Resumo Público de Certificação de
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Resumo Público de Certificação de SETA S/A – Extrativa Tanino de Acácia Certificado no: SW-FM/COC-1274 Data da Certificação: 26 de Julho, 2004 Data do Resumo Público: Julho, 2004 Actualizado para incorporar os resultados do monitoramento anual 2005 Este documento foi elaborado de acordo com as regras do Forest Stewardship Council (FSC) e do Programa SmartWood. Nenhuma parte deste resumo deverá ser publicada separadamente. Certificador: SmartWood Program1 c/o Rainforest Alliance 665 Broadway, 5th Floor New York, New York 10012 U.S.A. TEL: (212) 677-1900 FAX: (212) 677-2187 Email: [email protected] Website: www.smartwood.org Esta certificação foi feita com a colaboração do seguinte membro da Rede SmartWood: Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) Rua Chico Mendes, 201 Loteamento Bi-Centen~rio, Bairro Sert~ozinho 13400.970 Caixa Postal 411 Piracicaba, SP, Brazil Tel/Fax: 55-1934-144015 (call first) 1 O Programa SmartWood é implementado a nível mundial por organizações sem fins lucrativos membros da Rede SmartWood. A Rede é coordenada pela Rainforest Alliance, uma organização internacional sem fins lucrativos. A Rainforest Alliance é a detentora legal da marca registrada SmartWood e sua logomarca. Todos os usos promocionais da logomarca SmartWood devem ser autorizados pela Rede SmartWood. A certificação SmartWood se aplica somente ao manejo florestal das operações certificadas e não a outras características da produção florestal (ex: performance financeira, qualidade dos produtos, etc.). O SmartWood é credenciado pelo Forest Stewardship Council (FSC) para a certificação de operações de manejo de florestas naturais, plantadas e de cadeias de custódia. Email: [email protected] SIGLAS E ABREVIAÇÕES APP Área de Preservação Permanente APS Área de Produção de Sementes CAT Comunicação de Acidente do Trabalho CBMF CEPEF CIPA CITES Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC - Brasil) Centro de Pesquisas Florestais da Universidade Federal de Santa Maria Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Convenção sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas COC Cadeia de Custódia DEFAP Departamento de Florestas e Áreas Protegidas - RS DAP Diâmetro à Altura do Peito EPI Equipamento de Proteção Individual FAVC Floresta de Alto Valor para a Conservação FATEC - Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FSC Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council) GFIP Guia de recolhimento de FGTS e Informações à Previdência Social FUNAI GPS.1 GPS.2 Fundação nacional do índio Guia da Previdência Social Sistema de posicionamento georeferenciado (Global Position System) GT Grupo de trabalho GT-FSC/BR Grupo de Trabalho do FSC no Brasil (substituído em 2001 pelo CBMF) ITFC Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Colheita IBAMA ITFT Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Transporte, ITFI Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Implantação MDF Placa de Fibras com Média Densidade (Medium Density Fiberboard) INSS Instituto Nacional de Seguridade Social MFS Manejo Florestal Sustentável OMF Operação de Manejo Florestal OMS Organização Mundial da Saúde PCA Plano de Corte Anual OIT P&C Organização Internacional do Trabalho Princípios e Critérios do FSC PCMSO Plano de Controle Médico e Saúde Ocupacional PMF Plano de Manejo Florestal PFNM PPRA Produtos Florestais Não-Madeireiros Plano de Prevenção de Riscos Ambientais 2 PSC PSC (Pomar de Sementes Clonais) RH Departamento de Recursos Humanos RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural RL Reserva Legal SESI Serviço Social da Indústria SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho SESMET Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais SUS Sistema Único de Saúde SNUC UC UFSM UMF Sistema Nacional de Unidades de Conservação Unidade de Conservação Universidade Federal de Santa Maria Unidade de Manejo Florestal 3 INTRODUÇÃO Para ser certificada pelo SmartWood, uma operação de manejo florestal deve ser submetida a uma avaliação de campo. Este Resumo Público sumariza as informações contidas no relatório inicial de avaliação, o qual é produzido com base nas informações coletadas durante a avaliação de campo. Auditorias anuais são realizadas com o objetivo de monitorar as atividades da operação de manejo florestal, para verificar os progressos quanto ao cumprimento das condições para a manutenção da certificação e para verificar o cumprimento dos padrões SmartWood. As informações atualizadas obtidas durante as auditorias anuais são anexadas ao Resumo Público. Este é o relatório de avaliação completa para fins de certificação que foi solicitada pela SETA S/A ao Imaflora2 e SmartWood. Os objetivos desta auditoria foram: i) avaliar o modelo de manejo aplicado às áreas florestais da SETA S/A ; ii) avaliar a conformidade da empresa com os Princípios e Critérios do FSC, através das “Diretrizes Gerais SmartWood para a Avaliação do Manejo Florestal”, em sua nova versão, adotada a partir de 2002, para esta operação florestal tornar-se uma fonte de madeira certificada; e iii) identificar as possíveis Pré-condições e Condições para a empresa ser certificada. Este relatório apresenta as constatações e conclusões de uma avaliação de certificação independente administrados por um time de especialistas que representam o SmartWood Program da Aliança das Florestas Tropicais – Rainforest Alliance. O propósito deste levantamento foi avaliar a sustentabilidade ecológica, econômica e social do Manejo Florestal da SETA S/A. O propósito do Programa SmartWood é reconhecer o bom manejo florestal através de uma avaliação independente e a certificação de suas práticas de silvicultura. Operações de Manejo Florestal que conseguem a certificação de SmartWood podem usar o selo SmartWood na comercialização de seus produtos e nos anúncios ao público. 2 O Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola é membro da Rede SmartWood. Os membros da Rede SmartWood colaboram com a Rainforest Alliance na implementação do Programa SmartWood. O Imaflora é o representante exclusivo do SmartWood Program e da SmartWood Network no Brasil. 4 SUMARIO GERAL Identificação do Empreendimento e Pessoa de Contato Operação de Manejo Florestal: SETA S/A - Extrativa Tanino de Acácia Pessoa de Contato: Julio César Medeiros da Silva Endereço: R. Rodolfo Schmelling,163 - Taquari/RS Tel: (05l) 653-1155 CEP: 95860-000 Fax: (051) 653-1155 E-mail: [email protected] Histórico Geral Tipo de operação A SETA S/A – Extrativa Tanino de Acácia é uma empresa privada, fundada em 14 de novembro de 1941, com o objetivo de beneficiar Tanino a partir da casca da acácianegra (Acacia mearnsii, Wild), sendo pioneira na produção exclusiva e em larga escala de tanino industrial no Brasil e no continente Americano. Explora plantações de Acácia desde a década de 50, desenvolvendo um conjunto de operações e atividades que experimentam crescimento e desenvolvimento e geram vários benefícios para a comunidade. A SETA possui duas unidades fabris para extração e beneficiamento do tanino, uma localizada em Estância Velha, onde está a sede administrativa, e a outra em Taquari, onde está também a unidade de descasque. Em 1987 houve a instalação de uma filial voltada para produtos químicos e derivados do tanino e petroquímicos, ingressando no segmento da química fina. Em 1999 a empresa obteve a certificação da ISO 9001, na Divisão Tanino. Junto à unidade de Taquari encontram-se as instalações da MITA que é uma joint venture com o grupo Mitsubishi, que faz a picagem da madeira descascada e transporta os cavacos via fluvial até o porto de Rio Grande, de onde são exportados para o fabrico de celulose no Japão. A unidade de Taquari demanda um volume aproximado de 134.078 metros cúbicos de madeira por ano para abastecer a unidade de descasque e de 85.000 toneladas de casca para as unidades fabris de tanino. A unidade de descasque é integralmente abastecida com madeira de áreas próprias e contratadas, representando atualmente a parte da produção a ser certificada. A organização emprega cerca de 709 funcionários assim distribuídos: o Para a produção de tanino Seta matriz: 213 próprios; o Para a produção de tanino na Unidade de Taquari: 144 próprios; o Para o manejo das florestas: 61 próprios e 270 contratados; o Para o descasque da produção florestal: 21 próprios. A fábrica de tanino de acácia (Unidade Taquari) e a MITA S.A. serão avaliadas separadamente para a certificação de suas cadeias de custódia. 