Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"
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Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"
Editorial editorial O mês de novembro reporta-nos ao Dia dos Mortos, ou Dia de Finados, instituído pela Igreja C atólica, para a celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Daí poderemos fazer alguns questionamentos. E ste dia é para os chamados mortos, que deixaram a matéria e seguem além-túmulo? O u para os mortos-vivos que continuam nesta vida terrena? S im, porque para aqueles que se foram, guardamos nossos mais expressivos sentimentos, muitas vezes discordamos de suas atitudes, sendo mesmo intransigentes para com eles, mas depois da morte vem o arrependimento e nos declaramos vivendo em perfeita harmonia com o desencarnado. E o que falar dos mortos-vivos, ou aqueles que somente vivem a vida animal? C riaturas que reencarnam pensando que vieram passar férias nesta escola abençoada chamada Terra, que não se preocupam com sua evolução espiritual e acham que esta oportunidade que tiveram é para ser vivida aproveitando o máximo, não importando a quem prejudiquem. A morte de um homem começa quando ele desiste de aprender. S abemos que não nos preparamos devidamente para esta transição (morte). S im, porque a chamada morte não é mais que uma mudança de plano de vida, não é banho milagroso que converta maus em bons e ignorantes em sábios, de um instante para outro. Para nós, espíritas, que acreditamos na reencarnação, devemos ter a certeza de que nos reencontraremos com nossos entes amados, após nosso regresso à vida espiritual, nossa pátria de origem. Por isso, a morte é uma intimação ao entendimento fraternal e, quando não a aceitamos, sofremos muito com a chamada “perda” de nosso parente ou amigo. Mas, precisamos lembrar sempre que os E spíritos, quando desencarnam, necessitam dar continuidade em suas vidas além-túmulo. Para isso, devemos tê-los em nossa mente, vivenciando somente os momentos bons que compartilhamos juntos e ajudá-los com nossas preces para que tenham uma adaptação adequada ao seu novo plano de vida. C omo diz E mmanuel, eles também sabem igualmente quanto dói a separação. Porém, lastimarmos sem consolo não nos levará a caminho algum. Q uando pensamos neles com saudades, devemos elevar uma prece ao Alto para que todos possam ser amparados nas suas necessidades e, se pudermos realizar por eles as tarefas que estimariam prosseguir, tornar-se-ão infatigáveis zeladores de nossos dias. ÍNDICE E nfim, não devemos nos lembrar de nossos entes queridos somente no Dia de Finados. É claro que eles recolhem as homenagens que lhes dedicamos, mas vamos lembrar sempre de como eles devem estar bem, dando continuidade à sua evolução espiritual. E quipe S eareiro Grandes Pioneiros: Madre Teresa de C alcutá - Q uarta e última parte - Pág. 3 Clube do Livro: Assim Vencerás - Pág. 11 Cantinho do Verso em Prosa: S audade - Pág. 11 Pegadas de Chico Xavier: S olidão Aparente - Pág. 12 Kardec em Estudo: Instruções dos E spíritos, Advento do E spírito de Verdade Pág. 13 Contos: A C onversão de Agenor - Pág. 13 Tema Livre: Desculpar Incessantemente É Renovar - Pág. 14 Mensagem: Vivos Para S empre - Pág. 15 Aconteceu: S emana de Fabiano de C risto - Pág. 15 Atualidade: Política O ntem e Hoje - Pág. 16 Livro em Foco: Paz e Alegria - Pág. 16 Família: J esus e as C rianças - Pág. 18 Canal Aberto: A E xcelência do Amor - Pág. 18 Calendário: Novembro - Pág. 19 Publicação Mensal Doutrinária-espírita Ano 11 - nº 109 - Novembro/2011 Ó rgão divulgador do Núcleo de E studos E spíritas Amor e E sperança C NPJ : 03.880.975/0001-40 Inscrição E stadual: 146.209.029.115 S eareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina E spírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. C onceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Direção e Redação Rua dos Marimbás, 220 Vila G uacuri S ão Paulo - S P - Brasil C E P: 04475-240 Tel: (11) 2758-6345 Endereço para correspondência C aixa Postal 42 Diadema - S P C E P: 09910-970 Tel: (11) 4044-5889 com E loisa E -mail: contato@ espiritismoeluz.org.br Conselho Editorial Antonio C eglia Ribeiro C ladi de O liveira S ilva Fátima Maria G ambaroni G eni Maria da S ilva Indaiá C hristiano Nereide C onceição G recco Ribeiro Reinaldo G imenez Roberto de Menezes Patrício Rosangela Araújo Neves S ilvana S .F.X. G imenez Vanda Novickas Wilson Adolpho Revisão C onselho E ditorial Jornalista Responsável E liana Baptista do Norte Mtb 27.433 Diagramação e Arte Reinaldo G imenez S ilvana S .F.X. G imenez Imagem da Capa http://www.pime.org.br/imagens/mmnov2003-f21.jpg http://ce.i.uol.com.br/princesadiana/diana_ madreteresa_208x187_rt.jpg (Reuters) Impressão Van Moorsel, Andrade & C ia Ltda Rua S ouza C aldas, 343 - Brás S ão Paulo - S P - (11) 2764-5700 C NPJ : 61.089.868/0001-02 Tiragem 12.000 exemplares Distribuição G ratuita 2 seareiro_11_2011.indd 2 18/10/2011 05:15:24 Grandes Pioneiros grandes pioneiros Madre Teresa de Calcutá Quarta e última parte O tempo transcorria e Madre Teresa estendia as congregações por outras partes: C eilão, Itália, Austrália, Bangladesh, Ilhas Mauricias, Peru, C anadá entre outros lugares. Por volta do ano de 1970, Madre Teresa compareceu a Londres com o objetivo de orientar a primeira congregação européia. E ssa viagem foi organizada pela S imon C ommunity, um grupo assistencial que se ocupava a atender aos marginais, viciados em drogas e bebidas. C ondoída com a situação dos jovens londrinos, Madre Teresa quis conhecer a vida noturna, os lugares mais atraentes para estes, que segundo ela, eram mais pobres dos que conhecera, literalmente pobres. Acompanhada pelo grupo S imon C ommunity, foram aos locais dos restaurantes e bares, no S aint-Martin-in-the-Fields. E ncostados nas grades por onde o vapor saia das cozinhas no cozimento dos alimentos, ali estavam dormindo idosos que, após um dia de caminhada em busca do que comer, se agrupavam para passar as noites, sofrendo toda a alteração climática. Ao chegarem num bar perto de C oven G arden, Madre Teresa parou, e puderam observar uma reunião de jovens drogados. O que chamou a atenção da religiosa foi o comportamento de um deles, cuja ingestão exagerada da heroína deixara-o enlouquecido. Avançava com um pedaço de pau, a quem tentasse aproximar-se dele. O lhou para Madre Teresa e chegou mais perto dela, o que assustou o grupo que a acompanhava, mas que buscou a calma, pelos gestos da missionária que levantou a mão abençoando o jovem. E ste levou a mão ao bolso e, retirando uma quantia de barbitúricos, colocou-os de imediato na boca e os engoliu . A cena seguinte foi chocante a todos: uma convulsão jogou o moço no chão com tremores e gemidos estridentes que saiam do fundo de sua garganta. De imediato Madre Teresa pediu a todos que a ajudassem a erguer a cabeça do rapaz e puxar sua língua, para que ela não o sufocasse. Após esses cuidados, pararam um táxi e foram ao pronto-socorro mais próximo. O s atendentes, acostumados com esse fato, remexeram os bolsos do abrigo que o jovem vestia e encontraram receitas de heroína, ampolas, seringas e um frasco de heroína já vazio. O estado do moço era gravíssimo, considerado pelos atendentes do pronto-socorro, com pouca chance de vida. Tudo o que estava se passando pelos olhos de Madre Teresa era um verdadeiro pesadelo. E continuava sua reflexão: “Meu Deus, por que... por que S enhor? Uns desfalecem por falta de dinheiro e outros pelo excesso de bens materiais...” e concluía: “nada disso se cura com dinheiro ou posição social, mas com amor”. Vendo-a entristecida, um dos componentes do grupo S imon C ommunity, aproximando-se, diz-lhe baixinho: — Madre, eu não faria metade do que a senhora faz, nem por um milhão de dólares. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 3 E ela lhe respondeu: — S e fosse só por dinheiro eu jamais faria nada do que faço. Mas tudo faço com muito amor por J esus, é a E le a quem sirvo. E m cada um dos pobres ou ricos, seja quem for, aos meus olhos vejo o C risto a minha frente, sem nada a exigir, apenas socorrendo e reerguendo aos necessitados de luz. E ainda completou: — Q uando toco um leproso, cujo mau cheiro provoca asco e que os repudia, eu o toco como se fosse o corpo de C risto. E isso me dá muita coragem, pois de outra forma eu não o tocaria. E ssas palavras, ditas com tanta firmeza e carinho, tocou o coração do componente do grupo S imon, que chorou abraçado à Madre. O trabalho de Madre Teresa estava cada vez mais crescendo. O utras casas foram abertas em: G aza, na Palestina, onde foram abrigados os refugiados dos intensos conflitos existentes nesses locais e mais doentes e crianças abandonadas. Depois, México e G uatemala não ficaram sem que outras congregações aí fossem fundadas, contando sempre com a colaboração das voluntárias do próprio local, que tinham verdadeiro carinho pelo trabalho das Missionárias da Paz e a elas se juntavam. E ssa caminhada terrena da missionária Teresa de C alcutá, ou seja, Madre Teresa, começou a aparecer em todos os meios de comunicação, jornais, revistas, fotos em todos os lugares e televisões, que sempre traziam algo a respeito do grandioso trabalho assistencial das Missionárias da C aridade, levadas pelas fortes mãos de Madre Teresa. Mas, a primeira rede de TV que divulgou o trabalho e o rosto da religiosa e suas missionárias, no O cidente, foi a British Broadcasting C orporation, a BBC . Malcolm Muggeridge, repórter da BBC , já havia entrevistado Madre Teresa na Índia. C omo os comentários sobre a religiosa se propagavam a cada dia, Malcolm quis atualizar suas reportagens sobre as peregrinações de Madre Teresa, sempre alvo de acontecimentos a cada passo que dava, com as missionárias. Procurou-a para tanto, porém, ela se esquivava. S ua resposta, diante da insistência do repórter, para