DISSERTACAO TATIANA - Universidade Federal do Amazonas

Transcrição

DISSERTACAO TATIANA - Universidade Federal do Amazonas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AM AZONAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRI AS
PROGRAM A DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA
E SUSTENTABILIDADE NA AM AZÔNIA
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA IN VITRO A PARTIR DE
SEGMENTOS NODAIS DE JAMBÚ
(Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN)
TATIAN A D A S ILV A C ALDER ARO
MAN AUS
2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA
E SUSTENTABILIDADE NA AMAZÔNIA
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA IN VITRO A PARTIR DE
SEGMENTOS NODAIS DE JAMBÚ
(Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN)
TAT IANA DA SILVA CALDER ARO
MAN AUS
2008
UNIVE RSI DAD E F EDER AL D O AM AZ ONA S
F AC ULDAD E D E CI ÊNCIA S AGRÁ RIA S
P ROGRA MA DE PÓ S-GRA DUA ÇÃO E M AG RICULT URA E
SUS T ENT A BILID ADE NA AM AZ ÔNI A
TAT IANA DA SILVA CALDER ARO
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA IN VITRO A PART IR D E
SEGMEN TOS NODAIS DE JAMBÚ
(Acmella oleracea (L.) R. K. JA NSEN)
Di ssertação apresentada ao Progra ma
de Pós-graduação em Agri cul tura e
Sust en tabi l i dade na A maz ôni a parte
dos requisi tos para obten ção de
T ítulo de Me stre e m Agri cul tura e
Sust en tabi l i dade na A mazô ni a com
Área de C on centração e m Pl antas
Nati vas e Potenci ai s U sos.
ORIENT ADOR: Prof. Dr. Eduardo Ossa mu Nagao
Co-ORIEN T ADOR: Prof. Dr . Ernesto Ol i vei ra Serra Pi nto
M AN AUS
2008
Ficha Catalográfica
(Catalogação realizada pela Biblioteca Central da UF AM)
Calderaro, Tatiana da Silva
C146p
Propagação vegetativa in vitro a partir de segmentos
nodais de jambú (Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN) /
Tatiana da Silva Calderaro. - Manaus: UFAM, 2008.
54 f.; il. color.
Dissertação (Mestrado) –– Universidade Federal do
Amazonas, 2008.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Ossamu Nagao
Co-orientador: Prof. Dr. Ernesto de Oliveira Serra Pinto
Acmella oleracea 2. Plantas medicinais 3.
Propagação vegetal - jambú I. Nagao, Eduardo Ossamu II.
1.
Pinto, Ernesto de Oliveira Serra III. Universidade Federal do
Amazonas IV. Título
CDU 631.53:633.88(043.3)
TAT IANA DA SILVA CALDER ARO
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA IN VITRO A PART IR D E
SEGMEN TOS NODAIS DE JAMBÚ
(Acmella oleracea (L.) R. K. JA NSEN)
Di ssertação apresentada ao Progra ma
de Pós-graduação em Agri cul tura e
Sust en tabi l i dade na A mazôni a, como
parte dos req ui sitos para obtenção de
T ítulo de Me stre e m Agri cul tura e
Sust en tabi l i dade na A mazô ni a com
Área de C on centração e m Pl antas
Nati vas e Potenci ai s U sos.
Aprovado e m 29 de N ovemb ro de 2008.
BANC A EXA MIN ADO RA
Prof. Dr. Ed uardo Ossa mu Nagao, Pr esi dente
Uni versi dade F ed eral do A ma zona s
Prof. Dr. Er nes to Oli vei ra Serra Pi nto, Membro
Uni versi dade F ed eral do A ma zona s
Profa. Dra. P aul a Cri sti na da Si l va Ângelo , Me mb ro
Emb rapa Amazô ni a Oci dental
Dedico
Prim eiram ente a D eu s,
à m in ha m ãe e ao m eu pai,
com o tam bé m aos m eus
irm ã os e fam il iar es pelo
total apoio dado em todos
os m om entos.
Ofereço
Ao m eu esposo e am igo Daniel
Azev edo e as m inhas duas pr incesas
Ana e A m an da , com todo o am or da
m inha vida .
iii
AGRADE CIME NT OS
Primeiramente a Deus, pois sem ele não existiríamos e por tudo que Ele faz de bom
em minha vida.
Aos meus familiares, que sempre me ajudaram fazendo sacrifícios para que eu
pudesse terminar este trabalho e por compreender minha distância e mesmo assim
sempre me apoiar.
A Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por oferecer o Programa e formar
profissionais cada vez mai s capacitados para exer cer suas funções.
Ao Coordenador do curso Dr. José Ferreira da Silva, pelo empenho em cada vez
mais melhorar o curso.
À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por me
conceder a bolsa de estudos.
Ao meu Orientador, Professor Dr. Eduardo Ossamu Nagao, pelos conselhos e
ensinamentos concedi dos constantemente durante a execução dest e projeto.
Ao meu Co-Orientador Professor Dr. Ernesto Oliveira Serra Pinto pelas sugestões
muito úteis ofer ecidas.
À Professora Eva Maria Atrock, que sempre se mostrou disponível para qualquer
ajuda.
Aos professores que fazem parte do quadro do Programa de Pós-Graduação em
Agricultura e Sustentabilidade na Amazônia.
Aos colegas do Laboratório de Cultura de Tecidos: Márcia, Fred, Susan, Iedo e Aldi
pelo ótimo ambiente de a mizade e, em especial, à minha grande amiga Sônia Araújo
pela força, pois sem el a nunca teria conseguido concluir este trabalho.
iv
Ao Técnico do Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetal, Sr. Waldemir de Melo,
pelas dúvidas esclarecidas, além da ajuda em todos os experimentos feitos neste
projeto.
Aos amigos: Lucifrancy, Helder, Silfran, Liliane, Cristóvão, Jucélia, João e Antônia,
pelo companheirismo e pelos bons momentos que passamos juntos durante a
realização do cur so.
Aos membros da banca julgadora, pelas sugestões e críticas para a melhoria da
qualidade desta di ssertação.
Enfim a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram desde o início até
agora para a realização deste trabalho.
AGRADEÇO
v
SU MÁ RIO
LIST A DE F IGU RAS.................................................................................... ...vii
LIST A DE T ABELA S...................................................................................... ...x
RES UMO ......................................................................................................... ..xi i
ABS T RACT ................................................................................................... ...xi ii
1. INT RODU ÇÃO........................................................................................ ......1
2. OBJE T IVOS ......................................................................................... .........3
2.1. Objeti vo Geral......................................................................................... ..3
2.2. Objeti vos específi cos............................................................................ ..3
3. RE VISÃ O D E LIT E RAT URA ..................................................................... .4
3.1. Descri ção Botâni ca e Habi tat do ja mbú ( Acm ell a oleracea (L.)
R. K . Jansen).................................................................................................. ...4
3.1.1. Cl assifi cação T axonô mi c a........................................................ .........4
3.1.2. Si noními as..................................................................................... ........4
3.1.3. No me s popul ares............................................................................... ...4
3.1.4. Ori gem e Di stribui ção Geográfi ca................................................... .5
3.1.5. Característi cas Mor fol ógi cas........................................................... ..6
3.1.6. Característi cas edafocl i máti cas............................................... ........7
3.1.7. A pl anta e seu cul tivo.............................................................. ...........8
3.1.7.1. Méto dos de Propagação.......................................................... .......8
3.1.7.2. Práti cas cul turai s e Produção............................................... ........8
3.1.8. Co mposi ç ão e Uti li zação................................................................... .9
3.1.8.1. Co mpos i ção quími ca e Val or nutri ci onal.............................. ......9
3.1.8.2. F ormas de Uti li zação.................................................................... .10
3.2. Mi cropropagação............................................................................ .......11
3.3. Mei os de C ul ti vo............................................................................... .....13
3.4. Bi oreguladores.................................................................................. .....14
3.5. Acl i mati zação................................................................................ .........15
3.5.1. Subs trat os........................................................................................... .16
4. MA T ERI AL E MÉT ODOS.................................................................. .......18
vi
4.1. Propagação ve get ati va in vit ro de ja mbú (Acm ell a oleracea (L.)
R. K . JANS EN) ............................................................................................... .18
4.1.1. Instal ação e condução do experi men to....................................... .18
4.1.2. E xperi ment o 1 – Est ab el eci me nto d e cul tura e indução à
prol i feração de brotos a través do uso de bi oregul adores.................. .20
4.1.2.1. Del i nea mento exper i menta l e trata mentos ....................... .......20
4.1.3. E xperi ment o 2 - Efei tos de di ferentes concentrações de
sacarose e ni trogêni o inorgâni co no desenvol vi me nto das pl antas. 20
4.1.3.1. Del i nea mento exper i menta l e trata mentos ....................... .......21
4.1.4. Característi cas aval i adas....................................................... .........21
4.1.5. Anál i se estatí stica...................................................................... .......21
4.2. Acl i mati zação de pl antas mi cro prop agada s de ja mb ú ( Acm e lla
oleracea (L.) R. K . JANS EN)............................................................ ..........22
4.2.1.
Expe ri men to
3-
Uti l ização
de
di ferentes
subs trat os
na
acl i mati zação das pl ântulas mi c ropropagadas...................................... .22
4.2.1.1. Instal ação e condução do experi men to............................... .....22
4.2.1.2. Del i nea mento exper i menta l e trata mentos ....................... .......23
4.2.1.3. Característi cas aval i adas............................................................ .23
4.2.1.4. Anál i se esta tí sti ca......................................................................... .23
5. RE SULT A DOS E DI SCUS SÃO ............................................................... 24
5.1. E xperi mento 1............................................................................... .........24
5.2. E xperi mento 2............................................................................... .........32
5.3. E xperi mento 3............................................................................... .........40
6. CON CLUSÕE S......................................................................................... ..47
7. REF ERÊN CIA S B IBLIOG RÁF ICA S.................................................... ...48
vii
LISTA DE FIGURA S
F ig ura 1. Mapa de Di stri buição Georgráfi ca Mund ial de ja mbú ..........5
F ig ura 2. Ef ei to de di ferent es combi nações de B AP e AIA no
co mpri mento mé di o de broto (cm) de ja mb ú ( A . oleracea L. ) obti do
em condi ções in vitro . UF A M, Manau s/AM, 2008.............................. ....29
F ig ura 3. Ef ei to das diferentes co mbi nações de BA P e AIA no
número mé di o de bro tos/e xpl ante de ja mb ú ( A . ol er acea L.) obti do
em condi ções in vitro . UF A M, Manau s/AM, 2008.............................. ....30
F ig ura 4. Ef ei to das diferentes co mbi nações de BA P e AIA no
número mé di o de bro tos/e xpl ante mai ores de 1 c m de ja mbú ( A.
oleracea L.) obti do e m condi ções in v itro. UF AM, Man aus/AM, 2008
............................................................................................................................ 31
F ig ura
5.
Efei to
das
dif erentes
comb i nações
de
sacarose
e
ni trog êni o i norgâni co no compri mento médi o de broto (c m) de jambú
(A. oleracea L.) obti do em condi ções in v itro. UF AM, Manau s/ AM,
2008................................................................................................................. ..37
F ig ura
6.
Efei to
das
dif erentes
comb i nações
de
sacarose
e
ni trog êni o inorgânico no nú mer o médi o de broto/expl ante de ja mb ú
(A. oleracea L.) obti do em condi ções in v itro. UF AM, Manau s/ AM,
2008................................................................................................................. ..38
F ig ura
7.
Efei to
das
dif erentes
comb i nações
de
sacarose
e
ni trog êni o i norgâni co no número médi o de bro to/e xpl ante mai ores
de 1 c m de ja mb ú (A. oleracea L.) obti do e m condi ções in vitro.
UF AM , Ma naus/A M, 2008................................................................... .........39
viii
F ig ura 8. So bre vi vênci a (1 A) e Al tura (1B) de pl antas de jambú em
di fere ntes subs tratos. UF AM , Man aus/A M, 2008......................... .........44
F ig ura 9. Pe so de ma téri a fresca (2A) e ma téri a seca (2 B) de
pl an tas de ja mbú e m di ferentes substratos. UF AM, Manaus /AM,
2008................................................................................................................. ..45
F ig ura 10. Cresci me nto de pl ântul as de ja mb ú acl i mati zadas em
casa de vegetação em di ferentes substratos. (a) pl antma x® , (b)
vermi cul ita, (c) serragem. UF AM, Mana us/AM, 2008...................... .....46
ix
LIST A DE TABE LAS
T ab ela 1. V alo r nutri ti vo de 100g de folhas de jambú................... ........9
T ab ela 2. Co mp osi ção do mei o MS (Murashi ge & S koog, 1962 ) e
suas respecti vas concentrações .............................................................. .19
T ab ela 3. S ubstratos util i zados na acl i mati zação do ja mbú (Acm e lla
oleracea (L.) R. K . JANS EN) . UF A M, Manaus – AM, 2008.............. ...22
T ab ela 4. R esumo das anál i ses de va ri ânci a para co mpri mento
mé di o de brotos (CB), núme ro médi o de brotos/expla nte (NB) e
número médi o de brotos/expl ante mai ores de 1 cm de comp ri me nto
(NB>1c m) ,
em
di ferentes
concentrações
AIA
e
B AP.
