capa de PEIXE ESPADA - Fórum Amor de Peixe

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capa de PEIXE ESPADA - Fórum Amor de Peixe
capa de
PEIXE ESPADA
PEIXE-ESPADA
Poucos peixes de aquário ganham em
popularidade do conhecido Peixe-espada, ou
Xiphophorus helleri, Poecilídeo classificado
por Heckel cujo nome científico se refere à
característica que lhe dá o nome vulgar, isto é,
xipho=espada; phorus=portador. A espécie foi
assim denominada em homenagem a Carl
Heller, quem pela primeira vez o coletou na
natureza.
Originário do México e da Guatemala, onde
é encontrado na forma selvagem (sua cor é
Verde claro com duas finas listras ao longo do
corpo, uma amarela e outra vermelha), o
Espada é dono de um belo nadar e os machos
apresentam, além do gonopódio (espécie de
órgão copulador), um apêndice na parte inferior
da nadadeira caudal. Mas, provavelmente, não
foram apenas estas características que lhe
conferiram tamanha popularidade. Ao contrário
da maioria dos peixes, cuja reprodução é
ovípara, através de fecundação externa, ficando
os ovos na maioria dos casos desprotegidos e à
mercê da predação, esta espécie é ovovivípara,
isto é, os alevinos nascem crescidos e prontos
para nadar.
Graças a este fato, sua seleção em cativeiro
se desenvolveu rapidamente, permitindo,
inclusive, progressos no estuda da genética.
Dessas experiências surgiram variedades muito
bonitas como os Espadas laranja, tuxedo
(salpicado de preto), “wagtail”com nadadeiras
pretas, albino, vermelho sangue, preto,
dourado, etc... Além das variedades de cor,
foram obtidas nadadeiras em forma de véu e
lira.
Muitas destas variedades partiram de
cruzamentos híbridos com o Platy. Apesar das
lindas cores conseguidas, esta rigorosa seleção
artificial roubou da espécie sua rusticidade e
resistência natural ao meio ambiente e hoje os
Espadas são peixes frágeis e sensíveis às
mudanças. Paralela a essa fragilidade,
observamos uma grande degeneração das
células de cor ou cromatophoros, que
apresentam sob o microscópio um aspecto que
lembra as células cancerosas.
Esse fato permitiu que se usasse o Espada
wagtail como modelo experimental para o
estudo do melanoma maligno (um grave tumor
maligno que afeta o homem).
Por este motivo, os Espadas devem receber
cuidados especiais para que haja sucesso em
sua criação.
REPRODUÇÃO
Num aquário com abundante vegetação,
principalmente na superfície, poderá acontecer
uma criação natural de Espadas. Os machos
cortejam as fêmeas efusivamente, dançando ao
seu redor, ao mesmo tempo em que deixam
bem evidente a rivalidade entre si
(curiosamente, os Espadas e outros peixes da
família Poecilidae estão sujeitos ao fenômeno
da reversão sexual. Não se sabe qual o motivo,
mas fêmeas podem subitamente se transformar
em machos, o que vale dizer que todos os
machos grandes de Espada provavelmente já
foram fêmeas!). A esses flertes sucede-se a
cópula. Na verdade, o gonopódio é uma
canaleta constituída de raios da nadadeira anal
modificada, que leva o esperma até próximo do
poro genital da fêmea. Desta forma ocorre a
fecundação interna, permitindo aos ovos se
desenvolverem no interior do ventre materno.
Durante o processo de gestação a fêmea
progressivamente avoluma seu abdômen,
surgindo uma mancha escura próxima ao poro
genital, que também aumenta progressivamente
de tamanho.
Quando estiver chegando o momento do
nascimento,
será
possível
ver,
por
transparência, os olhos dos futuros peixinhos.
