CELEBRAÇÃO DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP

Transcrição

CELEBRAÇÃO DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP
A n o X I X - No v e mbro 2 0 1 5
Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco Nossa Caixa
www.afaceesp.org.br • [email protected]
CELEBRAÇÃO DE 34°
ANIVERSÁRIO DA AFACEESP
Arte, espetáculo, shows musicais, gastronomia, congraçamento
e encontro de gerações, tudo num único evento
Assuntos
JURÍDICO
5
BANCO DO BRASIL
Saiba o andamento das demandas judiciais
tocadas pela Afaceesp em nome dos associados
ENCONTRO ESTADUAL
Afaceesp realiza segundo encontro
estadual do ano dentro da programação
da Semana dos Aposentados da União
7
6
Ex-superintendente do Economus, Carlos Célio
é nomeado Diretor de Relações do BB
REGIONAIS
8
São José do Rio Preto abre calendário de
comemorações de fim de ano. Confira o cronograma
PLANOS DE SAÚDE
9
Planos de saúde deverão cobrir 21 novos
procedimentos a partir do ano que vem
SOLENE
10
Ato religioso acontece em comemoração
ao 34° aniversário da Afaceesp. Associados,
dirigentes e associados prestigiaram solenidade
CELEBRAÇÃO
11
Espetáculos étnicos e shows musicais marcaram
festividade comemorativa da Afaceesp. Mil
e trezentas pessoas participaram do evento
ESPECIAL
17
Revista “mimo” distribuída na solenidade festiva
da Afaceesp segue encartada nesta edição
IDOSOS
35
Grupo da terceira idade se reúne para
exigir cumprimento de direito; acompanhe
alguns feitos de pessoas que superaram
recordes e a barreira dos 65 anos de vida
GERAÇÕES
37
Artigo de Rosely Sayão publicado há
quase uma década permanece atual.
Experiência inédita coloca crianças e idosos
em contato diário: Encontro de Gerações
LITERATURA
39
Associado da Afaceesp é autor de obra que
narra trajetória dos italianos que cruzaram
terra e mar em busca de novo local para viver
LONGEVIDADE
40
Ciclo de palestras acontece em São Paulo e Rio
de Janeiro abordando, dentre outros temas,
o mercado de trabalho para a terceira idade
PASSATEMPO
42
Palavras cruzadas e brincadeira de adivinhação para todos
2015
Nosso Tempo
3
Editorial
De novo, foi muito bonito
A
comemoração dos 34
Importante também destacar a
anos da Afaceesp, ini-
realização, pela segunda vez neste
ciada com a Missa em
ano, do Encontro da Afaceesp
Ação de Graças celebrada no
dentro da Semana dos associados
dia 27 de agosto e coroada com
aposentados da Usceesp. Somados
o Jantar Dançante no dia 03 de
com as comemorações do aniversá-
setembro foi motivo de especial
orgulho e satisfação para todas as
rio da nossa Associação, os eventos
pessoas que participaram, por mais
integram a estratégia de manter
de seis meses, dos preparativos.
permanentemente congregados os
aposentados e pensionistas oriundos da Nossa Caixa.
Envolvendo diretores, conselheiros, funcionários
Lembre-se ainda as confraternizações de final de ano
e parceiros prestadores de serviços, os resultados
das regionais do Interior. É por meio dessa união
dos eventos atestam que a nossa Associação está no
caminho certo para cumprir sua vocação primordial
de congregar os associados e familiares.
que a Afaceesp consegue exercer a outra importante
missão imposta pelo seu Estatuto: manter vigilância
e assegurar a defesa dos direitos específicos dos seus
Não é demais repetir: nossos eventos são abertos e
associados.
facilitados a todos. Deles, só não participa quem não
quer, ou quem não pode, também é importante repisar.
Por isso tudo, nossas festas significam muito mais
do que o já em si mesmo prazeroso ato de festejar.
Associados, familiares e convidados de várias
regiões do nosso Estado puderam desfrutar, por mais
de cinco horas, de um verdadeiro festival de atrações.
Abraços,
Quem não pode participar terá uma visão abrangenPedro Paulo Galdino
te do que foram os eventos, lendo e apreciando as
matérias nesta edição.
Diretor Presidente da Afaceesp
Informativo Nosso Tempo - Orgão de divulgação e informação da Afaceesp
Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco Nossa Caixa
Rua XV de Novembro, 200 - 2º e 13º andares • São Paulo • SP • CEP 01013-905 • Fone/fax: (11) 3521-0500
Jornalista Responsável: João Roberto Cruz • MTB. 24.983 • Cel: (11) 99646-0736 • Produção Gráfica: MWS Design (www.mws.com.br)
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4
Nosso Tempo
2015
Jurídico
Relatório atualizado em 20/10/2015
1
AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA A
TRANSFERÊNCIA DA FOLHA DE
PAGAMENTO PARA SECRETARIA DA
FAZENDA E NÃO DESCONTO DOS 11% ADVOCACIA AGENOR BARRETO PARENTE –
PROCESSO Nº 00514200401802004 - 18ª VARA
DISTRIBUIÇÃO: 11/03/2004
Ação Julgada Procedente- em recurso no TRT
2
AÇÃO DE PRESERVAÇÃO DE DIREITOS ADVOCACIA INNOCENTI
PROCESSO Nº 00286009320095020047 – 47ª Vara
Trabalhista
DISTRIBUIÇÃO: 11/02/2009
CABEÇA: AFACEESP em nome de todos os grupos de
associados (5677 reclamantes do grupo A , B e C)
PROVISORIA: Devolução dos descontos da taxa
previdenciária de 11%, através de carta de sentença.
Processo aguardando adequação dos cálculos de
liquidação e desfecho de matéria relacionada com o
instituto jurídico da Repercussão Geral.
3
AÇÃO COLETIVA FEAS – ADVOCACIA
INNOCENTI X ECONOMUS E BB.
(GRUPOS B e C)
PROCESSO: 00014905120115020047 – 47ª VT
DISTRIBUIÇÃO: 17/06/2011
CABEÇA: AFACEESP + 4.547 (Todos associados até
03/06/11 dos grupos “B e C”)
Audiência de julgamento dia 01/02/2012 às 17hs.Procedente em Parte, condenou também o BB
solidariamente. Os efeitos positivos da sentença
abrangem somente quem estava inscrito e pagando o
plano Feas à razão de 4,72% percapita.
Processo aguardando julgamento no TRT.
2015
4
AÇÃO COLETIVA DE BI-TRIBUTAÇÃO
- ADVOCACIA INNOCENTI X RECEITA
FEDERAL. (GRUPO C)
PROCESSO: 00107993320114036100 – 26ª
JUSTIÇA FEDERAL
DISTRIBUIÇÃO: 01/07/2011
CABEÇA: AFACEESP + 3.300 (Todos associados até
27/06/11 do grupo “C”)
Ação parcialmente procedente.
Aguardando julgamento de Recurso Especial.
5
AÇÃO COLETIVA REAJUSTE 7,5% ADVOCACIA INNOCENTI X ECONOMUS E
BB. (GRUPOS A E B)
PROCESSO: 00026597320115020047 – 47ª VT
DISTRIBUIÇÃO: 14/10/2011
CABEÇA: AFACEESP + 3.201 (Todos associados
até 14/09/2011 dos grupos “A e B”)
Conforme acórdão de 2ª Instância e Recursos no TST
ficou declarada a legitimidade da AFACEESP para
propor ação em nome dos associados, porém ainda esta
se discutindo a competência da justiça do trabalho.
Aguardando julgamento de Recurso.
6
GRUPO “B” – APOSENTADOS
PROPORCIONAMENTE A PARTIR DE
1992 A MAIO/2005 – ACERTO NO CÁLCULO
DE COMPLEMENTAÇÕES – AÇÃO CIVIL
PÚBLICA – ADVOCACIA TR ABALHISTA
– DR. AGENOR BARRETO PARENTE –
PROCESSO: 01599200701102006 – 11ª VAR A
TR ABALHISTA
CABEÇA: AFACEESP (1112 reclamantes)
O processo foi para 2ª instância em 04/2010 para
apreciação do Recurso Ordinário da AFACEESP.
Nosso Tempo
5
Jurídico
7
AÇÃO SEGURO COSESP
ADVOCACIA PENTEADO MENDONÇA COSESP - MANUTENÇÃO DA APÓLICE 745
Ação de Rito Ordinário – 5ª Vara Cível –
PROCESSO Nº 583.00.2005.115325-2
Procedente em primeira Instância (03/05/2006), com
manutenção da apólice nas condições anteriores, inclusive
com a consignação dos prêmios em folha de pagamento.
Reformada em segunda Instância (Tribunal de Justiça –
SP). Ajuizada pelos os advogados da AFACEESP medida
para suspender o efeito da reforma. Aguarda-se decisão no
Innocenti Advogados Associados
Alameda Santos, 74 – 10º andar –
São Paulo – SP
Fone (11) 3291-3355
www..innocenti.com.br
Principais atuações em direito:
Bancário, Civil, Securitário,
Família, Previdência
Complementar, Previdenciário,
Consumidor, Trabalhista,
Tributário e Fiscal.
âmbito do Superior Tribunal de Justiça.
8
TETO CONSTITUCIONAL
ADVOCACIA INNOCENTI X ECONOMUS E
BB. (GRUPOS A E B)
PROCESSO: 00016149220155020047- 47ª Vara
Trabalhista
DISTRIBUIÇÃO: 27/07/2015
CABEÇA: AFACEESP + 2.907 (Todos associados até
24/07/2015 dos grupos “A e B”)
Audiência inicial designada para 17/12/2015
Parente, Caiana, Parente,
Wichan e Jacobsen Advogados
S/C (Rio Branco Paranhos,
Advocacia Trabalhista)
Avenida Rangel Pestana, 203 – 10º
andar – São Paulo – SP
Fone (11) 3107-9048
www.riobrancoparanhos.adv.br
Área de atuação: direito individual,
do trabalho, direito Coletivo do
Trabalho, Direito Previdenciário
Penteado Mendonça e Char
Advocacia
Rua Almirante Pereira Guimarães,
326 – Pacaembu – São Paulo – SP
Fone (11) 3879-9700
www.pmec.com.br
Principais áreas de atuação: Direito
Securitário, Direito Civil e Direito
do Consumidor.
Superintendente do ECONOMUS é o novo diretor do BB
E
m meados de outubro o Banco do Brasil infor- dor das principais questões que envolvem o Instituto, ele
mou que Carlos Célio de Andrade Santos é o esteve recentemente na sede da Afaceesp participando da
novo Diretor de Relações com Funcionários e aula de encerramento do Programa de Treinamento em
Entidades Patrocinadas (Diref). O Economus é uma Previdência Complementar patrocinado pela Associação,
das entidades patrocinadas pelo BB. A experiência do em julho passado.
dirigente provavelmente será valiosa. Em 2010, logo após
Acompanhado de alguns de seus pares, na ocasião ele
a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil ele ressaltou a importância de ações como a promovida pela
foi diretor Superintendente do Economus. Em maio de Afaceesp, no sentido de incentivar e promover a educação
2011, licenciou-se do BB para assumir a presidência da previdenciária. “A indicação de Carlos Célio para a Diref é
Geap - Fundação de Seguridade Social.
muito bem vinda. Oxalá continue aberto e aprimorado o
Em 2015, Carlos Célio voltou para o Economus, como canal de discussão mantido até o momento”, felicita Pedro
diretor Superintendente e agora assume a Diretoria do BB. Paulo Galdino, presidente da Afaceesp. Com a nova pasta,
Profissional com ampla capacidade de diálogo, conhece- Carlos Célio deixa a superintendência do Economus.
6
Nosso Tempo
2015
Encontro
Encontro da Afaceesp na Colônia do Suarão
Evento ocorreu durante a Semana dos Aposentados da Usceesp
E
m meio ao lazer e recreação proporcionados pelo
tradicional evento promovido pela União dos
Funcionários do Banco Nossa Caixa (Usceesp),
foi realizado no último dia 29 de outubro o Encontro dos
Aposentados da Afaceesp.