UF AM,
Mana us/AM, 2008.................................................................................. ........24
T ab ela 5. Médi as do compri mento mé di o de brotos (c m), o bti dos in
vitro ,
em
di ferentes
c on cent ra ções
de
AIA
e
BAP .
UF AM,
Mana us/AM, 2008.................................................................................. ........26
T ab ela 6. Médi as do número médi o de brotos/e xpl ante, obti dos in
vitro ,
em
di ferentes
c on cent ra ções
de
AIA
e
BAP .
UF AM,
Mana us/AM, 2008.................................................................................. ........27
T ab ela 7. Médi as do nú mero mé di o d e brotos/e xpl an te mai ores de 1
cm, obti dos in v itro , e m di ferentes concentrações de AIA e BAP .
UF AM , Ma naus/A M, 2008................................................................... .........28
T ab ela 8. R esumo das anál i ses de va ri ânci a para co mpri mento
mé di o de brotos (CB), núme ro médi o de brotos/expla nte (NB) e
número médi o de brotos/expl ante mai ores de 1 cm de comp ri me nto
(NB>1c m) , e m di ferentes c on cent ra ções de sacarose e ni trogênio
i norgâni co. UF A M, Manau s/AM , 2008............................................. .........32
x
T ab ela 9. Médi as do compri mento mé di o de brotos (c m), o bti dos in
vitro ,
em
di ferentes
concentrações
de
sacarose
e
ni trogênio
i norgâni co. UF A M, Manau s/AM , 2008............................................. .........33
T ab ela 10. Médi as do número médi o de brotos /e xpl ante, obti dos in
vitro ,
em
di ferentes
concentrações
de
sacarose
e
ni trogênio
i norgâni co. UF A M, Manau s/AM , 2008............................................. .........35
T ab ela 11. Mé dia s do número médi o de brotos/expl ante mai ores de
1 c m/ expl ante, obti dos in vitro , e m di fe rentes c oncentra ções de
sacarose e ni trogêni o inorgâni co . UF A M, Manaus/ AM, 2008............36
T ab ela 12. Resu mo das anál i ses de vari ânci a pa ra sobrevi vênci a
(S), al tura da pl anta (AP), pes o ma téri a fresca (PMF ) e peso matéri a
seca (PMS) de pl ântul as de ja mb ú acl i mati zadas em di ferentes ti pos
de substrato. UF A M, Manaus/ AM, 2008...................................... ............40
T ab ela 13 . Médi as das vari ávei s, sobrevi vênci a (S ), al tura d a pl anta
(AP) , peso maté ri a fresca (PMF ) e peso mat éri a seca (PM S) de
pl ân tul as de ja mbú acl i mati zadas em di ferentes ti pos de subs trat o.
UF AM , Ma naus/A M, 2008................................................................... .........43
xi
R ESU MO
O ja mbú é u ma planta me dici nal , cul ti vada pri nci pal mente no Nort e do
País , mai s preci sa men te no P ará. O e xtrato de suas fol has poss ui
propri edades anesté si cas sendo util izada no trata mento de mal es da
boca e da garganta, be m co mo para dor de dente . Ta mbé m possui
ati vi dade antifúngi ca, anti bacteri ana, antii nfla matória, anal gési ca e
l arvi ci da. Tal pl anta ai nda é mui to util i za da co mo condi me nto na
culi nári a da R egi ão A ma zônica , pri nci pal mente no preparo do fa mos o
“tacacá”. O pres en te trabal ho teve co mo ob jeti vo estabel ecer di ferentes
me todol ogi as para o cul ti vo in vitr o d e segmentos nodai s de ja mb ú.
F oram testadas di ferentes con ce ntraçõ es de bi oreguladores, dentre
el es o A IA (0; 0,5; 1,0; 3,0 mg.L - 1 ) e BAP (0; 0,5; 1,5; 2,5; 5,0 mg. L - 1 ),
di fere ntes concentrações de sacarose (0; 7,5; 15 ; 30; 45 g.L - 1 ) e
dosagens de ni trogêni o i no rgâni co (0; 5; 10; 20 e 40 ml .L - 1 ) e por úl ti mo
foi
fei ta
di fere ntes
a
acli mati zação
substratos
das
pl antas
(pl ant ma x®,
mi cropropagadas,
ver mi cul i ta
e
testando
se rrage m).
O
del i nea mento experi me ntal foi o inteira mente casuali zado, co m 20
repeti ções de ca da trata mento. As pl antas fora m aval i ada s, nos dois
pri mei ros e xperi mentos , aos 45 di as e, no úl ti mo, aos 60 di as.
Constatou-se
que
desenvol vi me nto
e
a
adi ção
mul ti pli cação
de
dos
bi oregul adores
brotos,
sendo
infl uenci ou
os
o
mel hores
resul tados obtid os entre 0,5 mg. L - 1 de AIA co mbi nado co m 1,5 mg .L - 1 de
BA P. Modi fi cações tanto nas conc entrações de sacarose, co mo nas de
ni trogêni o i norgâni co infl uenci aram o cre sci me nto do ja mb ú cul tivado in
vitro . As concentrações d e sa carose de 7,5 e 30 g.L - 1 , junta mente co m
as dosagens de nitrogênio i norgâni co d e 10 a 20 ml . L - 1 , proporci onara m
os mel hores resul tados para to da s as característi cas aval i adas. O
substrato pl an tma x®, assi m co mo a vermi cul i ta e a serrage m, não
di ferira m entre si , sendo apropri ados para a acli mati zação de pl ântul as
de ja mb ú.
Pala vra s-chave: mi cropropagação, ja mb ú, bi ore gul adores, sacarose,
ni trogêni o i norgâni co, acli mati zação
xii
A BSTRACT
T he ja mbú is a me di ci nal pla nt, cul tivated mai nl y i n the North of the
Country, more necess aril y i n Pará. T he extr act of i ts l eves possess
anestheti cal properti es bei ng use d in the treat ment of mal es of the
mout h and the throat, as well as for tooth ache. Al so it possess
anti fungal ,
anti bacteri al ,
anti i nfl a mmatory,
analgesi c
and
larvi cid al
acti vi ty. Such pl ant s ti ll i s v ery used as condi ment in the cookery of th e
A mazon Re gi on, ma i nl y i n the preparati on of the cel ebri ty “taca cá”. Th e
present work had as ob jec ti ve to e st abl ish different methodol ogi es for
the cul ture in v itro of nodal seg me nts of ja mbú. Di fferent concentrati ons
of bi oregul ators had been tes ted, amongst the m A IA (0; 0,5; 1,0; 3,0
mg. L - 1 ) an d B AP (0; 0,5; 1,5; 2,5; 5 ,0 mg .L - 1 ), di fferent concentrations
of sucrose (0; 7,5; 15; 30; 45 g. L - 1 ) and i norgani c ni trogen (0; 5; 10; 20
and
40
ml .L - 1 )
mi cropropa ga ted
and
fi nal l y
pl ants,
was
testi ng
made
the
di fferent
accli mati zatio n
substrates
of
the
(pl ant ma x® ,
ver mi culi t and sa wd ust). T he e xperi mental del i neati on wa s enti rel y
randomi zed, wi th 20 repeti ti ons of each treat ment. The pl ants h ad been
evaluated, in the two fi rst exp eri me nts, to the 45 days and , i n the la st
one, to the 60 days. One evi den ce d tha t the addi tion of bioregul ators
i nfl uenc ed the devel op ment and mul tipli cati on of the shoots, being th e
best ones res ul ted gotten bet wee n 0,5 mg. L - 1 o f AI A combi ned wi th 1,5
mg. L - 1 o f BA P. M odi fi cati ons in suc h a way i n the conc entrati ons of
sucrose, as in the ones of i norgani c ni trogen had i nfl uenced the gro wth
of the cul ti vated ja mbú in v itro. The concentrations of s ucrose of 7,5
and 30 g.L - 1 , together wi th the dosages of the inorgani c nitrogen of 10
and 20 ml .L - 1 , had provided the best ones res ul ted for all the eval uated
characteristi cs. T he substrate pl ant ma x® , as wel l as the ver mi culi t and
the sa wdu st, ha d not di ffered bet ween i tsel f, bei ng appropri ate for the
accli mati zati on of ja mbú seedl ings.
Key wo rds: mi cr op ropagated, ja mb ú, bi oregula tors, sucrose, inorgani c
ni trogen, accl i ma ti zati on
xiii
1. IN TRODU ÇÃO
A Regi ão Amazô ni ca possui a ma i or di versi dade do mundo,
esti ma da em cerca de 20% do núme ro total de espécie s do pl aneta.
Esse i menso patri mô ni o genéti co, já esca sso nos paíse s desenv ol vi dos,
tem na atu al i dad e val or econô mi co-estratégi co i nesti mável em vari as
ati vi dades,
mas
é
no
ca mpo
do
d esen vol vi mento
de
novos
me di ca mento s onde resi de sua mai or potenci al idade ( CA LIXT O, 2003).
N os úl ti mos vi nte anos o nú me ro de i nforma ções sobre pl antas
me di ci nais tem cresci do e m torno de 8 % anual men te. Em u m país
bi ol ogica mente
tão
ri co,
mas
co m
ecossi ste mas
t ão
ameaçado s,
pesqui sas co m pl antas medi ci nais deve m ser i ncenti vadas (DI ST A SI,
1996).
Outro fator rel evante em pl antas medi ci nais é a práti ca de
extrati vi s mo qu e a ba st ece o me rcado popul ar de pl antas. A col eta
i ndi scri mi nada te m l evado à e xti nção d e diversas popul ações naturai s
(MAR T INS, 1996).
O ja mbú é uma espé cie medi ci nal cul tivada no norte do País,
onde sua s fol has são util i zadas no tratamento de mal e s da boca e da
garganta, be m co mo anestési co para dor-de-dente, e o chá das fol has é
uti li zado contra ane mi a, esc or buto, desdi zia , esti mula nte da ati vi dade
gástri ca e no combate à tubercul ose (LOREN Z I; MAT O S, 2002). Al ém
di sso,
esta
espéci e
é
frequente mente
uti l izada
como
i mportante
co mpon ente de pratos t ípi cos da cul inári a amazôni ca por ser uma fonte
ri ca e m cál ci o, fósforo e ferro (REVI LLA, 2001 ).
Es sas pl antas são col etadas em seu habi tat natural e na mai ori a
das vezes o número de indi víduos em deter mi nada local idade não é
sufi ciente par a atender u ma dema nda constante em larga escal a. Pa ra
resol ver i sso, apenas o cul ti vo si stemati zado pode garanti r u m padrão
de produção.
N esses casos, para a ma nutenç ão de progra mas de culti vo
economi cament e vi ávei s, torna-se necessári a, a renovação das pl antas
quando se deseja mant er a al ta produti vi dade dos consti tui ntes ativo s,
uma vez que o de cl íni o no teor de princípi os ati vos ou de óleos
essenci ai s e m pl antas me di cin ai s é co mum quando estas são cu lti vadas
por lo ngos períodos e sub meti das a vári os cortes.
A mi cropropagação é a técni ca de ma i or apl i cabi li dade d a
cul tura de teci dos vegetal e tem si do uti li zad a para mu l ti pli car centenas
de espéci es medi ci nai s. Es sa técni ca é usada roti nei ramen te par a
mu l ti pl i ca r genóti pos sel eci on ad os, ou para sub sti tui r acessos que
tenham adqui ri do caracteres i ndesejá vei s co mo bai xa produti vidade e
suscepti bil i dade à doenças .
2. OBJETIV OS
2.1. Ob jetivo G eral
Est abele cer di ferentes metod olo gi as para o cul ti vo in vitro de
ja mb ú (Acm e lla oleracea (L.) R. K. JAN SEN ).
2.2. Ob jetivo s Esp ecífico s
- T esta r o ef ei to de di ferentes concentrações de bi oreguladores,
dentre el es au xi na (A IA) e cit oci nina (B AP) para o desenvol vi me nto in
vitro de pl ântulas de A. oleracea (L.);
- Ve ri fi car o efei to de di ferentes concen trações de sac arose e de
ni trog êni o inorgâni co da fórmul a do me i o de cul tura Mur ashige & S koog
(MS) na propagação in vitro de A . o leracea (L.);
-
T estar
o
subs trato
mai s
propíci o
ao
favoreci mento
da
acl i mati zação de A. oleracea (L.);
3
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Descrição Bo tânic a e Hab itat d o jamb ú (Acmella oleracea (L .)
R. K . Jansen)
3.1.1. Classificação Taxo nô m ica
F il o: Pl antae
Di vi são: M agnoli ophyta
Cl asse: Ma gnol i opsi da
Orde m: A steral es
F a míl ia: Asteraceae
Gênero: A cm ella
Es péci e: Acm ell a oleracea (L.) R. K. Jansen
3.1.2. Si no ní mias
Sp ilanthes
oleracea
L.,
C otula
pyrethar ia
L. ,
Pyrethrum
sp ilan th us Medi k, Sp il anthes acm ell a var. oleracea (L.) C. B. Cl ark ex
Hook F., Sp ila nt hes fusca M art (LORE NZ I; M ATO S, 2002).
B id ens ferv ida Lan, Bidens fusca Lan, Isocarpa pyrethrar ia (L.)
Cass , S pilanthe s rad ica ns S chrad ex D.C., Sp il anthes oleracea β fusca
(La m.) D .C. (HIN D; BIG GS, 2003).
