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JULHO — SETEMBRO 2014 VOLUME 1, EDIÇÃO 1 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL USF Global— Um ano, rumo à Saúde EDITORIAL DO COORDENADOR A USF Global cumpre hoje o Pontos de interesse especiais: seu primeiro aniversário. Foi um ano de compromissos, de reorganização, de planificação e estabilidade mas igualmente de responsabilidade, de consistência e de reflexão. Ultrapassámos várias vicissitudes desde estruturais a conjunturais mas reunimos determinação, empreendedorismo e labor que nos permitem sonhar. Não pretendemos mais do que nos afirmar como um serviço responsável e dedicado ao cidadão onde este encontre e reconheça a USF Global como um local de humanização tão necessário para conforto das suas vulnerabilidades em saúde. A USF Global Higiene íntima feminina Bullying Rastreios Oncológicos Crítica publicações científicas Medicina Tecnológica A melhoria do atendimento público aos cidadãos, a construção de proximidades e a elevação da qualidade dos serviços prestados serão o garante de que aquele objetivo possa ser atingido. Equipa de Profissionais da USF Global Nesta edição: 1º aniversário da USF Global 1 Humorístico 7 Eventos científicos 8 Dicionário dos utentes da Nazaré 9 Palavras de Mestre 9 Apesar de uma equipa pequena procuramos a nossa realização e satisfação pessoal. Mas, essencialmente, pretendemos corresponder às expetativas dos cidadãos e da comunidade. Todos sabemos que atravessamos um período difícil mas é precisamente nesta altura que surge a oportunidade de dar o melhor com o que dispomos e com o que, de momento, é possível. E é isto mesmo que nos guia: procuramos com menos, fazer mais, mais rápido e melhor. Constituem valores desta USF a confiança, a qualidade, a dedicação, a equidade e a formação. Será exigência de cada um de nós saber e estar à altura de todos estes predicados. Porque passamos praticamente um terço da nossa vida no nosso local de trabalho, torna-se fundamental almejar por condições humanas, estruturais e logísticas que nos permitam alcançar o êxito para que, acima de tudo, consigamos ser e fazer os outros felizes. Porque nada se faz sem o empenho e a dedicação de cada um, termino deixando a todos os colegas da USF um forte abraço de amizade e gratidão. Mas este é também o primeiro número do Boletim da USF Global. É um espaço dedicado a todos os colegas, não só da USF Global como a todos os colaboradores do ACES Oeste Norte. E igualmente aberto a todos os que com ele pretendam colaborar. A Médicos de Família ou a futuros especialistas, a Enfermeiros ou a alunos de Enfermagem, a Assistentes Técnicos e a outros Técnicos, todos têm a oportunidade de dar os seus contributos nas mais variadas formas: artigos científicos, artigos de opinião, crónicas, divulgação de eventos ou outras quaisquer que possam contribuir para uma maior ligação entre todo o universo de colaboradores do ACES. Desta forma ficaremos todos com a informação e a formação mais facilitada e mais acessível. Da nossa parte iremos também dando conta do que fazemos e do que perspetivamos fazer. Por ora a periodicidade será trimestral. Se o arrojo e a ambição crescerem poderemos editá-lo mais precocemente mas... como vivendo em época de incertezas, exigências e constrangimentos, também nos arrogamos de, humildemente, agendar a sua “saída” para... quando sair e se sair. A todos os que nos lêem agradecemos o vosso precioso tempo e a atenção que nos dispensam; a todos os que connosco queiram colaborar prestamos o nosso reconhecimento pela vossa participação e contributo que em muito nos honra. A USF Global, no seu primeiro ano de vida, formula votos de sucesso aos profissionais de todas as unidades funcionais. Licínio Fialho Página 2 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Sabe o que é o bullying ? Saiba mais… “A aceitação pelos companheiros é fundamental para o desenvolvimento da saúde dos jovens…” “Este fenómeno sempre existiu em todos os países e sociedades…” “Se não for identificado e evitado, pode produzir sérios