fazê-la comentar sobre o trabalho das obras assistenciais, era: “as obras relacionadas a Deus não precisam de propagandas; a mão esquerda não precisa saber o que faz a direita. E stas são as palavras do E vangelho de J esus”. C ontudo Muggeridge não se deu por vencido. Resolveu pedir ajuda ao Arcebispo de Westmister, na época C ardeal C armel Hunan. Através de uma carta, narrou-lhe o que pretendia e, sendo ele primaz católico da G rã-Bretanha, talvez Madre Teresa se dispusesse a aceitar a matéria televisiva sobre sua vida de missionária, por respeitá-lo muito. O Arcebispo de imediato redigiu um telegrama a Madre Malcolm Muggeridge 3 18/10/2011 05:15:24 Teresa, onde, em poucas palavras, confirmava islamitas, budistas e uma católica holandesa que o assunto proposto pelo repórter não era de nome Margaretha Klompe. Na sede munisobre ela e sim pelo trabalho realizado, e que cipal de Londres, o príncipe Filipe, duque de este era agradável a Deus. Informada e com E dimburgo, passou as mãos de Madre Teresa o telegrama nas mãos, Madre Teresa acabou a quantia de 34 mil libras esterlinas, valores aceitando ser entrevistada, com a condição da época. de ser gravado o programa, mostrando as insS endo marido da rainha da Inglaterra E lisatituições e não só a sua figura. Muggeridge, beth II, o príncipe Filipe de E dimburgo dirigiu satisfeito, seguiu para C alcutá com toda a equipalavras emocionadas de reconhecimento ao pe técnica. A religiosa, constrangida, procurou trabalho de Madre Teresa. E m seu discurso fez ser simples e com naturalidade fez com que várias ponderações quanto à entrega de um a televisão mostrasse ao mundo o trabalho prêmio aos que, por muitas maneiras, compedos enjeitados pela sociedade. O programa tem para ganhá-lo. Mas, ressaltou a diferença alcançou um grande sucesso. daquele momento, quando todos os presentes Dom Ferdinand Périer Após essa reportagem, Madre Teresa não no júri não demonstraram a menor intenção de teve mais tranquilidade. S e antes seu nome tomava conta das ganhar o prêmio, pois a pessoa mais indicada para tanto, sem páginas de jornais, revistas etc., depois disso começaram a sombra de dúvida, era Madre Teresa. E continuou o príncipe: ser divulgados os convites para que ela comparecesse em — S eu trabalho, partindo de C alcutá, espalha-se hoje por locais os mais diversos possíveis, para receber prêmios e toda parte. C reio que o senhor Templeton, o criador desse citações honrosas. Tudo para Madre Teresa era de terrível prêmio e o corpo de jurados é que estão de parabéns pela desconforto. Mas, procurando ser afável a todos os povos, melhor indicação feita e o prazer de ter Madre Teresa entre dirigiu-se ao Arcebispo de C alcutá, Dom Ferdinand Périer, nós e, ainda, ter aceito o prêmio, pois sabemos de sua simperguntando-lhe se era certo receber tantos prêmios; como plicidade e constrangimento que sente em receber qualquer deveria ser seu comportamento para com os líderes religiosos, homenagem e doações. políticos etc., se não era esse seu interesse? Madre Teresa a tudo ouvia calada. Após o término do disDom Ferdinand Périer respondeu-lhe que esses prêmios curso do príncipe de E dimburgo, levantou-se e com toda sua e honras que lhe eram destinados, constituíam uma grande humildade apertou a mão do príncipe, agradecendo o prêmio possibilidade de divulgar o imenso trabalho que ela desenem nome das Missionárias da C aridade e dos pobres assisvolvia em todas as localidades, com o único tidos pelas congregações existentes. Depois, desejo de praticar o amor aos semelhantes. olhando a plateia que a aplaudia, falou sereDiante da resposta do Arcebispo, Madre Teresa namente: se sentiu mais segura. E la não queria passar a — E ste prêmio é compartilhado com todos imagem de que os prêmios ficassem em suas os trabalhadores que semeiam o amor de mãos. Por isso, ela fazia questão de passáDeus, entre os pobres de todos os matizes, -los aos encarregados das missões, para dar atendendo a um faminto, ao nu, ao doente enseguimento aos projetos em andamento. jeitado e a criança desnutrida. Dentre os prêmios recebidos, de doutoraMadre Teresa recebeu, junto com o prêmio, dos honoríficos, estão: o de Teologia, pela Unium cheque no valor de noventa mil libras esversidade de C ambridge; em Medicina, pela terlinas, segundo a fonte inglesa, que também Universidade G emelli de Roma; outros, pelas anunciou haver mais uma doação feita pelos Universidades de Paris e Bolonha. Na Índia jovens noruegueses, no valor de trinta e seis foram muitos, mas, Madre Teresa recebeu a mil libras esterlinas, arrecadadas entre eles, mais alta premiação desse país, o Padna S hri. para ser essa doação incluída ao Nobel da Duque de Edimburgo E , pela sua atuação em falar da compreensão Paz, título que esses jovens deram a essa que precisaria existir entre os povos internacampanha, em prol das instituições dessa valorosa Irmã da cionais, recebeu o Prêmio Nhru, na Índia. verdadeira caridade. E , pelo fato de Madre Teresa não ter Nas Filipinas, em memória a um presidente do país, aceitado participar do banquete para essa festividade, os orchamado R amón Magsaysay, foi-lhe outorgado o Prêmio ganizadores desse ágape passaram às suas mãos mais uma Magsaysay. E sse prêmio lhe foi concedido por um júri de vários quantia que hoje seria num montante de duzentos mil euros. integrantes de diversos países asiáticos, que a proclamaram S endo questionada por um repórter sobre ser agraciada como: “a mulher mais benemérita da Ásia”. R endeu-lhe a com tantos prêmios, ela respondeu: doação de 50 mil rúpias, quantia que foi destinada para a — Minha resposta é sempre a mesma, aceito-os em nome construção de um orfanato, em Manila. Dos E stados Unidos das congregações, pois eu nada mereço. S e Deus acha que ela recebeu o prêmio de “Bom S amaritano”, em Boston. todas essas doações, prêmios ou qualquer outra menção Na Inglaterra, Madre Teresa recebeu o Prêmio Templeton. honrosa venha até minha pessoa, eu de imediato passo para E sse lhe foi entregue pessoalmente pela rainha E lizabeth serem distribuídos aos pobres e hansenianos. Pagamos díviII, pelo seu trabalho denominado “For progress in Religion”, das e aumentamos a assistência onde a situação se mostre traduzido como: “à qualidade do testemunho religioso”. O júri mais carente. E penso que os doadores são os medianeiros foi composto de representantes de várias facções religiosas desses recursos. E u só posso agradecer a Deus e a todos como: metodistas, anglicanos, presbiterianos, hinduístas, pela bondade de seus corações. O repórter estava prestes a se despedir de Madre Teresa, e Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” já agradecendo pela entrevista, quando a religiosa lhe perguntou: Informe-se através: CHICO — O senhor, se quiser e tiver paE-mail: [email protected] ciência de me ouvir, pode publicar www.espiritismoeluz.org.br no seu periódico mais alguns fatos (11) 2758-6345 de acontecimentos vários durante Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diademaa - SP P o nosso trabalho. Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas. 4 seareiro_11_2011.indd 4 18/10/2011 05:15:27 O repórter, profundamente curioso e contente por enriquecer a matéria sobre Madre Teresa, respondeu-lhe: — Terei imenso prazer em ouvi-la. Minha profissão é exatamente essa, portanto, estou ao seu dispor, com muita satisfação em ouvi-la. Madre Teresa, meditativa, falou: — Todos esses prêmios trazem benefícios às congregações, conforme já conversamos. Mas as ofertas que muitas vezes chegam às nossas mãos são verdadeiras fontes de amor ao próximo, ou melhor dizendo, são óbolos, aquele mencionado por J esus, o óbolo da viúva. E xplico: C erta noite, quando me preparava para deitar, a campainha de nossa congregação em C alcutá tocou. Rapidamente, abrindo a porta, vimos ser um mendigo, que talvez viesse em busca de comida, quando, para nosso espanto, ele perguntou: — a senhora é a Madre Teresa de C alcutá? C om a confirmação, ele continuou: já ouvi dizer que a senhora trabalha muito pelos pobres. S ou pobre também, mas gostaria de ajudá-la. Veja, essa é a coleta do meu dia. Hoje o dia não foi um dos melhores, mas aceite essas poucas moedas, elas serão um tantinho a mais para o pão da manhã. Madre Teresa continuou: — Fiquei sem palavras. E agora, pensei, se eu não aceitar ele ficará aborrecido e talvez humilhado, porém, ao ver em seu rosto o contentamento, passando para as minhas mãos tão valiosa quantia, aceitamos suas moedas e o abençoamos. E sse prêmio tocou-nos mais que o Nobel da Paz. O repórter continuava a anotar os fatos que marcavam o dia a dia da religiosa. E continuou com suas lembranças: — C erta ocasião, precisando atender a uma família que fora desalojada de seu casebre, usei como transporte o bonde, que naquele exato momento passava por mim. Rapidamente adentrei e percebi que um indiano me olhava com insistência. Aproximando-se bem pertinho do meu ouvido, falou: Madre Teresa, permita-me pagar sua passagem. S ei do seu carinho para com os pobres e que, no começo de seu trabalho, deixava de comer para sobrar comida aos pobres da rua. Não sou mendigo, mas também sou pobre, porém aceite minha pequena ajuda, quem sabe assim a senhora poderá comprar mais leite para as crianças da creche. E , tirando do bolso um lenço que envolvia alguns trocados, pagou a passagem do bonde ao condutor. Diante desse gesto, meu filho, tão simples e tão natural, só pude beijar-lhe a mão, com o respeito do meu coração, pela atitude digna desse ser humano. O repórter estava comovido e, num ímpeto, ajoelhou-se aos pés da religiosa e, levantando os olhos, falou-lhe: — Madre Teresa, agradeço a Deus por ter esses momentos Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 5 tão preciosos em minha vida. Nunca imaginei conhecer alguém tão pura em sentimentos. Por isso, pelas suas