Projecto Educativo da Escola Secundária Conde de
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Projecto Educativo da Escola Secundária Conde de
As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 “A educação deve permitir olhar para o paradigma conflitual e tensional do mundo de hoje como um conjunto de desafios, estimulantes de respostas e, assim mesmo, de inovação.” In Lei de Bases da Educação, Proposta de Lei n.º 74/IX, Maio de 2003. -1- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Índice Breve historial da concepção deste projecto……………………… 3 Introdução.…………………………………………………………. 4 Parte I – Que escola somos? ………………………………………. 5 1. Contextualização externa da escola…………………………. 6 1.1. Origem histórica ………………………………………... 6 1.2. Localização geográfica …………………………………. 6 1.3. Organização política, administrativa e económica …… 7 1.4. Riqueza patrimonial ……………………………………. 8 1.5. Estruturas culturais e lúdicas do Concelho ………….....9 2. Contextualização interna da escola ………………………… 11 2.1. Recursos físicos …………………………………………. 11 2.2. Recursos humanos ……………………………………… 13 2.2.1. Corpo discente ………………………………………... 13 2.2.2. Corpo docente ………………………………………… 14 2.2.3. Núcleo de apoios educativos ………………………… 15 2.2.4. Pessoal não docente …………………………………… 15 2.2.5. Encarregados de educação …………………………… 15 2.3. Órgãos de gestão e estruturas educativas ……………... 17 2.4. Ofertas educativas ………………………………………. 19 2.4.1. Áreas de estudo oferecidas pela escola ………………. 19 2.4.2. Projectos pedagógicos e outras actividades …………. 19 2.4.3. Outras actividades ……………………………………. 19 Parte II – Que escola queremos? …………………………………. 22 1. Princípios orientadores ……………………………………… 23 1.1. Identificação dos problemas da escola .………………... 24 1.2. Planos de acção para resolução dos problemas ………. 25 1.3. Avaliação ………………………………………………… 26 Bibliografia ………………………………………………………… 27 Anexos ……………………………………………………………… 29 1. Questionário da hierarquização de problemas ……………. 30 2. Associações/colectividades do Concelho ……………………. 34 3. Principais saídas profissionais ………………………………. 36 4. Propostas de planificação de actividades ………………….. 38 -2- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Breve historial da concepção deste projecto Este projecto teve início no ano lectivo de 2000/2001 com o levantamento dos principais problemas identificados pela comunidade educativa bem como sugestões para a sua resolução. Daqui resultou um quadro/síntese dos principais problemas identificados pela comunidade (anexo 1). Depois de devidamente hierarquizados, detectou-se serem as dificuldades ao nível da língua materna o problema que mais preocupou a comunidade. O outro problema identificado foi apresentado em Conselho Pedagógico pela coordenadora do Departamento de Matemática e Informática, tendo em conta o insucesso revelado pelos alunos na disciplina de Matemática e a discrepância entre a nota final da disciplina e a obtida no exame nacional. Ultrapassado este primeiro passo metodológico fundamental para a concepção de um projecto educativo, procedeu-se à elaboração de questionários, que foram aplicados a um universo de cerca de 20 % de professores, pessoal não docente, alunos e encarregados de educação. No ano lectivo 2001/2002, procedeu-se ao tratamento estatístico destes dados. Apesar do tempo despendido, a equipa reconheceu as suas limitações, no sentido de tratar estatisticamente dados, para os quais não estava academicamente preparada. No ano lectivo subsequente, a equipa iniciou um novo desenvolvimento, procurando encontrar os mecanismos e suportes teóricos e pedagógicos que fundamentassem devidamente a estrutura e os conteúdos do projecto. Concretizadas algumas limitações na execução de um projecto desta natureza, verificou-se a necessidade da equipa ser composta por mais de dois elementos. Assim veio a acontecer no final do ano lectivo 2003-2004, compondo-se agora a equipa de 6 elementos. Alguns destes constrangimentos levaram a que este trabalho se projectasse por 4 anos lectivos, impulsionando assim a presente equipa a operacionalizar todo o projecto num período inferior a um mês. Nos anos lectivos anteriores, embora a equipa que trabalhava no projecto tivesse conhecido algumas substituições, compôs-se sempre de e apenas de 2 elementos, o que limitou e desgastou significativamente todo o trabalho. Os princípios metodológicos apresentados na introdução deste projecto, a saber, que ele é um processo dinâmico, que se exige partilhado e sentido por toda a comunidade, constitui a principal fragilidade deste projecto. Ele não foi sentido nem partilhado pela generalidade da comunidade; a grande esperança desta equipa é agora a de que ele seja apropriado, desenvolvido e transformado por esta mesma comunidade. Só assim ele poderá ser verdadeiramente um projecto educativo da Escola Secundária Conde de Monsaraz. Não se pode resolver os problemas identificados na escola, fomentando apenas a participação dos departamentos onde se inserem o grupo de Matemática e o grupo de Português. É essencial que todos os departamentos curriculares, sem excepção, tenham um papel activo e de promoção da interdisciplinaridade. Procura-se, desta forma, uma dinâmica colectiva de inovação e reforma dum estaticismo programático do ensino, que tem sido apanágio do sistema educativo português. -3- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Introdução O Projecto Educativo da Escola Secundária Conde de Monsaraz surge no âmbito da autonomia das escolas, proclamada pelos Decretos-Lei nº43/89, de 3 de Fevereiro, e 115-A/98, de 4 de Maio. De acordo com a legislação em vigor, incumbe à escola elaborar “um Projecto Educativo próprio, constituído e executado […] em benefício dos alunos e com a participação de todos os intervenientes do processo educativo”. Ele deve ainda estabelecer “prioridades de desenvolvimento pedagógico, em planos anuais de actividades educativas e na elaboração de regulamentos internos.”1 Compreende-se assim a pertinência deste documento e a necessidade dele percorrer todos os níveis da comunidade educativa a que diz respeito, uma vez que a autonomia das escolas se cumpre a partir dos projectos educativos que elaboram. Estes devem ter em conta as grandes linhas orientadoras da política nacional da educação, os recursos e apoios da comunidade em que se inserem e, por último, características e potencialidades da escola a que dizem respeito. O sucesso deste projecto irá depender em grande parte da capacidade que a Escola Secundária Conde de Monsaraz tiver para mobilizar os seus recursos e vontades e definir, de forma coerente, o seu percurso.2 1 Rocha, A.P., Projecto Educativo de Escola, Edições Asa, s/d. Unidade de Acompanhamento do Regime de Autonomia, Administração e Gestão das Escolas, Contributos para a Construção do Projecto Educativo e do Plano Anual de Actividades da Escola ou Agrupamento de Escolas, Ministério da Educação, Março de 1999, página 4. 2 -4- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Parte I Que escola somos? -5- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 1. Contextualização externa da escola A actuação no campo educacional pressupõe o conhecimento do meio, para que se possa desempenhar um papel mais relevante no processo educativo, tanto mais que as variáveis sociais, longe de se individualizarem, devem combinar-se, e, no seu conjunto, contribuírem para que o processo ensino aprendizagem dos nossos alunos seja cada vez melhor, mais actual e competente para fazer face aos desafios técnico-profissionais dos dias de hoje. Parece-nos oportuno que, antes de falar de uma realidade, a mesma deve ser apresentada com objectividade e integrada no espaço em que se insere. Assim, falar da Escola Secundária Conde de Monsaraz implica, antes, falar do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Muito se tem escrito e dito sobre a Vila de Reguengos, da sua gente hospitaleira e trabalhadora, da sua riqueza histórica e cultural, da sua riqueza arquitetónica e turística e numa perspectiva de dinâmica de futuro, muito se fala das enormes potencialidades que “O Grande Lago” pode trazer a esta vila alentejana. Consideremos apenas o essencial. 1.1. Origem histórica Perde-se na memória dos tempos a origem histórica de Reguengos. Inicialmente era uma aldeia situada em terras dominiais da Casa de Bragança e, posteriormente, da Corte. Autonomizou-se da Freguesia da Caridade em 1680, com Comenda da Ordem de Cristo. A sua importância estratégica na defesa das fronteiras do reino, os férteis terrenos que a circundam e o espírito trabalhador dos seus habitantes fizeram crescer esta aldeia em riqueza, população e importância, factos que foram reconhecidos em 17 de Abril de 1838, com elevação a Sede de Concelho. 1.2. Localização geográfica O Concelho de Reguengos situa-se no coração da peneplanície alentejana, integrando a unidade geológica do Maciço Hercínico e abrange uma área de cerca de 474 Km2. É confinado a Norte pelos concelhos de Redondo e Alandroal, a Este pelos concelhos de Mourão e Portel, enquanto que os concelhos de Évora e Portel o limitam a Oeste. O Rio Guadiana, em cuja bacia hidrográfica, todo o Concelho se situa, faz o limite a Sudeste. A Vila de Reguengos estende-se por uma considerável extensão ao longo da estrada nacional número 256, que a atravessa, prolongando-se em relação à citada via terrestre, quer para Norte, quer para Sul da mesma. Esta localização geográfica confere a este concelho um clima de tipo mediterrâneo. Este clima, de Verões quentes e secos, de Invernos curtos e algo chuvosos, influencia a vegetação, a fauna, a paisagem e as gentes. -6- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 1.3. Organização política, administrativa e económica Tal como acontece em muitas regiões do interior, Reguengos de Monsaraz “paga” os efeitos da interioridade. Apesar da dinâmica que nestes últimos tempos, o Concelho tem implementado em termos de desenvolvimento ainda apresenta algumas carências ao nível de pólos de fixação da população, nomeadamente das camadas jovens, que procuram nos grandes centros urbanos o emprego que aqui escasseia. Esperamos que o aproveitamento das grandes potencialidades que se apresentam ao Concelho e que constituem um enorme desafio possam inverter esta tendência de êxodo. Os cerca de 11 500 habitantes são repartidos, embora de forma desigual, entre a sede do concelho e as suas freguesias. FREGUESIAS LOCALIDADES Campinho Campinho São Marcos do Campo Cumeada São Pedro do Corval Carrapatelo Santo António do Baldio Monsaraz Barrada Ferragudo Motrinos Outeiro Telheiro Campo Corval Monsaraz Reguengos de Monsaraz Caridade Perolivas Reguengos de Monsaraz De acordo com os dados disponíveis, particularmente os censos de 2001, apresentam-se alguns indicadores demográficos do Concelho. População residente Densidade populacional (Hab/km2) Crescimento da população População jovem (O –14 anos) População idosa (+ 65 anos) Taxa de analfabetismo Taxa de desemprego 11 290 24,5 - 2,07% 18% 20% 22,5% 8,1% Sector primário 23,9% Sector secundário 32,3% Sector terciário 43,8% 1,1 Repartição da população activa Médicos por mil habitantes Tradicionalmente agrícola, o Alentejo sempre foi caracterizado pelas suas terras de trigo, de sobro e de azinho. Reguengos não foge a esta regra. Contudo, devido a um micro clima extremamente favorável, desenvolveu-se a cultura vinícola que torna conhecido este concelho, quer nacional, quer internacionalmente. -7- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Podemos, pois, dizer que a agricultura é dominante no Sector Primário. Assim, da superfície total do concelho, 36 144 ha constituem a área agrícola, quer de sequeiro quer de regadio; 2 081 ha constituem a área agro - florestal; 10 368 ha constituem a área de pousio e a área inculta ocupa cerca de 800 ha. A horticultura ocupa uma área pouco significativa de apenas 138 ha. De todas as culturas permanentes, sobressai a vinha e o olival, ainda que este ocupe menor superfície. Com o progressivo abandono da cultura cerealífera nos últimos anos, tem-se assistido a uma nova forma de rentabilizar a terra, através do plantio de novas vinhas, do aumento das explorações pecuárias e do recurso a reservas cinegéticas, o que motiva a forma de promoção do turismo. De uma forma ou de outra, o Sector Primário constitui-se ainda como um importante recurso na economia do Concelho. No que respeita ao Sector Secundário, o número indicado (32,3%) no quadro anterior já não corresponde à realidade, em virtude da desactivação da fábrica de Portucel, que se constituía como a maior indústria empregadora do Concelho, considerando-se como a única verdadeiramente digna de nota em termos de ocupação da população activa industrial. As outras unidades industriais existentes são, de facto, pequenas indústrias e até pequenas oficinas familiares, muitas delas laborando com características artesanais. São exemplos as olarias de São Pedro do Corval, que fazem desta freguesia o maior centro oleiro do país, rivalizando com os centros oleiros da vizinha Espanha. Já quase em vias de extinção ainda se localizam algumas oficinas onde se trabalha o cobre, as peles, a latoaria e a tecelagem, onde se produzem as célebres mantas, características da região e cuja tradição remonta às origens da vila. De todos os sectores o que tem tido maior incentivo e desenvolvimento é, sem dúvida, o Sector Terciário. Tem-se verificado no Concelho um forte incremento na construção civil e no desenvolvimento das adegas vinícolas. Para além destes aspectos e, com o aumento da escolaridade obrigatória, a população estudantil aumentou e consequentemente o Corpo Docente das escolas, fazendo desta actividade terciária a maior em termos de emprego. Outras actividades se desenvolveram, como por exemplo: serviços bancários, imobiliária, turismo e serviços de administração pública e saúde. Poder-se-á dizer que, apesar de todas as dificuldades que a interioridade comporta, Reguengos de Monsaraz esforça-se por sair da letargia e assumir uma dinâmica mais activa e empreendedora, juntando o histórico aos novos empreendimentos. 1.4. Riqueza patrimonial Uma das maiores riquezas do Concelho é de natureza patrimonial, particularmente, megalítica e medieval. O importante espólio megalítico comporta cerca de cento e cinquenta monumentos já identificados, alguns dos quais em fase de estudo e de catalogação, que fazem as delícias dos arqueólogos e historiadores. Estes monumentos recordam-nos a origem pré-histórica da região. Exemplifiquemos alguns: a Anta do Olival da Pega, o Cromeleque e o Menir do Xerês, o Menir Fálico do Outeiro, os Menires da Herdade dos Perdigões, que, para além de serem únicos no país, são dos mais importantes a nível europeu. Sendo uma vila nova, Reguengos de Monsaraz não apresenta património arquitectónico significativo, a não ser alguns edifícios do princípio do século passado e da Igreja Matriz, cujas raízes históricas remontam ao ano de 1887, em que houve a determinação da Junta da Paróquia de Reguengos em edificar um templo em terrenos dos novos Paços do Concelho. Já nas freguesias periféricas da Sede do Concelho, encontramos inúmeros locais arquitectónicos dignos de interesse histórico, cultural e etnográfico. Exemplifiquemos alguns desses monumentos arquitectó-8- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 nicos: a Torre e a Ermida de Nossa Senhora dos Remédios (na Herdade do Esporão), cuja origem remonta ao século XIV; a Igreja de Nossa Senhora das Neves na Herdade das Vidigueiras, (Séc. XVI); a Ermida de Santo Amador, em São Marcos do Campo (Séc. XVIII); a Igreja Matriz de São Pedro do Corval e a Igreja Paroquial da Caridade. Para além dos monumentos citados, identificamos a Vila de Monsaraz que é, no seu todo, um monumento histórico, que faz o orgulho de todos os Reguenguenses e as delícias dos visitantes. O termo “Monsaraz” é composto por dois étimos “Monte” e “Xaraz”, o que significa um cerro erguido nas margens do Guadiana densamente povoado por matagais de estevas. Trata-se de uma vila medieval, cujas origens remontam aos tempos da formação da nacionalidade e que comporta um conjunto arquitectónico civil e religioso, bastante raro, onde os vários estilos arquitectónicos se apresentam em hibridismo único. Nesta vila, descobrimos pontos de elevada importância cultural, como: a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa (Séc. XVI-XVIII), o Pelourinho (Séc. XVIII), a Igreja da Misericórdia, os Antigos Passos da Audiência (séc. XIV-XVI) e a Casa da Inquisição, cujos intrigantes painéis de azulejos revelaram agora o seu verdadeiro simbolismo. A dominar toda a Vila, está o Castelo, cuja construção se deve a D. Afonso III e a D. Dinis. A sua robusta estrutura defensiva fazia desta praça de armas um importante baluarte defensivo. 1.5. Estruturas culturais e lúdicas do Concelho Sendo a formação integral dos jovens uma tarefa de toda a Comunidade, não nos devemos demitir ou alhear deste trabalho, que tem tanto de grandioso como de difícil. É para a formação integral dos alunos, e não só, que as estruturas político-sociais envolventes da escola devem contribuir, através da dinamização de práticas desportivas, culturais ou simplesmente de lazer, para que, de uma forma saudável, se complementem os ensinamentos ministrados na escola. Para a consecução dos objectivos pretendidos, para além dos recursos humanos, são necessários recursos financeiros. É neste ponto que reside um sério obstáculo: não se tem investido o necessário na educação (facto provavelmente comum a muitas outras escolas e regiões). Talvez pela ausência de um tecido empresarial forte, ou provavelmente porque a escola ainda não tenha sabido dar-se a conhecer em toda a sua dimensão, a prática do mecenato não é assumida na região. Aqui reside um dos aspectos a salientar, ou seja, a escola deve investir os seus esforços para ultrapassar, cada vez mais, o seu espaço físico e se mostrar envolvente e empreendedora, como motor da dinâmica cultural a que todos aspiramos. Se é verdade que muito falta fazer no campo da cultura, também é verdade que já existe um bom substracto como ponto de partida. A autarquia tem promovido acções de divulgação da riqueza patrimonial, histórica e cultural do Concelho, através de actividades de carácter regional, nacional e até internacional. Salientam-se: “A Festa da Olaria do Barro”; “Monsaraz, Museu Aberto”; concursos gastronómicos; concursos poético-literários (“Outono Poético”); feiras e mercados, etc. que são exemplo de várias actividades da região. O auditório municipal e os pavilhões municipais, de recente conclusão, são espaços que apresentam fortes potencialidades para a promoção de palestras, conferências, exposições de artes plásticas, ou mostras de produtos. No campo das artes plásticas, procura-se incentivar a sua divulgação através do “Ciclo de Santiago” e “Ciclo da Torre”, ou de exposições de obras de artistas do Concelho. A construção da E.B. 2,3 libertou o antigo Palácio Rojão, bem localizado no centro da vila, onde funciona a Centro de Ocupação de Tempos Livres e o espaço Internet. -9- As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 A tradição musical é mantida no Concelho através das sociedades filarmónicas “Harmonia Reguenguense e Corvalense” e de vários grupos corais, que por todas as freguesias, têm contribuído para a divulgação e ensino da música, mantendo viva a tradição “Coral Alentejano”. É necessário manter acesa esta chama cultural, que a todos enriquece e orgulha, quer através de oportunidades aos novos grupos musicais, quer modernizando os já existentes. No campo do desporto e do lazer, o pavilhão gimno-desportivo, os campos de jogos e as piscinas municipais, proporcionam a muitos jovens a prática desportiva ou momentos de lazer. Também neste campo é necessário fazer muito mais, de maneira a incentivar a prática do desporto, como forma ocupacional dos jovens e contribuição para uma vida mais saudável. Não se esgotou a enumeração de todas as estruturas culturais e lúdicas do Concelho, nem era essa a intenção. O objectivo é apresentar uma panorâmica geral dos vários sectores e dos potenciais do Concelho, retendo a atenção na importante e fundamental colaboração da escola para o bom funcionamento de todos (para mais informações e contactos, vide Anexo 2). - 10 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 2. Contextualização interna da escola Para conhecer uma escola, é preciso conhecer o meio em que esta se insere e também as suas dinâmicas internas. É neste contexto que importa observarmos agora que escola somos, para partirmos das vantagens e constrangimentos que esta apresenta. Só esta análise nos permitirá compreender aquilo que podemos modificar e melhorar. Comecemos então por um breve historial desta Escola: A 5 de Dezembro de 1965 dava-se início ao funcionamento da secção de Reguengos de Monsaraz, da Escola Industrial e Comercial de Évora. Em 1969 a Escola autonomizou-se, passando a denominar-se Escola Industrial e Comercial de Reguengos de Monsaraz. Em 1974 a Escola passou a designar-se Escola Secundária de Reguengos de Monsaraz. O edifício da Escola Secundária Conde de Monsaraz foi inaugurado em 31 de Outubro de 1987, tendo as aulas começado a funcionar regularmente no ano lectivo de 1987/88. Trata-se de um edifício novo, inaugurado pelo então Presidente da República, Dr. Mário Soares e situa-se na Rua João de Deus desta vila. Assumiu o nome do Patrono Conde Monsaraz em 30 de Julho de 1998. O conde Monsaraz era um conhecido político e poeta. António de Macedo Papança, de seu nome, natural de Reguengos de Monsaraz, viria a ser agraciado com o título de Conde de Monsaraz em 1890. A escola foi criada para um número de cerca de 750 alunos tendo, presentemente, um número