A vida dos ovos independe da mãe no que diz
respeito à nutrição. No entanto, o oxigênio
provém de sua rede sangüínea, através de um
processo de difusão. Caso a fêmea morra,
poderemos salvar a prole se a gravidez já
estiver adiantada, extraindo os ovos de seu
ventre - mas, para que tal processo tenha
sucesso, a água e o material utilizados deverão
ser esterilizados. Já ao nascer, o filhote pode
nadar por si e busca refúgio entre as folhas, na
superfície da água. Nesta fase, os pais e outros
peixes poderão devorar alguns peixinhos - é a
seleção natural. Aqueles que quiserem evitar
essa predação poderão utilizar uma criadeira,
ainda que seu uso seja desaconselhável já que
estressa muito a fêmea, ou então,
preferivelmente, manter a fêmea isolada num
pequeno aquário de 5 litros com abundante
vegetação, aquecimento, tampa e alimento
vivo.
As proles podem variar de poucos peixes até
80 ou mais de 100 alevinos em fêmeas grandes.
O crescimento é mais lento em aquário se
comparado como que ocorre na natureza,
podendo ser apressado com trocas semanais e
parciais de água, além do uso de aquários
espaçosos. Em condições ideais, uma fêmea
dará cria a cada 40 dias.
Para reprodução em maior escala, procure
manter uma média de 1 macho para cada 3 a 5
fêmeas. Após o parto, procure deixar a fêmea
isolada por uns 3 dias, recebendo boa
alimentação, para que se refaça do parto.
O Espada e o Plati podem ser cruzados entre
si, gerando híbridos férteis. Algumas espécies
surgiram desses cruzamentos.
1.Xiphophorus helleri - Classificada por
Heckel, em 1848; encontrada desde o rio
Nautla até Vera Cruz, do México à Guatemala;
a primeira remessa para a Europa (Alemanha)
aconteceu em 1909, por W.Schoot. É a espécie
mais comercializada no mundo.
X. helleri Verde
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Alimentação: o aparelho bucal do espada é
especializado em raspar algas, sendo
fundamental oferecer uma dieta rica em
vegetais, principalmente espinafre cozido e
alface crua. Não deverá faltar, também,
proteína proveniente de coração de boi e peixe
cru, e alimentos vivos. Aos alevinos deverá ser
oferecida fina alimentação em pó, como leite
ou farinhas para bebês. Os alevinos aceitam
muito bem náuplios de artemia salina.
101B - X. helleri azul
2.Xiphophorus montezumae - Classificada por
Jordan/Snyder, em 1899. Originário de Vera
Cruz, México.
Ambiente: O aquário pode ser de qualquer
tamanho, respeitado o mínimo de 30 litros,
montado com sistema de filtragem; o pH deve
variar de 7 a 7,4 e a temperatura pode ser em
torno de 27 graus C.
ESPÉCIES
102A - X. montezumae
3.Xiphophorus pygmaeus - O macho possui
uma pequena espada, de 1 a 2 mm, na cauda.
Seu tamanho é de 4 cm, para o macho e 6 cm.
para a fêmea. Originário de Vera Cruz (Mx).
Classificado por Hubbs/Gordon, em 1943.
106 - 6.Xiphophorus signum - É um peixe
selvagem, que vive em águas alcalinas, de pH
elevado (8). Atinge até 8cm. de comprimento.
103A - X. pigmaeus
104 -4.Xiphophorus cortezi - Originário do rio
Axtla (Mx). Possui uma espada na cauda, com
2 cm de comprimento. Vive nas partes mais
fundas do aquário. Pode atingir até 6cm de
comprimento.
107 - 7 - Xiphophorus alvarezi
108 - 8 - X. birchmani
104A - X. cortezi fêmea
104B - X. cortezi
105 - 5.Xiphophorus clemencae - É um peixe
selvagem, de cor cinza com reflexos
vermelhos. Vive em águas de ph alto (7,8).
Atinge até 4 cm. de comprimento.
