DETERMINAÇÃO DOS MICROOGANISMOS
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DETERMINAÇÃO DOS MICROOGANISMOS
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA DETERMINAÇÃO DOS MICROOGANISMOS ENCONTRADOS NOS BRAQUETES DE ALEXANDER E NOS BRAQUETES AUTOLIGAVEIS Luís José Gonçalves da Silva Monografia apresentada ao Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como parte dos requisitos para obtenção ao título de Especialista em Ortodontia. Cruzeiro 2007 INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA DETERMINAÇÃO DOS MICROOGANISMOS ENCONTRADOS NOS BRAQUETES DE ALEXANDER E NOS BRAQUETES AUTOLIGAVEIS Luís José Gonçalves da Silva Monografia apresentada ao Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. Eduardo César Werneck da Silva. Cruzeiro 2007 Ficha elaborada pela Biblioteca dO IEPC W491a Gonçalves da Silva, Luís José Determinação dos microorganismos encontrados nos Braquetes de Alexander e nos braquetes autoligáveis / Luís José Gonçalves da Silva, Cruzeiro São Paulo, 2007. 119 p.; il.; anexos. Bibliografia Monografia (Especialização em Ortodontia) Instituto de Ensino E pesquisa de Cruzeiro SP. IEPC. 1. Microorganismos. 2. Bráquete. 3. Contagem de Microorganismos. 4. Ortodontia. I. Título. BLACK D433 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. Cruzeiro, ____ / ____/ ______ Assinatura: _____________________________ e-mail: [email protected] FOLHA DE APROVAÇÃO Silva, L. J. G. Determinação dos microorganismos encontrados nos bráquetes de Alexander e nos bráquetes autoligaveis [Monografia Especialização]. Cruzeiro SP: Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro; 2007. Cruzeiro, ____ / ____/ ______ Banca Examinadora 1) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 2) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 3) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... Dedicatória Eu dedico o meu trabalho a meus pais que são o exemplo e a razão da minha existência e do meu caráter. Aos meus irmãos Lílian e Emerson que me acompanharam por uma parte da minha vida; e aos meus lindos sobrinhos pelo incentivo e orgulho que inspiram em minha carreira profissional Agradecimentos especiais Ao meu prezado professor e amigo Dr Eduardo César Werneck, pela paciência e dedicação aos seus alunos e ao Instituto que tanto leva o ensino de forma prática e simples visando o entendimento e aprimoramento de todos, contribuindo assim por profissionais melhores. A minha grande amiga Julia Fradique de Oliveira que sempre esteve comigo em todos os momentos durante esses cinco anos de longa jornada e estudo da ortodontia, com paciência e sempre me tratando com carinho e apreço e me acolhendo juntamente com a sua família em especial a Dona Irene Ballerini e Dr. Francisco Fradique de Oliveira os meus sinceros e eternos agradecimentos. A minha grande amiga Daniela Fradique de Oliveira assim como Julia que sempre me tratou com carinho A minha grande amiga Regiane Forti Silva que sempre torceu por mim, mesmo estando longe, acompanhou cada passo dessa etapa da minha vida Agradecimentos Ao Laboratório Oswaldo Cruz, e ao seu diretor. Dr. Domingos que com muita atenção e delicadeza me recebeu em suas dependências e pacientemente com sua experiência de patologista me orientou na execução prática deste trabalho Ao professor Dr. Adriano Marotta Araújo por ter me acompanhado na clínica sempre exigindo e fazendo o melhor pela sua turma e na orientação deste trabalho. Ao professor Márcio Garcia, que com sua humildade e experiência nos orientava em nossos casos clínicos. Gonçalves, L. J. Determinação dos microorganismos encontrados nos bráquetes de Alexander e nos bráquetes auto-ligáveis [Monografia Especialização]. Cruzeiro: Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro; 2007. RESUMO Vinte pacientes do Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, em tratamento na Clínica, com bráquetes de Alexander e bráquetes auto-ligáveis, fizeram parte deste estudo. Em todos os pacientes foram usados elásticos para a fixação do lado esquerdo da arcada dentária, entretanto no lado oposto nos dentes 12 e 15 foram usados bráquetes auto-ligáveis. O número, bem como os microorganismos nas amostras de placa, retirados da interface dente/bráquete dos incisivos laterais e dos segundos pré-molares superiores, foram feitos com 20 , 24 e 28 semanas após a colagem dos bráquetes . Foi constatado nas amostras que os microorganismos encontrados em sua maioria são gram- negativos. Os resultados mostraram que na maioria dos pacientes, os incisivos e pré-molares que, usavam elástico como meio de ligação nos bráquetes de Alexander, não apresentaram maior quantidade de microorganismos na placa do que os bráquetes auto-ligáveis. Sabemos que a inserção de aparelhos ortodônticos fixos, aumenta significativamente o número de microorganismos na saliva. Porém essas variações do número de microorganismos durante o tratamento não refletem aumento ou queda na colonização de microorganismos tanto nos bráquetes de Alexander quanto nos bráquetes auto-ligáveis Palavras-chave: Microorganismos microorganismos, anéis eláticos. , bráquetes autoligáveis, adesão de Gonçalves, L. J. Determination of the microorganisms founded in Alexander brackets and self-ligated brackets [Monografia Especialização]. Cruzeiro: Cruzeiro; 2007. ABSTRACT Twelve orthodontic patients from I. E. P. C. undergoing treatment with fixed appliances took part in this study. In all patients were used