3.1.3. No m es po p ula res
Es sa
espé ci e
é
c onhe ci da
pri nci pal me nte
co mo
ja mbú ,
entretanto vári os outros n omes são usados, tai s co mo agri ão-do-pará,
agri ão-brav o, botão-de-ouro, ja mbuaçú , abecedári a, agrião-do-bra si l ,
mas truço e agri ão-do-norte ( DI STA SI, 2002), jaguaçú , erva-mal uca,
ja gura ma (LORENZ I; MATOS, 2002).
4
3.1.4. Ori ge m e Dist rib uição Geo g ráfica
Nati vo da A ma zônia Ori ental , sendo cul ti va do e m grande escal a
no Est ado do Pará, Brasil , podendo ser consi derado co mo um prová vel
centro de diversi da de (V ILLAC HICA, 1998).
Pr o v i d ed b y M i s s o u ri B o t a ni c a l G a rd en
F ig ura 1: Mapa de di stri bui çã o geográfi ca mundi al de ja mbú
(A. oleracea L.).
F onte: ww w. mob ot.org
Su a di stri bui ção se dá princi pal men te e m Regiões Tropi cai s,
onde mai or parte d e suas p opul ações são co mu ment e encon trada s na
A méri ca do Sul , pri nci pal mente no Brasi l , P eru , Equador e e m países
do S ul da Ási a co mo Índi a e Nepal , al ém do Lest e Cari benho, no
con junto de Il has W indwar d (F i gura 1).
5
3.1.5. Ca racterísticas Mo rfo lóg icas
É u ma e spé ci e da A mazô ni a, pri nci pal mente da regi ão do Es tado
do P ará e se mul ti pl i ca tanto por se men tes c omo por hastes enrai zadas
(REV ILLA, 2001). É u ma pl anta herbácea, p erene, de 20-40 c m de
al tura, se mi -reta, quase rastei ra, co m caul e ci l índri co, c ar noso e de
ra mos decu mbe nte s, geral me nte se m raízes nos nós. A rai z pri nci pal é
pi votante, co m abundantes ra mi fi caçõe s laterai s (LORE NZ I; M ATOS ,
2002).
A s fol has são si mpl es, oposta s, me mbr anáceas, p eci ol adas,
pecíolos de 20-60 m m d e co mpri mento , achatados, co m sul cos sobre a
superfíci e, li gei ra mente al ado s e pouco pi l osos . O li mbo é geral me nte
oval, co m 53-106 m m
de co mpri mento e 40-79 m m de l argura,
apresenta base truncada, atenuada na parte superi or da fol ha e pêlos
esparsos sobre a mbas as su pe rfí ci es, pri ncipal mente sobre a nervura
central
da
fol ha.
uni sseri ada s,
de
As
fol has
bases
possue m
mul ti cel ulares,
ai nda
gl ândul as
leve men te
pil óri cas,
pr otuberantes,
marrons, co m extr e mi dades uni cel ul ares longas, delgadas e brancas . A
borda do l i mbo é dentada e o ápi ce é agudo. Os fol íol os são
tri sseri ados ,
i mb ri cados,
verdes,
l anceol ados,
co m
ápi ces
de
c or
púrpura a ver mel ho, bordas co mpl et as, ci li ada s e de ápi ces agudos.
Apresenta m de 5-6 fol íol os e xternos com 5,8-7, 3 m m de co mpri mento e
5-6 fol íol os i nternos com 5 ,5-6,5 m m de co mpri mento. Os pêl os são
translúci dos, uni sseri ados, curtos, de base pál ea e m ângul o reto, pouco
i ncl inado e ápi ce agudo (HIN D; BI GGS, 2003).
As i nfl orescênci as são i sol adas , co m capítul os globosos a xil ares
e ter mi nai s peduncul ados. Os pedúncul os apresenta m de 3,5-12, 5 m m
de co mpri mento, são abracteol ados e ocos, de glabros a esparsamente
pi l oso s e os pel os são aglandula do s. Os capítul os apresenta m de 10,523,5 m m de al tura e 11 -17 m m de diâ metro, são pedu nc ul ados,
ho mog êneo s e di scói des (HIND; BIGG S, 2003).
As
fl ores
s ão
pequenas,
a marel adas,
co m
áreas
púrpuras
di sti nta s na pálea do cál i ce, be m vi sív el em capítul os i maturos,
di spostas e m capítulo s gl obosos termi nai s que me de m cerca de 1 c m
6
de di âmetro. São her mafrodi tas, nu merosas (400 a 6 20) e fértei s. O
tubo da corola med e entre 2,7-3,3 mm de co mpri mento , é verde, gl abro,
reduzido e m u m tubo na base. O tubo me de de 0,5-0,7 mm de
co mp ri men to e 0,2-0,4 m m de diâ metro, te m abertura i nfl ada de 2 ,2-2,6
m m de co mpri mento e 0,5-1 m m de diâ metro. Os l óbul os da corol a (4-5)
mede m de 0 ,5-0,6 m m de co mpri mento, são a marel os e de interior
papi l oso. A s anteras são ci l índri cas e locali zadas dentro da abertura d a
corol a (HIN D; BI GGS, 2003).
O fruto é um aquênio pequeno, co m 2-2,5 m m de co mp ri mento e
0,9-1,1 m m de l argura, c om peri ca rpo ci nza-escuro, quase preto,
parci al mente envol vi do por partes me mbranáceas . Está resu mi do a
duas
nervuras
ci li adas,
margi nai s,
compl etas,
de
que
faces
são
longi tu di nal men te
setul íferas,
co m
pares
al ongadas,
de
sétul as
descentrali zadas e não divi di das e m ápi ces (H IND; B IGGS, 2003 ).
3.1.6. Ca racterísticas ed afocli máticas
Dese nvol ve-se be m e m zonas co m cl i ma quent e e ú mi do. Nos
arredores da ci dade de Bel ém, Br asi l, onde o ja mbú é cul ti vado mai s
i ntensa mente, co m temperatura médi a anual de 25,9 ⁰ C e preci pi tação
pl uvi al de 2.76 1 m m/ano , co m evapo transpi ração potencial de 1.45 5
m m, co m u mi dade rel ati va do ar d e 86% e co m 2.389 horas/ano d e l uz
solar. Nes sa regi ão , o cul ti vo pode ser estabeleci do em qual quer época
do an o. Co m sol os argi lo-arenosos e ri cos e m mat éri a orgâni ca, assi m
co mo em sol os de terras al tas não inundávei s, são adequados para um
bo m desenvol vi me nto da espéci e. Tol era sol os áci dos ( VIL ACHI CA,
1998).
7
3.1.7. A p lanta e seu Cult ivo
3.1.7.1. Mé to d o s d e Pro p ag ação
Po de ser propagado por se men te s ou por estacas de ramas . A
propagação por se me ntes é o méto do mai s empregado. A estrutu ra
utili zada co mo s emente corresponde a u m aquêni o, que é de u m
ta manh o pequeno e de col oração ci nza quase preto. O peso de 1.000
se me ntes é de apro xi mada me nte 0,2 g. A ger mi nação é do ti po epígea.
Se
real iza
rápi da
e
uni for me mente
quando
as
se me ntes
são
so mb re ad as em a mbi entes co m t emperatura ent re 25 e 30⁰ C. Se i ni ci a
quatro di as a pó s o se mei o e se estabil iza n o oi tavo di a, quando a
ger mi nação al cança um v al or superi or a 90% ( VI LLACHI CA, 1998).
3.1.7.2. P ráticas cu lt urais e p ro d ução
O culti vo pode ser so mbreado e m tod os os mes es do ano, ma s
te m mai or pr odu ti vidade co m u ma fol hage m de mai or quali dade quando
se se mei a no fi nal do período chu voso. A s chuvas intensas pre judi cam
o dese mpe nho da s pl antas e causa m prejuízos ao produto por provo car
o c ontato das ra mas e fol has co m o sol o. As se mea duras desta
hortal i ça são es ta bel ecidas normal mente e m cantei ros co m 20 c m de
al tura, u m espaça men to de 20 x 25 c m, podendo se efetuar o se mei o
di reto nos cantei ros, ou e m bande jas para u m post eri or repique e
transpl antá-lo defi ni tiva mente para o ca mpo. Q uando a propagação se
dá por estac as util i zam-se seg mentos de ra mas. O enrai za mento se
produz de 10 a 15 di as depoi s de col ocadas no substrato. As est acas
são col ocadas para enraizar di reta ment e nos canteiros. E m a mbos os
casos é ne ce ssári o qu e se proteja as e staca s da radi ação sol ar di reta,
podendo-se util izar cobertura co m fol has de pal mei ras ( VI LLACHI CA,
1998).
8
3.1.8. Co mp o sição e Utilização
3.1.8.1. Co mp o sição q uí mica e valo r nu tricio nal
Es tudos fi toquí mi cos revel a m a presença do princípi o ati vo
espil antol -isobutil a mi na, subst ân ci a responsáv el pel a ação anestési ca
l ocal , possui 0,7% de ól eo essenci al e també m fl avonói des e m su a
consti tui ção (LORENZ I ; MATOS, 200 2), al ém de saponi nas, espi l anti na,
afini na, fi losteri na, col i na e tri terpenói des (DI STA SI, 2002).
Se gu ndo Vul pi (2007), que anali sando o óleo essen ci al da
espécie,
const atou
que
tanto
no
caul e,
co mo
nas
fol has
e
i nfl orescê nci as, o espil antol foi detectado e m todos os órgãos em
estudo, indicando a i mportânci a co merci al da pl anta na pr odu ção da
substânci a.
Co mo
tod a
a
hortali ça
de
fol hage m
possui
bai xo
val or
energéti co. Ë u m ali men to pobre e m vi ta mi nas ( B1 e B2) e u ma
quantidade razoável de vi ta mi na C (Tabel a 1).
Tab ela 1: Valor nutri ti vo de 100 g de folhas de ja mbú.
Co mponen te
Água
Va l or e ne rgéti co
Proteínas
Li pídeos
Carboi dratos
Fi bra
Cál ci o
Fósforo
Ferro
Vita mi n a B1
Vita mi n a B2
Vita mi n a C
F onte: Vi ll achi ca (1998).
Uni dade
g
cal
g
g
g
g
mg
mg
mg
mg
mg
mg
Ja mbú
89,0
32,0
1,9
0,3
7,2
1,3
162,0
41,0
4,0
0,03
0,21
20,0
9
3.1.8.2. F o rma s de utilização
É uti li zada pri nci pal mente co mo condi men to na cul inária da
Regiã o A mazôni ca, princi pal men te no preparo do fa moso “ta cacá”,
i guaria esta preparada co m u ma mi stura be m adoci cada de tucupi ,
acrescentado de go ma (todos os doi s fei tos de mandi oca), e após i sso
são adici onad os fol has e ra ma s de ja mb ú e ca marão (VILLA CHIC A,
1998).
Na me di ci na popul ar, são uti li zadas todas as partes da pl anta
(fol has, ra ma s, infl orescênci as e frutos). De stas partes, são fei tas
i nfusões para o trata men to de mal es da boca e garganta, tub erc ul ose,
li tí ase pul monar, esti mul ante do apeti te, di spep si a, mal ári a, antigripal ,
anti espas módi ca, anti as máti ca, an ti anê mi ca, a nti escorbúti ca, béqui ca
dentre out ro s (LORENZ I; M ATOS, 2002).
Di Stasi (2002) rel ata que o ch á o u xarope das fol has é
considerado ú til
contra toss es e probl e ma s hepáti cos.
O me s mo
mi sturado co m fol has de a mor-cresci do e gravi ola, é uti li zado contra
con junti vi te e o prep arado co m fol ha s de arruda é indi cado contra
he morrói das e hel mi ntoses.
Ta mbé m possui ati vid ade anti fúngi ca (RA NI; M AU RT I, 2006),
anti bacteri ana (PRE SSI NI et al , 2003), antii nfl a mató ri a, analgési ca
(CHA KR ABO RT Y e t al , 2004) e larvi ci da (PA NDE Y, 2007).
En sai os far macol ógi cos feitos e m cobai as cons tat ara m que o
extrato causa arri tmi a cardíaca . Q uando o extrato he xâni co é i njetado
no teci do intraperi toni al i nd uz convul sões e tal resposta deu ini ci o a
novos estudos na medi ci na sobre o trata mento de epil epsi a (LORENZ I;
M ATOS , 2002).
A espéci e é pro mi ssora ta mbé m na co s méti ca, poi s estudos t êm
co mp ro vado que o óleo essenci al te m si do efi caz co mo anti -si nai s da
pel e, que atua descontrai ndo as mi cro-tensõe s, agindo co mo “anti rugas” (AR MOND , 2007).
10
3.2 Mic ro p ro p ag ação
Mi cropropagação é a propagação vegetati va in v itro , e recebe
este nome devi do ao tamanho dos propágul os uti l i zados. Esta é a
apli cação mai s práti ca d a cul tura de teci dos (F EE T , 2005).
Se gundo
En gel mann
(1991),
a
cl onagem
in
vi tro
é
particul armen te úti l para a conservação das e spé cie s ameaçad as, pa ra
a propagação de espéci es recal ci trantes, reprodução de espéci es qu e
se propagam vegetativa men te e/ou de ci cl o de vi da l ongo.
