a sul - Devir Capa
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a sul - Devir Capa
a sul | 9ª edição coreografia choreography staging Konstantinos Rigos música e imagem music and image Dimitris Kourtakis cenografia set design Kenny MacLellan figurinos costume design Konstantinos Rigos, Natassa Dimitriou desenho de luzes lighting design Stelios Tzolopoulos,Tasos Dailidis texto text Elena Penga assistente de coreografia assistant to choreographer Amália Bennett dramaturgia dramaturgy Elena Penga, Iphigenia Taxopoulou direcção de produção production manager Ioanna Liakou músicos ao vivo musicians Tilemachos Mousas, Apóstolos Leventopoulos intérpretes performed by Stefan Baier, Savas Baltzis, Amália Bennett, Dimitra Charalampous, Penny Christopoulou, Panayíotis Kontonis, Yiannis Marto, Konstantinos Rigos, Nansy Stamatopoulou, Poli Voikou, Nikoleta Xenariou, Marleen Verschuuren direcção de cena stage manager Ioanna Liakou engenheiro de cena stage engineer Yiorgos Antoniadis operação de luz lighting console operator Tasos Dailidis electricista electrician Stelios Tzolopoulos engenheiro de som sound engineer Dimosthenis Papadimas aderecista prop man Nikos Symeonidis fotografia photography Tasos Vrettos é uma criação contemporânea baseada no conhecido bailado “O Lago dos Cisnes”. esta interpretação moderna decorre num parque de estacionamento de caravanas, junto a um lago, onde habitam treze personagens. o espectáculo desenrola-se à medida que observamos as suas vidas e as suas atitudes, como se de um circo do comportamento humano se tratasse: o cisne da vaidade, o cisne albanês, a rapariga do Texas, o caçador e o cisne cozinhado, criticando-se assim o modo Ocidental de pensar e agir. a coreografia é composta por três actos, ao longo dos quais têm lugar acontecimentos, que de certa forma vão de encontro à versão original. uma mulher, confinada à fisionomia de um cisne, apaixona-se na esperança de recuperar a forma humana. a Sociedade, no entanto, na pessoa de um demoníaco mágico, envia o cisne negro para destruir a promessa do amor. quando a rapariga se apercebe que não há saída, afoga-se no lago, junto com o seu amor. o Lago do Cisnes, símbolo do nosso encarceramento numa sociedade convencional, torna-se no pretexto para o desvendar das histórias pessoais das personagens. a contemporary performance based on the world wide famous ballet “The Swan Lake”. this modern interpretation is set in a trailer park outside a lake where 13 characters live there. the show develops as we watch the thirteen characters by the lake presenting their lives and attitudes as a circus of human behaviour: the vanity swan, the Albanian swan, the girl from Texas, the hunter, and the cooked swan, criticizing in this way the Western way of thinking and behaving. the play is constructed in three acts in which there are things happening in accordance that they go in counter part with the original version. a young woman, confined in the form of a swan, falls in love in the hope that she will become a woman again. Society, however, in the person of the evil magician, sends the black swan to destroy a promise of love. when the girl realizes there is no way out, she drowns together with her lover in the lake.The “Swan Lake”, as symbol of our confinement in a conventional society, becomes the pretext for the unfolding of the personal stories of the performers. swan lake city Dancetheatre of the National Theatre of Northern Greece | Grécia a sul | 9ª edição yesterday I saw brave men and women saving the life of a child in Sri Lanka. or was it Indonesia? or Afghanistan? or was it near the port of Aveiro? tomorrow I will witness the killing of mothers with children at there breast in Congo. or was it Sudan? or Kosovo? will I remember it the day after tomorrow? a nearly endless stream of images confronts us with the sorrow of humanity but at the same moment we often feel like being powerless witnesses of the 'evil' side of humanity. 