de cerca de 450. Para tal contribuíram essencialmente dois factores: a abertura da nova Escola E.B. 2,3 de Reguengos no ano lectivo 1998/99 e a despovoamento do Alentejo. Desde há três anos, a escola reabriu o ainda designado 3º ciclo, com duas turmas de 7º ano, posteriormente alargado aos 8º e 9º anos. 2.1. Recursos físicos Estruturalmente a escola é constituída por quatro grandes blocos, conforme planta em anexo. Polivalente — Aqui encontram-se diversos gabinetes, salas e instalações específicas, tais como: Secretaria Gabinete do Conselho Executivo Sala de convívio dos alunos Papelaria Refeitório Cozinha Bar A.S.E. Rádio Escolar - 11 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 No primeiro andar do edifício existem: Sala de professores Sala de directores de turma (que funciona como sala de professores para não fumadores); esta sala é ainda sede dos departamentos de Ciências Económicas e Sociais, Humanidades, Matemática e Informática e Línguas Estrangeiras. Bloco A Com três pisos, onde existem: Cerca de 11 salas de aula convencionais 2 salas de informática 1 sala multimédia, onde funciona, também, um pequeno auditório Escritório de serviço ao A.A.E. 2 Gabinetes Reprografia Biblioteca Escolar Sala de Educação Tecnológica Sala de Educação Visual Sala de História e Geografia Laboratório de Matemática Bloco B Constituído por dois pisos. Nele existem: 9 salas convencionais 2 laboratórios de Biologia com respectivos anexos 1 laboratório de Química com respectivos anexos 1 laboratório de Física com respectivos anexos Laboratório de fotografia Escritório de serviço ao A.A.E. Escritório de Serviço de Psicologia e Orientação Pavilhão Gimnodesportivo Este é constituído por um ginásio com uma área de cerca de 800 m2, incluindo uma bancada aberta ao público. Existem ainda balneários, gabinete para professores e A.A.E. e uma arrecadação. Espaços Exteriores A escola, no seu exterior, tem um espaço amplo com zonas verdes que incluem um laranjal. Tem ainda um espaço amplo essencialmente destinado à prática desportiva. Nele existem: Pista de atletismo com 160 metros, contendo um campo de futebol. 1 caixa de saltos Espaço polivalente, contendo dois campos descobertos (basquete e voleibol) - 12 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 2.2. Recursos humanos 2.2.1 Corpo discente No ano lectivo de 2004/05, a escola tem cerca de 450 alunos nos cursos diurnos e cerca de 100 alunos nos cursos nocturnos, num total de cerca de 550 alunos, com a seguinte distribuição: — Diurno: 2 turmas de 7º ano 2 turmas de 8º ano 2 turmas de 9º ano 6 turmas de 10º ano 5 turmas de 11º ano 6 turmas de 12º ano — Nocturno: 1 turmas de 3º ciclo de Unidades Capitalizáveis 2 turmas de secundário de Unidades Capitalizáveis Uma maioria destes alunos provem da freguesia de Reguengos de Monsaraz. A restante parte, provem das outras freguesias do concelho (S. Pedro do Corval, Monsaraz, Campo, Campinho) e de freguesias de outros concelhos limítrofes (concelho de Évora – Vendinha, concelho de Alandroal e concelho de Redondo). É relevante acrescentar que os alunos residentes fora da freguesia de Reguengos de Monsaraz se deslocam para a escola, na sua grande maioria, em autocarros, sendo os horários deste transporte por vezes desajustado ao horário escolar. Deste facto decorre que alguns alunos passem muitas horas na escola antes das suas actividades lectivas. A escola deverá encontrar alternativas de ocupação destes tempos livres e em simultâneo pressionar a empresa transportadora, no sentido de, articular os horários do transporte com os horários da escola.. No presente ano lectivo, dar-se-á início aos novos cursos do ensino secundário nocturno. A escola tem como oferta o curso de Ciências e Tecnologias, que dará acesso ao ensino superior, e o curso Tecnológico de Administração. Este último dará acesso ao ensino superior, bem como um certificado profissional de Técnico, nível III. Nos resultados dos questionários já referidos, os alunos do ensino secundário prosseguem os seus estudos por dois grandes motivos: acesso ao ensino superior e possibilidade de conseguir um emprego melhor. As preferências escolares são determinadas pela adequação do agrupamento à carreira que pretendem seguir e pelo interesse suscitado pelas respectivas disciplinas. À medida que os alunos avançam no ensino secundário parecem perder o interesse por uma via tecnológica alternativa. Os alunos do 10º ano atribuem o sucesso a uma variedade de razões tais como a assiduidade, boa preparação anterior, boas relações entre os alunos, boas relações entre os professores e alunos e ainda a facilidade de aprendizagem. Paralelamente atribuem o insucesso à falta de bases e ao facto de estudarem só para os testes. No universo dos alunos dos 11º e 12º anos nota-se um estreitamento das causas de sucesso/insucesso. Assim, temos como razões do sucesso a assiduidade, a facilidade - 13 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 de aprendizagem, e o apoio dos pais. Inversamente o insucesso deve-se principalmente à falta de bases e ao facto dos alunos estudarem só para os testes. Os alunos consideram que as actividades extracurriculares permitem desenvolver competências como reforçar os laços de amizade e aprender a respeitar os outros. Aprender a trabalhar em grupo ou aplicar conhecimentos adquiridos nas aulas parecem ser motivos relevantes para o desenvolvimento destas actividades. Num Projecto Educativo que se desenvolve na perspectiva dessas actividades poderá ser importante reflectir sobre este potencial de interesse existente no universo dos discentes. Parece-nos importante reflectir sobre o facto dos alunos assinalarem, na sua maioria, que o seu estudo se caracteriza por estudarem para os testes. Esta opção é um indicador de que a avaliação contínua centra-se fortemente nos testes escritos, o que amputa a grande riqueza de recursos que as dinâmicas do ensino-aprendizagem supõem. Os Clubes, que neste projecto se estruturam como grande estratégia de solução dos problemas assinalados pela comunidade escolar, poderão ajudar a vivenciar a escola de um modo mais diversificado e abrangente, por forma a não a entendermos na sua expressão mais redutora, como um mero instrumento avaliador e classificador de testes. Dentro desta linha orientadora devem os clubes constituir-se como extensões “naturais” da sala de aula, funcionando em perfeita articulação com esta. Terminamos este ponto com uma tónica optimista. De acordo com um artigo de opinião de uma aluna da escola (in “A Gazeta do Conde”, Junho de 2004), é imperativo que os alunos sugiram ideias e actividades para a escola. A aluna tem consciência que se vivem tempos comodistas na nossa escola e que os discentes devem contribuir para alterar este quadro de inércia e desinteresse desta geração. Neste sentido, parece-nos que os alunos deverão aproveitar as vias institucionais (Assembleia de Escola, Conselho Pedagógico), nas quais se encontram oficialmente representados, para alterar esta situação, propondo actividades do seu interesse. A associação de estudantes tem, neste contexto, um papel fundamental no sentido de dinamizar e/ou coordenar actividades propostas pelos colegas. Outras vias de dinamização das actividades dos alunos poderão ser a rádio escolar, o jornal da escola e a página da escola na net. Uma escola de sucesso é uma escola partilhada e vivenciada. Este sentimento de pertença só pode ser experienciado se todos os agentes educativos, em especial os alunos, participarem na criação e realização de actividades. 2.2.2 Corpo docente A escola tem um corpo docente de 73 professores sendo estes , maioritariamente, do quadro de nomeação definitiva. A maioria destes professores não reside no concelho. A maioria do corpo docente é qualificado profissionalmente para leccionar. Alguns grupos de docência ainda necessitam de professores contratados para horários supervenientes, contudo, esta necessidade tem vindo a diminuir progressivamente. Com base em inquéritos realizados em 2002, o corpo docente situou-se maioritariamente na faixa etária dos 25 aos 39 anos, sendo essencialmente do sexo feminino. O gosto pela educação e pela autonomia profissional são as duas principais razões motivadoras nesta profissão. Ainda de acordo com os mesmos dados, o sucesso pessoal é ser solidário, respeitar a diferença e ter capacidade de fazer o que se gosta, bem como ter capacidade de motivar os alunos. Dos questionários trabalhados é importante realçar que os professores consideraram como competências a desenvolver o sentido de autonomia e responsabilidade, o espírito crítico, e a trans- 14 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 missão de conhecimentos. Estas competências coincidem parcialmente com as enunciadas na proposta de Lei de Bases da Educação. Finalmente, da leitura destes inquéritos, decorre a evidência que o corpo docente se encontra motivado para colmatar os problemas identificados. Curiosamente, o universo dos inquiridos identifica a desagregação da comunidade escolar como um problema que o Projecto Educativo deveria resolver. Esperamos que este possa dar um contributo positivo na resolução destas dificuldades. 2.2.3 Núcleo de apoios educativos Este núcleo é constituído por um psicólogo e 2 professores de apoios educativos. O primeiro tem como principal função orientar as escolhas vocacionais dos alunos face à oferta dos cursos universitários e profissionais, disponibilizados para prosseguimento de estudos e entrada no mercado de trabalho. O psicólogo tem também como importante função despistar eventuais casos que necessitem de supervisão clínica, encaminhando-os para um apoio profissional nesta área. Os professores responsáveis pelos apoios educativos têm a função de supervisionar e articular o trabalho dos docentes com os alunos que requerem estes apoios. 2.2.4 Pessoal não docente O corpo auxiliar é constituído por cerca de 19 elementos (3 cozinheiras, 2 guardas-nocturnos) distribuídos pelos diversos blocos e serviços. Há ainda 9 elementos pertencentes ao serviço de administração escolar e 2 elementos técnicos do A.S.E. Tendo em conta os dados de 2002, o pessoal não docente encontra-se maioritariamente entre os 40 e os 54 anos, as suas habilitações literárias variam do Ensino Básico ao 12º ano, sendo essencialmente do sexo feminino. O sucesso pessoal é entendido, tal como para os professores, na participação na comunidade escolar, na solidariedade e respeito pela diferença. Ter capacidade de adaptação a novas situações é considerado um factor relevante. O sucesso profissional é ser respeitado, reconhecido pelo trabalho desenvolvido e empenharse no mesmo. Depreende-se desta leitura que a comunidade escolar deverá estar sensibilizada para o reconhecimento do trabalho destes agentes, trabalho este fundamental para a promoção do sucesso escolar. Caberá ao pessoal não docente uma maior mobilização e envolvimento na partilha de responsabilidades, assumindo-se plenamente como Auxiliares de Acção Educativa. 