A apl i cação da mi c ropropagação destaca-se nos trabal hos de
hi bri dação e desenvol vi ment o de no vos cul ti vares, na mu l ti pl i ca ção
segura d e cul tivares dese jávei s,
na propagação
rápi da co m
alt o
coefi ciente de mul ti pl icação e conservação de patri môni o genéti co de
pl an tas a meaç adas de e xti nção (P EREIR A et al ., 2000).
U m dos quesi tos para a apl icação be m- sucedi da da tecnol ogia
de propagação de pl antas para a agri cultura é a ca pa ci dade de
regenerar mu das eli te. Durante a déca da passada, a demand a por
estas pl antas nati vas e m larga escal a i ndustrial mo ti vou a busca de
novas técni cas de mi c ropropagação, que foram desenvol vi das para
suprir as exi gênci as do const ant e cres ci mento come rci al . Assi m, a
real i zação da mul ti pli cação in v itro de u m grande nú mero de cl ones de
pl an tas co m cara cterísti cas mel h or adas ganhou i mp or tân cia (B AIS et
al ., 2000).
D en tre
cauli nares,
i ndi cados
os
gemas
na
expl antes
a xi lares
propagação
que
e
podem
mer i ste mas
cl onal
in
ser
util i zados,
i sol ados
vitro,
poi s
são
el es
á pi ces
os
mai s
possu em
determi nação para o cresci mento vegetati vo, desenvo lvendo pl antas
se m a pass ag em pel a fase de cal o, quando em mei o de cul ti vo
adequado (GRAT T AP AGLIA; MA CH ADO, 1998).
A mi c ropropagação pode ser reali zada p or mei o da cul tura de
me ri stemas, da germi na ção de se me ntes i n vi tro, da prol i feração de
gemas api cai s, axil ares e adventíci as. Al ém di sto, ta mbé m é possível
produzi r pl ântul as i n vi tro a partir da regeneração de cal os e por
embri ogênese so máti ca (K RIKORI AN, 1982).
11
Po r ser u m si ste ma co m condi ções ambi ental control ada e
assépti ca, a técni ca de mi cropropagação te m- se mostra do de enorme
i mpor tânci a práti ca, devi do à al ta taxa de mul ti pli cação, a redução do
espaço para a con servação e a el i mi nação de patógenos. Al ém di sso,
permi te a fáci l troca de acessos entre grupos que vi sa m à p esqui sa o u
tem in teresse co me rci al (ENGE LMA NN, 1991).
Se gundo T orres et al ., (1998), na década de se te nta , quando a
mi cr opropa ga ção
ganhou
grande
i mpul so,
Murashi ge
(1974),
apresentou o concei to de estádi os de desenvol vi men to no proces so de
propagação
in
vitro.
Esse
esquema
padrão
para
si ste mas
de
mi cr opropa ga ção di vi de-se em: est ági o I, quando é fei ta a sel eção de
expl antes, desi nfecção e cul tura e m mei o nutri tivo sob condi ções
assépti cas; es tá gi o II, quando ocorre a mul ti pli cação dos prop águl os
me di ante suces sivas subcul turas em mei o própri o para a mul ti pli cação
e, estági o III, quando é fei ta a transferênci a da s pa rt es aéreas
produzi das pa ra o me i o de enrai za ment o e s ubs eqüen te transpl anti o
das pl antas obti das para substrato ou sol o.
O suces so da mi cropropagação depende não só de fatores
i nerentes ao teci do vegetal (genéti cos e fi si ol ógicos) co mo, também, as
condi ções térmi cas e l umi no sas e m q ue a cul tura é mant ida e do mei o
de cul tura apro pri ado que permi te a i ndução, a mul ti pli cação e o
cresci mento d as b rotaçõ es adventíci as (NAGAO et al ., 1994).
Al é m de vári os fatores co mo: estado fi si ológi co da pl anta matri z,
col eta de e xpl an te s, esteril i zação dos me i os de cul tura, condi ções de
i ncub ação, mani pul ação de s ub cult uras e uso de regul adores de
cresci mento, mei o de cul tura, entre outros (GONZ ÁLES et al ., 2004).
Há
grande
desconta mi nado
di fi cul dade
nas
etapas
de
se
i nici ai s
obter
um
para
tecid o
total ment e
al gu mas
espéci es,
princi pal mente quand o estas se encontram em condi ções naturai s de
ca mpo. Ne sse cas o, pode ser necessári a a apl i cação de al guns prétratamentos
co m
substânci as
anti mi crobi anas
na
pl anta
ma tri z
(GRAT T AP AGLIA; M ACH ADO, 1998).
12
3.3. Me io s d e C ulti vo
O s me i os de cul tura são consti tuídos geral ment e por água, por
ma cron utri entes, onde os mi nerai s são i ncluídos nos mei os na for ma de
sai s i norgâni cos, mi cr onu tri entes, carboi dratos, vi tami nas e mi o -i nosi tol
(T ORRES et al ., 1998).
D e acordo co m Har tma nn et al . (199 7), vá ri os co mpo stos
orgâni cos são també m adici onados ao mei o de cul tura par a supri r as
necessi dades
me taból i cas,
energéti cas
e
estruturai s
das
cél ul as,
co mpl e menta ndo assi m as substânci as bi ossi nteti zadas por el as.
Al gu mas al terações na co mposi ç ão do mei o d e cu ltura bási co,
co m di l ui ções, pode m ser fei tas para a oti mi zação de protoco los de
mi cr opropa ga ção (G AMB ORG e t al ., 1968). Poré m, para a grande
ma i ori a das pl antas estudadas, so men te os sai s uti li zados nos mei os de
cul tura não são capazes de i nduzi r certas respostas fisi ol ógi ca s,
necessi tando assi m da ad ição de regul adores de cresci mento veget al
no mei o de cul tura.
As exi gênci as nutri ci onai s requeri das para o cres ci ment o de um
teci do e m condi ções “i n vi tro” vari am de espéci e para espéci e, de
vari edade para varie dade e até mes mo den tro da própri a pl anta o que
torna neces sá ri a a oti mi z ação dos me i os de cul tura (NA GAO et al. ,
1994).
O s carboi dratos
carbôni cos
para
poli ssacarídeos
a
fo rnece m
energi a me tabó li ca e esquel etos
bi ossíntese
estruturai s
de
co mo
a mi noáci dos
cel ul ose,
e
enfi m,
proteína s,
todos
os
co mpon entes orgâni cos necessári os pa ra o cresci mento das cél ulas. A
sacarose é o carboi drato mai s uti li zado nos mei o s nutri ti vos, sua
concentração também é um fator i mpor tante para obter cresci mento
óti mo , dependendo do expl ante ( T ORR ES et al. , 1998).
Se gundo Pasqual et al . (1997), o ni trogênio di fere dos de mai s
nutrie ntes porque depen de da for ma co mo é di sponi bil i zado no mei o de
cul tura,
i nfl uencia
sensi vel mente
tanto
no
cresci me nto
co mo
na
mo rfog êne se e m cul tur as in v itro. Prati camente, todos os mei os de
cul tura fornece m N disp onível na forma de íons ni trato . P orem uma vez
13
dentro da cél ul a, o ni trato de a môni a (NH 4 + ), quando forneci do sozi nho
ao mei o, causa proble mas de toxi ci dade. Por i sso el e é usado de f or ma
co mbi nada co m o ni trato (NO 3 - ) .
3.4. Bio re g ulad o res
As
pl antas
n atural mente
possue m
em
sua
co mposi ção
substânci as quími cas cuja função é regul ar processos metab óli cos
envol vi dos no cresci mento e desenv ol vi me nto. E ssas são ati vas e m
concentrações mui to
bai xas nos
teci dos e
são conheci das como
hormô ni os ou substânci as de cresci mento (H AVEN et al ., 1996).
Exi ste m tamb ém substânci as si ntéti cas que , u ma ve z apl icadas a
pl an tas
in tei ras
ou
a
segmentos
de
teci dos
vegetai s,
provocam
ati vi dades fi si ol ógi cas si mi l ares a os hormôni os. A es ta s dá-se o nome
de reguladores de cresci me nto ou fi torregul adores (DAVIS at al ., 1998).
As ci toci ni nas apresentam u m papel i mportante na regul ação d a
di vi são cel ul ar e i nteragem com au xi nas no control e de mu i tos aspectos
do cresci mento e do desenvol vi men to das pl antas. A formação de
raízes, parte aérea e cal o em cult ura de tecid o são reguladas pela
di spo ni bil i dade e i nteração des sas duas cla sse s de regul adores de
cresci mento (F RA NK; SCHM ÜLLI NG, 1999).
Al ém
di sso,
i nd uze m
a
quebra
da
do mi nânci a
api cal
e
prol i feração de gemas axi l ares. Dessa s, a benzi l ami nopuri na ( BAP) tem
si do mui to efi caz na mul ti pli cação de expl antes e i ndução de gemas
adventíci as,
alé m
de
ser
mai s
barata
do
qu e o utras
ci toci ninas
(GRAT T AP AGLIA; M ACH ADO, 1998).
As
au xin as
são
mui t o
uti l izadas
na
mi cropropagação
para
promo ver a for maç ão e o cresci mento de cal os, de órgãos e de célul as
em
s uspensão,
bem
co mo
regular
a morf ogênese,
especi al mente
quando associ ada co m ci toci ni nas. U m adequado bal anço entre auxi nas
e ci toci ninas estabel ece u m efi ci ente controle no cresci mento e na
di fere nci ação das cul tura s in vitr o (PIER IK, 1990) .
14
3.5. Ac lima tização
A técni ca da mi cr op ropagação geral mente se desenvol ve e m
ci nco
etapas,
as
quais
i ncl uem
preparação
da
pla nta
ma tri z,
i sol amento, mul ti pli cação, enrai zamento e acli mati zação (TO RRES et
al ., 1998).
U m dos entraves desta té cni ca é o desenvol vi mento de pl antas
capazes de sobrevi ver fora dos frascos de cul tura. A mai or ia das
pl an tas deri vadas da cul tu ra in vi tro sof re desi dratação nesta fase e
i sto é cruci al durante os pri mei ros di as de acl i ma ti zação (MALD A, 1999
ci tad o por PO MP ELLI; GUER RA, 2006).
A acli mati zação consi ste e m reti rar a pl ântul a d a condi ção in v itro
e tra nsferi -la para casa de vegetação, tendo por ob jeti vo superar as
di fi cul dades que as pl ântul as obti das por cul tura de teci do enfrentam
quando são re movi d as do mei o de cul tivo. Ess e process o é críti co, poi s
a pl ântul a passa de um ambi ente de bai xa transpi ração para outro que
exi ge
mai or
passage m
de
i ncre mento ,
um
esta do
podendo
ocorre r
het er otrófi co
estresse
hídri co,
outro
autotrófi co,
pa ra
há
a
di spo ni bil i dade de sai s é di ferente e, fi nal mente, a pl anta sai de u m
estado assé pti co para fi car sujei ta ao ataque de mi crorgani s mos
saprófi tos e eventual mente patogêni cos (GRAT T A PAGLIA ; M ACH ADO,
1998).
Confundi -se
os
concei tos
acl i matação
e
acl i mati zação.
Acl i mat ação é u m termo que se refere ao processo no qual as pl antas
ou outros organi smos vi vos tornam- se ajus tados a u m novo cl i ma ou
si tua ção, c omo resul tado de u m processo essenci al men te natur al
enquanto que acli mati zação é defi ni da como a trans ferê nci a de um
organi s mo, especi al mente u ma pl an ta para um novo a mbi ente, sendo
todo o processo reali zado. A acl i mat ação é um p rocess o regul ado pel a
natureza, enquanto que a acl i mati zação é u m processo control ado pel o
homem.
(PREE CE;
SUT T ER,
1991;
T OM BOLAT O
et
al .,
1998;
GEOR GE, 1993 ci tado por ROCHA , 2007)
Est e processo é necessári o, poi s pl antas proveni entes de cul tura
in v itro sã o sen sívei s e tenras, poi s não desenvol vera m cutícul a, e sua
15
parede cel ul ar nã o apresenta rigi dez sufi ci ente para se sustentar. As
fol has são del gadas e suav es fotossi nteti camente inati vas, dei xa nd o a
pl an ta
em
franco
hete rotrofi smo,
os
e stô ma tos
não
operam
efi ci entemente provo cand o assi m estresse nas pri mei ras horas após
sai r dos tubos de ensaio (BRAI NED; F UCCH IGAM I, 1981 ci tado por
MA RCE LO et al ., 2003).
A acl i mati zação con stitui uma etapa fundamental na prod uç ão de
pl an tas obti das por cul tura de teci do s, u ma vez que as condi çõ es de
cul tura in vitro modi fi ca m característi cas bi oquími cas, anatômi c as e
mo rfol ógi cas das pl anta s, al terando os processos fi si ológi cos nor mai s
(LUCAS e t al ., 2002). Segundo F ernandes; Corá (2001), a uti li zação de
substratos no cul ti vo de pl antas é u ma t éc ni ca ampl amente emprega da
na mai ori a dos países de horti cul tura avançada. Fachi nell o et al .,
(1995) ci tado por Neto et al ., (20 04), afi rma m ai nda que o mes mo
apresenta vári as vantagens, den tr e elas a de e xercer a função do sol o,
fornecendo à pl anta sustentação, nutri entes, á gua e oxi gêni o. Quando
estes são usados na acl i ma ti za ção, pode m i nfl uenciar as respostas das
pl an tas através de suas característi cas quími cas, f ísi cas e bi ol ógi cas.