elastics to fix on the left side of the arch, whenever at the opposite side, in the upper lateral incisor and upper second pre molars were used self-ligated brackets. The number of microorganisms in samples of plaque, taken from the labial surface teeth/bracket of the upper lateral incisor and of the second upper pre molars were recorded with 20, 24 and 28 weeks after insertion of the fixed appliances. Were recorded in the samples that the microorganisms founded are gram-negative. The results showed that the great majority of the patients, the upper lateral incisors and the second upper pre molars with Alexander brackets and elastomeric rings as a ligation, do not showed high concentrations of microorganisms than selfligated brackets. We know that fixed orthodontic appliances, increase the number of microorganisms in saliva significantly. Whenever this variations of the number of microorganisms in the active treatment does not reflect any relative increase or decrease in microbial colonization on either Alexander brackets or self ligated brackets. Key words: microorganisms , self ligated brackets, microorganisms adhesion, elastomeric rings LISTA DE TABELAS p. Demonstra as bactérias encontradas na coleta do material da Tabela 5.1.1 interface dente bráquete. 29 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Escherichia Coli. Tabela 5.2.1 30 Tabela 5.2.2 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Klebsiella spp.. 31 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Stafilococcos Epidermidis. Tabela 5.2.3 32 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS BHI Brain Heart Infusion E escherichia et al. - e colaboradores GAC Gl grau de liberdade mg/L Miligramas por litro NaCl Cloreto de Sódio P. ppseudomonas pH Potencial Hidrogeônico S. - Stafilococcos S. - Streptococcos sem - semanas sic. sp Segundo informações do cliente - spp T. Treponema UTI. Unidade de Terapia Intensiva X²c qui-quadrado critico ou tabelado X²o qui-quadrado observado SUMÁRIO p. 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 02 2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 04 2.1 Adesão dos Microorganismos aos bráquetes, dentes e tecidos moles 04 2.2 Microorganismos encontrados na Microflora Bucal, segundo análise feita em laboratório. 09 3. PROPOSIÇÃO ................................................................................................ 19 4. CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODOS ....................................................... 21 4.1 Casuística .............................................................................................. 22 4.2 Material ................................................................................................... 23 4.3 Métodos ................................................................................................. 24 4.3.1 Colagem dos Bráquetes............................................................. 24 4.3.2 Condução do Material até o Laboratório...................................... 24 4.3.3 Contagem de Colônias ................. 25 4.3.4 Estatística ................................. 26 5. RESULTADOS ................................................................................................ 28 5.1 Análise Estatística ................................................................................ 29 5.2 Correlações 30 6. DISCUSSÃO ................................................................................................... 35 7. CONCLUSÕES ............................................................................................... 40 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43 1 INTRODUÇÃO Introdução 1 2 INTRODUÇÃO Sabemos que durante o tratamento ortodôntico o desenvolvimento da placa dental pode ser associado com diversos fatores ambientais e fatores individuais incluindo a composição da dieta, higiene oral, exposição ao flúor, a qualidade da saliva, a composição da microflora e fatores de imunidade. Logo o nível de microorganismos tende a elevar-se devido ao fato do bráquete reter resíduos e favorecer o acúmulo de placa impedindo assim a manutenção da higiene oral. Os aparelhos fixos criam novas áreas de retenção, que são propícias para colonização de bactérias. Na literatura a quantidade de estudos avaliando o método de ligação braquete/fio como um fator adicional é bem pequena, logo o objetivo deste trabalho é determinar a quantidade e o tipo de microorganismo encontrado nos braquetes autoligáveis e nos bráquetes de Alexander que usam elásticos como meio de retenção em pacientes dos gêneros masculino e feminino com idades entre 12 e 16 anos e também determinar se os mesmos determinam mudanças na microflora, e como essas mudanças são afetadas. 2 REVISÃO DE LITERATURA Revisão de Literatura 2 4 REVISÃO DE LITERATURA Com o objetivo de facilitar a apreciação dos estudos científicos realizados, eles foram agrupados em: Adesão dos Microorganismos aos bráquetes, dentes e tecidos moles Microorganismos encontrados na Microflora Bucal, segundo a análise feita em laboratório. 