palavras, pude sentir suas experiências e fé realizadas em favor dos carentes, sem ostentação; apenas servir por amor. A senhora faz-me acreditar que teremos um mundo melhor. S eus exemplos se perpetuarão e o ser humano poderá vislumbrar novas perspectivas de vida, quem sabe de igualdade social. A missionária, abençoando o repórter, respondeu: — Façamos votos para que Deus ilumine os corações dos homens de bem. O utro fato da vida de Madre Teresa, que ocasionou grande repercussão, foi a visita que ela fez ao Papa J oão Paulo II, quando, em audiência privada, ele a nomeou embaixadora, representando-o nos convites feitos pelas nações e assembleias gerais do clero. Anos mais tarde, Mikhail G orbachov convidou-a para uma visita a Rússia, para que ali fosse aberta uma congregação com a participação das Irmãs da C aridade, designadas por Madre Teresa, na formação das Irmãs da própria região. Não podendo recusar o pedido de G orbachov, Madre Teresa seguiu para a Rússia, acompanhada por algumas missionárias que lá permaneceriam o tempo necessário, para capacitar as voluntárias. Madre Teresa, após algum tempo, seguiu para Roma, onde iria agradecer ao Papa J oão Paulo II o convite para vir a ser a embaixadora do Papa, cargo que não poderia aceitar, pois não se achava à altura e também por não ter estudado diplomacia. O Papa J oão Paulo II sabia de sua recusa, mas, continuou achando-a uma verdadeira diplomata cristã. Madre Teresa adentra o luxuoso ambiente com sua eterna simplicidade. A mesma roupa, o sári, de um branco total como sua alma. Nada de especial. E m seu coração a alegria contida de ser serva de J esus. S ó por E le é que aceitava a esses prêmios, pois, mais congregações seriam beneficiadas. Para chegar ao local, ela não veio de carro especial. Tomou um bonde que fazia a linha em Roma, desde o trecho de “os casteli romani” até a estação Términi. Depois, esse mesmo bonde passava junto à favela de Tor Fiscale, onde as Missionárias da C aridade fundaram a primeira sede romana. E stá claro que a missionária, antes de chegar ao Vaticano acompanhada da vigária a Irmã Frederick, trabalhou na assistência com os doentes, deixando-os limpos e medicados. Depois de deixar tudo organizado, despediu-se das Irmãs Missionárias da C idade E terna e partiu para receber o prêmio “J oão XXIII, o Papa da Paz”. Madre Teresa se salientava cada vez mais perante o mundo. S eu intenso trabalho se multiplicava a cada dia, a cada ano. Por essas atividades constantes, seu nome começou a ser indicado entre as diversas personalidades e instituições para receber o prêmio Nobel da Paz. E sse prêmio era destinado, geralmente, a políticos e figuras que se destacavam em suas ocupações de ordem social pela paz mundial. Mas, no dia 15 de outubro de 1979, uma religiosa albanesa, cidadã indiana, reconhecida pela sua dignidade no desempenho de suas funções assistenciais em benefício dos carentes, foi indicada por um júri que, pela primeira vez, faria a entrega do prêmio Nobel da Paz à Madre Teresa de C alcutá Papa João Paulo II e Madre Teresa 5 18/10/2011 05:15:31 que, com sua forte personalidade, alcançava êxitos em sua que nenhuma febre, por mais alta que seja, a impedirá de preciosa vida. E m dezembro do mesmo ano, Madre Teresa trabalhar. chegou em O slo, capital da Noruega, acompanhada de inúMadre Teresa agradeceu os cuidados recebidos e voltou meros pobres representantes de várias congregações para às atividades normais. O s convites e prêmios continuavam receber o prêmio Nobel da Paz. E m seu agradecimento ao a surgir, e cada vez mais. O presidente Reagan recebeu-a público presente, como sempre fazia, disse ter vindo junto aos na C asa Branca, para homenageá-la com a “Medalha da verdadeiros ganhadores desse galardão pela fé em C risto. Liberdade”, a mais alta condecoração do país e a mais co— E stamos em frente do C risto. E le, como ontem, procura mentada no mundo. Recebeu da União S oviética a Medalha no amanhã ver a fé no coração de todos os povos. Mas, são de O uro do C omitê S oviético da Paz. Foi também a C hina, a poucos os que O encontram. Temos visto muitos ricos mais C oréia e em muitos outros países. Mas, em agosto de 1989, pobres que os pobres. E stão sufocados pela solidão, por não seu maior sonho se realiza; conseguiu, após tantos esforços, acharem quem os ame. E stão com fome de amor. Um dia abrir uma casa das Missionárias da C aridade na Albânia, sua encontramos um senhor que, em seu desespero, pediu-nos terra natal. C onsiderado um país dos mais pobres, injustiçado para aceitar uma doação. E m troca, dizia, enviem alguém à pelos poderes políticos, e tendo a fama de ser o seu povo o minha casa. S ou rico, porém estou quase cego. Minha esposa mais ateu do mundo, previsto em sua C onstituição. Por tais perdeu a razão de viver, por nossos filhos terem se afastado motivos Madre Teresa lutou tanto para modificar esse estigma do lar. E stamos morrendo de solidão. em seu país. A platéia ouvia, em silêncio, a voz de Madre Teresa, que Feliz por alcançar e vencer mais uma etapa de sua vivênprosseguiu: cia física, não esperava sofrer o segundo ataque cardíaco. N ovamente hospitalizada, — O dinheiro não é tudo na Madre Teresa teve de rendervida. E le precisa que nossas -se à sua frágil saúde. Desta mãos o use em serviço do vez, os médicos tiveram que bem, em nome do C risto, faciimplantar um marca-passo, litando a vida dos que morrem para que essa vida tão prepelas ruas. O que realmente ciosa continuasse a semear falta em nosso mundo, é tero bem. E , mais uma vez, ela mos J esus entre nós. Nesse superou. Recuperou-se rapiponto, somos todos pobres, damente, deixando os médiaqui, na Inglaterra, em C alcucos admirados pela força de tá, seja onde for, não adianta seu ideal, que a colocava saufalarmos em paz, em união, dável, contrariando todos os se estivermos distantes do diagnósticos previstos. nosso C riador. E sabemos que o C risto foi crucificado Voltando às suas atividana cruz, por muito nos amar. des, após a internação hospitalar, quis passar as direções E Madre Teresa encerrava das congregações a uma suas palavras, ovacionada das Irmãs Missionárias, que pelos presentes. fosse eleita por uma assemAntes do prêmio Templebléia constituída para esses ton, Madre Teresa foi lembramomentos. Mas, por votação da pelo Papa J oão XXIII, por Madre Teresa, presidente Ronald Reagan e sua esposa Nancy D. Reagan geral, ela foi reeleita, havenseu grandioso trabalho em do um único voto contra, que era o seu próprio, embora a favor dos carentes. Lá pelo mês de maio de 1963, um pouco votação fosse secreta, mas ninguém queria a renúncia de antes da morte do sumo pontífice, foi-lhe ofertado um prêmio Madre Teresa. pelo seu trabalho em honra da paz mundial. E sse prêmio aneDessa forma, grande era o número de repórteres à procura xava um valor alto em dinheiro. J oão XXIII muito enfraquecido da religiosa, porque sabiam ser de importância toda matéria e já prevendo seu desencarne, deixou em seu testamento de que vinculasse a vida de Madre Teresa. E ra só sair às ruas e amor ao próximo, que esse prêmio fosse devidamente discutifotógrafos, cinegrafistas, televisões, cercavam-na para entredo pelos jurados eclesiásticos e, por justas razões, chegasse vistá-la. Alcançando seu objetivo, um desses apresentadores às mãos de Madre Teresa de C alcutá, o que foi plenamente de telejornal local perguntou-lhe: aceito por todos os jurados. — Por favor, Irmã, poderia ceder-me um minuto de seu A entrega do prêmio à Madre Teresa deu-se em um amtempo? biente solene. O Vaticano recebeu 15 cardeais, entre outros componentes do corpo diplomático da S anta S é. O s uniformes C ompreensível e paciente fez-lhe um sinal afirmativo. eram os apropriados às grandes ocasiões. — A senhora poderia nos dizer em que época ficou-lhe Algum tempo depois, ainda em Roma, Madre Teresa sofreu clara a vocação de se dedicar aos pobres, aqueles mais deso primeiro ataque cardíaco. Levada ao hospital, foi constatado validos? como gravíssimo seu estado, e os médicos lançaram mão dos Respondeu-lhe com toda a convicção, a religiosa. melhores recursos medicinais. S emanas de repouso absoluto, — Q uando senti o E vangelho. As lições do C risto penetraqueriam os médicos, porém, Madre Teresa, logo que se viu ram-me profundamente, principalmente quando E le afirma: “O livre das medicações, ameaçou a todos os assistentes de que que se faz aos pequeninos, aos que tem fome, aos enfermos iria embora, com alta ou sem alta, porque o trabalho não podia abandonados é como atender ao chamado do meu Pai e parar e ela precisava viajar até G aza, e entregar parte das virem até mim”. S enti então, que esse seria o caminho que doações recebidas pelos prêmios ganhos. “A fome, naquele me levaria a Verdade e o dom da Vida. local, estava crescendo muito”, dizia preocupada. A entrevista prossegue: Um dos médicos que acompanhava o estado físico da re— A senhora sempre afirma, em suas conversações, que ligiosa, sabendo que realmente ela não ficaria mais tempo não há amor sem sofrimento. É verdade? hospitalizada, despedindo-se, disse-lhe: — S im — responde ela e continuou — ,.o verdadeiro amor é — Q ue Deus a continue cuidando como sempre, pois sei 6 seareiro_11_2011.indd 6 18/10/2011 05:15:35 dotado de renúncia. O lar que pretender viver em paz, deverá ser cristão. A família, aí composta, seguirá a simplicidade e a honestidade. C omo poderá ser feliz um lar, onde cada um quiser viver seu mundo sem repartir os sacrifícios, os reveses dos acontecimentos naturais de uma existência, sem a presença de Deus? Lembremos da oração de S . Francisco de Assis: “S enhor fazei-me instrumento de vossa paz...” Aqui em C alcutá, essa é a nossa oração de todos os dias. — Madre, a sua congregação expandiu-se e várias casas foram abertas em muitos países, para tratar das pessoas aidéticas. E isso está dando