5 Anos em operação A empresa iniciou as suas atividades em 1941 e as primeiras colheitas aconteceram no início da década de 50. Desde então a empresa vem manejando seus próprios projetos florestais e também realiza arrendamentos e parcerias com vizinhos e produtores rurais da região em que se insere. Tabela 1: Distribuição das plantações, por idades Plantações de acácia-negra e idades ANO Área (ha) 1994 260,21 1996 32,22 1997 1.158,46 1998 524,38 1999 122,22 2000 200,53 2001 1.398,18 2002 1.219,15 2003 (1.200,00)* * estimativa Data da Certificação 26 de Julho, 2004 Latitude e longitude da operação Município Butiá* Latitude (Sul) 30o 7’ 12” Longitude (Oeste) 51o 57’ 45” (*) a maior parte das áreas localiza-se nesse município Sistema de Manejo Florestal A. Tipo de Floresta e história do uso da terra A OMF estabeleceu um sistema de manejo florestal voltado para plantações florestais de acácia-negra, com o objetivo primário de fornecimento de casca para suas unidades de extração e beneficiamento de tanino. Atualmente, a empresa aproveita também material lenhoso. Há aproximadamente 5 anos o Japão passou a interessar-se pela madeira da acácia-negra para a fabricação de celulose, sendo hoje a produção de cavacos para exportação àquele país uma atividade em expansão. O mercado japonês tem exigido de seus fornecedores que a matéria prima seja proveniente de florestas certificadas pelo FSC, sendo o principal motivo da solicitação da SETA por esta avaliação. 6 A maior parte dos projetos florestais foram formados nos anos 50 então, vêm sendo manejados em ciclos de 6-7 anos. e, desde Existem remanescentes da vegetação nativa razoavelmente conservados, porém grande parte das áreas necessitam de auxílio para sua recuperação. De modo geral, estas áreas representam o ecossistema da região e estão sendo mantidas e/ou recuperadas dentro da UMF da SETA. Tamanho da UMF - Unidade de Manejo Florestal e áreas com florestas de produção em produção, conservação, e/ou recuperação Tabela 2: Composição da UMF SETA S/A Uso da Terra Área (ha) Plantações 7.053,9 Floresta Nativa ou Áreas de Conservação 1.179,1 Semi-Natural Áreas de preservação 1.676,7 permanente Infraestrutura e outros usos 432,3 Área Total a ser Certificada 10.342,0 Corte permitido anual e/ou colheita anual coberta pelo Plano de Manejo Tabela 3: Volumes e áreas colhidas e projeções futuras para a UMF SETA/S/A MÊS/ANO TOTAIS Área (ha) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 333.570 368.026 321.291* 213.705 * 120.609* 74.232* 321.581* 1.313 1.449 1.265 929 524 322 1.398 (*) estimativas O Plano de Manejo da empresa prevê plantios anuais e áreas de exploração (cortes finais aos 6-7 anos de idade das plantações) em uma área aproximada de 1.200 ha . A empresa terá um déficit nas áreas de exploração durante os próximos três anos (2004, 2005 e 2006), devendo restabelecer as médias planejadas a partir do ano de 2007. Para a manutenção dos níveis de produção da fábrica, o planejamento indica maiores compras de madeira no mercado durante os anos de déficit de produção própria. A SETA também poderá aumentar as áreas de manejo com a aquisição de áreas já plantadas, com provável aumento da área certificada. 7 Descrição geral dos objetivos e detalhes do plano de manejo e sistemas Os Objetivos da SETA estão assim descritos em seu Plano de Manejo Florestal: • Buscar a sustentabilidade de sua produção florestal de madeira e casca de acácia-negra, através de um manejo que considere indistintamente os aspectos sociais, ambientais e econômicos, atendendo, aos Princípios e Critérios do FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal). • Reduzir ao máximo a utilização de produtos agrotóxicos, priorizando medidas preventivas e adoção de métodos não-químicos e de baixo impacto ambiental. • Proteger, restaurar e conservar os remanescentes dos ecossistemas típicos nas áreas manejadas, priorizando sua interligação com corredores biológicos e respeitando as áreas de preservação permanente e as características da paisagem envolvente. • Gerar tecnologia na cultura da acácia-negra, com o compromisso de repassá-la a produtores envolvidos no processo. • Fomentar e dar assistência técnica a produtores de acácia-negra, com o objetivo de promover uma boa produção florestal. A SETA é a responsável pela gestão e condução das atividades florestais necessárias para a implantação, condução e colheita de suas plantações, buscando a manutenção e melhoria das condições ambientais, sociais e econômicas envolvidas nesta gestão. Possui uma Gerência de Recursos Florestais e 61 funcionários próprios, com as seguintes incumbências: • Definição da demanda de madeira, planejamento e controle da produção, combate à formiga, construção e manutenção de estradas e transporte da madeira para a unidade de descasque; • Administração dos Prestadores de Serviço, que fazem a execução das principais atividades florestais e serviços especializados (Inventário florestal, mapeamento, plantio e demais tratos culturais, corte, baldeio e carregamento). O setor de Colheita Florestal define a Programação de Corte e o Planejamento da Colheita Florestal, buscando as metas de produção estipuladas no Planejamento Estratégico. O Setor de Colheita Florestal é ainda responsável pelas atividades voltadas para a obtenção dos produtos da floresta: Roçada Pré-Corte, Corte, Baldeio e Carregamento. Os procedimentos para Colheita Florestal estão descritos na ITFC- Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Colheita, e encontram-se em arquivo na sala de documentação e em meio digital no PCP Florestal. O Setor de Logística/Transporte atende às demandas de movimentação de matéria prima e suporte para outras atividades. O setor conta com uma frota de 8 caminhões para atender a demanda do Transporte de madeira, equipamentos, insumos e resíduos Os procedimentos para Transporte também estão descritos na ITFT- Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Transporte,e encontram-se em arquivo na sala de documentação e em meio digital no PCP Florestal. O Setor Administrativo/PCP faz o controle e armazenamento de todas as informações referentes ao Planejamento e a Produção Florestal e o gerenciamento da Matriz Documental da Divisão Florestal. São armazenados ainda os dados sobre as florestas que fazem parte da UMF, informações referentes ao levantamento de estoque de madeira e casca das áreas que compõe a UMF (Inventário Florestal), informações referentes à Produção Florestal (estoque de madeira e lenha na floresta, volumes de produção mensal, volume de descasque diário na fábrica, volume de vendas de madeira e lenha mensal, percentuais de exaustão mensais das florestas que compõe as áreas da UMF). O Setor de Pesquisa e Desenvolvimento faz a condução do Projeto Planejamento Estratégico de Pesquisas em acácia-negra, o Setor de Beneficiamento de Sementes, e ainda, dá suporte técnico às diferentes atividades, bem como ao desenvolvimento de projetos especiais da Divisão Florestal. A SETA S/A tem firmado desde o dia 10 de outubro de 1996, um contrato de cooperação técnico científico com a FATEC - Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência, com sede em Santa Maria-RS, para através do CEPEF - Centro de Pesquisas Florestais da UFSM-Universidade Federal de Santa Maria, executar pesquisas sobre Ciclagem de Nutrientes em Ecossistemas Florestais. A partir do dia 20 de março de 2001 a SETA S/A firmou um novo convênio com a FATEC, para através do CEPEF, desenvolver um Projeto denominado Planejamento Estratégico de Pesquisas em acácia-negra, com duração de 10 anos a partir daquela data. Este projeto contempla 8 sub-projetos de Ecologia e Silvicultura e 16 sub- projetos fazendo parte de um Programa de Melhoramento Genético para a Espécie acácia-negra. O Setor de Implantação Florestal é responsável pela execução das atividades voltadas ao estabelecimento e manutenção das florestas, através do Planejamento Estratégico de Implantação Florestal, e pelo Inventário Florestal Contínuo, com as seguintes atividades: limpeza da área, controle de formigas cortadeiras, preparo do solo, plantio, replantio, adubação e tratos culturais. Os procedimentos para Implantação estão descritos na ITFI - Instrução de Trabalho da Divisão Florestal Implantação, e encontram-se em arquivo na sala de documentação e em meio digital no PCP Florestal. O Setor de Fomento e Assistência Técnica é responsável pelo abastecimento das fábricas, com a compra de matéria prima (casca e madeira), e, ainda por prestar assistência técnica a produtores de acácia-negra, visando garantir o abastecimento de matéria prima em qualidade e quantidade suficientes para atender a demanda. A Assistência Técnica é responsável por elaborar e distribuir circulares técnicas, proferir palestras, participar de eventos, promover um bom relacionamento com fornecedores e prestar apoio técnico em campo na cultura da acácia-negra. 