5. recursos naturais 4. posição geo

Transcrição

5. recursos naturais 4. posição geo
08
Balsa, cidade perdida
PROSPERIDADE: século I e II
Os séculos I e II d. C. foram de grande
Balsa cresceu rapidamente nesta época,
de forma relativamente livre.
desenvolvimento económico e social na
partilhando o destino fulgurante de mui-
A prosperidade de Balsa cresceu pela
52
zona ocidental
do Império Romano.
tas cidades portuárias e mercantis do
acumulação de cinco factores: patrocínio
Beneficiaram sobretudo as regiões ricas
Alto-Império.
de famílias poderosas da Bética;
em recursos ou bem situadas no novo
Aproveitou um frágil contexto histórico
organização municipal sólida; instalações
quadro geo-estratégico imperial, que pos­
em que o enriquecimento económico
portuárias competitivas; localização numa
suiam formações sociais, autóctones ou
podia compensar parcialmente a falta de
importante plataforma portuária supra-
migrantes, capazes de assimilar integral-
estatuto aristocrático e em que os pode-
regional; e riqueza em recursos mineiros e
mente o modelo sócio-político romano.
res municipais se puderam desenvolver
alimentares estratégicos.
Balsa, Cidade Perdida
Moedas indígenas de Balsa
cobre e chumbo, de pequenos valores. Cunhadas sob
domínio romano, num curto período em que o poder indígena balsense mantinha
ainda uma autonomia formal, entre a chamada Guerra dos Piratas (67 a. C.) e a chegada de Augusto ao poder (31 a. C.), numa conjuntura em que o partido de Pompeu
Magno e dos seus filhos dominava a costa de grande parte do Golfo de Cádis.
O motivo mais provável da cunhagem foi a monetarização forçada da
Cidade Perdida
52 Balsa,economia,
obrigando à sua aceitação na requisição de géneros e como meio de
pagamento
local. Os objectivos parecem ter sido garantir o aprovisionamento
52 Balsa, Cidade Perdida
do destacamento
e atrair mão-de-obra
indígena para os trabalhos de
Moedasromano
indígenas
de Balsa
Os a
privilégios
eram resultantes
da influência
O enorme programa urbanístivo da época Antonina, seguida
séxviro da gens Annia, sugere a existência de importantes
obras públicas militares desenvolvidos
partir desta
altura, nomeadamente
as
de patronos
poderosos.valores.
Embora Cunhadas
não haja evi-sob
de um brutal declínio desde 180, com um mínimo no perípatronos senatoriais da Bética, nomeadamente da família
Moedas
de bronze, cobre e chumbo,
de pequenos
infra-estruturas
portuárias.
dência
explicita
sua existência
emmantinha
Balsa,
romano,
num
curto período
em que
o poderdaindígena
balsense
odo severiano, associado à presença do cognome Faustino/a
das três imperatrizes Annia Galeria.
Nadomínio
simbologia
das
moedas
destaca-se:
em contrapartida,
indicios(67
ainda
uma
formal,
entre a há,
chamada
Guerra
Piratas
a. C.) e ada
chenuma família do topo social e à existência de um próspero
MONOPÓLIOS DE TRANSPORTES, •ESCALAS
NAVAIS
PASSAGEM
PÚBLICAS.
O nome
deEautonomia
Balsa,
constituindo
o registo
maisdos
antigo
dosignificativos
nome
comunesse conjuntura
sentido: em que o partido de Pompeu
gada de Augusto ao poder (31 a. C.), numa
ISENÇÕES E RETENÇÕES FISCAIS.
nidade.
Annia Galeria Faustina I
Annia Galeria Faustina II
Annia Aurelia Galeria Lucilla
Lápide de
Magno
e
dos
seus
fi
lhos
dominava
a
costa
de
grande
parte
do
Golfo
de
Cádis.
A
colonização
por
populações
gregas
e
o
Moedas
de importante
Balsa recurso económico local, desc.105-141
c.130-176
149-181
Annio Primitivo
Os atuns,indígenas
representando
o mais
SUBSÍDIOS E FINANCIAMENTOS
DE• INFRAESTRUTURAS
E ACTIVIDADES.