A tarde foi reservada para discutir assuntos de interesse
da classe de aposentados e pensionistas oriundos o Banco
Nossa Caixa. Além dos participantes que já se encontravam
instalados na Colônia Usceesp do Suarão (município de
Itanhaém), a reunião contou com a presença de diretores,
conselheiros e colaboradores da Afaceesp.
Os participantes tiveram a oportunidade de preparar
previamente suas perguntas, por meio de formulário específico distribuído no dia da abertura oficial da Semana
dos Aposentados, que transcorreu entre os dias 25 e 31 de
outubro.
Durante mais de duas horas foi possível discutir e divulgar informações de especial interesse. Ao final, foram sorteados “pen drives” com imagens de vídeo de outro grande
evento que foi o Jantar Dançante comemorativo dos 34
anos da Associação (ver cobertura completa nesta edição).
Dentre os assuntos discutidos durante a reunião, além
das informações sobre as principais demandas judiciais
coletivas administradas pela Afaceesp, os participantes
foram informados sobre a estratégia de realizar o Encontro
de Aposentados da Afaceesp como parte da programação
da Semana dos Aposentados associados da Usceesp, de
modo a conciliar dois grandes interesses: reunir as pessoas
numa saudável confraternização, e propiciar a realização
do Encontro da Afaceesp nos moldes dos seus Encontros
Regionais.
Os sorteados que ganharam o “pen drive”
2015
Mesa coordenadora – Pela Afaceesp: Antonio Alberto
Giangiácomo, Pedro Paulo Galdino e Maria José Pecoraro; pela
Usceesp: Regina Lebre.
A questão da assistência médica também ocupou boa
parte da reunião. A maioria das questões levantadas pelos
participantes versava sobre o tema. O presidente da Afaceesp informou que estavam avançadas as tratativas para
que a diretoria do Economus participasse do evento. “As
alterações recentemente verificadas na direção do Instituto
impediu o deslocamento dos representantes para participação no Encontro Estadual”, lamentou Pedro Paulo
Galdino.
O dirigente da Afaceesp aproveitou para informar que
aceitando o convite formulado pelo então diretor superintendente do Economus, Sr. Carlos Célio, foram realizadas
várias reuniões com representantes das duas entidades,
tendo por objetivo buscar alternativas para equacionar
questões maiores na área de assistência médica, sobretudo
no tocante aos custos decorrentes das características dos
vários tipos de planos operados.
O presidente Pedro Paulo Galdino opinou que tais
reuniões foram proveitosas, pois permitiram trocar experiências, principalmente acerca do histórico da assistência
médica proporcionada pelo incorporado Banco Nossa
Caixa, desde quando ainda era uma autarquia estadual e
a cobertura médica ocorria pelo IAMSPE- Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual. “A expectativa é a de retomar tais discussões tão logo seja possível”,
asseverou o dirigente da Afaceesp. Após os debates, todos
participaram de um jantar de confraternização, também
nas dependências da União.
Nosso Tempo
7
Regionais
Confraternizações de fim de ano agendadas
E
ventos bastante concorridos, as Confraternizações
Regionais de Final de Ano novamente tornarão
a acontecer em 2015. O calendário festivo teve
início em Araraquara e São José do Rio Preto, cujos
associados se confraternizaram em 20 de novembro,
sexta-feira, com a realização de almoço e jantar dançante,
respectivamente. Já os associados de Taubaté (São José
dos Campos) irão festejar em 13 de dezembro, domingo,
com a realização de almoço.
O QUE SÃO? – As Confraternizações Regionais de
Final de Ano são eventos que foram criados pela Afaceesp
como forma de promover e ampliar os vínculos de amizades
entre os associados de uma mesma cidade ou região. A entidade estimula a realização destas comemorações, que na
sua promoção envolve o esforço conjunto da administração
da Associação – funcionários e dirigentes – alinhada aos
representantes regionais, espalhados por todo Estado de
São Paulo. Acompanhe abaixo a programação dos eventos .
DATA
REGIONAL
JANTAR/ALMOÇO
20/11/15
São José do Rio Preto
Jantar Dançante
20/11/15
Araraquara
Almoço
26/11/15
Ribeirão Preto
Jantar
27/11/15
Sorocaba
Jantar
29/11/15
Araçatuba
Almoço
03/12/15
Santos
Almoço
03/12/15
Rio Claro/Piracicaba/Limeira
Almoço
03/12/15
Presidente Prudente
Jantar
04/12/15
Grande São Paulo e Região
Almoço
04/12/15
Taubaté (Vale do Paraíba)
Jantar Dançante
06/12/15
Bauru
Almoço
10/12/15
Campinas
Almoço
12/12/15
Marilia
Almoço
13/12/15
Taubaté (São José dos Campos)
Almoço
Alguns flagrantes de confraternizações realizadas em 2014
São José do Rio Preto
8
Sorocaba
São Caetano do Sul
Nosso Tempo
Campinas
2015
Saúde
Em 2016, usuários terão novos procedimentos
cobertos por planos de saúde
Teste rápido para dengue passa a ser coberto; antes os planos
só cobriam o exame normal, mais demorado
Com ANS
partir de janeiro de 2016, os beneficiários de planos de saúde individuais e
coletivos terão direito a mais 21 procedimentos, incluindo exames laboratoriais,
além de mais um medicamento oral para
tratamento de câncer em casa e ampliação
do número de consultas com fonoaudiólogo,
nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas. Teste rápido para dengue e chikungunya
também passam a ser cobertos a partir do
próximo ano (Ver box).
A medida é resultado do processo de
revisão periódica do Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde, que contou com reuniões
do Comitê Permanente de Regulação da
Atenção à Saúde (COSAÚDE) e de consulta
pública realizada pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) e vai beneficiar
50,3 milhões de consumidores em planos
de assistência médica e outros 21,9 milhões
de beneficiários com planos exclusivamente
odontológicos. Entre as novidades do novo Rol de
Procedimentos estão: o implante de Monitor
de Eventos (Looper) utilizado pra diagnosticar perda da consciência por causas indeterminadas; implante de cardiodesfibrilador
multissítio, que ajuda a prevenir morte súbita;
implante de prótese auditiva ancorada no osso
para o tratamento das deficiências auditivas;
e a inclusão do Enzalutamida medicamento
oral para tratamento do câncer de próstata,
entre outros procedimentos.
Para o diretor-presidente da ANS, José
Carlos de Souza Abrahão, umas das vertentes
da sustentabilidade no setor de saúde suplementar é o braço assistencial. “A saúde é um
processo em franca evolução. Temos sempre
novas tecnologias em constante avaliação. Por
isso, a inclusão de novos procedimentos no
Rol da ANS é uma conquista da sociedade.
Esse Rol é estudado, acompanhado e revisado
a cada dois anos”, disse Abrahão.
A
AMPLIAÇÃO – Além de inclusões, a
ANS ampliou o uso de outros procedimentos
2015
já ofertados no rol da agência. Entre os
quais, a ampliação do tratamento imunobiológico subcutâneo para artrite psoriásica
e a ampliação do uso de medicamentos para
tratamento da dor como efeito adverso ao
uso de antineoplásicos. Também houve
aumento do numero de sessões com fonoaudiólogo, de 24 para 48 ao ano para pacientes
com gagueira e idade superior a sete anos
e transtornos da fala e da linguagem; de
48 para 96, para quadros de transtornos
globais do desenvolvimento e autismo; e 96
sessões, para pacientes que se submeteram
ao implante de prótese auditiva ancorada
no osso. Vale destacar ainda a ampliação
das consultas em nutrição, de seis para 12
sessões, para gestantes e mulheres em amamentação. Além da ampliação das sessões
de psicoterapia de 12 para 18 sessões; entre
outros. CONSULTA PÚBLICA – Na nova
revisão do rol de procedimentos e eventos
em saúde, chamou a atenção a grande participação dos consumidores na consulta pública
realizada entre 19/06/2015 a 18/08/2015.
Foi um total de 6.338 contribuições online,
sendo 66% de consumidores, 12% de prestadores de serviços e 9% de operadoras de
planos de saúde. Para esta revisão, a ANS
instituiu o Comitê Permanente de Regulação
da Atenção à Saúde (COSAÚDE), que contou com a participação de órgãos de defesa
do consumidor, ministérios, operadoras de
planos de saúde, representantes de beneficiários, de profissionais da área de saúde, de
hospitais, entre outros.
A Resolução Normativa editada pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) sobre o novo Rol de Procedimentos
e Eventos em Saúde será publicada nesta
quinta-feira (29/10) no Diário Oficial da
União. A medida é válida para consumidores
com planos de saúde de assistência médica
contratados após 1º de janeiro de 1999 no
país e também para os beneficiários de planos
adaptados à Lei nº 9.656/98.
Nosso Tempo
Novas coberturas
Dengue e Chikungunya
Antígeno NS1 do vírus da dengue –
Exame laboratorial de sangue utilizado
para auxílio diagnóstico de dengue. Na
dengue, muitas vezes o diagnóstico sorológico não é capaz de confirmar casos
suspeitos com evolução grave, já que a
febre hemorrágica pode ocorrer na janela
imunológica, quando as pesquisas de
IgM e IgG são negativas. Nesses casos, a
pesquisa do antígeno NS1 apresenta sua
melhor utilidade, permitindo o diagnóstico nos primeiros cinco dias de doença.
Chikungunya, exame de anticorpos
– Exame laboratorial de sangue utilizado para auxílio diagnóstico da febre
Chikungunya, que é uma doença viral
parecida com a dengue.
Dengue, anticorpos IGG, soro (teste
rápido) – Exame laboratorial de sangue,
do tipo rápido, utilizado para auxílio
diagnóstico de dengue.
Dengue, anticorpos IGM, soro (teste
rápido) – Exame laboratorial de sangue,
do tipo rápido, utilizado para auxílio
diagnóstico de dengue. Tipo de exame
continua continuação.
Como o consumidor pode denunciar uma
operadora que não está cumprindo o rol de
procedimentos?
O consumidor deve entrar em contato
com a ANS e fazer a reclamação. Os canais de atendimento são:
DISQUE ANS (0800 701 9656): Atendimento telefônico gratuito, disponível
de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas
(exceto feriados).
Portal da ANS (www.ans.gov.br): Central de Atendimento ao Consumidor, disponível 24 horas por dia.
Núcleos da ANS: Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às
16h30 (exceto feriados), em 12 cidades
localizadas nas cinco regiões do Brasil.
9
Missa
MISSA SOLENE 34 ANOS DA AFACEESP
C
Navegar é preciso... Orar, também
om a realização de uma Missa em Ação de Graças,
na Igreja de São Gonçalo, o calendário de comemorações pelo 34° aniversário da Afaceesp foi
aberto na tarde de 27 de agosto, uma semana antes da
solenidade festiva. Celebrado pelo padre Hélio Pereira
Vergueiro Filho, o ato religioso foi acompanhado por dezenas de associados, dirigentes, conselheiros e funcionários
da entidade. A igreja ficou lotada.
Seguindo atentamente o cerimonial exigido em tais
ocasiões, a celebração teve em boa parte do seu desenvolvimento o acompanhamento de cânticos: coral de vozes e
orquestração. A leitura dos textos foi feita pelas associadas
Galdino, Pecoraro e Issuani;
Maria Inez faz leitura
Cerimonial seguido: canto
com vozes e orquestra
Maria José Pecoraro, Leila Issuani Carneiro, e Maria Inez
Santos. Na homilia, o padre Hélio lembrou as longas
caminhadas, “verdadeiras peregrinações” realizadas por
aqueles que buscam a felicidade em lugares distantes da
terra natal.