2.1 Adesão dos Microorganismos aos bráquetes, dentes e tecidos moles. Sakamaki S.T. et. al. (1968) Afirmam que a aparotologia ortodôntica fixa cria novas áreas propícias para colonização de bactérias. Balenseifen J.W. et. al. (1970) Afirmaram que a colocação de aparelhos fixos aumentaram significantemente o número de superfícies retentivas próprias para a colonização da placa. Ainda no mesmo trabalho citam que a quantidade de carboidrato da placa dental é aumentada, sendo difícil a sua remoção Hamada S. et. al (1980) Relataram existir diferenças na composição bacteriana da placa de pacientes que estão sendo tratados ortodonticamente e grupo controle em seus estudos. Revisão de Literatura 5 Lundstrom F. et al. (1980). Relataram que para evitar efeitos lesivos no tecido gengival e no periodonto, programas de conscientização de higiene antes do tratamento ortodôntico são estritamente recomendadas. Corbett J.A. et. al. (1981) Demonstram claramente que aparelhos ortodônticos fixos aumentam o acúmulo da placa, colonização das bactérias, e resultam na descalcificação do esmalte. Forsberg et. al. (1991) Avaliaram a colonização das bactérias em 12 pacientes tratados com aparelhos fixos; e relataram que o bráquete que possuía o elástico como elemento de fixação exibiu uma maior quantidade de microorganismos na placa colhida quando o mesmo foi comparado ao bráquete que tinha como elemento de fixação o fio de amarrilho Forsberg et. al. (1991) Relataram também estar presente em grande quantidade de S. mutans e lactobacillos na saliva desses pacientes após a inserção do aparelho ortodôntico fixo. Hahn et. al. (1992) Evidenciaram o acumulo de microorganismos em materiais restauradores entre eles estão incluídos os streptococcos mutans que são conhecidos por causar lesão de cárie nas margens das restaurações bem como agressões ao esmalte. Revisão de Literatura 6 Mitchell, (1992) Também demonstrou que a aplicação de aparelhos fixos resulta na desmineralização do esmalte e aumento das lesões de cárie Von Troil-Linden B, et. al (1995) Os aparelhos ortodônticos podem estar associados a mudanças no habitat natural das bactérias. Atack N. E. et. al (1996) Relatam que com essas mudanças, no aumento das colônias, as bactérias tendem a mover-se para um grupo mais patogênico. Em adição a essa afirmação eles demonstraram também que há uma sucessão de grupos específicos de microorganismos com acúmulo de placa e maturação com o tempo Rudney J. D. et. al. (1996 2005) Afirmam que bráquetes metálicos tem alterado mudanças ecológicas no ambiente bucal , como o decréscimo do pH e aumento do acúmulo do placa. Zambon J. J. et. al. (1996 – 2000) O biofilme bacteriano é caracterizado por cocos gram-positivos, enquanto na placa maturada uma flora mais complexa pode ser observada com flora gram-negativa, flagelos e algumas espiroquetas Meurman J. H. et. al. (1997) Demonstraram em seus estudos que é provável que a propriedade do efeito regulador de superfície é crítico durante os estágios Revisão de Literatura 7 iniciais a adesão da bactéria; uma vez que a junção é estabelecida, fatores adicionais podem ditar maiores colonizações. Eles ainda afirmam que as características da superfície do material ortodôntico pode alterar a colonização das bactérias pelo decréscimo da qualidade do substrato e subsequentemente reduzindo a qualidade da saliva. Ogaard et. al. (1997) Relatam que a supressão de streptococos mutans em pacientes com aparelhos fixos 20 semanas depois da aplicação de uma baixa concentração de verniz. Em seus trabalhos o verniz era aplicado após a colocação das bandas e dos bráquetes. Quirynen M. et. al. (2001) Relatam que a cavidade oral é um ecossistema microbiológico que consiste em vários nichos de bactérias para se colonizar. Rudney J. D. et. al. (2001) Demonstram que a interação entre bactéria e hospedeiro pode ser muito complexa. Observaram também que as bactérias podem ´´transitar´´ entres os tecidos duros e os tecidos moles na cavidade oral; e podem também possivelmente ´´viajar´´ entre esses sítios de bactérias. Rudney J. D. et. al. (2001). Também descobriram a presença de A actinomycetemcomitans, T. forsythensis, e Porphyromonas gengivallis em células epiteliais bucais de indivíduos sadios. E afirma também que estas bactérias representaram uma minoria da flora polimicrobiana das células do epitélio bucal. Revisão de Literatura 8 Sukontapatipark et. al. (2001). Detectaram placa abundante em dentes que foram colados na primeira semana. Sukontapatipark, W. et. al. (2001) Relatam que os estudos sobre os materiais e métodos de ligação ainda são muito poucos Attin R et. al (2003) Revelaram em seus trabalhos que a colonização por streptococos mutans foi maior em dentes com aparatologia ortodôntica fixa quando comparado aos do grupo controle, onde o resultado foi diretamente significante porém não foi clinicamente relevante. Mager et. al. (2003) Demonstraram que as espécies mais presentes associadas a mucosa bucal foram os streptococcos, Streptococcus mitis e S. oralis são mais comuns nos tecidos moles, mas S. sanguis e S. gordonii nos tecidos moles e na placa nas mesmas proporções. Sallum E. J. et. al. (2004) Afirmam que os streptococcos obedecem a um receptor específico em sítios disponíveis nos constituintes salivares. Possivelmente se o nível salivar diminuir, pode inibir diretamente a adesão e a colonização das bactérias nos aparelhos ortodônticos Sallum E. J. et. al. (2004) Tem mostrado através de seus estudos que a superfície de tensão entre a saliva e o dente é diferente da tensão entre a saliva e Revisão de Literatura 9 mucosa. Logo isto pode ser associado com a superfície específica observada regularmente da colonização dos microorganismos nestas duas entidades biológicas. Rudney et al. (2005) Relataram que os streptococcos é a bactéria dominante nas células