Workpackage 4 - Project Daffodil
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Workpackage 4 - Project Daffodil
Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva DAFFODIL project www.daffodilproject.org Dynamic Assessment of Functioning and Oriented at Development and Inclusive Learning A Comenius multilateral project - 142084-2008-LLP-BE-COMENIUS-CMP Workpackage 4 Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva1 Jo Lebeer e Petri Partanen (Eds)2 Porquê estas linhas orientadoras? São necessárias novas formas de avaliação, que olhem para a criança de uma maneira diferente: ver como uma criança funciona e aprende, de uma maneira dinâmica e interactiva, cujo objectivo é perceber o funcionamento da criança, no contexto da aprendizagem, e descobrir como ela poderia funcionar e aprender melhor, como pode participar (e que possíveis problemas tornam a participação difícil). Existem métodos e sistemas relativamente inovadores que podem ser uma fonte de inspiração, os quais foram apresentados e discutidos nas páginas anteriores. Ao mesmo tempo, a avaliação deve ser orientada para o contexto escolar da criança: como um(a) professor(a)/escola poderia funcionar melhor para acomodar e ensinar todas as crianças, incluindo aquelas com dificuldades. O objectivo da avaliação deveria ser planear e monitorizar adequadamente uma intervenção educacional provocadora que permita à criança ser incluída o mais possível. Estas linhas orientadoras têm o propósito de guiar o avaliador e a sua organização na condução de avaliações funcionais de uma maneira inclusiva, de modo a contribuir para o processo de inclusão que beneficie a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. As linhas orientadoras indicam actividades concretas empreendidas antes, durante e após uma avaliação. Estas actividades deveriam ser identificáveis e possíveis de avaliar. Como foram constituídas as linhas orientadoras Estas linhas orientadoras foram elaboradas pelo Grupo de Projecto interdisciplinar DAFFODIL, que consiste em psicólogos, professores, pais e médicos de Países Parceiros (BE, HU, SE, PT, RO, NO, VI), durante os dois anos de duração do projecto. Foram, na altura, discutidas e corrigidas em focus 1 Este projeto foi financiado com o apoio da Comissão Europeia, o programa de aprendizagem longa vida. Este documento reflecte as opiniões dos autores apenas, e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer utilização que possa ser feita das informações nele contidas. 2 Editado por Petri Partanen (Elevhälsen, Ostersund, Mid-Sweden University) & Jo Lebeer (Universidade de Antuérpia, BE), versão 23/02/11. Este texto foi elaborado pelo grupo de projeto interdisciplinar DAFFODIL, composto por psicólogos, professores, pais, médicos da partner países (BE, HU, SE, PT, RO, não, BVI); Ele foi discutido e alterado em grupos de foco nos países parceiros e participantes da escola internacional de Verão em Évora, 5-10/9/2010; Depois disso foi finalizado e enviada novamente para um consenso no grupo editorial. 1 Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva groups nos países parceiros e pelos participantes na Escola Internacional de Verão, em Évora, de 5 a 10 de Setembro de 2010. Depois disso, foram finalizadas e de novo submetidas para consenso no grupo editorial. Contribuíram cerca de 80 profissionais e pais. As linhas orientadoras não são organizadas hierarquicamente ou exaustivas mas apontam para áreas de foco no processo de avaliação. Para quem são úteis estas linhas orientadoras? Estas linhas orientadoras são dirigidas principalmente àqueles que estão envolvidos no papel de avaliadores de um aluno com necessidades (especiais) de educação e desenvolvimento – por ex. psicólogos de escola, psicólogos educacionais, médicos, professores NEE, terapeutas da fala e da linguagem, fisioterapeutas e terapeutas educacionais. Mas também podem ser úteis para professores e pais, que fazem parte do processo. Porque são avaliadas as crianças? Podem existir diferentes objectivos para um aluno ser avaliado: - para se perceber como um aluno/pessoa (com dificuldades) funciona e aprende; - para se fazer um inventário e perceber as dificuldades e incapacidades, e as suas dificuldades para executar actividades e participar na sala de aula e vida escolar; - para se perceber as condições sob as quais um aluno funciona e aprende; - para se descobrir o potencial de aprendizagem de uma criança; - para se descobrir as necessidades (especiais) de educação da criança; - para se ter uma base para conceber um plano de educação individualizado; - para se