3.5.1. Sub strato s
U m substrato é for mado de três f as es: a fase sól i da, que garante
ma nute nção mec âni ca do si stema radicul ar e sua estabi li dade; a fase
l íqui da, que garante o supri ment o de água e nutri entes; a fase gasosa,
que garante o transporte de oxi gê ni o e gás carbôni co entre as raíze s e
a atmosfe ra (LEM AIRE , 1995 ci tado por SAL VADOR ; MINA MI, 2001).
Os substratos exer cem i nfluênci a sig ni ficati va na arqui tetura do
si stema
radi cul ar
e
nas
as soci açõ es
bi ológi cas
com
o
mei o,
i nfl uenciando o estado nutri cional das pl antas e a transl oca ção de águ a
no si ste ma sol o-pl an ta-atmosfer a. O substrato deve ser de bai xa
densi dade e rico em nutri entes, ter co mposi ção quí mi ca equi li brada e
físi ca uni forme , el evada CT C, al ta capa cidade de retenção de água e
drenagem, boa coesão entre as p artícul as ou aderênci a junto às raízes
16
e ser preferenci al men te estéri l às pl antas dani nhas e co m bo a flora
bacteri ana (COUT IN HO; CAR VAL HO, 1983).
Se gu ndo Marcel o et al . (2003), a sel eção do substrato é de
fundamental i mportânci a no cresci mento e desenvol vi me nto das pl antas
mi cr opropa ga das,
podendo
i nfl uen ci ar
di retamente
no
su cesso
da
acl i mati zação.
Os substratos podem ter di ve rsas ori gens, ou se ja, ani mal
(esterco e húmu s), vegetal (tortas, bagaços, xaxi m e serrage m, mi neral
(vermi c uli ta, perl i ta e arei a) e arti fi ci al (espu ma fenól i ca e i sop or).
Entre as característi cas dese jávei s nos substratos pode-se ci tar bai xo
custo, di sponibi li dade, teor de nutri entes, ca paci dade de troca de
cáti ons, esteribi li dade bi ol ógica, aeração, retenção de umi dade e
unif or mi dade (GONÇA LVES , 19 95 ).
17
4. M ATE RIAL E MÉTODOS
Os e xperi mentos fora m real i zados e m duas etapas. Na pri mei ra,
foi reali zado o cul ti vo in vit ro da espéci e, co m doi s experi mento s:
i ndu ção a proli feração de brotos através do uso de bi oregul adores e
determi nação da conce ntração de sacarose e dosagens de ni trogêni o
i norgâni co no mei o de cul tura. Na se gun da etapa, o úl ti mo exp eri men to,
onde foi fei ta a acl i mati zação das pl antas ori undas do cul ti vo in v itro .
4.1. Pro p ag ação veg etativa in vitro d e j amb ú ( Acmella olera ce a (L .)
R. K . JAN SEN )
4.1.1. Insta lação e co nd ução d o exp eriment o
Os ensai os exper i menta is do c ul ti vo in v itro de Ac me lla oleracea
(L.) fora m real izados no Laboratório de Cul tura de T eci dos V egetai s do
Insti tuto de Ciê nci as Bi ológi cas d a U ni versi dade F ederal do A maz onas
(UF AM) .
As
cul tur as
f or am
man ti das
em
sal a
de
cresci mento
so b
temperat ura de 25 ⁰ C (±2 ⁰ C), 60% (±5 %) de u mi dade relati va e 16
horas de fotoperíod o co m intensi dade l umi nosa de 20 μ€.s.c m - 2 ,
proveni entes de duas l â mpadas fluorescentes brancas fri as.
T odo
o
materi al
uti li zado
nas
operações
foi
previ amen te
esteril i zado e a inocul ação foi efetuada assept ica ment e e m câ ma ra de
fl uxo l a mi nar do ti po hori zon tal .
O mei o de cul tura uti l izado nos ensai os foi o MS (el aborado por
MU RAS HIGE; S KOOG, 1962), consti tuídos por sai s na con centração
relaci onados na T abel a 2.
As
sol uções
estoques
( macr onutri entes,
mi cronutri entes,
vi tami nas e a mi noáci dos) c on stit ui ntes do mei o de cul tura, foram
preparadas
e
ar maz enadas
a
4
⁰C.
As
sol uções
estoques
dos
bi oregul ad ores foram preparadas no me s mo di a de sua uti l i zação e
foram di ssol vidas e m KOH 1 N.
18
Co mo fonte de exp lante s foram uti li zados seg men tos nodai s (1
cm de co mpri mento e sem fol has) de pl antas de ja mb ú cul ti vadas in
vitro, c om i dade de apro xi mada men te 30 di as e no quarto subcul tivo.
E m tod os os exp eri ment os, os mei os de cul tura, co m pH a just ado
para 5,7, foi adi ci onado 0,8% de ágar. Após fundi do em mi cr oondas o
me i o foi di stri buíd o e m tubos de en saio (25 mm e di âmetr o, 150 mm de
al tura ) com 20 ml de mei o por tubo, e esteri l i zado e m autocl ave a 121º
C e 1 at m de pressão d urante 20 mi nutos.
T ab ela 2: Co mposi ç ão do mei o M S (M urashi ge & Sk oog, 1962) e suas
respecti vas concentrações.
Fór mu la
Co nc en tra çã o (m g.L -1 )
NH4NO3
KNO3
C aC L 2 . 2 H 2 O
MgS O4.7H 2O
KH2PO4
1650
1900
441
370
170
MnS O 4.H 2O
Z nSO 4.7H 2O
H3BO3
KI
Na2MoO 4.2H2O
C oC L 2 . 6 H 2 O
Cu SO 4.5H 2O
16,9
8,6
6,2
0,83
0,25
0,025
0,025
Na2EDT A.2H 2O
F eS O 4 . 7 H 2 O
37,3
27,8
C6H5NO 2
C 6H12CINO2
0,5
0,5
C l or i d r a t o d e t i am i n a
C12H18C L2N4OS
0,5
G licina
C2H5NO 2
2,0
M i o- i n os i t o l
C 6H12O6
100,0
Co mpo n ente
M acro nut rient es
Nit rat o de am ôn io
N i t r at o d e p o t á s s i o
C l o r e t o d e c ál c i o
S u l f at o d e m a g n és i o
Fosfato de potáss io
M icron utrien tes
S u l f at o d e m an g a n ê s
Su lf ato d e zinc o
Ácido bór ico
I od e t o d e p ot á s s i o
M o l i b d at o d e s ó d i o
C l or e t o d e c o b al t o
S u l f at o d e c ob r e
FeE DT A
S ódio EDT A
S u l f at o d e f er r o
V itaminas
Á c i d o n i c ot í n i c o
C loridr at o d e pirid oxin a
Out ros
A gar
S ac ar o s e
8.000
C12H22O 11
30.000
19
4.1.2. E xp erime nto 1 - Estab elecim ento d e cult uras e ind uçã o à
p ro liferação d e b ro to s at ravés d o uso d e b ioreg ulad o res
Expl antes
já
estabel ecidos
in
vi tro,
foram
repi cados
e
transferid os para mei o de cul tura para i ndução à proli fer ação de brotos.
Este s foram inocul ados e m tubos de ens ai o co m me i o MS s upl e mentad o
co m
di ferentes
co mbi nações
de
bi oregul adores:
á ci do-6-
benzi la min opuri na (BAP) e áci do-3-i ndol acético (AI A), respecti vame nte.
4.1.2.1. Deli neame nto exp erime ntal e tratame nto s
O
del i nea ment o
experi men tal
uti l izado
foi
o
i ntei ra mente
casual izado, num esque ma fatori al de 4x5 , co m quatro co ncentra ções
de AI A (0,0; 0 ,5; 1,0 e 3,0 mg.L - 1 ) e ci nco de BAP ( 0, 0; 0,5; 1,5; 2,5 e
5,0
mg. L - 1 )
total izando
20
tratamentos,
com
20
repeti ções
por
tratamento e 1 segmento nodal por tubo.
4.1.3. Exp eri ment o 2 – Efeito s d e d iferent es co ncent raçõ es d e
sacaro se e ni tro g ênio i no rg âni co no d esen vo l vime nto d as p lantas
O s expl antes foram introduzi dos e m tubos de ensai o contend o
me i o
MS
modi fi cados
em
rel ação a di ferentes concentrações
de
sacarose e dosagens de ni trogênio i norgâni co.
As
sol uções
estoque s
de
todos
os
co mpo nentes,
incl uindo
princi pal mente (KNO 3 e NH 4 NO 3 ), fora m preparadas nas concentrações
supraci tadas na T abela 2. T odos fora m preparados a 50 x mai or da
concentração fi nal no me i o MS. Onde pri nci pal mente do ni trato de
amôni o uti li zou-se 82,44g e o ni trato d e potá ssi o 95,04g o s doi s
di ssol vi dos e m 1 l i tro de água destil ada.
20
4.1.3.1. Deli neame nto exp erime ntal e tratame nto s
O deli neame nto e xperi mental foi o i ntei ramen te casual i zado, nu m
esquema fat ori al de 5 x5, total i zando 25 t rata ment os, co m 20 repeti ções
por tratame nto e 1 segme nto nodal por tubo.
Os tra ta me ntos consi sti ram em ci nco di ferentes concentrações de
sacarose (0; 7,5; 15; 30 e 45 g.L - 1 ) e dosagen s de ni trogêni o inorgâni co
(ni trato de amôni o e de pot ássi o) obti das de acordo com dil ui ções ou
mú l ti pl os das quanti da des exi sten tes no mei o bási co, ou se ja, 0, 5, 10,
20 e 40 ml . L - 1 .
Os de mai s nutrientes mi nerai s e orgâ ni cos não foram al terados,
uti li zando-se 20ml .L - 1 .
4.1.4. Cara cterísticas avaliad as
Nos experi mentos (1 ) e (2), os ensai os fora m aval iados aos 45
di as de cul ti vo in vitro , nas segui ntes caracterís ti cas: compri mento
mé di o do broto (cm), número mé di o de bro tos/e xpl ante e número médi o
de brotos ma i ores de 1 c m de co mpri men to.
O nú mero mé di o de brotos /expl ante e o nú mero méd i o de brotos
ma i ores de 1 cm, foi obti do através da c on tage m dir eta, sendo o
co mpri mento mé di o de brotos medi do através de régua mi l i metrada.
4.1.5. Análi se estatística
As anál i ses de vari ânci a e os teste s de médi a s foram fei tos
uti li zando-se o soft ware Si ste ma de A náli se estatí sti ca – S ANE ST
(Z ONT A; M ACH ADO, 1991).
Os dados obti dos foram transformados em
x + 0,5 .
Po r se tratare m de dados qu anti tati vos, os mes mos foram
submeti dos à anál i se de regressão pol ino mi al .
21
4.2. Acli matização d e p lantas micro p ro p ag ad as d e j amb ú ( Acme lla
oleracea (L .) R. K. J AN SEN )
4.2.1. Exp eri ment o 3 – Utilização d e d iferentes sub strato s na
aclimatiza ção d as p lântu las mi cro p ro p ag ad as
4.2.1.1. Instal ação e co nd ução d o ex p erime nto
O s estudos experi me ntai s de acli mati zação de Acm ella oleracea
(L.) fora m real izados em Cas a de Vegetação do I ns ti tuto de Ci ênci as
Bi ol ógi cas da U ni versi dade F ederal do A ma zonas (UF AM) .
M udas co m ap ro xi mada ment e 60 dia s e co m ta manh os de b rotos
em mé di a de 15 cm foram reti radas dos tubo s de ensai o e após
l avag em das raí zes em água corrente para re ti rar todo o me i o de
cul tura aderi do às mes ma s, fora m col oca das em tubetes, em ca sa de
vegetação,
co m
i rri gação
por
aspersão,
contendo
os
sub strat os
descri tos na tabel a 3.
T ab ela 3: Sub st ra to s uti li zad os na acl i mati zação do ja mb ú ( Acm el la
oleracea (L.) R. K . JANS EN) . UF A M, Manaus – AM, 2008.
T ratamento
Su b strato
1
2
3
pl ant m ax ®
v er m ic uli t a
ser r ag em
22
4.2.1.2. Deli neame nto exp erime ntal e tratame nto s
O
del i nea ment o
experi men tal
uti l izado
foi
o
i ntei ra mente
casual izado co m 3 trata men tos (substratos) e 20 repeti ções, total i zando
60 pl antas.
4.2.1.3. Cara cterísticas avaliad as
Ap ós 60 di as de cul ti vo, as mu das foram aval i adas quanto às
segui ntes v ari ávei s: t axa de sob revi vênci a ( %), tamanho da pl anta
(cm), peso de matéri a fres ca (g.pl anta - 1 ) e peso de matéri a se ca
(g.pla nta - 1 ).
A percentagem de sobrevi vênci a foi obti da atravé s da con tage m
direta e a al tu ra da pl anta me di do através de régua mi l i me trada. O peso
de matéri a fresca foi obti do pel a pesage m di reta e m b al ança anal ítica,
segui do
da
secagem
em
estufa
por
72
horas,
a
65⁰ C
para
determi nação do peso de matéri a seca da s pl antas.
4.2.1.4. Análi se estatística
As anál i ses de vari ânci a e os teste s de médi a s foram fei tos
uti li zando-se o soft ware Si ste ma de A náli se estatí sti ca – S ANE ST
(Z ONT A; M ACH ADO, 1991).