O motivo mais provável da cunhagem
foi a monetarização
forçada da
Mulher do imperador
Mulher do imperador
Mulher do imperador
Séxviro de
desenvolvimento
de um grande entreposto
peloGLOBAIS
menosPRIVILEGIADAS.
o século V a. C. (data do estabelecimento de pesca e conAntonino Pio
Marco Aurélio
Lúcio Vero (161-169)
Balsa
ECONOMIAS LOCAIS INTEGRADAS EMde
REDES
economia,
obrigando
à
sua
aceitação
na
requisição
de
géneros
e
como
meio
de
dede
comércio
de sigillates
sugere
Moedas de bronze, cobre e chumbo,
pequenos
valores.sudgálicas
Cunhadas
sob
serva
de
peixe
que
foi
encontrado
em
Tavira).
Executada em 181
pagamento
local.
Os
objectivos
parecem
ter
sido
garantir
o
aprovisionamento
PATRONATO POLÍTICO E JURÍDICO
EM
INSTÂNCIAS
ADMINISTRATIVAS
o patrocínio
poderosos
libertosmantinha
imperiais
domínio romano, num curto período em que
o poder de
indígena
balsense
por ordem de Cómodo
Um
barco
de
guerra,
com
o
seu
esporão
(rostrum),
que
indica
a
existência
de
•
SUPERIORES.
doautonomia
destacamento
romano
mão-de-obra
indígena
para
osC.)
trabalhos
ainda uma
formal,
entreeaatrair
chamada
Guerra
Piratas
(67 a.
e a che-de
no tempo
de dos
Cláudio
e Nero.
© Jona
Lendering para www.Livius.Org, 2007
umobras
poderio
naval,
pelo menos
defensivo,
e que
parece
revelar a posição
dos
públicas
militares
desenvolvidos
a
partir
desta
altura,
nomeadamente
as
gada de Augusto ao poder (31 a. C.), numa conjuntura em que o partido de Pompeu
Um aspecto essencial da prospeA realização
plena dona
modelo
político,
urbano
e social
romanos
balsenses
como
força
auxiliar
dos
romanos
referida
Guerra
dos
Piratas.
infra-estruturas
portuárias.
Magno e dos seus
filhosde
dominava
costa de
grande parte
do Golfo de
Cádis.Cunhadas sob
Moedas
bronze,acobre
e chumbo,
de pequenos
valores.
ridade política proveiu da posconstituiu
um
importante factor
de prosperidade.
Na
simbologia
das
moedas
destaca-se:
Não
se
justifi
caria
de
outro
modo
a
capacidade
de
ostentação
de
símbolos
O motivo
provável
cunhagem
foique
a monetarização
forçada
damantinha
domíniomais
romano,
num da
curto
período em
o poder indígena
balsense
GAIUS BLOSSIUS SATURNINUS
sibilidade de ascensão social de
O
nome
de
Balsa,
constituindo
o
registo
mais
antigo
do
nome
da
comu•
guerreiros
por
um
povo
já
dominado
militarmente
por
Roma.
Permitiu
a
obtenção
de
um
estatuto
intermunicipal
e
interregional
economia, obrigando à sua aceitação na requisição de géneros e como meio de
Cidadão romano
PAX
IULIA
aindanidade.
uma autonomia formal,
entre
a
chamada
Guerra
dos
Piratas
(67
a.
C.)
e
a
chelibertos abastados, de que há três
Original de NEAPOLIS (Nabeul)
importante,
alianças
vantajosas
com elites
exteriores.
barcos,
com e sem
mastro
e com
uma
ou
mais
fileiras
de remos,
• Diversos
pagamento
local.
Os objectivos
parecem
terfavorecendo
sido
garantir
o aprovisionamento
Torna-se íncola de BALSA, onde
gada
de
Augusto
ao
poder
(31
a.
C.),
numa
conjuntura
em
que
o
partido
de
Pompeu
exemplos em Balsa (lápides).
