XXIV Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso A Morte de Cândido
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XXIV Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso A Morte de Cândido
Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 464 Montalegre, 30.01.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de XXIV Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso Em Vésperas de Carnaval Domingos Chaves aborda a forma como se vivia nalgumas das nossas aldeias, em tempos passados, o Carnaval. E refere em particular os Motes do Galo. P5 A vergonha da nova OPP Mais uma vez cabe a este jornal publicar uma nota muito crítica, desta vez, sobre a forma como o processo da OPP está a ser conduzido. Quando a política se mete onde não deve, dá nisto. Aquilo que devia ser um elo de união dos agricultores de Barroso, está a transformar-se num clima de crispação que não interessa a ninguém. Com a divisão reinante ninguém ganha, todos perdem. P5 Cartas dos Leitores Dalguns assinantes ou simples leitores recebemos cartas que dizem muito e cuja publicação merece uma leitura atenta. P6 O Futuro de Barroso O tema é recorrente. A nossa terra está a morrer, mas os responsáveis políticos andam nas nuvens, gostam de palrar (mal) e a dar a ideia de que está tudo a correr sobre rodas. Neste magnífico trabalho, uma vez mais, faz-se pedagogia junto dos jovens para quem o futuro da nossa terra, por este andar, não tem futuro. P7 Foi, sem sombra de dúvidas, a melhor Feira do Fumeiro de sempre. Vários factores se juntaram para que tal acontecesse. Primeiro, a divulgação feita pela autarquia que excedeu todas as expectativas, depois a neve que apereceu por Montalegre no fim de semana anterior e finalmente o bom tempo que se fez sentir durante os dias da Feira. Como aqui referido na última edição, foram centenas de milhares de euros gastos pela Câmara de Montalegre, que andou nas bocas do mundo durante dias e meses que antecederam o certame. Nunca se viu uma instituição, e muito menos uma autarquia, a dispender tanto dinheiro num evento já de si muito promocionado. Dá a impressão que a Câmara de Montalegre só vive para isto: comezainas e foguetório. Segundo a nossa modesta opinião, está a ultrapassar os limites do razoável. É que, quem vê e ouve toda esta propaganda, fica com a impressão que no concelho de Montalegre não existem outras necessidades. E há outras prioridades e carências que vão ficando para as calendas. E também se faz divulgação onde a qualidade deixa muito a desejar. Dirão alguns, mas o povo gosta, claro que gosta. A Câmara trabalhou bem, ouvimos dizer. Quando alguém fica de boca aberta com a visuallização de 2 milhões e meio do video «Comendo» nas redes sociais, talvez ignore que «A Casa dos Segredos» da TVI é, de longe, o programa com mais share, mais visto em Portugal. E porquê se o «Bordel» da TVI não tem petavina de qualidade? Mas é disto que o meu povo gosta. Então, se é assim: adiante com as comezainas e o foguetório! Sobre este mesmo tema ver Festa do Fumeiro de Manuel Ramos na pág. 2 e O futuro de Barroso de Vento Monteuro na pág. 7 e ainda a reportagem fotográfica na última página publicada no sítio cm-montalegre.pt. Lições de Paris Como não podia deixar de ser, os acontecimentos de França tão badalados na comunicação social mundial, são abordados na crónica do Pe Victor Pereira. O que aconteceu, diz: «Para além de atingir valores fundamentais das sociedades democráticas ocidentais, o que choca, sobretudo, é a banalização da morte e do mal e o total desrespeito pela vida humana, que é sagrada». P11 DESPORTO O Montalegre ganhou o derby. Vilar de Perdizes deu luta e saiu do Campo do Rolo de cabeça erguida. P15 A Morte de Cândido Gonçalves O mês de Janeiro deste novo ano fica-nos na memória pelas más recordações. No dia 14, um acidente na estrada da fronteira pôs termo à vida dum jovem da vila de Montalegre. Com apenas 17 anos, deixou os pais num enorme sofrimento recalcado na morte precoce dos outros seus filhos. No dia 29, Maria Alice Rodrigues Buracas, natural de Covelães mas há muito residente em Tourém, casada com José Pires Buracas, foi descoberta a boiar no Rio Cávado, um pouco adiante do Centro de Saúde. A causa do afogamento supõe-se que terá a ver com a sua deficiência visual. Tinha saido do Centro de Saúde, estava um dia de temporal, de chuvas fortes tocadas a vento, e a Alice ter-se-á atrapalhado e resvalado para o rio onde morreu por afogamento. Neste mesmo dia em que parece que «o diabo andou por aqui à solta», em Parafita, um carro capotou na EN 103 mas sem perigos de maior para os seus ocupantes. Ver mais na P2 2 Barroso Noticias de MONTALEGRE Despiste de automóvel causa a morte a Cândido Gonçalves No dia 14 de Janeiro, a população montalegrense ficou em estado de choque por causa da morte de um jovem de 17 anos. Cândido Gonçalves, de seu nome, segundo se diz, terá sido convidado por um seu amigo a dar uma volta de carro. Acedeu o Cândido e na recta da estrada da fronteira em direcção a Espanha, antes do cruzamento para Sendim, David Ferrage, natural e residente em Donões, não segurou o carro que voou para a valeta. Eram 22,00 horas e os Bombeiros Voluntários de Montalegre tendo acudido de pronto já encontraram o Cândido sem vida enquanto o David foi entregue aos cuidados do INEM que o transportaram até ao Hospital de Chaves mas sem correr perigo de vida. Cândido José Afonso Gonçalves era um jovem pacato, conhecido de toda a agente de Montalegre. Estudante na Escola Dr Bento da Cruz, o maior prazer que tinha era ajudar o pai nas tarefas da lavoura e a quem recentemente lhe tinha pedido para comprar um tractor. Apesar da sua tenra idade, apreciava o desporto-rei de Barroso, não perdia uma Chega de Bois. Também com frequência se via nas cerimónias religiosas sobretudo na missa dominical onde se apresentava para dar a sua melhor colaboração. Era filho de José da Cruz Gonçalves Surreira e de Maria Alice Afonso de Sousa Gonçalves, um casal residente na Rua da Pontezela, gente simples de Montalegre, que perde novamente de forma trágica o terceiro e último filho. O primeiro sucumbiu com poucos meses de vida, o segundo tinha 18 anos e foi vítima de cancro e agora o Cândido que morre aos 17 num acidente rodoviário. Que o José e a Alice tenham forças bastantes para aguentar tantas e tamanhas contrariedades e que entendam que a vida é isto mesmo, que nós não somos nada e, que, apesar de tudo, temos de percorrer o nosso caminho. Morte de Albino Fidalgo No passado dia 3 de Janeiro, faleceu Albino de Morais Fidalgo, o Bino Fidalgo. Tinha 62 anos de idade e sucumbiu a várias enfermidades que dele tomaram conta nos últimos anos. Já reformado das Finanças, era da vila natural onde residia naquela que foi a casa do seu pai, Alberto Fidalgo, ao fundo da Rua do Reigoso. Pessoa discreta, humilde, sensato e educado era um exemplo como cidadão desta terra. Fez parte e colaborou em diversas organizações sociais e tinha sempre um cumprimento amigo para todas as pessoas com quem se cruzava nas ruas ou noutros lugares. Num ano em que muitas pessoas partiram deste mundo, Albino Fidalgo também nos deixou e Montalegre sentiu-o tal como se viu no funeral e na missa de 7.º dia que encheu a Igreja Nova. Que descanse em paz, o amigo Bino! 30 de Janeiro de 2015 pelo Inspector Geral da Educação e Ciência que nessa conformidade informou o Director-Geral dos Estabelecimentos Escolares. A substituição da referida docente ocorreu em 31 de Dezembro de 2014, tendo o despacho com o n.º 414/2015 sido publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 10, de 15 de Janeiro. SALTO Deputados socialistas questionam o Governo sobre a falta de médico de família Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo distrito de Vila Real questionaram o Ministro da Saúde sobre o facto de mais de mil utentes estarem há mais de dois meses sem médico de família em Salto. No dia em que o Partido Socialista promove iniciativas por todo o país dedicadas à Saúde, os deputados Ivo Oliveira e Agostinho Santa recordam na pergunta ao Governo que “nos últimos dias, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), tem sido motivo de abertura nos serviços noticiosos, infelizmente pelas piores razões”. “A situação das urgências hospitalares foi, inclusive, tema de debate de atualidade requerido pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, no passado dia 8 com o Ministro da Saúde. Um pouco por todo o país, foram sendo divulgados casos de falta de profissionais no atendimento de cuidados de saúde primários, de escassez de camas e de excessos no tempo de espera no atendimento nas urgências hospitalares”, lembram ainda os parlamentares. Há cerca de dois meses o médico que exercia em Salto com presença quotidiana na localidade tirou licença sem vencimento, devido a motivos de saúde. Desde então, os utentes têm de se deslocar ao centro de saúde de Salto às cinco horas da manhã para marcarem a sua vez, sendo que muitos ficam sem atendimento. Os deputados fizeram questão de saber “para quando a reposição da normalidade nas consultas em Salto”. SALTO Concerto de Natal na Igreja Nova Pela primeira vez na vila de Salto, concelho de Montalegre, o Grupo de Cantares e a Banda Filarmónica Local uniram-se para proporcionar à comunidade um concerto de Natal. Esta iniciativa encheu a igreja nova e Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal, acredita que «são este tipo de ações que nos enriquecem e valorizam culturalmente». O autarca agradeceu a ambas as coletividades o «empenho e o dinamismo que dedicaram a esta ação» e considera que é este tipo de atividades «que nos enriquecem e valorizam culturalmente». Por sua vez, Alberto Fernandes, presidente da junta de freguesia, partilhou que «é uma honra muito grande ter aqui a família de Salto reunida, numa espécie de Natal da freguesia». Subdirectora do Agrupamento de Escolas exonerada COVELÃES Jantar dos Reis A subdirectora do Agrupamento de Escolas de Montalegre, Graça Alves Martins, foi exonerada do cargo por ser cômjuge do Director. A existência da situação ilegal na Escola de Montalegre foi denunciada O cantar das janeiras passou pela aldeia de Covelães, concelho de Montalegre, uma tradição que reuniu dezenas de pessoas em volta de um convívio animado, presenciado pelo executivo municipal. PAREDES DO RIO Cantar dos Reis Por mais um ano consecutivo, Paredes do Rio, voltou a cumprir a tradição do “Cantar dos Reis” e foi testemunhada pelo executivo da Câmara Municipal. Para Orlando Alves, número um da edilidade, este é um «um bom pretexto para nos juntarmos todos, para revivermos alguns dos episódios mais marcantes da cultura popular portuguesa, como é o caso dos leilões». O “Cantar dos Reis” «é uma tradição associada à generosidade das pessoas e, ultimamente, transformada por muitas associações, uma oportunidade de convívio e angariação de fundos para uma obra grande e generosa, como é o caso da que esta coletividade está a fazer». Para o autarca, a população de Paredes do Rio «é o exemplo de como uma comunidade pequena pode ser dinâmica e contribuir para a sustentabilidade e o futuro da terra». TOURÉM A tragédia da desertificação Nos últimos dois meses morreram 14 pessoas na freguesia de Tourém. A informação foi-nos dada no Café Restaurante Transmontano desta localidade onde todos os presentes ficaram sem palavra. - Como é possível? Qualquer dia, e não tardará muito, as nossas aldeias ficam sem gente. A resposta veio do Zé da Benta: olhe, sabe, os velhos morrem e os novos vão-se embora. E é tudo a contribuir para a desgraça. - E quantos nasceram? Indagámos. - Nenhum. E Tourém que é das freguesias do concelho com alguma actividade comercial, agrícola e turística de fazer inveja a muitas outras sem idênticas potencialidades. Deixámos Tourém rumo à sede do concelho e, no trajecto, sempre a pensar na triste realidade que assola o interior do país e em particular o concelho de Montalegre. VILA POUCA Alberto Machado eleito vicepresidente na Secção das Barragens da ANMP O Presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, foi eleito vice-presidente da Secção de Barragens da ANMP. Presidida por Manuel Machado, presidente da Câmara de Coimbra, a ANMP tem no seu organograma uma Secção de Barragens para a qual foram eleitos António Vassalo Abreu, presidente da Câmara de Ponte da Barca, como presidente, Alberto Machado, de Vila Pouca, como vicepresidente juntamente com o autarca de Miranda do Douro, ficando a secretariar o Presidente da