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1 2 Como sempre, nossa primeira edição do ano chega junto a Exposul. Desta vez demorou um pouco mais já que os “poderosos” decidiram mudar novamente a data do evento! Até agora, e como sempre, nenhuma divulgação do evento foi realizada. Parece-me que no governo temos um time querendo acabar com a Exposição Agropecuária! Ainda bem que temos um excelente presidente na ACEPES para defender com determinação os nossos interesses! Fico revoltado com a falta de visão empresarial da administração pública. Às vezes me da até vontade de entrar na política para sacudir esta galera, mas, já que uma andorinha não faz verão prefiro matar a idéia no ninho! Infelizmente a esperteza (ou a falta dela) de alguns faz a desgraça coletiva! Agora, como francês há 14 anos no Brasil, estou começando a entender o desespero dos eleitores na hora da votação... Se correr o bicho pega, se parar o bicho come! Vamos mudar de assunto e falar de nossa revista: A partir desta edição teremos na Mundo Country um caderno sobre pequenos animais e agricultura. Acredito que depois de 7 anos escrevendo sobre cavalos era a hora de acrescentar algo para não repetir matérias e virar uma rotina. Espero sinceramente que todo mundo goste da novidade. Não hesite a entrar em contato conosco para dar sua opinião, pois ela é fundamental para nos ajudar a fazer um trabalho melhor! Encerrando este texto, agradeço, mais uma vez a Deus e a nossos patrocinadores por nos dar a oportunidade de publicar estas humildes páginas. Boa leitura e até setembro na próxima edição de Mundo Country! Frédéric Décatoire Editor Nosso destaque especial desta edição vai para nosso amigo e grande apreciador de cavalos, Ricardo Smarzado que se casou neste mês de maio com Rogéria. Desejamos-lhe muita felicidade! 3 É até redundante dizer que é a paixão que move o homem, seja para qual for a direção, mas é justamente esse sentimento que nos une como um grupo de amigos fascinados por esse espécime maravilhoso, o cavalo, e que me enche de satisfação nesse momento em qual ocupo a presidência do nosso querido clube. O objetivo de nossa gestão é fortalecer os laços de amizade entre os associados, identificar e atender as necessidades do clube. No decorrer do ano, promoveremos várias atividades a fim de reforçar a interação entre os nossos associados, propiciar momentos de lazer, além de angariar fundos para efetuar melhorias estruturais necessárias, visando garantir o bem-estar do nosso personagem principal - o cavalo. Acredito que esse processo contará com a participação do nosso animado quadro de associados, todos sempre conscientes de que a união fará a diferença em prol do nosso tradicional Clube do Cavalo de Cachoeiro de Itapemirim. Um abraço! Mário R. Guedes Prestamos aqui nossa última homenagem ao grande amigo Zacarias Altoé que nos deixou dia 23/02/2008 Todos nós sabemos o quanto ele contribuiu para desenvolvimento da agropecuária na região e deixará muita saudade. 4 Sob nova direção, o Bar do Clube do Cavalo de Cachoeiro Está aberto de Segunda a Segunda. Localizado no interior do Parque de Exposições no bairro Aeroporto, o estabelecimento está aberto a todos e oferece um cardápio com opções variadas num ambiente descontraído. Venha e traga sua família! 