenção em mineração e açúcar e álcool, por exemplo.
Quanto ao agronegócio, a
participação do nosso aço
deve crescer muito, como
no caso desse mesmo setor
sucroalcooleiro, no qual já
desenvolvemos peças específicas para alguns clientes”, cita Domingues.
Aço Inox
Aço inoxidável: aplicação
em usinas de açúcar e álcool
Manutenção dos equipamentos acontece durante entressafra;
inox tem forma diferenciada de proteção contra a corrosão
(*) Joner Oliveira Alves
A
Imagens: cedidas pelo autor
tradicional produção de
açúcar associada à crescente demanda de etanol fez da
indústria sucroalcooleira um dos
principais segmentos da economia
brasileira. Uma realidade que despertou o interesse de grandes grupos levando a ocorrência de fusões
e a uma mudança do modelo de
gestão deste segmento, com uma
intensificação da busca por maior
44
• Revista do Aço
produtividade e melhor qualidade
de produto.
A reforma ou troca de equipamentos consome uma parte
significativa da rentabilidade das
indústrias de açúcar e álcool. Historicamente, grande parte dos
equipamentos das usinas sucroalcooleiras é constituída de aço
carbono, correntemente utilizado
pelo menor custo por tonelada.
Entretanto, devido à agressividade do ambiente de trabalho, um
intenso trabalho de manutenção
é demandado. As manutenções
ocorrem principalmente durante a
entressafra, quando diversas partes dos equipamentos são trocadas devido ao fim de vida útil do
material empregado. As operações
durante a entressafra ocorrem praticamente simultâneas em todas
Aço Inox
as usinas, o que gera escassez de
mão-de-obra especializada.
A degradação dos equipamentos ocorre principalmente pela
ação, combinada ou não, do desgaste e corrosão. O desgaste é
inerente do atrito de um material
abrasivo sobre a superfície do equipamento. Nas usinas de açúcar os
principais meios abrasivos são areia,
gomo da cana, palha e até mesmo
as partículas metálicas desprendidas pelo desgaste do equipamento.
O recebimento da cana representa
a região de maior desgaste nas usinas. A figura 1 mostra chapas de
aço carbono (imagem 1-A) e aço
inoxidável 410D (imagem 1-B) após
aplicação no recebimento da cana,
mais precisamente na lateral do
“esteirão de cana”. Nesta aplicação,
o desgaste acumulado de cinco safras causou ao 410D uma redução
de espessura de apenas 0,5 mm, esA
tando ainda apto para outras safras.
A chapa de aço carbono atingiu espessura mínima de trabalho após
três safras, precisando ser reposta.
Outro mecanismo associado
à degradação dos equipamentos, a
B
Figura 1 - Chapas aplicadas no lateral do esteirão de recebimento da cana (espessura
inicial de ¼”): aço carbono após 3 safras (A) e aço inoxidável 410D após 5 safras (B)
ALTA PRECISÃO E QUALIDADE
TECNOLÓGICA EM TREFILADOS
TUBOS TREFILADOS QUALIFICADOS
ALUMÍNIO • COBRE • LATÃO
• TUBOS em todos os formatos e medidas
• PEÇAS tubulares acabadas ou semi-acabadas, cortadas e usinadas
• PERFIS personalizados e formatos irregulares
SERVIÇOS DE MÃO DE OBRA:
• Diâmetros especiais conforme especificações
• Qualidade presente em todos os segmentos do mercado • Trefilação em barras e em rolos • Corte sob medida
• Competitividade e versatilidade na prestação dos serviços • Usinagem de precisão • Recozimento e endireitamento
ALTO PADRÃO EM TREFILAÇÃO DE METAIS NÃO FERROSOS
R u a S e na dor Ve r gue i r o, n º s 110, 124 e 130 - Cen tro - S ão C aetan o d o S u l -S P
T e l s /Fa x : (1 1) 4 22 7-5 57 0 / 4226-6968 / 4226-7150 / 4 226-7162 w w w . extretec. co m . b r
i n f o @ e x t r ete c. c om. br • ven d [email protected] m.b r • c o m p ras@ extretec. co m . b r
Aço Inox
corrosão é caracterizada pela perda de material frente ao meio envolvido. Durante o processamento
e tratamento da cana existem diversos meios corrosivos que vão
do mais fraco, como a água da chuva no recebimento da cana, até os
mais severos como nos casos dos
evaporadores, condução de vinhaça e colunas de destilação. Um
exemplo de ambiente altamente
corrosivo é a área de evaporação
do caldo. Nas usinas, a evaporação é empregada para eliminar a
água contida no caldo clarificado,
seja ela originada da própria cana-de-açúcar ou adicionada no processo. As usinas possuem vários
estágios de evaporação, sendo o
último efeito o mais corrosivo (figura 2). Neste estágio, o arraste
de caldo pelo vapor vegetal do
efeito anterior causa deposição
externa ao feixe tubular, gerando
um ambiente propenso ao desenvolvimento de bactérias que aceleram o processo de degradação
do material. A imagem 2-A mostra
as paredes de um evaporador em
A
aço carbono (com processo corrosivo) e a região do espelho em aço
inoxidável AISI 444 (intacto) após
uma safra. Tubulações produzidas
em AISI 444 empregadas no evaporador podem ser observadas na
imagem 2-B.