Câmara de Moura. A eleição destes dirigentes abrange o mandato autárquico de 2013-2017. Dr Carlos Sousa Faleceu em Vila Pouca um dos cidadãos carismáticos daquela vila, o Dr Carlos Alberto de Sousa que foi Presidente da Câmara, presidente da Assembleia Municipal e Director do Centro de Saúde de Vila Pouca. O PSD local emitiu um comunicado em que o classifica «como um cidadão activo, sempre presente». Para acrescentar que «para o partido é uma honra vê-lo incluído na história dos autarcas que serviram Vila Pouca de Aguiar» CORTEJO CELESTIAL JOÃO DIAS PEREIRA, de 65 anos, casado com Deolinda Pereira, natural da freguesia da Chã e residente em França, faleceu no dia 31 de Dezembro sendo sepultado no cemitério de Argenteuil (Val – d’Oise). ANTÓNIO LOPES PEREIRA, de 89 anos, casado com Maria da Glória Barroso, natural da freguesia de Salto onde residia nas Casas d’Além, faleceu num Lar em Vila Pouca de Aguiar. SARA LAGE TIAGO BARREIRA, de 59 anos, casada com Fernando Guerra Barreira, natural de Solveira e ultimamente residente em Clichy-LaGarenne, França, onde faleceu no dia 1 de Janeiro. MARIA LUIZ PIRES, de 90 anos, viúva de Albino Gonçalves Poças, natural da freguesia de Pondras e residente em Bucos, de Cabeceiras de Basto, faleceu no dia 8 de Janeiro e foi enterrada no cemitério de Salto. MARIA GONÇALVES MENDES, de 93 anos, solteira, natural e residente na freguesia de Salto, faleceu em Salto no dia 8 de Janeiro. BEATRIZ ATAÍDE VEIGA, de 8 anos, natural da freguesia de S. José de S. Lázaro, de Braga e residente em Gualtar, de Braga, faleceu no dia 11 de Janeiro sendo enterrada no cemitério de Salto. JOAQUIM RIBEIRO MARTIS, de 59 anos, solteiro, natural e residente em Sarraquinhos, Faleceu no Hospital de Chaves, no passado dia 7 de Janeiro. OLGA DO NASCIMENTO MARTIS ALVES, de 82 anos, viúva de João Dias, natural da freguesia de Cabril e residente em Friães, de Viade de Baixo, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 11 de Janeiro, enterrada no cemitério de Friães. MARIA DA GLÓRIA FERREIRA, de 88 anos, casada com Heitor Dias Pereira, natural de Salto onde residia e foi sepultada. Faleceu no dia 12 de Janeiro. ANA MARIA DIAS PEREIRA, de 82 anos, natural e residente em Paredes do Rio, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 15 de Janeiro de 2015. ADRIANO ALVES CASELAS, de 78 anos, natural de Travassos do Rio e residente em Tourém, faleceu no dia 21 de Janeiro de 2015 e foi sepultado no cemitério desta localidade de Tourém. MARIA DAS DORES BERNARDES ESTEVES, de 45 anos, solteira, natural de S. Miguel de Vilar de Perdizes e residente em Levallois-Perret, França, onde faleceu no passado dia 7 de Janeiro. JOSÉ ESTEVES GONÇALVES DO ANDRÉ, de 86 anos, solteiro, natural da freguesia de Padornelos e residente em Padornelos, faleceu no dia 18 de Janeiro. ANTÓNIO VOLUNTÁRIO, de 81 anos, solteiro, natural e residente em Vilar de Perdizes (S. Miguel), faleceu no passado dia 17 de Janeiro. CÂNDIDO JOSÉ AFONSO GONÇALVES, de 17 anos, solteiro, estudante, natural e residente em Montalegre, faleceu num acidente rodoviário no dia 14 de Janeiro. ANA DIAS DE CARVALHO, de 80 anos, viúva de Delfim Dias, natural da freguesia de Ferral e residente em Nogueiró, de Ferral, faleceu no dia 17 de Janeiro no Hospital de Chaves e foi sepultada no cemitério de Santa Marinha. JOÃO ALVES DE OLIVEIRA, de 93 anos, casado com Maria das Neves Outrela da Fonseca, natural e residente em Vilar de Perdizes S. Miguel, faleceu no passado dia 17 de Janeiro. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 3 Política municipal vista de fora A “FESTA” DO FUMEIRO Não acredito num evento que está totalmente dependente da publicidade, que serve essencialmente para os políticos locais se promoverem e que, tal como o turismo, não teve uma origem estruturada. Basta a publicidade faltar para falir. Depois de ouvir muitos comentários acerca da Feira do Fumeiro, também eu decidi opinar sobre o assunto, mas de forma muito diferente. A diferença que há entre essas pessoas que só fizeram elogios e a minha visão de elogios e de muita crítica reflecte a diferença que há entre pessoas que não são da região e eu que sou, entre pessoas que desconhecem completamente a realidade local e eu que conheço, entre pessoas comprometidas com o evento ou com a Câmara e eu que não estou. Não estou comprometido com a Câmara nem com a Feira, quer porque tenha recebido um emprego, quer porque tenha papado jantaradas à custa do erário público. Também não sou alguém que se esconda por trás de um pseudónimo, na prática de anti-jornalismo, mas pessoa que dá a cara pelas ideias. Em termos gerais, amigo leitor, não acredito no futuro de eventos realizados pelo poder político por achar que estão à partida envenenados: servem em especial para se promoverem e perpetuarem no cargo e em vez de “Feira” temos “Festa”, ou seja, forrobodó. Eventos como estes, alegadamente em nome da economia, terminam sempre do mesmo modo: numa grande pândega. Tenho confiança na iniciativa privada, no esforço de gente lutadora, de trabalho e que sabe o que custa a vida, mas já não tenho confiança quando é a Câmara a organizá-los por não lhes custar o dinheiro, por não terem a mínima formação ou experiência no campo empresarial e ainda por ser gente sem ligação à terra. Também não acho que a Feira seja o “tremendo sucesso” em termos económicos de que fala a Câmara. Não acredito neste tipo de eventos postiços essencialmente por três razões, as quais estruturam o meu artigo e que são: 1) a Feira do Fumeiro está totalmente dependente da publicidade; 2) a Feira do Fumeiro serve essencialmente para os políticos locais se promoverem; 3) a Feira do Fumeiro, como outros eventos e o turismo, não é um evento estruturado e, por isso, é frágil; basta a publicidade faltar para falir. Amigo leitor, o que eu disse no meu último artigo, de nome JUBILEU SOCIALISTA, acera do turismo, também é válido para a Feira do Fumeiro. Disse eu: “Os turistas que aparecem não vêm espontaneamente, nem atraídos pela qualidade da região, como acontece no vale do Douro, no Porto ou no Alto Minho, que é a potência da região que os atrai sem a mediação da publicidade. Não, em Montalegre, os turistas só vêm se forem arrastados à custa de muita publicidade (na rádio, no multibanco, nas TVs, nos jornais, nos “outdoors”, nas feiras, nas Expos, nos restaurantes, no aeroporto, nas casas regionais, nas entrevistas pagas…), a qual exige investimentos avultados e, habitualmente, é maior o investimento do que o retorno.” Pois bem, isso mesmo é válido para a Ferira do Fumeiro: não é a potência do fumeiro que atrai os compradores (até porque um especialista disse no ano passado que o fumeiro tinha pouca qualidade, facto que “foi anotado” pela organização), é antes a potência da publicidade, a qual é muito cara. Se subtrairmos o que se gasta na organização e na promoção descomunal da Feira ao rendimento líquido dos vendedores, o resultado aproxima-se do zero no caso da Feira e menos que zero noutros eventos. Se isto acontecesse com uma empresa privada, rapidamente iria à falência. No entanto, a Câmara não vai porque não está dependente da concorrência dos mercados, mas vive dos impostos dos cidadãos, os quais são certos e cada vez maiores. Isso leva-nos ao ponto dois: a promoção dos políticos locais à custa do erário público. No caso da recente feira-festa, foi escandaloso e patológico. Alegando motivos económicos, o que vimos foi o correrio dos políticos, especialmente do Presidente (para aparecer nos “media” “é capaz de fazer o pino”) para os meios de comunicação, aparecendo em tudo quanto é cartaz, televisão, entrevista, sobretudo para se promoverem. Faltou discrição e sobejou vaidade, ao contrário da organização de outras feiras nacionais. Orlando Alves tem problemas de afirmação local, pois tem um rival que o quer “tirar do poleiro”, e precisava deste espectáculo para se afirmar localmente. Com esse óptimo exercício de demagogia de mês e meio, no qual investiu todos os recursos da Câmara, julgo que o conseguiu. No último dia, porém, na visita de A. Costa, a figura de Orlando Alves foi ultrapassada pela promoção pessoal de Fernando Rodrigues. Não foi? Se não foi pareceu. Afinal é para isto que se faz a feira que mais parece uma festa: promoverem-se, aparecendo ao lado de figuras nacionais e simularem que é em nome da economia. Nunca apareceriam na TV e ao lado de Costa se não fosse pela mediação da feira. E passo à terceira questão: a Feira do Fumeiro e o turismo não nasceram estruturados e, por isso, são frágeis; basta a publicidade faltar para caírem na bancarrota. Sendo o turismo uma actividade particularmente exigente, equiparada às tecnologias, e não dispondo a terra de tradição e de meios humanos e materiais para o fazer; estando o turismo rural dependente de uma lavoura de qualidade, de óptimos e variados produtos locais e de casas agrícolas que saibam receber, coisa que é residual; estando o turismo dependente de uma aldeia típica, castiça e limpa e de um bosque/ floresta cuidados, coisas que não existem; estando o turismo ligado à dinâmica das gerações novas, coisa que não existe, os fortes investimentos não tiveram o sucesso esperado, nem podiam ter, porque se quis “começar a casa pelo telhado”. O mesmo se passou com a postiça Feira do Fumeiro. Não tem por trás, como suporte, uma propriedade com dimensão, que permita criar alimentos para muitos porcos e de forma mais barata. Por exemplo, a alimentação base do porco é o cereal, mas em Barroso não há cereais! E não há cereais, porque a terra não tem dimensão e, não tendo dimensão, “nenhum lavrador consegue alimentar mais de 10 porcos”, disse-me um morador, e eu acredito. Em Barroso só há hortas, leiras, meras e poulas. Com isto não vamos a lado nenhum. Ando a dizer isto há 25 anos e ninguém acredita. Bem, não é bem assim. Acredita o Presidente que agora até anda a plagiar as minhas ideias. Pois bem, faltando o suporte da propriedade com dimensão, a criação de fumeiro é cara, o preço do produto, além de pouca qualidade, é elevadíssimo e a taxa de desistências grande. Há ali bastantes criadores de recos e de porcos que só se agarram ao fumeiro porque não tem mais nada. Mal surja um emprego, no estrangeiro ou no litoral, são os primeiros a desertar. Além disso, vende-se fumeiro dois dias no ano: um sábado e um domingo. Isso não é nada. O exagero da publicidade torna os eventos artificiais e postiços. Portanto, caro leitor, apesar de se gastarem milhões de euros, nada germina em Montalegre porque tudo é mal feito; as coisas são planeadas em cima dos joelhos e, vendo o que se passou neste ano, mais parece que os eventos são criados para promoção pessoal. Julgo que o regabofe e a folia da publicidade vão continuar, porque os políticos já notaram que é a melhor forma de se promoverem sem pagarem um cêntimo. E, no fundo, é isso o que importa. São insuportáveis. Por melhores políticos locais. Je suis MANUEL RAMOS TERRA FÉRTIL IX (Patata de Semente – Cont.) Dr José Manuel Xa falamos un pouco da patata para semente en relación a Montalegre. Cómo chegou hasta aqui, desde os Andes, e cómo foi criando e extendendo unhas poderosas e firmes raíces, tanto na terra como na xente, acabando por se convertir nunha característica incontestable da paisaxe, e nun pilar básico do sustento e da economía deste cachiño de planeta. Pero como estamos na Raia, parece mal non darmos un saltiño ao outro lado. O amigo Renato, da Biblioteca, il que tamén – como todos nós – mantén un constante intercambo co país veciño, coñece en profundidade a súa realidade económica, principalmente a da comarca máis próxima de Montalegre, que é a Limia, onde o río “do esquecimento”, que aquí é o Lima, rega, xunto coa Lagoa de Antela, a vila de Xinzo de Limia e os territorios adxacentes. O Renato sabe que un dos motores principais do desenvolvimento naquela zona é a patata. E como temos conversado algunhas veces sobre o asunto, remexeu no seu acervo personal, e desencantou varios libros e documentos, en Galego e en Castellano!, que generosamente me prestou. Un diles é “Normas técnicas para o cultivo, colleita e almacenaxe da Pataca en Galicia”, edición da Xunta de Galicia, e da autoría de Guillermo Budiño Cajaraville e Ricardo Losada Blanco. Na introducción dan un dato que nos interesa xa destacar: “Ao longo de toda a nosa comunidade e desde as grandes cidades ata os máis pequenos núcleos de poboación cultívanse patacas para consumo. Destaca como primeira produtora comercial a comarca da Limia en