9 Sistema de Manejo Atualmente, a SETA pratica um manejo voltado para produção de casca e de madeira em toras de pequeno diâmetro. A SETA adota o sistema de Corte Raso, com o aproveitamento total da madeira e casca em uma única intervenção. Nas áreas próprias, a área é novamente plantada. Nos casos de parceria e arrendamento, o novo plantio depende de negociação com o proprietário. A mecanização florestal é uma tendência para o futuro, com a melhoria da qualidade da matéria prima da floresta de acácia-negra. Os plantios são feitos com semeadura direta ou com mudas, adquiridas de viveiros aos quais presta orientação e apoio, em qualquer caso utilizando sementes selecionadas e colhidas em pomares próprios. A SETA prioriza o replantio das áreas contratadas e empenha-se ao máximo neste sentido, sendo comumente conduzidas florestas em diversos ciclos na mesma área, mantendo uma relação de confiança com os proprietários, cuidando dos aspectos ambientais, legais e produtivos da área, bem como das infra-estruturas necessárias e presentes nestas propriedades. As operações florestais, exceto planejamento, combate à formiga, controle e transporte, são realizadas com base em contratos de prestação de serviço. No campo, há um encarregado responsável pela condução das operações. Com objetivo de melhorar a qualidade do trabalho realizado a campo, existe uma tendência de realização das atividades com equipes próprias, revertendo o modelo atual de contratos de prestação de serviços. A execução das atividades segue as determinações estabelecidas em Instruções de Trabalho e as orientações específicas do responsável (Encarregados e Supervisores). São considerados os aspectos da produção florestal e também as características de cada área, com eficiência operacional, manutenção da produtividade e qualidade ambiental, sempre com atenção aos condicionantes legais. Os resíduos vegetais resultantes das atividades, especialmente da colheita, compostos por galhos, folhas e partes do tronco, permanecem na área trabalhada para a manutenção da fertilidade e da capacidade produtiva do solo. A cobertura também evita a erosão, protegendo o solo dos agentes do clima (impacto das gotas de chuva, insolação e vento), aumenta a capacidade de infiltração e retenção de água, diminuindo o escorrimento superficial e reduz os efeitos da compactação do solo causados pela ação do clima ou pelo trânsito de animais, máquinas e equipamentos. A empresa não usa a queima dos restos florestais, estando esta prática limitada aos galhos e troncos eventualmente atacados pelo “cascudo serrador” (Oncideres impluviata). A empresa vem testando e adquirindo equipamentos de trituração de resíduos com o objetivo de beneficiar as operações de implantação florestal e favorecer a incorporação dos resíduos ao solo. Contexto Ambiental e Socioeconômico 10 Contexto Ambiental Geomorfologia e fitogeografia: A UMF está inserida em uma área de transição entre formas geomorfológicas e fitogeográficas. Isto se traduz em uma paisagem que pode variar de relevos totalmente planos a vales extremamente recortados, vegetação caracterizada por campos de gramíneas a florestas com estratos arbóreos de mais de 20 m de altura. Especificamente, as florestas da SETA estão compreendidas entre a Depressão Central Gaúcha e a borda do Planalto Sul-Rio-Grandense (Serra do Sudeste). As regiões fitoecológicas são: Savana Gramíneo-lenhosa (campos); Formações Pioneiras (influência fluvial); Floresta Estacional Semidecidual formação aluvial (mata de galeria) e Floresta Estacional Semidecidual formação montana (mata de encosta). O avanço da agropecuária (soja, milho, arroz e gado de corte bovino) e da silvicultura de plantações florestais de essências exóticas (eucalipto, pinus e acácianegra), descaracterizou grande parte das conseqüentemente os habitats da fauna local. áreas de vegetação original e As áreas que formam a UMF da SETA preservam amostras representativas dos ecossistemas originais, compondo um mosaico interessante com a paisagem regional. Áreas de relevo forte ondulado com plantios florestais homogêneos entremeadas por florestas naturais de galeria, áreas sem declividades com pastos naturais adentrando várzeas com vegetação gramíneo-arbustiva retratam algumas nuances da paisagem regional. Algumas destas áreas estão bem conservadas e podem ser consideradas como refúgios para a fauna silvestre pela relativa capacidade de suporte que possuem. Contudo não podem ser caracterizadas como Florestas de Alto Valor para Conservação, já que na região podem ser encontradas áreas maiores e com maior biodiversidade do que estas. Solos: Da mesma forma que a geomorfologia, há uma grande variação dos solos na região da UMF, possibilitando uma vasta gama de tipos edáficos ou pedológicos, podendo-se encontrar numa mesma fazenda solos argilosos, arenosos, litólicos e hidromórficos. Esta variação influencia diretamente nos sítios de produção dos plantios florestais, e determina em muitos locais a manutenção da vegetação nativa, principalmente em solos litólicos e hidromórficos. Também podem ser encontrados afloramentos constituídos predominantemente por arenitos finos a muito finos, camadas de argilitos e folhelhos carbonosos intercalados com os arenitos, desenvolvendo localmente a deposição de carvão. A região central e nordeste do estado do Rio Grande do Sul são as em que predominaram condições para o desenvolvimento do carvão. As maiores deposições são as jazidas de Leão, Butiá, Arroio dos Ratos e Gravataí, como também, de Charqueadas e São Sepé. Clima: O clima é classificado como subtropical úmido a sub-úmido, com chuvas bem distribuídas o ano todo, apresentando um período “seco” na transição da primavera ao verão (os meses de novembro e dezembro). Já os excedentes ocorrem durante todo o inverno. A pluviosidade anual média na região gira ao redor dos 1.400 mm, com temperaturas que variam entre 03° e 34°C (média das mínimas e máximas absolutas), sendo a média de 19°C. 11 Hidrografia: A região de inserção e de influência da UMF pertence à bacia oriental ou atlântica, dirigindo-se todos os cursos de água para o escoadouro comum do Rio Grande do Sul, a Lagoa dos Patos. O talude do norte da Serra do Sudeste manda as suas águas ao Rio Jacuí; no sul, notam-se fontes do Rio Negro. O Rio Camaquã, juntamente com seus afluentes, constitui o principal eixo de drenagem da região, separando ao sul, Encruzilhada do Sul, Piratini e Canguçu; este rio é de curso encachoeirado, servindo para a irrigação e a pesca. Ao norte há veios de água que deságuam no Rio Jacuí, o Arroio Petingá e o Lajeado, para depois ser chamado de Iruí. Ao sul estão afluentes como: Arroio dos Vargas, Arroio das Pedras, Arroio Caneleira, Arroio Abranjo, Arroio Maria Santa e dos Ladrões. A Depressão Central tem uma definição hidrográfica bastante simples: as águas, descendo a rampa granítica do sul e da escarpa da Serra Geral, reúnem-se no escoadouro comum do Rio Jacuí. Não existe outra região riograndense de tal modo dominada por um único rio, como a Depressão Central, que tem como afluente principal da margem direita da sua bacia, o Rio Taquari e seus afluentes: os arroios Santa Cruz, Capivara, Tinguité e Arroio das Pedras. O Rio Taquari é totalmente navegável, com porto natural, possibilitando a ligação fluvial direta com Porto Alegre e com o porto de Rio Grande, por onde é escoada, para o Japão, a totalidade da produção de cavados de madeira da empresa Mita S/A, principal compradora da matéria-prima lenhosa da Seta S/A Contexto Socioeconômico As áreas da empresa estão distribuídas em 8 municípios do estado, Taquari, Arroio dos Ratos, Minas do Leão, Butiá , General Câmara, Estância Velha e São Jerônimo e Portão, mais concentradas em Butiá e Minas do Leão. Estes municípios fazem parte da Região Carbonífera do Estado do Rio Grande do Sul, detendo 90% das reservas de carvão do Estado. Na atualidade, a região tem na agricultura, pecuária e silvicultura as principais atividades econômicas, significativamente na década de 90. pois a atividade carbonífera decresceu A agropecuária regional está dedicada à produção de arroz, feijão, milho, mandioca, frutas, entre outros, criações de bovinos e ovinos. Essas atividades também vêm perdendo sua importância econômica para a região, abrindo espaço para o desenvolvimento da silvicultura. No caso específico da silvicultura da acácia-negra, os produtores fazem um rodízio da cultura da acácia com as demais atividades tradicionais. A atividade de silvicultura é importante nesses municípios em razão da presença de empresas do setor florestal, com reflorestamentos próprios e fomentados de eucalipto e acácia-negra, destinados à industrialização. O setor é importante gerador de empregos diretos e indiretos. Estima-se que cerca de 40 mil famílias estejam envolvidas na atividade do manejo da acácia-negra, espécie de grande aceitação nas comunidades locais. Pequenas e médias