lembrando - Walter Smetak

Transcrição

lembrando - Walter Smetak
C O N C E R T O
lembrando
smetak
C E N T E N Á R I O D O C O M P O S I T O R
30 de maio de 2013
18h
Reitoria da UFBA
C O N C E R T O
lembrando
smetak
p r o g r a m a
C E N T E N Á R I O D O C O M P O S I T O R
Walter Smetak, nascido a 12 de fevereiro de 1913 em Zurique, imigrou para o
Brasil em 1937. Filho de um casal Tcheco que habitava a cidade de Zurique,
Smetak desde cedo teve contato com a música. Seu pai, exímio tocador de
Cítara, foi seu primeiro professor. Embora desejasse tocar piano, um acidente
que tirou a coordenação de sua mão direita fez com que estudasse violoncelo.
Formou-se no Mozarteum de Salzburgo e tornou-se concertista em 1934 no
Conservatório de Viena, junto com Pablo Casals.
Em 1937 muda-se para o Brasil, contratado pela uma Orquestra Sinfônica de
Porto Alegre. Descobriu apenas após sua chegada que a orquestra já não existia
mais. Passa a viver em São Paulo e Rio de Janeiro tocando em festas, cassinos
e orquestras de rádio. Acompanha cantores em gravações e chega a tocar com
Carmem Miranda.
Em 1957 muda-se para Salvador, na Bahia, chamado por Hans Joachin
Koelreuter onde passa a ser pesquisador e professor na Escola de Musica da
Universidade Federal da Bahia. Lá conhece a teosofia e passa a realizar
pesquisas sonoras. Constrói uma oficina onde cria instrumentos musicais com
tubos de PVC, cabaças, isopor e outros materiais pouco usuais. Alguns dos
instrumentos não têm utilidade puramente musical. São esculturas influenciadas
por sua forma mística de encarar a música e as formas. Ao longo de sua
permanência na UFBA, o músico construiu cerca de 150 destes instrumentos, os
quais chamou de "plásticas sonoras". Além disso atuou como violoncelista na
Orquestra Sinfônica da UFBA e lecionava som e acústica.
Também foi escultor e escritor. Participou em 1967 da I Bienal de Artes Plásticas
de Salvador. Escreveu mais de 30 livros, três peças teatrais.
A partir de 1969 sua oficina passou a ser freqüentada por Gilberto Gil, Rogério
Duarte e Tuzé de Abreu. Além deles, também foram seus alunos, Tom Zé,
Gereba, Djalma Correia e Marco Antônio Guimarães. Para executar seus
instrumentos, criou, com os alunos da Universidade, o "Grupo de Mendigos" que
realizou apresentações na Bahia e em São Paulo.
Há exatos 29 anos, neste mesmo dia, falecia em Salvador aquele que ficou
conhecido com o Alquimista dos sons. A Escola de Musica celebra hoje sua
memória com um concerto em que apresenta duas facetas do compositor. Uma
primeira mais tradicional com a integral de sua obra para piano, além de duas
obras para piano e Violoncelo, seu instrumento, e piano e violino, e a segunda
completamente experimental e improvisatória.
I PARTE
Luar sobre a Serra (Pastorale)
Caminhos cheios de Barro (valsa engraçada)
Muitos pintos e somente uma galinha
Criança Adormecida
Lenda do Norte
Conversa Fiada
Beatriz Alessio, piano
Muito longe será a cidade
Liedchen ohne jede Bedeutung (Modinha brasileira)
Um dia de Grande Alegria
Prelúdio e Dança
Miguel Angel Scebba, piano
Adeus, adeus
Beatriz Alessio, piano e Marcos Roriz, violoncelo
Ela era tão bonita, tão bonita (Introdução e Tango)
Miguel Angel Scebba, piano e Uibitu Smetak, violino
II PARTE
Improvisação Coordenada por Tuzé de Abreu com os convidados:
Uibitu Smetak
Sérgio Souto
Guilherme Maia
EdBrass Brasil
Nancy Viegas
Orlando Pinho
Letieres Leite
Wilson Café
Grace Carvalho
Thiago Trad
João Meireles
Stevan Dantas