5 A carne de cavalo O assunto é polêmico, o tema envolve religião, afeto e sentimentalismo, preferências de paladar, cultura e, principalmente, desconhecimento. Consenso, aparentemente, só há do ponto de vista nutricional. A carne de cavalo assemelha-se à carne bovina na aparência, sabor e composição. Muitos viajantes internacionais já consumiram carne de cavalo em países como França e Itália e nem sabem, pensam que consumiram carne bovina. Do ponto de vista religioso, a história nos remete à Idade Média. O avanço da popularidade das festas pagãs no norte europeu era motivo de preocupação para Igreja Católica. Como o consumo de carne de cavalo era um componente destas festas, o Papa Zacarias proibiu seu consumo no século VIII e somente no século XIX o consumo voltou à normalidade na Europa. Hoje o cavalo é consumido em toda Europa e em países asiáticos. Na França, por exemplo, é comum ver açougue com estatua de cavalo na fachada (veja a foto). Não é divulgado, mas o Brasil é um dos principais produtores de carne de cavalo do mundo, nossas exportações de carne eqüina devem somar mais de US$ 30 milhões neste ano, abastecendo principalmente a Europa e Ásia. Em nossa região temos um mito difundido até mesmo entre pessoas mais esclarecidas: o sofrimento dos cavalos para fazer carne seca. Nada mais irreal que histórias sobre mortes violentas, cavalos que sangram até a morte da forma mais sádica possível. A realidade é outra, muito diferente. Geralmente, a carne de cavalo é exportada como foi falado anteriormente e o abate do cavalo ocorre, como no caso dos bovinos, de forma indolor, com pistola de ar. Veterinários fiscalizam os frigoríficos em tempo integral. Por fim, há o debate relacionado ao afeto depositado no animal. Muitos, como nós do Clube do Cavalo, utilizam o cavalo para esporte e lazer e criam laços afetivos. Estes podem ficar tranqüilos, eles são bem tratados e geralmente acabam suas vidas tranqüilamente num pasto onde recebem cuidados, inclusive com aplicação de medicamentos veterinários quando necessário. Os cavalos abatidos em frigoríficos não são estes animais de companhia. São os cavalos de lida, de serviço, que encerrada a vida útil são descartados por carroceiros ou outros proprietários que, infelizmente, não têm espaço nem recursos financeiros para manutenção destes animais improdutivos. Para finalizar, a expectativa deste texto, insólito numa revista como a nossa, é de responder uma pergunta emitida por um de nossos leitores e que, acredito, tirara as dúvidas de muitas outras pessoas. 6 Quedas de cavalo x Fisioterapia A prática da equitação é uma atividade extremamente prazerosa que coloca o montador em contato direto com o animal e com as belezas naturais do ambiente. Porém alguns cuidados devem ser tomados para que os riscos de acidentes, como as quedas, diminuam. Como por exemplo, escolha adequada do animal, uso de equipamentos de segurança e uma região adequada. Muito comum são as quedas que podem levar à conseqüências graves. As fraturas ósseas de costelas, clavículas, antebraço, pé e mão; entorses e luxações articulares de punho, ombro, joelho, tornozelo e coluna vertebral são bastante comuns. Esta última é considerada uma lesão gravíssima devido a sua relação direta com a medula espinhal, podendo levar a problemas irreversíveis como a paraplegia e tetraplegia, e até mesmo ao óbito. Como foi o caso de Christophe Reeve, ator de Superman que ficou tetraplégico após sofrer uma queda de cavalo. Em vários desses casos é de fundamental importância à reabilitação por meio da fisioterapia, para diminuir as seqüelas deixadas pela queda, como diminuição de movimento, desalinhamento, falta de força, alívio de dores entre outras. É importante ressaltar que todos os que já sofreram alguma queda de cavalo ou parecido e possuem alguma limitação ou problemas relacionados após o ocorrido, procure um fisioterapeuta para melhores avaliações e tratamento, podendo assim também evitar problemas futuros. Dr. Diego Evangelista Quadros de Cavalos Selecionamos mais uma vez algumas telas a óleo pintadas e expostas na loja MC Moldura. Acima, uma obra da aluna Neuzilene. Ao lado o quadro foi pintado pelo Sr. Jesus a partir de uma fotografia publicada em nossa revista. Quem pretende participar do curso de pintura, adquirir material ou simplesmente admirar as obras pode