danos psicológicos... tanto para as vítimas como para os agressores. “ E se for consigo? Com um utente seu? Com um familiar seu, ou amigo, ou conhecido? Preparado(a) para quebrar o silêncio? Já lhe aconteceu? sendo executadas dentro para as crianças envolvide uma relação desigual das, tanto para as vítiO termo “Bullying” deri- de poder. mas como para os agresva do termo inglês Este fenómeno sempre sores. “Bully”, que significa existiu em todos os países O contexto de maior “valentão”, sendo que o e sociedades, no entanto prevalência é o ambiente bullying pode ser tradu- houve uma mudança na escolar, que é o principal zido por “intimidação”, maneira de analisar es- micros sistema em que se ou seja, trata-se de um sas atitudes agressivas – dão as interacções entre comportamento de ameque até então eram ig- pares, o que não signifiaças e intimidações. noradas e/ou negligenci- ca que não ocorra nouBULLYING Segundo Lisboa, Braga e Ebert (2009, s.p.), o bullying é “o fenómeno pelo qual uma criança ou um adolescente é sistematicamente exposta(o) a um conjunto de actos agressivos (directos ou indirectos), que ocorrem sem motivação aparente, mas de forma intencional, protagonizados por um(a) ou mais agressor (es).” No bullying, a vitima possui pouco ou quase nenhum recurso para evitar a e/ou defenderse da agressão. O que o distingue de outras formas de agressão é o carácter repetitivo e sistemático, e a intencionalidade de prejudicar alguém que é mais frágil e que dificilmente se consegue defender ou reverter a situação. Assim, segundo Neto (2005), o bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, adoptadas por um jovem contra outro (s), causando dor e angústia, adas – e passaram então a encarar-se não como um fenómeno normal e inofensivo, mas como um processo que merece ser observado, pois implica graves consequências (emocionais e cognitivas) para os envolvidos. O bullying pode significar uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio de agressão, e a diferença entre este fenómeno e brincadeiras de crianças pode ser muito ténue; no entanto, quando há sofrimento de qualquer um dos envolvidos, deixa de se tratar de uma brincadeira, para passar a ser um fenómeno de bullying, que necessita de atenção por parte de pais e professores. É um processo que ocorre na esfera colectiva, portanto, é um fenómeno social pela sua natureza. Se não for identificado e evitado, pode produzir sérios danos psicológicos tros contextos. Segundo Neto (2005), a escola é de grande importância para as crianças, e os que não gostam dela tendem a apresentar maus desempenhos, comprometimentos físicos e emocionais à sua saúde e sentimentos de insatisfação com a vida. A aceitação pelos companheiros é fundamental para o desenvolvimento da saúde dos jovens, melhorando as suas habilidades sociais e fortalecendo a capacidade de reacção a situações de tensão. É de salientar que o bullying não se restringe a um determinado nível socioeconómico, faixa etária específica ou género. Enf. Luís Amaro Página 3 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Higiene íntima da mulher .. Verdades, mitos Adaptado de Medical News nº 302, 17 março de 2014 monal, emocional e hábitos de higiene. A mulher deve conhecer o seu corpo, ter noção das mudanças vaginais consideradas fisiológicas, relacionadas com o uso de contracetivos, frequência do coito, duche vaginal, uso de pensos diários, desodorizantes vaginais, utilização de antibióticos. A flora vaginal é constituída em 95% por Lactobacilus acidophilus, O estilo de vida da mulher moresponsáveis pelo pH ácido da derna tem vindo a sofrer modifivagina (3,8 a 4,5), na mulher em cações nos últimos anos, implicanidade fértil, que evita proliferado alteração de hábitos nem semção de agentes patogénese. O pre benéficos para a sua saúde e equilíbrio da flora pode ser afebem-estar. Um exemplo é o uso de tado por infeções genitais, diaberoupas sintéticas justas que contrites, toma de medicamentos e grabuí para prejudicar, ou até origividez. As infeções mais comumente nar alguns problemas