Ourense, seguida a moita distancia polas zonas da Terra Chá en Lugo e Bergantiños na provincia da Coruña.” Daquí xa podemos concluir: Xa non estamos falando de patata para semente, se non para consumo. Cultívase en toda Galicia, en prácticamente todo o territorio. A comarca que está en primeiro lugar en producción é aqui a nosa veciña Limia (Xinzo e arredores). Montalegre é pioneira e tén experiencia en relación á patata para semente de calidade. Xinzo, aquí ao lado, é punto de referencia en todo o que teña a ver coa patata para consumo (xa veremos as técnicas de cultivo, colleita, almacenaxe, envasado e transformación). Analizaremos un día, se podemos, se, cuando a “fame” e as “ganas de comer” se xuntan, esto é, cuando dúas cousas que se necesitan e se complementan, por unha feliz coincidencia se sitúan, no tempo e no espacio, xuntas unha da outra, veremos se ambas se alían para prosperar, o que parecería o máis intelixente, ou, se non o fan, cuáles son os factores que influyen. Xa o analizaremos, se a suerte é boa. Vamos paso a paso. No próximo número veremos cómo traballan a patata aquí ao lado... 4 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 Regadio tradicional um bem comum “A água é um bem que não se podia passar ele” diz o senhor António. “A água em terras de Barroso é um dos maiores recursos naturais que nós temos”, afirma José Carlos Moura. E António Carreira mais conhecido por Ti Carreira conclui: “Faz-nos falta para os regadios, para a rega.” São todos habitantes de Paredes do Rio, aldeia do concelho de Montalegre, e em comum têm o apego à terra e à água, vital para a vida na aldeia. A população vive maioritariamente da agricultura e a água assume um papel preponderante na sustentabilidade económica das poucas famílias que por aqui ficaram. “É a batata para regar, é o milho para regar, a hortaliça, os campos. É o emprego que temos aqui, não temos outro …” comenta o Ti Carreira, enquanto encolhe os ombros, reconhecendo que a agricultura é o pão de cada casa. Já se lhe perdeu a conta aos anos, em que a aviação da água foi feita. Dizem que na década de 50 um “iluminado” de nome João de Moura, para evitar as frequentes zaragatas que havia na terra por causa do uso e partilha deste recurso natural, decidiu dividir a água de rega, consoante as propriedades agrícolas. Neste contexto o regadio surge como uma componente fundamental para a agricultura, sem o qual não é possível a conveniente prática das culturas de primavera-verão e, em consequência, a obtenção de níveis de rendimento que fixem as populações agrícolas. Paredes do Rio vive de mãos dadas com o espirito comunitário existente na aldeia. “A água mediante a sua estação do ano é muito importante para por a funcionar os moinhos, sempre foi uma das estruturas que mais simbolizava as gentes de pelos lameiros, que os regue e que evite que as geadas e gelos queimem a erva, que será o alimento para os nossos animais.” Afirma José Carlos. Os regadios tradicionais sempre foram muito numa estrutura rudimentar de diversão da água da fonte e num único, ou poucos canais principais, habitualmente em terra e com vários quilómetros de comprimento. Também por regra os caudais de rega não são subdivididos, ou seja, cada regante, na sua vez, rega com a totalidade do caudal disponível. O regadio em Paredes do Rio respira o espírito comunitário, une a população da aldeia em prol de um bem comum: a água e a sua subsistência. A ORIGEM DO REGADIO Barroso, pois a base alimentar era o pão. Durante o inverno é importantíssima para os prados, lameiros, uma vez feita a condução da água através dos regos e das tralhas permite que a água seja espalhada TERRA AMADA importantes. São estruturas colectivas que servem a população de uma aldeia ou parte desta. Regra geral, as estruturas físicas são muito simples. O sistema mais comum de irrigação consiste Nas civilizações antigas do oriente, as agriculturas de regadio mais conhecidas foram as da região da Mesopotâmia e do Egito. Particularmente a civilização egípcia apresentava um conjunto identico de características socioeconómicas e políticas, ficou conhecida como a civilização hidráulica. Essa civilização (Egípcia), localizada numa região de clima árido, desenvolveu, por isso mesmo, às margens do grande rio Nilo, onde puderam praticar uma rica atividade agrícola que lhes garantia a sobrevivência. Além disso, utilizaram sofisticadas técnicas de irrigação (construção de diques, canais, depósitos de água). A economia estava baseada na agricultura de regadio: a agricultura era a base da economia; o cultivo de cereais (trigo e cevada) e da vinha, principais produtos da região, era favorecido pela utilização de técnicas de irrigação (diques, canais); a criação de animais, o comércio local e interregional e o artesanato eram outras atividades económicas presentes no Egito. Maria José Afonso DIA DOS NAMORADOS Para ti, cara linda, com muito amor! Arado do meu sustento Primavera verdejante Terra lavrada, alimento Sol que ilumina pujante As longas várzeas ao vento Numa aragem ondulante Terra amada, doce lar Onde em baloiço de amor Eu andei a baloiçar Volto a ti, afago a dor E nesse meu regressar Torno a ser um sonhador Ctms A cada passo me lembro De ti, meu amor primeiro, De Janeiro a Dezembro, Ou seja, o ano inteiro. Há versos que são pedaços D’algum falhanço no amor Que provocam embaraços Muita pena e muita dor. O beijo que me atiraste Na tarde de lindo dia Por pouco não acertaste No lugar onde queria. Os teus olhos! Quem diria Eram dos meus doce encanto Foi por vê-los, certo dia Que por eles sofri tanto. Sempre me lembro de ti E aperta-se-me o coração Só quero fugir daqui Mas esquecer-te, é que não! José Rodrigues, Bridgeport, USA Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 5 Em vésperas de Carnaval, “Mergulhemos na Espuma do Tempo”!... - Os MOTES Da aldeia de Gralhas!... Um Património Cultural a preservar... Já com frio bastante a “zimbrar nas orelhas”, normalmente os meses de Dezembro e Janeiro, eram por assim dizer aqueles em que à volta da lareira e à luz da candeia durante os longos serões de inverno, se recolhiam todas as cogitações, que a breve trecho iriam servir de mote para a “zombaria” nos “desleixados” e palavras de “reconhecimento” à “zelosa” gente da aldeia. Era por assim dizer um periodo de maior lazer, provocado pelas temperaturas agrestes, pelas chuvas e pelas neves, mas aproveitado a preceito, para em época de “Entrudo” e “Caretos”, dar seguimento a uma tradição secular e muito apreciada pela população de então, a que em tempos remotos alguém terá baptizado de “MOTES”. Os “Motes”, eram assim a modos que uma espécie de quadras de louvor, escárnio ou maldizer de origem pagã, nascidas algures nos alvores da nacionalidade, e um tipo de poesia galaico-portuguesa, que constituíu um dos fenómenos culturais mais ricos da Idade Média e se prolongou na aldeia de Gralhas até aos finais dos anos sessenta do passado século. Eram enfim, um momento único de louvor ou de critica às gentes da terra, tendo sempre como pano de fundo, a satirização da sua conduta e das boas ou das más práticas, durante o ano que os antecediam. Os textos das quadras, que poderão eventualmente ser chamados de intervenção, eram lidos por dois “trovadores” previamente escolhidos pela juventude, que em conjunto com os respectivos autores, gente mais amadurecida e tarimbada, as escreviam antecipadamente em total segredo durante os ditos serões, de modo a que no momento certo constituíssem verdadeira novidade. O texto no seu todo, contemplava uma a uma, todas as familias da aldeia, e em geral, cada duas ou três quadras, eram dirigidas em exclusivo e em forma de louvor ou critica a determinada familia ou membro da mesma. O amor, a vaidade, a ganância, a inveja, a falta de solidariedade, a critica pessoal, as “casamenteiras”, as”comadres” e os “compadres” aliados à veia cómica, lirica ou satírica, estavam sempre presentes. Por vezes, determinadas criticas não eram muito do agrado daqueles a quem “batiam à porta”, ou mesmo, quando através da sua leitura, se punham a descoberto “amores proibidos”, “negócios fraudulentos”, “comportamentos hereges”, “falta de dignidade e honradez” ou se ridicularizavam os comportamentos menos abonatórios das pessoas visadas, porém, com o decorrer do tempo tudo passava. O ponto alto das celebrações ficava a cargo da juventude, e acontecia ao fim da tarde do dia de Carnaval, quando ao toque do sino da igreja, se “chamava” o povo para a concentração no largo hoje apelidado de Cruzeiro. Reunido o povo, um dos “trovadores”, subia então para uma das varandas ali existentes que servia de palco, ostentando o seu caderno de leitura e o melhor galo da freguesia, devidamente decorado com todo o tipo de adornos, e que para o efeito era oferecido ou antecipadamente comprado para o efeito. Para a varanda fronteiriça, subia igualmente o segundo “trovador”, munido tal como o primeiro do seu caderno onde haviam sido escritas as quadras, que agora sim, iriam fazer as delicias dos presentes que formavam a enorme plateia de assistentes, ansiosos pelo “desvendar de segredos” a que seriam sujeitos os lavradores, suas mulheres, filhos, filhas, namorados, namoradas, velhos, velhas e até os solteirões e solteironas da terra. Uma vez instalados e em jeito de leitura feita ao desafio, os trovadores, só interrompidos pelas palmas dos presentes, começavam então por fazer a apologia do galo!... Realçavam as sua cores, o seu tamanho, o tamanho da sua crista e dos seus “tomates”, a sua elegância e altivez, o modo como cantava, tudo isto intercalado com comparações satiricas, a determinadas pessoas presentes na concentração. Aqueles que não resistiam, abandonavam o local irritados em sinal de protesto, mas tudo isso fazia parte da festa. Após atingidos os primeiros objectivos, o galo era então simbolicamente morto e esquartejado. Logo após, procedia-se à distribuição de todas as componentes do seu corpo!... Sempre de forma simbólica, aos aldeões alvos das maiores criticas, eram atribuídas as penas. A outros, cuja conduta não era tão censurável, saíamlhe em sorte as patas ou a cabeça. Para outros, dado o seu melhor relacionamento e disponibilidade na entre-ajuda com os “vizinhos”, ficavamlhes reservadas as asas ou o pescoço, e para os aldeões exemplares, para aqueles que mais contribuíam para a boa harmonia e para o progresso da terra e respectiva população, ficavam as cochas e o peito, que eram as partes mais apreciadas. No final da sessão, surgiam os comentários de concordância ou discordância com o desfolhar das criticas. Discutia-se a “qualidade” dos Motes, quem teriam sido os seus autores, se tinham sido bons ou maus, se tinham sido melhores ou piores que os do ano anterior, discutia-se o “ataque” que havia sido feito ao “Antonho”, quando quem tinha a ver com o assunto era o “Manel”, discutia-se a inoportunidade de desvendar determinado segredo, quando eram outros que deveriam vir para a praça pública, enfim... todo um rol de questões, que serviam como tema de conversa, nos três ou quatro dias que se seguiam. Quanto ao galo, agora sim, via então chegada a sua hora de fazer as delicias de quantos tinham contribuído para a festa. Autores e trovadores reúniam-se em casa de um deles e após a respectiva “janta”, comemoravase o feito noite dentro, até ao alvorecer da manhã. A partir daí, iniciava-se então a Quaresma e o consequente período de jejum até à Páscoa. Depois de um interregno de décadas, para o qual contribuíu de sobremaneira o êxodo migratório, a Associação Cultural Desportiva e Recreativa da aldeia, parece ter “agarrado” de novo esta tradição. Oxalá que tal se confirme, e que os “Motes”, sendo um dos expoentes máximos do património cultural da frequesia, não caia no esquecimento. Caro director do jornal Notícias de Barroso, venho trazer à baila um assunto que está a causar um tremendo alvoroço no nosso concelho e que merece a nossa reflexão: A Coopbarroso e a nova OPP. Sabemos bem que a nova Cooperativa era uma promessa eleitoral, mais ou menos escondida, do Presidente da Câmara, indicada como tendo 3 objectivos principais: 1) reconhecimento da OPP de Montalegre; 2) Criação de Agrupamentos de Produtores para a Comercialização; 3) Contribuir para a Viabilização do Matadouro do Barroso. Na prática, o que se está a passar, é que se começou por mexer no único, destes três serviços fundamentais, que estava a funcionar bem, a Sanidade Animal. Aliás, muito bem, como é reconhecido pela maioria dos agricultores. Talvez