ser capaz de criar um bom contexto de aprendizagem inclusiva; - para se informar as pessoas que trabalham com um aluno; - avaliação formativa: ser-se capaz de formular a opinião e elaborar a intervenção de como trabalhar com um aluno; - avaliação formativa: informar o aluno acerca do seu processo de aprendizagem e progresso; - avaliação sumativa (orientada para o objectivo a alcançar): para se ver onde o aluno se situa actualmente no seu processo de aprendizagem, o que ele atingiu; - avaliação normativa (tal como na psicometria): para se categorizar o desempenho de um aluno numa população; - objectivo de classificação: classificar as crianças em categorias para elaborar a linha de conduta educacional, os planos de acção das necessidades especiais, os objectivos orçamentais; - avaliação utilitária: para se obter um benefício (financeiramente ou outro tipo) de protecção de dispensa. Nem todos os métodos de avaliação são adequados para todos os objectivos atrás mencionados. Métodos e sistemas diferentes têm de ser utilizados quando o fim é a medição e a comparação objectivas, ao invés de quando o objectivo é compreensão e planeamento. Princípios básicos que norteiam a avaliação 2 Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva As linhas orientadoras “DAFFODIL” que propomos são baseadas num número de “postulados” ou modelos básicos, os quais foram explicados ao longo deste livro: - um modelo de incapacidade bio-psico-social, mais concretamente: o modelo CIF (WHO, 2007); - uma visão contextual da aprendizagem; - um ponto de vista interacional da avaliação (Feuerstein et al, 2002, Haywood & Lidz, 2007; Pameijer, 2006) - uma visão inclusiva (Booth & Ainscow, 2002); - um modelo construtivo social de incapacidade e desenvolvimento (Fougeyrollas & Beauregard, 2001); - a modificabilidade de cada indivíduo (Feuerstein et al, 2002); - teorias da aprendizagem e funções cognitivas (Das, Naglieri & Kirby, 1994; Feuerstein et al, 2002; Nyborg, 1993). O que queremos dizer com avaliação dinâmica? A avaliação dinâmica é definida como “uma abordagem interactiva para realizar avaliações nos domínios da psicologia, fala/linguagem ou educação que se foca na habilidade do aluno em responder à intervenção” (Haywood & Lidz, 2007). O propósito básico da avaliação dinâmica é uma avaliação da modificabilidade, dos processos de aprendizagem e de resposta ao ensino daquele que aprende. A avaliação dinâmica – em oposição à avaliação “estática”, psicométrica – é dinâmica em quatro aspectos: (1) uma conceptualização de inteligência dinâmica (em oposição ao conceito estático do “g” como uma característica imutável do indivíduo); (2) dinâmica na sua escolha dos instrumentos para avaliação, dependendo das necessidades individuais da criança; (3) dinâmica no seu modo de aplicação: é altamente interactiva, vê as reacções ao ensino e à aprendizagem e olha para o efeito do modo de ensino no aluno; é portanto sempre efectuada em várias sessões durante um período relativamente breve de tempo; e (4) é dinâmica no modo como é interpretada e como são dadas as recomendações. O que queremos dizer com avaliação funcional? A avaliação funcional significa que o funcionamento de um indivíduo é avaliado em vários domínios: cognitivo, sócio-emocional, motor, linguagem e comunicação; quais as dificuldades que uma criança pode experimentar ao executar todo o tipo de actividades com os outros. Procura também factores no meio envolvente que poderão constituir uma barreira ou facilitar a actividade e a participação. Um quadro para a avaliação funcional foi dado pela Organização Mundial de Saúde no modelo CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) (WHO, 2007). O que é a educação inclusiva? A educação inclusiva reconhece que a inclusão na educação é um aspecto de inclusão na sociedade. Na educação inclusiva, as culturas, as linhas de conduta e as práticas nas escolas são reestruturadas para que respondam à 3 Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva diversidade dos estudantes na sua área. Não há nenhuma razão para educar as crianças com incapacidades ou diferenças em escolas separadas porque todas as crianças têm necessidades especiais. Numa escola inclusiva todas as crianças, independentemente da incapacidade ou não, aprendem juntas tanto quanto possível. A participação de todos os estudantes é aumentada nos aspectos culturais, nos programas e nas comunidades onde estão inseridas as escolas. Reduz as barreiras à aprendizagem e à participação de todos os estudantes, não só daqueles com incapacidades ou daqueles que são categorizados como “tendo necessidades especiais de educação”. Observa as diferenças entre estudantes como recursos para apoiar a aprendizagem, mais do que problemas a ultrapassar. Reconhece o direito dos estudantes à educação na sua área local. Realça o papel das escolas na construção da comunidade e no desenvolvimento de valores, como também no aumento das realizações. Alimenta relações mútuas e seguras entre as escolas e as comunidades (Booth & Ainscow, 2002) Linhas orientadoras para fazer a avaliação inclusiva e dinâmica 4 Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva O quê? Linhas orientadoras gerais 1. Adoptar uma perspectiva inter-profissional Como mostrar isto, exemplos? Porque pode ser importante? - O avaliador mostra curiosidade e respeita a pluralidade dos pontos de vista, ideias dos diferentes actores. - Procurar arduamente criar uma rede de colaboração para ajudar o aluno. 2. Adoptar uma perspectiva interacional - O avaliador examina o funcionamento de um aluno em relação a outras pessoas e contextos envolvidos na aprendizagem do aluno (professor, pais, colegas, em relação aos materiais, programa, sistema, meio envolvente, etc.) - O avaliador reflecte sobre os seus valores e conceitos no tocante à inclusão, avaliação e crianças com necessidades especiais. - Faz parte da pesquisa, das políticas relativas à inclusão de crianças com necessidades especiais. Avalia o seu trabalho. - Trabalha de acordo com as linhas orientadoras para avaliação da Comissão de Teste da Associação Internacional de Psicólogos. - A avaliação é trabalho de equipa. Barreiras à aprendizagem podem aparecer no comportamento/atitudes das pessoas envolvidas no ensino e aprendizagem. Podem existir barreiras entre as diferentes profissões/paradigmas que necessitam ser ultrapassadas. - A aprendizagem de um aluno não é meramente determinada pelo funcionamento do cérebro, mas por múltiplas interacções complexas. 3. Ter conhecimento dos valores e conceitos relativamente à avaliação e à inclusão Fase inicial de avaliação 4. Identificar pessoas-chave 5. Construir a avaliação como uma oportunidade de aprendizagem - O avaliador identifica e indica as pessoas-chave e fóruns na organização da escola. - Explora a estrutura organizativa antes de iniciar a avaliação. - Contacta as pessoas-chave que têm informação directa da criança: professores, pais, director da escola, psicólogo, terapeutas, médicos, etc. O avaliador faz reuniões antes, durante e depois da avaliação. Coloca questões e hipóteses, alimenta um tom de reflexão. - O avaliador dialoga com os alunos, pais e professores com o objectivo de avaliar, o que há para descobrir acerca da funcionalidade e da aprendizagem; descobrir as potencialidades e dificuldades, possibilidades e mudança. - O conceito de inclusão e crianças com necessidades especiais é debatido constantemente; o avaliador necessita de ter definições e pontos de vista conscienciosos. - Para fazer com que a avaliação seja efectiva, pessoas com autoridade e influência crucial no aluno e o contexto de aprendizagem deve ser atingido. - Para contrariar as expectativas de respostas rápidas/diagnósticos/relatórios, isto é, produto-orientação. - Para obter a motivação do aluno e do professor e máxima cooperação para colocar no processo de avaliação, ao mesmo tempo que ultrapassa as possíveis experiências negativas de testes do passado. - A avaliação pode ser um processo dual; pode-se avaliar uma Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva - O avaliador explica também que está ali para ajudar a descobrir maneiras de melhorar a aprendizagem. - O avaliador explica que está ali só para ajudar a criança mas também o professor. - A avaliação tem lugar em diferentes ocasiões. 6. Definir objectivos comuns - O avaliador, em conjunto com o aluno, professores e pais, e recompor as questões de define os objectivos comuns e recompõe as questões referência iniciais de referência, antes de iniciar a avaliação. - Utiliza o tempo para discutir e recompor a questão de referência para que possa ser ligada à situação comum e ao objectivo de inclusão. - Manter o foco nas necessidades educativas do aluno. - Reparar também no modo como o professor interage com a criança. - O avaliador é responsável por tentar criar um ponto de vista conjunto entre o aluno, pais e outros actores sobre as necessidades de avaliação. - O avaliador procura as potencialidades (fontes de resiliência) no aluno e no seu meio envolvente e recompõe as necessidades de uma maneira positiva. 