Os
atuns,
representando
o
mais
importante
recurso
económico
local,
des•
residia
oficialmente
do destacamento
romano
e atrair
mão-de-obra
indígena
para
os
trabalhos
de
para além do
rostrum
já referido,
representando
o
carácter
marítimo
da
Foi o que sucedeu entre os Manli de Balsa e os Rutili (de origem BALSA
ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL: RESPUBLICA,Magno
ORDO
Epelo
DÚUNVIRATO.
Morre numa zona rural de PAX
de
olhos
século
V a. aC.partir
(data
dode
estabelecimento
deGolfo
pescade
e conO evergetismo municipal e a
e
dosemenos
seus
fi
dominava
a
costa
grande
parte
do
Cádis.
obras comunidade
públicas militares
desenvolvidos
desta
altura,
nomeadamente
as
a polivalência
do seu domínio
na pesca,
indeterminada),
originando naval,
uma aliança
familiar nos
com transum herdeiro
IULIA (Beja)
serva
de peixe que foi encontrado em Tavira).
URBANIZAÇÃO E CADASTRO CENTURIADO
DOS
CAMPOS.
fidelidade ao culto imperial daí
infra-estruturas
portuárias.
foi a monetarização forçada da
comum:da
Titocunhagem
Rutilio Tusciliano.
portes eOnamotivo
guerra.mais provável
demoedas
guerra, com
o seu esporão (rostrum), que indica a existência de
• Um barco
CARTAGO
resultantes tornaram-se factores
Na
simbologia
das
destaca-se:
EVERGETISMO E ASCENSÃO SOCIAL:
SEXVIRATO.
golfinhos,
animais àsagrados
associados
a diversas
divindades
mariobrigando
sua
aceitação
na
requisição
de
géneros
e
como
meio
de
• Oseconomia,
O
estatuto
de
Balsa
terá
também
estado
na
origem
da
condição
de
um
poderio
naval, pelo menos
defensivo,
e que
parece
revelar
ada
posição
dos
NEAPOLIS
O
nome
de
Balsa,
constituindo
o
registo
mais
antigo
do
nome
comude coesão social e garantia de
•
ALIANÇAS FAMILIARES, POLÍTICAS E ECONÓMICAS
A
NÍVEIS
nhas
(Oceano,
Neptuno
eGaio
consortes,
Isis,ter
Astarté/
Tanit/
Vénus/
Blóssio
Saturnino
como
íncola
balsense,
isto
é, Caelesum residente
pagamento
local.
Os
objectivos
parecem
sido
garantir
o aprovisionamento
balsenses
como
força
auxiliar
dos
romanos
na
referida
Guerra
dos
Piratas.
benefícios económicos locais.
INTERMUNICIPAL E INTERREGIONAL.nidade.
oficial
com
o
direito
de
participar
nas
eleições
da
cidade.
tis),
geralmente
considerados
símbolos
de boa-sorte
naspara
lides
marítimas.
Não
se
justifi
caria
de
outro
modo
a
capacidade
de
ostentação
de
símbolos
do
destacamento
romano
e
atrair
mão-de-obra
indígena
os
trabalhos de
• Os atuns, representando o mais importante recurso económico local, desRevelam
a importância
local
de um culto
religioso
do
Mar,
generalizadoas
guerreiros
por
um
povo
já
dominado
militarmente
por
Roma.
obras
públicas
militares
desenvolvidos
a
partir
desta
altura,
nomeadamente
As condições portuárias e a quade pelo menos o século V a.Os
C.símbolos
(data do
estabelecimento
pesca eem
condas
moedas balsensesde
revelam,
meados do séc.
nas comunidades
costeiras
de todo
o eMediterrâneo.
barcos,
com e sem
mastro
com uma ou mais fileiras de remos,
• Diversos
lidade das suas infra-estruturas
serva
de
peixe
que
foi
encontrado
em
Tavira).
Perdida
infra-estruturas portuárias.
52 Balsa, Cidade
identitária
de supremacia marítima, manifestada
I a. C., uma imagem
para
além
docom
rostrum
jáesporão
referido,
representando
o carácter
marítimo
da
A árvore
embarcada,
símbolo
religioso
de origem
fenícia.