resultados? — G raças a Deus, abrimos casas para esses doentes não só na Índia, como nos E stados Unidos, na Itália, no Zaire, onde o acúmulo de suicidas era muito grande, por falta de remédios e, principalmente, de orientação. Partiam para o suicídio, por desespero, pelo abandono e pela amargura de verem-se relegados, até pelos familiares. A ausência do amor e da fé levava muitos jovens aos delitos e aos suicídios. C om o valoroso trabalho das Missionárias da C aridade, muitas vidas foram salvas e outras assistidas, uma vez que atualmente são tratadas dentro de um lar cristão, que é a congregação de assistência aos aidéticos; assim como os hansenianos que são em grande número, também recolhidos das ruas, com saliência no Zaire. — A senhora, recebe ajuda de outras religiões? — Muitas. Muçulmanos, hinduístas, budistas entre outros tantos. Meses passados, recebemos a visita de um grupo de budistas japoneses. E ntre muitos assuntos, falamos sobre o jejum que fazemos todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. C om isso, como somos muitas Irmãs na congregação, economizamos um bom dinheiro que nos ajuda a pagar as dívidas mensais, nas compras de comida aos pobres largados em meio do caminho. Q uando esses monges regressaram ao seu país, fizeram uma campanha, “do jejum”, e depois de algum tempo nos enviaram o dinheiro arrecadado, o que nos permitiu terminar a obra para recolher as meninas que saiam da prisão, depois de cumprir pena pelo envolvimento com a prostituição. — Q ue mensagem, Madre Teresa, a senhora poderia deixar ao mundo? — Amar uns aos outros, como J esus ama a cada um de seus irmãos. Nada mais posso acrescentar, pois, nosso Mestre, quando aqui esteve, nesta abençoada Terra, tudo nos ensinou e nos transmitiu através de seu amor puro à Humanidade. E o fruto desse amor é justamente o serviço ao semelhante, que um dia será o da Paz C ristã. No ano de 1991, Madre Teresa visitou Tijuana no México, para uma palestra aos mexicanos, orientando-os a afastar os jovens das drogas, onde o procedimento educacional mostrava sua impotência para impedir o uso alarmante que faziam da cocaína. Mas, sua saúde débil levou-a a adquirir uma pneumonia com o agravamento cardíaco, ficando hospitalizada em La Holla, S an Diego, na C alifórnia – E UA. Dois anos depois desse acontecimento, sentindo ainda a debilidade física, viajou à Roma atendendo a compromissos da congregação. Andando pelos arredores como era seu costume, para levar suas orações aos doentes impossibilitados de andar; escorregou, e, com a queda, fraturou três costelas. Novamente foi obrigada a repousar, porém logo que se sentiu mais forte, partiu para Nova Delhi; mas, enfraquecida como se encontrava, contraiu a malária. Acompanhada pela Irmã Nirmala, que veio a sucedê-la no cargo de superiora geral das congregações, e da cardiologista doutora Patrícia Aubanel, voltou a Roma. Porém, o avião em que viajavam teve que fazer uma escala especial, a pedido de sua médica, pois Madre Teresa precisava de oxigênio, uma vez que sua respiração, pelos problemas cardíacos, estava deficiente e seu estado físico perigoso. S eu grande desejo era o de poder chegar mais uma vez diante do Papa. E la queria apresentar sua sucessora, a Irmã Nirmala. Para a chegada no aeroporto de Roma, a pedido da médica Patrícia Aubanel, foi providenciada uma cadeira de rodas para que a missionária não se esforçasse com a caminhada até o táxi. Diante do sumo pontífice, após receberem as bênçãos do mesmo, Madre Teresa falou: — S anto Padre, permita-me apresentar-lhe minha sucessora, Irmã Nirmala. E m resposta o Papa respondeu: — Q ue Deus a abençoe como superiora geral das instituições, Madre Teresa; porém, a fundadora e organizadora das congregações é e será para sempre a senhora. Nesse mesmo tempo, na Polônia, comemorava-se um C ongresso E ucarístico, terra natal do Papa Wojtyla, J oão Paulo II, e onde a congregação das Missionárias da C aridade mantinham assistência aos pobres. O s bispos convidaram Madre Teresa para participar do C ongresso no país, mas ela não pôde participar, deixando Roma em companhia de sua cardiologista e da Irmã Nirmala, pois quis incentivar o trabalho das noviças em Nova York, mais precisamente no Bronx. Ainda em cadeira de rodas, seguiu alegremente abraçando e encorajando as noviças para serem fiéis ao trabalho de J esus. S urpresa, Madre Teresa encontra-se com a princesa Diana, que, em tarefas humanitárias, visitava os E stados Unidos. E mocionadas, ambas se abraçam, por estarem envolvidas no campo assistencial em favor dos carentes. Muitos fotógrafos presentes mostraram ao mundo, através das revistas e jornais, essas duas figuras famosas de mãos dadas, como que alicerçando a força de um dever maior que seus corações demonstravam, pela ternura de participar do sofrimento alheio. Madre Teresa seguiu depois para a C asa Branca, encontrando-se com três dos presidentes americanos, G eorge Bush, pai, Ronald Reagan e também com Bill C linton e suas esposas. S empre apresentando simplicidade, Madre Teresa sentia-se pequenina diante do poder que esses homens representavam ao mundo. Novamente ela adicionava em seu HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA O Hospital do Fogo S elvagem de Uberaba – MG , que atende a portadores do Pênfigo (Fogo S elvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios C alcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 7 C aso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA C ARIDADE , através dos seguintes bancos: • Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6 • Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1 • Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9 Maiores informações: • Telefone (34) 3318-2900 • fogoselvagem@ terra.com.br 7 18/10/2011 05:15:37 currículo de trabalho mais um título, que lhe foi concedido, o de “cidadã americana honorária”. E ra o reconhecimento pela sua dedicação em cuidar dos doentes pobres, esforçando-se para que o futuro mostrasse ao mundo uma sociedade melhor e mais consciente diante dos valores humanos. Madre Teresa orava para que isso não fosse apenas um sonho, mais que um dia se tornasse realidade. E m seu íntimo, a missionária a tudo isso renegava. E la não queria título algum, nem mesmo o da diplomacia que o Papa J oão Paulo II lhe havia pronunciado. Para ela, o importante era o ser humano relegado. E ra ajudá-lo a secar suas lágrimas e matar a fome. E ra ver a criança feliz, brincando junto às mais privilegiadas pela vida. E ra ensinar o bem e irem todos ao encontro de J esus. Porém, Madre Teresa teve que sair de seus devaneios, quando seu nome foi anunciado para receber as homenagens programadas pela C asa Branca. E m seus pensamentos, rogava a J esus para afastar de seu coração o ímpeto da vaidade e do orgulho. S ua preferência seria continuar fazendo o caminho do calvário, como serva de J esus. Após, retorna a Roma, sempre acompanhada pela médica e a Irmã Nirmala, preocupadas com sua saúde. E m cadeira de rodas, fez questão de comparecer à festa Papal, celebrada no dia 29 de junho, em homenagem a S . Pedro e S . Paulo, na basílica do Vaticano. Q ueria a missionária levar seu agradecimento ao Papa J oão Paulo II pela sua bondade para com os trabalhos desenvolvidos pelas Missionárias da C aridade, em Roma. S ua estada em Roma foi mais demorada que o previsto. S eu corpo frágil precisava de repouso. Ficou 8 seareiro_11_2011.indd 8 hospedada na residência do bispo Dom G regório, em C élio. S entindo-se mais fortalecida, numa manhã de sol, Madre Teresa resolveu caminhar vagarosamente pelas alamedas da residência paroquial. E stava feliz sem a cadeira de rodas e sabia que, no final do jardim que rodeava a casa, havia uma capela. Não conteve o desejo de orar na capelinha. O calçamento estava um pouco liso e, com a fraqueza nas pernas, escorregou, e o resultado da queda foram três costelas quebradas. Novamente foi hospitalizada, não só pelo problema da queda, mas pelo fato de seu coração mostrar deficiências. Foi preciso o uso de um cateter para desobstruir uma veia relacionada ao coração. Neste ínterim, Madre Teresa recebeu uma triste notícia. Dias depois de sua internação, ficou sabendo que seu estimado amigo e confessor, o padre jesuíta belga, C eleste Van E xem, havia morrido. Naturalmente, não podia estar presente ao velório e nem comparecer ao enterro, mas durante toda a noite do leito do hospital, Madre Teresa rendeu preces de agradecimentos ao seu protetor, que estaria em um bom lugar junto aos amigos celestiais, rogava Madre Teresa, a J esus. O Papa J oão Paulo II e a princesa Diana enviaram mensagens de breve recuperação; e o Papa assim se referiu: “Por favor, Irmã Teresa, cuide-se, o mundo precisa da senhora e os pobres não podem ficar órfãos”. E , no dia seguinte, a febre havia baixado. E ra a véspera de seu aniversário, 25 de agosto. Nesta data as Irmãs Missionárias foram visitá-la. Madre Teresa chorou de emoção por se ver rodeada pelas suas filhas, tão queridas e que muito ajudavam para manter tantas instituições existentes em nome do Mestre J esus. Ainda debilitada, mas desejando ardentemente voltar para suas tarefas, os médicos permitiram sua saída do hospital. As Irmãs Missionárias se comprometeram a cuidar da mãezinha querida, embora sabedoras que seria uma difícil tarefa, pela personalidade resistente de Madre Teresa. Voltando às suas atividades, porém mais cautelosa diante do seu estado físico, Madre Teresa saiu às ruas, acompanhada pelas Irmãs que empurravam a cadeira de rodas, parando sempre diante dos problemas que as ruas ofereciam aos olhos de Madre Teresa. E numa dessas ocasiões, sua atenção fora voltada para uma senhora que empurrava um carrinho de bebê. C uriosa, pediu para a irmã que empurrava sua cadeira de rodas que se aproximasse mais da senhora, pois queria ver a criança e abençoá-la. Q