2.2.5 Encarregados de educação Com base em dados recolhidos em 2002, os Encarregados de Educação encontram-se maioritariamente na faixa etária dos 35 aos 44 anos, com baixo grau de escolaridade e essencialmente do sexo feminino. Deste universo, perto de um quarto não faz parte da população activa. Os restantes trabalham sobretudo no sector terciário. A maioria destes encarregados de educação considera que a escola só os solicita após as reuniões de avaliação. É de salientar que estes têm ainda a percepção de que a escola não os envolve nas actividades. No entanto, consideram que o sucesso dos seus educandos depende da partilha de responsabilidades dos professores, alunos e encarregados de educação. - 15 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 A maior parte destes encarregados de educação considera que dá apoio aos seus educandos. O sucesso dos alunos é atribuído às boas relações com os professores e à boa preparação anterior; o insucesso deve-se à ausência de trabalho diário e à falta de bases. Disto decorre que, no entender dos Encarregados de Educação, tem que haver uma maior exigência e envolvimento da parte da escola para com os seus educandos. Por parte da escola, é sentido um desinteresse dos Encarregados de Educação no envolvimento com a escola comprovada pela incapacidade de se organizarem numa associação. No entendimento deste projecto, esta associação poderá contribuir, das mais variadas formas, para a promoção do sucesso escolar. - 16 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 2.3. Órgãos de gestão e estruturas educativas Constituição: Presidente Rep.C.E. 7 Rep. P. Doc. 2 Rep. P. N. D. 2 Rep. Alunos 2 Rep. E. E. 1 Rep. C.M.R.M 1 membro coopt Assembleia de Escola Conselho Executivo Constituição: Presidente 2 Vice presid. 1 assessor Constituição: Constituição: Presidente Vice-presidente Secretário Presidente Coord. Dep. (7) Coord. D.T. (2) Rep. Apoio Ed. Rep. Pes. N.D. Rep. Alunos Rep. E.E. Conselho Administ. Conselho Pedagóg. Directores de Instalações Nota: As Competências de cada órgão estão explanadas no Regulamento Interno da Escola. Instalações: Lab. F.Q. Rede Poliv. Polidesportivo Sala Mat. Segurança Lab. Biologia Rede Bloco A Ed.Vis./ Tecn. Inventário - 17 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Jornal escolar (2 Rep.) Desporto escolar (1 Coord.) Apoio educativo Coordenadores de projectos Coord. Recorrente Cursos: Conselho Executivo Departamentos Curriculares Dep. Mat. e Inf. (1º/I.T.I.) Dep. C. Exact. e da Natureza (4ºA/11ºB/12ºB) Dep. Ciências Econ. e Soc. (6º/7º/11ºA/12ºC) Tecnológico (1 Rep.) Coord. de D.T. Directores de curso Dep. Língua Portuguesa (8º A) Dep. Línguas Estrangeiras (8ºB, 9º) Científico- humanístico (1 Rep.) Sec . Bas . Cursos Tecnológicos (2 directores de curso) 10º ano (2 D.T. ) 11º ano (2 D.T.) 12º ano (1 D.T.) Dep.Humanidades (10ºA/10ºB/E.M.) Dep. Expressões (5º/Ed.Tec./Ed.F.) NOTA: O novo Conselho Municipal de Educação, que tem um papel relevante na interacção das escolas com a comunidade. - 18 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 2.4 Ofertas educativas 2.4.1 Áreas de estudo oferecidas pela escola No âmbito dos novos cursos ( Decreto - Lei nº 74/2004 de 26 de Março) que se generalizarão às escolas neste ano lectivo , a nossa escola oferece cursos nas seguintes áreas de estudos: Científico – Humanísticos: - Ciências e Tecnologias - Ciências Sócio – Económicas - Ciências Sociais e Humanas Cursos Tecnológicos: - Curso de Administração - Curso de Acção Social Para informações sobre as saídas profissionais destes cursos deverá consultar-se o anexo respectivo (anexo 3) e ainda os sites : www.acessoensinosuperior.pt e www.infoforum.pt. 2.4.2 Projectos pedagógicos A) Projecto integrado no Programa Nacional de Educação para a Segurança e Saúde no Trabalho – Escola Palco de Segurança Este projecto visa assegurar e melhorar práticas de higiene, segurança e saúde no trabalho. Neste âmbito têm vindo a ser feitas acções de formação para a comunidade em geral, algumas delas com a colaboração da Protecção Civil, Bombeiros e I.D.I.C.T. Este projecto conta com a parceria do Centro de Saúde, G.N.R., e G.I.A. B) Clube do Ambiente Pretende-se desenvolver atitudes de respeito para com o ambiente, assim como competências transversais relacionadas com a defesa do ambiente. Envolve alunos de todos os níveis de ensino privilegiando essencialmente acções fora da escola em contacto directo com o meio ambiente. Este projecto conta com o apoio da L.P.N./ C.E.A.I./S.P.E.A. O projecto de revalorização dos espaços verdes da escola é uma actividade do Clube e da responsabilidade dos professores Cláudia Cruz, Graça Metelo e Manuel Carraça. Tem como principal objectivo embelezar as zonas verdes do exterior da escola, dependendo a sua continuidade do financiamento, que permita a aquisição de novas plantas e a regular manutenção de que estas necessitam. C) Clube Europeu Da responsabilidade do Departamento de Ciências Económicas e Sociais, este clube existe desde o ano lectivo de 2001/2002. O seu principal objectivo é dar a conhecer este grande espaço que é a Europa, a sua história, as diferentes culturas e povos. D) Biblioteca Escolar Professor Manuel Talhante - 19 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Constitui-se como um espaço destinado a todos os membros da comunidade escolar, pensado para proporcionar a todos um acesso rápido e agradável à cultura, ao entretenimento e às novas tecnologias da informação. A biblioteca pertence à Rede Escolar de Bibliotecas do Ministério da Educação. E) Jornal Escolar “Gazeta do Conde” O jornal escolar “Gazeta do Conde” tem como principal objectivo informar a Comunidade Escolar de todas as actividades desenvolvidas na escola ou fora dela e pretende ser um meio de ligação entre a escola e o meio em que está inserido. 2.4.3 Outras actividades As actividades que a seguir se apresentam, não constituindo carácter obrigatório, merecem, no entanto, referência neste projecto, pelo dinamismo que imprimem a esta Escola. A) Esta Semana Acontece Este projecto decorre desde 1999 e pretende integrar a transversalidade dos saberes escolares, concretizando-os numa semana, onde docentes e discentes experimentam e mostram, fora do contexto da sala de aula, os saberes adquiridos. Durante este período decorrem workshops das mais variadas áreas, bem como exposições e conferências. Todas as actividades têm carácter experimental e /ou interactivo e são dinamizadas, na sua quase totalidade, pelos alunos da escola (do 7º ao 12ª ano). Estas actividades têm contado com o envolvimento das mais diversas entidades, a saber: Centro de Saúde, L.P.N., CliReg, CARMIM, A.D.I.M., E.B.2,3/ES Cunha Rivara, etc.. Estas actividades têm vindo a mobilizar cerca de 500 alunos dos diversos níveis de ensino. B) Geoculinária A culinária é uma das abordagens através da qual se “pode fazer” Geografia. A culinária, aspecto da gastronomia, resulta de elaborações e transformações específicas de produções agrícolas, características dos diferentes espaços onde ocorrem. Por conseguinte, a geoculinária é um dos modos de abordar a homogeneidade/heterogeneidade às diferentes escalas espaciais: local, regional, nacional... É, assim, uma actividade que, contribuindo para a dinamização do(s) espaço(s) escolar(es), cantina em particular, se enquadra rigorosamente em objectivos tais como: Reconhecer a(s) diversidade(s) espacial(ais), nas vertentes física e humana; Evidenciar hábitos e práticas alimentares; Dinamizar o(s) espaço(s) escolar(es). C) Caminhada Pedestre É prática habitual do grupo de Geografia realizar anualmente caminhadas pedestres, com o objectivo de mostrar in loco paisagem, modos de vida e outros aspectos relacionados com os conteúdos da disciplina; a observação directa é um elemento fundamental em Geografia, pois cimenta conhecimentos já leccionados em situação de sala de aula ou que poderão ser leccionados no exterior em trabalho de campo. O grupo considera relevante esta actividade para o desenvolvimento e crescimento do aluno e tem sido bem aceite e mesmo solicitada pelos mesmos, sendo os seus principais objectivos os seguintes: Aplicar o sentido de localização e de inserção em diferentes dimensões espaciais; - 20 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Reconhecer, analisando homogeneidade/heterogeneidade, a existência de diferentes padrões de fenómenos geográficos; Desenvolver a sensibilidade na percepção e na apropriação do espaço; Desenvolver o espírito de iniciativa, autonomia e solidariedade. D) Passeio de Bicicleta Actividade que se realiza desde 1998, da responsabilidade do Grupo de Educação Física, tendo como principal objectivo a comemoração do Dia do Não Fumador, através da prática de uma actividade física integrada no Programa Nacional de Educação Física: o cicloturismo/ciclocrosse. O passeio é realizado sempre pelas aldeias e vila de Reguengos de Monsaraz, sendo aberto a toda a população. Tenta-se promover a saúde, alertando a comunidade, nomeadamente para os malefícios do tabaco e demais substâncias nocivas, além de divulgar, ao mesmo tempo, os benefícios da actividade física como meio de prevenção. Conta sempre com o apoio da Guarda Nacional Republicana e dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz. Nos dois últimos anos, contou com a presença da Associação ADIM, no âmbito da prevenção das toxicodependências e no alerta em relação à SIDA. Em média, tem tido uma participação de cerca de cento e cinquenta pessoas, essencialmente alunos e professores das escolas de Reguengos. E) Núcleo de Dança Foi criado no âmbito do Desporto Escolar, no ano lectivo de 1998/99. É uma actividade de complemento curricular com os seguintes objectivos: dar a conhecer os diversos aspectos de que se reveste a actividade – Dança – nos seus domínios técnico e artístico; promover o desenvolvimento da percepção, da atenção, memorização e criatividade, sem esquecer a componente lúdica – gosto de praticar a Dança - entendendo o corpo como base de criação, de tudo o que fazemos, através da postura, flexibilidade, coordenação de movimentos, equilíbrio, musicalidade, orientação espacial, interpretação e descoberta do movimento. Durante dois anos, foi frequentado apenas por alunos desta escola. No entanto, a partir de 2001/2002, foi formalizado um protocolo entre a Escola E.B. 2,3 de Reguengos de Monsaraz e a Escola Secundária Conde de Monsaraz, possibilitando a frequência da actividade por parte dos alunos de ambas as escolas. Actualmente, é apenas um núcleo desta escola. Ao longo de cada ano lectivo, é efectuado um trabalho dentro das técnicas de dança moderna, dança jazz, danças sociais e danças tradicionais. Todos os anos são elaboradas e apresentadas coreografias, em