epiteliais bucais de uma a duas vezes mais que outras bactérias mais comuns. Isto levantou a questão de como a bactéria pode entrar nas células bucais já que os streptococos não são previamente considerados invasivos 2.2 Microorganismos encontrados na Microflora bucal. Von Graevenitz e Mensch (1968) revisaram 30 casos de infecção e estabeleceram Aeromonas spp. como um patógeno significante que causou uma variedade de infecções extra intestinais em vários órgãos sistêmicos. Emilson (1977), mostrou que os estafilococos, os estreptococos do grupo mutans, Escherichia coli, apresentavam alta susceptibilidade à clorexidina. Os Streptococcus sanguis apresentavam susceptibilidade intermediária e cepas de Proteus, Pseudomonas e Kleibsiela, apresentavam baixa susceptibilidade. Dos anaeróbicos, os mais sensíveis à clorexidina, foram as bactérias propiônicas e os selenomonas, e os menos afetados foram os cocos gram negativos, semelhantes à Veillonella. Revisão de Literatura 10 Segundo Raccach e Baker (1978), as bactérias ácido lácticas são capazes de aumentar a vida útil de diversos alimentos, ao reduzir microorganismos deteriorantes como por exemplo as Pseudomonas. Os autores também apontam as bactérias ácido lácticas como benéficas á saúde pública, uma vez que são capazes de inibir o crescimento de microorganismos como a Salmonella typhimurium e os Staphylococcus aureus. Em seus trabalhos Archer et. al. , (1983) afirmam que a colonização do esôfago e da pele com antibióticos resistentes, os S. epidermidis podem diminuir. Nenhuma doença lesiva causada pelas Aeromonas spp associada com água tratada foi divulgada e a pesquisa com relação a essa bactéria causando doença gastrintestinal não foi claramente ou convictamente estabelecida. Burke et al. (1984) A exposição as Aeromonas spp através da ingestão de alimentos e água é continuo, entretanto essa bactéria não produz nenhum distúrbio gastrintestinal em indivíduos sadios. Não há dúvidas de doenças repentinas causadas pelas Aeromonas spp expostas diretamente na água potável. Alguns casos relatam que indivíduos suscetíveis podem adquirir infecções gastrintestinais por exposição crônica a altos índices de aeromonas em águas não tratadas é o que afirmam Morgan et. al., (1985) Revisão de Literatura 11 Segundo Sneath et. al., (1986) Kleibsiella spp pode ser encontrado em água, solo, vegetais, produtos cárneos e lácteos. No mesmo trabalho eles também reafirmam que estes microorganismos fazem parte da microbiota anfibiônica humana e de outros animais homeotérmicos, sendo encontrados na boca, estômago, intestino e vagina. Uma pesquisa ambiental das Aeromonas spp implicaram em infecções gastrintestinais que foi primeiramente proposto por Holmberg et al. (1986), quem presenciou evidência epidemiológica para atestar que água não tratada seria a principal causa de infecção em pacientes com diarréia. O nível do risco das aeromonas comprometerem hospedeiros imunodeprimidos em relação a sua exposição a água não está totalmente esclarecida, segundo Altwegg & Geiss (1989); Kirov (1993). Segundo Monfort e Baleux (1991) as Aeromonas spp estão presentes em grande quantidade de água tratada que é usada antes e depois do tratamento. Segundo King et. al., (1992) Evidências epidemiológicas não toleram a presença de Aeromonas spp em água potável sendo este um perigo para saúde pública. Um caso relatado por todo estado da Califórnia foi interrompido após um curto período de tempo devido aos números de casos serem estatísticamente insignificantes. Revisão de Literatura 12 De acordo com Kloos et. al, (1994) os stafilococcos constituem-se em maior quantidade da pele normal e microflora da mucosa bucal Kloos et. al. (1994) afirmam que os S. epidermidis e outros stafilococcos são mais frequentemente relatados como patógenos em infecções sanguíneas e doenças de origem hospitalar. Segundo Bannerman T. L. et. al. (1994) Os Stafilococcos foram considerados lesivos. Recentemente eles estão sendo grandemente reconhecidos como um patógeno humano muito importante Segundo Merck (1994) relata em seus trabalhos que além da Kleibsiella spp , uma grande variedade de bactérias produtoras de ácido e/ou ácido tolerantes estão distribuídas na natureza, podendo ser encontradas no solo e em produtos agrícolas frescos ou processados. O’Brien T. P. et. al., (1995) citam em seus trabalhos que os S. epidermidis foram relatados como foco principal em diversas doenças oculares externas como por exemplo eles citam queratite supurativa. Revisão de Literatura 13 A virulência das Aeromonas spp é multifatorial e incompreensível. Fatores contribuem para a virulência incluindo toxinas, proteases, hemolisinas, adesinas, aglutininas e várias enzimas hidrolíticas é o que Janda e Abbott (1996) afirmam em seus trabalhos. Aeromonas spp. Foram descobertas em alimentos (Palumbo 1996), Aeromonas spp estão por toda parte no ambiente aquático Holmes et al., (1996). De acordo com Mozayeni et. al., (1996) devido a sua presença em larga escala na natureza e relativa baixa virulência , S. epidermidis teve sua atenção direcionada nos casos de infecções oculares entretanto em diferentes estudos. Em seus estudos Holmes e Demarta (1996) afirmam que as Aeromonas spp não são consideradas uma bactéria fecal, porém elas estão presentes nas fezes de animais sadios e humanos, presumidamente como resultado da ingestão de alimentos e água contendo estes organismos. O intenso interesse na pesquisa das Aeromonas spp na