se dirigir a loja situada na Av. Jones dos Santos Neves no bairro Maria Ortiz. Tel.: 3511-7537 7 Richard é o nome deste lindo bebê que nasceu a 40 dias. Ele tem tudo para se tornar um futuro cavaleiro já que seus pais Marcelle e Fred são proprietários de cavalos e que o parto foi realizado pelos cavaleiros e competentes Médicos Dr. Clovis Hatum e Dr. Luiz Renato Madureira. Admilson Serpa também é papai de novo! Agora veio ao mundo uma magnífica menina chamada Daniela! Desejamos ao casal Admilson e Rosangela e aos filhos Diego e Douglas muita felicidade com a nova chegada na família! 8 Atendimento nota dez garantido na Agropecuária Café com Leite. Os mecânicos da MMJ são especialistas em manutenção de tratores, atendendo sempre com rapidez e eficiência os agricultores da região. O Medico Veterinário Marcelo Vivacqua da Laborvet é sinônimo de excelência no tratamento de animais de grande Porte. Ele cuida da saúde da maioria dos cavalos de nosso clube e sempre atende os sócios com muita simpatia e profissionalismo. Além disto, Dr. Marcelo é professor na faculdade de medicina veterinária de Castelo. O Dr. Luiz Renato Madureira continua treinando baliza e tambor com firmeza na pista do Clube do Cavalo. Sem dúvida o homem participará das provas na Exposul. A equipe da revista Mundo Country estará lá registrando o evento e torcendo por todos os membros do CCCI participando da competição! 9 Apesar da forte chuva que caiu neste dia, a cavalgada e a festa organizada por Adão da Banda Forró Country foi um sucesso! Muita gente saiu do Clube do Cavalo montado, outros para não se molhar, trocaram de meio de transporte e foram de carro. O Bailão do IBC ficou lotado e a festa se estendeu até altas horas da madrugada! 10 11 Mangalarga Marchador Uma reunião de criadores do cavalo Mangalarga Marchador da região foi realizada no parque de exposições de Cachoeiro para discutir a criação de uma nova associação. O objetivo é dinamizar o desenvolvimento da raça no sul do estado. Sem dúvida, teremos mais informações em nossa próxima edição. 12 13 Foto dos leitores Aqui estão Mario, Celcinho e o Dr. André Sena em 2002 numa cavalgada saindo do Clube do cavalo de Cachoeiro rumo ao sitio do Dr. Luiz Renato em Vargem Alta. Geraldo Tadeu Nogueira e Celcinho em Judiai - SP durante o curso de Doma Racional. Dudu Cowboy é um leitor incondicional de nossa revista.. 14 A grande paixão de Estevão (Marobá - Presidente Kennedy) é montar e cuidar de cavalos. 15 Em janeiro uma cavalgada rumo ao litoral parou no clube do cavalo de Cachoeiro para almoçar entre cavaleiros. Lena e sua equipe da Western Brasil, a loja especializada em roupas e acessórios country da cidade. No local, sempre tem novidades de muito bom gosto. 16 A simpática turma da MBS está sempre disposta a auxiliar o homem do campo fornecendo equipamentos, peças e serviços de alta qualidade. 17 Hipismo Clássico As fotografias acima foram tiradas no Clube do Cavalo de Cachoeiro, mas o hipismo clássico integra o programa dos Jogos Olímpicos desde a edição de 1900 em Paris. No programa atual do hipismo olímpico são disputadas três modalidades: adestramento, concurso completo de equitação (CCE) e salto. Todas em prova “individual” e “por equipe”. Até os Jogos Olímpicos de 1952, apenas competidores homens tinham permissão de competir. A partir de então o hipismo tornou-se um dos esportes olímpicos abertos para ambos os sexos. Outra mudança foi a possibilidade da participação de civis, antes apenas militares podiam disputar o hipismo. Este é o único esporte olímpico envolvendo animais, assim como a prova de hipismo do pentatlo moderno. Para a prática da modalidade é essencial a integração do cavalo com o cavaleiro. No total, o Brasil ganhou 3 medalhas olímpicas em Hipismo, todas na categoria Saltos. - Duas de Bronze em equipe (1996 e 2000) e nos últimos jogos em 2004, Rodrigo Pessoa ganhou individualmente a tão sonhada medalha de Ouro. Agora este ano vamos torcer para trazer mais algumas medalhas de Pequim! 