O aço inoxidável (inox) apresenta uma forma diferenciada de
proteção contra a corrosão. Durante a fabricação deste material, ainda na fase líquida, são adicionados
elementos que não fazem parte da
composição do aço comum, como:
cromo, níquel, molibdênio, titânio
B
Figura 2 - Último efeito de evaporação: A - aço carbono nas laterais (com processo
corrosivo) e aço AISI 444 no espelho (intacto); B- tubulação em aço inoxidável
46
• Revista do Aço
e nióbio. Cada um destes elementos proporciona características
diferenciadas ao inox, sendo o cromo o principal agente na proteção
anticorrosiva. De uma forma geral,
a corrosão é uma reação química
entre os elementos oxigênio (presente no ambiente) e o ferro (encontrado na composição do aço).
A união do ferro com o oxigênio
forma o óxido de ferro, popularmente conhecido como ferrugem.
O cromo presente na composição
dos aços inoxidáveis atua como
um elemento de sacrifício, entrando em contato com o oxigênio formando o óxido de cromo, o que
cria uma camada de proteção para
o aço. Invisível a olho nu, esta camada impede que o elemento ferro seja removido do aço, evitando
a formação da corrosão. Ao contrário dos revestimentos, esta camada
possui a capacidade de regeneração, não necessitando de manutenções uma vez que o cromo está
presente na própria composição
do aço inoxidável.
Aço Inox
A escolha do tipo de material a ser aplicado
deve ser pautada em diversos fatores, sempre
levando em consideração o ambiente de trabalho. Mesmo dentro de uma única classe de materiais existem diversas especificações, como no
caso dos aços inoxidáveis que são divididos em
ferríticos, austeníticos, martensíticos e duplex.
Assim, um material com excelente aplicabilidade em um determinado setor pode não ter bons
resultados em outro. Na última década, um intenso trabalho de pesquisa foi realizado junto
às usinas de açúcar visando uma detalhada especificação dos aços a serem empregados em
cada área, a Tabela I (veja na página 48) apresenta um resumo destas definições.
O custo da matéria-prima, outro fator de
extrema importância nos projetos, deve ser
visto de uma forma geral. Nas usinas de açúcar
é preponderante considerar a quantidade de
safras que o material suporta. Assim, um custo
inicial mais elevado pode ser completamente
revertido no futuro. Um exemplo do custo-
Pontualidade
gera
produtividade
Aços Inoxidáveis
Produtos siderúrgicos
Corte e Dobra
Ligas especiais
Nacionais e Importadas
Tubos em geral
Bronze (Própria Fundição)
Peças conforme Desenho e Usinadas
Telefone: (11)
2036-9500
www.moldalum.com.br
Rua Eng. Guilherme Cristiano Frender, 398
Cep: 03477-000 São Paulo - SP
Balança para Pesagem
em Pontes Rolantes
Modelo BGB
Modelo BGE
de 2.000 até 10.000kg
de 500 até 50.000kg
Veja no site mais opções
de acabamento para
proteção de
altas temperaturas
e impactos
Controle
remoto
Várias opções de
impressoras para etiquetas
Controle
remoto padrão
Kit troca rápida
de bateria
PRECISÃO E CONFIABILIDADE NO CONTROLE E TRANSMISSÃO DOS DADOS DE PESAGEM
ELETRÔNICA, ROBUSTA E CONFIÁVEL COM A MELHOR RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO
R. 12 de Setembro, 668/700
Vila Guilherme
CEP 02052-000
São Paulo – SP – Brasil
Tel: 11 2901 1895
www.navarro.com.br
Aço Inox
Tabela I - Principais ligas de aço inoxidável aplicadas nas usinas de açúcar e álcool*
Aço
Descrição
Áreas de Aplicação
410D
Aço com alta resistência ao desgaste associado à corrosão. Oferece ampla resistência à corrosão atmosférica.