diversos Encontros Distritais. A par disto, outro tipo de apresentações têm surgido tais como actividades de escola, festas de finalistas, jantares, festas em discotecas e, para além destas, espectáculos organizados e produzidos pelo próprio núcleo em parceria com outras entidades. F) Maratona de Natação Actividade que se realiza desde 1998, da responsabilidade do Grupo de Educação Física, tendo como principal objectivo a sensibilização da população para a prática da natação e a abertura oficial de Verão das piscinas de Reguengos de Monsaraz. A actividade é aberta a toda a população e consiste em manter durante vinte e quatro horas uma ou mais pessoas a nadar numa piscina olímpica, ou seja, qualquer pessoa poderá participar desde que consiga nadar cinquenta metros. Tenta-se promover a saúde, alertando a população para os benefícios da actividade física. Conta sempre com o apoio da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e pontualmente com outras entidades, nomeadamente farmácias, no sentido de fazer a prevenção do cancro de pele. Em média tem tido uma participação de cerca de duzentas pessoas, sendo a sua maioria alunos, professores e pais de alunos de Reguengos de Monsaraz e aldeias limítrofes, e pontualmente professores de Évora e outras pessoas interessadas. - 21 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Parte II Que escola queremos? - 22 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 1. Princípios orientadores Segundo a actual proposta de Lei de Bases do Sistema Educativo, “a missão fundamental da escola é hoje, mais do que nunca, fornecer a cada pessoa os meios para o desenvolvimento de todo o seu potencial, para uma liberdade autónoma, consciente, responsável e criativa. Há, assim, que assegurar uma educação que prossiga conjugada e sequencialmente as finalidades do aprender a ser e a viver juntos, do aprender a estar, do aprender a conhecer, do aprender a fazer, do aprender a pensar e aprofundar autonomamente os saberes e as competências.” Em conformidade, os princípios que enformam este projecto educativo devem materializar-se na edificação quotidiana de uma Escola Viva que se paute por: uma maior interacção entre todos os elementos da comunidade educativa, promovendo valores sociais, culturais e artísticos; uma Escola onde não haja isolamento e imobilidade: uma Escola que permita implementar medidas que promovam a autonomia, a identidade e a auto-estima dos alunos; uma Escola que aumente a sua visibilidade exterior, sendo capaz de passar do Eu ao Nós; uma Escola que saiba valorizar a sua própria identidade. O título deste projecto, As Letras dos Números e os Números das Letras — Comunicar através do Português e da Matemática, remete-nos para dois objectivos fundamentais, urdidos com base nas dificuldades identificadas: o conhecimento da Língua e Cultura Portuguesas, por um lado, e o desempenho cognitivo, fruto da formulação e resolução sistemática de problemas, por outro. Do sucesso nestes dois domínios, resulta um contributo fundamental para o correcto e eficaz desempenho da Escola e para a realização pessoal e social de todos os elementos da comunidade educativa. A qualidade da rede de ligações entre estes itens está na génese das condições indispensáveis para viabilizar uma Escola Feliz, não apenas na prossecução da sua missão institucional, mas também numa dinâmica que torne os intervenientes no processo educativo felizes na assumpção dos seus papéis na Escola. - 23 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 1.1. Identificação dos problemas da escola Tendo em conta o insucesso revelado pelos alunos nas disciplinas de Matemática e de Português, torna-se necessário tomar medidas com o objectivo de superar as dificuldades diagnosticadas. Os critérios de escolha, eleitos como base para a definição dos problemas a ultrapassar, foram os seguintes: 1) Visibilidade operacional, isto é, a forma clara como o problema se manifesta na execução das diferentes tarefas propostas. 2) Multiplicidade de resoluções, isto é, a diversidade de formas passíveis de minorar ou até erradicar as dificuldades observadas. Como reflexo da aplicação destes critérios, identificaram-se os problemas fundamentais a solucionar, que se enunciam do seguinte modo: Dificuldades ao nível da Matemática, decorrentes duma imaturidade de raciocínio com as operações formais, essenciais para a assimilação dos conteúdos programáticos da disciplina . Dificuldades ao nível da Língua Portuguesa: deficiente expressão escrita e oral. Com a resolução destes problemas, pretende-se alcançar os seguintes objectivos: 1) Melhorar o desempenho na aquisição e aplicação das competências de ano e ciclo de estudos dos alunos. 2) Alterar a imagem tradicional da disciplina de Matemática como área do saber estanque e acabada, promovendo uma visão dinâmica e diversificada de todo o conhecimento, numa lógica interdisciplinar que estimule o raciocínio com as operações formais. 3) Promover o uso multifuncional da escrita, com correcção linguística e domínio das técnicas de composição de vários tipos de textos em diferentes contextos (epistemológicos e/ou tecnológicos). 4) Desenvolver métodos de estudo e de investigação que contribuam para o sucesso escolar. 5) Fomentar a auto-estima dos alunos, em particular dos que revelam maiores índices de desmotivação e de dificuldades de aprendizagem. 6) Incrementar no seio da comunidade educativa um clima de escola adequado à promoção do sucesso escolar, não descurando o fito primordial da aprendizagem, a evolução e estruturação do conhecimento em patamares de exigência progressivamente mais elevados. - 24 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 1.2. Planos de acção para resolução dos problemas identificados. De seguida, definem-se estratégias, tendo em vista a concretização dos objectivos específicos enunciados e consequente resolução do problema de insucesso escolar nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Objectivos Estratégias (ver anexo 4) 1) Melhorar o desempenho na aquisiMatemática ção e aplicação das competências de ano e ciclo de estudos dos alu- Criação do Clube de Matemática. nos. Apoios Pedagógicos Acrescidos tendencialmente 2) Alterar a imagem tradicional da focados nos primeiros ano de escolaridade de cada disciplina de Matemática como um dos ciclos de ensino da Escola, com carácter área do saber estanque e acabada, obrigatório para os alunos com manifestas insufipromovendo uma visão dinâmica e ciências na aplicação e conhecimento das matérias diversificada de todo o conheci- da disciplina. mento, numa lógica interdisciplinar que estimule o raciocínio com Parceria com instituições de referência (Universias operações formais. dades, E.S.E., A.P.M, A.P.P., etc.), ao nível da prática pedagógica, para efeitos de formação do corpo 3) Promover o uso multifuncional da docente e acompanhamento contínuo de todo o escrita, com correcção linguística e processo de implementação das estratégias definidomínio das técnicas de composi- das3. ção de vários tipos de textos em diferentes contextos (epistemoló- Contributo das disciplinas afins na correcção da gicos e/ou tecnológicos). aplicação formal da Matemática, buscando a articulação dos conteúdos programáticos, para que exista 4) Desenvolver métodos de estudo e uma uniformidade na notação utilizada4. de investigação que contribuam para o sucesso escolar. Português 5) Fomentar a auto-estima dos alunos, em particular dos que revelam Sala de Estudo. maiores índices de desmotivação e de dificuldades de aprendizagem. Oficina (s) de Escrita. 6) Incrementar no seio da comunida- Clube de Jornalismo (alunos produzem o jornal sob de educativa um clima de escola a supervisão de professores acompanhantes). 3 Será desejável e profícua a colaboração de docentes universitários na área das Didácticas do Português e da Matemática, cujo perfil possa aliar a competência científica ao conhecimento aprofundado das dificuldades de aprendizagem dos alunos do ensino básico e secundário, com o propósito de apoiar os docentes da Escola Secundária Conde de Monsaraz na concepção, aplicação e avaliação de um plano de actividades adequado às prioridades deste P.E.E.. 4 A título de exemplo, pode procurar-se uma articulação curricular com a Física, para que os mesmos conceitos não sejam leccionados com diferentes notações e temporalmente desfasados, bem como com outras disciplinas, entre as quais a Geografia, a Informática, a Economia, etc. - 25 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 adequado à promoção do sucesso escolar, não descurando o fito primordial da aprendizagem, a evolução e estruturação do conhecimento em patamares de exigência progressivamente mais elevados. Prosseguir com as parcerias em curso e estimular novas parcerias com entidades públicas e privadas, de modo a tentar assegurar outras oportunidades à integração da população escolar. Concursos (ditados, poesia, contos, leitura expressiva, etc.) Clube de Expressão Dramática Fomentar o envolvimento de pais e Encarregados de Educação nas tarefas escolares, incluindo a revitalização da Associação de Pais. Envolver a comunidade educativa e responsabilizar docentes e não docentes para a plena concretização do Projecto Educativo. Concertação de esforços por parte de todos os professores da escola, no sentido de anotar e consciencializar o aluno para o erro na língua materna, tanto na oralidade como na escrita. Contributo de todas as disciplinas para o aperfeiçoamento das competências dos alunos na utilização da língua materna5. 1.3 Avaliação das acções propostas A avaliação das acções a realizar será baseada em dois tipos de elementos: inquéritos, a elaborar pelos responsáveis de cada acção; o desempenho académico dos alunos envolvidos, tendo em conta os objectivos a alcançar pelas mesmas, a definir previamente. Proceder-se-á ao tratamento estatístico dos dados apurados, sob a forma de relatório a apresentar no final de cada período. Este documento procurará evidenciar o trabalho desenvolvido e os resultados alcançados, projectando futuras formas de agir e actividades a desenvolver, no sentido de corrigir o que de menos bom foi feito. 