década de 80 levou a pesquisa por meios de cultura onde nestes eram semeados amostras de água, urina algas e especialmente fezes; desde que as Aeromonas foram consideradas como os Revisão de Literatura 14 principais causadores de disfunções intestinais e diarréias foi controverso por Joseph (1996). Segundo Holmes et. al. (1996) Aeromonas spp. causam doenças em animais aquáticos e ocasionalmente em mamíferos. Doenças causadas por Aeromonas spp representam uma significante pesquisa dentro da imensa indústria de tratamento de água. De acordo com Palumbo (1996) Aeromonas spp são encontradas nos alimentos incluindo verduras e legumes, frutos do mar, bifes, alimentos semiprontos, embalados, queijo e leite. De acordo com Holmes et. al., (1996) Aeromonas spp. são encontradas no ambiente aquático mundial desde sua profundidade até a superfície e é encontrada também na água de beber e na água de uso doméstico. Em seus trabalhos Bannerman et. al. , (1997) os S. epidermidis são comumente encontrados no epitélio conjuntivo ocular e pálpebras de indivíduos sadios. Segundo Silva et al. (1997) o grupo das bactérias lácticas inclui seis gêneros de bactérias acidúricas, produtoras de ácido láctico, gram positivas, catalase negativas e microaerófilas. Dentre elas temos: Lactobacillus sp. Revisão de Literatura 15 Janda e Abbott (1998). Afirmam que além de diarréia, Aeromonas spp. causam infecções cutâneas, septicemia, meningite, infecções oculares e até endocardite. Podschun, R., and U. Ullmann. (1998) afirmam que Klebsiella spp é um patógeno oportunista em humanos que podem ser isolados de vários animais e detritos humanos como urina por exemplo. Aeromonas spp. Não está relacionada com indicadores fecais usados para monitorar água potável. O processo de tratamento convencional da água é efetivo na remoção e inativação dessa bactéria; porém as mesmas podem persistir em formas de biofilmes nos sistemas de distribuição quando os níveis de desinfetantes são baixos (< 0.2 mg/L cloro livre residual) é o que afirmam Janda and Abbott (1999). De acordo com Bradley, (1999) a característica principal da Pseudomonas aerugionosa., é seu alto nível de resistência intrínseca a agentes antimicrobianos estruturalmente diferentes. Segundo Frebourg et. al (1999) afirmam em seus trabalhos que a injúria causada na mucosa do trato alimentar e a colonização de muco são fatores de risco para a infecção do S. epidermidis. Revisão de Literatura 16 Segundo Jarlov Kleeman et. al., (1999) Os Stafilococcos são comumente isolados em detritos humanos e muitos deles são identificados como principais agentes das infecções adquiridas em hospitais, especialmente em indivíduos imunodeprimidos, neonatos, e pacientes com próteses internas. Segundo Pollack, Tsakris et al., (2000), Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista causador de bacteremias em pacientes imunodeprimidos, vítimas de queimaduras, portadores de infecções urinárias associadas ao uso de cateteres e de pneumonias hospitalares, especialmente em UTI. Dubois et. al (2001) Relatam que as Pseudomonas aeruginosa são um bastonete gram-negativo ubíquo de vida livre encontrado em ambientes úmidos, como água, solo, plantas e detritos. Embora raramente possam causar patologias em indivíduos sadios, essas bactérias são uma grande ameaça a pacientes hospitalizados Segundo Pellegrino, Santos Filho e Toleman et. al, (2001) no Brasil, foram isoladas as primeiras amostras de P. aeruginosa no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ), mas também houve registros na região Nordeste, na cidade de João Pessoa, e em São Paulo. Revisão de Literatura 17 De acordo com Schaechter, Konemam e Mims C et. al., (2002) o agente etiológico mais comumente isolado das Unidades de Terapia Intensiva é a bactéria Escherichia coli, que é responsável por 40% das infecções urinárias dos pacientes hospitalizados. Klebsiella, Enterobacter, Serratia e leveduras, particularmente espécies de Cândida, e bactérias não fermentadoras, como Pseudomonas aeruginosa, são organismos mais freqüentemente encontrados em infecções adquiridas em hospitais, uma vez que a resistência destes aos antibióticos favorece sua seleção em pacientes hospitalizados. Segundo Gerba et. al. (2003) as Aeromonas spp. são efetivemente removidas por uma filtração rigorosa e inativadas por desinfetantes usados no tratamento da água em concentrações comumente empregadas. Aeromonas spp podem colonizar a água potável dos sistemas de distribuição produzindo um biofilme que resiste a desinfecção é o que afirmam em seus trabalhos Holmes et al., (1996); Bomo et al., (2004). De acordo com Biedenbach, D. J., G. J.(2004), Moet, (2004) e R. N. Jones. (2004) Entre 1997 e 2002, a Klebsiella spp. foi responsável por 7% a 10% de todas as infecções em Hospitais na Europa, América Latina , e América do Norte. Revisão de Literatura 18 De acordo com Rossi et. al., (2005) a resistência bacteriana tem aumentado em todo o mundo; por isso, é importante o estudo para o conhecimento das taxas de resistência locais. Logo, o laboratório clínico desempenha um papel crítico no contexto da resistência, sendo fonte para estudos epidemiológicos, moleculares e planejamento estratégico. Revisão de Literatura 19 3 PROPOSIÇÃO Revisão de Literatura 3 20 PROPOSIÇÃO De acordo com a análise laboratorial, a proposição deste trabalho é: 3.1 Determinar os tipos de Microorganismos encontrados na microflora bucal, e nos bráquetes ortodônticos 3.2 Correlacionar as quantidades de Microorganismos entre os dois tipos de braquetes estudados. 