Equipamentos de recebimento e preparo da cana em
geral, esteiras, chaminés e lavadores de gases.
439
Devido ao acréscimo de mais cromo, esta liga possui
maior resistência à corrosão, tendo ainda bom desempenho em condições de temperatura elevada.
Extração e tratamento do caldo, pré-ar, evaporadores, condensadores, cozimento, secagem.
444
Aço inoxidável ferrítico com a maior concentração de elementos de liga. Atua com primor em ambientes corrosivos,
de alta temperatura e/ou sujeitos a tensões.
Condução de vinhaça, pré-ar, evaporadores, condensadores.
304/
304L
Tido como o “coringa” do inox, o AISI 304 possui alto
grau de conformação e resistência à corrosão. O tipo
304L é demandado para temperaturas mais elevadas.
Piso industrial, tanques, tubulações diversas, fermentação, destilação.
316/
316L
O AISI 316/316L possui aplicações semelhantes ao aço
304, sendo demandado para ambientes com maior intensidade dos meios corrosivos, como cloretos.
Destilação, sulfitação, fermentação, condução de vinhaça.
* Outras tipos de aços inoxidáveis também possuem aplicação em menor volume: AISI 317 (sulfitação), Duplex 2304 (região de impacto)
e AISI 409 (telhas e dutos de gás)
-benefício do emprego de um aço
com melhor qualidade é o manejo
da vinhaça (resíduo da destilação
fracionada do caldo da cana fermentado para a obtenção do etanol). A vinhaça da Usina Coruripe
(Alagoas) é conduzida a cerca de
90º C, sendo ainda a tubulação
exposta a uma das mais corrosivas
atmosferas do solo brasileiro. Nesta usina, o aço carbono necessitava de manutenção a cada safra,
sendo sucateado após o terceiro
ano. A solução encontrada foi a
substituição pelo aço inoxidável
AISI 444, que está em operação a
nove safras sem nenhum tipo de
manutenção (a imagem 3-A mostra esta tubulação). Portanto, levando em conta apenas o tempo
de vida, o custo inicial pode ser
diluído em pelo menos três vezes
48
• Revista do Aço
nesta aplicação. Outro fator a ser
colocado é a espessura das tubulações, como o aço inoxidável
possui maior resistência mecânica
e à corrosão, menores espessuras
são demandadas, reduzindo ainda
mais os custos.
A imagem 3-B exibe um recente
desenvolvimento em aço inoxidável
A
410D, o projeto do sistema de lavagem de gases incluindo torre de lavagem, dutos, carcaça do exaustor
e chaminé. As condições de trabalho colocam este equipamento em
contato direto com água, cinzas,
pressão elevada, gases oxidantes
e altas temperaturas. A fabricação
deste equipamento em aço carboB
Figura 3 - Outros projetos desenvolvidos com aços inoxidáveis ferríticos: condução
de vinhaça em AISI 444 (A) e sistema de lavagem de gases em 410D (B)
Aço Inox
no o deixa altamente susceptível à
corrosão generalizada, fazendo com
que ocorra uma perda acelerada da
espessura das chapas aplicadas. O
emprego do 410D pode dobrar a
vida útil do sistema, com um baixo
índice de manutenção.
Além do decréscimo nos custos
e decaimento dos riscos aos trabalhadores, a redução das paradas
para manutenção representa mais
tempo de produção para as usinas.
Este fator ganhou ainda mais im-
portância nos últimos anos dada a
uma crescente demanda por produção de energia através do bagaço até mesmo durante a entressafra. Durante o processamento da
cana de açúcar, aproximadamente
225 kg de bagaço de cana são gerados para cada 1.000 kg de cana
inserida no processo. As indústrias
brasileiras processaram cerca de
560 milhões de toneladas de cana
na safra 2011/2012, gerando 126
milhões de toneladas de bagaço.
Este co-produto possui conteúdo
energético de 17 MJ/kg, podendo
ser queimado em caldeiras para
produzir energia e vapor, tornando
as usinas auto-sustentáveis e com
possibilidade de venda do excedente energético.