por haver concorrência entre associações, por haver mais proximidade entre estas e os seus associados, por haver 3 brigadas a fazerem o serviço no concelho, não importa. O certo é que nunca o nosso concelho tinha tido um serviço de sanidade tão competente como actualmente, mesmo estando ligado a OPP´s de fora. E é incomparavelmente superior ao serviço que antes esteve em monopólio na anterior Cooperativa, sobretudo nos seus derradeiros anos. E um dos medos legítimos dos agricultores é que uma nova OPP concelhia possa voltar a padecer dos mesmos pecados. A memória ainda está fresca. Ou seja, com tanto para fazer, sobretudo ao nível dos Agrupamentos para comercialização (a verdadeira falha da nossa agricultura), a nova Cooperativa foi tocar naquilo que estava bem. Porquê? É a pergunta que surge e pode dar aso a muitas suposições. Na minha opinião é porque é o único serviço que garante logo retorno de grandes verbas, além de garantir alguns postos de trabalho interessantes (os afamados “tachos”). Percebe-se que, neste como em outros processos, que podem ser fundamentais para a o presente e futuro da região, os interesses políticos e pessoais são sempre postos à frente dos interesses das populações, neste caso dos agricultores. Agricultores que não foram auscultados acerca da nova cooperativa, que não tiveram voto na escolha dos seus dirigentes e que nem sequer lhe deram oportunidade de escolherem aquilo que os envolve directamente: a sanidade dos seus animais. Foram obrigados a vincular-se numa nova OPP sob diversos tipos de ameaças e coacções. A política entrou toda em acção, até os carros e funcionários da Câmara andaram no terreno a recolher assinaturas. Aos resistentes e revoltosos que não queriam assinar, foi-lhes dito que poderiam perder o apoio que a Câmara dá para ajuda do pagamento deste serviço, ficar em sequestro e não poder movimentar animais, entre outras barbaridades típicas da ditadura do medo que governa este concelho. Até os funcionários das associações agrícolas foram coagidos e ameaçados para colaborarem num processo de destruição do seu posto de trabalho, uma vez que não há garantia nenhuma que terão o seu lugar na nova cooperativa e OPP. Só os cordeirinhos do costume, os bem comportados e “graxas”, terão já o lugar garantido. Além de tudo isso, ainda se verificaram uma série de atropelos à lei, que define, entre outro, a data de 31 de Dezembro de cada ano para os produtores pecuários escolherem a sua OPP. Ora, é público que já no dia 9 de Janeiro ainda andava uma azáfama de carros e pessoas a recolher assinaturas e, provavelmente, ainda continuarão, com a conivência, é verdade, de pessoas com responsabilidades na sanidade animal da região e, também, diga-se a verdade, com a ausência de uma posição clara do falecido PSD de Montalegre que, bem sabemos, tem pessoas bem colocadas no ministério da Agricultura. Perguntarão as pessoas de quem é a culpa. Claramente do município, na pessoa do seu Presidente, que continua a política do seu antecessor, “o quero, posso e mando”. Que, como se entende, não percebe nada de agricultura e pecuária, e está, tremendamente mal aconselhado. Afirmou que era uma vergonha Montalegre não ter OPP. Apesar do serviço ser de excelência, de os agricultores verem todos os seus animais saneados a tempo e horas, de receberem a verba do estado que têm direito, de os funcionários que fazem o serviço serem do concelho, etc. Ou seja, vergonha é criar uma OPP assim, o tempo o irá provar. Pois já se sabe o que costuma acontecer quando se começa uma casa pelo telhado ou assente em alicerces de barro. Domingos Chaves A vergonha da nova OPP M. P. 6 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 Dia Nacional do Doente Coronário - 14 de fevereiro UM PARÁGRAFO 85% dos portugueses podem sofrer um AVC Um Parágrafo # 44 – Lua Com o aproximar do Dia Nacional do Doente Coronário – a 14 de fevereiro – altura em que se celebra também o Dia de São Valentim, a Associação Nacional AVC alerta para a importância de cuidarmos do coração daqueles que amamos e alterarmos comportamentos que estão na origem da maior parte dos acidentes vasculares cerebrais, uma doença que coloca em risco 85% da população portuguesa. As doenças cardiovasculares continuam a ser a maior causa de mortalidade em Portugal. Em 2012, registaram-se 23.000 mortes provocadas por este tipo de patologias, das quais 16.000 foram causadas por acidente vascular cerebral. De acordo com os estudos mais recentes, 6 portugueses sofrem um AVC por hora, resultando em 2 a 3 mortes. “Adotar uma alimentação saudável, com consumo de frutas, vegetais, redução de sal e gorduras, praticar exercício físico e alterar rotinas diárias – usar as escadas em vez do elevador, por exemplo – e deixar de fumar, visto que parar de fumar pode cortar os riscos de AVC pela metade”, explica Diogo Valadas, Diretor Técnico da Associação Nacional AVC. Além dos fatores de risco que podem ser reduzidos com a mudança de hábitos é crucial prestar atenção a situações que não dependem da alteração de comportamentos. Existem pessoas com maior probabilidade de sofrer AVC do que outras, como os idosos, pessoas com histórico familiar de ocorrência de AVC, homens com menos de 75 anos e indivíduos com doença coronária e diabetes. No âmbito das doenças cardiovasculares e tendo em conta o objetivo da Associação, cujo foco é o apoio aos doentes que sofreram um AVC, a instituição pretende integrar o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, um dos projetos de saúde prioritários da Direção-Geral da Saúde, assumindo o papel de entidade representante de famílias vítimas de AVC. Chegaste de mansinho, espreitando a noite na linha do horizonte, sendo anunciada por um ténue clarão que se assumia como arauto de pálidas sombras. Foste soltando a timidez da tua alba face e subindo, majestosa, num cenário de penumbra e cálido vazio. Adivinhava-se um sorriso nos contornos do teu corpo. Soltava-se um suspiro à noite que ansiava pela tua presença. Curvavam-se as árvores mais altas, perante o esplendor de uma luz inebriante, fazendo um bailado de sombras enriquecido pelo suave planar das poucas folhas que, em teimosia, esperavam pela nocturna aparição. Surgiste, então, no pleno da tua forma, iluminando a noite com um véu de carícias que tornava adocicada a linha que junta o céu e a terra. Amansaste o vento, pedindo-lhe o silêncio imprescindível ao início de um concerto. Marcaste o ritmo em Adagio com a breve indicação de um movimento circular. Ordenaste o sinfónico caos dos ruídos nocturnos. Reinaste nos céus durante o concerto de um eterno serão. Conduziste os naipes de uma infindável orquestra, rendida à tua interpretação de uma carícia murmurada. Semeaste sonhos e poemas em farrapos, escondidos nos compassos de uma partitura celeste. Despediste-te, sem cerimónia, anunciando o moto perpetuo que a noite dos dias sempre trará. João Nuno Gusmão Cartas dos Leitores ONTARIO CA, 17 Dezembro Ex.mo Sr. Director Olá, Bons Barrosões Li hoje na «site» da Câmara Municipal que a Feira do Fumeiro vai contar com a visita do PM, Passos Coelho. Aleluia, Aleluia! que temos alguém do PSD que vai visitar Montalegre. Quase não acredito. Parabéns e tratem-no bem, se não os do PSD voltam a pensar que Portugal acaba em Boticas. Tenho pena não ir este ano, mas dá vontade de mudar os meus planos, mas não posso. Digo e repito mesmo que tenho pena não ir. Desejo à nossa terra grande sucesso. Forte abraço. Joe Pinto, CFP Certified Financial Planner Manulife Securities Incorporated -------- ----------- Cruz Quebrada, Janeiro 2015 20 de Sr. Director Domingos Chaves vem enriquecer a qualidade do jornal Eu, pelos vistos, fiz confusão, porque não recebi jornal no princípio do mês, como é costume, que corresponderia à 2ª quinzena de Dezembro. Mas tudo bem, agradeço a sua explicação e renovo o pedido de me informar, por gentileza, em que conta devo depositar o valor da assinatura do ano 2015 e se este se mantem, ou se sofreu alteração. Aproveito o ensejo para lhe manifestar a minha satisfação, por ter como novo colaborador, o meu grande amigo Domingos Chaves, de Gralhas, que também está aqui radicado. Garantolhe que vai contar com uma inteligência rara, uma cultura fora do normal e um comentador que só fala daquilo que conhece, tipo Dr Barroso da Fonte. Sem nunca ter sido a sua profissão, é um verdadeiro jornalista, com uma facilidade de expressão invulgar e uma escrita simples e clara, que toda a gente compreende. Parabéns.......Desejo, do coração, que o ano de 2015 seja GRANDE também para si, sua família e o para o Jornal que dirige. Cumprimentos, Manuel Ferreira Martins …......... …............ Sr. Director, A Estrada de Meixide Gostaria que esta minha carta fosse do conhecimento do senhor presidente da Câmara que, como cidadão do concelho, respeito e sobretudo pela função que desempenha. E peço ao sr. Director do jornal de Montalegre que me publique a carta porque julgo que trata um assunto que é do interesse de todos nós. Mas permita-me que assine com as iniciais do meu nome porque não quero chatices com ninguém e eu com o que digo não ofendo ninguém. Se o Sr. Director não aceitar estas minhas condições, então não publique. Venho falar não daquela Ponte de que o nosso presidente também é responsável. É vergonhoso falar-se duma Ponte que foi construida sem planeamento onde se empatou um investimento que não serve os munícipes. Isto só aconteceu porque a Câmara de Montalegre não sabe o que anda a fazer. Isto é anedótico. Falar-se na Ponte é falar-se numa gestão que eu não tenho palavras para classificar. Mas, eu venho falar da estrada de Meixide que é outra vergonha igual. Aquela estrada encontrase num estado miserável. Os que a utilizam, e a maior parte serão funcionários dum e doutro concelho (Montalegre e Chaves), padecem ali um verdadeiro martírio. É que nalguns sítios o alcatrão já desapareceu e o areão sobressai. Faz lembrar as estradas do antigamente. Se o dinheirinho que se gastou na dita Ponte tivesse sido gasto na melhoria desta estrada, que coisa boa teria sido. O Presidente de Montalegre devia vir com o seu carro dar uma volta até Meixide e ver esta vergonha. Afinal, sr. Presidente, tanta vergonha e não há vergonha nenhuma. É tempo da Câmara de Montalegre falar menos na TV e fazer obras necessárias tal como esta que está a causar prejuizos de monta a quem por necessidade ali tem de passar com frequência. E o sr. Director tem de falar mais nestas coisas que é para isso que o jornal existe. Cumprimentos ao sr presidente da Câmara e a todos os barrosões, A.M.G.A. AGRADECIMENTO ADRIANO ALVES CASELAS (TOURÉM, 19.4.1936 – 21.01.2015) A família de ADRIANO ALVES CASELAS vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à última morada no cemitério de Tourém e participaram na Missa de 7.