ual foi a surpresa, quando as irmãs viram que não eram um bebê e sim um cachorrinho, todo arrumadinho e cheiroso. Madre Teresa envolveu a senhora dona do animal, com um olhar complacente e pegando-lhe as mãos falou: — Q ue Deus a abençoe, minha filha, sei que esse cachorrinho tratado dessa maneira, talvez seja o substituto do filho que um dia você recusou a tê-lo. A senhora beijou as mãos da missionária e seguiu seu caminho, secando as lágrimas de seus olhos. No dia 31 de agosto de 1997, Madre Teresa recebeu mais uma notícia triste. Ficara sabendo que a princesa Lady Di havia morrido. A notícia da morte de Lady Di foi comunicada pelo médico, onde Madre Teresa encontrava-se hospitalizada. Profundamente abalada, buscou em sua memória o último encontro que tivera com a princesa, em Nova York. Pôde sentir que Lady Di não era feliz. Porém, confidenciara à religiosa, que ao unir suas lágrimas àqueles mais sofridos, encontrava consolo e novas energias para continuar a viver. E Madre Teresa, informada do trágico acidente automobilístico que lhe tirara a vida, pronunciou carinhosa prece à J esus para Madre Teresa e princesa Diana 18/10/2011 05:15:41 que ela pudesse ser recebida em paz, G andhi foi também utilizado para realiem sua nova moradia. C ertamente, a zar o cortejo desse grandioso funeral. missionária não poderia comparecer A Irmã Nirmala foi reconhecida puao funeral, o qual lamentava, mas seu blicamente como sucessora de Madre estado não o permitia. Teresa no dia 13 de março de 1997, meA vida de Madre Teresa parecia diluirses antes da morte da missionária. E , -se a cada dia. O s ossos enfraquecidos, antes do trajeto fúnebre, Irmã Nirmala problemas cardíacos, infecção pulmopediu licença ao público para lembrar os nar agravada, e essa última internação últimos pensamentos de Madre Teresa: por fortes dores no peito. E no dia 5 de “Não usemos bombas nem armas setembro de 1997, devido a uma parada para conquistar o mundo. Usemos o cardíaca, veio a desencarnar, dois dias amor e a compaixão. A paz começa antes do enterro de Lady Di. com um sorriso e a fé no coração, com O enterro de Madre Teresa foi realio Mestre J esus”. zado oito dias após sua morte. No dia O Arcebispo de Loreto, Dom Ângelo 13 de setembro de 1997 o mundo pôde C omastri, dizia que seu coração tamassistir, através dos canais televisivos, bém gostaria de homenagear Madre um funeral com o qual, certamente, MaTeresa. E m tom de profundo respeito, dre Teresa não concordaria, segundo as em frente ao caixão, falou: missionárias que durante tantos anos — Madre Teresa viveu na mais conviveram com ela e conheciam seus completa pobreza. Porém, rica no seu hábitos e sua simplicidade. E mbora a modo de viver, sem vaidades, apenas Irmã Nirmala religião dominante fosse representada dedicação em querer passar alegria pelos católicos e todo o meio eclesiástico, outros religiosos aos oprimidos e desvalidos do mundo. Aos 87 anos, de frágil dos mais diversos países também vieram prestar as últimas constituição física, rosto marcado de profundas rugas, onde homenagens à “mãe dos pobres”. cada uma delas demonstravam anos de experiências por O secretário de E stado do Papa J oão Paulo II foi quem dores passadas, não suas, mas de cada vida que procurava oficializou o ato litúrgico. Além das autoridades políticas indiasalvar, por respeito ao C riador. S empre foi aclamada “Mãe nas, estiveram presentes ao funeral líderes de vários países, dos Pobres”. E ntre os pobres mais pobres, ela perseverou o principalmente, aqueles a quem Madre Teresa tinha profunda amor do C risto, para que os crentes e os descrentes pudesgratidão por ter sido ajudada em momentos difíceis que passem sentir e assistir o E vangelho vivo, despertando o povo sara em sua caminhada caritativa. para um novo perfil de vida. C remos que a morte de Madre Três rainhas fizeram suas homenagens de reconhecimento Teresa entristeceu o mundo e muitos ficaram órfãos de seu pelo intenso trabalho de Madre Teresa: a Rainha Fabíola, da carinho, mas os rastros de seus passos ficarão eternamente Bélgica, S ofia, da E spanha e Noor, da J ordânia. Destacougravados com o nome de “C aridade”. -se, também, a presença da senhora Bernardette Após, sob forte emoção, todos acompanharam o sepultaC hirac, esposa do presidente da França e mento de Madre Teresa. Hillary C linton, ex-primeira dama dos E sO mundo católico, através da imprensa e de todos os tados Unidos. Representando a Itália, o meios de comunicação, aguardava, ansioso, a beatifientão presidente da R epública, O scar cação da missionária. Uma das exigências para a conLuigi S calfaro, que concedera a Masumação do fato é a confirmação de alguns milagres. dre Teresa o título de cidadã italiana, E sta é a exigência do Vaticano e os cuidados na vefavorecendo-lhe o trabalho para com rificação dos mesmos, feitos pelo Papa. os pobres na Itália. Um ano após o falecimento de Madre Teresa, chaD urante vários dias, filas enormes mou a atenção do mundo um dos “milagres” realizade pessoas que queriam dar seu último do pela missionária. Até aí, vários acontecimentos adeus à missionária formou-se diante eram registrados como milagres de curas feitas por da igreja de S ão Tomé, em C alcutá, ela. Mas, chamou a atenção o caso de uma enferonde seu corpo a princípio foi velado. ma de nome Monika Besra, que, fora constatado Mas como estava próximo o dia de seu pelos médicos, ser portadora de um tumor ovariano sepultamento e o número de pessoas acompanhado de inchação e fortes dores na região, continuava a aumentar, pois todos queriam refletindo-se no estômago, causando-lhe fraqueza, a participar da missa de corpo presente, deterponto de não ser permitida uma cirurgia, pelo fato, diziam minou-se, por ordem do clero, que seu corpo os médicos, da não absorção da anestesia. Também seu fosse transladado ao E stádio Netafi, onde o organismo registrava pressão alta, dores de cabeça, proC ardeal Ângelo S odano, secretário de E stado blemas respiratórios etc. E speravam sua morte a qualquer do Vaticano, celebrou a missa que foi acompamomento. Dessa forma, foi a enferma removida para o “Lar nhada, em maior número, pelos “filhos pobres de do Moribundo Abandonado de Patiram”, distante a 300 km Mãe Teresa”. de C alcutá. O veículo que em 1948 transportara o corpo de Mahtma As irmãs Bartholomea e Ann S evika eram as responsáveis VISITE NOSSO SITE www.espiritismoeluz.org.br Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá também comprar livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 9 9 18/10/2011 05:15:46 Bibliografia dessa instituição. Passaram a cuidar da enferma, seguindo as prescrições médicas, mas nada aliviava as dores da doente, e seus gemidos eram ouvidos por toda a casa. C erta noite, quando Monika se contorcia em dores, a irmã Bartholomea, pegando em suas mãos, falou: — S ei minha filha, que você não é católica, mas há momentos na vida, que precisamos rogar a D eus que venha nos assistir pelas almas santas. O lhe para o retrato preso na parede de seu quarto. E la é a Mãe dos Pobres, a nossa querida Madre Teresa. Rogue a ela para ajudá-la a suportar essa prova difícil de sua vida. Monika, olhando o retrato, apenas ouviu as palavras da irmã Bartholomea e adormeceu. Ann S evika, também presente no quarto, percebendo a tranquilidade que se estampara no rosto de Monika, sugeriu a irmã Bartholomea que fosse colocado sobre o ventre de Monika a medalha que Madre Teresa trazia sempre consigo, a medalha de Nossa S enhora das Dores, a qual fora doada para essa instituição pelas missionárias de C alcutá. De imediato isso foi feito. Na manhã seguinte, todos da instituição ouviram a voz da doente, que gritava: — E stou curada... estou curada... Madre Teresa me curou! As irmãs correram ao quarto e viram Monika em pé, segurando a medalha e chorando copiosamente. S eu ventre estava desinchado e seu aspecto físico normal. C inco médicos foram chamados para constatar o desaparecimento do tumor. Todos foram unânimes na confirmação de que os exames mostravam o desaparecimento do tumor e o estado geral físico de Monika estava normal. O Arcebispo de C alcutá, Dom Henry S ebastian D’S ouza, assim que soube do ocorrido, levou os exames para os técnicos da C ongregação Vaticana avaliarem, junto com as “C ausas dos S antos”, todas as confirmações do milagre feito por Madre Teresa, com os pareceres médicos e fotos antes e depois do estado físico de Monika. Ficou então provado o milagre e aceito pelo Papa J oão Paulo II, como a maior virtude de Madre Teresa. E , no dia 19 de outubro de 2003 fixou-se o ato solene para o público, da beatificação de Madre Teresa de C alcutá. Madre Teresa volta a pátria espiritual, feliz. É recebida por todos aqueles E spíritos de escol que a ajudaram a cumprir a reencarnação, imposta por ela mesma, com a finalidade de continuar auxiliando aos desvalidos em suas dores expiatórias. Retornava Magdalena, aos pés do S enhor! E le a esperava e erguendo-a, disse-lhe: — Voltaste vitoriosa, minha filha, com o reino de paz em • Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, E ditora FE B, 1ª ed., 1969. • Madre Teresa de Calcutá – J osé Luis G onzáles-Balado, E ditora Paulinas, 3ª ed., 1976. • Maria de Magdala – Roque J acintho, E ditora Luz no Lar, 1ª ed., 1992. • Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, E ditora Lis. • Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – J osé Luis G onzáles-Balado, E ditora Paulinas, 1ª ed., 2003. • Imagens: • http://i.pbase.com/u4/deewun/upload/860460.MalcolmMUG G E RIDG E .jpg • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fb/Ferdinand_ teu coração. S eja bem-vinda, em nome do nosso C riador! Magdalena quedava-se em prantos. Luzes e aromas flutuavam sobre todos os E spíritos que participavam desse banquete celestial. Ainda sob forte emoção, Magdalena falou ao S enhor: — Perdoa-me