Semde
paralelo
tiveram um papel primordial no
barco
de
guerra,
o
seu
(rostrum),
que
indica
a
existência
•• Um
multiplicidade
dos barcos representados: navegação costeira e de
Na simbologia
dasnamoedas
destaca-se:
comunidade
e
a
polivalência
do
seu
domínio
naval,
na pesca,
nos transconhecido
nos restantes
povoados
emissores
moedas,
2EDE VIÉRIA FUNDAMENTAL DA (ISPÊNIA 2O
destino histórico da maioria dos
um
poderio naval,
pelo menos
defensivo,ibéricos
e que parece
revelar
ade
posição
dos conslargo, pesca, comércio
e defesa
ou antigo
guerra. do nome da comuO
nome
de
Balsa,
constituindo
o
registo
mais
•
portes
e
na
guerra.
centros costeiros da Antiguidade.
titui provavelmente
um ícone
religioso
herdadoGuerra
do domínio
fenício de
FUNÇÃO DE PORTO-DE-ESCALA E PORTO-DE-ABRIGO.
balsenses
como força auxiliar
dos romanos
na referida
dos Piratas.
Nasagrados
época Imperial
esta comunidade
terá
evoluido maripara uma formaOs
golfi
nhos,
animais
associados
a
diversas
divindades
•
nidade.
Balsa não foi excepção e a sua
QUALIDADE DE ACESSO, FUNDEAÇÃONão
E MOLHAGEM.
se justifi
cariaVIII
de outro
Tavira
nos séc.
a VImodo
a.C. a capacidade de ostentação de símbolos
ção social
especializada,
de navegadores-armadores,
comissionistas e
nhas
(Oceano,
Neptuno
e consortes,
Isis, Astarté/
Tanit/
Vénus/ Caelesprosperidade e declínio ligam-se,
ESPECIALIZAÇÃO MARÍTIMAE: NAVEGAÇÃO
COSTEIRA
E
DE
LONGO
Os
atuns,
representando
o
mais
importante
recurso
económico
local, desguerreiros
por
um
povo
já
dominado
militarmente
por
Roma.
•
Pensa-se que a árvore, provavelmente um cedro ou uma palma, represenagentes portuários,
capitães
e tripulações,
estivadores,
pescadores e fornecedores
tis),
geralmente
considerados
símbolos
de
boa-sorte
nas
lides
marítimas.
CURSO. PESCA, COMÉRCIO E DEFESA.
CONSTRUÇÃO
NAVAL.
Reconstituição do porto interior e exterior
em grande medida, à evolução do
Diversos
barcos,
com
e
sem
mastro
e
com
uma
ou
mais
fi
leiras
de
remos,
• tava originalmente
de pelo menosuma
o século
V a. C.(Baal
(data
do
estabelecimento
de
pesca
e
condivindade
ou
Astarté)
presente
no
templo
de Balsa, © Christof Studer
Moedas
indígenas
de
Balsa
de
todos
os
serviços
susceptíveis
de
se
reunirem
num
grande
centro
portuário.
Revelam
a
importância
local
de
um
culto
religioso
do
Mar,
generalizado
seu
porto.
SERVIÇOS PORTUÁRIOS URBANOS. para além do rostrum já referido, representando o carácter marítimo da
respectivo
e
que
o
conjunto
pode
ser
interpretado
como
símbolo
de
um
serva
de
peixe
que
foi
encontrado
em
Tavira).
nas comunidades
costeiras
de todo
o Mediterrâneo.
comunidade
e a polivalência
do seu
domínio
naval,
pesca,
transMoedas dena
bronze,
cobre Abastecimento
enos
chumbo,
de pequenos
dos valores. Cunhadas sob
Algarve
Romano
episódio
ou
mito
de
imigração
religiosa
de
tipo
colonial,
proveniente
do
Um
barco
de
guerra,
com
o
seu
esporão
(rostrum),
que
indica
a
existência
de
•
embarcada, símbolo religioso
de origem
fenícia.