5 Apesar dos inevitáveis obstáculos, a superação das dificuldades evidenciadas pelos alunos no domínio da língua materna exigirá a colaboração de todos os docentes deste estabelecimento de ensino. - 26 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Bibliografia “A Gazeta do Conde”, Junho de 2004, nº 10 “Integração de Serviços para a Infância” – Metodologia de Projectos, Seminário da Fundação Aga Khan/ Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1989 CÉSAR DE SÁ, A.J.A e LEITE de Faria, M.C.S; Clube de Matemática, a Aventura da Descoberta, Edições Asa, Colecção Práticas Pedagógicas, Lisboa, 1992 Contribuição para um Projecto Educativo, Ministério da Educação, DREL, Maio de, 1991 Contributos para a construção do Projecto Educativo e Plano Anual de Actividades, Ed, Ministério da Educação, Março, 1999 Educar o Futuro , Projecto Educativo da Escola Secundária da Amadora, Amadora, Maio de, 1999 Educar pela Inserção Social e Cívica, Projecto Educativo da Escola E.B.2,3 Sofia de Mello Breyner, Arcozelo, Vila Nova de Gaia, Março de, 2001 LE CONTE, J.M. et NESTRIGUE, A.M. – L’établissement dans la démarche de project., Hachette Education, col. Ressources Formation, Paris, 1992 OBIN, J.P – Le projet d’établissemant; Hachette Éducation, col. Nouvelles Approches, Paris, 1991 Plano Anual de Actividades, Escola Secundária Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz, Ano Lectivo 2003/2004 Projecto Curricular de Escola, Escola Secundária/3 Arquitecto Oliveira Ferreira, Gaia, Maio, 2002 Projecto Educativo de Escola , Escola Secundária Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz, Setembro de, 1997 Projecto Educativo, Escola EB 2,3/ES de Cunha Rivara, projecto inserido no concurso Nacional de Projectos “ A Escola é Para Todos”, PEPT, 2000 Regulamento Interno Da Escola Secundária Conde de Monsaraz, Escola Secundária Conde de Monsaraz ROCHA, A..P. - Projecto Educativo de Escola, Edições Asa, sd STRECHT,P. - Para uma Escola Feliz, Ed. da Escola Profissional Val do Rio, Lisboa, 1995 Unidade de Acompanhamento do Regime de Autonomia, Administração e Gestão das Escolas, Contributos para a Construção do Projecto Educativo e do Plano Anual de Actividades da Escola ou Agrupamento de Escolas, Ministério da Educação, Março de 1999. - 27 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Decreto - Lei nº 115 - A /98, 4 de Maio Decreto - Lei nº 74/2004, 26 de Março Decreto - Lei nº 43/89, 3 de Fevereiro Lei de Bases da Educação, Proposta de Lei nº 74/IX, Maio, 2003 Trabalhos realizados por alunos de geografia, no Ano Lectivo 2001/2002 Inquéritos realizados à comunidade escolar no Ano Lectivo 2001/2002 www.nycenet.edu, site do New York City Board of Education www.alentejodigital.pt/reguengos www.minerva.uevora.pt/condemonsaraz/cusca/historia.htm www.terravista.pt www.educationworld.com www.educationworld.org - 28 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Anexos - 29 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Anexo 1 - 30 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 - 31 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 - 32 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 - 33 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Anexo 2 — Associações/colectividades do Concelho de Reguengos de Monsaraz Nome Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz Secção de Ciclismo do Atlético Sport Clube Secção de Basquetebol do Atlético Sport Clube/BVRM Secção de Futebol Juvenil do Atlético Sport Clube Secção de Cicloturismo do Atlético Sport Clube Secção de Motociclismo da Sociedade Artística Reguenguense Secção de Motorismo da Sociedade Artística Reguenguense Secção de Ginástica da Sociedade Artística Reguenguense Secção de Pesca Desportiva da Sociedade Artística Reguenguense Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz CPR – Coro Paroquial de Reguengos Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz Grupo Columbófilo Albino Fialho Associação Regional de Artistas Plásticos e Artesãos Casa Gião (Sociedade Portuguesa de Autores) Casa de Convívio de Reguengos de Monsaraz Associação de Reformados e Pensionistas de Reguengos de Monsaraz Centro Cultural Caridadense 1.º de Maio Grupo Coral de Perolivas Sociedade União Perolivense Secção de Futebol da Casa de Cultura de Corval Secção de Atletismo da Casa de Cultura de Corval Secção de Cultura da Casa de Cultura de Corval Sociedade Columbófila Corvalense - 34 - Morada Campo 25 de Abril – BVRM 7200 Reguengos de Monsaraz R. João de Deus, 35 7200 Reguengos de Monsaraz Campo 25 de Abril – BVRM 7200 Reguengos de Monsaraz Rua João de Deus, 35 7200 Reguengos de Monsaraz Rua João de Deus, 35 7200 Reguengos de Monsaraz R. Caridade, 7 7200 Reguengos de Monsaraz R. Caridade, 7 7200 Reguengos de Monsaraz R. Caridade, 7 7200 Reguengos de Monsaraz R. Caridade, 7 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Conde de Monsaraz, 36 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Serpa Pinto 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Infante D. Henrique, 1 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Serpa Pinto, 17 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Serpa Pinto 7200 Reguengos de Monsaraz Estrada de Monsaraz, Km 0,8 7200 Reguengos de Monsaraz Rua General Humberto Delgado 7200 Reguengos de Monsaraz Rua de Mourão 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Dr. Francisco Gião, 43 7200 Reguengos de Monsaraz Rua Falcoeiras, 5 7200 Reguengos de Monsaraz Rua da Escola, Lote 3 7200 Reguengos de Monsaraz Largo da Sociedade, 4 7200 Reguengos de Monsaraz R. São Pedro 7200 Corval Rua de S. Pedro 7200 Corval Rua de S. Pedro 7200 Corval Rua de Évora 7200 Corval As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Sociedade Filarmónica Corvalense Bairro 25 de Abril, 24 7200 Corval 7200 Corval Centro de Convívio de Carrapatelo Sociedade União e Progresso Aldematense Comissão Social de S. António do Baldio Grupo Coral e Instrumental «Lírios do Campo» - Sociedade Harmonia Sanmarquense Sociedade Harmonia Sanmarquense Grupo Coral de S. Marcos do Campo - Sociedade Harmonia Sanmarquense Centro de Convívio de Cumeada Sociedade Recreativa Campinhense Rua Professor Cândido 7200 Corval Largo de S. António, 13 7200 Corval Rua Nova, 47 7200-072 Campo RMZ Rua Nova, 47 7200-072 Campo RMZ Rua Nova, 47 7200-072 Campo RMZ 7200 Campo RMZ Centro de Convívio de Outeiro Rua da Sociedade, 33 7200 Campinho Praça D. Nuno Álvares Pereira, 1 7200-175 Monsaraz Praça D. Nuno Álvares Pereira, 1 7200-175 Monsaraz Largo da Igreja 7200 Reguengos de Monsaraz 7200 Reguengos de Monsaraz Centro de Recreio Popular de Motrinos 7200 Reguengos de Monsaraz Associação de Defesa dos Interesses de Monsaraz ADIM Associação Menir – Cooperativa de Intervenção SócioCultural Travessa da Misericórdia 7200 Reguengos de Monsaraz 7200 Reguengos de Monsaraz Grupo Cultural e Desportivo da Freguesia de Monsaraz Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz Centro de Convívio da Barrada - 35 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Anexo 3 — Principais saídas profissionais Curso Tecnológico de Administração: Técnico Administrativo Operador de Registos de Dados Técnico de Contabilidade Técnico de Gestão Administrativa Técnico de Aprovisionamento Técnico de Secretariado Assistente de Direcção Curso Tecnológico de Acção Social: Técnico de Animação Sociocultural Técnico de Apoio Social Principais Cursos Superiores a que o Curso de Ciências e Tecnologia dá acesso: Acção Social Escolar Animação Sociocultural Antropologia Arquitectura Paisagística Curso de Tecnologia da Saúde Cursos de Biologia Cursos de Ciências Educação de Infância Educação Especial e Reabilitação Cursos de Engenharia Estatística Física Geografia Geologia Gestão Informática Cursos de Comunicação Matemática Medicina Marketing Professor do 1.º Ciclo de Ensino Básico Professores do Ensino Básico Variante Matemática e Ciências da Natureza, Variante Educação Física e Variante Educação Musical Psicologia Química Cursos da Academia Militar - 36 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Cursos da Academia da Força Aérea Ciências Policiais Cursos da Escola Náutica Infante D. Henrique Principais Cursos Superiores a que o Curso de Ciências Sociais e Humanas dá acesso Acção Social e Escolar Animação Cultural Antropologia Geografia História Sociologia Psicologia Alguns Cursos do Ensino Básico Direito Cursos de Comunicação Principais Cursos Superiores a que o Curso de Ciências Sócio-Económicas Cursos da Academia Militar Cursos da Academia da Força Aérea Acção Social e Escolar Animação Cultural Antropologia Geografia Educação de Infância Estatística Administração Pública Assistente Administrativo Ciência de Computadores Ciência Política Contabilidade Direcção e Gestão Hoteleira Engenharia Electrónica e de Computadores Estudos Superiores de Comércio Filosofia Gestão Informática Marketing Matemática Novas Tecnologias da Comunicação Organização e Gestão de Empresas Política Social Publicidade Recursos Humanos Sociologia Tecnologias de Informação Empresarial Curso de Pilotagem da Escola Náutica Infante D. Henrique - 37 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Anexo 4 — Propostas de planificação de actividades Estas propostas têm um carácter meramente sugestivo, não pretendendo constituir modalidades únicas e exclusivas para a superação dos problemas diagnosticados. A. Clube de Matemática Apresenta-se, a título de exemplo, uma proposta de projecto/planificação de actividades no âmbito de um Clube de Matemática. Acções Tarefas Quem executa Calendário Avaliação Programação de conferências “A Matemática e ...” Calendário Membros do clube Ao longo do ano lectivo Níveis de participação. Organização Orçamento Semana da Matemática Membros do clube 1 vez por período lectivo Exposições “A Matemática e ...” Membros do clube. Professores de outras disciplinas. Ao longo do ano lectivo Inquéritos aos conhecimentos adquiridos e à importância dada às acções desenvolvidas pelos participantes. Etc. 1. Fundamentação Desde muito cedo, a Sociedade Portuguesa de Matemática se preocupou com a formação de Clubes de Matemática. Tais clubes podem ser um auxiliar poderoso na propaganda da Matemática e no fortalecimento do convívio (tão necessário!) entre os interessados nesta disciplina. Os clubes podem, inclusivamente, ajudar a resolver algumas dificuldades na aprendizagem da Matemática. Assim, logo na primeira reunião de estudo, realizada em Junho de 1941, a Comissão Pedagógica chamou a atenção para a criação de Clubes de Matemática, defendendo "a difusão do gosto pelo estudo da Matemática por meios extra-escolares, tais como a criação de Clubes de Matemática." O primeiro secretário-geral da S.P.M., António Monteiro, empenhou-se entusiasticamente na criação de Clubes de Matemática. No artigo intitulado “Clubes de Matemática” (Gaz. Mat., n.