No encerramento, Pedro Paulo Galdino, presidente da
Afaceesp agradeceu a presença de todos e lembrou que aos
poucos, assim como o evento festivo, o ato religioso também vai recebendo cada vez mais adesões. “É muito bom
perceber a importância do culto e da fé pelos associados”.
Após o encerramento, todos participaram de um chá da
tarde, oferecido nas próprias dependências da igreja.
Ato concorrido, assim como
na festividade
O padre Hélio Pereira Vergueiro,
que celebrou a missa
Dirigentes, conselheiros, associados e funcionários da entidade
participaram do ato religioso. Muitos que não puderam ir à
solenidade festiva compareceram ao ato religioso.
O já tradicional chá “pós”
celebração foi servido
10
Nosso Tempo
2015
Festa
34 anos da Afaceesp:
Festival de atrações
Apresentações étnicas, grande show musical e cardápio com influências imigratórias
fizeram parte da celebração. Sorteio de pacotes de viagens abrilhantou ainda mais a noite
Mil e trezentas pessoas participaram da celebração; as caravanas vieram de todas as regiões do Estado. Felicidade e alto astral foram marcas do evento.
F
oi um verdadeiro espetáculo!
Com presença de público próxima a mil e trezentas pessoas
– novo recorde em eventos promovidos
pela entidade–, a Afaceesp celebrou
seu 34° aniversário. A festividade,
intitulada “Nossas Origens”, ocorreu
na noite de três de setembro, no Expo
Barra Funda, e serviu para homenagear
algumas das etnias que contribuíram
para a formação do povo brasileiro.
2015
Os convidados puderam acessar
a casa a partir das 19h, em plena
apresentação do cantor Fred Rovella.
Acompanhado de banda e dançarinas, o artista fez do seu show uma
autêntica festa italiana. O público
respondeu animadamente, agitando os
tradicionais tamburellos entregues na
entrada. Após a apresentação italiana,
com direito a bis focado em baladas
românticas, houve uma pequena
Nosso Tempo
pausa para os tradicionais discursos
institucionais. Valdemar Venâncio,
coordenador do Fórum das Estatais;
Marisa Maurer, Gerente Regional SP
da Cooperforte; o deputado estadual
Hélio Nishimoto (PSDB) e o presidente da Afaceesp, Pedro Paulo Galdino
falaram brevemente.
Na sequência, os shows étnicos
foram retomados. Coube ao badalado
Taiko Group apresentar a milenar arte
11
dos tambores japoneses. Mesclando
técnica original aliada à reconhecida
percussão brasileira, os tocadores
surpreenderam o público com um
ritmo que em muito lembrou as nossas baterias de escolas de samba. Na
sequência, os tambores continuaram
a ser tocados, mas desta vez ao invés
das baquetas, com as mãos: a Cia da
Tribo assumiu o comando para apresentação típica africana. Ritmo, beleza
e energia foram marcas do número em
homenagem à raça negra.
O Grupo Folclórico da Casa de
Portugal veio a seguir. Além da tradicional música, casais de bailarinos
se apresentaram ostentando os trajes
típicos do lugar. As belas dançarinas
da casa de chá Khan El Khalili levaram
a exuberância da cultura árabe para o
evento. Elas se misturam ao público
para mostrar toda beleza e requinte
da dança do ventre. Não foram só os
marmanjos que ficaram boquiabertos...
as mulheres e o público teen também
aprovaram e aplaudiram a apresentação.
Os ciganos também foram lembrados como um dos formadores da nossa
nação. A Afaceesp buscou algumas
características da etnia – nomadismo
e capacidade de comunicação, prin-
Num dos vários momentos emocionantes da noite, Fred Rovella lembrou a religiosidade. Assim como
no caso dos portugueses, uma das principais heranças que nos foi deixada pelo povo da “Bota”.
cipalmente – para traçar um paralelo
com os bancários da Nossa Caixa:
funcionários das agências, gerentes de
unidade e regionais, além dos inspetores/auditores. Após, a Banda Company
assumiu os microfones, numa apresentação que teve na abertura um medley
de músicas ciganas: do internacional
Gipsy Kings, com “Djobi, Djoba”, ao
popular – Sidney Magal, com o hit
“Sandra Rosa Madalena”.
A noite guardava ainda mais emoção,
com o tradicional sorteio de pacotes
de viagens – completos e com direito
Afaceesp em ação – Os tamburellos puderam ser levados como
mimos, uma lembrança do evento.
12
a acompanhante –, oportunidade
estendida a todos os participantes.
Os dirigentes da Afaceesp, Antonio
Alberto Giangiácomo e Maria José
Pecoraro, mais o presidente do Conselho
Deliberativo da entidade, Décio Pereira
Cotinho foram chamados para tirar da
urna os nomes sorteados. Ana Maria
Coutinho Dias foi contemplada com
pacote para Salvador; Dirce Yayoi Ishiuti
Inowe, para Recife; Herondina Bonilha
Vianna Lusente, para Fortaleza. Após o
rateio, a celebração prosseguiu, avançando pela madrugada.
Equipe do Economus prestigiou a comemoração: Saúde! E também felicidade.
Nosso Tempo
2015
Personas
Coordenador do Fórum das Associações de Aposentados e
Pensionistas das Instituições Estatais do Estado de São Paulo
(Feasp), Valdemar Venâncio relatou a importância dos aposentados
por empresas estatais paulistas permanecerem unidos. A Afaceesp
integra o Feasp.
“Águas, nossas origens” foi o título do painel principal, instalado no hall de entrada do
amplo salão. Da Arca de Noé ao Kasato Maru, a imagem elencou embarcações relacionadas a diferentes temas, épocas e episódios. A obra foi a preferida para os “clicks” dos
associados e seus convidados.
O deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) compareceu acompanhado da caravana do Vale do Paraíba – Taubaté e região. O
parlamentar elogiou o protagonismo assumido pela Afaceesp e
também enalteceu a grande adesão dos associados. “Fiquei surpreso
pelo congraçamento e com a alegria dos participantes, em boa
parte aposentados que se deslocaram de lugares distantes para a
celebração”, relatou o parlamentar.
Para lembrar vários momentos relacionados aos movimentos migratórios registrados
em nosso país, diversos painéis foram estrategicamente instalados num corredor que
dava acesso ao salão principal: mosaicos demonstrando costumes, influências culturais,
gastronômicas e religiosas, além de particularidades atribuídas a cada etnia.
Marisa Maurer, Gerente Regional SP da Cooperforte - cooperativa
de crédito para funcionários ativos e aposentados dos bancos
federais – Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Central, BASA e
BNDES. Ela entregou uma placa de prata em homenagem à Afaceesp.
Na mensagem, menção ao histórico de representatividade, luta e
associativismo desempenhado pela entidade.
Com mensagem de boas vindas,
Fred Rovella, banda e dançarinas
fizeram a primeira apresentação
da noite: “Benvenuto”.
2015
O presidente da Afaceesp fez um pronunciamento emocionado. Ele
usou como metáfora o futuro buscado pelos imigrantes no nosso
país, em comparação com o destino dos aposentados do incorporado
Banco Nossa Caixa: a Afaceesp como um “porto seguro”.
Nosso Tempo
13
Receptivos – Equipe encarregada pela acolhida
dos convidados. Caracterizados conforme as
etnias representadas, os personagens tiveram
importante função na orientação e acomodação
dos participantes, principalmente as caravanas,
que vieram de várias regiões do Estado.
14
Nosso Tempo
2015
Organização – A recepção dos convidados começou antes mesmo da entrada no palco da festa.
Para poder acolher as caravanas, um esquema
especial de desembarque foi montado em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET – São Paulo). Seguranças particulares
acompanharam o trajeto, que teve apoio da Polícia
Militar e de Bombeiros. Equipe médica também
esteve de plantão e portadores de necessidades
especiais receberam atenção redobrada.
2015
Nosso Tempo
15
Romantismo – O bis de Fred
Rovella e banda teve como
destaque uma seleção de músicas
românticas. Foi o momento de
dançar com o rosto colado e
recordar os bons tempos.
Sorteio – Todos puderam participar do sorteio de
pacotes de viagens. Quem ainda não havia preenchido o canhoto pode fazê-lo no momento da
recepção; uma urna acolheu os cupons. Dirigentes
da Afaceesp, Antonio Alberto Giangiácomo,
Décio Pereira Coutinho e Maria José Pecoraro
puxaram da urna os nomes sorteados. Ana Maria
Coutinho Dias ganhou pacote para Salvador,
enquanto Herondina Bonilha Vianna Lusente, para
Fortaleza. Dirce Yayoi Ishiuti Inowe não estava
presente, mas mesmo assim foi contemplada com
viagem para Recife.
Décio Coutinho, Ana Maria, Maria José, Herondina e Antonio Giangiácomo
16
Nosso Tempo
2015
NOSSAS
ORIGENS
34
°
AN
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BRAÇ
E
L
Ã
O
C
Ao longo de séculos o Brasil sempre figurou como um país de grandes oportunidades
e atraindo imigrantes de todos os continentes. Com seus usos e costumes, cada
etnia contribuiu para a formação do povo brasileiro.
IV E R SÁ
R
17
NOSSAS ORIGENS
A
Imigrações para o Brasil
São Paulo, o principal destino
pós a descoberta, em abril de 1500, a imigração para o Brasil teve início em 1530, com a
chegada dos colonos portugueses que vieram
para cá com o objetivo de dar início ao plantio da
cana-de-açúcar. Durante todo período colonial e monárquico, a imigração lusitana foi a mais expressiva.
No começo da década de 1820, muitos imigrantes
suíços se estabeleceram no Rio de Janeiro, na cidade
de Nova Friburgo. Neste mesmo período os alemães
começaram a chegar à Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes imigrantes passaram a trabalhar em
atividades ligadas à agricultura e pecuária.
Nas primeiras décadas do século XIX, imigrantes
de outros países, principalmente europeus, vieram
para o Brasil em busca de melhores oportunidades
de trabalho. Compravam terras e dedicavam-se ao
plantio de subsistência, e também para o pequeno
comércio. Aqueles que na terra natal eram artesãos,
sapateiros, alfaiates, por aqui abriam pequenos negócios.
Os italianos, que vieram em grande quantidade
para o Brasil, tiveram como principal destino a cidade de São Paulo, para trabalhar no comércio ou
na indústria. Outro caminho tomado por eles foi o
interior do Estado, para a labuta na lavoura de café
que estava começando a ganhar fôlego, em meados
do século XIX.
Já os japoneses começaram a chegar ao Brasil em
1908. Grande parte destes imigrantes foi trabalhar
na lavoura de café do interior paulista, assim como os
italianos. Estudiosos acreditam que a imigração japonesa para o Brasil constitui uma saga que ainda não
terminou, além de representar uma das experiências
de integração bem-sucedidas mais improváveis que
ocorreram no conturbado século XX. Curiosamente,
no final do século XX teve início um movimento inverso, com brasileiros de origem nipônica imigrando
para o Japão.
A imigração árabe no Brasil teve início por volta de 1880, com uma leva de libaneses. No início
do século XX, o fluxo cresceu e passou a se tornar
importante. Além do Líbano, existiu ainda certa predominância Síria; é notável, também, a presença de
palestinos e jordanianos. A maioria dos imigrantes
árabes que chegou ao Brasil rumou para São Paulo,
para atuar principalmente no comércio.
Após o descobrimento, a partir de 1530 os portugueses imigraram para iniciar a colonização do nosso país.
18
pós a abolição da escravatura – Lei Áurea, 1888
–, muitos fazendeiros não quiseram empregar e
pagar salários aos ex-escravos, preferindo a mão de
obra do imigrante europeu. Neste contexto, o governo brasileiro incentivou e chegou a criar campanhas
para trazer imigrantes do “velho continente” para o
Brasil. No século XIX o Brasil era visto na Europa
e na Ásia, principalmente no Japão, como um lugar
de muitas oportunidades. Pessoas que passavam por
dificuldades econômicas enxergavam uma ótima
chance de prosperidade por aqui. Muitas pessoas também vieram para cá fugindo
do perigo provocado pelas duas grandes guerras
mundiais, que atingiram principalmente o continente europeu. O primeiro conflito durou de 1914 a
1918, e o segundo, entre 1939 e 1945. As perseguições religiosas também foram determinantes para
indicar o Brasil como um novo destino. Os povos
árabes – Líbano e Síria, principalmente, constituem
um bom exemplo disso.