J esus, aos faustos que nos foram projetados diante do cortejo fúnebre. O ramos muito para não entrarmos em tentação. Porém, a maior ajuda sabemos ter vindo dos corações abnegados, das nossas companheiras da caridade e dos aflitos, que souberam servir-se da fé, em seu nome. O Mestre olhando-a fixamente, respondeu-lhe: — C onhecemos seu coração e sua personalidade espiritual. Todas essas homenagens ficarão na mente daqueles que um dia lembrarão de sua caminhada pela Terra. Não serão as pompas dos grandes funerais que resistirão ao tempo, mas a passagem dos justos, que se dedicaram a viver o E vangelho em favor dos semelhantes. E os E spíritos S uperiores, que assistiram a esse encontro emocionados, ouvindo o coro celestial, seguiram a J esus e Magdalena unidos pelo princípio do Amor Universal. Deixaremos aqui a oração que Madre Teresa fazia aos pés dos moribundos: Mantenha seus olhos puros, para que Jesus possa olhar através deles. Mantenha sua língua pura, para que Jesus possa falar por sua boca. Mantenha suas mãos puras, para que Jesus possa trabalhar com suas mãos. Mantenha sua mente pura, para que Jesus possa pensar seus pensamentos em sua mente. Mantenha seu coração puro, para que Jesus possa amar com seu coração. Peça a Jesus para viver sua própria vida em você, porque: Ele é a Verdade da humildade Ele é a Luz na Caridade Ele é a Vida da santidade “E ssas são as palavras, ditadas pelo coração puro desse E spírito, que só viveu e distribuiu Amor por toda a sofrida Humanidade”. Irmã Nirmala a Teresa de C alcutá. Final da quarta e última parte. E loísa Perier_(1875-1968).jpg/250px-Ferdinand_Perier_(1875-1968).jpg • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/HRH_The_Duke_ of_E dinburgh_Allan_Warren.jpg • http://p2.trrsf.com.br/image/get? o=s&h=600&src=http://img.terra.com. br/i/2011/04/28/1865350-9969-in.jpg • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/President_Reagan_ presents_Mother_Teresa_with_the_Medal_of_Freedom_1985.jpg • http://4.bp.blogspot.com/-iWC F6ama6IU/TeV9O qV1T6I/AAAAAAAAE mY/ Pge6dBw7iO U/s1600/Fotos+raras35.jpg (Reuters) • http://www.lifesitenews.com/ldn/images/2008a/S rNirmala.jpg • http://api.ning.com/files/jG Tsl9YIheHdO sHgQ dYbfB8RE nC i8vTnUQ *aaLZJ J fQ IyQ Rgkke3yO C YtV8ZkNoyIm4L4G *cruAFvQ ccWr5jnS u970IS Hx6/ MotherTeresaVV.jpg 10 http://media.thestar.topscms.com/images/e4/3e/ eb6044d142d5a2e16116370045ee.jpeg seareiro_11_2011.indd 10 18/10/2011 05:15:53 Clube do Livro clube do livro Assim Vencerás Pelo grandioso espírito E mmanuel foi concebida a l literatura recebida pelos int tegrantes do C lube do Livro E spírita “J oaquim Alves (J ô)”, n mês de agosto de 2010, no i intitulada “Assim Vencerás”. Q ual é nosso maior problem ma? “Todas as questões polític cas e administrativas, todos o enigmas sociológicos e os p passionais, que espalham na T Terra as mais constrangedoras crises de espírito, dependem da solução de um problema único para serem convenientemente decifrados – o problema do reajuste da nossa própria alma ante as Leis Divinas.” E ste é um trecho do primeiro título abordado: “O Maior Problema”. Na atualidade, é uma temática que vem ao encontro de nossas indagações. E a resposta está dentro de nós mes- mos. S ão 40 tópicos para reflexão e descoberta de respostas, que poderão fazer a diferença no prosseguimento da jornada diária. A cada tópico, frases intuitivas, objetivando aguçar, mais que a inteligência, a sabedoria do homem – “Deus, que é a Providência de tua alma dilacerada, é igualmente a Providência dos que te ferem”. À luz do evangelho do C risto, a obra se destina a auxiliar de maneira clara, mas, concisa, a qualquer hora do dia, para as mais comezinhas situações. Dúvidas, perquirições, orientação para a tarefa a cumprir? Recorramos às elucidações do Mestre, ora conduzidas pelo valoroso E mmanuel, por meio do digníssimo médium Francisco C ândido Xavier. Uma das constatações da Providência Divina em nossas vidas está contida nas comunicações que recebemos do Alto, por meio de obras como esta. E assim, estudemos, reflitamos e ajamos para poder vencer! Rosangela Cantinho do Verso em Prosa cantinho do Saudade Ante o brilho da vida renascente Depois da névoa estranha, densa e fria, Surgem constelações do Novo Dia Muito longe da Terra descontente Mundos celestes, reinos de alegria E impérios de beleza resplendente Cantam no Espaço, jubilosamente Ao compasso do Amor e da Harmonia... Mas, ai! pobre de mim!... Ante a grandeza Da glória excelsa eternamente acesa Volvo à sombra letal do abismo fundo! E, esmagado de angústia e de carinho, Choro de amor, revendo o velho ninho E as aves ternas que deixei no mundo!... Leôncio Correia Francisco Cândido Xavier Espírito Emmanuel Editora Ideal 8ª edição verso em prosa O retorno ao plano espiritual, após a conclusão da caminhada terrestre, é o reencontro com nossos mentores e o reforço de nossa fé no crescimento eterno. Por muitas vezes o apego material, não só por bens, mas também por entes queridos, institui um vínculo difícil de ser quebrado, o que pode traduzir-se em tristeza e angústia e com isso tardar a recuperação de nosso espírito neste momento de transição. O plano espiritual vem nos acolher com a grandeza do amor, da paz e sempre com muita alegria e devemos nos preparar para este reencontro onde poderemos, mais do que nunca, com a brevidade de nossa transição, dedicarmo-nos aos trabalhos de auxílio ao próximo e também acolher nossos entes amados, encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes nosso fraternal amor. C aberá a nós, durante nossas existências, exercitar o real amor e o desapego pelo plano material, primando pela construção de sentimentos livres e sinceros, comprometidos com o bem estar e o amor ao próximo e com o nosso propósito evolutivo. A saudade é um sentimento nobre, que não deve ser acolhido com dor e sofrimento, mas sim com alegria e louvor, pois temos a certeza, através de nossa fé, que todos os nossos irmãos estarão amparados por nosso amado Mestre J esus, que a nenhum de nós deixará de iluminar. Marco Antonio Bibliogra�a: Parnaso de Além-Túmulo – Francisco C ândido Xavier / E spíritos diversos, E ditora FE B. Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)” Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edi�cantes mensagens. Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 11 Praça Presidente Castelo Branco Centro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955 Horário de funcionamento: 8 às 19 horas Segunda-feira a Sábado 11 18/10/2011 05:15:56 Pegadas de Chico Xavier pegadas de Solidão Aparente chico E m meados de 1932, o “C entro E spírita Luiz G onzaga” estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, J osé Hermínio Perácio, Dona C armen Pena Perácio, J osé Xavier, Dona G eni Pena Xavier e C hico Xavier. O s doentes e obsediados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto. C erta época, Perácio e senhora transferiram-se para Belo Horizonte, por impositivos da vida familiar. O grupo ficou limitado a três companheiros. Dona G eni, a esposa de J osé Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos. J osé, que era seleiro, naquela ocasião foi procurado por um credor que lhe vendia couros. E ste credor insistia em receber pelos seus serviços. P or isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a frequência ao grupo, pelo menos, por alguns meses. Vendo-se sozinho, C hico Xavier também quis se ausentar. Mas, na primeira noite em que se achou a sós no C entro, sem saber como agir, E mmanuel apareceu-lhe e disse: — Você não pode se afastar. Prossigamos em serviço. — C ontinuar como? Não temos frequentadores... — E nós? — disse o espírito amigo — Nós também precisamos ouvir o E vangelho para reduzir nossos erros. E , além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do S enhor e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho. xavier Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, C hico abria o pequeno salão do C entro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. E m seguida, abria “O E vangelho S egundo o E spiritismo”, ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta. Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. E scutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de E mmanuel. Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho. E ssas reuniões no C entro, com um Médium a sós e os desencarnados de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras. *** Q ue tenhamos a fé, a persistência, a bondade, a disciplina, entre tantas outras virtudes, como as de C hico Xavier que, como demonstrado em mais esta passagem de sua vida, sabemos não ter falhado em sua missão perante o Pai C eleste e J esus, atendendo a uma multidão de necessitados todos os dias, sem nenhuma distinção de raça, crença, cor ou sexo, sem hora marcada, fossem eles encarnados ou desencarnados. E quanto a nós, já paramos para pensar e perguntar se estamos cumprindo a nossa? Q ue aprendamos com as lições do querido irmão e sigamos as suas “pegadas”. Reinaldo Bibliogra�a: Adaptação do livro Lindos Casos de Chico Xavier - Ramiro G ama, capítulo 29, E ditora Lake, 20ª ed., 2006. Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-y-wi5RtF7qo/TarbfiH_zAI/AAAAAAAAAs8/ E wrWLWuvsF8/s1600/chico2%25281%2529.jpg 12 seareiro_11_2011.indd 12 18/10/2011 05:15:59 Kardec em Estudo kardec em estudo Instruções dos Espíritos, Advento do Espírito de Verdade O Evangelho lh Segundo S d o Espiritismo E i iti – Capítulo C ít l VI “O Cristo C i t Consolador” C l d ” – itens 5 Eu venho, E h como outrora t entre t os filh filhos desgarrados d d de d Israel, I l trazer t a verdade d d e dissipar d di i as trevas. t Escutem-me! Para que possamos buscar entender este capítulo do E vangelho, faremos uma reflexão sobre: “Advento” = Vinda. Q uem na Terra teria a moral e o entendimento necessários para nos trazer a Verdade, senão J esus, o C risto? “Venho como outrora” - dois milênios e alguns anos nos separam da vinda de J esus, trazendo-nos a Boa Nova. O s ensinamentos do Pai, o Deus único, o Deus bom e suas Leis Imutáveis e E ternas. E nsinou-nos, com seus atos e palavras, sobre a vida espiritual, para que pudéssemos entender a vida terrena e sua necessidade de aprendizado, aprimorando nossos laços com a eternidade. “entre os �lhos desgarrados” que, apesar das grandes mudanças materiais ocorridas, ainda estamos tão distantes do entendimento daquelas necessárias em nossa moral, que é a grande chave para a vida atual e espiritual. “dissipar as trevas” - como dissipar trevas que nós mesmos criamos, sem buscarmos “O E vangelho S egundo o E spiritismo” assim como “O Livro dos Médiuns” que nos trazem em seus ensinamentos como dissipar as fantasias, tais como fantasmas, castelos mal assombrados e tantas outras besteiras permitidas pelo nosso medo, desconhecimento e, muitas vezes, Contos desinteresse em seus estudos, alertando-nos ainda, entre tantos outros importantes assuntos, sobre os falsos profetas, onde ajustamos nossos interesses, afastando-nos da Verdade Divina. S omente com sérios estudos, entenderemos ainda, a loucura, alucinações, o charlatanismo, a obsessão e suas consequências, e tantos outros que povoam nossas mentes, gerando a escuridão para a vida tão iluminada que J esus veio nos mostrar. C ompreendemos? ! S im! Porém, o básico que nossa inteligência consegue gerir, em meio ao nosso orgulho. Mas, essa compreensão ainda não chegou ao nosso coração, para que possamos praticar o verdadeiro amor. J esus reforça: Escutem-me! O estudo que falamos acima é muito importante, mas escutar a J esus representará muito mais! É o “entenda-me”, mas com o coração, pois ali está a essência Divina, que será regada com o amor, para o crescimento necessário na prática da verdadeira caridade ao próximo. “Creiam, amem, meditem sobre as coisas que lhes são reveladas.” Não basta só acreditar! É necessário acreditar amando nosso próximo, saber o que as Leis Divinas representam em nossas vidas e sua continuidade, livrando-nos do Deus que castiga, mas crendo no Deus que confia Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 13 Bibliogra�a: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de Roque J acintho, E ditora Luz no Lar -1ª ed.1987. O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, E ditora FE B, 59ª ed., 1992. Construção do Amor - Francisco C ândido Xavier, pelo espírito de E mmanuel, E ditora C E U, 1ª ed., 1988. contos A Conversão de Agenor A tarde tinha sido realmente muito difícil... No escritório, o dia fora todo atrapalhado. Logo que chegara percebera que as informações recebidas não foram das melhores. O sócio de Londres havia feito uma transação fraudulenta, que causara um rombo enorme nas finanças da empresa. E m consequência em nós, não importando quanto tempo levaremos para estarmos preparados para uma vida melhor, mas com a certeza de que lá chegaremos, e E le estará nos esperando de braços abertos. C ompreenderemos então os “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, em seu justo sentido. Nesta certeza, E mmanuel, através da psicografia de nosso amigo Francisco C ândido Xavier, nos aconselha: “Se procuras o Mestre do Evangelho não admitas que tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos e�ciente. Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes, a �m de enriquecer a colheita próxima, ou à maneira do viajor, que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.” Deus, em sua criação não escondeu absolutamente nada. Resta-nos o interesse de buscar, desde o seu início, o conhecimento para que tenhamos o C aminho, a Verdade e a Vida! Vano disto, todas as outras filiais e mesmo a C entral, localizada na zona norte de S ão Paulo, sofreram uma enorme perda; algo aproximado a 500 milhões de dólares. B em, c om essas informaç ões, dá para imaginar o alvoroço que se tornou a vida dos sócios e acionistas da E mpresa Mineradora... S /A. O s te- lefones não paravam de tocar, os faxes vinham de todas as partes do mundo e os e-mails, então, lotaram as caixas postais com solicitações desesperadas de informações atualizadas sobre o golpe acontecido. E videntemente, a filial de Londres encontrava-se totalmente fora do ar e não se conseguia falar com nenhuma pessoa responsável pela empresa. Aqui no Brasil, o setor da Administração C entral estava em polvorosa, tentando, de todas as formas, fugir 13 18/10/2011 05:16:03 das perguntas insistentes dos repórteres das empresas de rádio e televisão, atentas ao acontecido. O porta-voz da empresa, S r. E duardo, não conseguia convencer os acionistas presentes na coletiva de imprensa, com suas colocações vazias de detalhes sobre o que ocorrera no mercado financeiro. Alguns dias após o acontecido... — Paulo, você soube o que aconteceu? — S oube sim e confesso que estou muito preocupado com o nosso diretor o S r. Agenor. Desde os acontecimentos infelizes, ele anda triste e acuado. Para cobrir as despesas da empresa, teve que colocar em custódia todos os seus bens e, mais do que isso, colocar suas propriedades, que não são poucas, em juízo, para pagar a fiança de um empréstimo de cinco milhões de reais, a fim de continuar operando no mercado. A agência de Londres foi fechada e a S cotland Yard continua procurando os envolvidos na fraude. Por outro lado, fiquei contente em ver as atitudes de sua esposa, na verdade de toda a sua família. — C omo assim? — Bem, conversando com D. Luiza e Alfredo, o filho mais velho, eles nos disseram que ficaram mesmo assustados com o fato. Mas, mesmo considerando ser esta uma situação muito difícil de ser encarada e vivida, a primeira coisa que fizeram foi... o E vangelho. — E vangelho? Rezar? — S im, rezar e muito. A família é evangélica e sempre viveu os ensinamentos do Mestre, assim como em toda religião C ristã. O s ensinamentos de J esus consolidaram com muita força os laços que unem esta família e todos os seus membros, quer dizer, quase todos. O S r. Agenor, por ser uma pessoa muito ligada aos negócios e ao dinheiro, tem muita dificuldade em aceitar o C risto e seus ensinamentos. C ostuma dizer que quem fez tudo pela sua família foi ele, Agenor e não J esus. D. Luiza o ama muito e sabe que ele é um bom homem, apenas muito ligado ao dinheiro. — É então, por isso, que ele anda tão estranho! O utro dia, na “rádio peão”, me disseram que ele pensou Tema Livre até no suicídio... — Isso. E esse é o maior problema. C onheço o Alfredo, seu filho, de há muito tempo, desde a época da faculdade, onde nos formamos e sempre nos entendemos muito bem. Frequento sua casa faz tempo e tenho livre trânsito na família. C omo espírita, fazemos nossas preces juntos e temos, todos, o mesmo objetivo na vida: amar ao próximo como a nós mesmos. Por isso estamos fazendo, juntos, O E vangelho, todos os dias. E nvolvemos o espírito do S r. Agenor em nossas preces todas as vezes que oramos, e mesmo assim está difícil... Mas não desistimos, não, pois sabemos que seremos todos atendidos de uma forma ou de outra. Por que você não nos acompanha Luiz? C inco meses depois... — Boa noite, senhores ouvintes. Vamos acompanhar, neste momento, o depoimento do S r. Paulo, nosso palestrante, nesta reunião de hoje. S r. Paulo, por favor... — Boa noite a todos. Q ue o S enhor nos abençoe. Falaremos hoje sobre “A Paciência”, esta virtude tão difícil de ser cultivada em nossos corações. E m “O E vangelho S egundo o E spiritismo”, de Allan Kardec, no capítulo IX, item sete encontramos o seguinte: “A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. Não se aflijam, pois, quando vocês sofrem. Mas bendigam a Deus onipotente que assinalou vocês pela dor neste mundo, para a glória no céu. S ejam pacientes!” A história que vamos narrar nesta noite é verdadeira e o personagem tema principal é o doador do terreno e de todo o material que deu vida a esta C asa e o alimento a todos os necessitados que aqui são atendidos, diariamente. É a história de um momento da vida do homem que tudo fez para que conseguíssemos ter este local maravilhoso, que nos ajuda a manter a vida dos que aqui são atendidos: S r. Agenor de S ouza. Após ter sido salvo de uma tentativa de suicídio devido à pressão porque passara há cinco anos, resolveu doar grande parte de sua fortuna aos necessitados. Mas não foi fácil tomar esta decisão. Podemos dizer até que foi através da persuasão. S im, pois quando estava prestes a se suicidar e já se preparava para pular da ponte do rio J uquiá, encontrou um livro que veio mudar sua vida por completo. E ste livro foi-lhe presenteado por um sem-teto que o lançou fora e caíra aos pés do S r. Agenor. Por curiosidade, tomou o livro em suas mãos, e, através de sua leitura ele conseguiu reunir forças para continuar vivendo. Através dele descobriu fatos e revelações que até aquele momento lhe faltavam na vida. E mais, descobriu que é eterno assim como todos nós. O livro? Uma obra de Allan Kardec intitulada “O Livro dos E spíritos” e, desde esta data, o S r. Agenor procura colocar em prática os deveres morais que conquistou através dessa importantíssima obra. Q ue Deus o abençoe! E que nós possamos seguir o seu exemplo... Antoine livre Desculpar Incessantemente É Renovar “Desculpar Incessantemente É Renovar-se para a Vida Superior” Emmanuel Q uando lemos essa mensagem, temos a impressão que a entendemos bem, no entanto, na prática, fazemos justamente o oposto. O “desculpar” de E mmanuel é entender e aceitar o erro dos que nos acompanham nesta jornada. Não é deixar que o seu companheiro de caminhada cometa erros sob a sua ignorância, mas saber conduzi-lo de forma construtiva, procurando fazê-lo entender o seu engano, não como um 14 seareiro_11_2011.indd 14 18/10/2011 05:16:04 criminoso, porém