(*) Joner Oliveira Alves é pesquisador da Aperam South America e
professor Adjunto do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (joner.
[email protected])
Evento
Feicon Batimat bate recordes
de visitação e de negócios
Expositores aproveitam
evento para fazer
negócios e mostrar
tendências em
produtos e qualidade
para compradores
e expositores
Por Redação
redaçã[email protected]
Imagens: divulgação
50
• Revista do Aço
A
Feicon Batimat 2013 - 19º
Salão Internacional da
Construção aconteceu em março no Pavilhão de Exposições do
Anhembi, em São Paulo e teve cerca de 2 mil lançamentos e mais de
125 mil visitantes entre construtores, incorporadores, engenheiros,
arquitetos, designers e demais
compradores do setor. Várias das
800 marcas expositoras chamaram
atenção para a alta qualificação
dos visitantes e para o expressivo
volume de negócios realizados e
prospectados, que ficaram acima
da expectativa de muitas delas.
A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre
45 produtos; os empréstimos para
a compra de materiais de construção a baixas taxas de juros; o
aumento substancial da Classe C
brasileira; as obras do Governo Federal; a proximidade da Copa do
Mundo de 2014 e as gigantescas
obras relacionadas contribuíram
para que o evento batesse todos
os recordes de visitação e de negócios. Na abertura do evento, o secretário estadual de Habitação de
Evento
São Paulo anunciou ainda o investimento de R$ 80 bilhões em construção civil nos próximos 4 anos. Os presidentes da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e Associação Nacional
dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) – duas das principais entidades apoiadoras – apresentaram números positivos tanto da indústria como
do varejo de materiais de construção. “Temos muitos
associados na feira – explicou Cláudio Conz, presidente da Anamaco – e diversos fecharam negócios de
R$ 1 milhão por dia no evento. Estimamos que de dois
a três meses de vendas para o varejo da construção são
efetuados durante a Feicon Batimat,”, mensurou Conz.
As vendas do varejo de material de construção devem
crescer 6,5% em 2013 sobre o ano passado.
Também houve a participação de vários profissionais de renome e de autoridades como ministros e empresários africanos, da secretária nacional de Habitação,
Inês Magalhães, e do secretário executivo de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Roberto Abreu,
entre outros. Entre os itens de iluminação, aquecedores,
condicionadores de ar, revestimentos, portas, janelas,
acessórios, fundações, estruturas e produtos para cozinhas e banheiros a tendência mais marcante foi a automação alinhada à sustentabilidade e ao design funcional. “Os tomadores de decisão querem oferecer a seus
públicos produtos sustentáveis. Mas também bonitos
e estilosos, com diferenciais de mercado, como valores
agregados ainda pouco difundidos. Eles querem oferecer o que não é lugar-comum. E isso eles encontraram
na Feicon Batimat – agora é esperar que as novidades
cheguem às revendas, aos prédios e às prateleiras”, comemora a diretora da feira, Liliane Bortoluci.
Lançamentos
A Gravia esteve presente na Feicon e registrou muitos visitantes em seu estande. A empresa teve um saldo
bastante positivo, com a realização de bons negócios
com clientes de todo o Brasil.
Outra empresa que esteve presente no Anhembi foi a Tuper que
aproveitou o evento para mostrar a
nova linha de Andaimes e Escoras
Metálicas. A empresa desenvolveu
uma linha completa de Andaimes
composta pelos tipos Modular, Fachadeiro e Multiuso, além de Escoras Metálicas. A empresa pretende
atender, inicialmente, os segmentos de locação, construção civil,
obras de arte rodoviárias, estaleiros,
manutenção de aviões, plataformas
de petróleo, instalação e manutenção de caldeiras e equipamentos
industriais. E depois suprir outras
demandas do mercado como, por
exemplo, as áreas de eventos esportivos e culturais com o fornecimento de arquibancadas para jogos,
palcos para shows e montagem de
galpões provisórios.