Os dados obti dos foram transformados em
x + 0,5 .
Po r se tratarem de dados qu al i tati vos, o s mes mos so ment e
foram comparados pel o teste de T ukey.
23
5. RE SULTADOS E DISCU SSÃO
5.1. EX PER IMENT O 1
A análi se de vari ânci a (T abel a 4), mo str a que houve di ferença
si gni fi cati va a nível de 1% e 5 % de probabil i dade, para compri mento
mé di o e número méd io de brot os emi ti dos por exp lante, tanto em
função da presença de BAP e de AIA, quan do da in teração dos doi s
bi oregul ad ores no mei o de cul tura.
Pa ra a cara cterísti ca nú mero mé di o de brotos mai ores de 1 c m,
houve di ferença so men te para concentraçõe s de BAP, não havendo
si gni fi cân ci a para AIA , a ssi m como para a i nteração entre os doi s.
Co m i sso, nota-se que o desenvol vi mento de ge mas a xi l ares
formando brotações e o compri me nto destas f oi i nfl uen ci ado pel a
co mposi ção do mei o de cul tura co m presenç a tanto de AIA co mo de
BAP .
T ab ela 4: Res umo das anál ises de vari ânci a para compri mento médi o
de brotos (CB), nú mero médi o de brotos/expl ante (NB) e número mé di o
de brotos mai ores de 1 c m de co mpri me nto (N B>1c m), em di ferentes
concentrações AI A e B AP. UF A M, Manaus/ AM, 2008.
Ca u sa s
da
V a ria çã o
BAP
A IA
B A P X A IA
Re síd u o
G .L .
4
3
12
38 0
C.V (% )
*
Q ua dr a do s mé d ios
CB
NB
NB > 1 c m
1 6 ,2 0 *
8 ,40 *
1 ,66 **
0 ,54
1 ,6 6 *
0 ,2 3 n s
0 ,4 1 *
0 ,0 6
0 ,2 9 n s
0 ,2 8 n s
1 ,3 1 *
0 ,0 4
2 4 ,0 0
1 7 ,5 2
1 6 ,3 5
s i gni f i c at iv o a 1% de pr obabi l i dade
** s i gni f i c ati v o a 5% de pr o babi l i dade
ns
n ão si gn if ic at iv o.
24
Co mo observa-se na T ab el a 5 o mai or co mpri mento de broto
(3,78 c m) foi veri ficado na ausênci a tanto de BAP co mo de A IA, ou
seja, n o mei o de cul tura MS , n a ausênci a dos doi s bi oreguladores.
O mei o em que houve o me nor co mpri ment o dos br ot os foi os
que conti nha m as mai ores concen tr açõe s, com 5,0 de BAP mai s 3,0 de
AIA, co m tamanh os de brotos de 1,77 c m.
At ra vés
da
F i gura
2,
nota-se
que
o
gráfi co
teve
um
co mpor tamento l inear e no s mei os em que o A IA estava ausente, à
me di da que se au menta va a con cent ra ção de BAP no mei o, a tendênci a
foi a redução do compri mento das brotaçõe s. Este co mp orta mento é
observado e m todos os outros mei o s em que ocorre o acrésci mo na
concentração dos doi s bioregula dores, prova vel ment e e m função do
desbal anço hor monal entre os doi s.
A tendênci a de di mi nui ção do compri mento da brotação pod e
estar l igada ao f at o de que as ci toci ni nas esti mul am a mai o r produção
de partes a éreas até uma determi n ad a concentração, o que vari a d e
acordo co m cada espé cie, e a parti r desta con cent ra çã o ocorre um
efei to
tó xi co
que
se
caracteri za
por
fal ta
de
al on ga ment o
(GRAT T AG AGLIA; MAC HA DO, 19 98).
Hart man n et al . (1999), ai nda a fi r mam que isto ocorre em razão
da i ni bi ção da domi nânci a api cal , resultando no desenvol vi mento de
brotações l aterai s pel o aumento dos nívei s de ci to ci nina no me i o.
Ve ri fi ca-se ta mbé m que e m bai xas concentrações de AI A (0,5 a
1 mg .L - 1 ), al i adas a bai xa s concentrações de B AP (0,5 e 1,5 mg .L - 1 ), o
desenvol vi mento das pl antas f oi mui to mai or, i sto porque as auxi nas
são responsáv ei s por con tr ol ar vári os processos di sti ntos, tai s como
cresci mento e el ongame nto cel ul ar, alé m de serem capazes de i ni ciar a
di vi são
cel ul ar
e
estarem
promo ven do cresci mento
envol vidas
tanto
na
ori ge m
de
meri s tema s,
de teci do desorgani zado co mo
de
órgãos defi ni dos (DUDLE Y, 1998).
Res sal ta -se ta mb ém que em todos os trata ment os te st ad os, os
expl antes
apresen taram
uma
espéci e
de
cal o
ríg ido
na
base ,
di fi cul tando o enrai zame nto dos me s mo s. Esse aspecto ta mbé m foi
25
observado por Le mos (2003), ao uti li zar AI A em trabal hos d e indução
de brotos de Pi menta-d o-rei no.
As auxina s supl ementares aos mei os de cul tura at uam nos
processos de expansão, al ongame nto e di visão cel ul ar, co m refl exos no
enraiza men to. Entre el as, o AIA parece ser a au xi na mai s efi caz para
esti mu lar o enrai za men to in vitro, e mbor a não a mai s uti l izada nos
protocol os e m geral . S endo que para a mai o ri a das espécie s as
auxi nas exó genas sã o adi ci onadas ao mei o de cul tura na fase de
i ndu ção
de
raízes,
enquanto
que
na
fas e
de
di ferenciação
dos
pri mór di os e cresci mento destas, sua presenç a no me i o de cul tura
costu ma i nibi r o processo (HU ; W ANG, 1983; H OPKIN S, 19 99 cit ado
por POM PEL LI, 2006).
T ab ela 5: Mé dia s do co mpri ment o médi o de brotos (cm), obti dos in
vitro , e m di ferentes concentrações de A IA e BAP . UF A M, M anaus/A M,
2008.
B A P (mg .L - 1 )
A IA
0 ,0
(mg .L - 1 )
0 ,5
1 ,5
2 ,5
5 ,0
Mé d ia s
0 ,0
3 ,7 8 A a
3 ,68 Aa
2 ,6 0 B Cb
3 ,3 2 A b a
2 ,4 9 C a
3 ,1 7 A
0 ,5
3 ,7 5 A a
3 ,2 9 A B a
3 ,7 0 A a
3 ,2 8 A b a
2 ,70 Ba
3 ,3 4 A
1 ,0
3 ,2 2 A a
3 ,33 Aa
3 ,4 1 A a
3 ,3 2 A a
2 ,3 9 B ab
3 ,1 3 A
3 ,0
3 ,2 9 A a
3 ,0 7 A B a
2 ,65 A Bb
2 ,5 5 B b
1 ,7 7 C b
2 ,6 7 B
3 ,5 1 a
3 ,3 4 a b
3 ,0 9 b
3 ,12 b
2 ,3 4 c
Mé d ia s
A s m édi as seg ui da s da m esm a l et r a, m ai úsc ul as p ar a A IA e m inú sc ul as par a B A P
não di f er em en t r e si na m esm a c ol una pel o t es t e de T uk e y à 1% de si g nif i c ânc ia.
A adi ção de BA P foi respons ável pel a redução do comp ri me nto
das brotações. E mb ora o B AP seja uti li zado na mai ori a dos siste mas
experi ment ai s
in
vi tro,
veri fica-se
q ue
as
cul turas
apresenta m
di fere ntes sen sibi li dades a essa ci toci nina dependen do do mei o de
cul tura uti li zado e da fase de cu lti vo.
26
E m di versas espéci es, foi observado que a exposi ção a al tas
concentrações de BAP pode l evar a o acúmul o de ci to ci ni na, o que i nibe
o cresci me nto da parte aérea, sendo esta i nibi ção caracteri zada pel o
entumesci ment o e au sê nci a de al ongamento, encurta mento de entrenós
e engros samento e xagerado dos caul es Mal i k, (2005), ci tado por Li ma ;
Morae s (200 6).
Pa ra a cara cterísti ca numero mé di o de brotos, a T abel a 6, nos
mo stra
que
mei o
em
que
ob te ve -se
mai or
nú mero
f oi
o
co m
concentração de 0,5 mg. L - 1 de AIA , que pr omov eu i ni ci al mente 1,8 9
brotos/expl ante.
T ab ela 6: Médi as do nú mero mé di o de brotos/expl ante, obti dos in v itro,
em di ferentes concentrações AIA e BAP . UF A M, Manau s/AM , 2008.
B A P (mg .L - 1 )
A IA
(mg .L - 1 )
0 ,0
0 ,5
1 ,5
2 ,5
5 ,0
Mé d ia s
0 ,0
1 ,7 8 A a
1 ,32 Ba
1 ,2 4 B a
1 ,37 Ba
1 ,3 4 B a
1 ,4 1 A B
0 ,5
1 ,8 9 A a
1 ,2 2 Ca
1 ,3 4 B Ca
1 ,4 4 B Ca
1 ,4 9 B a
1 ,4 7 A
1 ,0
1 ,7 1 A a
1 ,27 Ba
1 ,3 9 B a
1 ,40 Ba
1 ,3 5 B a
1 ,4 3 A B
3 ,0
1 ,2 6 B b
1 ,3 3 A B a
1 ,37 A Ba
1 ,3 0 A B a
1 ,5 3 A a
1 ,3 6 B
Mé dia s
1 ,6 6 a
1 ,2 9 c
1 ,3 4 b c
1 ,3 8 b c
1 ,4 3 b
A s m édi as seg ui da s da m esm a l et r a, m ai úsc ul as p ar a A IA e m inú sc ul as par a B A P
não di f er em en t r e si na m esm a c ol una pel o t es t e de T uk e y à 1% de si g nif i c ânc ia.
A Fi gura 3 nos mo stra q ue o me i o de cul tura em que o AIA
estava
ausente,
o
comporta me nto
da
curva
é
quadráti co ,
o nde
i ni ci al me nte houve um decrésci mo n o numero de brotos à medi da que
adici onava-se BAP ao contrario do me i o co m 3,0 mg .L - 1 de AI A, que ao
adici onar-mos BAP , a te ndênci a foi o aumento l i near no número de
brotos.
27
At ra vés da T abel a 7, a formaçã o de brotos mai ores de 1 cm de
co mpri mento foi obti da no mei o co m presença so ment e de BAP, na
concentração de 1,5 mg. L - 1 , co m 1,41 broto s/ expl ante.
Pel a Fi gura 4, nota-se que através da anál i se de r egressão,
todos os mei os e m q ue o AI A esta va presente, as curvas não
mo stra ra m si gni ficância, e so ment e os mei o e m q ue havi a BAP , houve
em a cr és ci mo no nu mero de brotos mai ores de 1 c m à me di da que
também adi ci onava-se B AP ao mei o.
T ab ela
7:
Méd ias
do
nú mero
médi o
de
brotos
mai ores
de
1
cm/e xpl ante, obtid os in v itro , e m di ferentes concentrações de au xin a e
ci toci ni na . UF A M, Manaus/ AM, 2008.
B A P (mg .L - 1 )
A IA
(mg .L - 1 )
0 ,0
0 ,5
1 ,5
2 ,5
5 ,0
Mé d ia s
0 ,0
1 ,2 2 A
1 ,2 7 A
1 ,2 4 A
1 ,3 4 A
1 ,3 2 A
1 ,2 8 A
0 ,5
1 ,2 4 A
1 ,1 8 A
1 ,3 4 A
1 ,2 9 A
1 ,3 6 A
1 ,2 8 A
1 ,0
1 ,1 3 A
1 ,2 4 A
1 ,4 1 A
1 ,3 8 A
1 ,3 4 A
1 ,3 0 A
3 ,0
1 ,2 1 A
1 ,2 6 A
1 ,3 5 A
1 ,2 7 A
1 ,2 8 A
1 ,2 7 A
Mé dia s
1 ,2 0 b
1 ,2 4 a b
1 ,3 4 a
1 ,3 2 a
1 ,3 3 a
A s m édi as seg ui da s da m esm a l et r a, m ai úsc ul as p ar a A IA e m inú sc ul as par a B A P
não di f er em en t r e si na m esm a c ol una pel o t es t e de T uk e y à 1% de si g nif i c ânc ia.
Ba i xas concentrações de BA P promo vera m mai or númer o de
brotos e m Ipe ca (LA MEIR A et al., 1994 ), Aroei ra (AND RADE et al ., 200)
e A bacaxi (GUE RRA et al ., (1999). Sendo tamb ém efeti vo para o
brotame nto in vitro de Fi go (F RÁGUA S et al ., 2004). Mas Sab á et al .,
(2004), trabal hando co m mi cr opro pagaçã o de Jaborandi , constatou que
bai xas concentrações de ci toci ni nas foram efetivas na brotação de
expl antes in vitro.
28
0,0
0,5
1,0
3,0
AIA (mg/L)
AIA (mg/L)
AIA (mg/L)
AIA (mg/L)
4
Comprimento médio de brotos (cm)
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
BAP (mg/L)
0,0
0,5
1,0
3,0
AIA:
AIA:
AIA:
AIA:
F ig ura
2:
Y
Y
Y
Y
=
=
=
=
3,62
3,69
3,47
3,22
-
0,23
0,18
0,17
0,29
x
x
x
x
R2
R2
R2
R2
=
=
=
=
0,59
0,74
0,67
0,97
Ef ei to das di ferent es co mbi na çõ es de BAP
e AIA
no
co mpri mento mé di o de broto (cm) de ja mbú (A. ol eracea L. ) obti do em
condi ções in v itro . UF AM, Mana us/AM, 2008.