Sem
paralelo
domínio
romano, num
curto período
em que
indígena
exércitos
dao poder
Britannia
350balsense mantinha
"2)4!..)!
portes•e A
naárvore
guerra.
emoedas,
do
limes germânico
ainda umaemissores
formal,
a chamada
Guerra dos Piratas (67 a. C.) e a cheBase privilegiada do
mundoconhecido
Canaanita.
nosnaval,
restantes
ibéricos
deentre
um
poderio
pelopovoados
menos defensivo,
eautonomia
que parece
revelar
aconsposição dos
52
Balsa,
Cidade Perdida
Moedas
de bronze,
FACTORES DE PROSPERIDADE
1. PRIVILÉGIOS
Moedas indígenas de Balsa
2. ORGANIZAÇÃO
POLÍTICA
3. ESPECIALIZAÇÃO
COMPETITIVA
nhos, animais sagrados associados a diversas divindades mari4. POSIÇÃO• Os golfititui
'
provavelmente
umauxiliar
ícone religioso
herdado
domínio
fenício
nhas (Oceano,
Neptuno
e consortes,
Isis,
Tanit/
Vénus/
Caelesbalsenses
como força
dos Astarté/
romanos
nado
referida
Guerra
dosdePiratas.
Tavira nos
séc. VIII a VIsímbolos
a.C.
GEO-ESTRATÉGICA
tis), geralmente
considerados
de boa-sorte
nasde
lides
marítimas.
Não se justificaria de outro modo
a capacidade
ostentação
de símbolos
%
2
!
.
)
!
gada de Augusto ao poder (31 a. C.), numa conjuntura em que o partido de Pompeu
X
tráfego marítimo no
U
!
N
I
Magno e dos seus filhos dominava a costa de grande parte do Golfo de Cádis.
X
ESTANHO
Golfo Gaditano:
LUCUS
% U AUGUSTI
O motivo mais provável da cunhagem foi a monetarização forçada da
S
economia, obrigando à sua aceitação na requisição de géneros e como meio de
RMVG
Escala
obrigatória
Pensa-se
que
a
árvore,
provavelmente
um
cedro
ou
uma
palma,
represenU
"%,' )#!
LEGIO
T
Revelam a importância local de um culto religioso
doOs
Mar,
generalizado
).&
0! ./ )!
pagamento local.
objectivos
parecem ter sido garantir o aprovisionamento
$! #
)Atlântico
!
N
entre
o
e
o
O Algarve Romano surge nos séc.
I
a
III
tava
originalmente
uma
divindade
(Baal
ou
Astarté)
presente
no
templo
35 0%2)/ 2
O
do destacamento romano e atrair mão-de-obra indígena para os trabalhos de
nas comunidades costeiras de todo o Mediterrâneo.
TVMN
0
"ASTURICA
)4 ). )!
.
¡
2
)
#
!
Mediterrâneo;
obras
públicas
militares
desenvolvidos
a
partir
desta
altura,
nomeadamente
as
e que
o conjunto
pode ser
como
símbolo
como uma importante plataforma
portu-respectivo
).&
, 5Sem
'
$ 5paralelo
. % .de
3 %um
0/ .4/
embarcada,
símbolo
religioso
de interpretado
origem
fenícia.
• A árvore
2
%
4
)
!
infra-estruturas portuárias.
0! ./ )!
Acesso único à
episódio
ou
mito
de
imigração
religiosa
de
tipo
colonial,
proveniente
do
ária da parte ocidental do Império.
conhecido nos restantes povoados ibéricos emissores
de
moedas,
consNa simbologia das moedas destaca-se:
).&%2)/ 2
!,0%3
#! 0! $ / #)!
%
3
)
!
Mauritânia
Atlântica.
mundo Canaanita.
BRACARA
dedomínio
Balsa, constituindo
o registode
mais antigo do nome
da comu• O nome
0%..).!%
-%3/
titui
provavelmente
um
ícone
religioso
herdado
do
fenício
Adquiriu peso graças à sua função de portoVINHO
AUGUSTA
nidade.
350
4 2! #) !
MANUFACTURAS
Tavira nos séc. VIII a VI a.C.
),)2)!
!,0%3
Os
atuns,
representando
o
mais
importante
recurso
económico
local,
des•
de-escala obrigatório das rotas atlânticas,
! 1 5 )4! .)!