A Kone levou para a feira a Fresadora Ferramenteira modelo KFE-3BR que tem como principais características uma superfície da mesa
de 300/1300mm; Distâncias dos
fusos X,Y de 32mm; Curso longitudinal (man./aut) de 900mm; Curso
transversal (man./aut) 350mm; Curso vertical (man./aut) de 420mm;
Avanço automático longitudinal/
transversal (variável) 24/630 mm/
min; Avanço automático vertical
(variável) 35/470 mm/min; Cone
ISO40; Distância (mín./máx.) entre o
eixo-árvore/mesa 45/465 mm; Distância (mín./máx.) entre o eixo-árvore/coluna 200/600mm; Avanço
do eixo-árvore 0.04,0.08,0.15 mm/
volta; Rotações do eixo-árvore (inversor de frequência) 60-4200 RPM;
52
• Revista do Aço
Motor do eixo-árvore 5 CV. A KFE-3/
BR permite ser financiada através
do Finame e do Cartão BNDES.
A Constálica Soufer, empresa
que resultou da joint-venture entre
a empresa portuguesa Constálica
e o Grupo Soufer também esteve
na Feicon. A empresa divulgou seu
Sistema Construtivo MadreMax®
que possui sobreposição variável,
mediante acoplagem sucessiva dos
Perfis; 6 seções distintas: MadreMax
50/1,5, MadreMax 100/1,5, MadreMax 150/1,5, MadreMax 200/1,5,
MadreMax 250/2,0 e MadreMax
250/2,5. Perfil Estrutural em Aço
ZAR 345, com revestimento galvanizado Z 275; aplicação em estru-
Evento
turas de aço, concreto e madeira.
Além disso, o sistema tem possibilidade de cruzamento de perfis de
seção igual ou diferente.
A Gerdau, líder na produção de
aços longos das Américas, mostrou
todo o portfólio para a construção
civil na Feicon. Entre os principais
produtos que serão expostos estão
o vergalhão Gerdau GG 50 e armaduras prontas, como telas soldadas
nervuradas, treliças e colunas POP,
além da linha de pregos com mais
de 1.000 itens para as mais diversas aplicações, incluindo o prego
cabeça dupla para aplicação em
fôrmas de madeira na construção
civil. Foi mostrada também a linha
de perfis estruturais laminados,
ideais para aplicação em projetos
de construção metálica ou padronizados, como conjuntos habitacionais. O produto pode ser utilizado
Suas peças estão
EMPERRADAS?
em edifícios de andares múltiplos
(comerciais e residenciais), edifícios-garagem, hotéis e hospitais,
universidades e escolas, shoppings, mezaninos, estádios e ginásios,
metrôs (infraestrutura e estações),
pontes, viadutos e passarelas, fundações e contenções.
Máquinas para endireitar manuais e
automáticas para peças cilíndricas
e perfiladas:
• Comprimentos de 60 – 30.000 mm
• Diâmetros de 2 até 500 mm
Exemplos:
• Canos e tubos
• Barras forjadas
• Barras laminadas
• Perfis
• Hastes
• Barras mandrilhadas
Maschinen-und Apparatebau
Götzen GmbH, Erkrath
D-40699 Erkrath, Steinhof 65
Telefon: +49 211 / 9 24 83–0
E-Mail: [email protected]
Internet: www.mae-goetzen.de
Representante Brasil
MESSTECH
Tel: (15) 3031-3410
e-mail: [email protected]
A company of the
GESCO-group
AGENDE-SE
Congresso Brasileiro de Galvanização
Caesar Park - São Paulo
22 e 23 de Outubro de 2013
www.galvabrasil.com.br
GARANTA A SUA VISIBILIDADE PARA
TODO O MERCADO BRASILEIRO!
Aproveite as oportunidades especiais
e participe do maior evento do setor.
Oportunidades comerciais:
Sator
+55 11 3032-5633
E-mail: [email protected]
Realização:
Organização:
Agência de Turismo Oficial:
Apoio:
Patrocínio:
Mídia Oficial:
Classificados do
A ideia é simples:
Sua empresa tem uma oportunidade de negócio e outra empresa está necessitando deste item.
Pronto, o negócio se realizou.