'Faust' seems to be everywhere. sometimes far away, sometimes very close. at every moment of the day we are informed about his actions. in 'Live Evil Evil Live' Francisco Camacho and the dancers search for their relationship with both 'good' and 'evil'. starting from their own perceptions they explore the consequences of the inevitable ambiguity that follows out of our 'privileged', but jeopardised position as witnesses of developments all over the planet but as well of our own lives. and next, what is there beyond this ambiguity? where is this other snowed under dimension for which we stay blind because of the turmoil that life brings us everyday. how insane is it nowadays to imagine that living can be a counterpoint for Evil? direcção artística e coreografia artistic direction, choreography Francisco Camacho direcção artística e dramaturgia artistic direction, dramaturgy Herwig Onghena filme movie Bruno de Almeida interpretação performers Anja Gross, Carlota Lagido, Miguel Bonneville Samuel Louwyck, Sílvia Real desenho luz light design Carlos Ramos assistente assistant Rafael Alvarez fotografia photography Miguel Bonneville produção executiva executive production Paula Pereira secretariado secretariat Paula Caruço EIRA é uma estrutura subsidiada pelo is a structure financed by Ministério da Cultura / IA ontem, vi homens e mulheres que corajosamente salvavam a vida de uma criança no Sri Lanka. ou seria na Indonésia? ou no Afeganistão? ou seria perto do porto de Aveiro? amanhã, testemunharei o assassinato de mulheres com as suas crianças ao peito no Congo. ou será no Sudão? ou no Kosovo? depois de amanhã, lembrar-me-ei ainda? uma quase interminável torrente de imagens confronta-nos com a mágoa da humanidade mas, simultaneamente, sentimo-nos, uma e outra vez, como testemunhas impotentes da feição do Mal dessa mesma humanidade. Fausto parece estar por toda a parte. algumas vezes, longe, outras, muito perto. a cada momento, a cada dia, somos informados sobre as suas acções. em LIVE | EVIL – EVIL | LIVE, Francisco Camacho e os intérpretes perseguem as suas relações com ambos, o Bem e o Mal. partindo das suas percepções individuais, exploram as consequências da inevitável ambiguidade que se desencadeia a partir da posição privilegiada enquanto testemunhas dos desenvolvimentos à escala planetária, bem como das vidas de todos e de cada um. e a seguir, o que haverá para além desta ambiguidade? ou haverá, mesmo, algo para além desta ambiguidade? onde estará esta outra dimensão, como que oculta por um nevão, para a qual nos mantemos cegos devido ao tumulto que a vida nos cria diariamente? quão insano será hoje imaginar que viver pode ser um contraponto ao Mal? live | evil evil | live Francisco Camacho | Portugal a sul | 9ª edição coreografia, direcção, cenografia, figurinos, texto choreography, direction, Christodoulos Panayiotou interpretação dancer Nikos Kalogerakis músicos ao vivo live musicians Cathryn Robson (voz), Christos Savvides (piano), Matthew Kallonas (guitarra) desenho de luzes lighting design Panayiotis Manousis música music Schubert, Piano Sonata in A, D959 “Andantino”; Chopin, Piano Sonata nº 2in B flat minor Op.35 “Marche Funebre” fotografia photography Christodoulos Panayiotou scenography, costumes, text algures existe um espaço para nós pacífico e sossegado, ao ar livre espera por nós onde quer que estejas… algures entre a sensibilidade e a vaidade existe um lugar vazio. ao procurá-lo encontrámos uma desintegração completa e uma série de detalhes que não vale a pena mencionar. o processo está repleto de prazer, à semelhança do que acontece, eventualmente, em todos os desfechos. a avaliação revela uma nova base para melhorar o processo performativo. a minha arte confronta-se normalmente com uma realidade utópica diferenciada (veja-se o magnifico final de “Evergreen”, ou a doce alternativa em “Forever is gonna start tonight”). esta criação é por sua vez uma paisagem, não necessária e imediatamente reconhecível, mas indiscutivelmente uma parte da nossa geografia. ao rever as clássicas intenções de 'hymnology', e mantendo simultaneamente a estrutura básica e um imenso respeito pela parte estética, Anthem convida à queda do importante e do excepcional e recorda-nos do estado actual da utopia contemporânea: adiada. Este trabalho pode, de facto, ser um hino ao vazio ou à fútil imposição do agora em parte nenhuma. lamentamos, mas a utopia teve que ser adiada somewhere between sensitivity and vanity there's a vague