propriedades fazem o cultivo da acácia, o que tem contribuído para a permanência de pequenos 12 produtores no campo, evitando o êxodo rural e transformando-se em importante alternativa de geração de renda das propriedades. Os municípios de Butiá e Minas do Leão contam com escolas públicas e particulares, ambulatórios médicos ligados ao Sistema Único de Saúde, apresentando, no entanto, carências nos serviços públicos, moradia, saneamento. Produtos obtidos e Cadeia de Custódia A.Cadeia de Custódia A produção florestal da OMF é composta de toretes e lenha de acácia-negra (Acacia mearnsii) de florestas próprias, plantadas em terras de propriedade da empresa, arrendadas, ou ainda em parceria com proprietários rurais da região, destinadas às unidades industriais da SETA/MITA em Taquari – RS. Também há venda de madeira para energia (no caso da lenha). A cadeia de custódia florestal compreende o abate das árvores, o empilhamento da madeira em campo, o baldeio para a margem dos caminhos, o carregamento em veículos apropriados para o transporte de madeira roliça e o transporte da floresta até as unidades industriais em Taquari. Os estaleiros (pilhas de madeira em campo) são os últimos locais de armazenamento da madeira cortada na UMF antes do carregamento e transporte para seu destino final. A nota remessa (ou fiscal, no caso da venda de lenha) é emitida na unidade industrial e é trazida pelo transportador para o carregamento. A madeira, ao ser carregada, recebe um controle de carregamento (romaneio) contendo as informações do local, operador do carregador, transportador e veiculo, além do volume da carga. A nota de remessa correspondente, ou final, conforme o caso, acompanham a madeira extraída da UMF até seu destino final. Não existem unidades de processamento internamente à UMF. B. Espécies e Volumes cobertos pelo Certificado Tabela 4: Produção Certificada Espécie Acácia - negra Nome científico Volume (m3 /ano) Acacia mearnsii 123 mil (*) Produto Toras para cavacos e casca para tanino (*) Base projeção para o ano 2004 C. Descrição da capacidade de processamento atual e planejada coberta pelo certificado Não há processamento na UMF e o certificado abrange apenas a produção e transferência ou venda de toras (para outros clientes, principalmente para uso energético). 13 A operação de manejo florestal transfere a madeira roliça para o processamento nas unidades industriais em Taquari. As cadeias de custódia industriais para a produção de tanino (SETA S/A) e para a produção de cavacos (MITA S/A) não fazem parte do escopo desta análise e serão alvo de relatórios específicos de avaliação para certificação de suas cadeias de custódias. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO Datas da Avaliação Datas Fatos 29/setembro/2003 Viagem, chegada e reunião de abertura; verificação de áreas com 30/setembro/2003 Visitas de campo e entrevistas; reunião pública à noite. 01/outubro/2003 Visitas de campo e entrevistas; revisão de documentos em escritório. 02/fevereiro/2004 Envio do relatório preliminar ao cliente 17/março/2004 Retorno do relatório com as considerações do cliente. 13/abril/2004 Envio do relatório final para revisão independente (peer review) 15/maio/2004 Recebimento das reveisões 22/maio/2004 Resposta aos revisores e eviodo relatório final Ao SmartWood 08/junho/2004 Recebimento do memorando de decisão e encaminhamento da operações florestais e pré-seleção de sítios para visitas. solicitação de contrato ao SW HQ. Equipe de Avaliação e Peer Review o Lineu Siqueira Jr. – Líder da Equipe, é Engenheiro Agrônomo, consultor florestal nacional e internacional, tendo participado como líder de equipe em numerosos processos de certificação florestal no Brasil e exterior, com 32 anos de experiência profissional. É gerente Imaflora/SmartWood aplicado no Brasil. o do Programa de Certificação Heidi Cristina Buzato de Carvalho – Socióloga, Mestre em Ciências Florestais, é consultora independente, tendo realizado diversos trabalhos de avaliação da área social do Manejo Florestal para fins de certificação no Brasil. Tem ampla experiência em processos de certificação Imaflora/SmartWood. o Flavio Murillo Machado Guiera – Engenheiro Florestal, é técnico do Imaflora no Programa de Certificação Florestal, com experiência em plantações florestais e na implantação de sistemas de gestão ambiental em empresas florestais, tendo participado em diversas avaliações Imaflora/SmartWood para certificação do Manejo Florestal em plantações e de Cadeias de Custódia. Revisores Independentes – Qualificação 14 o Revisor 1: Engenheira Florestal, mestre em Ciências Florestais (ESALQ/USP) e doutora em Ecologia (Unicamp), docente do curso de Engenharia Florestal da Unesp/FCA, em Botucatu-SP, com 20 anos de experiência profissional na área ambiental e de ecologia. Participou como auditora em diversos processos de avaliação para Certificação do Manejo Florestal FSC. o Revisor 2: Engenheiro agrônomo, mestre em Ciências Agronômicas (ESALQ/USP). Atua profissionalmente com sociologia rural, tendo participado como auditor para avaliações para certificação do manejo Florestal FSC. Processo de Avaliação Durante a fase de avaliação de campo, como parte de um processo de Certificação SmartWood, a equipe conduziu os seguintes passos. A. Análise pré-avaliação – A documentação previamente enviada pela SETA foi analisada no sentido de obter uma base mínima de informações sobre o histórico, as atividades, o organograma e localização e o processo produtivo da operação florestal. B. Seleção de Sítios – Juntamente com os responsáveis pelo manejo florestal da SETA, a equipe revisou a documentação enviada pela empresa e de posse dos mapas e das informações sobre as frentes de trabalho foram selecionados os sítios a serem visitados. Ver na Tabela 5 a lista dos sítios visitados e as atividades observadas. C. Entrevistas e verificações de campo – No primeiro dia de avaliação, houve uma reunião entre os auditores do Imaflora/SmartWood e os responsáveis pela UMF da SETA, quando foram apresentadas as questões e dúvidas da empresa e dos auditores da certificação. Foi realizada uma apresentação geral das atividades a pessoas da empresa e a partir dos mapas e informações existentes sobre o manejo florestal, foi possível planejar mais detalhadamente as atividades de campo. Os auditores passaram a avaliar os itens específicos de suas áreas e entrevistar pessoal pertinente. No final de cada dia de trabalho a equipe de avaliação se reuniu para a análise dos dados observados e para definir as atividades do dia seguinte. D. Discussão interna e apresentação preliminar dos resultados – Foi realizada uma reunião da equipe para discussão dos pontos-chave observados na avaliação. Após obtenção de um panorama da adequação da operação em relação aos padrões do FSC, foi apresentado à direção da empresa um resumo dos pontos positivos e negativos encontrados na avaliação. E. Elaboração do relatório de avaliação – O relatório preliminar de avaliação foi realizado em um período de 100 dias após o término do trabalho de campo. Durante esse período de elaboração de relatório, a equipe responsável continuou conduzindo entrevistas com partes interessadas e realizando ajuste de dados com a OMF. 15 F. Revisão do relatório pelos revisores independentes e operação candidata – A SETA revisou o relatório aceitando integralmente as condições e seus respectivos prazos para implementação das ações. A revisão independente foi realizada por dois (02) especialistas, sendo o resultado em favor da recomendação para a certificação da UMF, conforme as observações constantes em seus relatórios. (Vide Anexo II) G. Decisão de certificação – Com base na recomendação da equipe de avaliação, a aprovação do relatório e a decisão da certificação foi tomada no escritório de SmartWood para América do Sul. Tabela 5. Sumário das Áreas Florestais Visitadas pela Equipe de Avaliação SmartWood Floresta/Nome/NºTalhão Plantação Borba Área (ha) 1106,4 Proj: 97/01/02/03 Site Visitado, Comentários Talhões 5 e 7 em colheita, projetos de recuperação de APP’s e áreas de conservação Talhão 01 – depósito de combustíveis em campo Faxinal 03 233,5 Plantios, manutenção, análise de APP’s, operação de controle de formigas 1586,4 Plantação Menezes Proj: 97/98/99/00/01/03 Experimentos, plantios e manutenção várias idades, plantios adultos, APP’s e áreas de conservação. Área Experimental 01/02 Parceria Elisiane Almeida 359,9 Manutenção plantios jovens, APP’s e áreas de Arrend. Chagastelles 690,0 Plantios comerciais TOTAIS conservação. 