' ! ,! #)!
#/44)!%
de
pelo
menos
o
século
V
a.
C.
(data
do
estabelecimento
de
pesca
e
conPensa-se que a árvore, provavelmente um cedro ou uma palma, represen)
RMVG
que ligavam Roma e o Mediterrâneo à Bri# / %, %
serva de peixe que foi encontrado em Tavira).
4
!,0%3
tava originalmente uma divindade (Baal ou Astarté) presente no templo
!
392)!
LOUÇAS
Um
barco
de
guerra,
com
o
seu
esporão
(rostrum),
que
indica
a
existência
de
•
!
3
)
!
#
)
,
)
#
)
!
-!2)4)-!%
tannia, Germânia, Gália Ocidental e Hispâ,
0! -0),)!
TVMN
VINHO
respectivo e que o conjunto pode ser interpretado
como
símbolo
de
um
)
um poderio naval, pelo menos defensivo, e que parece revelar a posição dos
Comunicações
!
nia atlântica.
-! #%$ / .)!
balsenses
como
força
auxiliar
dos
romanos
na
referida
Guerra
dos
Piratas.
e transportes
episódio ou mito de imigração religiosa de tipo colonial, proveniente do
A
indústria
cerâmica
das
,)#ânforas
)!
0(/ %.)#)
.! 2de
"/
.%.3%de símbolos
Não se justificaria de outro modo a capacidade
ostentação
Balsa,
Cidade
Perdida
64
governamentais
#/23)#!
OURO
mundo Canaanita.
O controlo estatal das rotas atlântico-gadiguerreiros por um povo já dominado militarmente por Roma.
Abastecimento
LOUÇAS
ESTANHO
O garum, assim como o azeite e, por vezes, o vinho, eram transportados
#()02%
Diversos
barcos,
com
e
sem
mastro
e
com
uma
ou
mais
fi
leiras
de
remos,
•
tanas e dos respectivos portos teve semde Roma
4 ! 2 2 ! # / . % . 3%
em ânforas de barro de grandes dimensões. A sua forma era concebida para o
Capital conventus
para além do rostrum já referido, representando
o carácter marítimo da
pre um importante papel nas conjunturas
transporte
marítimo, emSCALLABIS
que se acondicionavam deitadas e empilhadas umas *5 $ %!
Sítio romano
Território
Balsense
comunidade e a polivalência do seu domínio
naval, na pesca, nos trans- 3!2$).)!
RMVG
AUGUSTA
Campo militar
sobre as outras.
portes
e
na
guerra.
de revolta militar ou secessão do Noroeste
Villa, porto, outros
Interface portuário
EMERITA
As ânforas eram geralmente destruídas nos grandes portos
de destino, o
• Os golfinhos, animais sagrados associados a diversas divindades mariComunicações
TVMN
Santuário, provável
Asseiceira
,5 3)4
! . )!
do Império, face às sedes de poder impequemarítimas
originava a necessidade
entre as rotas
nhas
(Oceano,
Neptuno
e
consortes,
Isis,
Astarté/ Tanit/ Vénus/ Caeles#2%4! de uma produção permanente junto dos portos
Sítio fortificado pré-romano
e comércio de
3)#),)!
CAVALOS
de origem,
pois o seu transporte em vazio era inviável devido à sua fragilidatis), geralmente considerados símbolosCastelo,
de boa-sorte
nas lides
Mapas das
! 2! ")
mina romana,
outra marítimas.
do
Mediterrâneo
e
os
Emerita
rial legítimo.
MANUFACTURASOs fabricantes de
TRIGO
Revelam a importância local de um culto
religioso
do Mar, generalizado
de egarum
elevados custos. Criaram-se assimPAX
numerosos
Instalações
industriais
IULIA centros oleiros produtores
principais
CORDUBA
centros
urbanos
do
PRATA
PRODS. ORIENTE
LÃ
Centuriação
nas
comunidades
costeiras
de
todo
o
Mediterrâneo.