Caderno
Classificados do
Classificados do
maquina ShumaG
Guilhotina marca newton
(mecânica)
Fotos: Divulgação
Comprimento de corte 2040mm
Espessura de corte 5.0 mm
Ano de fabricação 2000
Maquina em perfeito estado
de funcionamento
Valor de Venda R$ 58.000,00
Vendo uma Maquina SHUMAG,
para trefilar, endireitar, cortar e polir
arames de aço, de 4,0mm até
13,0 mm – muito bom Estado,
indústria metalúrgica costinha
Tel: (11) 9162-4556
Contato: Ronaldo
www.costinha.com.br
naturaço ind. e com. de aço
Tel: (11) 4823-9800
Contato: Vanderlei
www.naturaco.com.br
PolitriZeS
FermaSa
(hidráulica)
POLITRIZES DE 2 / 3 / 5 /
7,5 CV / TEMOS 1750
E 3500RPM
GARANTIA DE 12MESES
Modelo tg 205/4
Capacidade de corte 2050 mm
Espessura de corte 4 ;0 mm
Ano de fabricação 1987
Valor de Venda R$ 53.000,00
metasil Sanding machine
Tel: (19) 3935-8822
Contato: Luiz Antonio
www.metasil.com.br
naturaço ind. e com. de aço
Tel: (11) 4823-9800
Contato: Vanderlei
www.naturaco.com.br
tuboS de aÇo helicoidal
clark bob cat
Modelo 711
N serie 4991-a 1645 brm
Motor Agrale, pneus em
bom estado
Valor da Venda R$ 45.000,00
aÇo carGo
transportes e logística
(11) 4330-2801
Contato: Ariane
www.acocargo.com.br
100 ton. de Tubos Dutos
de Aço Helicoidal Leve e Pesado,
para Ventilação, Camisas de
Revestimentos, Ar Quente,
Condução Agua, Ar. Saneamento
e outros. de 3» a 40» com
esp. 1,50mm a 6,40mm.
carreta
Marca: S/R Randon
Ano: 1980
Tipo: Car/s. Reboque/Cot
Cor: Azul
Valor de Venda: R$ 48.000,00
46
• Revista do Aço
o
id
nd
Ve
aÇo carGo
transportes e logística
(11) 4330-2801
Contato: Ariane
www.acocargo.com.br
dragtec ind. e com.
Tel: (11) 5698-2244
Contato: Daniel Veloso
www.dragtec.com.br
durometro modelo wS-132 diGital
Escalas de dureza: hrc, hrb,
hra, hb,hv, hs
Valor: R$ 3.500,00
Pagamento facilitado
aGS Precisão
Tel: (11) 3645-0585 / 9931-1305
Contato: Nilce Valence
[email protected]
www.agsprecisao.com.br
Revista do Aço •
47
O Caderno de Classificados do Aço
é uma solicitação de anos das empresas
que têm algum item fora de linha
comercial seja máquina, equipamento
ou acessório que não usa mais por
vários motivos - como aquisição
de um novo, por exemplo, e não têm
para quem oferecer ou não sabe
a quem ofertar... Nós sabemos!
Envie seu classificado
[email protected]
Vire
e veja o espaço para
seu produto e para
sua nova aquisição
Classificados do
plaina limadora zocca 1000 - Pouquíssimo uso
Fotos: Divulgação
Dimensões máximas para plainar 1000 x 1000
Curso do torpedo - máx 1000
Curso horizontal da mesa 1000
Curso vertical da mesa 420
Curso cabeçote na vertical 200
Superfície da mesa 560 x 1000 x 560
Orientação angular da mesa 90°
Orientaçã angular do porta-ferramenta 90°
Avanços horizontais da mesa 0 a 5mm
Golpes do torpedo (golpes/min)
8 - 11 - 16 - 22 - 30 - 45 - 53 - 70 - 104
Potência do motor 10hp
Abertura da morsa 300
Largura do mordente 250
Orientação angular da morsa 360°
Classimaq Máquinas Industriais
Tel: (31) 9693-8605
Contato: Rogério Ribeiro
Depto Comercial
[email protected]
www.classimaq.com.br
POLITRIZES
Politrizes de 2 / 3 / 5 /
7,5 cv / temos 1750
e 3500rpm
garantia de 12 meses
Metasil Sanding Machine
Tel: (19) 3935-8822
Contato: Luiz Antonio
www.metasil.com.br
carreta
Marca: C/A Krone
Tipo: Car/S.Reboque/ Cont
Cor: Vermelha
Ano 97/97
Placa: GSH 3464
AÇO CARGO
Transportes e Logística
Tel: (11) 4330-2801
Contato: Ricardo Rodrigo
www.acocargo.com.br
Furadeira Radial
Marca: Girads
Furadeira Radial 40 mm
