Combate ao abigeato exige união de esforços

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Combate ao abigeato exige união de esforços
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Combate ao abigeato exige união de esforços
A principal arma contra o
roubo de gado é a união de
esforços para coibir o abate
clandestino. A conclusão é de
participantes do Seminário
Estadual de Combate ao Abigeato, promovido pelo Programa Juntos Para Competir
– que reúne Sebrae, Senar e
Farsul – no último dia 20 de
julho, na sede da Federação.
“O abate clandestino é o início de diversas ilegalidades
que são praticadas na área rural. Ficamos satisfeitos com os
resultados deste seminário,
porque vimos que existe a
consciência das secretarias de
agricultura, saúde, meio ambiente, saúde e fazenda, que,
através de ações objetivas, estão dispostas a contribuir para
o combate ao abate legal”,
afirmou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, após o
evento que reuniu aproximadamente 150 produtores.
O Secretário de Agricultura, Odacir Klein, prometeu
Secretário Odacir Klein (ao microfone) promete modernizar inspetorias veterinárias
modernizar as inspetorias sanitárias. Mesmo assim, reconheceu que o Estado enfrenta
dificuldades para fazer a fiscalização. Atualmente, o Departamento de Produção Animal ainda possui um quadro
insuficiente, de 170 veterinários, mas a Secretaria tem pro-
150 produtores participaram do seminário
jeto de ampliá-lo.
O Deputado Jerônimo Goergen, do PP, que presidiu a
CPI das carnes, concorda com
a iniciativa. “O abigeato não
é somente um problema de
polícia, porque o combate a
ele passa pelas fiscalizações
fazendárias e sanitárias, que
inibem a informalidade, os
abates clandestinos”, afirmou.
A ligação entre abigeato e abate ilegal é clara: as cabeças de
gado roubadas encontram
mercado nos abatedouros
clandestinos. Fechar as portas
desses estabelecimentos significa terminar com os compradores de animais furtados.
De acordo com o Sicadergs
– Sindicato da Indústria da Carne -, aproximadamente 45% dos
abates do Estado são ilegais. Se,
por um lado, o número é eleva-
do, por outro, já foi maior ainda. Em 2001, chegou a 60%.
Os dados apresentados
pela Secretaria de Segurança
também são positivos. No último semestre, houve 18,19%
menos casos de abigeato, na
comparação com o mesmo
período do ano passado. O
Secretário Adjunto de Segurança, Fábio Medina Osório,
um dos palestrantes do Seminário, atribui a redução às
ações da pasta. Entre elas, o
treinamento de 450 policiais
militares para atuarem em patrulhas rurais, ocorrido no ano
passado e primeiro semestre
deste ano; a criação de grupos
especializados de combate ao
furto de gado nas Delegacias
Regionais da Polícia Civil; a
entrega de novas viaturas e de
um helicóptero para patrulhamento rural; o acréscimo de
efetivo na região Fronteira-Oeste – foram mais 162 servidores
para a Brigada Militar e 83 para
a Polícia Civil. Osório ainda
pediu maior rigor da justiça,
para punir bandos e quadrilhas
que atuam no roubo de gado.
“Apesar de não ter violência
contra pessoa, o abigeato é um
crime que afeta sociedade gaúcha como um todo, não só os
direitos individuais dos proprietários”, justificou.
Palestrantes propuseram união de esforços

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