109 - 9 - X. continens
110 - 10 - X. evelynae
VARIEDADES
111 - 11 - X. jordani
112 - 12 - X. malinche
113 - 13 - X. meyeri
114 - 14 - X. milleri
115 - 15 - X. multileneatus
Existe uma enorme gama de variedades de
cor, que combinadas com os tipos de cauda
elevam o número de Espadas existentes: Verde
(selvagem), vermelho, Sangue, Tuxedo
(salpicado de preto), Branco, Verde tuxedo,
Montezuma, wagtail, dourado (marigold),
preto, albino, laranja, Fantasma (corpo quase
transparente), Berlinense (vermelho com pintas
pretas grandes).
Todas essas cores podem ser combinadas com
as caudas Lira e Véu.
Em 1960, Thomas Simpson, na Califórnia,
obteve a variedade Simpson, à partir de espadas
comuns. São peixes de cores variadas, mas com
uma enorme nadadeira dorsal.
A variedade marigold pode ser obtida através
do cruzamento do espada Verde(selvagem)
com o espada vermelho.
Em 1963, no Hawai, E.Nishido criou um
espada negro com nadadeiras vermelhas, que
foi batizado de Nishida higfin helleri
O Espada lira surgiu em 1962 na flórida, criado
a partir do espada Verde, por Orean Adams.
Foi uma mutação genética.
Em 1943, dois criadores brasileiros
desenvolveram, a partir do espada albino,
exemplares vermelhos de olhos vermelhos
(rubino). Foram apresentados na exposição da
Sociedade
Brasileira
de Ictiologia e
Piscicultura, daquele ano.
116 - 16 - X. nezahualcoyoti
118 - Casal vermelho-sangue
117 - 17 - X. nigrensis
119 - Espada alaranjado
122 - Selvagem Verde
120 - Cauda Lira fêmea
121 - Cauda lira, macho
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123 - Cauda Lira
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CAPA DE:
PLATI.
PLATI
Bastante popular nos aquários brasileiros e
do mundo inteiro, o Plati é um peixe de beleza
singular e de cores variadas. Pertencente à
família Poecilidae - a mesma dos espadas,
Molinésia e Lebiste -, na natureza ele pode ser
encontrado no México em duas variedades
selvagens:
o
Xiphophorus
maculatus,
classificado por Guenther e oriundo do rio
Papaloapan no sul do México e o Xiphophorus
variatus, classificado por Meek e originário
desde o rio Panuco até o rio Cazones, no este
mexicano.
O nome siphophorus significa “portador de
espada” e refere-se ao órgão sexual do macho (
o gonopódio), que se assemelha a uma espada.
Por sua vez, o nome maculatus refere-se às
manchas pretas no corpo do animal selvagem e,
variatus, à inconstância de cores desses
animais.
O X. maculatus é a espécie mais popular
entre nós, tendo sido, também, a mais
trabalhada seletivamente pelo homem. Aliás, o
Plati foi de muita importância no estudo da
genética dos peixes, destacando-se nessa área o
prof. Myron Gordon que, além de deixar
estudos genéticos dos platis, produziu, por
seleção, a variedade “wagtail”, caracterizada
por ter nadadeira pretas. E, além desta
variedade, a espécie X.maculatus apresenta
muitas outras como: azul, vermelha, preta,
Verde, dourada.
À semelhança do Lebiste, o Plati é um
excelente peixe para o aquarista que gosta de
selecionar cores e novas variedades. Nesse
caso, a criação deverá ser cuidadosa,
separando-se os casais para procriação e a prole
sendo dividida em aquários para machos e
fêmeas, evitando-se, assim, cruzamentos
indesejáveis.
REPRODUÇÃO
A reprodução destes peixes é bastante fácil.
Como os platis são ovovivíparos, isto é, os
ovos são fecundados e desenvolvidos no
interior do ventre materno, os filhotes nascem
prontos, nadando livremente e tentando fugir
aos ataques dos predadores, inclusive os
próprios pais. Para que isso não ocorra, o
aquarista dispõe de duas opções. A primeira
seria a de usar uma criadeira, para garantir a
sobrevivência dos alevinos - embora algumas
experiências práticas tenham mostrado que a
fêmea fica bastante estressada neste local. A
outra é a de colocar a fêmea num aquário
pequeno, bem plantado, o que oferecerá
segurança para ela e os alevinos se esconderem,
sob as folhas das plantas.