Preço: R$ 18.000,00
Empremaq Maquinas
Operatrizes LTDA
Tel: (41) 3362 2662
[email protected]
www.empremaq.com.br
56
• Revista do Aço
Anuncie seu classificado gratuitamente aqui
Caderno
Classificados do
Prensa Excêntrica
Fotos: Divulgação
Marca: Fermasa
Modelo 3112
Tamanho: 3100 x 12 mm
Preço: R$ 85.000,00
Empremaq Maquinas
Operatrizes LTDA
Tel: (41) 3362 2662
[email protected]
www.empremaq.com.br
Guilhotina marca Newton (mecânica)
Comprimento de corte 2040mm
Espessura de corte 5.0 mm
Ano de fabricação 2000
Máquina em perfeito estado
de funcionamento
Naturaço Ind. e Com. de Aço
Tel: (11) 4823-9800
Contato: Vanderlei
www.naturaco.com.br
Dobradeira CNC - Marca SORG
Lgv Corte Laser
Gustavo Barile
Div. COMERCIAL
[email protected]
[email protected]
Tel: (11) 4228.6992
(11) 4229.0975
5511 7742.8749 - ID: 55*11*62482
[email protected]
www.lgvcortelaser.com.br
4 eixos
CNC Delen
seminova (sem uso)
01 jogo de ferramentas incluso
Software Delen para
Programação off-line incluso
Entrega imediata
Preço: R$ 198.000,00
Prensa Viradeira
Marca: Fobesa
Capacidade 100 tons
Comprimento 3000 mm
Preço: R$ 55.000,00
Empremaq Maquinas
Operatrizes LTDA
Tel: (41) 3362 2662
[email protected]
www.empremaq.com.br
Revista do Aço •
57
ALUGUEL DE GALPÃO EM CUMBICA – GUARULHOS/SP
Área do terreno 4391m²
Área construída 3500m²
Pé direito do galpão com 8m, com
pilares de concreto e estrutura para
receber pontes rolantes de até 20
toneladas
Prédio da administração separado do
galpão, com 3 andares, oferece área
para recepção, além de copa e WCs
Valor da locação: R$50 mil ao mês + IPTU
Fotos: Divulgação
Anuncie seu classificado gratuitamente aqui
Classificados do
Oton
Tel: (11) 2781.7677
(11) 2781.5676
http://galpaoemcumbica.
wordpress.com/
Calandra de Perfil
Marca: Búfalo Mecânica
Calandra de Perfil para 6”
Para Serviços pesados para Tubos e
Perfis
Preço: R$ 80.000,00
Empremaq Maquinas
Operatrizes LTDA
Tel: (41) 3362 2662
[email protected]
www.empremaq.com.br
Máquina de Corte tipo Portal a Plasma e Oxicorte
- Trilhos com cremalheiras sem danos;
- Portal alinhado por 04 rolamentos cada
lado;
- Dupla motorização;
- Mesa de corte;
- Suporte dos cabeçotes no portal: frontal e superior
- CNC modelo TNC 3000
- Fonte Plasma Hypertherm PMX 1650 G
- Local: Belo Horizonte, MG
Tectronix modelo BT2560, área útil
e corte 2.500 x 6.000mm, disposta com
2 canetas de oxicorte e 1 de Plasma, trabalhando no cliente.
Classimaq Máquinas Industriais
Tel: (31) 9693-8605
Contato: Rogério Ribeiro
Depto Comercial
[email protected]
www.classimaq.com.br
Prensa Excêntrica
Marca: Clark Machine
Prensa Excêntrica Capacidade para
100 tons (Nova)
Preço: R$ 120.000,00
Empremaq Maquinas
Operatrizes LTDA
Tel: (41) 3362 2662
[email protected]
www.empremaq.com.br
58
• Revista do Aço
A históriA dA CsN é A históriA do Aço No BrAsil.
A CSN foi a primeira produtora integrada de aços planos no país,
em 1941. Desde então, são 72 anos de trabalho e compromisso
com o desenvolvimento do Brasil. Hoje, a empresa é um complexo
siderúrgico moderno e competitivo, que atua em toda a cadeia
produtiva do aço e nos segmentos de mineração, logística,
cimento e energia, nos mercados europeu e norte-americano.
Com a dedicação de seus milhares de empregados, a CSN vai continuar
crescendo e investindo no desenvolvimento sustentável do país.
E, assim, vai continuar escrevendo a história do aço no Brasil.
www.csn.com.br
Revista do Aço •
59

Documentos relacionados