18 19 20 Treinamento de Hipismo no Clube do Cavalo. 21 Foto: Eduardo Custódio 22 Drª Stelida, Dr. Gedião Serafini, Flávio Melo, Gustavo Marcolan, Cátia e Jorge Paulo na hora da premiação do Congresso da ABQM em Baruriú - SP Nossa Capa Foto: Marcelo Vergilio Rod. BR 101 - Km 116 Cachoeiro de Itapemirim - ES Tel.: (28) 3521-0588 Cel.: (28) 9922-2873 Dr. Gedião Serafini com sua esposa Drª Stelida, o treinador Flávio Melo e o Dr. Edmilio Fanton ladeando o potro Proud Shady G2 Todos os anos a ABQM (Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha) realizam três grandes eventos a nível nacional. Em abril temos o Congresso, em julho o Campeonato e em outubro o Potro do Futuro. Este ultimo se destina exclusivamente aos animais jovens que completam 4 anos de vida no ano em curso. Nos dias 16 a 21 de abril deste ano em Bauriú - SP realizou-se o congresso 2008. Neste evento reunido conjuntos de todo Brasil, aviam-se cerca de 5000 inscrições nas diversas modalidades de trabalho: 3 tambores, 6 balizas, Apartação, Rédeas, Laço de Bezerros, etc... Quem teve a oportunidade a assistir a este grande evento eqüestre pode testemunhar o sucesso alcançado pelo potro Proud Shady G2 de propriedade do Dr. Gedião Serafini. O fato extraordinário já que este é um potro que ainda não completou 4 anos e, portanto não correu ainda como potro do futuro, o que somente ocorrera em outubro deste ano. Apesar desta pouca idade, o animal conseguiu ser campeão do congresso antes de competir no Futurity! Ganhou a prova de 6 balizas abertas júnior competindo contra mais de 80 conjuntos e a de 3 tambores com mais de 140 conjuntos. O publico presente ao evento, em torno de 6000 pessoas, soube apreciar e entender a grande performance do conjunto Proud Shady G2 e Flavio Melo. Esta vitória foi muito festejada por todos. A revista Mundo Country parabeniza a família do criador Gedião Serafini (Rancho G2) e o treinador Flavio Melo pelo esforço e a incessante dedicação que se transformou na conquista desta grande vitória que orgulha todos os aficionados pelo cavalo quarto de milha em nossa região e destaca o Espírito Santo e Cachoeiro a nível nacional. 23 Outro conjunto de Cachoeiro de Itapemirim fez bonito no Congresso 2008 da ABQM e foi campeão na categoria “Laço de Bezerro Técnico - Amador Principiante”! Gilvan Borges Pessini atingiu o primeiro lugar com 73 pontos, montando seu cavalo Smart Little Tom (da raça Quarto de Milha claro!). O recorde nacional é de 77 pontos. “No final de tudo eu ainda não acreditava, mas quando anunciaram no alto-falante meu nome e Cachoeiro de Itapemirim, foi o máximo! Ai fizemos a volta dos campeões! Agradeço a Deus e minha família!” nos comentou o Gilvan ainda emocionado. O fato é mais um motivo de orgulho para todos nós Cachoeirenses! 24 25 O Clube do Cavalo é um excelente lugar para fazer amizades. Registo de uma noite animada no Bar do Clube do Cavalo. Recentemente faleceu Uirapuru, um cavalo da raça Mangalarga Marchador de propriedade de nosso amigo Cláudio Fonseca. Este lindo garanhão foi capa de nossa revista em junho de 2003. Prestamos aqui uma ultima homenagem a este eqüino que está agora cavalgando por outros horizontes. 