Em busca de novas oportunidades, os italianos
começaram a chegar em 1870.
NOSSAS ORIGENS
A
O Brasil como destino
As perseguições religiosas foram um dos fatores que
fizeram com que os árabes – principalmente libaneses e
sírios – enxergassem o Brasil como um novo destino.
Nossas Origens: África
Os negros chegaram ao Brasil como mão de
obra escrava, para trabalhar principalmente nos
engenhos de cana de açúcar, a partir da primeira
metade do século XVI. Posteriormente, com o
início da exploração do ouro no Brasil, no século XVIII, os escravos negros continuaram sendo
usados como mão de obra. As regiões das atuais
Angola, Nigéria e Costa do Marfim forneceram
a maior parte dos escravos trazidos para cá.
Na colônia, os escravos aprendiam a língua portuguesa, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo. Os
africanos contribuíram para a cultura brasileira
em uma enormidade de aspectos: dança, música,
religião, culinária e idioma.
A primeira grande leva de japoneses no Brasil desembarcou no
porto de Santos, em 1908, a bordo do navio Kasato Maru.
19
NOSSAS ORIGENS
O
Usos & Costumes: As influências
deixadas pelos imigrantes
Brasil é reconhecido internacionalmente como
um país de grande diversidade étnica e cultural.
Primeiro eram apenas os índios, que ainda estão
por aqui. Com o descobrimento, vieram os portugueses
colonizadores, trazendo logo depois os escravos africanos.
Por muito tempo a população brasileira era composta
principalmente pelos brancos colonizadores, por negros
e mestiços.
Com o fim do trabalho escravo, entre os séculos XIX
e XX, a imigração europeia para o Brasil foi incentivada
para fins diversos, que iam do povoamento territorial de
regiões ainda nativas – alvo da cobiça dos países vizinhos
–, ao trabalho em regime de colonato, equivalente a semiassalariados. Os italianos também vieram, em grande
quantidade.
Além dos lusitanos e dos imigrantes da “Terra da
Bota”, vários outros também aqui chegaram, originários
do velho continente: alemães, espanhóis, poloneses, ho-
landeses, suíços, franceses... Da Ásia, os japoneses formam a principal leva, mas também existem os coreanos
e chineses. O povo árabe também fincou bandeira por
aqui, sobretudo com Sírios e Libaneses.
O Brasil é resultado da mistura de vários povos e nações, que contribuíram com seus usos e costumes para a
formação do povo brasileiro, com influências, sobretudo
na língua, religião e culinária, dentre outros aspectos.
Portugal
Culinária –
Durante mais de três séculos de colonização, somada à imigração pós-independência, os portugueses deixaram profundas heranças para a cultura do
Brasil e também para a etnicidade do povo brasileiro. Hoje, boa parte da população possui alguma
ancestralidade portuguesa.
Religião – Herança da colonização, o catolicismo
foi a religião oficial do Estado até a Constituição
Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. O censo demográfico realizado em 2010, pelo
IBGE indicou que 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros declaram-se católicos. Esses números indicam o Brasil como o maior país católico
do mundo.
20
Alguns pratos típicos do Brasil são
o resultado da adaptação de pratos portugueses às
condições da colônia. É o caso da feijoada, uma releitura dos cozidos portugueses. A cachaça – criada
nos engenhos como substituto à bagaceira portuguesa – e a bacalhoada também se incorporaram aos
hábitos brasileiros.
Curiosidade – Considerada por muitos a maior
herença deixada pela nossa pátria mãe, a língua portuguesa é o idioma oficial brasileiro. A cidade de
São Paulo é a que possui o maior número de pessoas que falam o portugês, em todo mundo. Não por
acaso a capital paulista sedia o Museu da Língua
Portuguesa, uma instalação interativa dedicada ao
idioma pátrio.
Os italianos chegaram ao Brasil em grande número, principalmente entre 1880 e 1930. Atualmente os ítalo-brasileiros são considerados a maior
população de oriundi – descendentes de italianos
fora da Itália. Segundo estimativa da embaixada
italiana no Brasil, em 2013 viviam no país cerca de
30 milhões de descendentes de imigrantes italianos,
quase 15% da população brasileira.
Religião – Os italianos ajudaram na consolidação
do catolicismo como principal religião do país.
Culinária – Pratos típicos da “Terra da Bota” são
saboreados diariamente em todo território nacional. Destaques para a pizza e o spaguetti, consumido
principalmente aos domingos, nos lares, e às quintas-feiras, nos restaurantes. Apelidada “redonda”, as pizzas são consumidas aos milhares, todos os dias, mas
principalmente nos finais de semana pelos brasileiros.
Curiosidade – Os Italianos contribuíram para a
formação de dois grandes clubes brasileiros: a Sociedade Esportiva Palmeiras (SP) e o Cruzeiro Esporte Clube (MG). Ambos tinham em seus batismos
de origem o termo “Palestra Itália”, mas tiveram que
mudar seus nomes por imposição do governo federal , que à época da segunda guerra mundial proibiu
o uso no país de quaisquer símbolos alusivos a Alemanha, Itália e Japão, nações inimigas do Brasil no
contexto do conflito mundial.
Árabes
Culinária – Com a urbanização e o aumento das
A maior parte dos imigrantes árabes em nosso
país é de origem libanesa, enquanto o restante é
predominantemente síria. Diferentemente de outras correntes migratórias, os sírios-libaneses não
vieram para trabalhar em lavouras. Por aqui eles
começaram a vida, em sua maioria, como mascates e com o tempo se tornavam grandes varejistas e
industriais. Muitas trajetórias de imigrantes árabes
seguiram este padrão de mobilidade: mascate/varejo/atacado/indústria.
Religião – Os árabes que imigraram para o Brasil
eram, em sua grande maioria, pertencentes a igrejas cristãs, sendo a predominância da Síria e Líbano
católicos maronitas. Porém, a leva mais recente de
imigrantes sírio-libaneses é, consideravelmente, islâmica com uma minoria judaica.
cadeias de fast-food nos grandes centros, a população brasileira se aproximou do quibe, da esfiha, do
tabule e da coalhada seca, quitutes de origem árabe
que antes eram consumidos restritamente. A popularização, sobretudo do quibe e da esfiha, fez com
que fossem incorporados a outros locais de alimentação, como as pastelarias, bares, lanchonetes e padarias brasileiros.
Curiosidade – Foram os árabes que criaram o comércio popular da Rua 25 de março, no centro da
capital paulista, atualmente o maior centro comercial do Brasil. No Rio de Janeiro, no próprio centro
carioca, convivendo inclusive junto com outros grupos, eles ajudaram a fundar uma associação própria,
a SAARA (Sociedade dos Amigos das Adjacências
da Rua da Alfândega).
21
NOSSAS ORIGENS
Itália
NOSSAS ORIGENS
Japão
Desde que chegaram ao nosso país, em 1908, os japoneses se espalharam por todo país. São Paulo possui
a maior quantidade de famílias nipo-brasileiras, que
nos presentearam com milhares de nikkeis, cidadãos
brasileiros com descendência japonesa. Palavras como
shiatsu, tatame, karatê, karaokê e muitas outras já foram incorporadas ao vocabulário brasileiro.
Religião – 6ª maior religião do país, O budismo
foi introduzido no Brasil no início do século XX,
por imigrantes japoneses.
Culinária – Os japoneses ajudaram os brasileiros
a adotar uma dieta baseada na ingestão de frutas,
legumes e peixes, um consumo mais saudável. A
gastronomia nipônica é apreciada com frequência
de norte a sul do país: shoyu, miojo, sushi, sashimi,
yakisoba...
Curiosidade – A mexerica poncã é quase uma fruta “nikkei”. Ela é o resultado do enxerto de um tipo
de tangerina japonesa em um limoeiro do Brasil. A
plantação da soja no Brasil foi disseminada pelos
imigrantes japoneses. Antes da chegada deles, o cultivo era feito em pequena escala na Bahia. Hoje a soja
é um dos grandes trunfos do agronegócio brasileiro.
África
Culinária –Vatapá,
Os negros chegaram ao Brasil não por opção,
mas por conta do tráfico negreiro. Da mesma forma que os indígenas nativos, os africanos tiveram
sua cultura repreendida pelos colonizadores portugueses. Mesmo assim ajudaram a dar origem às
religiões afro-brasileiras, e trouxeram muitos de
seus costumes para a dança, música, culinária e
idioma.
Religião – Umbanda e Candomblé constituem as
religiões afro-brasileiras com o maior número de
adeptos, principalmente em grandes centros urbanos do norte e nordeste do Brasil, mas também com
grande presença no sudeste. A Umbanda representa
o sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e os orixás africanos. Já o Candomblé é a religião sobrevivente da África ocidental.
feijoada, cocada, acarajé. É
extensa a lista de comidas que têm influência africana e que estão no cardápio dos brasileiros. Ingredientes como o leite de coco, o inhame e o dendê
acrescentam sabor aos alimentos.
Curiosidade – Talvez você não saiba, mas o português falado no Brasil traz inúmeras palavras de
origem africana. Em razão da escravidão, houve
uma importante contribuição do continente na
formação do que podemos chamar hoje de idioma brasileiro. Alguns exemplos: abadá, caçamba,
cachaça, cachimbo, caçula, candango, canga, capanga, carimbo, caxumba, cochilar, dengo, fubá,
gibi, macaco, maconha, macumba, marimbondo,
miçanga, moleque, quitanda, quitute, tanga, xingar,
banguela, babaca, bunda, cafofo, cafundó, cambada, muquirana, muvuca...
Importante – Feijoada: A feijoada é um prato tipicamente brasileiro, e disso ninguém duvida.
Ocorre que as versões sobre a origem da saborosa receita são conflitantes. Alguns afirmam que
o prato foi criado pelos escravos, nas senzala, com as sobras das comidas que vinham da Casa
Grande. Outros, porém, atestam que a receita é uma adaptação dos cozidos portugueses. Seria,
então, um pouco de cada um? Intrigas á parte, a verdade é que a iguaria é de origem brasileira,
não importando se adaptada de receita portuguesa, ou criada na senzala. Saboreemos, então!!!
22
S
NOSSAS ORIGENS
Os ciganos, história
esquecida ou escondida?
Único presidente da república cigano em todo mundo teria sido brasileiro
e os índios nativos, únicos habitantes que aqui
permaneciam quando nossos descobridores
aqui chegaram ainda têm que lutar pelos seus
direitos... e os negros que mesmo mais de um século
após a abolição ainda sofrem severas discriminações,
outro povo que ajudou a formar a identidade da nação
brasileira reclama exclusão. Trata-se dos ciganos.
Indesejados em Portugal, foram enviados para cá a
partir de meados do século XVI.
Provavelmente devido ao modo peculiar de vida,
eles tinham problemas de integração com a sociedade que à época vivia na metrópole lusitana. A solução encontrada foi “simples”: Transferir a socialização daquela etnia para cá. Em 1755 a cidade de Salvador registrava um grande contingente de ciganos.
“Estudos comprovam que os povos ciganos vieram
para o Brasil, deportados de Portugal desde 1555”,
relata a proferssora Lucimara Cavalcante, da Associação Internacional Maylê Sara Kalí. “Como regra
geral, os ciganos do Nordeste e de Minas Gerais,
da etnia Calon são os mais antigos em nosso país “,
atesta Luciano Mariz Maia, Procurador Federal dos
Direitos do Cidadão Adjunto.