do foro mais identificadas quando há desequilíintimo. brio da flora vaginal são as fúngiA beleza é importante, mas a cas (Candida albicans), as de promulher também deve atribuir im- tozoários (Tricomonas vaginalis) ou portância à sua higiene genital, as bacterianas (Gardnerella vagiconceito que não é claro e levanta muitas dúvidas. A higiene íntima Vários fatores extrínsecos feminina define-se como o conjunto podem interferir com o bem de práticas de asseio da região -estar genital feminino: anogenital com o objetivo de a atividade sexual, tipo de manter livre de humidade e resía limen ta ção , vestuá rio , duos (urina, fezes, ou fluídos). Comestado hormonal, emocional preende o hábito de cuidados específicos, que deverão contribuir para a promoção da saúde e bemestar, conforto e segurança, prevenindo e minimizando o risco de infeções. Sabe-se que a maioria das mulheres terá pelo menos uma infeção vaginal durante a sua vida, caracterizada por corrimento, pru- nalis). Nestas situações a mulher rido ou odor. geralmente queixa-se de um corriVários fatores extrínsecos podem interferir com o bem-estar genital feminino: atividade sexual, tipo de alimentação, vestuário, estado hor- mento com odor intenso ou fétido, associado ou não a prurido. As queixas podem ser apenas referidas a desconforto durante as mic- ções. Alguns casos as queixas são idênticas no parceiro sexual, sendo que a relação sexual agrava as queixas. A automedicação é o erro mais comum, sendo geralmente utilizado sempre o mesmo medicamento, não adequado ao organismo patogénico. O uso errado e frequente de produtos que alcalinizam a vagina e vulva pode facilitar o aparecimento de dermatoses. É pois importante e necessário esclarecer as mulheres sobre como conseguir uma boa higienização intima. O produto ideal para higiene intima deve ser compatível com as mucosas, não deve irritar nem secar, deve manter o pH ácido, ter ação refrescante e Desodorizante, viscosidade adequada e detergência suave. Os produtos disponíveis no mercado dividem-se em: agentes de limpeza, hidratação, proteção e facilitação das relações sexuais. Os sabões comuns possuem boa detergência produzindo bastante espuma mas o seu pH alcalino pode danificar a barreira superficial da pele levando a secura excessiva. Os sabões transparentes (exemplo glicerina) potenciam secura excessiva e irritação cutânea. Os sabões cremosos são enriquecidos com agentes humidificantes que protegem a pele e não interferem tanto com a camada lipídica. Os produtos em barra também não são indicados porque geralmente são muito abrasivos e compartilhados por toda a família facilitando a contaminação. Continua na página seguinte Página 4 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Higiene íntima da mulher .. Verdades, mitos corrente para favorecer a remoção mecânica das secreções e com movimentos que evitem o arrastar de conteúdo perianal para a região vulvar. Não devem ser utilizados sprays, perfumes, talcos ou lenços humedecidos. Os sabonetes íntimos (sólidos) têm como substancia ativa principal uma base tensioativa de natureza aniónica e anfótera, podendo incorporar agentes hidratantes e reguladores de pH, anti-irritantes, regeneradores e protetores da zona vulvar, antipuriginosos e antissético. (Saforelle®) O uso sistemático de penso higiénico não é recomendado. Mulheres com excesso de transpiração ou incontinência urinária devem utilizar pensos higiénicos respiráveis (sem plástico) ou, preferencialmente, usar vestuário absorvente. A higiene íntima deve ser realiza- O estabelecimento de rotinas de da de uma a três vez por dia, não higiene diária é crucial para estar devendo exceder os 3 minutos pa- sempre cuidada. ra evitar secagem excessiva do Dr.