place. Searching for it we register a complete disintegration and a set of details not worth mentioning. the process is filled with pleasure just like, ultimately, every ending is. evaluation reveals a new basis on which to revise the process of the enactment practice. my art usually deals with a differentiated –utopian- reality (see the majestic ending in “Evergreen” or the alternative sweetness in “Forever is gonna start tonight”). this creation becomes an opposite landscape, not necessarily immediately recognisable, but indisputably a part of our geography. revising therefore, the classic intentions of 'hymnology', and at the same time maintaining the basic structure and monumental aesthetic of reverence Anthem invites the fall of the important and exceptional and reminds us of the present state of contemporary utopia: postponed. this work could actually be a hymn to nothingness or a futile imposition of now on nowhere. we are sorry but utopia has had to be postponed anthem MAYDAY | Chipre a sul | 9ª edição conceito, coreografia, cenografia concept, choreography, scenography Apostolia Papadamaki desenho de luzes lighting design Lefteris Pavlopoulos intérprete performer Tasos Karachalios fotografia photography Elena Kanaki direcção de produção production manager PRO4 é a terceira parte de “the beauty series”, uma trilogia de solos que trata a exposição humana, protótipos e arquétipos.“human female study” e “male study” constituem as duas primeiras partes. “icon skin”, uma peça de grupo que reflecte sobre a sociedade, completa esta série. “beauty series” lida com o conflito entre imagem e identidade, forma e conteúdo. construímos a nossa identidade tendo em consideração uma pertença cultural. a experiência subjectiva tem o seu lugar. as nossas memórias individuais e as experiências são as únicas ferramentas que temos para compreender o que acontece à nossa volta, ambas presentes na nossa vida quotidiana e na Arte. somos nós, seres humanos, que criamos os valores e os modos de ver o mundo. nos nossos esforços em alcançar a racionalidade e o controle, restringimos a nossa liberdade. os humanos consideram os hermafroditas quer como monstros, erros da natureza, quer como criaturas divinas, deuses. o quão importante é a identidade para nós humanos, o modo como a sociedade critica e legaliza e como isso afecta a nossa individualidade. is the 3rd part of “the beauty series”, a tetra logy that deals with human exposure, prototypes and archetypes.“human female study”,“male study” (solos) and the group piece reflecting society – “icon skin” are completing the series.“beauty series” deals with the conflict of image and identity, form and content. we construct our identity in the awareness of a cultural belonging. subjective experience has its place. our individual memories and experience are the only tool we have to understand what goes on around us, both in our daily lives life and in art. It is us, human beings, who create sets of values and ways of seeing the world. In our efforts to achieve rationality and control we restrict our freedom to live. humans consider hermaphrodites either as monsters, mistakes of nature or divine creatures, gods. how important identity for us human, how society criticises and legalizes and how it affects our uniqueness. hermaphrodite Quasi Stellar | Grécia a sul | 9ª edição coreografia, conceito choreography, concept İlyas Odman interpretação dance İlyas Odman som music design Bahadır Dilbaz desenho de luzes light design Aytuğ Civan dramaturgia dramaturgy Alexandre Abellan, Hanna Koriech figurinos costume design Irmak Arkman fotografia photography Pinar Ilkiz este solo é uma manifestação física do percurso de Gregor Samsa transposto para a dança. Importa mostrar a fisicalidade e os sentidos enquanto meios onde não existe certeza, estrutura ou expectativa. os seres humanos poderão continuar a ansiar pela “certeza”, que conduz a um grau de segurança, mas esta nunca poderá ser alcançada. o novo corpo de Gregor Samsa, enquanto bailarino, está repleto de histórias e expectativas sociais, mas o mesmo opta por encarar o futuro com optimismo e rejeitar a nostalgia improdutiva. o bailarino também olha com esperança o potencial do futuro, desenvolve-se