3.3 Verificar através de cálculo estatístico a probabilidade da adesão dos microorganismos determinando assim, qual tipo de bráquete seria mais viável no sentido de se ter um controle maior sobre as bactérias, diminuindo assim os microorganismos patogênicos da microflora bucal. 4 CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODOS Casuística, material e métodos 4 CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Casuística 22 Um total de 20 pacientes (10 do gênero masculino e 10 do gênero feminino) em tratamento ortodôntico no Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro foram escolhidos obedecendo o padrão de idade entre 12 e 16 anos. Todos os pacientes possuíam dentição permanente. Nenhum paciente estava sendo submetido ao uso de nenhum tipo de medicamento (sic) Todos os pacientes apresentavam as seguintes características: Foram tratados ortodonticamente com aparelhos fixos empregando bráquetes da técnica Alexander e bráquetes auto-ligáveis da marca GAC, com encaixe .018” x .030”. Nenhum paciente se submeteu a nenhum tipo de extração; Todos os pacientes já haviam concluído a fase de nivelamento, sendo assim os mesmos estariam usando fio 16 x 22 ou 17x 25.; Todos residem na cidade de Cruzeiro. Todos os pacientes receberam instrução de higiene oral simplificada (IHOS) Casuística, material e métodos 4.2 23 Material O material empregado neste estudo constituiu-se de 120 tubos de ensaio para realizar a coleta da placa dental formada ao redor dos bráquetes dos 20 pacientes pertencentes à amostra, na região de lateral e pré-molar superior do lado direito Utilizou-se também: Elásticos em bengala na cor transparente da marca tecnident. Maçarico ortodôntico Explorador numero 5 Solução BHI ( Brain Heart Infusion) Infuso Cérebro Coração de Boi Luvas para procedimento Marca Satari Resina Fill Magic Adesivo Fill Magic Fotopolimerizador CL K-50 Aplicador de elástico autoclavável marca Morelli Casuística, material e métodos 4.3 24 Métodos 4.3.1 Colagem dos Bráquetes Foram colados os bráquetes nos 20 pacientes em toda a arcada, seguindo as normas de colagem com uso do ataque ácido, seguido do agente de união da marca vigodent onde os bráquetes foram colados permanecendo assim até a sua retirada ao final de 28 semanas para avaliação da contagem dos microorganismos 4.3.2 Condução do Material até o laboratório Após a coleta ter sido feita, o material foi acondicionado em estantes fornecidas pelo laboratório acondicionadas em temperatura ambiente em solução salina para que não se perdesse as características físico-químicas do material coletado, assim não havendo distorção dos resultados. Em seguida os pacientes eram cadastrados por números para que não houvesse nenhum problema na coleta e identificação. A cada coleta o paciente recebia uma identificação diferente. Os tubos eram coletados, onde a amostra era encaminhada ao laboratório composta de material orgânico (placa) em meio de tubo de BHI (Brain Heart Infusion). A amostra é submetida a semeadura (por esgotamento) em placas de Petri contendo ágar sangue através do uso da alça de platina, em câmara de fluxo laminar; -Placas são incubadas aproximadamente 18 horas ; em estufa a 35ºC (enriquecida com CO2),por Casuística, material e métodos 25 -As colônias sugestivas gram-negativos são inicialmente identificadas pelo método de RUGAI (Newprov®), e em caso de identificação duvidosa, submetidas a análise pelo equipamento MINI API – BIOMERIEX®; -As colônias com aspecto sugestivos de Estafilococos são submetidas aos testes de Catalase e a Aglutinação (Staph-test®); -As colônias sugestivas de Estreptococos são submetidas as seguintes análises: Catalase, Tipo de hemólise (alfa, beta,gama),Testes de PYR, Bile escuna,NaCl 6.5%,sensibilidade à Bacitracina, Sulfametazol-Trimetoprima, e Optoquina; -As bactérias com perfil de identificação não esclarecido pelas técnicas supracitadas, foram encaminhadas a laboratório microbiológico de referência (Fleury Medicina Diagnóstica). 4.3.3 Contagem de Colônias. -Amostra foi encaminhada ao laboratório composta de “BRÁQUETE” imerso em tubo contendo 0,9ml de solução salina (NaCl 0.9%); -Em câmara de fluxo laminar, utilizando-se pipeta semi-automática são trasferidos 100ul da solução salina semeadas para tubos contendo BHI e realizada diluição seriada (1;10,1;100;1;000,1;10000,1;100000,1;1000000.); -Os tubos contendo as diluições são incubados em estufa a 37ºC por aproximadamente 18 horas e efetuada leitura visual, observando-se a presença de turvação dos meios BHI, obtendo-se assim a diluição até a qual houve crescimento bacteriano, portanto, a contagem de colônias. Casuística, material e métodos 26 4.3.4 Análise Estatística HIPOTESE NULA Os pacientes que usam elástico tem a mesma tendência para adquirir bactérias que aqueles que usam auto-ligáveis. HIPOTESE EXPERIMENTAL Os pacientes que usam elásticos não tem a mesma tendência para adquirir bactérias que aqueles que usam auto-ligáveis. Total de pacientes: 20 Homens 10 Mulheres 10 Numero de pacientes que usaram elástico: 10, sendo: Homens 5 Mulheres 5 Numero de pacientes que usaram autoligaveis: 10, sendo: Homens5 Mulheres 5 Teste usado qui-quadrado (x²) X²c = qui-quadrado critico ou tabelado X²o = qui-quadrado observado Gl= grau de liberdade Casuística, material e métodos E.COLI TIPO DE APARELHO 20 SEMANAS 24 SEMANAS 28 SEMANAS TOTAL ELASTICO 3H 2M 0 2H 7 AUTO-LIGÁVEL 0 2H 3M 2H 2M 9 KLEIBSIELLA SPP TIPO DE APARELHO 20 SEMANAS 24 SEMANAS 28 SEMANAS TOTAL ELASTICO 1H 0 1H 2 AUTO-LIGÁVEL 1M 1H 1M 2H 5 S. EPIDERMIDIS TIPO DE APARELHO 20 SEMANAS 24 SEMANAS 28 SEMANAS TOTAL ELASTICO 1H 1H 1M 3H 1M 7 AUTO-LIGÁVEL 1H 1M 0 2H 4 27 5 RESULTADOS Resultados 5 RESULTADOS 5.1 Bactérias Encontradas Segundo Análise Laboratorial. Tabela 5.1.1 Demonstra as bactérias encontradas na coleta do material da interface dente bráquete. 