ª Inês Rocha local. Após a lavagem deve existir cuidado de hidratação, com gel (Saugella ®) ou creme de base aquosa (Velastisa V.V. ®) com pH compatível com a mucosa vaginal. O gel que produz espuma com a massagem são geralmente agradáveis e proporcionam uma sensação de frescura. (Velastisa intim ®, Saugella ®) Os toalhetes humedecidos são uteis em algumas situações como higiene fora de casa, sanitários públicos, mas o seu uso não deve ser frequente pois pode remover o biofilme lipídico da pele. (Lactacyd ®, Saforelle ®, Saugella ®) Os sabonetes líquidos íntimos são produtos a base de acido latico e têm como objetivo manter o pH mais próximo do ideal para o desenvolvimento e manutenção das células da pele. São recomendados para uso externo e não para lavagens vaginais, nem para tratamento de infeções ou inflamações. (Lactacyd ®, Saforelle ®). Além da escolha do produto de limpeza é importante a técnica: a lavagem deve ser feita com água Continua na página seguinte Página 5 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Rastreio Oncológico O cancro é uma das doenças com maior incidência em Portugal e responsável por um elevado número de mortos. O reconhecimento dos sinais de alerta e um rápido diagnóstico numa fase inicial potenciam exponencialmente as probabilidades de sucesso no tratamento. A consciencialização e participação do utente na prevenção e deteção precoce são fundamentais. Rastreio do cancro do colo do útero Rastreio do cancro da mama Rastreio do cancro do Colon e do Recto O Programa de Rastreio de Cancro do colo do útero é dirigido a mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos e deve ser realizado pelo menos de 3 em 3 anos ou de acordo com a indicação clínica. Trata-se de um exame (citologia) indolor e eficaz na deteção de células anormais do colo uterino que podem vir a resultar em cancro se não tratadas. O Programa de Rastreio de Cancro da Mama é dirigido a mulheres assintomáticas (que não apresentam sintomas) com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos devendo ser realizada mamografia a cada dois anos. A USF Global tem vindo a implementar o rastreio do cancro colorectal a todos os seus utentes com idades compreendidas entre os 50 os 74 anos, baseado no exame na pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) ou pela endoscopia digestiva baixa. Apesar da divulgação e convocação das utentes da USF Global para realização do rastreio, constatamos uma certa renitência em aderirem ao programa, o que nos deixa preocupados com as possíveis consequências. Em 2013 aquando do inicio da actividade enquanto USF, apresentávamos uma taxa de 37,8% de mulheres com idades entre os 25 e os 60 anos com colpocitologia atualizada. Com uma meta para 2013 de 45% de mulheres a rastrear, em Dezembro de 2013 obtivemos uma taxa de 46,5% de mulheres rastreadas. Este ano, e bianualmente, as utentes em idade de rastreio receberam uma carta de convocatória para se dirigirem, ou foram pela primeira vez, à Unidade Móvel de Rastreio de Cancro, que esteve junto do Centro de Saúde da Nazaré. Também aconselhamos a realização mensal do auto-exame da mama para despiste de alterações. Durante este procedimento a mulher poderá detectar alterações de coloração, de tamanho, da forma das mamas, podendo ainda despistar a existência de feridas, nódulos e corrimento mamilar. Qualquer alteração detectada na mama, mamilo e axila ou se dúvida aconselhamos melhor esclarecimento com o médico de família. No ano de 2013, a unidade cresceu de 15,34% de utentes, entre os [50-75[ anos, com RCCR efectuado e em Dezembro de 2013 obtivemos um resultado de 30,33% de utentes com rastreio, sendo que a meta contratualizada era de 25%. É fundamental que todos os profissionais de saúde veiculem uma politica de auto-responsabilização dos utentes pela sua saúde e aproveitem as oportunidades oferecidas pela USF. Enf.