3976,2 Diretrizes/Normas Utilizadas Para esta avaliação foram considerados os padrões SmartWood adaptados a partir da versão 8.0 dos Padrões para Certificação de Florestas Plantadas do CBMF – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC – Brasil). Processo de consultas e resultados O propósito da estratégia de consulta com partes interessadas (stakeholders) para essa avaliação foi a seguinte: a) assegurar que o público está consciente e informado sobre o processo de avaliação e os seus objetivos: b) auxiliar a equipe de avaliação de campo identificando tópicos potenciais ; e, c) fornecer oportunidades para que o publico possa discutir e agir quanto às evidências da avaliação. Esse processo não é apenas uma notificação às partes interessadas, mas sempre que possível, deve ser uma interação detalhada e com significância com as partes interessadas. A finalização da fase de visitas de campo não interrompe o processo de 16 interação com as partes interessadas. Mesmo após a decisão de certificação, o Programa SmartWood receberá, a qualquer hora, comentários sobre operações certificadas e tais comentários podem fornecer bases para auditorias de campo. No caso da SETA S/A antecedendo ao processo de avaliação atual, foi elaborado um documento público de consulta a partes interessadas, sendo distribuído por e-mail, FAX e mala de correios. Uma lista ampla de partes interessadas recebeu anúncios públicos que foram enviados. Essa lista também forneceu à equipe uma base para selecionar pessoas para entrevistas (pessoalmente, por telefone ou e-mail). Foi realizada reunião pública no ginásio municipal de Butiá – RS, em que participaram 07 pessoas da comunidade representando diferentes segmentos da sociedade, entre eles o poder público, prestadores de serviço, ONGs e comunitários. Tópicos Identificados através dos Comentários de Consultados e Reuniões Públicas As atividades de consultas a partes interessadas foram organizadas para dar aos participantes a oportunidade de fornecer seus comentários de acordo a categorias gerais de interesses, baseados nos critérios da avaliação. A tabela abaixo sumariza os pontos identificados pela equipe de avaliação com uma breve discussão a cada um, baseado em entrevistas especificas e/ou comentários em reunião pública. Quadro 1: Comentários de Partes Interessadas Princípio FSC P1: Compromisso Comentários Resposta do SW A empresa é vista favoravelmente Resposta não necessária. A empresa é vista favoravelmente Resposta não necessária. P3 – Direitos dos Não existem povos indígenas ou Resposta não necessária. Povos Indígenas descendentes com o FSC / Cumprimento pelas partes interessadas. Legal P2: Posse, Direitos de Uso & Responsabilidades pelas partes interessadas. diretos, tampouco populações tradicionais na área de influência da SETA S/A. O Princípio não é aplicável. P4: Relações com a As relações da empresa com a Direito dos pelo manejo são boas e vê-se que Comunidade & Trabalhadores comunidade diretamente afetada estão buscando juntas as soluções para minimizar os problemas. A empresa também mostrou-se envolvida com as questões sociais e ambientais dos está presente. municípios As onde condições 17 de Resposta não necessária. trabalho observadas são bastante satisfatórias e a empresa é aberta ao diálogo com a entidade sindical local. A empresa não discrimina os trabalhadores terceirizados e oferece as mesmas condições de trabalho a todos os trabalhadores ( funcionário da empresa durante a Reunião Pública) P5: Benefícios da A empresa é vista favoravelmente Floresta pelas partes interessadas. No geral, os interessados conceito sobre reflorestadoras expressivas naturais têm as que áreas nos um Resposta não necessária. bom empresas mantiveram com florestas municípios, contribuindo para a conservação da água, solos, clima, gerando empregos e sendo promotora de melhorias na qualidade de vida. P6: Impactos A empresa é vista favoravelmente Resposta não necessária. P7: Plano de Manejo Não houve comentários. Resposta não necessária. P8: Monitoramento & Não houve comentários. Resposta não necessária. P9: Manutenção de Não houve comentários. Resposta não necessária. As plantações da SETA são vistas de Resposta não necessária. Ambientais pelas partes interessadas. Avaliação Florestas de Alto Valor de Conservação P10 - Plantações forma favorável pelas partes interessadas. A Acacicultura está incorporada às atividades silvo-pastoris na região. agro- RESULTADOS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Discussão Geral das Evidências Quadro 2: Evidências por Princípio do FSC Princípio /Área Pontos Fortes 18 Fragilidades Temática P1: Compromisso • A empresa tem assessoria • Há pendência com o Código com o FSC / jurídica um Florestal Brasileiro no que se Legal (Sergio Bach) que faz a revisão de Legal. Foi aplicada a condição # 2 Cumprimento contratada e há funcionário em Estância Velha contratos. • A assessoria jurídica dá instruções para a Gerencia e o Assistente Administrativo. • Questões equacionadas trabalhistas envolvendo e o Madeireiros bem resolvidas, Sindicato de Butiá nos de monitoramentos aos terceiros. • A partir de 2002 a empresa tem a preocupação com regularização das APPs. • Titulação dominial boa. Uso & • Parcerias e arrendamentos bem acertados documentados. e (Ver Quadro 3, abaixo) • A empresa deverá completar o levantamento e mapeamento das APPs invadidas por plantios e outros usos, com quantificação e qualificação (Condições 1 e 2) • Falta uma das áreas. declaração de compromisso com os P&C, que deverá ser amplamente divulgado na empresa e aos seus parceiros. (Aplicada condição 3) • Necessidade de regularização do P2: Posse, Direitos de Responsabilidades refere à averbação da Reserva claramente título de propriedade da escritura de 30 ha na Plantação Borba, que tem área da escritura e a registrada diferentes. (Aplicada condição # 4) P3 – Direitos dos • Não aplicável. • Não aplicável. P4: Relações com a • Salários estão acima ou na média • Programas de Ação Social, de água, higiene/saúde, CIPA, etc. comunidade foram iniciados e Povos Indígenas Comunidade & Direito dos Trabalhadores regional; Segurança, alimentação, para todos os trabalhadores • Atendimento à CLT, acordo coletivo fechado conjuntamente pelo sindicato, SETA e terceiros. Definer siglas e incluir en lista de siglas. ampliação das relações com a devem ser consolidados; (Condição #7) • Há diferenças entre os benefícios recebidos por funcionários próprios e terceiros; Programas sociais destinados a funcionários próprios (controle de acidentes de trabalho; acompanhamento de acidentados e famílias com dificuldades, conclusão do ensino fundamental, oferecidos etc.) aos (Aplicada condição # 5) P5: Benefícios da Floresta • Boa proteção do solo, rios bem conservados, qualidade de água; • Ótimo aproveitamento da 19 não são terceiros. • Falta melhor mosaico (distribuição) de idades e manejo de paisagens . (Aplicada condição madeira. P6: Impactos Ambientais 9) • Melhor definição de práticas • A avaliação de impactos ambientais; • Uso pontual de defensivos de baixa toxidade, bom manuseio e armazenamento de quimicos; • Passagens de água necessitam melhor “compactação”; e monitoramento de sedimentação; • Bom controle de pragas, doenças • Faltam levantamentos da fauna e • Boas estradas. (Condições # 10, 11, 12) • Boa qualidade, boa • Falta altimetria nos mapas; falta e invasão de exóticas. P7: Plano de Manejo ambientais em pontos críticos; documentação, mapas suficientes para o manejo; programa de treinamentos com cronograma e registros P8: Monitoramento & • Controles laborais bem feitos; Avaliação • Experimentos silviculturais; inventários, controle de operações, custos, análise gerencial; PCP implantado; • CoC florestal bem estruturada, programas de conservação. um plano de conservação (objetivos amplos) (Condições 13, 14 e 15) • Falta um plano de monitoramento para os recursos naturais (fauna, terminar fitossociologia, sedimentação em corpos d`água. (Condições # 10, 11, 12, 15) bons controles e registros P9: Manutenção de Florestas de Alto • Estudos para caracterização de fauna e flora para embasar a existência ou não de FAVC Valor de Conservação P10 - Plantações • Bons conhecimentos e práticas na cultura da Acácia, operações bem feitas, pessoal bem treinado • Buscar maiores referências em pesquisas já desenvolvidas por outras instituições e empresas regionais (recomendação# 7) • Necessidade de melhor distribuição de idades e adoção do conceito de microbacias no planejamento operacional. (Condição # 9) Decisão de Certificação Baseado numa revisão detalhada de campo, análises e compilação de evidências encontradas por essa equipe do Programa SmartWood, a SETA S/A está recomendada a receber a certificação conjunta FSC/SmartWood para Manejo Florestal e Cadeia de Custódia (FM/COC) com as condições estipuladas. Para manter a certificação, a SETA S/A passará por auditorias on-site anualmente, sendo exigida a permanecer de acordo com os princípios e critérios do FSC, como poderá vir a ser definido SmartWood ou pelo FSC. condições descritas abaixo. em normas regionais desenvolvidas pelo A SETA S/A deverá também ser exigida a cumprir as Especialistas do Programa SmartWood estarão revisando anualmente, durante auditorias programadas ou ao acaso, a continuidade no bom 20 desempenho do manejo florestal e o cumprimento com as condições descritas neste relatório. Pré-condições, Condições e Recomendações Precondições para a Certificação da SETA S/A Esta avaliação não apontou florestal da SETA S/A. pré-condições para a certificação do manejo Quadro 3. Condições apontadas para a manutenção da certificação da SETA S/A # Condições para a Manutenção da Certificação Prazo Refere-se ao Critério 1 A SETA deverá realizar um levantamento e mapeamento das áreas de preservação permanente, definindo: 1 ano 1.1 1.7 10.6 a) os talhões que apresentam plantios avançados sobre a APP; b) tipologia da vegetação nativa (estágio sucessional) existente; c) todas as APPs em situação irregular, os programas e cronogramas de restauração. 