20 SEM 24 SEM 28 SEM 0 0 0 5 1 7 3 10 0 0 1 6 1 5 1 3 2 0 0 1 0 0 1 6 4 5 1 2 1 0 26 20 20 BACTÉRIAS coryne bactérium sp pseudomonas spp aeromonas escherichia coli klebsiella spp stafilococcos epidermidis lactobacillus sp streptococcos grupo D stafilococcos aureus streptococcos equinus TOTAL PACIENTES 29 Resultados 5.2 30 Análise Estatística BACTERIA E.COLI Tabela 5.2.1 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Escherichia Coli. ELÁSTICO AUTOLIGÁVEIS SEM BACTÉRIA 3 (2) 1 (2) 4 COM BACTÉRIA 7 (8) 9 (8) 16 10 10 20 fe 4.10 20 2 fe 4.10 20 2 fe 16.10 20 8 fe 16.10 20 8 X² ( 3 - 2)² 2 (7 - 8)² 8 (1 - 2)² 2 (9 - 8)² 8 X² 1,25 Gl = (2 – 1) (2 – 1) = 1 Níveis de significância 0,05 x²c = 3,84 X²o = 1,25 X²o < x²c Logo devemos aceitar a hipótese nula, que diz: os pacientes que usam elástico como meio ligação, tem a mesma tendência para adquirir bactérias que aquele que usam bráquetes auto-ligáveis. Resultados 31 KLEIBSIELLA SPP Tabela 5.2.2 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Klebsiella spp.. ELÁSTICO AUTOLIGÁVEIS SEM BACTÉRIA 8 (6,5) 5 (6,5) COM BACTÉRIA 2 (3,5) 5 (3,5) 10 10 13 7 20 fe 13.10 20 6,5 fe 7.10 20 3,5 fe 13.10 20 6,5 fe 7.10 20 3,5 X² (86,5)² 6,5 X² 0,35 (2 - 3,5)² (5 - 6,5)² (5 - 3,5)² 3,5 6,5 3,5 0,64 0,35 0,64 X² 1,98 Gl = (2 – 1) (2 – 1) = 1 Níveis de significância 0,05 x²c = 3,84 X²o = 1,98 X²o < x²c Logo devemos aceitar a hipótese nula, que diz: Os pacientes que usam elástico como meio de ligação tem a mesma tendência para adquirir bactérias que aqueles que usam bráquetes auto-ligáveis. Resultados 32 S. EPIDERMIDIS Tabela 5.2.3 Cálculo Estatístico segundo a tabela do Qui Quadrado da Bactéria Stafilococcos Epidermidis. ELÁSTICO AUTOLIGÁVEIS SEM BACTÉRIA 3 (4,5) 5 (4,5) COM BACTÉRIA 7 (5,5) 4 (5,5) 10 10 9 11 20 fe 9.10 20 4,5 fe 11.10 20 5,5 fe 9.10 20 4,5 fe 11.10 20 5,5 X² (34,5)² 4,5 (7 - 5,5)² (6 - 4,5)² (4 - 5,5)² 5,5 4,5 5,5 X² 1,82 Gl = (2 – 1) (2 – 1) = 1 Níveis de significância 0,05 x²c = 3,84 X²o = 1,82 X²o < x²c Logo devemos aceitar a hipótese nula que diz: Os pacientes que usam elástico como meio de ligação tem a mesma tendência para adquirir bactérias que aqueles que usam bráquetes auto-ligáveis. Resultados Tabela 6. Tabela Utilizada para Realizar o Cálculo Estatístico. Tabela Qui Quadrado. gl .05 .01 1 2 3 4 5 3.841 5.991 7.815 9.488 11.070 6.635 9.210 11.345 13.277 15.086 6 7 8 9 10 12.592 14.067 15.507 16.919 18.307 16.812 18.475 20.090 21.666 23.209 11 12 13 14 15 19.675 21.026 22.362 23.685 24.996 24.725 26.217 27.688 29.141 30.578 16 17 18 19 20 26.296 27.587 28.869 30.144 31.410 32.000 33.409 34.805 36.191 37.566 21 22 23 24 25 32.671 33.924 35.172 36.415 37.652 38.932 40.289 41.638 42.980 44.314 26 27 28 29 30 38.885 40.113 41.337 42.557 43.773 45.642 46.963 48.278 49.588 50.892 33 Resultados 34 6 DISCUSSÃO Discussão 6 36 DISCUSSÃO A aparatologia ortodôntica fixa aumenta o número de superfícies retentivas aumentando a placa. Balenseifen J.W. et. al. (1970) Sakamaki S.T. et. al. (1968). Pacientes tratados ortodonticamente tem composição bacteriana da placa diferenciada Hamada S. et. al (1980), neste estudo foram encotrados diversos tipos de bactérias tais como Klebsiella, S Epidermidis, E. Coli, Lactobacillus entre outras. O acúmulo de placa resulta na descalcificação do esmalte Corbett J.A. et. al. (1981). e aumento das lesões de cárie Mitchell, (1992) Rudney J. D. et. al. (1996 Von TroilLinden B, et. al (1995) A colonização pelos s. mutans foi maior em dentes com aparatologia ortodôntica fixa, porém não foi clinicamente relevante Attin R et. al (2003). Houve aumento na quantidade de S. mutans e lactobacillos na saliva desses pacientes após a inserção do aparelho ortodôntico fixo. Forsberg et. al. (1991), que acarreta em mudanças no habitat natural das bactérias Von Troil-Linden B, et. al (1995) e essas mudanças, colaboram com o aumento das colônias, e essas bactérias tendem a mover-se para um grupo mais patogênico Atack N. E. et. al (1996) atestando o resultado laboratorial encontrado com este estudo. Na placa maturada uma flora mais complexa pode ser observada como por exemplo a flora gram-negativa, flagelos e algumas espiroquetas. Zambon J. J. et. al. (1996) acarretando mudanças ecológicas no ambiente bucal , como o decréscimo do pH Rudney J. D. et. al. (1996). A diminuição do nível salivar acarreta a inibição da adesão e a colonização das bactérias nos aparelhos ortodônticos Sallum E. J. et. al. (2004) Discussão 37 Com a diminuição do fluxo salivar os streptococcos obedecem a um receptor específico em sítios disponíveis nos constituintes salivares. Sallum E. J. et. al. (2004) inibindo diretamente a adesão e a colonização dos streptococcos que é a bactéria dominante nas células epiteliais bucais Rudney et al. (2005) A interação entre bactéria e hospedeiro pode ser muito complexa e estas bactérias podem ´´transitar´´ entres os tecidos duros e os tecidos moles na cavidade oral Rudney J. D. et. al. (2001), logo fatores adicionais podem ditar maiores