prevenção e riscos: desastres e catástofres
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prevenção e riscos: desastres e catástofres
PREVENÇÃO E RISCOS: DESASTRES E CATÁSTOFRES AMBIENTAIS IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 1 Objetivos do trabalho • Mencionar a origem das diferentes catástrofes naturais. • Justificar a ocorrência de diferentes tipos de catástrofes naturais. • Indicar medidas de prevenção diferentes catástrofes naturais. • e planeamento para Localizar áreas de risco de ocorrência de catástrofes. • Dar exemplos da ocorrência de catástrofes naturais e das respetivas consequências. • Indicar o papel dos serviços de proteção civil em casos de catástrofe. • Referir atividades humanas potenciadoras de riscos e catástrofes. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 2 Índice Catástrofes Naturais: conceitos fundamentais. Áreas de risco. Tipos de catástrofes naturais – causas, consequências e mitigação: 1. Sismos e vulcões; 2. Movimentos de terreno / Movimentos em massa; 3. Ciclones e situações meteorológicas extremas; Formas de prevenção de catástrofes naturais. Serviço Nacional de Proteção Civil: funções e agentes. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 3 Catástrofes Naturais: conceitos fundamentais Acontecimentos súbitos de origem natural, muitas vezes imprevisíveis, suscetíveis de provocarem vítimas e danos materiais avultados. As catástrofes naturais afetam gravemente a segurança das pessoas, as condições de vida das populações e a estrutura socioeconómica de um país, devido a precessos de rutura entre o ambiente natural e o sistema social. Exemplos de catástrofes naturais com maior n.º de vítimas (valores aproximados): IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 4 Áreas de risco Áreas de risco são áreas consideradas impróprias ao assentamento humano por estarem sujeitas a riscos naturais ou decorrentes da ação antrópica. Por exemplo margens de rios sujeita e inundação, florestas sujeitas a incêndios, áreas de alta declividade (encostas ou topos de morros) com risco de desmoronamento ou deslizamento de terra, áreas contaminadas por residuos tóxicos, ext. Mapa das Áreas de Risco de Desertificação. Conferência sobre Desertificação das Nações Unidas (1977) IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 5 Tipos de catástrofes naturais – causas, consequências e mitigação 1- TERREMOTOS Apenas 12 dias após ter começado 2010, um terremoto atingiu Porto Príncipe, Haiti, responsável pela morte de mais de 200.000 pessoas e 1,5 milhões de desabrigados. Meses após o terremoto devastador, os cientistas descobriram que uma falha mapeada foi a responsável pelo terremoto de magnitude 7,0, não a falha inicialmente responsabilizada pelo tremor. O terremoto aumentou tensões em falhas próximas, aumentando potencialmente o risco de outro grande tremor nas ilhas. Em 27 de fevereiro, um terremoto de magnitude 8,8 atingiu o centro-sul do Chile. O tremor maciço mudou a paisagem do país, aumentando o solo mais de 2,4 metros perto da costa e afundando a terra. No início de setembro, um terremoto de magnitude 7,1 ocorreu na Nova Zelândia, em uma cidade com uma população de aproximadamente 400.000 pessoas. O terremoto causou milhões de reais de danos, e os esforços de recuperação foram derrubados por outro terremoto de magnitude 4,9 em 28 de dezembro. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 6 Na acostumada Indonésia, um terremoto de 7,7 graus de magnitude ocorreu em 25 de outubro, desencadeando um tsunami de 3 metros e matando pelo menos 113 pessoas. O terremoto se rompeu durante um processo chamado de impulso de falha, quando uma das placas tectônicas da Terra deu “um mergulho” por baixo de outra. Embora não tenha sido devastador, Nova York teve o maior terremoto em 18 anos, quando um de magnitude 3,9 sacudiu a região em 30 de novembro. 2- VULCÕES A erupção do vulcão islandês Eyjafjallajökull, em abril, criou uma gigantesca nuvem de cinzas que cobriu a maior parte da Europa. A propagação das cinzas na atmosfera obrigou a aviação internacional a uma paralisação temporária, resultando em um caos no tráfego aéreo. A atmosfera era tão carregada eletricamente que fez a sua própria iluminação. Também no Anel de Fogo do Pacífico, o Monte Merapi na Indonésia entrou em erupção em 26 de outubro, matando mais de 350 pessoas e deixando cerca de 400.000 refugiados. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 7 3- FURACÕES 2010 teve uma temporada movimentada de furacões no Atlântico, um número quase recorde de tempestades, de 1 Junho a 30 de novembro, mas que passaram um pouco desapercebidos. A bacia do Atlântico, que inclui o Mar do Caribe e o Golfo do México, teve 19 tempestades nomeadas (tempestades tropicais e furacões), que colocaram a temporada em um empate de terceiro lugar com as de 1887 e 1995. A estação registrada mais movimentada de furacões ainda é 2005, ano que teve 28 tempestades nomeadas, incluindo o furacão Katrina. Ao contrário da temporada de furacões do Atlântico, a temporada 2010 de furacões no Pacífico foi a menos ativa da história em termos de tempestades e furacões, com 13 tempestades. O furacão Célia, uma tempestade de categoria 5 que atingiu Acapulco, no México, foi a mais forte no Pacífico. A temporada de tufões no Pacífico ainda está em curso, mas a sua tempestade mais forte até agora, o tufão Meg, categoria 5, atingiu as Filipinas em meados de outubro. A tempestade foi um dos mais intensos ciclones tropicais já registrados (ciclone tropical é o nome genérico para IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 8 tempestades tropicais, tufões e furacões). No Oceano Índico, a tempestade tropical Jal ocorreu no norte em 4 de novembro. Jal foi um dos cinco ciclones na região. O mais forte foi o ciclone Giri, uma tempestade de categoria 4 que atingiu Mianmar no final de outubro. 4- DESLIZAMENTOS DE TERRA Chuvas fortes que atingiram partes da Colômbia durante quatro décadas causaram alagamentos e provocaram deslizamentos de terra mortíferos no início de dezembro. O deslizamento atingiu as proximidades da periferia de Medellín, esmagou cerca de 50 casas e matou centenas de pessoas. Embora a causa do deslizamento e o número exato de mortes não sejam claros, o fenômeno climático La Niña, um resfriamento na região central e leste do Oceano Pacífico tropical, foi responsabilizado pelas chuvas torrenciais. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 9 5- CHUVAS E TEMPESTADES DE NEVE Tempestades severas de neve ocorreram no sul da Califórnia, com início em 16 de dezembro. As tempestades estão entre as piores da última década para a região. O governador declarou estado de emergência em meia dúzia de municípios conforme as chuvas torrenciais causaram evacuações e deslizamentos de terra. Na costa leste, quando o Natal estava terminando, uma tempestade de dois dias trouxe neve na altura do joelho em várias partes da região. O trabalho árduo de escavar neve deve durar até o Ano Novo. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 10 SISMOS E VULCÕES Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinza vulcânica) "escapam" para asuperfície terrestre . Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, interferindo no clima. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso. A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outros, tendem a desvalorizar osimóveislocalizados em suas vizinhanças, prejudicam o turismo, interrompem o tráfego aéreo e consomem a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. Existem excepções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes), que são locais aonde o manto superior atinge altas temperaturas. Os solos nos arredores de vulcões formados de lava arrefecida, tendem a ser bastante férteis para a agricultura. A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões é chamada devulcanologia, e o profissional que atua na área vulcanólogo [2], que deve ter conhecimento em Geofísica, a outros ramos da Geologiatais como a Petrologia e a Geoquímica. Erupção do vulacão do Monte Cleveland, nas ilhas Aleutas, Alasca, USA. Fotográfia tirada a partir da Estação Espacial Internacional. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 11 Tipos de vulcão Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é eruptido, o que afeta diretamente a forma do vulcão. Se o magma eruptido contém uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluida) e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência a explodir devido ao fato da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo. Quando o magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada lávica máfica é corrente de lava conhecida como Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8 000 anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma área com 800 km². Vulcão-escudo O Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são geralmente muito quentes e fluidas, o que contribui para ocorrerem escoadas longas. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no Havaí, com 9 000 m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O Monte Olimpo em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha dosistema solar. Cones de escórias É o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 12 de altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições basálticas ou intermediárias. Monte Erebus, um exemplo de vulcão-escudo. Estratovulcões Os "estratovulcões" também são chamados de "compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade, forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos Estados Unidos. Vulcão Mayon, exemplo de umestratovulcão. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 13 Sismos Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energiasob a forma de ondas sísmicas. Basicamente, sismo é a ocorrência de uma fratura subterrânea. As ondas elásticas geradas propagam-se por toda a Terra. Os grandes sismos, quando ocorrem em zonas habitadas e têm efeitos catastróficos, são popularmente designados pelos termosterremoto (português brasileiro) ou terramoto (português europeu). Para os pequenos sismos se costuma usar abalo sísmico ou tremor de terra. Se um sismo abala zonas não habitadas, não são nunca usados os termos "terremoto" ou "terramoto", também não se usa estes termos em contextos científicos e da área de proteção civil. Epicentros de sismos na Terra, 1963-1998 (cortesia NASA) IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 14 Tipos de sismos A maioria dos sismos está relacionada à natureza tectônica da Terra, sendo designados sismos tectônicos. A força tectônica das placas é aplicada na litosfera, que desliza lenta mas constantemente sobre a astenosfera devido às correntes de convecção com origem no manto e no núcleo (vertectónica de placas). As placas podem afastar-se (tensão), colidir (compressão) ou simplesmente deslizar uma pela outra (torsão). Com a aplicação destas forças, a rocha vaise alterando até atingir o seu ponto de elasticidade, após o qual a matéria entra em ruptura e sofre uma libertação brusca de toda a energia acumulada durante a deformação elástica. A energia é libertada através de ondas sísmicas que se propagam pela superfície e interior da Terra. As rochas profundas fluem plasticamente (têm um comportamento dúctil – astenosfera) em vez de entrar em ruptura (que seria um comportamento sólido – litosfera). Estima-se que apenas 10% ou menos da energia total de um sismo se propague através das ondas sísmicas. Aos sismos que ocorrem na fronteira de placas tectónicas dá-se o nome de sismos interplacas, sendo os mais frequentes, enquanto que àqueles que ocorrem dentro da mesma placa litosférica dá-se o nome de sismos intraplacas e são menos frequentes. Os sismos intraplacas também podem dar origem a sismos profundos, segundo as zonas de subducção (zonas de Benioff), ocorrendo entre os 100 e os 670 km. Devem-se à transformação de minerais - devido aos minerais transformarem-se noutros com forma mais densa - e este processo é repentino. Pode ocorrer no caso da desidratação da olivina, em que esta se transforma em vidro. Também podem ser sismos de origem vulcânica, devendo-se às movimentações de magma dentro da câmara magmática ou devido à pressão causada por esse quando ascende à superfície, servindo assim para IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 15 prever erupções vulcânicas. Está mais associado ao vulcanismo do tipo explosivo que às do tipo efusivo. Existem ainda os sismos de afundamento, que ocorrem na sequência de deslizamentos de correntes turbídicas (grandes fragmentos de rocha que deslizam no talude continental) ou devido ao abatimento de cavidades ou do tecto de grutas. No entanto cientistas como Thomas Gold advogam que os sismos têm origem partir de migração de gases primordiais como hélio, metano, nitrogênio e hidrocarbonetos, em grandes profundidades no interior da terra. Nos limites de placas litosféricas a intensidade e ocorrência dos sismos são maiores, provavelmente pela comunicação mais próxima entre o manto e crosta. A migração dos gases sob alta pressão dissipam energia sísmica através de falhas geológicas que podem atingir a superfície e causar sérios danos. Tipos de falhas (em inglês). IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 16 Movimentos de terreno / Movimentos em massa As montanhas estão constantemente a ser desgastadas (química e fisicamente) pelos vários agentes erosivos. Um dos resultados desse desgaste é o deslizamento de terras, sobretudo em terrenos argilosos e que é potenciado por: - Remoção da cobertura vegetal nas vertentes mais inclinadas contribui muitas vezes para a instabilidade dessas vertentes, uma vez que a vegetação ajuda a fixar os solos, ao mesmo tempo que reduz a escorrência das águas. - Cortes efectuados em algumas vertentes (para abrir estradas, por exemplo) retiram-lhes a base da sustentação, aumentando a probabilidade de esta se desmoronar ou deslizar. Prevenção A prevenção passa por uma constante monitorização das áreas mais susceptíveis à ocorrência destes fenómenos (solo mais argiloso, maior inclinação das vertentes), embora muitas vezes não seja possível evitar os movimentos de terreno. A prevenção e algumas medidas que podem ser tomadas, pretendem evitar e diminuir as consequências destes fenómenos para a sociedade: - A manutenção da cobertura vegetal das vertentes mais inclinadas ou a florestação quando esta cobertura não existe para, deste modo, contribuir para a fixação das terras. - A elaboração de cartas de riscos a partir da inclinação das vertentes. - A proibição da construção nas áreas de maior risco. - A instalação de muros e taludes de sustentação de terras. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 17 - Evitar instabilizar as vertentes, nomeadamente com a abertura de novas estradas. Movimento de terreno Movimentos em massa Movimento de massa consiste no deslocamento de materiais sólidos ao longo de uma vertente.Os movimentos de massa estão condicionados por factores: Tipo e características das rochas; Orientação e inclinação das camadas; O grau de alteração e fracturação das rochas; A presença/ausência de vegetação. Para se dar um movimento de massa tem de existir um factor desencadeante. Os factores desencadeantes sao: IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 18 Precipitação; A acção do homem; A ocorrência de sismos; A ocorrência de tempestades em zonas costeiras. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 19 Ciclones Um ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo chuvoso e nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvenscumuliformes associadas a cargas de água. Ciclones e Anti-ciclones (Hemisfério Norte) Os ciclones são indicados nos mapas meteorológicos pela letra «B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar. À medida que, pela acção do diferencial de pressões, o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas pressões é deflectido pela força de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em espiral, isto é, no sentido anti-horário (direcção contraria aos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Nortee no sentido horário (direcção dos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Sul. Na meteorologia, os movimentos de ar resultantes de um centro de altas pressões são denominados anti-ciclones. O sentido de giro de um ciclone e de um anti-ciclone é o contrário para um mesmo hemisfério, sendo este determinado pela aceleração de Coriolis. IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 20 Formas de prevenção de catástrofes naturais Causas: •Precipitação muito abundante, num curto intervalo de tempo •Tempestade com origem do mar, acompanhadas de chuvas intensas e grandes ondas •Derretimento das calates de gelo •Ruptura de barragens Podem ser agravadas pela acção do homem, através: •A ocupação do leito de cheia faz aumentar o risco de inundação e agrava a vulnerabilidade dessas áreas •A impermeabilização do solo, nas cidades, com asfalto e cimento, impede a infiltração da água e as ruas facilmente fiam inundadas •A desflorestação faz aumentar o escoamento superficial das águas da chuva, que arrastam consigo grandes quantidades de sedimentos, assoreando a foz dos rios Consequências: •Elevados prejuízos materiais •Perdas de vidas humanas •Derrocadas ou aluimentos de terras •Destruição de campos agrícolas e morte de gado •Falta de água potável •Isolamento de povoações IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 21 Medidas de prevenção: •Observações dos meteorológicos e avisos a população a protecção civil ao serviço nacional de bombeiros de forma a salvaguardar pessoas, bem e animais •Planear a ocupação das bacias hidrográficas, de modo a deixar livres os leitos de cheia •Desobstruir os leitos de cheia, com regularidade •Construir barragens para regularizar caudais dos rios •Reflorestar áreas onde há maior risco de arrastamento de sedimentos •Evitar a construção excessiva junto ao mar e usar técnicas e materiais adequados. Período de seca Terra seca= animais mortos IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 22 Serviço Nacional de Proteção Civil: funções e agentes A protecção civil somos todos nós!- Empresas, Estado, Instituições, Cidadãos. Deve começar primeiro por cada família, que tem o dever de proteger os seus membros. Estas, e em especial os seus responsáveis, devem actuar de modo a prevenirem todas as eventuais ocorrências (medidas de prevenção e auto-protecção). Neste âmbito, algumas medidas podem e devem ser tomadas, a começar pelo treinamento dos elementos mais velhos e ensinamento dos mais novos, bem como a consciencialização dos riscos que podem ocorrer. A vida tem as suas raízes mergulhadas no ambiente, na terra, que no seu processo de dinâmica evolução, pode provocar o que nós designamos por catástrofes naturais, tais como: sismos, vulcões, ciclones, inundações e incêndios (de origem natural). O homem, por sua vez, vive neste ambiente e por vezes, de forma menos harmoniosa que pode conduzir a situações de catástrofes tecnológicas, como sejam, incêndios, explosões, poluição, contaminação, entre outras. Vivemos pois, num ambiente sujeito a riscos de origem natural ou tecnológico. Temos a obrigação de nos defender-mos destes diferentes riscos de protecção civil, tomando para tal, medidas de auto-protecção. Estas, assentam essencialmente na fase da prevenção (prevenir os acidentes individuais e colectivos), de modo a que não tenhamos que executar as fases seguintes da protecção civil. Temos portanto, que actuar a este nível, de modo a evitar os riscos; no entanto, e caso ocorram estas situações, devemos estar preparados para actuar, de modo a atenuar e limitar os efeitos desses mesmos riscos. Proteção civil Policia e Bombeiro IRC2; PREVENÇÃO E RISCOS; Ruan Medeiros nº 18 23