e transforma-se ele próprio num ser único que cria movimento, não forçosamente dança. este movimento permite-lhe ser auto-crítico e ter capacidade de sorrir e perguntar com segurança: o que é a fisicalidade, o que é a beleza...? the solo is a physical manifestation of the journey of Gregor Samsa through dance. the intention is to demonstrate physicality and the senses as a means without certainty, structure or expectation. while humans may continually crave for 'certainty', leading to a degree of security, it can never be reached, allowing a compromise towards acceptance. the new body of Gregor Samsa, seen through the dancer, is one that has a lot of history and social expectations, but instead chooses to look to the future with optimism and rejects unproductive nostalgia. the dancer also blessedly gazes into the potential of the future, and develops and transforms him/herself into a unique individual through creating movement, not dance. a movement that allows him to be self-critical, and to be able to smile and safely ask: what is physicality, what is beauty? tired Ilyas Odman | Turquia a sul | 9ª edição coreografia e intérpretação choreography, performing Candas Bas música music Plastikman estou ali com a minha solidão, o meu passado, o meu coração que ainda sangra, não é confortável, nem parece o mesmo corpo que me carrega desde há muito. sou uma desconhecida agora, descobrindo o corpo, descobrindo alguém, procurando, perdendo-me. lembro-me dele, da primeira vez que me tocou, aquele toque parece tão precioso agora, tão longínquo. sinto-o mais próximo a esta distância, mas estou só agora, tentando recordar, as memórias tomam-me. atravesso aqueles caminhos, aqueles caminhos que atravessei inúmeras vezes, uma e outra vez, começando do princípio, partindo de mim outra vez, ele está lá, eu sei, se ao menos pudesse abrir os olhos, se ao menos conseguisse olhar para dentro, ele está a tocar-me, é a única coisa que consigo sentir neste momento. comecei a caminhar novamente, os mesmos sítios, pessoas diferentes desta vez. chamadas telefónicas, relações dependentes, comportamentos suspeitos, falta de entendimento. mas sinto-me diferente agora. quero ser mais suave desta vez, mas é mais uma armadilha que preparei para mim própria. este caminho não é fácil. cometi novamente o mesmo erro, sei o que vai acontecer desta vez, ele está aí? é outra volta que me toma. está escuro agora, caio, choro, grito, levanto-me, caio, levanto-me e caio, levanto-me e caio outra vez. não está lá ninguém para me ouvir, o silêncio envolve-me, caio e levanto-me, caio e levanto-me outra vez. tudo parou por um moemnto. que momento é esse? ele está a tocar-me, sinto-o. ele está aí? será que alguma vez esteve???... I'm there with my loneliness, my past, my heart which still bleeds...it's not comfortable, it seems like it's not even the same body which carries me since long-time. I'm a stranger now, discovering the body, discovering somebody, searching, getting lost... I remember him, the first time he was touching me, this touch seems so precious now, so far away. I feel him closer from that distance, but I'm alone now, trying to remember, memories taken me... I'm passing those paths, those paths that I passed several times again and again, starting from the beginning, starting from myself again, he's there I know, only if I could open my eyes, only if I could look inside.. he is touching me, it's the only thing I can feel right now... I started to walk again, same places, different people this time. telephone calls, conditional relations, suspicious behaviours, no understanding. but I feel a little different now. I want it to be softer this time...but it's another trap that I prepared for myself. this path is not easy. I made the same mistake again, I know what will come out this time, is he there? it's another loop which takes me. it's darker now, I fall, I cry, scream, stand up , fall, rise and fall, rise and fall again. nobody's there to hear me, silence surrounds me, fall and rise, fall and rise again. everything stopped for a moment. what is that moment? he is touching me… I feel it… is he there, was he ever there???... delirium Candas Bas / Turquia a sul | 9ª edição coreografia