SALGAS
LOUÇAS
de ânforas, perto de barreiras e junto às margens ribeirinhas dos estuários inteO tráfego dos portos algarvios, em que se
COBRE
A tabela seguinte
os fabricantes
conhecidos de garum e de
rotas,
antigo fenícia. Sem paralelo
Sul da enumera
Lusitânia,
com
"%árvore
4)#!embarcada,
LOUÇAS
AZEITE símbolo religiosoEsteiro
de origem
• A
riores,
hoje
colmatados
na sua maioria.
CHUMBO
Lagoas
interiores
outros preparados de peixe, originários de Balsa ou pertencentes a famílias
destacava Balsa, englobava o transporte e
AZEITE
conhecidoVINHO
nos restantes povoados ibéricos emissores de moedas, consprodutos e
ânforas eram transportadas em barcas até aos centros conserveiros e,
destaque para aAscapital,
Sítios actuais
especializadas neste tipo de comércio com representantes na cidade e nouTRIGO
titui
provavelmente
um
ícone
religioso
herdado
do
domínio
fenício
de
ASTIGI
após enchidas, eram embarcadas em navios de longo curso. Em Balsa conhe
ce-se
Hipóteses de localização de
comunicações militares e administrativas
destinos geoEmerita.
SALGAS
tros portos peninsulares. Os fabricantes identificavam-se pelas suas marcas,
HISPALIS
Conistorgis !
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SALGAS Tavira nos séc. VIII a VI a.C.
)
o
centro
produtor
de
Alfanxia,
no
antigo
estuário
do
Tronco, havendo muito
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3
que
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verdadeiros
logótipos
comerciais,
cujo
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e a redistribuição regional de produtos
estratégicos
Pensa-se que a árvore, provavelmente um
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provavelmente
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mediados
estratégicos, isto é cuja produção, trans5
naexportação
foz da ribeira
de
Almargem,
cuja
utilização como olarias tem sido virtualmarítimo
de
mineira
do
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2
ao
outro
do
Império
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PRODS.
respectivo
e que o conjunto pode ser interpretado como símbolo de um
) #
pelo
Algarve
mente contínua desde a Antiguidade até aos nossos dias.
EXÓTICOS
porte, fiscalização ou consumo eram conGuadiana
e
da Faixa Piritosa do Sudoeste.
GADES
episódio ou.mito
de imigração religiosa de tipo colonial, proveniente do
!
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A
fi
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ao
lado
ilustra
os
tipos
de
ânforas
mais comuns produzidos na
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Romano
).') Canaanita.
4mundo
trolados pelo Estado.
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) #
!
.
4
GALLAECIA
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5
3
3
guerreiros por um povo já dominado militarmente por Roma.
• Diversos barcos, com e sem mastro e com uma ou mais fileiras de remos,
para além do rostrum já referido, representando o carácter marítimo da
comunidade e a polivalência do seu domínio naval, na pesca, nos transportes e na guerra.
• Os golfinhos, animais sagrados associados a diversas divindades marinhas (Oceano, Neptuno e consortes, Isis, Astarté/ Tanit/ Vénus/ Caelestis), geralmente considerados símbolos de boa-sorte nas lides marítimas.
Revelam a importância local de um culto religioso do Mar, generalizado
nas comunidades costeiras de todo o Mediterrâneo.
• A árvore embarcada, símbolo religioso de origem fenícia. Sem paralelo
conhecido nos restantes povoados ibéricos emissores de moedas, constitui provavelmente um ícone religioso herdado do domínio fenício de
Tavira nos séc. VIII a VI a.C.
Pensa-se que a árvore, provavelmente um cedro ou uma palma, representava originalmente uma divindade (Baal ou Astarté) presente no templo
respectivo e que o conjunto pode ser interpretado como símbolo de um
episódio ou mito de imigração religiosa de tipo colonial, proveniente do
mundo Canaanita.
!
4
LUSITANIA
Os recursos marítimos e mineiros teriam
um lugar preponderante nos produtos
do território balsense com interesse geoestratétigo para o Estado Romano.
SA
CR
O
Teriam assim uma importância especial
nos sistemas estatais de recolha de
impostos em géneros ou de exploração
pública, em administração directa ou
através de concessões.
A agro-pecuária, a pesca e a mariscagem
destinar-se-iam sobretudo ao consumo
local, constituindo a base alimentar de
uma população urbana considerável.