7. Escolher os instrumentos - O avaliador, juntamente com os alunos e os pais, escolhe de avaliação em relação aos numa vasta gama de instrumentos, relacionados com os objectivos objectivos da avaliação e com a questão de referência: individualizada e orientada para o contexto; não limita a sua escolha a uma bateria de testes individualizada orientada para o aluno. No decurso do processo de avaliação 8. Avaliar a aprendizagem - Começar por procurar os talentos e potencialidades nos no contexto, potencialidades diferentes domínios da aprendizagem e da vida diária, e necessidades também fora da escola. - Os avaliadores exploram áreas de acordo com o desenho corrente do contexto/ambiente de aprendizagem. - Olhar também para os hipotéticos/futuros desenhos dos contextos de aprendizagem. - Obter informação de como os alunos funcionam na sala de aula, com os colegas e em casa. criança para a ajudar a ultrapassar os seus problemas de aprendizagem; mas também se pode avaliar o professor de modo a ajudá-lo a interagir com a criança. - A avaliação não é um evento único localizado no tempo, mas um processo de observação ao longo do tempo. - O objectivo da avaliação deve ser descobrir como um aluno pode aprender e participar num ambiente inclusivo. Se a inclusão não é partilhada como um objectivo, de alguma maneira desejável, a avaliação não contribui para conhecer o “como fazer” na vida quotidiana, perdendo o impacto. - Olhar sistematicamente para a potencialidade e resiliência cria de imediato uma orientação diferente e uma atmosfera positiva. - Baterias de testes modelo têm o seu lugar, mas somente como parte da completa avaliação contextual. - Escolher instrumentos por causa da familiaridade nem sempre pode endereçar as questões de referência. - É importante olhar não só para as áreas que não funcionam bem, mas também para áreas que funcionam, isto é talentos e potencialidades, de maneira que ajudem a estabelecer uma auto-estima positiva. - A dificuldade com a aprendizagem (sem ter em conta a severidade) nunca é só uma dificuldade do próprio aluno, mas é uma acção combinada entre funções biológicas, psicológicas e barreiras sociais. Alargar a perspectiva da aprendizagem para incluir o que é feito no contexto de aprendizagem. Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva 9. Adoptar uma perspectiva sobre as possibilidades potenciais e de aprendizagem 10. Criar uma relação de colaboração positiva - Organizar uma ou mais observações na sala de aula. - Reparar na interacção professor/aluno. - Procurar barreiras à aprendizagem no funcionamento biológico e psicológico da pessoa. - Procurar barreiras à aprendizagem no contexto do aluno: família, sala de aula, ambiente: barreiras físicas, ausência de ajudas técnicas, atitudes. - Procurar barreiras à aprendizagem no programa - Procurar barreiras à aprendizagem na avaliação académica do sucesso. - Procurar necessidades ou ajudas no meio envolvente que possam auxiliar o aluno a executar uma actividade e a participar. - Procurar actividades que o aluno já está a realizar, com ou sem ajuda. - Procurar áreas de motivação, de prazer e com sentido de competência. - Procurar aquela ajuda (mediação) que é necessária, e em que actividades é necessária. - Traçar as potencialidades (facilitadores de aprendizagem) do meio que envolve os alunos. - Traçar as áreas que necessitam de ser reforçadas. - Utilizar ferramentas que explorem a funcionalidade em processos básicos com uma compreensão dinâmica, que providencie a compreensão de como desenvolver as condições para futuros benefícios para o aluno. - Utilizar métodos que envolvam uma fase de ensino dinâmico (mediação). - Adaptar o ensino para ser flexível em função das necessidades diferenciais e respostas. - Reparar nas alterações após a aprendizagem. - O avaliador faz um esforço para motivar o aluno a colaborar, para ultrapassar a ansiedade e a resistência. - Isto é importante para sugerir medidas de apoio e activação. - Se o foco está só no diagnóstico ou no nível corrente ou histórico da funcionalidade, pode não contribuir para uma compreensão profunda de como este aluno específico pode ser apoiado. - A avaliação e o ensino fazem parte do mesmo processo. - Baseado na perspectiva da plasticidade de construção do cérebro humano, em relação ao meio envolvente, é importante adoptar ferramentas que possam ser usadas de modo dinâmico. - Reparando no resultado dos princípios do ensino (mediação), dá uma informação relevante acerca de como um aluno pode ser ensinado. - A avaliação é mais um diálogo que um monólogo. A utilidade depende da colaboração do aluno e do ambiente em que está Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva - Tem atenção ao modo como os professores/pais/crianças reagem durante a avaliação. - Utiliza a sua sensibilidade e intencionalidade como uma ferramenta durante o processo de avaliação. - Convida os actores para darem o feedback das suas experiências da avaliação. - Ajusta os objectivos e a comunicação durante o processo de avaliação. No final do processo de avaliação 11. Comunicar as - Os avaliadores modelam, de acordo com a sua linguagem, descobertas de uma maneira comportamento e atitudes, o modo como abordam o aluno inclusiva e optimista de uma maneira positiva. - Os relatórios identificam explicitamente as potencialidades e os talentos tais como as necessidades. - O relatório menciona também as potencialidades e o funcionamento em domínios que não estão directamente relacionados com a aprendizagem baseada na escola. - Ser muito cauteloso ao mencionar rótulos de “disfunção”: quando for inevitável, utilizá-los sempre no contexto de uma descrição positiva. - Comunicar a natureza dinâmica (modificabilidade) das competências. 12. Traduzir as medições - Ser muito cauteloso quando se mencionar os resultados padrão e utilizá-las em do QI nos relatórios. relação a uma descrição - Utilizar medidas quantitativas para estabelecer o ponto de qualitativa da criança partida e de progresso. - Utilizar testes modelo com cautela e sempre com um esclarecimento em relação à qualidade da avaliação de potencial. - Abster-se de mencionar percentis e comparações relativas à idade sem uma explicação. - Utilizar descrições qualitativas e interpretações para ilustrar as alterações e o potencial. 13. Comunicar numa - A informação deve ser apresentada numa linguagem que linguagem clara e dar seja compreendida tanto pelos pais como pelos recomendações práticas professores. inserido. As competências de comunicação têm um papel importante na administração do processo de avaliação. - O trabalho com crianças com necessidades especiais pode facilmente ficar parado ao serem focadas disfunções/negatividade, etc. - A avaliação deve levar a necessidades de avaliação. Um relatório que só mencione uma disfunção na conclusão não é considerado um bom relatório. Um bom relatório está orientado principalmente para sugerir medidas de apoio e activação. - As medições têm o seu lugar, mas principalmente para perceber e para avaliar o progresso. - As medições padrão podem servir o propósito de situar um aluno em toda a população. Mais relevante num contexto inclusivo é usar as medições padrão para revelar as potencialidades e as necessidades num indivíduo. - As medições devem ser utilizadas numa perspectiva dinâmica, para mostrar a alteração. - De acordo com o principal objectivo da avaliação, o utilizador final (aluno, pais e professores) devem compreender o que podem fazer e como podem fazê-lo. Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva - “Traduzir” todos os termos técnicos em linguagem que seja compreendida pelos pais. - O avaliador tem cuidado em elaborar recomendações orientadas para melhorar a educação inclusiva e o desenvolvimento. - Enunciar recomendações práticas e concretas em relação aos dilemas quotidianos. - Ser específico nas suas recomendações. Da Avaliação à Inclusão 14. Ligar a avaliação a um programa activador e inclusivo 15. A avaliação deve incluir avaliação formativa que lide com o programa e os objectivos do PEI - Os resultados da avaliação devem levar a um programa activador e desafiante. - Incluir recomendações que considerem um ambiente de aprendizagem adaptável. - Incluir recomendações que levem a uma maior inclusão e participação. - Os resultados da avaliação devem levar a recomendações sobre, por exemplo: - como adaptar o programa - como adaptar o meio envolvente - o modo e a intensidade do apoio extra, humano e/ou técnico - como adaptar os materiais - como adaptar o nível de complexidade e de abstracção - como activar o funcionamento cognitivo - como mediar - como envolver os colegas - como envolver os recursos da comunidade - como lidar com o comportamento desafiador. - Clarificar os objectivos de aprendizagem dos alunos, sejam eles do programa comum, excepções a este, ou em casos raros, não relacionados com ele. - Dizer algo acerca da necessidade dos alunos em termos de metodologia, de materiais e a necessidade para apoiar em termos de tempo e competência pedida para atingir os objectivos. - A educação inclusive significa que a escola está à procura de soluções para ir ao encontro das necessidades de cada criança dentro do contexto de uma escola para todos. - A inclusão é mais que uma educação