º 11, 1942, pp. 8-12), depois de se referir à importância do papel desempenhado pelos Clubes de Matemática no desenvolvimento do gosto pela Matemática nos Estados Unidos, António Monteiro diz o seguinte: - 38 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 "À luz desta experiência, estamos no direito de pensar que a criação de Clubes de Matemática, na maioria das nossas escolas secundárias e superiores, é susceptível de determinar uma corrente vital de interesse pela Matemática, entre os jovens estudantes, que contribuirá de uma maneira eficaz para o ressurgimento das Matemáticas portuguesas. É claro que a criação desses Clubes dependerá em grande parte do interesse e espírito de iniciativa de professores e estudantes. Nas escolas em que houver um grupo, muito embora pequeno, de pessoas capazes de fundar um Clube de Matemática, estou certo que elas arrastarão atrás de si a grande maioria dos estudantes interessados pela Matemática, na medida em que a actividade do Clube corresponder às aspirações culturais actualmente existentes entre essas camadas." E acrescenta: "Todas as informações que tenho do nosso meio, mostram que existe uma ânsia de cultura entre os estudantes das nossas escolas superiores." Depois de dar uma ideia geral sobre a organização dos Clubes Americanos de Matemática, António Monteiro manifesta a sua admiração nestes termos: "Que belo exemplo nos dá a juventude americana, quando toma iniciativas no sentido de alargar e completar a sua cultura e que magnífico exemplo o dos professores americanos que auxiliam com a sua experiência a actividade dos Clubes e que vêem nos estudantes, companheiros de trabalho e amigos, obreiros conscientes e dedicados pela causa da cultura Matemática!" Preocupado com a situação da Matemática em Portugal, preveniu: "O ressurgimento dos estudos matemáticos em Portugal só é possível na medida em que a imensa energia intelectual da juventude for completamente mobilizada. É certo que nos faltam muitas condições preliminares para atingir um tal objectivo, mas também é verdade que muita coisa se pode ir fazendo desde já. Preparar o futuro ainda é a melhor forma de vivermos as horas que passam e é a juventude que tem maiores responsabilidades nessa tarefa, porque é ela que tem o futuro nas suas próprias mãos, porque é nela que residem as grandes reservas de energia intelectual duma nação." E, em apoio desta sentença, aduziu: "Quando Maurice Fréchet nos dizia recentemente que "só o professor que faz investigação científica demonstra a sua superioridade intelectual em relação à média dos seus alunos", implicitamente reconhecia a superioridade intelectual dos estudantes mais qualificados em relação à média dos seus professores.” E António Monteiro insistiu: "Num país como a França, em que, no campo das ciências Matemáticas, os trabalhos decisivos na carreira de um investigador são realizados entre 20 e 25 anos, um professor como Maurice Fréchet, que fundou a Análise Geral por essa idade, não pode pensar de outra maneira. Da atitude da juventude estudiosa, principalmente, nas escolas superiores, depende em grande parte a probabilidade de se criarem Clubes de Matemática. No ensino secundário parece-me que é da parte dos professores que deve partir a iniciativa. Em qualquer hipótese, é preciso não esquecer que os estudantes é que devem ter o papel mais activo dentro do Clube. O professor deve desempenhar o papel de um orientador, com um largo espírito de compreensão perante o espírito de iniciativa da juventude." Depois de apontar várias formas de actuação dos Clubes Americanos para despertar o entusiasmo pelo estudo da Matemática, aludiu ao hábito de os clubes realizarem festas de fim de ano - 39 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 (uma representação de uma peça de carácter matemático, um pic-nic ou um jantar). Nestas festas, procede-se a um balanço do clube, projectam-se actividades para o ano seguinte, distribuem-se prémios aos estudantes que mais se distinguiram e todos cantam a canção do clube. Escreveu Monteiro: "Isto é possível com aqueles professores que, quando se encontram diante de uma classe liceal que boceja perante as suas lições sobre a simetria das figuras, levam os alunos para o campo ou para o jardim para observarem, nas árvores ou nas flores, exemplos de simetria, que os levam a visitar monumentos para observarem novos exemplos de simetria e que voltam à aula com uma classe galvanizada e que pensam com razão em face dos resultados obtidos que o tempo gasto nos passeios não foi tempo perdido, porque uma classe não é um vazadouro para despejar um programa! Se o novo ensino da Matemática precisa de uma grande remodelação, há uma coisa que é certa, precisamos de um ensino liceal menos catedrático e de um ensino universitário menos elementar." E o antigo presidente da S.P.M. conclui: "A criação de Clubes de Matemática é susceptível de corrigir estas duas deficiências. Os estudantes e professores interessados têm o futuro nas suas próprias mãos." Nos anos quarenta, não era assim tão fácil para um professor do ensino secundário ou primário sair para o campo com os seus alunos, a meio de uma aula, observar árvores e flores e regressar, em seguida, à aula, para sistematizar ou reflectir com os seus alunos sobre as observações feitas. Para que isso fosse fácil, era necessário que o exercício de algumas liberdades cívicas estivesse garantido, o que, como se sabe, não acontecia nessa altura. Nesse tempo, o chamado Ministério da Educação expedia circulares, proibindo os professores de terem iniciativas, fechava escolas de formação de professores e perseguia e mandava prender professores, que depois demitia, por defenderem as liberdades democráticas. E, num tal clima, não seria fácil ... - 40 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 2. Actividades e material de apoio — Nível de escolaridade: 3º Ciclo e Ensino Secundário Software: Comecemos por referir algum do software que deverá existir num Clube de Matemática ou num Laboratório de Matemática. Na revista Educação e Matemática (nº45, 1997, pág. 57), podemos encontrar algum software, além de abundante bibliografia para a docência da disciplina de Matemática numa escola básica. Após o nome de cada programa, indica-se o local onde poderá ser adquirido. Títulos: Calindex Logo: http ://wwvv.lcsi.calindex.htrni. Morada: Logo Computer Systems, Inc; 3300 Cote Vertu, Suíte 201, Montreal, Quebec, HAR2B7. Tesselmania: http://www.keypress.com/ product_info/tesseimania.html. Encomenda: fax 00 1 800 541 2442. Morada: KeyCurriculum Press, P.0. Box 2304, Berkeley, CA 94702, USA. The Geometer’s Sketchpad: pode ser adquirido na APM. Cabri: Dismel, Lda. Rua Zaire, 16, 1º Dto, 1170 Lisboa. Graphic Calculus: Vu Soft, Geerdinkhof 561, 1103 RK Amsterdam, The Netherlands Graphmatica: download do programa em http://www.softwarelabs.com/win31/win3170.htm. Coypu: programa produzido no Shell Center for Math Education (University of Notingham; download de um demo em http:/ /www.octpen.demon.co.uk/coypu/. Folha de cálculo (Excel): qualquer distribuidor da Microsoft. Kalcidotilo a Kali (só para Mac) : download em http://www.georn.urnn.edu/software/download/. Modellus: pedidos a Vitor Teodoro, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de 2825, Monte da Caparica. Lisboa, Existem ainda outros locais nos quais podemos encontrar software: Lista de programas do Ministério da Educação: http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/soft3.htm. A homepage de Jaime Carvalho e Silva: http://www.mat.uc.pt/~jaimecs/index.html. Local onde se pode jogar on-line jogos matemáticos: http://www.cut-the-not.com/content.html. Local onde podem ser adquiridos e em alguns casos feito o download de software matemático: http://www.forum.swarthmore.edu/library/resource_types/soft_archives/. Materiais: Sólidos de diversos materiais (acrílico, palhinhas, cartolina, acetato, polydron, zometool, etc.), pentaminós, materiais para pavimentações, compassos, réguas, transferidores, dados, geoplanos, calculadoras cientificas e gráficas com viewscreen, datashow, jogos didácticos diversos. A grande maioria destes materiais podem ser encontrados na APM. - 41 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Revistas: Educação e Matemática (APM), Boletim (SPM), Mathematics Teatcher (NCTM), Jornal de Matemática Elementar e Galeria dos Matemáticos (JME). Livros: Desafios (Afrontamento), Colecção “O Prazer da Matemática” (Gradiva), Matemáticas (Miguel de Guzman), Actividades Matemáticas na Sala de Aula (Texto Editora), Problemas Matemáticos - Ciência Aberta (Gradiva Júnior), Clube de Matemática/A aventura da Descoberta (ASA), Aprender Matemática/ Pensar a Realidade (Texto Editora), Estatística no Ensino do 3º Ciclo do Ensino Básico (APM), O Geoplano na Sala de Aula (APM), Puzzles de Matemática (Terramar), Investigações Matemáticas na Sala de Aula (propostas de trabalho) (APM), Mat789 - Inovação Curricular em Matemática (APM), Exploração de Construções Geométricas Dinâmicas (APM). Outros recursos na Internet: IMO News at MAA: A Mathematical Association of America (MAA) divulga informação sobre as IMO e publica livros com os problemas das IMO. WFNMC: A World Federation of National Mathematics Competitions (WFNMC) publica a revista Mathematics Competitions. M&IQ :A revista Mathematics and Informatics Quarterly é uma revista internacional que: Publica artigos, notas, problemas e soluções sobre Matemática e informática para o Ensino Secundário. Dirige-se a professores e estudantes interessados por clubes de Matemática e informática, olimpíadas e competições. In the World of Mathematics Esta revista dirige-se a estudantes e professores interessados em problemas e puzzles matemáticos, assim como na história da Matemática e seus novos caminhos de progresso. Boletim da SIPROMA (SIPROMA é a ``Sociedad Iberoamericana para la Promoción de la Matemática''). 3. Finalidades e objectivos O clube de Matemática tem como objectivo fundamental desenvolver o gosto pela Matemática. Os alunos realizam actividades lúdicas relacionadas com os conteúdos curriculares. Para os alunos que possuem um gosto natural pela Matemática, o clube é um desafio às suas capacidades. Para os alunos de fraco aproveitamento, o clube pretende desenvolver o gosto pela Matemática, ajudando-os a consolidar os conhecimentos adquiridos e a superar algumas dificuldades básicas. Além disso, permite que todos os alunos exprimam e fundamentem as suas próprias opiniões; reflictam e formulem juízos sobre situações com que são confrontados, utilizando raciocínios dedutivos e indutivos; que se responsabilizem por tarefas de sua iniciativa e da iniciativa de outros e que desenvolvam hábitos de trabalho de grupo, partilhando saberes e responsabilidades. - 42 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Continuam, assim, a ser finalidades do Clube da Matemática: — Centralizar no clube as actividades de recuperação destinadas aos alunos com dificuldades na disciplina de Matemática. É importante explorar a dimensão lúdica e abrir caminho a uma maior autonomia do aluno na construção do seu saber; — Construção de materiais para utilização da comunidade escolar; — Intercâmbios que demonstrem a universalidade da linguagem matemática; — Criação de um pequeno centro de recursos para as aulas de Matemática, através da aquisição de livros, publicações várias, jogos, etc., aos quais serão acrescentados os jogos e o material didáctico construído no clube; — Participação nas actividades previstas no Projecto Educativo da Escola — Utilização das TIC para