colonizações já que o fator regulador de superfície é crítico durante os estágios iniciais de adesão Meurman J. H. et. al. (1997) O elástico como elemento de fixação exibiu uma maior quantidade de microorganismos na placa colhida, quando o mesmo foi comparado ao bráquete que tinha como elemento de fixação o fio de amarrilho Forsberg et. al. (1991) porem os estudos sobre os materiais e métodos de ligação ainda são muito poucos Sukontapatipark, W. et. al. (2001). A cavidade oral é um ecossistema microbiológico que consiste em vários nichos de bactérias para se colonizar Quirynen M. et. al. (2001) pox exemplo actinomycetemcomitans, T. forsythensis, e Porphyromonas gengivallis Rudney J. D. et. al. (2001), e streptococcos, streptococcus mitis e S. oralis S. sanguis e S. gordonii Mager et. al. (2003). Aeromonas spp. é um patógeno significante que causou uma variedade de infecções extra intestinais em vários órgãos sistêmicos Von Graevenitz e Mensch (1968) porém estas alterações gastrintestinais não foram claramente ou convictamente estabelecidas. Burke et al. (1984) Aeromonas spp é contraída através da ingestão de alimentos e água, entretanto essa bactéria não produz nenhum distúrbio gastrintestinal em indivíduos sadios. Morgan et. al., (1985). A evidência Discussão 38 epidemiológica das aeromonas foi causa de infecção em pacientes com diarréia. Holmberg et al. (1986). As aeromonas causam doenças em animais aquáticos e ocasionalmente em mamíferos, sendo encontrados na boca, estômago, intestino e vagina. Holmes et. al. (1996). Evidências epidemiológicas não toleram esta bactéria em água potável sendo este um perigo para saúde pública. Segundo King et. al., (1992). A Kleibsiella spp pode ser encontrado em água. e uma grande variedade de bactérias produtoras de ácido e/ou ácido tolerantes.Sneath et. al., (1986). Esta bactéria também pode ser incluída no grupo das bactérias lácticas com seis gêneros Segundo Silva et al. (1997) e é também classificada como um patógeno oportunista em humanos. Podschun, R., and U. Ullmann. (1998) sendo também responsável por 7% a 10% de todas as infecções em Hospitais na Europa, América Latina , e América do Norte. Biedenbach, D. J., G. J.(2004), Moet (2004) e R. N. Jones. (2004). Os S. epidermidis são comumente encontrados no epitélio conjuntivo ocular e pálpebras de indivíduos sadios. Bannerman et. al. , (1997), Mozayeni et. al., (1996), causam injúria na mucosa do trato alimentar sendo fatores de risco para a infecção. Frebourg et. al (1999), estão presentes em infecções sanguíneas e doenças de origem hospitalar. Kloos et. al. (1994) Os stafilococcos constituem-se em maior quantidade da pele normal e microflora da mucosa bucal Kloos et. al, (1994) e também são considerados como patógenos em infecções sanguíneas e doenças de origem hospitalar, são lesivos. Bannerman T. L. et. al. (1994), e comumente isolados em detritos humanos, muitos deles são identificados como principais agentes das infecções adquiridas em hospitais, Jarlov Kleeman et. al., (1999) Discussão 39 As P. aeruginosa tem alto nível de resistência intrínseca a agentes antimicrobianos estruturalmente diferentes. Bradley, (1999), é um patógeno oportunista causador de bacteremias Tsakris et al., (2000), sendo encontrados em ambientes úmidos, como água, solo, plantas e detritos, raramente causam patologias em indivíduos sadios, sendo uma grande ameaça a pacientes hospitalizados Dubois et. al (2001), Schaechter, Konemam e Mims C et. al., (2002) Escherichia coli, que é responsável por 40% das infecções urinárias dos pacientes hospitalizados. Schaechter (2002), Konemam (2002) e Mims C et. al., (2002). 7 CONCLUSÕES Conclusões 7 41 CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos no período pesquisado para a determinação dos microorganismos encontrados nos bráquetes de Alexander e nos bráquetes autoligáveis, podemos concluir: 7.1 Que a porcentagem de microorganismos gram-negativos foi superior em todos os casos já os streptococcos do grupo viridans apareceram em menor quantidade, devido ao fator de maturação da placa. 7.2 Não houve correlação estatística entre os bráquetes de Alexander e os bráquetes auto-ligáveis no que diz respeito a adesão e quantidade de microorganismos. 7.3 Os pacientes que apresentavam bactérias consideradas patogênicas não apresentaram nenhum distúrbio de saúde a ponto de se levantar o questionamento sobre determinada doença causada por determinado patógeno. Concluímos também que atitudes preventivas não só no sentido de orientação de escovação mas questões de assepia de um modo geral, devem ser mencionados, e os pacientes devem receber uma orientação quando da instalação do aparelho ortodôntico. 7.4 Com base nos resultados obtidos após a coleta dos bráquetes de Alexander e dos bráquetes auloligáveis, podemos concluir que a quantidade de microorganismos encontrada em ambos foi superior a 1.000.000 (hum milhão de colônias) , não havendo correlação estatística para evidenciar alguma diferença com relação a quantidade de microorganismos entre um tipo ou outro. Conclusões 42 REFERÊNCIAS Referências 44 REFERÊNCIAS1 Altwegg, M., and H. K. Geiss. 1989. Aeromonas as a human pathogen. Critical Reviews in Microbiology 16(4):253-286. Archer GL, Armstrong BC. Alteration of staphylococcal flora in cardiac surgery patients receiving antibiotic prophylaxis. J Infect Dis. 1983;147:642 -9. Atack NE, Sandy JR, Addy M. 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