º Dia, e ainda a aquelas que, não podendo estar presentes, duma ou doutra forma se lhes dirigiram a manifestar a sua solidariedade e o seu pesar. A todos MUITO OBRIGADO! Chaves, 28 de Janeiro A Família MAPC Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 7 O futuro de Barroso Montalegre, como já várias vezes o escrevi, vive em festa permanente. Sem grande preocupação com o futuro das suas gentes, mas com o beneplácito das mesmas, o que é mais preocupante, passamos de uma festa para a outra sem nos preocuparmos com o futuro. A desertificação cresce a olhos vistos. Os jovens são obrigados a procurar emprego noutras paragens, e até alguns daqueles que têm o emprego garantido na Câmara Municipal, já metem licença sem vencimento, porque o dinheiro aí auferido não chega para pagar os empréstimos contraídos, e partem para o estrangeiro. Em 2015, na capital do Concelho, estão garantidas cinco festas de arromba, capazes de “estoirar” grande parte do orçamento municipal: a Feira do Fumeiro, três Sexta-feira 13 e as festas Concelhias. A Feira do Fumeiro deste ano foi a melhor de sempre, o que confirma, se dúvidas houvesse, que Fernando Rodrigues não faz cá falta nenhuma: mordomos há muitos, e como se pode constatar, até melhores do que ele. Mas não há tempo para descanso: em fevereiro e em março, o dia 13, para mal dos nossos pecados, coincide com uma sexta-feira, e como tal a festa é obrigatória. O pior é que com ela lá se vão mais umas largas centenas de milhares de euros, tão necessários ao nosso desenvolvimento. É verdade que a animação vai ser muita. No YouTube e no Facebook os vídeos de animação, especialmente encomendados para esse efeito, vão ser muito visualizados. Mas será isto, uma boa maneira de gerir de forma eficiente os dinheiros públicos? Será que isso vai permitir a fixação das gentes, sobretudo dos jovens, em Montalegre? A resposta é negativa. Sobre isso, não tenho dúvidas nenhumas. Este caminho não leva a lado nenhum! Podemos, durante cinco fins-de-semana, andar muito contentes. Podem até, duas centenas de famílias (estou a falar dos donos dos restaurantes, residenciais, “hotéis” e produtores da Feira do Fumeiro), ganhar muito dinheiro. Mas o Concelho perde. E perde muito! É que o dinheiro aí investido, não tem retorno. Permite, é verdade, que as pessoas atrás referidas vejam os seus rendimentos aumentar. Mas não criou emprego. Não contribuiu para o desenvolvimento da Região. Será que os dinheiros públicos devem ser gastos para beneficiar “meia dúzia” de particulares, ou pelo contrário, devemos pensar no bem comum? Sejamos claros: sou um acérrimo defensor da Feira do Fumeiro e da Sexta-feira 13. Agora, temos é de ter consciência que quem usufrui destas iniciativas, é que têm de as pagar. A câmara municipal, em boa hora, criou as bases deste sucesso. Cabe agora à iniciativa privada, com a colaboração e supervisão da câmara municipal, saber desenvolvê-las e custeá-las. Essa é a função da Associação que “teoricamente” é responsável pela organização da Feira do Fumeiro. Diz-se que se venderam cerca de 80 toneladas de fumeiro, e a verdade é que ao início da tarde de domingo, a maioria dos expositores já não tinha fumeiro para vender. Os restaurantes estiveram, durante os quatro dias de festa, “a rebentar pelas costuras”. Diz-se mesmo que, alguns, no domingo, já não serviram os clientes porque, alegadamente, não tinham batatas nem carne. Então pergunto: se se vendeu tudo, por que razão é que os beneficiários não pagam as despesas da organização? Mais: será que faz algum sentido gastar cerca de 400 000 euros na produção de um evento que gera apenas receitas da ordem dos 3 000 000 euros? Ou será que estes números não correspondem à verdade? Responda quem souber! Vêm aí, seguidinhas, mais duas grandes festas. Tudo à grande e à Barrosã. E depois da festa, o que sobra? As piscinas vão continuar fechadas porque não há dinheiro para o aquecimento da água. As estradas do Concelho vão continuar esburacadas porque não há dinheiro para a sua manutenção. As escolas do Concelho vão continuar frias e a cair aos bocados porque não há dinheiro para a sua conservação (aqui devemos fazer um parenteses. Se bem me lembro, foram em tempos disponibilizados cerca de 100 000 euros para a construção de uma escola em Moçambique. Se calhar o dinheiro até existe!). As empresas vão continuar a não se fixar no Concelho, e como tal a não se criar emprego, porque a derrama é demasiado elevada, as vias de comunicação são péssimas, e os incentivos à sua fixação são inexistentes, uma vez que o dinheiro não chega para tudo e as prioridades são outras. Uma pergunta aos jovens de Montalegre: imaginai, que, por absurdo, os vossos pais convidam lá para casa, cinco ou seis vezes por ano, várias dezenas de “amigos”. Fazem uma grande festa. Casa cheia: mesmo a abarrotar. Comida, bebida e divertimento é coisa que lá não falta. No final da festa, todos se despedem, muitos felizes. No entanto, lá em casa falta o dinheiro, quer para pagar a vossa educação, quer para satisfazer as vossas necessidades básicas. E vós: o que pensais dos vossos pais? Que são uns tipos porreiros? Que são uns irresponsáveis? Que gastaram o vosso dinheiro para satisfazer o próprio ego? Que hipotecaram o vosso futuro, em troca de divertimento? Dia 13 de fevereiro a festa, tal como a emigração e consequente desertificação, continua! O futuro é vosso! Juntos, também Podemos transformar Barroso! Histórias com Rosto Bento Monteiro Lugares, gentes e rostos da minha memóriaCarlos Branco Há lembranças da infância que, mesmo que o tempo passe, nunca se apagam. É tanta a saudade que ela nunca acaba. Estas recordações levam-me a voltar a falar da minha gente barrosã. Ao retomar as minhas “Histórias com Rosto “,o Senhor Tenente Canedo irão ser, inicialmente, a figura que me ocupará durante esta série de três artigos no Notícias de Barroso. A nossa terra tem lugares que fazem parte da nossa história de vida, lugares dos nossos afetos, lugares que não esquecemos nunca. Gente que partiu e que ainda preservamos dentro de nós. Gente que a morte não libertou e que continua a fazer parte da nossa vida. É gente que ainda nos faz bem à alma quando falamos dela. Foi com esta gente que construí a minha identidade. É a recordação desta gente que faz de Barroso a minha terra amada. Lugares da memória que foram o parque de aventuras da infância e início da adolescência. Uma memória cheia de histórias. Memórias de gentes , rostos e lugares. Memórias da minha terra. Na primeira desta série de “Histórias com Rosto “ vou falar do Sr. Tenente Canedo, ex-Presidente da Câmara de Montalegre. Este homem trocou a sua carreira militar pela sua terra e por ali ficou sem esperar promoção. Falamos dele e conhecemo-lo tão pouco. Na terceira parte do artigo dedicado ao Senhor Tenente Canedo faço uma revelação bombástica. Tenho ainda a minha mãe viva como arquivo vivo. Esperem para ver. Promete! O Senhor Tenente Canedo tinha sentido de humor. Embora muita gente desconheça, era divertido. Recordo-o com saudade. Há muito tempo que gostaria de ter publicado este artigo.Se o não foi, na devida altura, isso deveuse ao facto de não querer entrar em jogos de “ad hominem” e, assim, alimentar intrigas ou juízos de opinião estéreis. Não queria que este artigo servisse de instrumento ou arma de arremesso a ataques maldosos e demagógicos. Todo aquele que detém “poder” tem inimigos e adversários, é sempre objeto de crítica, censura e polémica. Cesar Augusto, o grande César dos romanos, foi assassinado pelos seus próprios partidários políticos. Nem mesmo Deus agradou a todos os homens. Viriato, o mítico chefe dos lusitanos, foi morto, traído, pelos seus homens de confiança. Assim, também a personagem principal deste artigo teve os seus partidários e os seus adversários políticos , os seus amigos e os seus detratores. Ao escrever este artigo, não imaginam quanto me deleitei e, ao mesmo tempo, a saudade que me fica ao rever esse tempo de uma adolescência tão rica em histórias, imagem de pessoas e aventuras. Foi um tempo feliz. Quero dedicar este trabalho à grande amiga que é a Teresa, mais conhecida entre amigos, pela “Teresinha do Belmiro “, ao mesmo tempo afilhada do senhor João Rodrigues Canedo, ex- Presidente da Câmara de Montalegre, mais conhecido pelo senhor Tenente Canedo. Em abono da verdade, tenho a dizer que, ao ajustar umas continhas com o Sr. Tenente Canedo, ele ficou perdido de riso, um riso que ainda hoje guardo na mais viva memória. E, isto não teve mais consequências porque o meu pai e a minha santa avó tambem ficaram contagiados pelo riso do Sr. Tenente. Foi uma risota. E com tanto riso o Senhor Tenente ficou, pela minha parte, perdoado. No próximo número, deste jornal, iniciaremos, então, esta primeira série de três artigos. 8 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 «Sabores de Chaves» - Feira do Fumeiro Entre os dias 30 de janeiro e 01 de fevereiro, o Pavilhão Municipal de Chaves acolherá a décima edição da mostra dos “Sabores de Chaves - Feira do Fumeiro”. A previsão do município flaviense aponta para a comercialização de mais de 20 toneladas de enchidos, num volume total de negócios superior a 400 mil euros. Pelo 10.º ano consecutivo, a cidade de Chaves promove, no último fim-de-semana de janeiro, mais uma edição da Feira do Fumeiro. Neste evento, os enchidos ocuparão um lugar de destaque, acompanhados por outros produtos da região como o Pastel e o Folar de Chaves, o artesanato e outros artigos tradicionais. Estima-se que o volume de negócios ronde os 400 mil euros. A mostra é organizada pelo Município de Chaves e EHATB - Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, contando com 55 expositores. Como aconteceu em anos transactos, o evento contará apenas com a presença de produtores da região, de forma a promover exclusivamente os produtos da terra. O evento pretende ser uma montra para os produtores locais, proporcionando-lhes novos canais de comercialização e o estreitamento de laços com clientes e outros produtores. É de salientar que alguns dos produtores do concelho já nem participam no certame, pois a sua carteira de clientes é, por si só, uma garantia de escoamento de todos os seus produtos. Convém lembrar que esta feira surgiu no âmbito de um plano de combate à desertificação rural, iniciado pelo município flaviense em 2004. A denominação “Sabores de Chaves”, criada pela autarquia, permitiu aos produtores locais o reposicionamento dos seus produtos no mercado, conferindo-lhes um selo de qualidade e garantia, capaz de gerar mais atratividade e competitividade. Com a intenção de recuperar toda uma tradição, ligada aos ritmos da natureza e a saberfazer transmitidos ao longo de várias gerações, este evento tem conseguido potenciar de forma exponencial a comercialização dos produtos regionais ao longo de todo o ano. A realização de vários eventos (por ocasião da Páscoa - o Folar; no mês de Agosto - o Pastel de Chaves; por altura da Feira dos Santos – os Sabores de Outono) que, juntamente com o aparecimento de novas unidades produtivas (existem actualmente 18 cozinhas regionais de fumeiro, 6 indústrias dedicadas quase em exclusivo à produção de Pastel de Chaves e 9 produtores de doces, compotas e licores artesanais, que geraram entre 60 a 70 postos de trabalho), se afirmam como motores do desenvolvimento local. Durante a Feira dos Sabores, no Mercado Municipal, existirão tasquinhas que desafiam os visitantes a experimentar e degustar muitas das famosas iguarias flavienses. A animação do evento, durante os três dias, estará a cargo de ranchos folclóricos, música tradicional, tunas e grupos de cantares. O destaque vai para o concerto de sexta-feira, dia 30, com a Fanfarra da Academia de Artes de Chaves e no sábado, dia 31, um concerto com Sebastião Antunes. A entrada é livre. Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 O Super de Montalegre com promoções todas 9 ENCHIDOS, FUMADOS E PRESUNTOS TRADICIONAIS TEL: 0034 988 46 65 28 as semanas VENDA DE PORCOS DE CRIAÇÂO E QUALIDADE TEL: 0034 609 82 69 66 Rua da Portela, nº 3 5470-229 Montalegre BALTAR , Sede: Lugar do Barreiro rua 1 4730-450 Vila do Prado Portugal Quality Inn AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES E.F.G INTERNACIONAL Construção Civil e Obras Públicas Carpintaria Construção Civil Lavandaria e Obras Públicas Funerária Carpintaria Lavandaria Funerária Rua Central, 32 5470-430 SALTO - Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos - Quartos com promoções durante todo o ano AGÊNCIA FUNERÁRIA INTERNACIONAL LDa POMPES FUNEBRES E.F.G Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes Av. João-XXI, n°477, 4715-035 BRAGA 18 Rue Belgrand 75020 Paris da Carta também tudo incluído por 6 Telefone 253 061 149 - Fax 253serve 060 916 refeições económicas com Tél : 00331 46 36 39 31 – Fax : 00331 46 36 97 46 Telemóvel 927 054 000 Banho turco; Hidromassagens e Massagens - Piscina; Sauna; Portable : 00336 07 78 72 78 [email protected] [email protected] O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos TRASLADAÇÕES RECONSTITUIÇÃO CORPORAL TANATOPRAXIA EMBALSAMENTO DO CORPO Rua do Avelar, TANATOESTÉTICA 2 5470 Montalegre- Tel: (351) 276 510 220 - Tlm: 91 707 91 CREMAÇÃO pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores culturais das terras de Barroso. Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica Tel. 253 659897 Fax: 253 659927 e Telem: 96 657 2973 Paula Cunha, Lda.Paula Cunha, Lda A Empresa doLda concelho de Montalegre que Paula Cunha, procura servir os seus clientes com eficiência e A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade qualidade. 