Independente da facilidade de se reproduzir
e da imensa variedade de cores conseguidas,
este peixe popular apresenta uma série de
curiosidades como, por exemplo, as
possibilidades de se cruzar com Espadas e, com
isso, produzir híbridos férteis e de uma beleza
significativa. Outra curiosidade sobre o Plati é
a reversão sexual. Não há explicações
científicas para o caso, mas, muitas vezes, uma
fêmea boa reprodutora e com várias crias tornase macho em poucas semanas, com a
transformação de sua nadadeira anal em
gonopódio, canaleta formada pela modificação
dos primeiros raios da nadadeira anal que
conduz o esperma do macho até o poro genital
da fêmea.
Outra curiosidade, a capacidade que a fêmea
tem em reter espermatozóides ativos em seu
oviduto; com isso ela pode procriar de 4 a 6
vezes, sem a necessidade do macho. A gestação
dura de 30 a 40 dias, sendo que na primeira,
pode durar até 60 dias.
Coloque sempre 1 macho para cada 3 a 5
fêmeas, que é a proporção ideal.
CUIDADOS NA CRIAÇÃO
Alimentação: São peixes onívoros, com
preferência vegetariana, Podem fazer parte de
sua dieta espinafre cozido e alface crua,
trituradas, finamente.
Ração em flocos,
artemia salina e outros alimentos vivos ou
congelados.
Ambiente: Um aquário de 30 litros, no mínimo,
é o suficiente para manter 1 macho e 3 fêmeas;
é aconselhável montar um sistema de filtragem
e aquecimento. O pH deve ser alcalino (7 a 7,4)
e a temperatura pode oscilar entre 23 e 27 graus
Celsius.
ESPÉCIES
137 - 5.Xiphophorus andersi - sua origem é o
rio Atoyac (Mx); é um peixe selvagem, de
cores pálidas, e que possui uma pequena espada
na nadadeira caudal. Foi classificado em 1979,
por Meyer/Schartl.
Os Platis apresentam pelo menos 6 espécies
classificadas, que são:
133 -1.Xiphophorus maculatus - classificada
por Guenther em 1866; originário do rio
Papaloapan, no México e na Guatemala; pode
atingir 4 cm. de comprimento. A primeira
remessa de platis para a Europa se deu em
1907, para a Alemanha. É a espécie mais
conhecida.
6.Xiphophorus kosszanderi - classificado em
1981 por Meyer/Wischnath em Nuevo Leon
(Mx). Possui uma pequena espada na cauda (1
a 2 mm), pode chegar a 5 cm de comprimento.
VARIEDADES
134 - 2.Xiphophorus variatus - originário do rio
Panuco até o rio Cazones, no México. Foi
classificada por Meek, em 1904 e a primeira
remessa para a Alemanha se deu em 1931.
Existem várias cores e variações que são:
Aurora, dominó, azul, vermelho (rubi), preto,
Verde, dourado (marigold), amarelo, wagtail
(vermelho ou amarelo com nadadeiras negras),
tigre, leopardo, tuxedo, Michey mouse (mancha
escura na região da cauda), Simpson (com
dorsais enormes).
A variedade wagtail foi desenvolvida por
Myron Gordon, em 1940.
135 - 3.Xiphophorus couchianus - originário do
rio Grande, no México, foi classificado pela
primeira vez por Girard, em 1859.
139 - dourado
136 - 4.Xiphophorus xiphidium - originário do
rio Soto Lamarina (mx), pode atingir até 5 cm.
Foi classificado por Hubbs/Gordon, em 1932.
140 - Marigold
141 - véu
142 - Coroa
144 - Fantasia
145 - Michey mouse
143 - amarelo
146 - Wagtail
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