Turistas brasileiros que sobreviveram ao
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Turistas brasileiros que sobreviveram ao
BOM DIA, BAHIA Comunidade de Fazenda Coutos ganha hoje base comunitária de segurança EMPREGOS Verão gera 9 mil oportunidades de trabalho 16 e 17 Correio* www.correio24horas.com.br O QUE A BAHIA QUER SABER ‘Parecia que a gente estava no Titanic’ Turistas brasileiros que sobreviveram ao naufrágio na Itália chegam ao Brasil e falam do pânico durante o acidente 20 e 21 FREDERICO ROZÁRIO/ TV GLOBO CAROL GARCIA Amassos de Daniel em Monique: polêmica 24h 13 Público pede que BBB suspeito de abuso sexual seja expulso MAIS 18 e 19 O matemático Átila Soares e sua mulher, Tatiana Riela, bióloga, resolveram fazer mais do que reclamar e foram limpar as praias Amor e exemplo Após ler reportagem do CORREIO sobre a sujeira nas praias da Barra, casal decide passar o domingo recolhendo lixo 3 SEGUNDA-FEIRA, 16 DE JANEIRO DE 2012 - ANO XXXII - Nº 10685 Traficantes do Calabar se mudam para a Roça da Sabina 24h 5 São Marcos: policial civil é baleado em tentativa de assalto Segunda a Sábado R$0,50 / Domingo R$1,00 24h* FOTOS DE CAROL GARCIA CORREIO Salvador, segunda-feira, 16 de janeiro 2012 24h | 3 Taiana Riela e Átila Soares recolhem cocos, latas, e outros resíduos na praia do Porto da Barra, um dos cartões postais da cidade, no que deveria ter sido um mutirão de limpeza Andorinhas do Verão Estava previsto um mutirão. Mais de 50 confirmaram presença, mas apenas quatro apareceram ontem para a operação de limpeza na praia do Porto da Barra. Uma hora depois, somente duas solitárias andorinhas continuavam a fazer o Verão no local, coletando resíduos deixados pelos banhistas. Competiam pela atenção do público com a 49ª Travessia Mar Grande-Salvador, na qual a campeã mundial, a atleta Ana Marcela Cunha, foi a vencedora. Apesar da debandada geral, o matemático Átila Soares, 27 anos, e sua mulher, a bióloga Taiana Riela, 25, ficaram até o fim da tarde na praia, no que deveria ter sido um mutirão de limpeza de um dos principais cartões postais da capital baiana, sob os olhares curiosos dos banhistas. “Eu li a matéria do CORREIO e isso me pirou. Fiquei tão chocado que, imediatamente, começei a organizar o movimento e, felizmente, contei com a ajuda de muitas pessoas” declarou Átila, responsável pela mobilização, sobre as matérias publicadas pelo CORREIO, na semana passada, sobre a poluição na praia da Barra. O movimento teve como objetivo recolher o lixo na areia e na água do Porto, além de distribuir sacos de lixo para os banhistas, e conscientizá-los da importância da coleta. Átila e Taiana garantem que este já é um hábito do casal, que pretende continuar recolhendo o lixo das praias, de 15 em 15 dias. Entre o material coletado há latas, copos de plástico, fraldas, panfletos e camisinhas usadas. “Até furei o pé num espetinho de churrasco jogado na areia” disse o matemático. Durante uma hora, cerca de 20 quilos de lixo foram retirados de um Porto da Barra ensolarado e lotado. “Por falta de recursos, pouco foi recolhido da água” observou Taiana, que relatou ter recebido a ajuda de quem passava no local. "Mas também teve gente que nos olhava com desprezo, recriminando, como se estivéssemos coagindo-os". Além de lixeira dos banhistas, a faixa que vai do Farol da Barra ao Forte de São Diogo é muitas vezes usada para fazer xixi, acentuando o descuido dos soteropolitanos com a cidade. As opiniões divergem acerca da responsabilidade do problema, que é de todos. “Ás vezes as pessoas estão pertinho da lixeira, mas preferem jogar o lixo no chão, e deixar o gari resolver este problema” afirmou o técnico agrícola Rogério Fiaes, 43, que frequenta o Porto com seu próprio saco de lixo. “Acho que a culpa não é só da prefeitura, e da coleta de lixo, e sim da falta de consciência do baiano, que sabe que não se joga lixo em casa, mas joga nas ruas” opina a doméstica Marivalda Barbosa, 31. O vendedor ambulante José dos Santos, 54, acha que o problema é a falta de lixeiras na praia. “Quase não tem, aí o pessoal joga no chão mesmo. O meu saco de lixo, eu trago”, garante. O gari Entenilson Nascimento, 43, discorda. “Lixeira tem. Mas, quem acaba catando o lixo da areia, e jogando nos cestos somos nós”. Átila se atreve a fazer uma última sugestão: “A gente se mobiliza tanto para fazer festa, então, vamos nos mobilizar para limpar nossas praias”. Com a chegada do Verão, é hora de aproveitar a praia - o que fica muito melhor se ela estiver limpinha. CAROLE LAGO No total, as duas andorinhas de Verão recolheram mais de 20 quilos de lixo na Barra