Vida –
Mesmo enfrentando preconceitos, os ciganos procuram se virar da melhor forma possível. As roupas coloridas retratam a alegria de viver
desse povo. O sorriso dourado define uma unanimidade entre os gêneros masculino e feminino: a
peculiaridade de revestir os dentes com ouro. As
mulheres têm por hábito os vestidos compridos.
Em Goiás, os homens calçam botas e usam chapéus de abas largas, provavelmente para fugir do
forte calor da região. “Ás vezes nos confundem
com cowboys... Eu digo que não; somos ciganos!”,
explica João Amaro Fernandes, líder de acampamento Calon, em Itumbiara, município não muito
distante da Capital Federal.
Diferente do que se pensa, cigano não é sinônimo de nomadismo. Segundo dados da Organização
das Nações Unidas (ONU), atualmente só 3% têm
essa característica no mundo. “Hoje seria impossível
viver migrando de acampamento em acampamento. Seriam necessários terras disponíveis e rios limpos”, lembra a escritora Cristina da Costa Pereira,
especialista em estudos sobre a etnia. Se em todo
mundo apenas 3% da etnia migra de um ponto para
outro, no Brasil a situação é diferente. “O nomadismo para nós foi imposto. As pessoas dizem que
‘cigano bom é cigano longe de mim’. E todo mundo
pensando assim, vamos ter ciganos longe de todo
mundo”, reclama Claudio Iovanovitchi, presidente
da Associação de Preservação da Cultura Cigana.
“Não é por que gostamos de estar viajando de um
lugar para o outro. É por necessidade,
mesmo”, relata a cigana Daiane Rocha,
da etnia Calon.
Costumes –
Além das roupas coloridas e dos vestidos compridos, as ciganas também têm por hábito ler as
mãos das pessoas. Na capital paulista,
em plena Praça da Sé, não é difícil se
deparar com mulheres da etnia prontas para adivinhar a sorte dos outros.
Em poucos minutos, passado e futuro
na ponta da língua. “A quiromancia e
a cartomancia são práticas tradicionais
23
NOSSAS ORIGENS
das mulheres. É um ofício que vem dos povos da
Índia antiga”, explica a escritora Cristina Pereira. Se
outrora a prática poderia ser considerada exclusiva,
hoje a situação é um pouco diferente: “A concorrência é grande. Qualquer um faz curso na internet
e diz que sabe ler mão e cartas. Com isso, muitas
ciganas passaram a costureiras ou artesãs”, diz a especialista.
Antigamente, ler mãos e cartas era crime. As
moças pegas na rua iam para a Delegacia de Costumes, Tóxicos e Mistificações. Só no fim dos anos
1980, com a criação do Centro de Estudos Ciganos
no Brasil a situação melhorou um pouco. A especialista Cristina Pereira compara: “As ciganas saíram
das páginas policiais para cadernos de cultura”.
Outra mania cigana que também está aos poucos
sendo modificada é a tradição de casar os filhos ainda muito jovens. Isso porque entre os ciganos não
é difícil os matrimônios entre adolescentes com 14
ou 15 anos de idade. Mas as coisas estão mudando; se antes prevalecia o arranjo por parte dos pais,
atualmente a realidade é outra. “Antigamente eram
os país que escolhiam, mas hoje em dia não é mais
assim. Se eu gostar da menina, primeiro eu converso
com o meu pai, e depois vou falar com o pai dela.
24
Caso ele aceite, eu caso”, diz o noivo Bruno Marques, de 14 anos, logo após seu casamento à moda
cigana, na Bahia.
Enquanto no Brasil a prática vai mudando paulatinamente, na Europa, desde os anos 1970 as ciganas protestam. E as manifestações têm dado resultado. Sem a obrigatoriedade do casamento, elas
dedicam mais tempo aos estudos. “Hoje, conheço
ciganas professoras, assistentes sociais e até uma delegada”, relata a escritora Cristina da Costa Pereira.
Brasileiros – Em nosso país, portanto, há quase 500
anos – eles estão por aqui desde meados do século
XVI –, mesmo minoritários os ciganos têm a certeza
de terem contribuído para a formação do povo brasileiro. “No Brasil atualmente existem professores universitários, médicos, e até mesmo um presidente da
república que foi cigano, caso do já falecido Juscelino Kubitschek”, afirma a escritora Cristina da Costa
Pereira. O histórico do ex-presidente realmente traz
a informação de que sua mãe, Júlia Kubitschek, era
descendente de tchecos e tinha etnia cigana. Embora
negasse, Juscelino é considerado o único presidente
de origem cigana, em todo mundo.
Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 800 mil ciganos. Uma vez instalados, sempre se misturam aos costumes locais; cada grupo é
diferente do outro. “A saga dos povos ciganos no
nosso país foi banida dos livros de história”, alfineta
a professora Lucimara Cavalcante, da Associação
Internacional Maylê Sara Kalí. Conscientes, eles
querem a visibilidade e os direitos que a Constutição Federal garante a todo cidadão. “Os ciganos
praticamente chegaram junto com o Estado brasileiro”, diz Claudio Iovanovitchi, da Associação de
Preservação da Cultura Cigana: “Nós ajudamos a
construir o Brasil”.
NOSSAS ORIGENS
A
Ciganos?
lista atribuída aos famosos com raízes ciganas não
se restringe ao ex-presidente Juscelino e inclui ainda
o cantor e compositor Djavan, o comediante e deputado
Tiririca, os atores Procópio e Bibi Ferreira, além do
palhaço Carequinha. O renomado Djavan inclusive tem
um sucesso com o título “Cigano”. Está enganado quem
espera uma balada ao estilo flamenco, ou talvez ainda
inspirada na banda Gipsy Kings. A música é sucesso
romântico, que exalta o erotismo. Semelhança entre as
verdadeiras profissões de Tiririca e Carequinha? Ambos
são palhaços, atividade circense, uma prática comum
entre os ciganos.
A relação de ciganos reconhecidos internacionalmente é extensa e inclui cientistas, escritores, cantores
e atores, alguns até laureados com Oscar: Yul Brynner
(Os Dez Mandamentos, Sete Homens e um Destino,
Os Irmãos Karamazov, O Rei e Eu...), Michael Caine
(Batman - O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins, O
Grande Truque...); Charles Chaplin (O Grande Ditador, Luzes da Cidade , Tempos Modernos...), Bob Hoskins (Monalisa, Uma Cilada para Roger Rabbit, Hook
- A volta do Capitão Gancho...), além do eterno ídolo
Elvis Presley.
25
NOSSAS ORIGENS
Somos um pouco ciganos?
“
O
cigano em geral fala com imensa habilidade e
diplomacia, com a capacidade de saber chegar e se
fazer comunicar”. A afirmação é de Luciano Mariz Maia,
Procurador Federal dos Direitos do Cidadão Adjunto. Em
geral poderíamos esperar estas qualidades – habilidade,
diplomacia, saber se comunicar... – de qualquer pessoa ou
profissional que deseja ser bem sucedido, na vida e especialmente na carreira profissional. O bancário, em geral,
por lidar com o público necessita exercer estas habilidades.
Os funcionários do antigo banco Nossa Caixa eram
reconhecidamente muito bons na arte de saber se comunicar. No dia-a-dia das centenas de unidades em todo
território nacional, no geral exerciam com bastante desenvoltura e diplomacia o serviço à população, em especial aos milhares de clientes: funcionalismo, integrantes
do Judiciário, membros do Ministério Público. O bom
atendimento, com habilidade e capacidade, era uma das
principais características dos bancários do incorporado
banco estatal paulista.
Outra característica atribuída aos ciganos, o nomadismo de certa forma também é traço importante em algumas carreiras da atividade bancária. Falamos de forma
especial dos antigos inspetores ou auditores e dos gerentes de unidades e gerentes regionais, que eram submetidos ao sistema de rodízio. É bem verdade que qualquer
funcionário da Nossa Caixa podia prestar serviço numa
unidade bancária ou administrativa distante de sua região de origem. Mas o caso dos auditores/inspetores
bem como dos gerentes de unidade e também os regionais caracteriza bem a atividade nômade: não possuíam
unidade fixa, e periodicamente migravam de uma agência ou unidade administrativa pra outra. A comparação
com os ciganos não é exagerada.
Nomadismo... Habilidade, diplomacia; capacidade
de saber chegar e se fazer comunicar. Somos todos um
pouco ciganos!!!
AFACEESP
GESTÃO MARÇO/2015 - FEVEREIRO/2018
DIRETORIA EXECUTIVA
Pedro Paulo Galdino – Diretor Presidente
Maria José Pecoraro – Diretora Vice-Presidente Preservação de Direitos
Antonio Alberto Giangiácomo – Diretor VicePresidente Administrativo/Financeiro
Cacilda Maria Ferreira – Diretora
Vice-Presidente Patrimonial/Investimentos
Anna Schattan – Diretora Consultiva Área Social
Dimas Gabriel – Diretor Administrativo
Eida Benuth Brock – Diretora Social
Marilena Baccelli – Encarregada Social
Nilcea Aparecida de Lima – Encarregada de Relações Públicas
Maura Okumura Ribeiro de Souza – Diretora Financeira
Marisa Nicaido Ribeiro – Tesoureira Chefe
Maria Inez Santos – 1º Tesoureiro
Getulio Fusasumi Sonoda – 2º Tesoureiro
Jaine Trindade dos Santos – Diretora de Patrimônio
Nelson Geraldo Bonello – Assistente de Patrimônio
Neusa Gomes de Carvalho – Diretora Jurídica
CONSELHO DELIBERATIVO
Décio Pereira Coutinho • Adiléa Claro Coelho • Ana Laura Machado •
Antonio de Arruda Penteado Filho • Benedito Celso Oliveira Moreira
• Carlos Adalberto Gonçalves • Claudiner Marconatto • Dalva Glória
Ulman • Edgar Cândido Ferreira • Edson Canata Deveze • Elza
Aparecida Lopes • Eny Cavalheiro Barbulio • Ignez Santiago Lopes
Carreiro Fiel • Jair Aquiles Bauto • João Figueira • João Pereira Mourão
• José Carlos Caurim • José Carlos de Oliveira • José Osmar dos Santos
• José Ramos Pereira • Kátia Almeida Toledo Bombonatti •Leila Issuani
Carneiro • Lucília Santa Vidotto • Magda Aiello • Maria de Lourdes
Rocha Cupido • Maria Inês Verzini • Maria Luiza Souza Ferrone Pereira
• Maria Tereza Camargo • Olívia Souza Januário de Freitas • Raul
Marmiroli • Roberto Rodrigues Maldonado • Sueli Mastrogiovanni
Haddad • Yoshio Togashi.
CONSELHEIROS VITALÍCIOS
Anna Schattan – Licenciada • Maria José Pecoraro – Licenciada • Pedro
Paulo Galdino – Licenciado • Pedro Mazine • Zildo Damásio de Oliveira
CONSELHO FISCAL
João Décio Frederico • Gisele Garbin Cichini • Massahiro Kishinami,
Odete Álamo Pinheiro Rulli • Vera Lúcia Nascimento Teixeira.
FUNCIONÁRIOS
Ana Carla Maia • Antonio Augusto Pontes Neto • Bruna de Sousa Dias
• Ileires Rodrigues de Queiroz • Isabel Christina de Moraes • José Carlos
Teixeira Silva • Keity Bárbara da Silva • Marcelo Fernando Gomes •
Maria de Fatima Cella • Maria de Fatima Moniz Cabral • Marinalva
Gonçalves do Nascimento • Maurício Rodriguez Huarechi • Pamella
Cordeiro • Raphael Aparecido Monteiro • Sidney de Oliveira Júnior •
Vanessa Guimarães Silva • Vinicius Tadeu Kolanian Marinho
“Nossas Origens”
Evento comemorativo do 34° aniversário da Afaceesp
Criação: João Roberto Cruz
Roteiro, Produção & Direção: João Roberto
Cruz; Pedro Paulo Galdino. Direção de Arte: Marcelo Sassine
Decoração: Casa Torres
Show: Banda Company – Direção Musical de Samuel Giordano
Apresentações Étnicas: Itália – Fred Rovella; Portugal – Grupo
Folclórico da Casa de Portugal; África – Cia da Tribo; Árabe –
Casa de Chá Khan el Khalili; Japão – Taiko Group
Evento realizado na cidade de São Paulo – Expo Barra - Funda, na
noite de 03 setembro de 2015.