26 27 Originário condado de Lanarkshire no sudeste da Escócia, o cavalo Clydesdale foi criado para o trabalho no campo, especialmente para transportar cargas pesadas de carvão. Ativo e forte, de temperamento disposto e equilibrado, ele tem andadura acelerada e uma admirável solidez dos cascos. Parecido com o Shire, porém com pernas mais longas, uma das maneiras de se distinguir este cavalo de tração dos demais está na pelagem: o Clydesdale possui manchas brancas pelo corpo, sobretudo na cara e nas patas. Em movimento, sua ação é larga e compassada: quem observar por trás verá a sola das patas, bem elevadas em ação. As características são comuns aos animais de tiro: pescoço forte e arqueado, cernelha alta, conjunto dorso/anca curto, espádua quase vertical e membros anteriores diretamente sob os ombros. Os ossos são largos e poderosos, a musculatura compacta e potente. Basicamente, o Clydesdale é o produto do sangue Berbere de linhagens distantes e separadas entre si por séculos. Os escoceses cruzaram seus cavalos autóctones, descendentes do Berberes pré históricos, com animais nórdicos. Altura: 1,62 m a 1,70 m Peso: em media 1 tonelada. 28 O cavalo Clydesdale Protega seu cão contra a Cinomose Fernanda Benedette de Oliveira, Médica Veterinária da Fauna Urbana Clínica e Pet Shop, é formada pela Universidade Federal do Paraná, com residência em Clínica Médica de Pequenos Animais, pelo Centro Universitário Vila Velha. Cinomose é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio e em menos tempo em local quente e úmido, sendo muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, como o cloro. A cinomose acomete cães de qualquer idade, raça e sexo, com maior predileção por filhotes e cães não-vacinados. A transmissão do vírus pode ocorrer de maneira direta (espirro e saliva) e de maneira indireta (objetos como recipientes de água e comida, roupas e sapatos). Dentre os vários sinais clínicos apresentados, estão os inespecíficos, como febre, apatia e falta de apetite, e os específicos, divididos em: respiratórios - tosse, secreção nasal e ocular e pneumonia bacteriana secundária; gastrintestinais - vômito e diarréia; cutâneas – pústulas (bolha com pus), ressecamento do nariz, coxins plantares e palmares (patas); neurológicos – mioclonia (movimentos involuntários), convulsão, dificuldade de locomoção e alterações de comportamento. A cinomose é de difícil tratamento, uma vez que não há medicamentos específicos que atuem diretamente no vírus, mas sim nas complicações causadas por ele. Sendo assim, a terapia é de suporte, ou seja, à base de alimentação adequada, suplementação de vitaminas e medicamentos que combatam os sinais clínicos presentes. Mesmo assim, para que o animal não seja acometido pela doença, a única forma de evitar seu aparecimento ainda é através da prevenção. Para isso, recomenda-se a vacinação precedida de análise médicoveterinária, que consiste na avaliação clínica do paciente, envolvendo a alimentação, vermifugação e condição física. Vale lembrar que a vacina que imuniza o cão contra o vìrus da cinomose e outras doenças não é realizada em campanhas municipais. A prefeitura oferece apenas a vacina contra o vírus da raiva. Proteja seu cão contra a cinomose. Mostre que ele também tem um grande amigo! 29 O Yorkshire Terrier O Bulldog Francês De caçador de ratos a cachorro de luxo... O Yorkshire Terrier é uma raça criada no condado de York, na Inglaterra, a partir do cruzamento de cães das raças Manchesters, Malteses, Skyes e Dandie Diamonts. Originariamente, foi desenvolvido pelos mineiros da região que buscavam um cão pequeno e que fosse adaptado para entrar debaixo da terra e caçar pequenos roedores que infestavam a região. No fim da Era Vitoriana ele começou sua ascensão social: Tendo caído nas graças da Rainha Victoria e sendo escolhido como seus cães de estimação, os Yorks tornaram-se companheiros inseparáveis das senhoras da aristocracia inglesa e assim, de caçador de ratos o York tornou-se um cachorro de luxo, mais de acordo com a imagem que temos desses animais atualmente. Especialmente por seu tamanho, manteve sua popularidade em alta no mundo todo. Seu temperamento carinhoso e afável o torna um excelente companheiro muito divertido e devotado, se destacando por sua