interpretação choreography, performing Çaglar Yilmaz desenho de luzes, cenografia, figurinos light design, set design, costume design Çaglar Yilmaz gestor do projecto project manager Dilek Arslan assistente coreográfico choreography assistant Özgün Çaglar Ersoy whilst you light a candle, duration begins. walking of this duration is out of your control; henceforth, follows its shape of formation, and out of your control, will reach the indispensable point. candle burns strongly to a point in the richness of itself, but when the imbalances arise in its lighting (that they occur indispensably) holes its wall, pours its melted matter outside, makes its wicker smaller by burning, and then it turns out to be put out. you think of a caution, take it, and smooth the sides; you put it into the metal box by reversing the box cover nevertheless it is in vain. since the imbalances arising in its formation persist its walls are not exactly smooth, the metal box you put it has a slope. again the melted matter leaks outside, spreads inside the container, the container warms, hereafter, the candle whose wick reaching its end is burning among the last remains of the matter lost all its form , it is just about burning - its being out is close and indispensable. now only thing I can do is, to gather the melted matter remaining in the box atone side of it, shape it like a candle, and to give some more time for the wick that reached its end. but, now knowingly: your candle will be out. you have nothing to do, always you interfere, says, if I gather in that way and thither, shape in that form, find a position for its continuity - like that... it is in vain: the matter is inclined to be exhausted, the squat wick had reached its ends. however, it is not put out easily: its wick is too short to say that it is absent, its matter had remained only as a hole at a corner of the box that you carefully held it from a certain angle, whereas its flame as if it had not lose anything from its initial brightness. it cannot quench in any way at last - you master up your strength in a flash you blow out the candle. your candle is out. no momento em que acendes uma vela, o tempo começa. superar este tempo está fora do teu controle; doravante, seguirá o seu processo e chegará ao ponto inevitável. a vela arde forte até um determinado ponto na sua própria prosperidade, mas quando a chama começa a oscilar (o que acontece necessariamente) abrem-se buracos, escorrendo para fora a matéria derretida, o pavio torna-se mais pequeno e em seguida a vela apaga-se. pensas num modo de evitar esta situação, e logo alisas os lados e coloca-la na caixa de metal invertendo a tampa da mesma. no entanto, tudo é em vão: pois a oscilação persiste, as suas paredes não são exactamente lisas, a caixa de metal onde a colocaste tem uma inclinação. a substância derretida começa a verter novamente, propaga-se para o interior do recipiente, este aquece, daí em diante, a vela cujo pavio chega ao fim arde entre os últimos restos da matéria que se deformou, quase que a queimar na totalidade – o seu final está perto e é necessário. agora, a única coisa que posso fazer é juntar a substância derretida que restou, moldá-la como uma vela e conceder mais algum tempo ao pavio que atingiu o final. mas agora consciente: a tua vela chegará ao fim. não tens nada a fazer. sempre que interferes pensas, se eu juntasse deste e do outro lado, moldasse-a naquela forma, arranjasse uma posição que permitisse a sua continuidade – assim… mas é em vão: a matéria está determinada a esgotar-se, o pavio extingue-se. de qualquer modo, não se apaga facilmente: o pavio está demasiado curto, da sua matéria restou apenas um buraco no canto da caixa que cuidadosamente seguraste num determinado ângulo, uma vez que a chama – ao que parece – não perdeu nem um pouco do seu brilho inicial. não se pode extinguir de qualquer maneira – por fim, controlas a tua força e num segundo apagas a vela. a tua vela chegou ao fim. Çaglar Yilmaz in “UZAK”, Oruç Aruoba ROJ | Turquia a sul | 9ª edição coreografia choreography staging Konstantinos Rigos cenografia set design Nikos Natsoulis figurinos costume design Konstantinos Rigos desenho de luzes lighting design Manolis Sardis