Publicação “Nossas Origens”
Matérias conforme pesquisas: IBGE, EBC, Wikipédia, Brasil
Escola, História do Brasil.Net, The Cities e O Globo.
Jornalista Responsável: João Roberto Cruz – MTB 24.983
Produção Gráfica: MWS Design
26
NOSSAS ORIGENS
Viajar em busca de novas paragens
Todos em busca de um “Porto Seguro”...
27
O futuro é agora.
a sua nave é aqui!
www.afaceesp.org.br
Gastronomia – Para saciar a fome, um cardápio
composto por entradas, saladas, pratos principais
e sobremesas baseados nas heranças étnicas:
Massas, bolinho de bacalhau, cuscuz marroquino,
kibe e sorvete foram algumas das iguarias servidas. Antes de por o pé na estrada, um saboroso
cafezinho para recompor as energias.
Encontro de Gerações – Entidade representativa
de aposentados, a Afaceesp há muito propaga o
conceito do encontro de gerações. E a cada ano
esta experiência se renova, com a participação de
filhos, netos e amigos dos associados nos eventos
promovidos pela Associação.
Os participantes puderam se inteirar
sobre o evento por intermédio de
material exclusivo disponibilizado em
todas as mesas. A publicação trouxe
um resumo de cada show étnico, assim
como um breve roteiro.
Na saída os participantes receberam
como mimo uma revista contendo
todas as informações relacionadas ao
evento: histórico das correntes migratórias, com influências de cada etnia,
além da ficha técnica com dados da
festa e dos shows apresentados.
2015
Nosso Tempo
29
Com renome internacional, o Taiko Group demonstrou a milenar arte dos tambores japoneses.
Eles surpreenderam ao apresentar número com
adaptação de percussão típica brasileira.
Energia e muita beleza caracterizaram a apresentação da Cia da Dança. Os cantos e coreografias
lembraram os rituais africanos dos tempos da
senzala, incorporados à cultura brasileira, de
norte a sul do país.
A arte da nossa “pátria mãe” foi responsabilidade
do Grupo Folclórico da Casa de Portugal. Os
vários apresentados “viras” possibilitaram que os
participantes se sentissem um pouco na boa terra.
30
Nosso Tempo
2015
Uma das mais expressivas representações da
cultura árabe, a dança do ventre foi executada
pelas belas dançarinas da Casa de Chá Khan El
Khalili, da capital paulista. Foi o momento de
maior congraçamento, envolvendo adultos e
crianças, homens e mulheres. O público feminino,
aliás, adorou a demonstração.
A Banda Company esbanjou competência, especialmente no medley de canções de origem cigana.
Após as apresentações étnicas, eles comandaram
o palco até o final da celebração.
2015
Nosso Tempo
31
32
Nosso Tempo
2015
2015
Nosso Tempo
33
EM BREVE, MAIS FOTOS DA FESTA DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP
DIRETAMENTE NO SITE DA ENTIDADE: WWW.AFACEESP.ORG.BR.
MAIS DE MIL IMAGENS DISPONÍVEIS.
34
Nosso Tempo
2015
Mês do Idoso
“Velhinhos Espiões” se unem para garantir direitos
Com EBC e G1 Rio
ansados de ver seus
direitos não respeitados, um voluntariado formado por 10 pessoas da
terceira idade está ajudando
a fiscalizar a circulação dos
ônibus em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de
Janeiro. Eles participam de
operações da prefeitura como
“espiões”, para ver se a Lei de
Gratuidade, que garante a passagem
de graça para quem tem mais de 65
anos de idade está sendo respeitada.
Além da gratuidade, os “espiões”
também verificam se os motoristas
param nos pontos de ônibus quando
uma pessoa idosa solicita, sendo essa
uma constante reclamação. Uma vez
flagrada pela fiscalização da prefeitura,
C
a infração gera uma multa de mais
de dois mil reais para a empresa cujo
motorista ignorou o pedido de parada.
AÇÃO – A participação dos “espiões” ocorre sempre em conjunto com
fiscais da prefeitura, que montam
campana para observar a atitude dos
motoristas. Caso o idoso solicite a pa-
Cartilha aborda direitos dos idosos no transporte
A população da melhor idade paulista acaba de ganhar uma cartilha sobre
os direitos dos idosos no transporte público, tendo como foco principal o
transporte intermunicipal rodoviário. A "Passagem gratuita para idosos"
foi elaborada a partir de uma parceria entre a Artesp (Agência de Transporte
do Estado de São Paulo) e a Fundação Procon-SP.
O conteúdo explica de forma simples e didática a legislação que garante,
desde janeiro do ano passado, ao idoso com 60 anos de idade ou mais o direito
de viajar gratuitamente nos ônibus intermunicipais rodoviários – aqueles
com poltronas demarcadas, bagageiro, embarque e desembarque por uma
única porta e sem catraca – do Estado de São Paulo.
Além disso, o material traz as regras básicas para o transporte municipal
por trilhos, intermunicipal suburbano, intermunicipal metropolitano e interestadual, com o objetivo de eliminar as confusões e dúvidas do usuário,
já que há diferença entre cada uma das modalidades.
O interessado pode conhecer o material diretamente no site da Artesp: www.
artesp.sp.gov.br + sala-de-imprensa + noticias: cartilha-transporte-coletivo-idosos
Portal do Governo do Estado
2015
Nosso Tempo
rada do coletivo e não tenha o
pedido atendido, uma equipe
de fiscais entra num veiculo,
que segue o ônibus e após
interceptação, aplica a multa.
Presidente da Associação
dos Aposentados de São
Gonçalo, Ricardo Pinheiro,
66 anos de idade faz parte do
já famoso grupo “Velhinhos
Espiões”. Ele reclama da situação que os idosos enfrentam
em relação ao transporte público
oferecido. “Fico no ponto de ônibus
cerca de 40 minutos, passam dezenas
de ônibus, mas não param. Os motoristas falam que é uma ordem da
empresa não levar idoso”, disse ele.
Com a atuação dos idosos voluntários
e o apoio da mídia, a situação está
mudando. Empresas que antes não
respeitavam a Lei da Gratuidade e que
também orientavam seus motoristas a
não atenderem o sinal dado por idosos
nos pontos de ônibus estão revendo
suas posturas. Um bom sinal...
PONTO DE VISTA – Bom seria se os idosos tivessem seus direitos
respeitados sem a necessidade de
mobilização. Mas não é de causar
espanto a atitude das empresas de
transporte coletivo fluminenses, já
que o próprio Estado vira e mexe
insiste em alterar a Carta Magna
para modificar Leis que garantem
benefícios de idosos.
35
Mês do Idoso
A velhice já não é mais a mesma
Idosos, até centenários e seus grandes feitos no esporte, educação, aventuras...
Com Super Interessante
á faz algum tempo que o estereótipo do idoso sedentário foi suplantado. Antigamente era comum um trabalhador se aposentar, “vestir o pijama” e passar o resto
da vida postado em frente a um aparelho de TV, na sala de
casa. Aqui mesmo na Revista Nosso Tempo reportamos
que devido a avanços da tecnologia – remédios mais eficazes
e aprimoramento de equipamentos hospitalares – aliada a
hábitos de vida mais saudáveis têm levado ao aumento na
expectativa de vida da população, em todo planeta.
E viver mais e melhor tem sido a tônica para muitos que
já superaram a barreira dos 65 anos de idade. No final de
setembro, um senhor japonês participou de uma corrida de
masters, estabelecendo novo recorde para a marca mundial
dos 100 metros rasos para pessoas com idade acima dos
105 anos. Apelidado “Golden Bolt” – numa alusão ao super
campeão, o jamaicano Usain Bolt – Hidekichi Miyazaki
cruzou a linha de chegada em 42,22 segundos. O feito
aconteceu na cidade de Kyoto, e garantiu a inclusão de
Miyazaki no Guinness, o livro dos Recordes.
J
ÁGUAS – Conterrânea do “Golden Bolt”, aos 100 anos
de idade Mieko Nagaoka bateu recorde na natação. Em
uma hora e quinze minutos, ela foi a primeira pessoa de
sua idade no mundo a nadar 1.500 m livres em piscina
de 25 metros, em 2014. O também japonês Minoru Saito
Centenário, Marchand é destaque no ciclismo
36
Miyazaki, recorde aos 105 anos de idade
preferiu o espírito aventureiro. Com 77 anos de idade ele
deu a volta ao mundo em seu veleiro, fazendo o mesmo
percurso sete vezes. Talvez enjoado da “mesmice”, em 2011,
na oitava viagem ele inverteu o percurso, velejando a oeste.
A aventura demorou 1080 dias para ser completada.
Os franceses são apaixonados por bicicletas. E veio desse
país o destaque master no ciclismo. Em 2012, aos 100 anos
de idade, Robert Marchand bateu o recorde em sua categoria
ao percorrer 100 KM em 4 horas, 17 minutos e 47 segundos.
Cada vez mais afeitos a novas tecnologias, os idosos
são adeptos da internet e diversas redes sociais. Mas não é
só na rede mundial de computadores que a terceira idade
tem se destacado. Em 1983 foi criado o Video Game
Masters Tournament, para conquistar novos recordes para
o Guinness Book. Aos 81 anos de idade, a jogadora Doris
Self bateu o recorde no jogo Twin Galaxies. Ela acumulou
1.112.300 pontos no modo Tournament, a configuração
mais difícil do game.
Voltar a estudar tem sido opção para muitos que se
aposentam. Por aqui as Universidades da Terceira Idade
(Unatis), com unidades em todo território nacional, tem
alguns de seus cursos bastante concorridos. Mas vem do
velho continente um exemplo digno dos louros olímpicos.
Com 97 anos de vida, o professor doutor alemão Heinz
Wenderoth conquistou um mestrado e um doutorado.
Ele dissertou sobre o estudo biológico de células na morfologia e fisiologia da vida marinha primitiva Placozoons
Trichoplax Adhaerens.
Nosso Tempo
2015
Gerações
Folha de São Paulo, 02/11/2006 – Artigo publicado há quase uma década permanece tema atual
Encontro de gerações
A convivência entre pessoas de idades diferentes é salutar;
as conversas podem resultar em aprendizado
Rosely Sayão
i, recentemente, alguns guias
de lazer e de turismo que indicam lugares aonde as pessoas
podem ir tanto para conhecer outras pessoas quanto para se divertir.
Notei um pormenor: as publicações
fazem referência, sempre que podem,
à idade do público. Assim, podemos
identificar locais frequentados por
jovens com até 25 anos ou por adultos
que alcançam os 35, hotéis que não
aceitam crianças pequenas etc.
Imediatamente lembrei-me de
uma característica das lojas: especializam-se em atender o público consumidor também por
faixa de idade. Aliás, boa parte
das lojas oferece roupas de estilo
jovem - a diferença é apenas o
tipo de jovem que elas atendem.
Algumas oferecem roupas aos
adolescentes e outras atendem
a um público consumidor um pouco mais velho, mas ainda jovem.
Essas duas observações combinadas
podem nos levar a refletir a respeito de
como temos vivido um apartheid de
gerações. Temos lugares e atividades
para crianças pequenas e maiores, para
adolescentes e jovens, para adultos
jovens e menos jovens e para velhos.