10 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 Tito de Freitas NovosCruz ApoiosGonçalves na Fatura da Energia Elétrica QUE CABEÇAS! elegíveis os beneficiários de COMO ACEDER 24.05.1948 - 25.02.2008 Foram publicadas a 30 de dezembro as portarias que “Bom filho,a bom marido, regulamentam nova Tarifa excelente bom amigo e colega” Social depai, Energia Elétrica eo Apoio Social Extraordinário ao Vítima de doença Consumidor de Energia (ASECE). prolongada desde o dia 5 de Assim, num panorama nacional Junho 2002 faleceu no cerca dede500 mil famílias que cumprem os critérios de o passado dia 25 de Fevereiro elegibilidade podem solicitar, Tito. anos de idade. junto Tina do seu59 comercializador, Funcionário daspermitem Finançasumde estes apoios que desconto até 34% fatura de Montalegre, por issonaconhecido energia elétrica. em todo o concelho, o Tito era MAIS DESCONTOS natural de Sabuzedo.NA Casou ELETRICIDADE com Mariana Francisca Anjo A legislação simplifica e alarga Afonso da Vila o acesso Freitas, aos descontos na da eletricidade, uma vez que,filhas, Ponte, de quem teve duas além do limite máximo de a Alexandra e a Ana Margarida potência contratada ter passado que ajudoupara a criar e educou de 4,6kVA 6,9kVA, são todos os escalões do abono aceder à Tarifa Social ePara coração, ao seu marido Tito. de Eletricidade e à ACESE o Asua esposa Mariana e as consumidor deve apenas dirigirfilhas Alexandra e Ana Maria se ao seu comercializador, come restante famíliadevêm por este os documentos identificação meio agradecera todos de quantos associados ao contrato eletricidade, e solicitar a se dignaram assistir ao funeral dos benefícios. eatribuição missa de sétimo dia ou que de Posteriormente, cabe à outra forma lhe manifestaram QUEM PODE BENIFICIAR Segurança Social e à Autoridade DESTA TARIFA oTributária seu pesar e solidariedad. a verificação dos Os consumidores com Agradecem de modo especial critérios de elegibilidade. rendimento inferior a 4.800€ aos seusbeneficiários dois médicos de anuais, acrescidos de 50% por Os atuais da cada membro do agregado tarifa social de energia elétrica família, Drs António Sousa e familiar, podem igualmente continuam a beneficiar Carlos Reis, pessoasdamuito beneficiar dos descontos na mesma, mas passam a estar eletricidade, o que permite humanas, dedicadas e sempre sujeitos ao procedimento de englobar todo o rendimento disponíveis, bem como aos verificação dos requisitos de auferido no domicílio fiscal senhores enfermeiros e pessoal elegibilidade. associado ao contrato. auxiliar do Centro de Saúde que com muita dedicação, não se com carinho o trataram durante poupando a sacrifícios para que EXTRATO os últimos 5 dias da sua vida. nada lhes faltasse. Conseguiu Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada no dia 20 de janeiro de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Tito defoifunções bom filho,exarada bom darNotarial a cada umaa cargo delas umCarla de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, emOexercício de Montalegre, de Maria notariais, a folhas 71 do livro 980-A, FERNANDO ANTUNES PIRES e mulher, MARIA PEREIRA BARROSO PIRES, casados em comunhão de adquiridos, marido, excelente pai, bom estatuto social para enfrentarem naturais da freguesia de Salto, deste concelho onde residem na Rua Corga da Poça, n.º 1, no lugar de Pomar da Rainha, declararam: Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na Freguesia de Salto, concelho amigodeeMontalegre: colega. a vida- Prédio com rústico maissituado facilidade, uma em CARVALHA DA FOGUEIRINHA, composto de cultura arvense de sequeiro e pastagem, com a área de dezasseis mil e dez metros quadrados, a confrontar do norte, sul e nascente com baldio e do poente com caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1937. vez, se viu obrigada a pedir a enfermeira e a outra analista. Que este prédio estava inscrito na anterior matriz sob o artigo rústico 4788, encontrando-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegreàs e está inscrito na respectiva em nome do justificante marido. para se antecipada Devido fragilidades commatrizreforma Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e dedicar a tempo inteiro, deverbal alma queoitenta vivia em e dois, ano consequência em que o adquiriram jáda no estado de casados, por doação meramente de seus pais e sogros Joaquim Pires e Libânia Antunes, doença que o obrigou a deixar de família, assim como as opessoas emprego com 54 anos que beneficiam de de pensão social de velhice, idade, passou a viver na suadocasa complemento solidário para de Vilado da Ponte social sob de os idosos, rendimento cuidados extremosa esposa, inserção, da do subsídio social de desemprego e da pensão social Mariana, funcionária da Zona de invalidez. Agrária de Barroso que, por sua residentes que foram em Salto. Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o, colhendo os seus frutos, cortando o feno e apascentado o gado, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Está conforme. Cartório Notarial de Montalegre, 20 de janeiro de 2015. O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Conta: Artigos: Emol: Art.º 20.4.5) ---- 23,00 € Registado sob o n.º 28 GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE Notícias de Barroso, n.º 464, de 30 de janeiro de 2015 ainda apenas Escrevo este textoquando o SYRIZA, garantidamente, conseguiu cento e quarenta e oito deputados nestas eleições de domingo. Foi, em todo o caso, uma extraordinária vitória da coligação de forças que é o SYRIZA. Uma vitória com uma vasta legião de derrotados, sejam gregos ou outros, políticos ou não. Em especial pelo vasto tecido europeu destes dias, em que já só raros realmente acreditam. Foi derrotada a fantástica falange de jornalistas, analistas e comentadores, que quase se constituíram num coro contra uma possível vitória do ora vencedor. Por um lado, tratavam o SYRIZA como força de extrema-esquerda, às vezes como radical. Por outro, logo iam dizendo que o seu líder já vinha mudando algumas das suas posições. Depois, era a fantástica esperança de que o SYRIZA não conseguisse a maioria absoluta. Logo de seguida, o problema de saber se o líder desta força teria capacidade para enfrentar o resto da Europa, etc.. De igual modo foram derrotados a generalidade dos políticos europeus e nacionais, que ou tentaram interferir no desenrolar das eleições gregas, ou ameaçaram os gregos, ou simplesmente fingiram que o caso não lhes dizia respeito. Pelo menos neste domingo, como pôde ouvir-se a Pedro Passos Coelho. Também foram derrotados os partidos que mantiveram a submissão daGrécia em face de uma política claramente violadora dos Direitos Humanos, olhando simplesmente aos interesses e direitos dos credores, mas defendendo-os através da pobreza praticada sobre milhões de gregos sem defesa nem apoio mínimos. Nem mesmo o dever de auxílio a União Europeia reconhece hoje para com os cidadãos gregos necessitados! Não pode aqui deixar dereferir-se o caso do PASOK, um autêntico partido de vende-pátrias-e-valores, que, depois de ter sido vítima da política corrupta da direita que o antecedeu, ainda acabou por se lhe juntar, traindo o seu líder e recusando a palavra ao seu povo. O PASOK é hoje uma migalha política, lugar de onde só sairá, um dia, com extrema dificuldade. Por fim, o grande vencedor, e que é o povo grego, que mostrou a capacidade de saber olhar e reconhecer quem lhe fez mal e de apoiar quem se determinou a apontar os crimes si praticados por políticos que contra foram simples vendilhões do templo. Uma vitória que pode fazer aparecer um novo líder político à altura da História da Grécia. Não será fácil, mas tem o germe essencial à retoma da dignidade e da esperança dos gregos. Uma grande lição para os portugueses, desde há quarenta anos a ver o seu nível de vida a ser destruído, mormente por via da atual Maioria-GovernoPresidente. Imagino o estado de tanta cabeça por essa Europa... Hélio Bernardo Lopes Vendem-se Apartamentos T3 e Lojas Comerciais Barroso Noticias de 1-Assinaturas Pede-se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados. Os valores das assinaturas são os seguintes: Nacionais Estrangeiras: Espanha Resto da Europa Resto do Mundo = 20,00 €uros = 30,00 €uros = 35,00 €uros = 35,00 €uros As assinaturas podem ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes: Nacionais Estrangeiras: - NIB: 0079 0000 5555 1489101 27 - IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo, contacte-nos (+351 91 452 1740). Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre 2. Prestação de serviços Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros. Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail [email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes. Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor. Contactos: 0034 – 988 460 425 0034 – 66 416 6214 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 11 Lições de Paris Pe Vítor Pereira E fazê-lo em nome de um deus ou de um profeta, é uma gravíssima manipulação e instrumentalização da religião. Mais um contributo para duas inquietantes constatações: a mentalidade e a consciência humanas não têm acompanhado o progresso e a evolução científica e tecnológica das nossas sociedades e a sociedade do conhecimento e da informação não formou nem fez evoluir o ser humano, ou, pelo menos, não o tem feito como era expectável. Acusamos outras épocas da história se serem tempos de ignorância e de aviltamento da pessoa humana. E se olhássemos um pouco mais para nós? Temos atualmente um refletir. Andamos centrados na técnica e nos instrumentos e nos meios e não na pessoa humana. É preciso inverter este caminho errado e trazermos para o centro do debate e das nossas preocupações a ética e a humanização, com todos os valores e princípios que lhes estão umbilicalmente ligados. torna ainda mais relevante a distinção da empresa botiquense. No distrito de Vila Real foram distinguidas 23 empresas, das quais apenas 2 do setor da construção, uma delas a «Construções 13 de Agosto», propriedade de Valdemar Gonçalves. Fernando Queiroga que acompanhou o dono da empresa distinguida referiu que “é gratificante poder ver uma empresa do nosso concelho entre as mais produtivas do país e entre as que apresentam melhores resultado, o que abre excelentes expetativas de futuro para Boticas.” Neste dia, a população oferece pão, arroz e carne de porco a todos quantos visitam a freguesia, dispostos ao longo de uma extensa mesa onde todo o mundo tem o direito de comer. O pão é metade centeio e a outra metade milho. Todo o grão leva à volta de oito dias a moer. A farinha leva dois dias a amassar. Durante dois dias, é cozido, sabendo-se que se gastam cinco carros de lenha para aquecer o forno. A carne de porco é da orelheira, peituga e beiça, e é posta a cozer à lareira em potes de ferro. O arroz é feito na água de cozer as carnes. Toda a comida é benzida, sendo o pão posto em cestos e a carne e o arroz em grandes tachos. Depois, é distribuída de vara em vara, em cima da mesinha que tem algumas centenas de metros de comprimento e que é disposta ao longo da rua principal. Antes de se começar a comer, é dado S. Sebastião a beijar, recolhendo-se ao mesmo tempo as esmolas que cada um lhe queira oferecer. Acontecimentos destes dão origem a manifestações Nos últimos dias, espontâneas e arrebatadoras. não pudemos deixar de As grandes figuras mundiais da acompanhar e partilhar a vida política e social acorreram consternação e a indignação a elas. Mas é incompreensível que invadiu os espíritos pelo que, no ano passado, tenham atentado terrorista abominável morrido quase quarenta que ocorreu em França. mulheres em Portugal vítimas Para além de atingir valores de violência doméstica e que fundamentais das sociedades só meia dúzia de cidadãos democráticas ocidentais, o se tenha manifestado e que nem um único político tenha levantado a voz com a Sem dúvida que um dos valores inquestionáveis da cultura ocidental e da indinação que os dados exigem. democracia é a liberdade de expressão. Cultivar o humor, com a justa dose É incompreensível que todas de ironia e sátira, é saudável, porque o humor faz crescer e ajuda-nos a as semanas morram africanos abater as nossas megalomanias e as nossas contradições, e, sobretudo, cria nas águas do Mediterrâneo, momentos de boa disposição. Mas a liberdade de expressão não é absoluta. para tentar alcançar a Europa, Tem limites. em números assustadores, e que nenhuma manifestação se tenha feito em defesa da vida e que choca, sobretudo, é a homem rico na materialidade e da dignidade humana, com a banalização da morte e do na cientificidade, mas pobre na total passividade e indiferença mal e o total desrespeito pela interioridade e na humanidade. da comunidade política e vida humana, que é sagrada. É isto que nos deve fazer das sociedades europeias, BOTICAS «Construções 13 de Agosto, Lda.» distinguida PME Excelência 2014 A empresa botiquense «Construções 13 de Agosto, Lda.» foi uma das 1845 empresas representativas de vários setores de atividade de Norte a Sul do país que foram