especial e adaptada para crianças com necessidades especiais. - A educação inclusiva trata de encontrar soluções inclusivas para crianças com necessidades especiais e tipicamente desenvolvendo as crianças para aprenderem todas juntas. - A avaliação, tendo em conta as possibilidades/potencial de aprendizagem, deve levar a um programa mais desafiante e activo. - Para fazer parte de uma educação inclusiva, a avaliação tem de estar relacionada com o programa; com o que se passa na escola. Linhas orientadoras para uma avaliação dinâmica e funcional orientada para o desenvolvimento e aprendizagem inclusiva Referências Booth, T. and Ainscow, M. (2003), Index for Inclusion, Bristol: Centre for Studies on inclusive Education Das, J. P., Naglieri, J. A., Kirby, J. R. (1994): Assessment of Cognitive Processes. The PASS Theory of Intelligence. Needham Heights: Allyn and Bacon EADSNE European Agency for Special Needs in Education (2008), Cyprus Recommendations on Inclusive Assessment (available in all EU languages from http://www.european-agency.org/publications/flyers/assessment-materials/cyprus-recommendations/cyprusrecommendations-on-inclusive-assessment/ Feuerstein, R., Feuerstein, R. S., Falik, L. H., Rand, Y. (2002) The Dynamic Assessment of Cognitive Modifiability: The Learning Propensity Assessment Device: Theory, Instruments, and Techniques. Jerusalem, Israel: ICELP Press Fougeyrollas P., Beauregard L. (2001), Disability: A person/environment interaction social creation. In: Albrecht GL, Seelman KD, Bury M.eds. Handbook of Disability Studies. Thousand Oaks, CA:Sage. Haywood, C.H., & Lidz, C. (2007), Dynamic Assessment in Practice. Clinical and Educational Applications. New York: Cambridge University Press Lebeer, J. , Birta-Székely, N., Demeter,K., (Eds.) (2010), Assessment Re-assessed: Current Assessment Practice in Europe: Weaknesses, Strengths and Needs – Report. Cluj-Napoca: Babes-Bolyai University Daffodil Project. Published on-line at www.daffodilproject.org Nyborg, M. (1993): Pedagogy. Voss: INAP-forlaget. World Health Organisation ( 2007) International Classification of Functioning, Disability and Health. Children and Youth Version ICF-CY, Geneva: World Health Organisation Reconhecimentos Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que colaboraram na edição destas orientações: o grupo de parceiros do projeto Narciso (mencionados abaixo); os parceiros associados (veja abaixo), os participantes da escola de Verão de Évora Parceiros 1. BE 2. 3. 4. 5. 6. HU SE SE PT RO 7. 8. NO BVI University of Antwerp, BE co-ordinator: University of Antwerp, Project INCENA Inclusion & Enablement, Faculty of Medicine, c/o Prof.dr.Jo Lebeer [email protected] Tel + 32 3 265 25 29 Fax +32 3 265 25 26 University of Szeged , Dept. of Education, Prof. Dr. Beno Csapo & Krisztina Bohác [email protected] Elevhälsan, Ostersund, Solveig Westerlund & Vivianne Mattsson Skolutvecklarna, Ostersund, Petri Partanen University of Évora, CIEP, Centre for Research in Education & Psychology, Prof.Dr.A.Candeias, M.L. Grácio Babes Bolyai University, Dept. of Psychology, Prof. Dr. I. Szamoskozi, Noemi Birta-Szekely, Reka Janos, Matyas Negulescu, Karmen Demeter, Reka Orban, Edit Maior Pedverket, Voss, Gunvor Sønnesyn, Andreas Hansen & Morten Hem Ministry of Education, Dept. of Students Services, Lorna Dawson University of Szeged, HU Elevhalsan, Ostersund, SE Skolutvecklarna, SE University of Evora, PT Babes-Bolyai University, Cluj,RO Pedverket, Voss, NO Ministry of Education, BVI Daffodil Associated partners BE Werkgroep Handelingsgerichte Diagnostiek (Working Group Action/Needs-based Assessment) H.Vandeveire, B.Timbremont, A.Denys, L. Willems Plantijnhogeschool Departement S.A.W. Beno Schraepen et al. HU Medialt Tanulasert Alapitvany Foundation for Mediated SE Mid-Sweden University, Ostersund Karolinska Institute Stockholm (Primary Health Care) . I. Hylander PT Faculdade de Motricidade Humana-Tecnhical University of Lisbon V. Cruz Agrupamento de Escolas nº 4 de Évora Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama Estremoz Direcção Regional de Educação do Alentejo RO Association of Autism Transylvania E. Maior Montessori School, Cluj-Napoca Bethania Center, Cluj-Napoca International Community „Faith and Light” Special School of Children with Hearing Impairment Cluj–Napoca School Psychological Services NO National Support System for Special Education/Statped Nord, Norway. Sand skole, Balsfjord, Norway. Tuv Oppvekstsenter, Hemsedal, Norway. Learning [email protected]. K.Bohács et al. 10
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