vivacidade e por estar sempre alerta. Nanda faz a alegria de Fernando e Sandra Ayub 30 Pedro e seu Bulldog Francês Este cãozinho com aparência zangada, na verdade, é muito dócil e possui um excelente temperamento. Com suas exóticas orelhas de morcego, é um típico cão molosso de pequeno porte. Muito forte para o seu pequeno porte, de proporções compactas e pelo macio. A aparência é a de um animal ativo e inteligente, muito musculoso e sólida estrutura óssea. Ele tem uma expressão viva e gosta da convivência familiar, tanto com adultos como com crianças. Pelo fato de latirem pouco, fazem com que sejam ótimos companheiros, de fácil adaptação até em apartamentos. A origem do Bulldogue Francês é bastante controversa: Os franceses sustentam é uma raça desenvolvida no país, fruto do acasalamento de diversas raças francesas, sucessivamente selecionadas até chegar ao Bulldogue Francês que conhecemos hoje. Os ingleses dizem que o Bulldogue Francês é descendente direto do Bulldogue Inglês, selecionado a partir dos menores exemplares e posteriormente acasalados com Pugs ou Boston Terriers. Mas é fato inconteste que, apesar de ser apreciado em todas as classes sociais como animal de companhia, enquanto as lutas de cães não foram proibidas na França, os Bulldogues Franceses eram os cães de luta prediletos por lá. Xoloitzcuintle, o cão pelado mexicano A equipe da Dog Prêmium no Bairro Vila Rica e especialista em rações para pequenos animais. Para maiores informações veja o comercial abaixo. Isabela com seu filhote de Xolo O pelado mexicano é um cachorro raro, (praticamente) sem pelos que pode ser encontrado em diferentes tamanhos. Este cão também é conhecido pelo nome Nahuatl (idioma indígena mexicano) ou Xoloitzcuintle. Os proprietários destes caninos muitas vezes os chamam simplesmente de Xolos. Essa raça de cão tem um peso que varia de 4 a 20 kg, e mantém uma temperatura média de 40°C. A sua característica típica é a de não possuir pêlos. Muitos membros dessa raça não possuem todos os dentes. Há uma espécie de xolo que possui pêlos, sendo que alguns pelados possuem variações de quantidades de pêlos na cabeça, pés e ponta do rabo. Os xolos são uma raça canina pré-colombiana natural da Mesoamérica podendo a sua presença ser datada há mais de 3.500 anos. Acredita-se que algumas culturas os tinham como bichos de estimação e aquecedores de leito, animais sagrados e mesmo como animais de corte. Na mitologia dos astecas os xolos eram considerados sagrados pois eram representantes do deus Xolotl (de quem deriva evidentemente o seu nome), divindade que, de acordo com a concepção religiosa daqueles povos, tinha a missão de guiar as almas dos mortos aos lugares do seu destino eterno. No entanto, algumas culturas no passado se alimentavam da carne deste animal por motivos ritualísticos ou medicinais. Ainda hoje, sua carne pode ser encontrada à venda em mercados rurais do México. De temperamento alegre, silencioso e tranqüilo, o Xolo é alerta e inteligente. Este cachorro é desconfiado com os estranhos,bom guardião e um excelente companheiro. 31 Flagramos na Loja Casa da Granja Ximbica e Hudson cuidando com carinho dos animais, enquanto o Dr. Leandro estava atendendo com muita competência um cachorrinho acompanhado de suas donas no consultório veterinário. Nosso amigo Pedro além de cachorros, possui uma verdadeira Fazendinha em casa. Tem até uma cabrita de estimação chamada Lupita que foi criada lá desde filhote. 