29
0,0
3,0
AIA (mg/L)
AIA (mg/L)
2,5
Número médio de brotos/explante
2
1,5
1
0,5
0
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
BAP (mg/L)
0,0 AIA:
3,0 AIA:
Y = 1,62 - 0,25 x + 0,04 x 2
Y = 1,27 + 0,04 x
R2 = 0,52
R2 = 0,76
F ig ura 3: Efei to das di ferentes co mbi nações de BAP e A IA no nú mero
mé di o
de
brotos/e xpl ante
de
jambú
( A.
oleracea
L.)
obti do
em
condi ções in v itro . UF AM, Mana us/AM, 2008.
30
0,0
AIA (mg/L)
1,36
Número médio de brotos > 1 cm
1,34
1,32
1,3
1,28
1,26
1,24
1,22
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
BAP (mg/L)
0,0 AIA:
Y = 1,24 + 0,02 x
R2 = 0,53
F ig ura 4: Efei to das di ferentes combi nações de B AP no número de
brotos/expl ante mai ores de 1c m de ja mbú (A. oleracea L.) obti do em
condi ções in v itro . UF AM, Mana us/AM, 2008.
31
5.2. EX PER IMENT O 2
Os
resultados
ob ti dos
através
da
anál ise
de
vari ância
e
regressão tanto para tama nho de brotos c omo para número de brotos
se encontram na T abela 8.
Ve ri fi cou-se que tanto para compri mento médi o de broto c omo
para número mé di o de broto e brotos mai ore s de 1 cm/e xpl ante, houve
di fere nça si gni fi cativa a nível de 1% e 5% de probabi l idade, entre os
di fere ntes nívei s de sacarose e ni trogêni o i norgâni co, como tamb ém
para a interação entre esses d oi s fatores.
Co m i sso, observa-se que a con centração de sacarose, a
concentração de ni trogêni o i no rgâni co, assi m como a interação entre os
dois, afe tou si gni fi cament e o cresci mento e a morfog ênese, através da
di spo ni bil i dade e pel a forma na qual o ni trogêni o i norgânico e a
sacarose foi forneci do ao expl ante.
T ab ela 8: Res umo das anál ises de vari ânci a para compri mento médi o
de brotos (CB), nú mero médi o de brotos/expl ante (NB) e número mé di o
de brotos mai ores de 1 c m de co mpri me nto (N B>1c m), em di ferentes
concentrações de sacarose e ni trogêni o i norgâni co. UF AM, Manaus/A M,
2008.
Ca u sa s d a Va r ia çã o
S a ca ro se
Nit ro gê n io
S X N
Re síd u o
G .L .
4
4
16
475
C.V (% )
*
Q ua d ra do s mé d io s
CB
NB
1 4 ,9 0 *
0 ,1 0 * *
5 ,5 8 *
1 ,3 7 *
1 ,0 0 *
0 ,1 6 *
0 ,1 4
0 ,0 3
2 1 ,0 5
1 2 ,22
NB > 1 cm
2 ,8 7 *
1 ,1 6 *
0 ,3 3 *
0 ,0 3
14 ,3 4
si gnif i c at i v o a 1% de pr obabi l i dade
** s i gni f i c ati v o a 5% de pr o babi l i dade
ns
não s i gnif i c ati v o.
32
Na T abel a 9, observa-se que a co mbi nação qu e o bti veram mai or
co mpri mento de broto foi n o mei o de cul ti vo em que a do se de 30g.L - 1
de sacarose associ ado a 5 ml .L - 1 de ni trogênio no mei o M S (2,61 c m).
Nos mei o s com val ores de sac ar os e 7,5 g.L - 1 e 5 ml .L - 1 de ni trogêni o,
ai nd a se observa ta mbé m um cres ci mento razoável dos brotos (2,48
cm).
Na F i gu ra 5, são mo str ad os os efei tos da i nteração entre
sacarose e ni trogêni o i norgâni co. Veri fi ca-se que o mode lo quadráti co
apresentou mel hor ajus te aos dados obtidos.
T ab ela 9: Mé dia s do co mpri ment o médi o de brotos (cm), obti dos in
vitro , e m di ferentes concentrações de sa carose e ni trogêni o i norgâni co.
UF AM , Ma naus/A M, 2008.
Ni trogênio i norgâni co ( ml .L - 1 )
Sacarose
0,0
5,0
10
20
40
Mé d ias
0,0
1, 26 A b
1, 17 A c
1, 05 A b
1, 1 8 A b
1, 01 A c
1, 14 D
7,5
1, 88 C a
2, 48 A a
2, 34 A B a
1, 99 B C a
1, 99 B C a
2, 14 A
15
1, 69 B a
1, 92 A B b
2, 23 A a
2, 13 A a
1, 64 B ab
1, 92 B
30
1, 55 B ab
2, 61 A a
2, 28 A a
1, 84 B a
1, 4 9 B b
1, 95 B
45
1, 22 C b
1, 96 A b
2, 01 A a
1, 82 A B a
1, 5 9 B b
1, 72 C
1, 52 c
2, 03 a
1, 98 a
1, 79 b
1, 5 5 c
(g.L - 1 )
Méd ias
A s m édi as s egui das da m esm a l et r a, m aiú sc ul as par a S A C A R O S E e m i núsc ul a s
par a N I TR O G Ê N I O não di f er em ent r e si na m esm a c ol un a pel o te st e d e T uk ey à 1 %
de si gni f i c ânc ia.
33
O me nor desenvol vi mento ocorreu na ausênci a de sa caro se e 40
ml .L - 1 de ni trogêni o present es no mei o, com 1,01 c m de co mpri mento
para novas brotações. Os mei os co m conc en tr açõe s mui to al tas de
ni trog êni o (40 ml . L - 1 ) associ adas as mai o re s doses de sac aros e (45 g.L 1
), ta mbé m propi ci ar am as menor es formaçõe s de brotos, tal vez pelo
fato d e que os me s mo e m grande s nívei s cause m efei to tóxi co às
pl an tas. Em todas as concentrações com ausênci a de sacarose, podese observar que as pl antas não desenvol veram raízes.
I sto se deve ao fato de que no cul ti vo in v itro a pl anta
desenvol vida é inefi ciente na produção de su bstânci as energéti cas para
a
manuten ção
de
seu
cre sci men to
e
desenvol vi me nto
nor mal .
A
vari ação na dosagem de sacarose i nfl uencia di retame nte na produção
de
bi oma ssa,
t an to
da
parte
aér ea
como
no
si stema
radi cul ar
(BOR KOW SKA; SZ CZ ERBA 1991; CALVET E et al ., 2002 ci tado por
T ORRE S et al., 1998), most rando a i mportân ci a dos ca rboi dratos no
me i o para o compl eto esta be leci mento da cul tura in v itro de mui tas
espéci es.
O que ta mbé m pode ser observado é que nos trata mento s e m
que
o
ni trogêni o
estava
ausente,
as
plantas
mo str ara m-se
amarel ecid as, característi ca essa que é sin to ma da defi ci ência d o
nutrie nte. Se gundo Russo wski (2001) ci tado por M al da ne r (20 06 ), i sto
se deve ao fato de que o mes mo faz parte de i nú mer as estruturas
orgâni cas, co mpon do os nucle otídeos, que formam os áci dos nu cléi cos
(RNA e DNA ), co mo també m ami noáci dos, qu e consti tuem as proteínas,
estando presente ai nda na própri a mol écul a de cl orofi la.
Est es resul tados di ferem dos encon trados por Gui marães et al .,
(1999), q ue regi straram o mai or co mpri mento de brotos de samambai aespada (Nephrolepsis exal tata ) na ausênci a de sacarose e a 5 ml .L - 1 de
ni trog êni o. Oli veira (1994) veri fi cou que no cres ci ment o dos brotos de
cri sâ nte mo (D endranth em a grand iflo ra), o mel h or tratamento foi a
co mbi nação da b ai xa concen tr ação de sacarose associ ada à bai xa
concentração de ni trogênio no me i o da cul tura. Estes resul tados
demonstra m qu e a s repost as à i nte ração entre doses de ni trogêni o e
sacarose vari am e m função da e spéci e vegetal em questão.
34
A oti mi za ção do nú mero de brotaçõ es são obs ervado s na T abel a
10 onde a mai or formação de brotos ocorreu na con centra çã o de 7,5
g.L - 1 e de sacarose e 20 ml .L - 1 de ni trogêni o co m 1,70 novos brotos.
Nos mei o s com val ores de sac ar os e de 30 g.L - 1 segui das de 40 ml .L - 1
de ni trogênio ai nda se observa ta mbé m uma formação razo ável de
brotos (1,69 cm).
T ab ela 10: M édi as do número médi o de brotos/e xpl ante, obti dos in
vitro , e m di ferentes concentrações de sa carose e ni trogêni o i norgâni co.
UF AM , Ma naus/A M, 2008.
Ni trogênio i norgâni co ( ml .L - 1 )
Sacarose
(g.L - 1 )
0,0
5,0
10
20
40
Mé d ias
1, 40 A ab
1, 5 4 A a
1, 54 A a
1, 51 A
1, 50 A B
0,0
1, 54 A a
1, 53 A a
7,5
1, 20 C b
1, 47 B a
1, 5 8 A B a
1, 7 0 A a
1, 56 A B a
15
1, 29 B b
1, 50 A a
1, 44 A B ab
1, 5 3 A a
1, 57 A a
1, 4 7 A B
30
1, 22 D b
1, 42 C a
1, 50 B C ab
1, 60 A B a
1, 69 A a
1, 4 9 A B
45
1, 27 C b
1, 4 0 B C a
1, 59 A a
1, 56 A B a
1, 59 a
1, 58 a
Méd ias
1, 31 c
1, 46 b
1, 34 C b
1, 45 b
1, 43 B
A s m édi as s egui das da m esm a l et r a, m aiú sc ul as par a S A C A R O S E e m i núsc ul a s
par a N I TR O G Ê N I O não di f er em ent r e si na m esm a c ol un a pel o te st e d e T uk ey à 1 %
de si gni f i c ânc ia.
O met abol is mo do carbono e do ni trogêni o, anal i sados sob
aspectos mol ecula res e fisi ológi cos, i nterage m com forte correl ação, na
qual a presença de carbono r eduzi do esti mul a tant o a exp ressão gêni ca
35
co mo a ati vidade de enzi mas da assi mi lação do ni trato (CO RUZ Z I,
2003). Isto é demon strado qu an do se observa que à med i da que a
concentração de sacaros e aumen ta, é aume ntada ta mb ém a efi ci ênci a
na assi mi l ação do ni trato, o que prop orci ona uma quanti dade mai or no
número de b rotos.
Em
P.
glom erata
cul ti vada
in
vitr o
Ni col oso
et
al .,
(200 1)
veri ficaram que o nú mero de brotações tem si do o parâmetro de
cresci mento menos vari ável conforme as al terações dos nutri entes d o
me i o MS .
T ab ela 11: M édi as do número mé di o de brotos/expl ante mai ores de 1
cm, obti do s in vitro , e m di ferentes conc entra ções de sacarose e
ni trog êni o i norgâni co. UF AM , Ma naus/A M, 2008 .
Ni trogênio i norgâni co ( ml .L - 1 )
Sacarose
(g.L - 1 )
0, 0
5,0
10
20
40
Mé d ias
0, 99 B c
1, 14 A bc
0, 70 Cc
1, 03 D
1, 67 A a
1, 52 A Ba
1, 46 A
0,0
1, 19 A a
1, 13 A B b
7,5
1, 17 C a
1, 43 B a
1, 50 A Ba
15
1, 24 B a
1, 43 A a
1, 37 A B a b 1, 51 A ab
30
1, 19 B a
1, 36 A B a
1, 38 A a b
45
0, 94 B b
1, 27 A ab
1, 28 A b
Méd ias
1, 14 c
1, 33 b
1, 31 b
1, 42 A B ab
1, 3 9 A B
1, 50 A ab
1, 35 A B ab
1, 3 6 B
1, 38 A b
1, 31 A b
1, 44 a
1, 26 b
1, 24 C
A s m édi as s egui das da m esm a l et r a, m aiú sc ul as par a S A C A R O S E e m i núsc ul a s
par a N I TR O G Ê N I O não di f er em ent r e si na m esm a c ol un a pel o te st e d e T uk ey à 1 %
de si gni f i c ânc ia.
36
3
0,0
5,0
10
20
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
Comprimento médio de brotos (cm)
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0
7,5
15
30
45
Sacarose (g/L)
0,0 N:
5,0 N:
10 N:
20 N:
Y
Y
Y
Y
=
=
=
=
1,41
1,37
1,31
1,37
+
+
+
+
0,03
0,08
0,09
0,05
x
x
x
x
–
–
–
–
0,0009
0,0017
0,0017
0,0011
x2
x2
x2
x2
R2
R2
R2
R2
=
=
=
=
0 ,66
0 ,61
0 ,71
0 ,63
F ig ura 5: Efei to das dif erentes co mbi nações de sacarose e ni trogêni o
i norgâni co n o compri mento mé di o de broto (c m) de jambú (A. oleracea
L.) obti do e m condi ções in vitro . UF AM, Mana us/AM, 2008.