explorar conteúdos programáticos fora do contexto das aulas curriculares. — Experimentação de práticas pedagógicas susceptíveis de gerar nos alunos atitudes de empenhamento, autonomia e iniciativa, de modo a favorecer um maior entusiasmo e motivação no desempenho profissional do professor. Objectivos gerais — Fomentar o gosto pela Matemática como ciência que nasce da vida para a vida. — Motivar para aprendizagem da Matemática. — Dar a conhecer factos da história da Matemática e da vida e obra de matemáticos, inseridos no respectivo contexto histórico. — Desenvolver capacidades que facilitem a aquisição de conhecimentos para uma melhor compreensão do mundo e inserção na vida prática: sentido de rigor; matematização de situações; estímulo à criatividade. — Organizar actividades que permitam o desenvolvimento de atitudes de autonomia e cooperação. — Promover hábitos de consulta bibliográfica; — Motivar os alunos para a criação de materiais de divulgação; — Estabelecer intercâmbios com outras escolas, com outros clubes e com a comunidade em que os alunos se encontram inseridos. — Desenvolver actividades que permitam aos alunos com dificuldades na disciplina superar as suas dificuldades, quer através do "prazer" lúdico da Matemática, quer através da utilização de processos de aprender a aprender. - 43 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 4. Actividades a desenvolver A - "Divulgação da história da Matemática" B - "Instrumentos de cálculo" C - "Actividades de medida" D - "Jogos" E - "Passatempos, problemas, curiosidades " F - "Actividades de Geometria" G - "Actividades de Recuperação" H - "A Matemática e as outras ciências" I - "A Informática e a Matemática" J - "Estatística" Projectos " Divulgação da história da Matemática " Actividades O matemático do trimestre. Estudo de factos da história da Matemática e posterior divulgação. Utilização de ábacos. " Instrumentos de cálculo " Utilização de máquinas de calcular. Descobrir o "palmo", o "pé" e a passada como unidades de medida possíveis. "Actividades de medida" Actividades para utilização da fita métrica, metro articulado, transferidor. Estudo de relações métricas no Corpo Humano Jogos comercializados( Quarto, Rumikub, spectrangle, Abalone e outros). "Jogos" Construção de jogos, puzzles, quebra-cabeças, etc. Labirintos matemáticos. Participação nas Pré-Olímpiadas "Passatempos, problemas, curiosidades" Dinamização das Matematíadas, concurso de problemas de Matemática, cujo regulamento se apresenta em anexo Conhecer novos algoritmos para as operações adição e multiplicação. Exploração do algoritmo da divisão. Desenvolvimento do cálculo mental. Aplicações do cálculo de valores aproximados. - 44 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Construção de modelos de sólidos geométricos. Construção de triângulos e quadriláteros articulados. Actividades para distinguir perímetro de área (relação entre área e perímetro de figuras planas) - construção de geoplanos. "Actividades de Geometria " Construção de pentaminós. Construção de Tangram. Actividades com espelhos Realização de fichas de trabalho de orientação de actividades. Construção e participação em jogos. "Actividades de recuperação" Consulta de livros e outras publicações. Actividades de meta cognição. Resolução de fichas de trabalho com auto-correcção. " A Matemática e as outras Ciências" Participação em actividades no âmbito do Plano Anual de Actividades e que relacionem a Matemática com as outras Ciências. Uso software de jogos de estratégia/estimativa/erro como o Estima-tempo e o Trinca-Espinhas. " A Informática e a Matemática" Uso de Software para o estudo da Geometria como o Cabri geomètre, O Geometer’s Sketchpad, o Escher e o Logowriter. Uso de Software Circulo para o estudo da Trigonometria e do Software Funções para o estudo das funções. Procura e organização de informação (em diversas publicações como jornais, revistas, etc. ...). Construção de tabelas e gráficos para estudar situações reais. "Estatística" Interpretação de informação. Utilização da folha de cálculo Excel para a elaboração da estatística da avaliação da escola em colaboração com o Clube de Informática 5. Calendarização As actividades serão distribuídas ao longo do ano lectivo. 6. Recursos humanos — Alunos da Escola. — Professores de Matemática da Escola. - 45 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 7. Apoios necessários — Associação de Professores de Matemática. — Associação de Pais. — Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz. — Apoio Financeiro da Escola. — Outros. 8. Normas de funcionamento do clube a) Divulgação do Clube de Matemática à comunidade educativa por via de um desdobrável, onde figurem as finalidades e actividades do clube, o horário de funcionamento e a ficha de inscrição com a autorização do Encarregado de Educação para o aluno frequentar o clube. b) Grupos, no máximo, de 10 alunos por aula. c) O trabalho é de escolha livre, podendo ser realizado individualmente ou em grupo, quer nas actividades quer na produção de materiais. d) Estará sempre presente um professor para apoiar os trabalhos, centrando a sua atenção para os alunos com maiores dificuldades. e) O aluno requisita o material e responsabiliza-se pela sua conservação — vai para uma mesa joga, trabalha, lê. f) No termo do tempo de utilização, entrega o material e assina a requisição. 9. Número de aulas semanais atribuídas ao docente Quatro horas. 10. Local A Sala 14, onde serão guardados todos os materiais pertencentes ao Clube de Matemática. Esta sala seria também destinada a apoios pedagógicos de Matemática. 11. Avaliação do projecto — Preenchimento de folhas de presença. — Realização duma avaliação estatística dos materiais utilizados pelos alunos. — Inquéritos aos alunos e professores intervenientes em que estes manifestem a sua opinião em relação às actividades realizadas. — Análise estatística destes inquéritos e sua divulgação à comunidade educativa. - 46 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 B. Clube de Jornalismo – Jornal Escolar “Gazeta do Conde” 1. Identificação do Projecto O Jornal «Gazeta do Conde» é um projecto promovido, dinamizado e coordenado pelo Clube de Jornalismo desta Escola, envolvendo a participação dos seus alunos, funcionários e professores. 2. Objectivos — Aperfeiçoar as competências dos alunos inscritos no âmbito da língua materna. — Desenvolver a prática do jornalismo escolar na Escola Secundária Conde de Monsaraz. - Contribuir para o estabelecimento de uma relação mais próxima entre a Escola Secundária Conde de Monsaraz e a sua actualidade, através de uma particular atenção às questões da comunicação interna e externa. — Reforçar a identidade desta Escola e a auto-estima dos seus membros. — Fomentar uma maior articulação entre a comunidade escolar e o meio envolvente, em especial as famílias, as empresas e outras instituições locais. — Incrementar a aquisição de capacidades de recolha, selecção e organização da informação. — Estimular valores e atitudes de responsabilidade, empreendimento, criatividade e serviço ao bem comum. — Promover a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação na produção do Jornal Escolar «Gazeta do Conde», nomeadamente através da Internet. 3. Descrição Este projecto tem como objectivo imediato a publicação de três edições de um jornal produzido em contexto escolar. O seu público-alvo será, no ano lectivo 2004/2005, a comunidade educativa da Escola Secundária Conde de Monsaraz: alunos, professores e pessoal não docente. A sua linha editorial privilegiará a diversidade de géneros jornalísticos: notícias breves, reportagens, entrevistas, crónicas, opiniões, etc.. Se tal se justificar, proceder-se-á à inserção de suplementos temáticos. - 47 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 A produção do jornal será coordenada pelo Clube de Jornalismo, assente numa estrutura «informal» e democrática, subordinada a um Estatuto Editorial e aberta à colaboração de todos os interessados. 4. Intervenientes — Redacção: alunos, funcionários e professores da Escola Secundária Conde de Monsaraz. — Clube de Jornalismo da Escola Secundária Conde de Monsaraz: coordena, dinamiza e apoia feitura do jornal (grupo de alunos inscritos / professores acompanhantes). — Conselho Pedagógico: supervisiona os critérios editoriais. 5. Desenvolvimento do projecto Na sua aplicação, este projecto do Jornal Escolar «Gazeta do Conde» percorrerá as seguintes etapas: 1. Organização do Clube de Jornalismo, por via da inscrição voluntária. 2. Planificação das actividades: envolvimento dos alunos e distribuição de tarefas. 3. Mobilização da comunidade escolar para colaborar na produção do jornal (utilização dos recursos da Escola Secundária Conde de Monsaraz). 4. Composição e projecto gráfico da edição. 5. Impressão e distribuição. 6. Avaliação das actividades realizadas: a efectuar pelos diferentes intervenientes, no final do percurso de cada edição. 6. Fundamentação “São múltiplas as vantagens de ensaiar a produção de um jornal no quadro escolar. Para além de outros objectivos que permita atingir, a experiência de participar na elaboração do jornal constitui uma via insubstituível para compreender alguns dos mecanismos de funcionamento e algumas das regras que estão igualmente presentes, embora noutra escala, na vida quotidiana dos jornalistas dos grandes órgãos de informação.” (in Manuel Pinto, A Imprensa na escola. Guia do Professor, Cadernos Público na Escola/1, 1991). As actividades a desenvolver no âmbito deste projecto (nomeadamente a criação partilhada de conteúdos e a participação individual na recolha, selecção e organização da informação) proporcionam aos alunos condições para consolidar novos hábitos e competências, nomeadamente na utilização escrita e falada da língua materna. - 48 - As Letras dos Números e os Números das Letras - Projecto Educativo ESCM 2004 Na Sociedade da Informação e do Conhecimento, é essencial a criação de estímulos que promovam o desenvolvimento das competências comunicativas dos jovens e a criação de uma postura crítica em relação ao seu próprio trabalho, condições estas que se encontram asseguradas neste projecto. 7. Calendário Ano lectivo 2004/2005 Edição n.º 1 Etapa 1 a 2: Outubro 2004 Etapa 3: Outubro a Novembro 2004 Etapa 4 e 5: Novembro e Dezembro 2004 Etapa 6: Janeiro 2005 Edição n.º 2 Etapa 3: Janeiro e Fevereiro 2005 Etapa 4 e 5: Março e Abril 2005 Etapa 6: Abril 2005 Edição n.º 3 Etapa 3: Abril – Maio 2005 Etapa 4 e 5: Maio e Junho 2005 Etapa 6: Junho 2005 8. Avaliação A avaliação do projecto é assegurada pelo Clube de Jornalismo, tendo por base a aplicação de dois instrumentos: a constituição de um porta-fólio, onde se possa recolher todos os elementos produzidos ao longo do ano, de modo a reconstituir as aprendizagens desenvolvidas; e um relatório final de actividades e contas. - 49 -