32 O Gato Siamês Os Siameses são originais do antigo Sião, hoje Tailândia onde os ocidentais viram esses gatos pela primeira vez. Eles ficavam cuidadosamente protegidos no palácio real de Bangkok e foram levados em 1884 para a Inglaterra de onde espalharam-se pelo mundo. O miado forte e a personalidade incomum o distinguem dos outros gatos. De psicologia complexa, ele é freqüentemente imprevisível em suas reações. De um dia para outro, sua maneira de conceber a vida pode mudar radicalmente. Em geral, ele concede o seu total afeto a um só membro da família, demonstrando até indiferença pelos outros. Com o dono ele se comporta mais como um cão do que como um gato pode passear atado numa coleira e chega a exibir o comportamento típico de "ir buscar". É fiel, ciumento e adora ser acariciado. A fêmea requer cuidados especiais porém no cio, ela fica quase histérica. Existem o Siamês oficial (foto abaixo) de corpo bem longilíneo, orelhas grandes e cabeça triangular, e o não oficial do tipo mais encorpado, de orelhas pequenas e cabeça redonda, tão comumente visto por nós (foto acima). Os belos olhos azuis, a elegância do corpo e a graça dos movimentos conquistaram para o siamês o título de príncipe dos gatos. 33 34 Barretos: meio seculo de sucesso A história de Barretos se confunde com o rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos era uma pacata cidade que tinha na pecuária sua principal atividade econômica. Passagem obrigatória dos "corredores boiadeiros", como eram conhecidas as vias de transporte de gado entre um estado e outro, Barretos era sede também do Frigorífico Anglo, instalado em 1913 e de propriedade da família real inglesa, suas instalações lembram uma autêntica vila inglesa. Era na época o maior da América Latina. Mas eram os peões das comitivas, que reunidos para descansarem, acabavam criando mil maneiras para se divertirem. E como não podia deixar de ser, nestes encontros tentavam mostrar suas habilidades na lida com o gado. Nesta época era freqüente em Barretos a vinda de dançarinas de cabarés franceses para entreter fazendeiros e os peões de comitivas. Em um sábado de 1947, na quermesse realizada pela Prefeitura Municipal de Barretos, na praça central da cidade, acontece o primeiro rodeio do país, realizado dentro de um cercado com arquibancadas. E foi assim, que em 1955, nasceu numa mesa de bar, o lendário CLUBE OS INDEPENDENTES. Um grupo de rapazes solteiros e auto-suficientes, como era a regra, ligados a agropecuária local, teve a idéia de promover festas inspiradas na lida das fazendas, com o objetivo de arrecadar fundos para as entidades assistenciais da região. Um ano depois, em 1956, foi lançada a 1ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Sob a lona de um velho circo, surgiu o modelo do evento rural de maior sucesso do país. Já na primeira festa, a principal atração foi o rodeio. E os mesmos peões que passavam meses viajando pelos estados brasileiros, agora eram estrelas da festa do peão de Barretos. Ninguém poderia imaginar que a partir daquele ano a história dos peões de boiadeiro mudaria para sempre, e que o destino de Barretos seria o de se tornar a capital do rodeio brasileiro. Hoje, Barretos tem um reconhecimento internacional pela sua gigantesca estrutura e alta qualidade dos peões, cavalos e touros que ali se apresentam. O Parque do Peão "Mussa Calil Neto", tem uma área de 2 milhões de metros quadrados. A capacidade da arena é de 35.000 pessoas sentadas. A adrenalina que corre solta na arena, e a emoção do público fazem da festa um show que merece ser assistido. Gente de toda parte do Brasil vem conferir de perto a maior festa de rodeio do país, considerado um dos eventos rurais que recebe o maior público do planeta. Uma reportagem completa será publicada em nossa próxima edição já que a equipe de Mundo Country acompanhará em agosto, a excursão a festa do Peão de Boiadeiro de Barretos organizada pela Opção turismo. Para maiores informações sobre a excursão veja a propaganda na página a esquerda ou ligue para (28) 3511-2155. 