distinguidas, no passado dia 26 de janeiro, em Santa Maria da Feira, com o estatuto PME Excelência 2014, um selo de reputação criado pelo IAPMEI para discriminar positivamente as empresas que anualmente apresentam os melhores desempenhos económicofinanceiros, criando condições de visibilidade acrescida a um segmento empresarial com contributos ativos para a economia e o emprego nacionais. O universo das PME Excelência cresceu mais de 67% relativamente ao ano anterior, Mas os números não refletem menor exigência na atribuição do galardão, porque os requisitos base da distinção foram mantidos. O que se verificou foi que muitas empresas apresentaram subidas médias muito substanciais nos seus indicadores económico-financeiros, melhorando os seus resultados em praticamente todos os indicadores. De salientar que, do conjunto das 1845 empresas distinguidas com este título apenas 83 são do setor da construção civil, o que Festa de S. Sebastião em Dornelas Cumpriu-se no passado dia 20 de Janeiro, o dia de S. Sebastião e a celebração da “Mesinha de S. Sebastião”, em Dornelas, que se integra na antiga tradição das refeições comunitárias rituais ou festivas. Esta festividade tem a sua origem aquando das invasões francesas (a 2ª, em 1809), mas há quem a faça recuar no tempo. Esta gente tem fé em S. Sebastião, o patrono da guerra, da fome e da peste, que na 2ª invasão francesa evitou que os soldados de Napoleão os espoliassem, porque passaram ao largo. Isso foi um “milagre” e daí a festa se repetir todos os anos. Dizem que durante um ano não haverá nesta aldeia nem fome nem peste. Mas tal poderá acontecer se não fizerem a festa. … e em Alturas do Barroso Também neste mesmo dia 20 de janeiro, em Alturas do Barroso, compareceram milhares de visitantes para receber a bênção do santo protetor da fome, da peste e da guerra, que, este ano, deu também uma ajudinha ao se cobrirem de branco as paisagens do Barroso. Com vários anos de todo a insultar e a ridicularizar a fé dos outros não é liberdade de expressão. As religiões devem estar abertas à crítica e à sátira, até porque lhes fazem muito bem, para purificarem as suas representações de Deus e a validade dos seus ensinamentos, mas há limites. Muito do que o jornal francês publica é insultuoso e de muito mau gosto. Como compreender que se viva só quase para insultar as convicções dos outros? Não consigo compreender a necessidade persistente e quase mórbida de denegrir e escarnecer convicções religiosas alheias. Lá no fundo também é uma forma de fanatismo: é dizer aos outros que eles é que têm Sem dúvida que um dos valores razão e que os outros deviam inquestionáveis da cultura pensar como eles. De qualquer ocidental e da democracia é a forma, que fique bem claro: liberdade de expressão. Cultivar não é motivo para tirar a vida o humor, com a justa dose de a ninguém. Mas temos de ironia e sátira, é saudável, aprender a não insultar. Há porque o humor faz crescer e um dado da cultura ocidental, ajuda-nos a abater as nossas que, talvez, cause assombro megalomanias e as nossas ao Oriente: perdemos a noção contradições, e, sobretudo, cria e o respeito pelo sagrado, momentos de boa disposição. perdemos o contacto com a Mas a liberdade de expressão transcendência e tornámo-nos não é absoluta. Tem limites. E sociedades sem espiritualidade. já se ouviram muitos disparates É uma visão da vida que um nos últimos dias. Passar o tempo árabe não consegue entender. salvando-se o Papa Francisco que, com frontalidade e coragem, alertou para o drama. Não dá para entender a nossa inconstância e inconsistência europeias: diante dos mesmos valores e das mesmas violações e desrespeitos, umas vezes reagimos e outras vezes não reagimos. Só andamos atrás das ondas mediáticas do momento. É próprio dos incoerentes. E é incompreensível que nós, europeus, que nos damos ao luxo de invadir as terras arábicas e de obter as suas matériasprimas mais valiosas e de ainda por cima achincalharmos a sua cultura, vivamos ingenuamente pensado que isso não tem um preço ou uma consequência. existência, conta a história que foi neste dia que o santo padroeiro, depois dos habitantes lhe terem recorrido, livrou os animais da aldeia de morrerem da peste. Ouvidas as preces da população e realizado o milagre, ficou prometido que todos os anos se realizaria uma festa em honra de São Sebastião. E desde então, as pessoas de Alturas do Barroso cumprem a promessa que já se tornou numa tradição. Cumprida a tradição religiosa, com a realização da missa e da tradicional procissão, foi então servido o almoço, preparado em dezenas de potes colocados à lareira. Este ano foram gastos 300 quilos de pata de vitela, 150 quilos de pé de porco, 150 orelheiras fumadas e 150 orelheiras frescas, 100 quilos de carne de vitela do Barroso, 20 quilos de linguiça e 50 quilos de entremeada para confecionar a feijoada servida aos visitantes, acompanhada de 33 almudes de vinho, 300 trigos, 2500 bijous, 300 broas, 300 quilos de feijão e 200 quilos de arroz. Depois do almoço, e como manda a tradição, os festejos continuaram com música tradicional. 12 Barroso Noticias de Domingos Dias No dia 20 de Janeiro, em Washington, capital deste país, realizou-se o grande evento “Estado da União” (State of the Union) no Capitólio, local onde se reuniram os 435 Representantes do Congresso e os 100 Senadores, para ouvir o presidente, Barak Obama, fazer o seu grande discuros anual, que durou uma hora, e foi transmitido através dos canais de televisão. O Presidente começou por declarar que o Estado da 30 de Janeiro de 2015 ESTADOS UNIDOS «State of the Union» União está forte, o desemprego baixou para 5.6%. Quando ele tomou posse, em Janeiro de 2009, estava a 7.3% e em Dezembro do mesmo ano atingiu os 9.9%. Que as finanças estão em melhor situação, olhando a que dois terços da dívida foi diminuída. A gasolina baixou para pouco mais de dois dólares por galão (cerca de quatro litros). Disse que os Estados Unidos já é o país onde se produz mais óleo e gás natural a nível mundial. O Presidente Obama apelou ao Congresso para fazer leis com a finalidade de resolver a situação dos 11 milhões de emigrantes ilegais, e que apoia a ideia de os estudantes mais pobres, terem os dois primeiros anos de universidade pagos pelo governo, na condição de terem notas classificativas satisfatórias para frequentarem Colégios Comunitários, acrescentando que são estes estudantes que vão fazer parte da classe média trabalhadora, e que precisam de estar suficientemente preparados para competir nos trabalhos de novas e sofisticadas tecnologias. A nível Internacional, a guerra no Afeganistão terminou, estando lá apenas 15.000 soldados americanos, o que é um facto de assinanlar porque quando ele tomou posse estavam lá 180.000. A guerra do Iraque já tinha terminado durante os primeiros quatro anos da sua administração. Recentemente, relações diplomáticas foram restabelecidas com Cuba, e pediu ao Congresso para terminar com as sanções contra aquele país. Quer continuar a usar negociações diplomáticas com o Irão, a fim de prevenir que construa a bomba atómica, e que a Ucrânia tem direito à sua independência, avisando a Rússia para não interferir. Que vai continuar a combater o terrorismo, mas com métodos secretos. Israel, o aliado mais importante no Médio Oriente, continuará a receber o apoio dos Estados Undios. O Presidente Obama foi muito aplaudido pelos dois partidos, democrata e republicano, mas muito mais pelo seu partido democrata. Os representantes do partido republicano não concordam com algumas das suas politicas, como por exemplo: querem menos despesas com os programas sociais, que as fronteiras sejam mais guardadas, que os imigrantes ilegais não devam ter direito a residência legal, e que os estudantes universitários paguem as suas propinas. Internacionalmente, os republicanos gostariam de ver as tropas americanas a atuar mais nos terrenos dos países em conflitos, dominando através da força militar. O Partido Republicano no Congresso dos Estados Unidos e o Presidente Obama não têm tido uma boa relação. O presidente fez um apelo aos deputados de ambos os partidos para porem as diferenças politicas de parte e fazerem o que é melhor para a nação e para o povo americano, que foi para isso que foram eleitos. LISBOA Ex-presidente de junta condenado por agredir autarca vizinho O Tribunal de Instância Criminal de Lisboa condenou, dia 6 de janeiro, um ex-presidente da Junta de São Domingos de Benfica ao pagamento de uma indemnização de três mil euros por agressão a um antigo autarca da junta vizinha, por questões políticas. O tribunal deu como provado que o ex-presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, Rodrigo Silva (que liderou a autarquia entre 2009 e 2013, pelo PSD) agrediu a socos e pontapés o antigo presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Domingos Pires, (que cumpriu mandato entre 2005 e 2009, também pelo PSD), provocando-lhe vários traumatismos na cabeça, na face e no corpo. Além do pagamento da indemnização de três mil euros, Rodrigo Silva foi condenado a uma multa de 190 dias. No âmbito deste processo, que remonta a 2009 (ano de eleições autárquicas), foi igualmente condenado o diretor do Jornal de Lisboa ao pagamento de uma indemnização de cinco mil euros e a uma multa de 260 dias, pelo crime de difamação. Francisco Barros foi acusado de difamação devido a um artigo que assinou e no qual relatava que o presidente da Junta de Benfica recebia supostamente dinheiro da empresa de gestão de bairros municipais, Gebalis, sem trabalhar e que estava a ser alvo de um processo-crime. No despacho de pronúncia, o diretor da publicação estava ainda indiciado, juntamente com outro arguido, por outro crime de difamação, devido a uma suposta montagem do artigo e impressão em panfletos, VENDE-SE Terreno em Paio Afonso, freguesia de Pondras, situado perto da aldeia e a poucos metros da EN 103. Contactos: 0044 2078 010377 e 0044 77 170 12329 que foram distribuídos porta a porta e pelas caixas do correio dos eleitores da freguesia, nos três dias que antecederam as eleições autárquicas, mas esse facto não foi provado pelo tribunal. “Os arguidos atingiram o ofendido por questões relacionadas com as funções e decurso do mandato exercido pelo assistente e por questões relacionadas com as eleições autárquicas que se realizaram em outubro de 2009”, referia o despacho. Após conhecer a sentença, em declarações aos jornalistas, o advogado de Domingos Pires, Artur Cabecinha, afirmou estar “satisfeito” com a decisão do tribunal e disse que “globalmente” era este o desfecho que esperava. Por seu turno, os advogados de defesa de Rodrigo Silva e de Francisco Barros não se quiseram pronunciar sobre a decisão. Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 13 Feira do Fumeiro 2015 em Montalegre Lita Moniz Mais uma feira do fumeiro em Montalegre, o que isso representa para a região, para os barrosões residentes em países de acolhimento? Para Montalegre e toda a região de Barroso é dia de festa, é dia de mostrar o que este pedacinho de Portugal tem para oferecer à nação portuguesa e ao mundo. O presunto de Barroso, os defumados preparados por mãos habilidosas, verdadeiros artistas na arte de dar à carne de porco um destino nobre. O preparo segue rituais quase sagrados. Era a carne de porco o principal alimento que se servia em todas as mesas daquela gente. Tudo era bem aproveitado seguindo a tradição de quase fazer milagres com a Dos Estados Unidos Casamento Elegante No dia 10 de Janeiro de 2105, contraíram matrimónio na igreja de Saint Charles, de Bridgeport, Connecticut, Armando Rosa e Natália Lopes. O Armando é natural de Codeçoso, Montalegre, filho de António e Andreza Rosa. A Natália é natural de Americana, São Pauo, Brasil, filha de Walter e Alaide Lopes. Amaro Rosa e Sandra Teixeira foram os padrinhos. Foi servido um lauto banquete a 250 familiares e amigos, no restaurante Aria, em Prospect, Connecticut. Apresentamos parabéns aos noivos e desejamos-lhes muitas felicidades. Domingos Dias, Bridgeport, Ct, USA, 26.01. 