2 Apresentar a documentação comprobatória da regulamentação da averbação das áreas de Reserva Legal referentes às matrículas das 2 anos 1.1 1.7 10.1 áreas de propriedade da SETA/AGROSETA que compõem a UMF. Todas as áreas que integrem a UMF, incluindo as arrendadas deverão estar com a RL averbada nas matrículas e reconhecidas nos cartórios de registros de imóveis, de acordo com o percentual exigido pela legislação ambiental. 3 Formalizar o compromisso de adesão em longo prazo aos P&C do FSC em sua política de gestão empresarial, devendo ser amplamente 6 meses 1.6 divulgado a todos os funcionários (próprios e de terceiros), aos prestadores de serviços, fornecedores, demais partes interessadas e ao público. 4 A SETA deverá matricular em cartório de registro de imóveis o título 1 ano 2.1 5 Estender todos os programas voltados à segurança dos trabalhadores 1 ano 4.2 de propriedade da área de 30 ha localizada na Plantação Borba. como SIPAT, controle de acidentes de trabalho, palestras, entre outros, a todos os empregados de empresas de serviços (terceiros) que atuam na SETA S/A. 6 Implantar um mecanismo formal de recebimento e respostas às 6 meses questões vindas da comunidade, estendendo e divulgando-o a todas as suas unidades e às comunidades que interagem com a empresa. 7 Consolidar o Plano de Ação Social, definindo o cronograma de trabalho, com projetos e parcerias a serem desenvolvidas. 21 1 ano 4.4 4.5 4.6 8 Definir uma política de capacitação profissional para o caso de adoção de estratégias que venham a causar impacto no volume de empregos 1 ano 4.11 2 anos 5.5 gerados e descrevê-la no Plano de Manejo. 9 Incluir o conceito de dinâmica de microbacias (delineamento, áreas ripárias e composição paisagística) no planejamento das operações silviculturais, determinando áreas máximas de corte raso em talhões 10.2 10.3 contíguos, de forma a reduzir os efeitos da monocultura florestal sobre os recursos de água, solo, fauna, microclima e ao público (impactos visuais). 10 Elaborar um documento específico para o programa ambiental da empresa, que tenha como base a avaliação dos impactos ambientais 1 ano 6.1 1 ano 6.1 2 anos 6.2 decorrentes de todas as atividades do manejo socioambiental na UMF da SETA e que aborde as medidas ambientais do manejo nas áreas de conservação. 11 Localizar em mapas, elaborar procedimentos operacionais específicos apontando os cuidados ambientais e prevendo monitoramentos para cada situação em particular, para os pontos ou regiões consideradas críticas para o manejo florestal na UMF, (tais como áreas com relevo desfavorável, solos frágeis ou mal drenados, ecossistemas frágeis ou ameaçados, passagens em áreas protegidas ou comunidades, entre outros. 12 Incluir no plano ambiental a realização de levantamentos da fauna local, para determinar a ocorrência de espécies raras, endêmicas, ou ameaçadas de extinção, bem como seus habitats, propondo as medidas para a conservação das espécies e seus habitats. 13 Complementar os mapas das fazendas com os levantamentos 1 ano 6.5 14 Apresentar um documento estruturado que explicite o Plano 1 ano 7.1 1 ano 8.1 altimétricos. Ambiental da SETA contendo objetivos, os programas e as ações específicas a serem realizadas. 15 Elaborar um documento estruturado que contenha o plano de monitoramentos de indicadores sociais, ambientais, econômicos e técnicos (operacionais) do manejo florestal, definindo a profundidade e periodicidade das análises de campo, para cada item a constar Implementar cargas deste plano. 16 um sistema de identificação das e da 3 meses documentação que acompanham os produtos a serem vendidos como 8.3 certificados. 17 A SETA deverá incorporar os resultados de seus monitoramentos às futuras versões do Resumo Público do Plano de Manejo a serem disponibilizados pela empresa. 22 2 anos 8.4 Monitoramento Annual 2005; SETA S/A – Extrativa Tanino de Acácia, SW-FM/COC-1274 1. PROCESSO DE AUDITORIA 1.1 Auditores e qualificações: • Ricardo Camargo Cardoso – Auditor Líder, Engenheiro Florestal com onze anos de experiência, Advogado e membro do IMAFLORA, representante do Programa Smartwood de Certificação Florestal, coordenador de certificação FSC para manejo florestal de plantações. • Marcos Cesar Passos Wichert – Engenheiro Florestal com mestrado em Silvicultura, especialista em silvicultura e aspectos técnico-econômicos de plantações florestais, assessor técnico do Programa Temático de Silvicultura e Manejo do convênio IPEF-ESALQ-USP, auditor do PCF Imaflora/SW nos processos de avaliação para certificação do Manejo Florestal. 1.2 Cronograma da Auditoria: Data Localização /Sítios principais Principais atividades 31/08/05 Escritório Reunião de abertura. Fazenda Menezes 01/09/05 armazenamento de combustível. COPELMI Plantio novo, estradas e aceiros - arrendamento. Fazenda Pinvest Preparo de solo, APPs. Fazenda Ieda Cambuím (área de compra de madeira) 02/09/05 Depósitos de produtos químicos e embalagens e Colheita, armazenamento de combustível e refeitório. Esswein Arrendamento novo. Zeno Pereira Arrendamento novo. Butiá Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração de Madeira e Lenha; Sede da prestadora de serviços RL Oliveira. 23 Análise Escritório de pendentes fechamento. documentação, da auditoria checagem anterior e das reunião Número total de pessoas-dia utilizadas na auditoria: 6 = número de auditores participando 2 multiplicado pelo total de dias gastos na auditoria 3 1.3 Estratégia de verificação A equipe de auditoria utilizou as seguintes estratégias de verificação: - Análise de documentos; - Visitas de campo, com seleção prévia dos locais de visitação; - Entrevistas com os responsáveis pelo manejo florestal, equipe técnica e funcionários de campo e escritórios; - Reunião prévia da equipe de auditores para consolidação dos resultados e reunião de encerramento com os responsáveis pelo manejo florestal para apresentação resumida dos resultados consolidados. 1.4 Processo de Consulta a Partes Interessadas (Stakeholders): Foram efetuadas entrevistas com funcionários da OMF e outras partes interessadas com a finalidade de averiguar o cumprimento de diferentes itens da norma. 1.5 Padrões utilizados: Na condução dessa auditoria adotou-se como referência o Padrão FSC para Manejo de Plantações no Brasil, em sua versão 9.0, de maio de 2003, em processo de acreditação junto ao FSC internacional. 2. EVIDÊNCIAS DA AUDITORIA E RESULTADOS 2.1 Mudanças na gestão florestal da OMF: Foi acrescida ao escopo da certificação uma área total de 1.301,39 ha, com a seguinte composição: FLORESTAS TOTAL ÁREAS (ha) PLANTIO PRESERVAÇÃO ANO PLANTIO PINVESTI (A.01) 334,23 235,7 98,53 2005 PINVESTI (A.02) 97,81 68,79 29,02 2005 24 CARs de PAULO P. VELHO 116,43 67,7 48,73 2005 DIVO E. KUHN 111,83 27,89 83,94 2005 53,71 51,18 2,53 2005 CILON RASSIER 375,38 248,55 126,83 2005 JOSÉ J. ESSWEIN* 150,00 136,95 --- 2006 JOSÉ ALGAYER 22,00 16,19 --- 2006 ZENO PEREIRA 40,00 17,00 --- 2006 1.301,39 869,95 389,58 --- COPELMI TOTAL * Floresta sob contrato de responsabilidade. As áreas acrescidas ao escopo do certificado referem-se a novos contratos de parceria rural ou de responsabilidade firmados pelo empreendimento, com duração mínima de uma rotação e histórico de ocupação com acacicultura ou mineração. Todas as novas áreas foram visitadas durante a auditoria ou em datas específicas. Área atual do escopo de certificação: Uso da terra Área (ha) % Plantações florestais 7.923,85 68 Áreas de conservação 3.245,38 28 474,16 4 11.643,39 100 Outros usos Área total certificada 2.2 Tópicos sobre Partes Interessadas: Não houve contribuições significativas durante o processo de consulta a partes interessadas. 