O fundamental parece ser não misturar as gerações, e isso já está tão arraigado que até os pais, quando buscam
escolas, observam se há convivência ou
mesmo proximidade dos alunos mais
novos com os mais velhos, inclusive no
horário de intervalo, porque querem
evitá-la. As escolas também consideram o fato problemático e, quando têm
L
2015
um aluno dois ou três anos mais velho
do que a média da classe, cercam-se
de cuidados. Chegamos ao ponto de
considerar inadequada, arriscada e
até nociva a convivência de crianças
com outras mais velhas, ou mais
novas, e delas com os adolescentes.
Não sabemos ao certo quando e por
que esse receio começou, mas tal estilo
de vida está presente no mundo adulto.
Considero os “bailes da terceira idade”, promovidos com tão boas inten-
ções, um ícone desse estilo de viver -o
apartheid de gerações. Damos condições para que os velhos se reúnam com
outros velhos, e isso é positivo, mas ao
mesmo tempo os separamos da convivência com as outras gerações. Em
outras palavras: nós os segregamos.
As consequências desse desmembramento social são variadas. Para
os mais novos, criamos dificuldades sérias. Já perceberam como as
crianças mais velhas não sabem
ter os cuidados necessários quando cruzam com as mais novas?
Elas incorporaram tanto o hábito de
estarem frequentemente acompanhadas por pares de idade semelhante
que não sabem ter as precauções
Nosso Tempo
necessárias com os menores. E os
adolescentes? Para eles, as crianças e
os velhos são um empecilho, quando não invisíveis. Basta observar
um grupo de adolescentes passeando em um shopping para constatar como eles ignoram as crianças
e os velhos que passam por eles.
A convivência entre pessoas de idades diferentes é salutar e necessária.
As conversas podem resultar em
troca e aprendizado. Como as atitudes e os comportamentos precisam ser adaptados, isso ensina a
ter maleabilidade em situações
diferentes e, principalmente,
amplia a visão de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo.
Como as famílias estão menores e
já não convivem com regularidade
com os parentes, as crianças e os
jovens estão quase confinados na
convivência com seus pares. Se
mantivermos essa característica na
vida social, como fica a transmissão
de ideias de uma geração para outra?
E como fica, principalmente, nosso
traquejo no relacionamento com as
outras gerações? Hoje parece que temos de nos transformar em um deles
para nos relacionarmos, não é verdade?
ROSELY SAYÃO é psicóloga, consultora educacional e autora de livros como
‘Como educar meu filho’, ‘Família: modo
de usar’ e ‘Sexo - prazer em conhecê-lo’.
PONTO DE VISTA – A integração de gerações é incentivada nos
eventos da Afaceesp.
37
Gerações
Deu no Fantástico
Experiência inovadora coloca moradores
de asilo e crianças em contato diário
Reportagem exibida no dominical da Rede Globo
torna realidade o encontro de gerações
Com G1
ma matéria ex ibida na
edição de 11 de outubro
do Fantástico demonstra a
saudável relação entre vovôs e vovós
que convivem boa parte do dia em
contato com crianças em idade pré-escolar. Esta experiência inspiradora
vem de Seattle, nos Estados Unidos.
Numa ação inovadora, a instituição
Providence Mount St. Vincent resolveu tornar frequente a convivência
entre idosos que moram em um asilo
com crianças deixadas diariamente
pelos pais numa creche.
Tanto a creche como o lar para
idosos funcionam num mesmo lugar,
um prédio de cinco andares situado na
cidade que sedia gigantescas empresas
multinacionais. Em determinada
hora do dia, as crianças são levadas
ao ambiente frequentado pelos idosos
e partilham as mesmas atividades, que
vão desde simples brincadeiras, até a
hora do lanche ou a aula de música.
Quando colocados juntos, os
idosos brincam, talvez relembrando
suas próprias infâncias, enquanto as
crianças retribuem com sorrisos e
gestos afáveis. “Nós montamos esse
lugar há quase 25 anos. Possuo um
filho terminando a faculdade que
foi da primeira turma daqui. Tenho
orgulho em dizer que por causa dessa
experiência ele é muito mais sensível
U
38
com os idosos”, relata Sharlene Boid,
fundadora do asilo/creche.
CONVIVÊNCIA – A ideia é que
crianças e idosos se vejam o tempo
todo. Para facilitar o contato, as salas
de aula não possuem as tradicionais
paredes de alvenaria; no lugar da frieza de cimento e tijolos, instalações de
vidro voltadas para o corredor. Desta
forma os idosos podem observar a
rotina das crianças sendo educadas.
Por sua vez, se quiserem os pequenos acompanham o movimento do
lado de fora da sala. As crianças não
podem sair da sala sem a companhia
da professora, ao contrário dos moraNosso Tempo
dores do asilo, que podem entrar ou
sair quando quiserem.
“Os idosos gostam de segurar as
crianças, de dar um oi e se sentir
parte da vida dos menores. É uma
mágica que acontece todos os dias
aqui”, anima-se Sharlene Boid, fundadora da instituição, ela mesma já
próxima da terceira idade. Boid prossegue seu raciocínio: “Nascimento e
morte fazem parte do ciclo da vida, e
essas crianças vivenciam isso todos os
dias. Os mais velhos experimentam a
juventude, e os mais jovens, a velhice.
Nós amamos isso porque mostra a
importância de estarmos conectados
aos mais velhos”.
2015
Literatura
Ainda sobre imigração... Associado da
Afaceesp possui obra sobre o tema
Mare Nostrum - Luiz Auricchio
N
trema e ignorância que acompanha
osso associado Luiz
Auricchio possui as-
tal situação. Traz um relato dos
cendência italiana
campesinos em sua fuga desen-
e resolveu tornar pública a sua
freada, devido a erupção do vul-
experiência relacionada à imi-
cão. Daí a luta pela sobrevivência
gração do “povo da Bota” para
em aventuras insólitas através
o Brasil. Daí surgiu “Mare
da península italiana. Depois a
Nostrum”, um livro que se
imigração em navios do tempo da
baseia em fatos verídicos,
escravidão e, finalmente, a chegada
transmitidos pela tradição
no porto de Santos.
e que são narrados por
intermédio de linguagem
de fácil compreensão.
“A obra versa sobre a
motivação de meus ascendentes em partir de
solo pátrio, deixando para
trás tudo o que haviam conquistado
Talvez seja por isto que a imigração
anteriormente”, assinala o autor.
italiana é amiúde apresentada como
Através dos tempos, a tendência
epopeia gloriosa, em que surgem
natural do ser humano é de mitificar
figurantes gorduchos em cenários
os personagens, minimizando seus
maravilhosos, devorando generosas
defeitos e aumentando suas virtudes,
macarronadas, bebendo copázios de
bem como de sublimar os aconteci-
vinho e dançando alegres tarantelas.
mentos elidindo seus aspectos nega-
A história inicia-se nas encostas
tivos, dando origem então à lenda.
íngremes do Vesúvio, na pobreza ex-
Luiz Auricchio é engenheiro
diplomado pela Escola Politécnica
e doutorado pela USP; aposentou-se na Nossa Caixa exercendo essa
profissão. Após completar 80
anos de idade deixou de lado toda
experiência acumulada em décadas
de trabalho no campo das ciências
exatas para aventurar-se na seara das
letras. Além de Mare Nostrum, ele
já escreveu inúmeros artigos em revistas técnicas. Também é autor de
livros técnicos: Aluguel Imobiliário;
E specu laç ão Imobi liá ria em
Terrenos e Avaliações para Efeito
de Garantia.
SERVIÇO
Mare Nostrum - Luiz Auricchio – Scortecci Editora - 92 páginas
1ª edição – 2010 - Preço: R$ 22,00
Para comprar: www.polobooks.com.br - seguido de literatura + literatura brasileira
2015
Nosso Tempo
39
Longevidade
Longevidade é tema de debates em
São Paulo e no Rio de Janeiro
As duas maiores capitais do país sediaram eventos relacionados aos idosos
Com CQCS e R7
o mês em que se comemora
o dia do idoso, as cidades
de São Paulo e do Rio de
Janeiro debateram assuntos relacionados ao X Fórum da Longevidade
Bradesco Seguros. A iniciativa reuniu
centenas de participantes, incluindo
geriatras, psicólogos e estudiosos
de longevidade, nacionais e estrangeiros. Em 20 de outubro a capital
Bandeirante sediou o encontro; no
dia seguinte foi a vez dos cariocas
receberem o evento. Na edição
paulista, intitulada “Inspirando um
mundo melhor para todas as idades”,
o encerramento registrou o bate-papo
“Encontro de Gerações”, reunindo a
colunista de “O Globo” Cora Rónai
e sua mãe, Nora Rónai – que, aos 90
anos, bateu o recorde mundial dos
100 metros borboleta na Natação
Master, com tempo de 3 minutos e
51 segundos.
No Rio de Janeiro, no primeiro
dia os participantes analisaram “O
Mercado de Trabalho e os Idosos”.
O tema foi abordado sob vários aspectos, a partir de experiências diferentes, todas apontando para uma
revalorização gradual, porém ainda
lenta, do idoso como trabalhador. A
antropóloga e professora da Universidade de Columbia Ruth Finkelstein apresentou duas experiências na
cidade de Nova York que mostram
uma mudança no paradigma do trabalho de idosos.
Na padaria, uma divisão de
N
40
trabalho - onde os mais velhos se
concentraram nas receitas e nas
compras, aproveitando seu conhecimento histórico nesses dois campos;
enquanto os mais novos ficaram focados na operação dos fornos e em
tarefas que exigiam o uso de luvas
pesadas - gerou um resultado muito
bom: aumentou a qualidade do pão
e a visibilidade do estabelecimento.
Outro exemplo citado por Ruth
foi o de uma fábrica de gravatas um produto que a indústria vem
perdendo o expertise da manufatura.
A fábrica contratou veteranos para
dividir com os mais jovens a arte de
fabricar gravatas com a qualidade
de antigamente, permitindo que os
idosos recuperassem posições nesse
mercado de trabalho (Ver Box informação relacionada ao Brasil).
TRANSFORMAÇÕES – Leyla
Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos
(ABRH), lembrou que, com o aumento da longevidade, nunca antes
na história duas gerações trabalharam tanto tempo juntas. Para ela, o
grande desafio do mercado de trabalho daqui para frente será a aplicação de políticas inter-geracionais,
integrando o trabalho de jovens com
idosos. Laura disse que, até agora,
o mercado de trabalho vem valorizando muito o jovem, sinônimo de
inovação, dando como exemplo a
cultura dos trainees, que valoriza a
pós-graduação acadêmica, deixando
Nosso Tempo
de lado a experiência do fazer e a capacidade de tomar decisões.
Laura Machado, da Help Age International, disse que os jovens de
hoje sabem que vão viver mais e isso
está mudando a cultura da longevidade. “Eles querem construir um
mundo com propósito, um mundo age-friendly, e muitas startups já
trabalham com esse conceito”. Ela
lembrou que o Uber – empresa de
taxi que atende chamadas por intermédio de aplicativo em celulares
–, por exemplo, acaba de lançar um
serviço de assistência a idosos em
Londres. A empresa treinou seus
motoristas e atendentes a lidar com
os mais velhos e também preparou
seus veículos para receber pessoas da
terceira idade.
Sérgio Serapião, da Lab 60+, destacou que o mundo dos negócios
está mudando seu foco: em vez de
PONTOS DE VISTAS
Aposentados ou não, o ideal
seria que idosos não necessitassem mais trabalhar, afinal, em sua
maior parte já contribuíram com o
seu quinhão. Mas tornar a labuta
pode ser a opção de muitos para
combater o ócio ou, ainda, contribuir para o orçamento doméstico.
Curta e bombástica a notícia
relacionando Planos de Saúde X
Longevidade. Há muito a Afaceesp
vem alertando para essa verdadeira
“bomba relógio”.
2015
Longevidade
priorizar apenas a troca comercial,
vem cada vez mais focando nas relações. “As empresas estão começando
a trabalhar com causas, e a longevidade é uma dessas causas”, disse Serapião, acrescentando que “o capital
hoje não é só financeiro, o capital
social é cada vez mais importante”.