2105 AUSTRÁLIA Grande Arraial em Melbourne No passado dia 25 de janeiro, a comunidade luso-austaraliana celebrou o Dia da Madeira em Melbourne, no OUR LADY’S HALL, N- 49 NICHOLSON st. Brunswick.. Foi um dia de arraial bem a maneira Portuguesa aonde nao faltaram as tradições Madeirenses, tal como os bolos de mel, o bolo-no-Caco, o milho frito, a deleciosa espetada e tantas mais coisas acompanhados de bons vinhos de Portugal e da Madeira e a boa cerveja de Melbourne. Durante o dia, o folklore Portugues apresentado pelo grupo «Seniores da A.P.V.» e o grande acordeonista e vocalista Marco António, vindo expressamente de Portugal para dar mais um pouco de brilho à festa. Durante o dia e a noite, música ao vivo da famosa banda ‘OS Millenium’. Um Grande Arraial Português mas com os sabores Madeirenses. carne das diversas partes do corpo do animal. Bem curada, bem defumada, iria ser servida à mistura com a boa batata de Barroso, com a boa couve de Barroso, enfim, mil variedades de pratos saíam das mãos de cozinheiras, que mais pareciam fadas à volta de potes de ferro a preparar comidas mágicas. Tudo isso sem retorno algum. A única recompensa: a alegria de ver sua família sentada à mesa saboreando autênticos manjares. Nada mais, nada mais mesmo. Então hoje a feira do fumeiro é também uma homenagem a essas mulheres de armas, que se doavam tão generosamente para que sua família não passasse fome, e se alimentassem com regalos saídos de suas mãos, quase mãos de fadas. É também uma homenagem aos homens que ajudavam em tudo e de tudo participavam. E para a alegria da terra tudo isto virou uma atração turística, uma festa. É também a constatação de que realmente a carne de porco pode, sim, ter um destino nobre. O presunto de Barroso se apresenta hoje como uma iguaria da melhor qualidade, assim como as chouriças, os salpicões, as alheiras. Este ano não foi diferente, milhares de pessoas vieram de longe prestigiar o evento e abastecer as suas arcas com manjares da terra de Barroso. Os que, embora aí nascidos e criados, não puderam estar presentes, o coração foi, sim! A saudade bateu mais forte, bateram palmas, cantaram como se estivessem a cantar um hino em homenagem à tradição, às iguarias que a mãe, agora idosa, com as forças se esvaindo, servia à mesa. Bem hajam! todos que não mediram esforços para que mais uma feira do fumeiro em Montalegre atraísse tanta gente em busca de uma gastronomia de qualidade e sabor incomparável. Bem hajam! os filhos da terra que não deixam a vela da tradição se apagar. Procuram seguir os velhos rituais necessários para se obter um presunto e defumados com a mesma qualidade . Uma marca de Barroso que merece ser cultuada com rigor. Vamos brindar a mais um sucesso da feira do fumeiro em Montalegre, à visita de ilustres autoridades como a do Primeiro Ministro de Portugal e outras, um atestado vivo de que descobriram Montalegre, antes tarde do que nunca. Ouviram ali o Sr. Orlando Alves, atual presidente da Câmara de Montalegre, discursar sobre o que se vem fazendo em Montalegre em prol do progresso da região. Vamos brindar à visita de empreendedores como o Sr. Abílio Carneiro, um homem de ampla de visão, um mago da hotelaria, um amigo de Barroso, que foi à feira do fumeiro de Montalegre levando na algibeira projetos de monta para fomentar o turismo na região. Todos os amigos que fez enquanto esteve entre nós no Brasil lhe desejamos muito sucesso em seus projetos. Que encontre em Montalegre bons ouvidos e vozes que façam ecoar os seus planos bem mais longe, não só em escala regional, como nacional. Vamos aproveitar, como o Sr.Presidente da Cãmara Sr. Orlando Alves disse: Montalegre está na moda e tem charme. Todos os filhos de Montalgre residentes em países de acolhimento torcem para que a região deixe de ser uma área de desertificação para se tornar num polo turístico que “está na moda e tem charme”. CANADA Idosos em Festa no Clube de Leamington Este e um grupo da terceira idade juntamente com alguns reformados que se reunem semanalmente numa Sala do Club Portugues de Leamington Ontario.Esta foto foi tirada na festa de Natal que o grupo organiza,incluindo um almoco.Neste convivio como e habito,no final a sempre o tadicional baile furado,tradicao Acoreana,cantigas ao desafio,ao son do nosso acordionista Jose Medeiros.E assim nos fomos despedindo do Ano 2014. PASSAGEM DE ANO NO CLUB PORTUGUES Comeco por dizer que o mes de Dezembro foi um mes repeleto de eventos especialmente festas de Natal de varias emprezas que tem como preferencia os servicos do Club Portugues,gracas ao bem servir,e ao bom atendimento que os responsaveis dedicam a esta coletividade.E assim chegamos ao final do ano com uma despedida em cheio. E nao a nada mais gratificante que ver alegria e o calor humano dos nossos associados, ao bater as 10 badaladas,a sempre aquele abraco com desejos de mais um ano. Feliz. Em nome de todos os diretores um muito obrigado a toda a comunidade com desejos de 2015 muito Feliz despeco-me com um abraco amigo. Antonio D. Pires. 14 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 Informações úteis SOS – Número nacional 112 Protecção à Floresta117 Protecção Civil118 Câmara Municipal de Boticas 276 410200 Câmara Municipal de Montalegre 276 510200 Junta de Freguesia de Boticas Junta de Freguesia de Montalegre 276 512831 Junta de Freguesia de Salto 253 750082 Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415291 Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512301 Bombeiros Voluntários de Salto 253 659444 GNR de Boticas 276 510540 GNR de Montalegre 276 510300 GNR de Venda Nova 253 659490 Centro de Saúde de Boticas 276 410140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510160 Extensão de Saúde de Cabril 253 652152 Extensão de Saúde de Covelães 276 536164 Extensão de saúde de Ferral 253 659419 Extensão de Saúde de Salto 253 659283 Extensão de Saúde de Solveira 276 536183 Extensão de Saúde de Tourém 276 579163 Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659243 Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556130 Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536169 Hospital Distrital de Chaves Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas Agrupamento de Escolas de Montalegre Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso Escola Profissional de Chaves Centro de Formação Profissional de Chaves Tribunal Judicial de Boticas Tribunal Judicial de Montalegre Instituto de Emprego de Chaves Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso ADRAT (Chaves) ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves) EDP – Electricidade de Portugal Cruz Vermelha Portuguesa Boticas Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre APAV – Apoio à Vítima SOS – Criança SOS – Grávidas SOS – Deixe de Fumar SOS – Voz Amiga Linha SIDA Intoxicações NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO 276 300900 276 415245 276 510240 253 659000 276 340420 276 340290 276 510520 276 090000 276 340330 276 340660 276 340 920 276 332579 276 334359 276 333225 276 410200 276 518050 707 200077 800 202651 800 201139 808 208888 800 202669 800 266666 808 250143 91 4521740 276 512285 Barroso Noticias de 30 de Janeiro de 2015 DESPORTO FUTEBOL Campeonato Distrital da AF Vila Real 1.ª Jornada, no Estádio Artur Vasques Osório, (jogo em atraso), Dia 1401-2015 Fontelas 0 Montalegre 11 O CDC Montalegre alinhou: Vieira; Fortunato, Rendeiro, Abreu e Leonel Fernandes (Rafa 45), Chico (Fidalgo 45), Veras, Carvalho, Badará, Bruno Madeira e Zacharias (Denny 69). Treinador: Zé Manuel Viage Golos: Carvalho - 2, Fortunato, Badará – 4, Dani (pb), Veras, Fidalgo e Abreu Não é engano o Montalegre bateu o Fontelas por onze zero num jogo de um só sentido. A goleada barrosã começou a desenhar-se bem cedo com o golo de Carvalho logo aos 5 minutos. Aos dez, o golo mais bonito do encontro num remate forte e colocado de Fortunato. Badará faz dois golos em apenas dois minutos e aos quinze minutos já o Montalegre vencia por 0-5! O Fontelas defendia mal e Dani ainda marca na própria baliza… Antes do intervalo Badará volta a marcar e faz o 0-7. Na etapa complementar, o Montalegre continua dominador e o Fontelas a limitar-se em não sofrer mais golos. Veras abre o activo logo aos dois minutos. Fidalgo e Abreu também marcaram excelentes tentos e Badará marcou mais um conseguindo assim o poker 15.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, de Montalegre, Dia 15.01.2015 Montalegre Perdizes 0 2 Vilar de Montalegre levou de vencida o Vilar num derby bem disputado Como alinharam as formações? CDC Montalegre: Vieira; Fortunato, Leonel Costa, Abreu e Leonel Fernandes; Chico, Gabi (Carvalho 80), Rafa (Rendeiro 61), Badará, Bruno Madeira e Fidalgo (Veras 71). Treinador: Zé Manuel Viage GD Vilar de Perdizes: Miguel Moreira; Márcio Cruz, Zé Luís, Márcio Rodrigues, Daniel, Gonçalo, Jô (Jorge 77), Tunes, Cato (Fábio 73), Jonas e Mika (Nacho 57). Treinador: Pedro Adão. Golos: Badará 2. Grande jogo entre vizinhos num derby bem disputado e com muita emoção. Grande primeiro tempo do Vilar que não está a fazer um grande campeonato mas demonstrou categoria para fazer uma excelente segunda volta. A primeira grande oportunidade de golo pertence a Jô que atira com muito perigo. Responde Badará, com ajuda de Miguel, a bola passa perto do alvo. Badará obriga depois Miguel a grande intervenção… O Vilar defendia bem e saía melhor para o ataque – Tunes está perto do golo pois a bola passa perto da trave. O mesmo Tunes, o melhor do Vilar, atira à barra. A equipa da casa acorda e Badará obriga Márcio Rodrigues a salvar em cima da linha de golo. A fechar a primeira parte, o Montalegre marca depois de um canto bem apontado por Gabi e conclusão de Badará. Ao intervalo 1-0. O Vilar entra bem na segunda parte mas sem criar oportunidades de golo. O Montalegre revelou-se mais eficaz na finalização e depois de mais um canto apontado por Gabi, Badará volta a marcar. Antes, já Bruno Madeira e o avançado senegalês tinham perdido boas chances… O Vilar de Perdizes sentiu muito o segundo golo e não mais se encontrou. Depois Badará fica perto do terceiro. Mesmo com mais um por expulsão de Leonel Costa, o Vilar de Perdizes falha muitos passes, o que não tinha acontecido no primeiro tempo. Tunes ainda cria muito perigo num remate que sai perto da baliza contrária. E logo a seguir Badará dispara à barra. Vitória justa do Montalegre, boa réplica do Vilar. O melhor em campo foi Badará num jogo em que se destacaram também Gabi, do Montalegre, e Tunes, do Vilar. O Montalegre ganhou com mérito mas o Vilar caiu de pé. 15 AD Flaviense 6-2 Cumieira Campeonato Sub-15 Juniores JORNADA 13 2015-01-24 Vila Real B 3-7 Abambres Chaves B 1-1 GD Cerva Boticas 2-2 Noura Constantim 1-2 GD Valpaços Diogo Cão 2-1 Vila Pouca Régua 3-1 Mondinense AD Flaviense 1-2 FC Fontelas TAÇA da Associação de Futebol de Vila Real De acordo com o sorteio realizado, a meia final da Taça da AF de Vila Real ficou marcada para o dia 22 de Fevereiro. O Montalegre recebe o Cerva que é actualmente o 4.º classificado no campeonato da Divisão de Honra. A outra meia final é disputada entre o Mondinense e o Régua, sengundo e terceiro classificado respectivamente. Nuno Carvalho FUTSAL TAÇA dos Quartos de Final Masculino Outros Jogos Campeonato Sub-19 Juniores JORNADA 13 2015-01-17 Sanfinense 2-4 Noura Abambres 6-0 GD Valpaços Constantim 0-3 Pedras Salgadas Montalegre Boticas (adiado) Mondinense 1-0 GD Cerva Também se realizou o sorteio da 2.ª eliminatória da Taça Distrital de Futsal Masculino da AF Vila Real, que se joga no dia 3 de Abril, com os seguintes encontros: Boticas – F. Magalhães V Perdizes – H. Flaviense Vila Pouca – Noura Carrazedo – AA Douro As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação. Nome do Centro de Emprego Centro de Emprego e Formação Profissional de Alto Trás-osMontes Serviço de Emprego de Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54 5400 303 Chaves Telefone: 276340330 Nome da Profissão Nº Oferta Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido Cozinheiro 588506215 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Vila Verde da Raia/Chaves Mecânico e Reparador de Veículos Automóveis 588506590 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Vila Verde da Raia/Chaves Veterinário 588501047 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Santa Maria Maior/Chaves E-mail: [email protected] Barroso Noticias de Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected] Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected] Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre Registo no ICS: 108495 Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, 1 Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 € Tiragem: 2.000 exemplares por edição (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção) XXIV Feira do Fumeiro e do Presunto de Montalegre Reportagem de Ricardo Moura
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