2.3 Cumprimento com Condições e Ações Corretivas aplicáveis: A sessão abaixo descreve as atividades da Organização Certificada visando o cumprimento das CARs estabelecidas durante avaliações anteriores. Falhas no cumprimento das CARs podem resultar em suspensão ou cancelamento de um 25 certificado SmartWood. Para cada CAR solicitada são apresentadas as evidências de auditoria e a descrição de seu estado atual, em conformidade com as categorias da tabela a seguir: Estado das CAR/Condições Encerrada Aberta Condição #1 Explicação A Operação Certificada completou satisfatoriamente a CAR, resolvendo a não conformidade especificada. A Operação Certificada não completou a CAR; ainda existe a não conformidade especificada. Referências ao padrão: 1.1, 1.7 e 10.6. Maior: Menor: Ação Corretiva: a SETA deverá realizar um levantamento e mapeamento das áreas de preservação permanente, definindo: a) os talhões que apresentam plantios avançados sobre a APP; b) tipologia da vegetação nativa (estágio sucessional) existente; c) todas as APPs em situação irregular, os programas e cronogramas de restauração. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: a OMF apresentou mapas contendo informações sobre APPs e um levantamento de APPs irregulares, com definição dos respectivos cronogramas de restauração, a serem regularizados junto ao DEFAP em conformidade ao programa de colheita; foi efetuado um levantamento florístico e fitossociológico das áreas do empreendimento. Estado: encerrada. N/A. Condição #2 Referências ao padrão: 1.1, 1.7 e 10.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: apresentar a documentação comprobatória da regulamentação da averbação das áreas de Reserva Legal referentes às matrículas das áreas de propriedade da SETA/AGROSETA que compõem a UMF. Todas as áreas que integrem a UMF, incluindo as arrendadas, deverão estar com a RL averbada nas matrículas e reconhecidas nos cartórios de registros de imóveis, de acordo com o percentual exigido pela legislação ambiental. Prazo para completar a ação corretiva: dois anos. Resultado: a ser verificado no monitoramento anual de 2006. Estado: aberta. N/A. Condição #3 Referências ao padrão: 1.6. Maior: Menor: Ação Corretiva: formalizar o compromisso de adesão em longo prazo aos P&C do FSC em sua política de gestão empresarial, devendo ser amplamente divulgado a todos os funcionários (próprios e de terceiros), aos prestadores de serviços, fornecedores, demais partes interessadas e ao público. Prazo para completar a ação corretiva: seis meses. Resultado: a OMF formalizou explicitamente seu compromisso de adesão aos P&C FSC em seu plano de manejo; foi efetuada ampla campanha de divulgação junto aos trabalhadores, próprios e terceirizados, fornecedores e outras partes interessadas. Estado: encerrada. N/A. Condição #4 Referências ao padrão: 2.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: a SETA deverá matricular em cartório de registro de imóveis o título de propriedade da área de 30 ha localizada na Plantação Borba. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: foi apresentado o devido comprovante de protocolização do processo de matrícula da referida propriedade junto ao cartório de imóveis competente. Estado: encerrada. N/A. Condição #5 Referências ao padrão: 4.2. Maior: Menor: Ação Corretiva: estender todos os programas voltados à segurança dos trabalhadores como SIPATR, controle de acidentes de trabalho, palestras, entre outros, a todos os empregados de empresas de serviços (terceiros) que atuam na SETA S/A. 26 Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: o Setor de Segurança e Medicina do Trabalho da OMF elaborou um Plano de Segurança no Trabalho para a Divisão Florestal, em fase de implementação, abrangendo os seguintes tópicos: PPRA, PCMSO, CIPATR, treinamentos em segurança, controle de acidentes e uso de EPIs. Estado: encerrada. N/A. Condição #6 Referências ao padrão: 4.4 e 4.5. Maior: Menor: Ação Corretiva: implantar um mecanismo formal de recebimento e respostas às questões vindas da comunidade, estendendo e divulgando-o a todas as suas unidades e às comunidades que interagem com a empresa. Prazo para completar a ação corretiva: seis meses. Resultado: a OMF implantou um mecanismo formal baseado na recepção das informações e no preenchimento de um formulário, encaminhado ao responsável direto e à Coordenação Florestal; o canal vem sendo divulgado por meio do resumo público e pela instalação de placas em áreas da UMF. Estado: encerrada. N/A. Condição #7 Referências ao padrão: 4.6. Maior: Menor: Ação Corretiva: consolidar o Plano de Ação Social, definindo o cronograma de trabalho, com projetos e parcerias a serem desenvolvidas. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: o empreendimento elaborou seu Plano de Ação Social, prevendo, entre outras iniciativas, o estabelecimento de viveiros cooperados em parceria com o SITIELM e a Prefeitura Municipal de Butiá e o fomento à certificação FSC de produtores de acácia negra, em parceria com o SEBRAE RS. Estado: encerrada. N/A. Condição #8 Referências ao padrão: 4.11. Maior: Menor: Ação Corretiva: definir uma política de capacitação profissional para o caso de adoção de estratégias que venham a causar impacto no volume de empregos gerados e descrevê-la no Plano de Manejo. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: a OMF não definiu uma política de contingência em caso de reduções significativas de seu quadro de trabalho (incluindo a previsão de capacitação profissional e outras medidas mitigadoras), alegando a existência de previsão de contratação e não de redução de mão-de-obra em curto prazo; em contraponto à alegação do empreendimento, no entanto, foi constatada, junto ao SITIELM, a existência de caso de redução de mão-de-obra em função de distribuição de trabalho entre empresas prestadoras de serviços. Estado: aberta. CAR #01/2005. Condição #9 Referências ao padrão: 5.5, 10.2 e 10.3. Maior: Menor: Ação Corretiva: incluir o conceito de dinâmica de microbacias (delineamento, áreas ripárias e composição paisagística) no planejamento das operações silviculturais, determinando áreas máximas de corte raso em talhões contíguos, de forma a reduzir os efeitos da monocultura florestal sobre os recursos de água, solo, fauna, microclima e ao público (impactos visuais). Prazo para completar a ação corretiva: dois anos. Resultado: a ser verificado no monitoramento anual de 2006. Estado: aberta. N/A. Condição #10 Referências ao padrão: 6.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: elaborar um documento específico para o programa ambiental da empresa, que tenha como base a avaliação dos impactos ambientais decorrentes de todas as atividades do manejo sócioambiental na UMF da SETA e que aborde as medidas ambientais do manejo nas áreas de conservação. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: foi elaborado um Plano Ambiental da organização, contendo projetos, ações e medidas ambientais a serem implementadas; foram implementadas, em adição, Instruções de Trabalho específicas para as operações florestais, prevendo medidas adequadas aos respectivos impactos potenciais. Estado: encerrada. Ver, a respeito, as CARs #03 e 04/2005. Condição #11 Referências ao padrão: 6.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: localizar em mapas, elaborar procedimentos operacionais específicos apontando os 27 cuidados ambientais e prevendo monitoramentos para cada situação em particular, para os pontos ou regiões consideradas críticas para o manejo florestal na UMF, (tais como áreas com relevo desfavorável, solos frágeis ou mal drenados, ecossistemas frágeis ou ameaçados, passagens em áreas protegidas ou comunidades, entre outros). Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: todas as ações operacionais e cuidados ambientais pertinentes nas áreas que compõe a UMF estão identificados em mapas específicos, denominados mapas do Plano Ambiental por Área. Estado: encerrada. N/A. Condição #12 Referências ao padrão: 6.2. Maior: Menor: Ação Corretiva: incluir no plano ambiental a realização de levantamentos da fauna local, para determinar a ocorrência de espécies raras, endêmicas, ou ameaçadas de extinção, bem como seus habitats, propondo as medidas para a conservação das espécies e seus habitats. Prazo para completar a ação corretiva: dois anos. Resultado: a ser verificado no monitoramento anual de 2006. Estado: aberta. N/A. Condição #13 Referências ao padrão: 6.5. Maior: Menor: Ação Corretiva: complementar os mapas das fazendas com os levantamentos altimétricos. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: a OMF vem atualizando sua base cartográfica em consonância com a programação de colheita de cada propriedade; foram apresentados mapas das últimas áreas de plantio, já com a adequação requerida pela condição. Estado: encerrada. N/A. Condição #14 Referências ao padrão: 7.