Sede civitas
Topónimo antigo
Abonado*, idem com localização duvidosa
Geográfico
Reconstituído, idem duvidoso
Base moderna da reconstituição
Topónimo moderno
© Luís Fraga
da Silva
O território balsense era consideravelmente rico em recursos
mineiros, com destaque para o
cobre, ferro e chumbo, mas também a prata e o ouro, os primeiros a desaparecer devido à sobreexploração.
Conservas e corantes
MYRTILIS
A dispersão mineira favoreceu
a formação de um povoamento
parcelar em zonas inóspitas da
Serra, associado a um sistema de
transporte dirigido ao Guadiana.
A margem do rio concentraria o
dispositivo administrativo e fiscal
relacionado com esta actividade.
RMVG
Marca
RMVG
O quadro enumera os fabricantes
conhecidos de garum e de outros
preparados de peixe, originários de
Balsa ou pertencentes a famílias
especializadas neste tipo de comércio com representantes na cidade e
noutros portos peninsulares.
TVMN
BAESURIS
BALSA
5
2
4
3
/
.
Romanas
Indeterminadas
zona de Balsa e destinados ao transporte de preparados de peixe. Balsa, como
porto importador
e distribuidor de produtos para o sul da Lusitânia, recebia
Possível
Nomes propostos
Locais de exportação ou de
Grafiigualmente
a
Local quantidades
de
grandes
de
ânforas
de
diversas
proveniências, destados fabricantes
envasilhamento (*)
produção
cando-se as de vinho e de azeite da Bética e do Norte de África.
AEMHEL
Balsa
Aem(ilius)
Hel(iodorus)
Ostia (Itália)
Monte della Giustizia (Itália)
Narbonne (França)
Beth Shean (Israel)
Ilha do Pessegueiro (Portugal)
Olynthius: natural
OLYNT
Os fabricantes identificavam-se pelas
suas marcas, que constituíam verdadeiros logótipos comerciais, cujo
achado permite concluir da extraordinária difusão geográfica dos seus
produtos, de um extremo ao outro
do Império.
Balsa
da cidade grega de
Olinto*
L. Eu() Gen(ialis)
LEVGEN
Balsa
Lev(ini) Gen(ialis)
L(ucii) Ev( ?)
Gen(ialis)
Luni (Itália)
Ostia (Itália)
Roma (Itália)
Italica (Espanha)
Salla ? (Marrocos)
Alba Fucens (Itália)
Samaria (Israel)
Cesarea Maritima (Israel)
Beth Shean (Israel)
Estoi (Portugal)
Marim *
IVNIORVM
Sob a tabela representam-se os principais tipos de ânforas utilizadas no
transporte de garum.
MINAS
BAETICA
Roma (Itália)
TVMN
As jazidas eram dispersas e numerosas, em pequenas covas e cortas
superficiais, mantendo-se algumas até aos tempos modernos.
CAMPO
ARQUEOLÓGICO
DE TAVIRA
* em autores latinos, cosmografias e corografias Antigas e Tardo-Antigas
Vias romanas do
! 2 %
Mineração
5. RECURSOS
NATURAIS
CA
São
Bartolomeu
do Mar
“dos Júnios”
Portimão *
Vale do Joio (S. Brás Alportel)
Cacela-a-Velha *
Cabrera (Baleares): naufrágio de carga destinada a Roma e embarcada
na zona do Estreito
LFB
IMETVS F
A produção de sal e de cerâmicas terão
sido subsidiárias das conservas.
DASIMVSTELI
Balsa
Alfanxia
(At)imetus F(ecit)
Dasianus Mustelus
D. Asi(nius) Mustelus
GAR
Projecto BALSA, CIDADE PERDIDA
romanas
ExposiçãoViasapoiada
Conteúdos do futuro
por
Caminhos romanos
Itiner. de Antonino (nº e etapa)
XXIII 2
Centro Interpretativo de Balsa Romana
www.balsa-romana.com
Iniciativa do Campo Arqueológico de Tavira
,ÔMITES
Ânforas do
90-100 cm