ª Aldina Santos Página 6 C BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Leitura crítica de publicações científicas om o aumento exponencial de trabalhos publicados, muito se tem escrito sobre como deve ser feita a leitura de um artigo cientifico. Assim, fazendo uma revisão do que os especialista nesta área indicam como orientações de leitura de trabalhos científicos, pareceu-nos importante transmitir de forma sucinta os pontos-chave encontrados. Q uando lemos um artigo, o principal objectivo é perceber a contribuição científica que o autor pretende dar. Ler um artigo deve ser um processo crítico, não devendo por isso assumir-se que os autores estão sempre correctos. A leitura crítica implica colocar questões adequadas. Se os autores tentam resolver um problema, devemos perceber se será um problema pertinente, se existem soluções simples que os autores não consideraram e quais são as limitações das soluções que apresentam (mesmo as que os autores poderão não ter percebido ou admitido). Devemos perceber também se as considerações que os autores fazem são adequadas, bem como se a organização do artigo é clara e justificada. Quando são apresentados dados, devemos perceber se foram reunidos os dados correctos, se foram interpretados de forma correcta e se outros dados seriam mais consistentes. leitura crítica deve ser feita de forma construtiva, o que muitas vezes se torna ainda mais difícil. Assim, devemos perceber quais são as boas ideias a retirar do artigo, se essas ideias têm outras aplicações ou extensões que os autores podem não ter pensado, se podem ser generalizadas e se existem melhorias que podiam ter sido feitas com significado prático importante. uma resposta a uma questão específica. Se depois de ler uma vez o artigo, tentarmos sumarizá-lo numa ou duas frases e o conseguirmos fazer, é sinónimo de que percebemos a questão inicial e a resposta final. Uma vez que conseguimos perceber a ideia chave, podemos depois reler com mais detalhe e perceber outros pormenores incluídos. De destacar que podemos pensar também se poderíamos começar a fazer investigação a partir do artigo lido e nesse caso qual seria o próximo passo. Resumir o artigo é uma forma de tentar determinar a sua contribuição científica. No entanto, para realmente aferir o seu mérito científico, torna-se necessário comparar o artiFazer notas em caso necessário go a outros trabalhos na mesma pode ser um ponto muito importan- área. te. O número de artigos lidos não É importante referir que as contripermite fazê-lo em todos, no entan- buições cientificas podem tomar váto muitas vezes pode ser importante rias formas. Alguns artigos oferecem escrever tópicos nas margens ou ideias novas, outros implementam sublinhar pontos-chave, como por ideias e/ou mostram a forma como exemplo dados mais importantes ou funcionam, outros ainda reúnem váquestões mais controversas, o que rias ideias dispersas no mesmo traajuda sobretudo quando existe mais balho. tarde necessidade de o rever. Dr.ª Raquel Osório Quase todos os bons artigos de Não devemos esquecer-nos que a investigação tentam proporcionar Boas Leituras Página 7 VOLUME 1, EDIÇÃO 1 Humorísticas negócios de família... O sujeito chega no consultório do psiquiatra e desabafa: - Doutor, preciso da sua ajuda! Acho que tou a ficar maluco! Já lá vão três noites que não consigo dormir de tanta preocupação! - E qual o motivo de sua preocupação? - Dinheiro, doutor! - Ah! Mas é muito fácil. É só o senhor parar de pensar no assunto. Outro dia esteve aqui um camarada que também não conseguia dormir por causa das dívidas que tinha contraído com o tio. Disse-lhe que o tio é que deveria ficar preocupado, já que tinha dinheiro pra receber. Daí em diante, ele passou a dormir tranquilo! - Pois é, doutor, era o meu sobrinho! No hospital... O dono do hospital, ansioso, pergunta ao medico que acabou de internar uma nova paciente: - E entao, que tal a paciente do 208? - humm...bem gerida a coisa, pode render uns 5 mil euros por mes... remédios... O medico da uma bronca no paciente: – Nao estou a perceber “qual e a sua”... Voce passa a vida a pedir remedios pra dormir, mas nao sai daquela boate perto da sua casa! – O senhor nao entendeu mesmo... Os remedios sao pra minha mulher! Dieta milagrosa... - Doutor, como eu faço para emagrecer? - Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. - Quantas vezes, doutor? - Todas as vezes que te oferecerem comida. Como dar más notícias à esposa Uma senhora chega ao hospital e pergunta: – Doutor, sou a mulher do Ze, que sofreu um acidente. Como ele esta? – Bem, da cintura para