SAÚDE - CENTENÁRIOS
– Numa entrevista coletiva cujo
foco foi a participação no segmento de Pequenas e Médias Empresas
(PME), o presidente da Bradesco
Saúde, Márcio Coriolano, deixou
BRASI L
Idosos nas manufaturas
No Brasil, a tendência de contratação de idosos para trabalhar
com manufaturas também é verificada. Segundo o diretor da rede
de franquias de cursos de moda
Sigbol Fashion, Aluizio de Freitas,
existe muito preconceito na contratação da terceira idade, mas em
alguns ramos eles são muito valorizados. “Apesar das empresas darem
preferência a pessoas mais jovens,
no segmento de corte, costura e
confecção, existem muitas oportunidades de emprego, principalmente para os mais experientes”,
explica o executivo.
Atualmente, cerca de 10% dos
alunos da Sigbol Fashion têm 60
anos ou mais. Deste total, 49%
faz o curso de corte e costura básico sob medida, que desenvolve a
modelagem por meio de um método personalizado, onde o aluno
aprende a manusear máquinas de
costura doméstica, industrial reta
e overloque.
2015
Geral
escapar que a empresa possui atualmente 257 pessoas com mais de 100
anos de idade em sua lista de beneficiários. A mais velha é uma mulher
de 114 anos.“A longevidade é uma
benção, mas traz em si uma pressão
de acessibilidade, preparo das pessoas e desafios para as empresas e
para a sociedade”.
FALECIMENTOS
É com grande pesar que comunicamos os
falecimentos abaixo. Às famílias enlutadas,
os pêsames dos amigos da Afaceesp.
Mauro Norberto Duarte________________31/10/2014
Solange Purcino da Silva________________16/10/2014
Neusa de Oliveira Dias_________________27/11/2014
Agostinho Scotti_______________________07/12/2014
Herminio Candido Franzini_____________11/12/2014
Abeil Balbo__________________________17/12/2014
Celina Furtado da Silva________________18/12/2014
(Pen)Cibele Maria de Rezende___________25/11/2014
PALETRANTES
X Fórum da Longevidade
Bradesco Seguros
Entre os palestrantes, participaram do evento a antropóloga
norte-americana Ruth Finkelstein,
professora da Universidade de
Columbia, em New York (EUA),
e coordenadora do programa Cidade Amiga do Idoso, do prefeito
Michael Bloomberg (2012), e Michael Hodin, ex-executivo sênior
da multinacional Pfizer – que se
notabilizou por atuar em programas de valorização do idoso e
assina o blog “Age and Reason”,
no site jornalístico The Huffington Post – trouxeram um pouco
de suas experiências e práticas em
longevidade.
Entre os palestrantes brasileiros, estiveram presentes o médico
e gerontólogo Alexandre Kalache,
que por 13 anos dirigiu o Programa Global de Envelhecimento e
Saúde da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e é consultor do
Grupo Bradesco Seguros para assuntos relacionados à longevidade;
a escritora Márcia Tavares, autora
do livro “Trabalho e Longevidade:
como o novo regime demográfico vai mudar a gestão de pessoas
e a organização do trabalho”; e o
cineasta Gabriel Martinez, diretor
do elogiado documentário “Evelhescência”.
Nosso Tempo
Francisco de Paula B. Brandão___________03/11/2014
Sonia Maria Cazares Peceguini__________11/01/2015
Joselina Moreira Santos_________________04/11/2014
Antonia Pereira da Silva Gonzales________11/01/2015
Edna Therezinha Lara de A. Penteado_____20/01/2015
Maria José Cantelli de Sousa_____________25/12/2014
Manuel Hildegardo de Almeida__________16/01/2015
Iluminada Fernandes Gualda____________07/01/2015
Homero Amador Garcia________________23/01/2015
Cleunice da Gloria Pereira______________09/02/2015
Levy Geraldo Lopes____________________17/11/2014
Paulo Kanji Yada_____________________22/02/2015
Vera Alice Barbosa Petrolini_____________23/12/2014
Orlando Albano_______________________26/07/2014
Maria Meiga Mendes Lima______________28/02/2015
Sebastião Adail Ribeiro_________________04/10/2014
Rachela Langella Botti_________________07/09/2014
Silvio Pereira da Silva Filho_____________01/04/2015
Solange Durlo Maraccini_______________02/04/2015
Osmar Stephan_______________________26/01/2015
Sonia Berlotti Traspadini_______________12/04/2015
Cacilda Lidia Peres____________________28/03/2015
José Augusto de Mattos__________________10/02/2013
Sergio Capoani_______________________29/03/2015
Winston Churchill Macedo______________02/05/2015
Natanael Cardeliquio__________________04/11/2014
Pedro Fornazari_______________________07/05/2015
Zilbo Portaluppi______________________08/05/2015
Antonio Ribeiro Mattos_________________16/05/2015
Davi Alves Feitosa_____________________25/04/2015
Maria Rosimar Pereira_________________03/01/2015
Romildo Agreli________________________16/02/2015
(Pen)Placido Amilca Rodrigues Fago______26/04/2015
Ines Carneloz Braga___________________16/04/2015
Antonio Carlos Cerdeira de Camargo______05/06/2015
Salvador Mingione____________________16/06/2015
Francisco Ed Colombo Ozorio____________17/11/2014
Celso Amaury Lorenzetti________________24/11/2013
Josefina Raimundo Sampaio_____________29/10/2014
Josafa do Amaral______________________23/11/2014
Sergio Sandrin Junior__________________05/07/2015
Jaime Lima de Araujo__________________14/06/2015
Anna Maria Sutherland Olmacht_________02/06/2015
Leny Ornellas Pires Carvalho____________01/07/2014
Renata Cristina T. P. Fernandes Bueno____10/12/2014
Lourival Jose de Melo__________________11/03/2015
José Carlos Pereira_____________________19/06/2015
Degenir Camargo_____________________04/08/2015
Osmar Fernandes Guigen_______________11/08/2015
Maria de Lourdes Cruz_________________21/09/2015
41
Passatempo
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Molho do salpicão
Médicos
de animais Ocorrência frequente
nas gestações de
Amerício
mais de um bebê
(símbolo)
(?)-de-fogo: taturana
(Zool.)
Período próximo a
24 horas em Marte
Maior autor de ficção
policial no Brasil,
ganhou o Prêmio
Camões em 2003
Uso de
raios X no
tratamento
do câncer
"A justiça
tarda, (?)
não falha"
(dito)
(?) Tsétung, líder
comunista
chinês
Retirada
rápida
Bahia
(sigla)
Museu da
Imagem e
do Som
(sigla)
Objeto de
montaria
Radônio
(símbolo)
(?) afro:
ajuda a
cachear o
cabelo
Remoto,
em inglês
Tempero
purificador, no
Xintoísmo
Unidade de
contagem
no placar
do vôlei
Logradouro estreito
Corte rente
à pele
Festa
católica
50 dias
após a
Páscoa
(Rel.)
"Um", em
"unicaule"
Que gera
comoção
Astro
adorado
pelo faraó
Akhenaton
S
O
Londres e
Rio, nas
Olimpíadas
de 12 e 16
L
(?) de
canais,
dispositivo de TVs
Maurício
Einhorn,
gaitista
brasileiro
Objeto de
estudo da
Ontologia
Negócio,
em inglês
Produto
siderúrgico
"Vidas
(?)", obra
de Graciliano Ramos
(?)
Vatanen,
ex-piloto
de rali
Primeira
mão na
pintura de
paredes
Profissão
de Julio
Medaglia
Cultura da Zona da
Mata nordestina
(?)-os-Montes,
região de Portugal
Escola de
samba do
cantor
Neguinho
3/ari — far. 4/deal — gusa. 7/regente. 8/maionese.
BANCO
Adjetivo
inicial de
cartas
afetivas
30
Solução
C
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Nosso Tempo
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42
Responda se puder
Brinque!!! Também convide
seus filhos, netos, sobrinhos...
1. Qual a cor que faz muito
barulho?
2. O que é que começa com
“b”, tem “c” no meio, termina
com “a” e para ser usada é
preciso abrir as pernas?
3. Quem é filho do meu pai e
da minha mãe, mas não é meu
irmão?
4. Qual a diferença entre a
mulher vaidosa e a onça?
5. O que um cromossomo alegre
disse para o outro, também
alegre?
6. Qual é o cúmulo do
egoísmo?
7. Quem tem sete vidas, mas
não é gato?
8. O que o paraquedas disse
para o homem que tinha
acabado de saltar?
Respostas
1. Corneta
2. Bicicleta
3. Eu mesmo
4. A mulher anda maquiada e
a onça, pintada
5. Cromossomos felizes!
6. Não vou contar, só eu sei!
7. É a gata
8. “Estou contigo e não abro!”
2015
AFACEESP 34 ANOS DE HISTÓRIA – PLANT
TAMOS O PALCO; COLHEMOS O ESPETÁCULO
Prever o futuro?
Fique
sócio da
Afaceesp!
Proteger o futuro!
O futuro, um tempo que parecia distante, é agora. Não perca tempo,
filie-se a Afaceesp, uma entidade que vive o presente, antenada com o futuro.
Ligue (11) 3521-0500, ou acesse www.afaceesp.org.br.
NOME
CIDADE
NOME
CIDADE
Alberto Soeiro Junior
Cotia
Maria Aparecida Groff Salvador
Itu
Alcides Carlos Alves
Rio Claro
Maria Aparecida Tofanin Michelazzo
São José do Rio Pardo
Amaury A. Conti
São Paulo
Maria da Conceicao F. Machado
Santos
Antonio Maria Clarete Santanna
São José do Rio Preto
Maria de Lourdes Godoy Tortelli
Lindoia
Bernadete Carvalho Guedes Mencucini
Cajuru
Maria Ines Paiva Olivar
Santos
Carlos de Carvalho Castro
Lorena
Maria José Rodrigues Munarin
São Paulo
Cecilia Maria de Souza
Jundiaí
Maria Teresa Villas Boas Zanon
São Paulo
Cristina Aparecida Rodrigues
Santos
Mauricio da Silva Gagaus
São Paulo
Degaulle Yarak
São José do Rio Preto
Michel Asmar Neto
Ribeirão Preto
Durvalina Gasperotto Franzini
Araras
Nanci Fernandes
Santos
Eliana Maria Bracale Graciani
Araçatuba
Neide Antunes
São Paulo
Elisete Mara Bechara Silveira
São José do Rio Preto
Olimpia Rodrigues Malavazi
São Caetano do Sul
Erlene Aparecida Laviera
Rincao
Oscar Ogata
São Paulo
Fanny Regina Peters
São Paulo
Paulo Mauricio Gusmao da Rocha
São Paulo
Fatima Aparecida L. Portaluppi
Marilia
Rita de Cassia M. Alves Gonsales
Marilia
Goiotim Machado Goulart
Campinas
Roberto Carlos Busnardo Saravalli
São José do Rio Preto
Helio Mencucini
Cajuru
Rosane Aparecida Goncalves
Bauru
Isabel Miura Nakauti
São Paulo
Rosangela Cristina Grilanda Perin
São José do Rio Preto
Ivo Rodrigues do Amaral
Votorantim
Rosemary Ramos da Fonseca Ogata
São Paulo
Janio Darc Martins Vieira
Taubaté
Sandra de Fatima A.G. Arruda Pagliarini São José do Rio Preto
Jose Martinho Pelacani
Jarinu
Sirlea Bernardino Alexandre
São Bernardo do Campo
Jose Rubens Ferraz de Carvalho
São José do Rio Preto
Sonia Raddatz Macedo
São Paulo
Luiz Henrique Custodio Dias
Caraguatatuba
Syrlei Alvares Prestes Lenharo
Arealva
Marcia Buzzi
São Paulo
Valdir Zalla Domingues
Sorocaba
Maria Aparecida Beira Nunes
Mirassol