37
0,0
5,0
10
40
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
1,8
Número médio de brotos/explante
1,7
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
7,5
0
15
30
45
Sacarose (g/L)
0, 0 N:
5, 0 N:
10 N:
40 N:
Y
Y
Y
Y
=
=
=
=
1,47
1,52
1,43
1,52
- 0,020 x – 0,0003 x 2
- 0,002 x
+ 0,009 x – 0, 0002 x 2
+ 0,009 x – 0, 0001 x 2
R2
R2
R2
R2
=
=
=
=
0,64
0,84
0,58
0,59
F ig ura 6: Efei to das dif erentes co mbi nações de sacarose e ni trogêni o
i norgâni co no n úme ro méd i o de broto/expl ante de jambú (A. oleracea
L.) obti do e m condi ções in vitro . UF AM, Mana us/AM, 2008.
38
0,0
5,0
10
20
40
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
N (ml/L)
1,8
Número médio de brotos > 1 cm/explante
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
7,5
0
15
30
45
Sacarose (g/L)
0, 0 N:
5, 0 N:
10 N:
20 N:
40 N:
Y
Y
Y
Y
Y
=
=
=
=
=
1,24
1,20
1,10
1,26
0,89
- 0,004 x
+ 0,021 x
+ 0,029 x
+ 0,029 x
+ 0,049 x
–
–
–
–
0, 0004
0, 0005
0, 0006
0, 0009
x2
x2
x2
x2
R2
R2
R2
R2
R2
=
=
=
=
=
0,53
0,68
0,54
0,50
0,58
F ig ura 7: Efei to das dif erentes co mbi nações de sacarose e ni trogêni o
i norgâni co no nú mero médi o de broto/expl ante mai o re s de 1 c m de
ja mb ú ( A. oleracea L.) obti do em condi ções in vitro. UF AM, Man aus/AM,
2008.
39
5.3. EX PER IMENT O 3
At ravés
da
T abel a
1 2,
pode mos
afir mar
que
os
substratos
uti li zados na acli mati zação de mud as mi cr opropag ada s de jambú , não
i nfl uenciaram de forma si gni fi cati va no cre sci me nto, de sen vol vi mento e
sobrevi vênci a das me smas . A ssi m, os resul tados obti dos através das
análi ses de vari ânci a mo strara m que nenhuma caracterís ti ca foi afetada
si gni fi cament e, ao ní vel de 5% de probabil i dade pa ra os di ferent es
ti pos de s ubs trat os estudados.
H ar tma nn et al . (1990), me nci onam que os pri ncip ai s efei tos dos
substratos s e man i festam sobre as raízes, podendo aca rretar al guma s
i nfl uências
sobre
experi ment o,
não
o
cres ci mento
fora m
da
encontrados
parte
aérea.
dif er enças
Poré m
neste
si gni fi cati vas
na
porcentagem de sobrevi vênci a, ta manho da parte aérea, pe so de
ma téri a fresca e peso de maté ri a sec a entr e as diferentes co mposi ç ões.
T ab ela 12 : Resu mo das anál i ses de vari ânci a p ara sobrevi vênci a (S),
al tura da pl anta (AP), peso mat éri a fres ca (PMF ) e peso ma téri a seca
(PM S) de pl ântul as de jambú acl i mati zadas em di ferentes ti pos de
substrato. UF A M, Manaus /AM, 2008.
Quadrados Mé di os
Causas da
G.L.
S
AP
PMF
PMS
Vari ação
S ubstrato
2
0,0133 n s
0,1441 n s
0,0179 n s
0, 0002 n s
Resíduo
57
0,058
4, 333
0,057
0,002
22,66
58 ,03
24,21
6,45
C.V. (%)
ns
não s i gnif i c ati v o.
**
si gni f ic at iv o a 5% pel o t e st e de T uk ey .
40
Obs ervo u-se efei to posi tivo na acli mati zação, sobre as mud as
de ja mb ú produzi das in vitro (T abela 13, F igura 8 - 1A). Pl antas
desenvol vidas no substrato ver mi c ul i ta de mon strara m superi ori dade
co m a ma i or taxa de sobrevi vênci a (69%), segui das das pl antas
cul ti vadas
no
substrato
serragem
(64%).
Entretanto
no
su bstrato
pl an tma x®, houve a men or taxa d e sobrevi vênci a (58%) .
Est es r esul tados corrobora m co m os encontrados por Nunes et
al ., (1999 ), que veri fi cara m que o uso da ver mi cul i ta proporci onou u m
ma i or cresci mento do si ste ma radi cular e mel hores condi ções de
sobrevi vênci a
das
pl ântulas
na
acl i mati zação
de
mu das
mi cr opropa ga das do porta-en xerto de maci ei ra “Marubakai do”, quando
co mpar ad o com o substrato co merci al pl antmax®.
E m exp eri mento s ta mbé m real izados por Le mos (2003), que
testando
o
sub stra to
pl antmax®
+
ver mi cul ita
(1:1)
e
s ome nte
vermi cul ita, na sobrevi vênci a de pl antas mi cro propagadas de pi mentado-rei no, concl ui u que o sub strato vermi cul i ta foi mui to ma i s e fi caz do
que o outro compost o.
Po ré m di fere m do s resul tados encontrados por W agner (2001),
que concl uíram que o au mento na prop orção da concentração de
vermi cul ita nos substratos houve u ma di mi nui ção l inear, não sendo
recomendado s para acl i ma ti zação de pl ântulas mi cropropagadas de
amorei ra-preta.
A
vari ação
na
al tura
das
pl antas
durante
a
acl i ma tiza ção
co mpor tou-se semel hante à característi ca anteri or estudada. Obs ervase ini ci al mente (T abel a 13, F i gu ra 8 - 1 B) , a s uperi ori dade na al tura
das pl antas nas mudas desenvol vidas no substrato vermi cul ita e
serragem (12, 96 e 12,38 cm), respec ti va ment e. Apó s i sso, ob servam- s e
resul tados i nferiores as produzid as e m pl antma x® (11 ,75 c m) .
Se gu ndo F i l guei ra (2000), a vermi c uli ta e xpan di da é al ta ment e
vantajo sa, poi s esse mi ne ral mi c áceo absorve até ci nco vezes o próprio
vol ume
da água. Al ém de conter teores favorávei s de K e Mg
di spo nívei s apresenta boa retenção de nutri entes graças à el evada
capaci dade de troca cati ôni ca.
41
O peso de matéri a fre sca e seca da parte a érea e das raízes das
mu das de ja mb ú não di feri u signi fica mente e m razão da vari ável ti po de
substrato uti li zado (T abela 13, F i gura 9 – 2A e 2 B).
De acordo co m o s resul tados, as pl antas estabel ecid as no
substrato co merci al pl antmax® apresentara m as mai o res val ores para
ma téri a fresc a e seca (0,53 e 0,08 g/pl anta), seguidas pel as pl antas
conduzi das e m substrato v er mi cul i ta (0,47 e 0,07 g/pl anta). As pl antas
também mostr aram-s e ma i s vi gorosas no s ubstrato pl antma x® , co mo
observado na F i gura 10.
Os pi ores resul tados para estes parâ metro s foram encontrados
nas pl antas que cresceram em serragem (0,4 1 e 0,07 g/planta). A
serragem consi ste de cascas e sobras de madei ra tri turadas ou
pulve ri zadas. Devi do ao seu bai xo cus to, l eveza e di sponi bi l idad e, esse
ma teri al é mui to util i za do. Porem exi ste a possi bil i dade da serrage m
conter ma teri as tó xi cos as pl ant as, co mo fenói s, resi nas, terpenoi des e
tani nos, por i sso re comen da-se um curti me nto de 10 a 14 se man as
antes do uso (H ART MA NN et al ., 1 99 9).
Dentre as desvantagens do uso da serragem te m- se que su a
estrutura quebra-se co m o uso, dando ori gem a partícul as mui t o fi nas,
que co mpro me tem a aeração (M ART IN EZ ; BA RBO SA, 1999).
Em
estudos
rel atados
por
Sk reb sky
(2 00 6),
qu e
testando
di fere ntes substratos co ncl ui u que de todos os subs tratos testados, o
pl an tma x®
apresenta
val ores
de
densi dade
próxi ma
do
id eal ,
fornecendo boa estabi li dade às pl antas.
Rel ata ai nda que foi o que apresent ou mai or capa ci dade de
retenção de água, fato que pode ter contri buíd o para di mi nui r as
el eva das pe rdas de á gua pel a evapotranspiração.
Al em destas, foi o que apresentou mai or espaço para aeração,
fator este responsável pe la ma nutenç ão de oxi gêni o nas raízes.
Se gu ndo H off mann (2001), o pl ant max® apresenta vant agem
pela sua uni formi dade de composi ção quí mi ca e fí si ca, di ferente do que
pode ocorrer co m o sol o e di stintos mat eri ai s orgâni cos, os quai s
podem variar mui to nas suas cara cterísti cas.
42
O substrato plant ma x® tamb ém foi um mei o apropriado para o
desenvol vi mento de pl antas mi cr oprop agadas no cul ti vo ex vit ro de
Porta-enxerto para pesseg ue iros e a mei xei ras (COUT O, 20 03), aloe
vera (SILVA , 2007) e pl antas de gi nseng brasi lei ro (SKRE BS KY, 2006 ).
T ab ela 13 : Médi as d as vari ávei s, sobrevi vência (S), al tura da pl anta
(AP) , peso maté ri a fresca ( PMF ) e peso maté ri a seca ( PMS ) de
pl ân tul as de ja mbú acl i mati zadas em di ferentes ti pos de subs trat o.
UF AM , Ma naus/A M, 2008.
Substratos
S
AP
P MF
PM S
(%)
(c m)
pl ant max®
0,58 A
11,75 A
0, 53 A
0,08 A
vermi cul ita
0,69 A
12,96 A
0, 47 A
0,07 A
serragem
0,64 A
12,38 A
0, 41 A
0,07 A
g.pl anta - 1
A s m édi as s egu i das por l et r as di st i nt as dif er em e nt r e si ao ní v el de 1% de
si gni f ic ânc i a pel o t est e de T uk ey .
Notou-se também que as pl antas re ti radas do cul ti vo in vit ro e
transpl ant adas,
apresentara m
si ste ma
radi cul ar
fino,
frágei s
e
facil mente quebrávei s, durante a reti rada do ágar. Al guns autores
afi rma m que as raí zes for mada s in vi tro não são funci on ai s, por lhes
fal tare m pêl os radi culares e conexão va scul ar e por não desenvol verem
um c âmb i o se cundári o após o período em cul tura. R el ata m ai nda que
mu i tas raízes for madas in vi tro morre m e novas s ão formadas quando
transferid as para o campo. Contudo, é possível que as raízes for mad as
i n vi tro possa m servir de s ustent ação e reserva de nutri entes até que
novas raízes se ja m formada s (G EORGE, 1993; DEB ERGH ; MAE NE ,
1981 ci tado por PO MPE LLI; GUERR A, 2006).
43
1A
0,7
0,69 A
0,68
Sobrevivência (%)
0,66
0,64 A
0,64
0,62
0,6
0,58
0,58 A
0,56
0,54
0,52
plantmax®
vermiculita
serragem
Substrato
44
13,2
12,96 A
13
Altura da planta (cm)
12,8
12,6
12,38 A
12,4
12,2
12
11,8
11,75 A
11,6
11,4
11,2
11
plantmax®
vermiculita
serragem
Substra to
F ig ura 8: Sobrevi vência (1A) e Al tura (1B) de pl antas de jambú em
di fere ntes subs tratos. Manau s/AM, 2008.
1B
45
0,6
Peso de matéria fresca (g/planta)
0,53 A
0,47 A
0,5
0,41 A
0,4
2A
0,3
0,2
0,1
0
plantmax®
vermiculita
serragem
Substrato
0,084
Peso de matéria seca (g/planta)
0,082 A
0,082
0,08
2B
0,078
0,076
0,074 A
0,074
0,073 A
0,072
0,07
0,068
plantmax®
vermiculita
serragem
Substrato
F ig ura 9: Peso de ma téri a fresca (2A) e ma téri a se ca (2B) de pl antas
de ja mb ú em di fe rentes substrato s. Manaus /AM, 2008.
46
a
b
c
F IGU RA 10: Cresci ment o de pl ântulas de ja mb ú a cli mati zad as e m casa
de vegetaç ão e m di ferentes substratos. (a) Pl antmax®, (b) vermi cul i ta e
(c) serragem. UF A M, Mana us-AM, 2008.
47
6. CONCLUSÕES
Nas condi ções e m qu e foram conduzi dos os experi men tos, podese concl ui r que:
A adi ção de regula do res de cresci mento no me i o de cul tura M S
i nfl uenciou no desen volvi mento e mu l ti pl i ca ção de pl antas de Jambú
cul ti vadas in v itro.
Mod ifi cações t anto nas concentrações de sacarose, como nas de
ni trog êni o in orgâni co i nfl uenci ara m no cresci mento do Ja mbú cul tivado
in v itro .
O sub strato pl ant ma x®, as si m co mo a ver mi cul i ta e a serragem,
são apropri ados para a acl i mati zação de pl ântul as de Ja mb ú c ul ti vadas
in v itro .
48
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