35 Flagrantes no Clube do Cavalo 36 As Expectativas para o leite em 2008 PREÇOS-MERCADO- DESAFIOS O Produtor de Leite ainda carrega consigo os fatos importantes e atípicos que ocorreram na política leiteira brasileira no ano de 2007. Pela primeira vez tivemos aumento de preços ao produtor chegando este ao consumidor e mesmo assim este consumidor continuou comprando leite, prova de que a população brasileira valoriza o produto. O segundo fato foi a divulgação das fraudes ocorridas e a reação deste mesmo consumidor demonstrando com sabedoria a importância do leite para a saúde. Lógico que com as fraudes conseqüências foram sentidas. O preço ao produtor despencou, motivado pela queda no consumo, aumento de estoque e outros. Há quem diga que a divulgação das fraudes foi um jogo para frear os aumentos sucessivos nos preços. Deixemos isto de lado, coisa do passado, só o tempo mostrará quem foi o vilão e o herói nesta história. 2008 reacende com uma possível escalada nos preços. Mas alguns aspectos precisam ser analisados com maior cautela antes de criarmos um clima de euforia. Uma observação importante é a análise do comportamento de preços recebidos pelos produtores nos últimos 10 anos. Neste observa-se que preço de leite tem comportamento cíclico a cada 2-3 anos, com variações expressivas e que causaram grandes impactos em qualquer programa de produção. Análise comparativa mostra que 2008 deve apresentar comportamento diferenciado a 2007. Por outro lado a política governamental tem mostrado resultado surpreendente que influencia no preço de nosso produto. O IPC (Índice de Preço ao Consumidor) aumentou 4,23% entre Janeiro 2007 a Janeiro 2008. O INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) calculado pelo IBGE aumentou 5,36% no mesmo período. O Salário Mínimo que começou a valer agora em Março foi reajustado em 8,42%, superando os dois índices mostrados anteriormente. Logo houve aumento real. Este cenário é interessante pois dará margem para as indústrias tentarem alta nos preços nos próximos dias, necessidade urgente empurrada pela cotação da matéria prima no campo cuja competição entre cooperativas e indústrias em muitas regiões de nosso Estado tem-se caracterizado por deslealdade e falta de princípios éticos. É preciso dizer que esta competição tem levado até ao desrespeito às normas de qualidade atualmente em vigor e cuja prática a permanecer pode prejudicar todo o setor. Entendemos que há falta de leite no mercado, reflexo que ainda permanecerá pelos próximos quatro anos, da seca registrada em nossa região, que afetou pastagens, reprodução e recria. Há ainda uma grande demanda por fêmeas de reposição, conseqüência do baixo preço do leite praticado em 2006 que inviabilizou muitas fazendas leiteiras. Além destes, a alta de preço na matéria prima também é motivada pelos reajustes sucessivos impostos aos insumos utilizados na produção leiteira. Milho e Soja, principais insumos continuam com cotação em alta e nesta corrida somente reajustes urgentes no preço do leite poderão viabilizar a atividade. Por tudo isto, correção no preço ao produtor faz-se necessária. Entretanto precisamos estar consciente de que todos os elos da cadeia produtiva assumam suas respectivas responsabilidades. É necessário e urgente acabar com teorias retrógradas, achando que alguém quer nos impor regras. Se nosso cliente exige temos que nos adequar e atendê-lo. Chegou a hora da busca por união, fortalecimento das instituições, de melhor negociação entre todos os membros da cadeia produtiva do leite, da solução dos problemas, do preço justo e da reconstrução de um novo sistema que definitivamente venha atender aos interesses de todos. O momento é agora, ou isto acontecerá ou conseqüências maiores poderão inviabilizar uma atividade tão importante no cenário econômico desta nação. Texto de Joedson Silva Scherrer Especialista em gado de leite. 37 Cavalgada na festa da comunidade São Felipe 38 39 40