assistente de coreografia assistant to choreographer Amalia Bennett direcção de produção production manager Ioanna Liakou intérpretes performed by Amalia Bennett, Panayiotis Kontonis, Savas Baltzis, Penny Christopoulou, Konstantinos Rigos, Elena Topalidou,Yiannis Marto operação de luzes lighting console operator Manolis Sardis engenheiro de som sound engineer Manolis Sardis fotografia photography Takis Diamantopoulos utilizando a infância como pretexto, as sete personagens desta performance realizam sem medo e sem receio os seus desejos mais secretos. num mundo onde as feridas são difíceis de sarar, encontram um modo de viver uma felicidade louca. vivendo vidas vazias, as pessoas matam-se umas às outras por um momento de experiência real, tentam unir os seus corpos despedaçados e mal podem esperar por um passeio no jardim das suas almas. a aula de anatomia, o jardim zoológico, uma rapariga enregelada, a árvore de Natal, o castigo, sonhos maus, fadas e meninos, acordar para ir para a escola, brincar aos médicos, orações e música de Bach ouvidas ao longe, podem ser quadros de uma vida que esquecemos. imagens de uma felicidade louca por acontecer... using their childhood as alibi, the seven characters of this play realize fearlessly their secret desires. in a world of difficultly healed wounds they found out a way to live a crazy bliss. living empty lives, people kill each other for a moment of real experience, try to piece their bodies together and long for a walk in their soul garden. the anatomy class, the zoogarden, a girl freezing, the Christmas tree, punishment, bad dreams, fairies and young men, waking up for school, playing the doctor, prayer and Bach music coming from far away could be pictures of a life we have forgotten. pictures of a crazy happiness which will… crazy happiness Oktana Dancetheatre | Grécia a sul | 9ª edição direcção direction Emre Koyuncuoglu música e som music, sound design Çigdem Borucu cinematografia cinematography Aydin Sarioglu intérpretes performers Esra Bezen Bilgin, Su Güneº Mihladiz, Istemihan Tuna, Hasan Elhakan, Dilek Derviºoglu edição editing Figen Gönülcan assistente de som music, sound design assistant Koray Baºaran controle visual visual control Mahmut Bozkurt direcção de produção production manager Zeynep Morali a ideia inicial do projecto consistiu em investigar o tema universal dos relacionamentos entre pessoas oriundas de diferentes meios socioculturais e os lugares onde habitam, juntando artistas turcos e europeus (profissionais e não profissionais) provenientes de diferentes disciplinas e ambientes culturais. esta performance estreou em Diyarbakir (Turquia), em Outubro de 2003, numa igreja Arménia abandonada, como resultado de uma colaboração entre o Diyarbakir Arts Center (Turquia) e o Belgium Kunsten Festival des Artes (Bélgica). a problemática central do projecto diz respeito à produção turca em arte contemporânea – uma arte que vive das experiências individuais de pessoas de diferentes faixas etárias e culturais, linguagens e meios culturais, e de questões directamente relacionadas com estas vivências. as histórias particulares das pessoas são o cerne do projecto e o seu material base. the project idea started as: to pursue an art project investigating the international theme of relationship between people with different social and cultural backgrounds and the particular space-place they inhabit, by bringing together artists (professional, non-professional) from a variety of disciplines and cultural environments in Turkey and Europe. the performance had its first premiere in Diyarbakir on October 2003 as a joint Project of Diyarbakir Arts Center and Belgium Kunsten Festival des Artes. home sweet home has been staged in Diyarbakir, in an historical Armenian church, which is today abandoned. the major problematic of the Project concerns to the production of contemporary art – an art that feeds on the different individuals' life experiences in Turkey from different age, culture, language and social background and questions it in immediacy. accordingly, the people's own stories / subjective histories are the centre of the project and its chief material. home sweet home sweet home sweet home Emre Koyuncuoglu / Turquia