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: apresentar um documento estruturado que explicite o Plano Ambiental da SETA contendo objetivos, os programas e as ações específicas a serem realizadas. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: como já comentado na descrição de resultados da condição 10, foi elaborado um Plano Ambiental da organização, contendo projetos, ações e medidas ambientais a serem implementadas. Estado: encerrada. N/A. Condição #15 Referências ao padrão: 8.1. Maior: Menor: Ação Corretiva: elaborar um documento estruturado que contenha o plano de monitoramentos de indicadores sociais, ambientais, econômicos e técnicos (operacionais) do manejo florestal, definindo a profundidade e periodicidade das análises de campo, para cada item a constar deste plano. Prazo para completar a ação corretiva: um ano. Resultado: a organização elaborou um plano mensal de monitoramento de indicadores, incluindo aspectos sociais, ambientais, econômicos e operacionais do manejo florestal. Estado: encerrada. Ver a respeito a CAR #06/2005. Condição #16 Referências ao padrão: 8.3. Maior: Menor: Ação Corretiva: implementar um sistema de identificação das cargas e da documentação que acompanham os produtos a serem vendidos como certificados. Prazo para completar a ação corretiva: três meses. Resultado: a OMF implementou com sucesso um sistema de identificação, por meio de placas instaladas nas cabines dos caminhões, controles internos de entrada por floresta de origem e especificação nas notas fiscais por meio de carimbos. Estado: encerrada. N/A. Condição #17 Referências ao padrão: 8.4. e 8.5. Maior: Menor: Ação Corretiva: a SETA deverá incorporar os resultados de seus monitoramentos às futuras versões do Resumo Público do Plano de Manejo a serem disponibilizados pela empresa. Prazo para completar a ação corretiva: dois anos. Resultado: a ser verificado no monitoramento anual de 2006. Estado: aberta. N/A. 28 2.4 Seguimento de condições de certificação: CAR#01/2005 (seguimento da Referencia ao padrão: 4.11. Maior: Menor: Condição #8). Não Conformidade: a OMF não definiu uma política de contingência em caso de reduções significativas de seu quadro de trabalho (incluindo a previsão de capacitação profissional e outras medidas mitigadoras), alegando a existência de previsão de contratação e não de redução de mão-de-obra em curto prazo; em contraponto à alegação do empreendimento, no entanto, foi constatada, junto ao SITIELM, a existência de um caso de redução de mão-de-obra em função de distribuição de trabalho entre empresas prestadoras de serviços. Ação Corretiva: a OMF deve elaborar uma política de contingência para casos de reduções significativas de seu quadro de trabalho, incluindo a previsão de capacitação profissional e outras medidas mitigadoras. Prazo para completar a ação corretiva: três meses (ação corretiva passível de verificação por auditoria de escritório). 2.5 Novas ações corretivas solicitadas como resultado desta auditoria: Referencia ao padrão: 1.1. Maior: Menor: CAR#02/2005. Não Conformidade: as autorizações de corte de plantações em APPs situadas em propriedades de terceiros têm como condicionante a recuperação das áreas após a colheita; em muito casos, porém, a colheita marca o fim do contrato de parceria e a responsabilidade pela recuperação das APPs fica indefinida. Ação Corretiva: a organização deve estudar e definir uma solução que viabilize a recuperação das APPs colhidas em áreas de terceiros após o fim da vigência dos contratos e buscar a regularização de tais situações junto ao órgão ambiental competente. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. Referencia ao padrão: 6.1. Maior: Menor: CAR#03/2005 Não Conformidade: embora a OMF tenha, em Instruções de Trabalho, um tratamento dos impactos ambientais de suas operações, não foi evidenciado um levantamento específico ou uma matriz indicando os principais aspectos ambientais e impactos ambientais relevantes das operações. Ação Corretiva: a OMF deve efetuar um levantamento específico ou uma matriz indicando os principais aspectos ambientais e impactos ambientais relevantes de suas operações da OMF, sobre os quais devem ser tomadas medidas específicas para controle, prevenção, correção ou mitigação. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. Referencia ao padrão: 6.5. Maior: Menor: CAR#04/2005 Não Conformidade: embora a organização disponha de Instruções de Trabalho para suas diferentes operações, não foram observadas evidências de sua aplicação em operações de colheita em novas áreas incorporadas à UMF. Ação Corretiva: a organização deve estender e monitorar a implementação de suas Instruções de trabalho, em especial com relação às operações de colheita e abertura e manutenção de estradas, em áreas recém incorporadas à UMF. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. Referencia ao padrão: 1.5. Maior: Menor: CAR#05/2005 Não Conformidade: embora exista um sistema de proteção das áreas de manejo florestal, adequado à escala da OMF, foi observada a presença de gado em APPs de áreas próprias e de parcerias. Ação Corretiva: a OMF deve elaborar e implementar procedimentos, incorporando-os ao seu plano de manejo, para não permitir a presença de gado em APPs de áreas próprias ou de parcerias. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. CAR#06/2005 Referencia ao padrão: 8.2. 29 Maior: Menor: Não Conformidade: embora a organização tenha estabelecido um indicador específico referente à quantidade de APPs, não há referência deste indicador com relação à área total da UMF ou de cada propriedade, não existindo portanto, qualquer parâmetro válido de avaliação. Ação Corretiva: a organização deve definir e estabelecer um parâmetro de referência para o indicador de quantidade de APPs (por exemplo, indicando o número percentual de hectares com relação a área total de cada fazenda componente da UMF). Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. Referencia ao padrão: 8.2 Maior: Menor: CAR#07/2005 Não Conformidade: a organização efetua um monitoramento mensal de suas frentes de trabalho, verificando aspectos técnicos e de segurança ocupacional; foram observadas, no entanto, lacunas no monitoramento de aspectos relacionados ao armazenamento de produtos químicos e alimentação de terceiros. Ação Corretiva: a OMF deve aperfeiçoar seus monitoramentos de campo, de forma a capacitar auditores e incluir em sua lista de checagem itens relacionados ao armazenamento de produtos químicos e alimentação de terceiros. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. Referencia ao padrão: 9.1. Maior: Menor: CAR#08/2005 Não Conformidade: embora a OMF tenha previsto levantamentos fitossociológicos e a observação da fauna local em seu programa ambiental, não houve continuidade dos trabalhos, nem uma conclusão formal sobre a existência de atributos de alto valor para a conservação. Ação Corretiva: a organização deve dar continuidade aos trabalhos para identificação de altos valores para a conservação, definindo em seu plano de manejo sobre a existência ou não de FAVCs na UMF. Prazo para completar a ação corretiva: até a próxima auditoria. 2.6 Observações da Auditoria: Observação Referência OBS #1/2005: recomenda-se uma análise de aplicabilidade de acordos e 1.3. tratados internacionais de que o Brasil é signatário, com especial atenção àqueles mencionados no critério 1.3. OBS #2/2005: é recomendável que a OMF demonstre a efetiva implementação 4.2. das exigências da NR31, nos prazos previstos em seu anexo II. OBS #3/2005: recomenda-se que a organização revise suas Instruções de Trabalho sempre que houver modificações práticas em seus procedimentos 7.2 operacionais. 2.7 Decisão da Auditoria: A SETA S/A. – Sociedade Extrativa de Tanino de Acácia vem mantendo o compromisso e o desempenho do manejo florestal praticado em sua UMF com relação aos padrões de certificação FSC. A auditoria anual do Imaflora/SW recomenda a manutenção da certificação para SETA S/A. – Sociedade Extrativa de Tanino de Acácia, desde que sejam cumpridas as CARs solicitadas nos prazos determinados. ANEXO I: lista de sítios visitados: Núcleo ou UMF Fazenda Compartimento Auditor Descrição do sítio/ Foco da auditoria Sede Ricardo e Depósitos de produtos químicos e 30 Menezes COPELMI Fazenda Pinvest Fazenda Ieda Cambuím Esswein Zeno Pereira Talhão recém plantado. Talhão em operação de preparo de solo. Talhões em colheita – área de compra de madeira. Arrendamentos Arrendamentos Marcos. embalagens e armazenamento de Ricardo e Plantio novo, estradas e aceiros - combustível. Marcos. arrendamento. Ricardo e Preparo de solo, APPs. Marcos. Ricardo e Colheita, armazenamento de combustível Marcos. e refeitório. Ricardo e Floresta em idade de corte; APPs. Marcos. Ricardo e Floresta em idade de corte; APPs. Marcos. 31