baixo, ele nao teve nem um arranhao. – Poxa, que alegria! E da cintura para cima? – Nao sei. Ainda nao trouxeram essa parte. (psico)terapias... O psiquiatra incentiva o paciente: - Pode me contar desde o princípio... - Muito bem, doutor! No princípio... eu criei o ceu e a terra... maluquinho... O sujeito vai ao psiquiatra e queixa-se: - Doutor! A minha mulher diz que sou maluco só porque eu gosto de mortadela! O doutor responde: - Mas isso não faz o menor sentido! Eu também adoro "MORTADELA"!! E o paciente: - Pois é, pois é!!! Então vamos lá pra casa ver a minha coleção! Eu já tenho mais de "TRE-ZEN-TAS!! votação... Um homem vai ao medico e diz: - Doutor, quero fazer uma vasectomia. O medico adverte: - Essa e uma decisao muito seria. O senhor ja consultou a sua mulher e seus filhos? - Claro que sim, doutor. Os que sao favoraveis venceram por 19 a 2! Consultório..ou domicílio... Alta madrugada e o telefone toca na casa do medico. O medico, sonolento, atende o telefone. - Alo... - Doutor, quanto e que o senhor cobra por uma consulta na casa do paciente? - Duzentos euros. - E por uma consulta no seu consultorio? - Cem euros. - Ta bem, atao encontramo-nos daqui a meia hora la no seu consultorio. Página 8 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Medicina informática vs Medicina centrada no utente E a médicos e enfermeiros? sta rubrica aborda e abordará nas próximas edições os desafios impostos pela inovação tecnológica na prática clínica diária. Sem dúvida, de positivo destacam-se: os registos legíveis, a maior facilidade de consulta dos registos, maior facilidade em prescrever (com simples clicks em vez da escrita manual), os dados administrativos do utente disponíveis. E o que nos é exigido: Quantas plataformas informáticas diferentes estão a ser usadas? E que variam de unidade para unidade; e na mesma unidade, ausência de transmissão de dados e registos efectuados pelos profissionais de sectores diferentes...resultado...duplicação de trabalho. 15 minutos predomina ser entre o Méd./Enf e o computador. E que mais nos exigem? Indicadores...olhem os BI. ”se não clicar aqui...ali e ali”, por melhor cuidado que tenha na realidade prestado ao utente, “não clicou, não está bem vigiado...não atingiu indicador” Susana Santos E que mais implica? Muita atenção e dedicação à máquina dos registos: o computador. E o utente? Espera, a sua vez, de poder entrar na relação que em EVENTOS CIENTÍFICOS 2014 Evento Area Datas Medicina Geral/ Cuidados Primários De 02 a 05 Julho Open Day Wonca International Classification Committee MGF/CSP De 6 a 11 de Setembro Wonca International Classification Committee, FCM-UNL MGF/CSP 6 de Setembro Outra De 02 a 03 Outubro Medicina Geral De 24 a 25 Outubro 6º Congresso Português do Cancro do Pulmão Oncologia De 09 a 11 Outubro 15.º Congresso Nacional de Pediatria Pediatria De 15 a 18 Outubro X Congresso Nacional de Psiquiatria Psiquiatria De 13 a 14 Novembro Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia 2014 Outra De 20 a 22 Novembro Escola de Outono da APMGF-2014 MGF De 20 a 22 Novembro 19.ª Conferência WONCA Europa 4º Congresso Nacional de Saúde Pública 13ºEncontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família VOLUME 1, EDIÇÃO 1 O DICIONARIO DOS UTENTES Dôtora, eu nã durmo ...afoga-se-me Página 9 Aah Dôtora, tô xeia da dôres na coluna vertical !!! a garganta, depois o coração pára de bater ...e as dores...parece um cão a quemer-me per dentre… qué iste ó Dôtora? Dôtora, venho buscar uma cardencial pro especialista do autoringo Aah Dôtora, o cardiologista diz qu´ê tanho uma ratimia cardícula... Dr.ª Lídia Esgaio Carepa PALAVRAS DE MESTRE “Comece por fazer que é necessário, depois o que é possível, e de repente estará a fazer o impossível” São Francisco de Assis (1182-1226) FICHA TECNICA USF Global Caixins Colaboradores nesta Edição: Licínio Fialho, Lídia Carepa, Inês Rocha, Helena Isabel Fernandes, Aldina Santos, Luís Amaro, Raquel Osório, Susana Santos 2450-125 Nazaré Telefone: 262 569 120 Fax: 262 561 938 [email protected] Publicação trimestral