como um filho de Deus, passível de quedas e que, com a ajuda de J esus, retornará a caminhar com o jugo mais leve. O “incessantemente” quer dizer que devemos desculpá-lo sempre e da mesma forma, pois somente assim estaremos nos renovando perante as lições aprendidas em “O E vangelho S egundo o E spiritismo”, colocando-nos a serviço do nosso Mestre. Vamos buscar em nossos relacionamentos se praticamos tal ensinamento: Q uando um dos nossos familiares comete, vamos dizer, um deslize, procuramos chamar sua atenção pelo ato praticado, como se fôssemos os poderosos e infalíveis de praticá-lo. S e voltar a cometer outro deslize, nossa (falta de) “paciência” já faz com que mudemos o tom da voz e coloquemo-nos como vorazes juízes. Nos enganos seguintes, não precisamos nem lembrar. S e em nossa família, onde temos liberdade de expressar nossos sentimentos e, que já sabemos o que representa essa união, não conseguimos sequer o entendimento, percebemos que a luta será muito grande para que possamos colocar o ensinamento em prática. “Renovar” é buscar dentro de nós a força necessária para entender quais sentimentos ainda estamos alimentando, refletindo muito sobre os nossos atos, buscando nos estudos da Doutrina E spírita os esclarecimentos que ainda são necessários para que essa renovação se faça presente em todos os momentos da nossa vida, lembrando sempre que o lar é, e será sempre, o início da nossa caminhada em cada reencarnação, pois somente dela sairá a semente que nos fará o carvalho que a Misericórdia Divina espera de nós. “Vida S uperior” não é a vaidade na qual estamos envolvidos pela vida material, que nos afasta de tudo que é verdadeiramente importante. Busquemos entender nossas necessidades materiais como o que é necessário para nossa tranquilidade, mas não aquela que nos rouba do lar, cega-nos para a Mensagem análise e acompanhamento dos filhos, afastando-nos da família e arrastando a todos para o desconhecimento da vida espiritual. Lembremos sempre que os dias de inverno virão, não porque o desejemos, mas, porque fazem parte de nosso aprendizado e, se estivermos preparados para compreendê-los, serão menos dolorosos e muito mais proveitosos. “A Terra ainda não é um paraíso, conquanto as fontes e �ores que a enriquecem”. Emmanuel B us quem os ler novam ente a mensagem e comecemos, a partir deste momento, a nossa renovação. J esus, obrigado pela confiança em nós! S e temos preguiça de ler e de nos instruir, que não requer nem esforço físico e muitas vezes nem sair de casa, o que nos restará na hora da Verdade? Anna Bibliogra�a: Escultores de Almas – Francisco C ândido Xavier / E spíritos diversos, E ditora C E U. mensagem Vivos Para Sempre E stamos sempre vivos. A vida, mais que a expressão transitória da existência, está sempre onde nós estivermos. C hamemos plano físico ou plano espiritual; cidade terrena ou cidadela espiritual – aí em toda parte a vida é um eterno presente. S e desejamos, pois, relacionarmos-nos com os PLANO S S UPE RIO RE S DA VIDA, quer estejamos imersos nas experiências físicas, ou já em repetição de experiências espirituais, bastará que sublimemos os nossos sentimentos, as nossas Aconteceu emoções, os nossos conhecimentos. É que os planos espirituais estão em toda parte. Ao redor de cada um de nós há sombras e há luzes. Refletir a luz ou ensombrarmos com as trevas interiores – é opção de cada um de nós. Viva, pois, nesta hora, como lhe convém, para que você amealhe todos os valores mais ALTO S , a fim de que a sua mestra de vida seja o AMO R, liberando-se, afinal, das lições vindas pelas mãos dos sofrimentos. G uarde-se no bem e o bem será toda a sua proteção quer esteja você no sanatório da carne ou na liberação da E spiritualidade – nossa pátria de destino. Paz. Roque J acintho aconteceu Semana de Fabiano de Cristo Num clima de muita alegria cristã realizou-se a 6ª S emana E spírita de Fabiano de C risto de 17 a 22 de outubro de 2011, no Núcleo de E studos E spíritas Amor e E sperança, à Rua das Turmalinas, 56/58, C entro – Diadema – S P, para comemorarmos o desencarne deste nosso querido Patrono E spiritual de que tanta gratidão somos devedores. Antes de iniciarem as palestras, tivemos a oportunidade de nos deliciar com as apresentações artísticas e os palestrantes escolhidos nos trouxeram boas explicações através dos seguintes temas: • Transmigrações P rogressivas, P luralidade das E xistências • Influências dos E spíritos em Nossos Atos • Fenômenos da Natureza e a Ação dos E spíritos • Diante da Lei da Destruição, S egundo a Doutrina E spírita Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança seareiro_11_2011.indd 15 • O C onsolador Prometido O encerramento de nossa S emana E spírita Fabiano de C risto foi feito na Banca de Livros E spíritas J oaquim Alves, na Praça C astelo Branco, C entro, Diadema, com leitura de um trecho de “O E vangelho S egundo o E spiritismo” e do livro “Fonte Viva” de E mmanuel, seguida de uma prece. Agradecemos a presença de todos que compartilharam conosco destes momentos iluminados. Equipe do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança AC E ITAMO S S UA C O LABO R AÇ ÃO Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - C NPJ : 03.880.975/0001-40 Banco Itaú S .A. - Agência 0257 - C /C 46.852-0 15 18/10/2011 05:16:06 Atualidade atualidade Política Ontem e Hoje A ruína moral observada na época do C risto, risto com a história da crucificação, continua ainda hoje, prevalecendo na covardia, na falta de consciência, no não comprometimento, imperando a injustiça. S etores até então dignos de credibilidade, hoje padecem, contaminados com a moléstia da corrupção e desonra. A sede do poder invade as mentes enfermiças, expondo nações inteiras ao declínio. E is o que acontece hoje no meio político mundial. Rui Barbosa deixou entre várias frases, esta: “Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou científicas, coroadas ou populares.” E ntre vários textos de R ui Barbosa, destacamos trechos de: “O ração aos Moços” e “O Justo e a Justiça Política”: “Porque para sermos �éis no muito, o devemos ser no pouco.” “De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral cruci�caram o Salvador, e continuam a cruci�cá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal so�sma, tergiversa, recua, abdica. Foi como agitador do povo e subversor das instituições que se imolou Jesus. E, de cada vez que há precisão de sacri�car um amigo do direito, um advogado da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a ordem pública, o pretexto, que renasce, para exculpar as transações dos juízes tíbios com os interesses do poder. Todos esses acreditam, como Pôncio, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão derramar, do atentado, que vão cometer. Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde.” A exploração da ignorância e miséria do povo, cultivada e mantida com benefícios ilusórios, permite que a ação de mentes egoisticamente dominadoras manipule, com propostas que afastam cada Livro em Foco livro em vez mais as pessoas da busca do saber e de novas conquistas, do trabalho e crescimento dignos. A massa nebulosa de promessas vãs e comprometedoras aliada a “benefícios” que mais decresce a dignidade humana, cresce na medida em que o povo, sem sustentação por falta de conhecimento e estudo, entrega-se na miserabilidade do S er. O “sujeito-marionete”, que coloca sua vida em custódia, nas mãos de pessoas cruéis, sob o jugo destas será manipulado e perderá sua identidade. O conformismo e a zona de conforto agem como vírus, invadindo as expectativas dos povos, que serão cada vez mais subjugados, na medida em que se omitirem ou permitirem que seu valor seja sequestrado por quaisquer querelas. O povo, sem querer agir ou enxergar, está aceitando propostas ilusórias, endossando a imoralidade e permitindo sua decadência diante de facilidades enganosas. Q ue haja o despertar de cada povo, de cada consciência, para que governantes não dominem ou enganem com tanta facilidade. A escolha é de cada um e a responsabilidade também. Theo Imagem: http://www.clmais.com.br/public/noticias/04683_crop.jpg foco Paz e Alegria Francisco C ândido Xavier E spíritos Diversos E ditora G E E M Pequenos pingos de verdade! “Não temperes de azedume O prato simples do bem; Nunca se viu amargura Auxiliar a ninguém.” Podemos dizer “pingos de amor”, revelados de d forma simples e profunda. Assim apresentam-se os diversos E spíritos, através da psicografia de nosso C hico, em cuja a linguagem formam lindos versos e trovas, para l assuntos relacionados a: renovações, camia nhos, lar, consciência, coragem e tantos outros. n ... “Não faças da própria vida Preguiça, folga ou pilhéria. O dia desocupado Traz o cartão da miséria.” ... Deixar de ler este singelo livro de bolso, será afastar-se de dias de alegria e deixar de com- preender a paz. Disse o vivo ao morto amigo: “A ti, meu pesar sincero...” Disse o morto, no jazigo: “Muito grato. Aqui te espero.” E ndossado pelo prefácio de E mmanuel: “Comparemos este livro à harpa a�nada em que os trovadores, cada qual com suas peculiaridades, nos trazem nobres e belas inspirações, através de rápidos harpejos.” Q ue mais poderíamos escrever sobre tão belas obras, a não ser convidar à sua leitura, que renovará as mensagens de consolo e esperança, sempre em nome de Nosso S enhor J esus. O brigado poetas e trovadores do Além. Q ue a “Paz e Alegria” de J esus, permaneça a iluminá-los, sempre! Adna 16 seareiro_11_2011.indd 16 18/10/2011 05:16:06 Família familia Jesus e as Crianças “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque delas é o reino dos céus”. Mateus 19:14 Na época em que J esus esteve na Terra encarnado, era costume do povo judeu levar as crianças para receber a bênção de algum rabino, que colocava as mãos sobre a cabeça. Q uando as mães foram levar as crianças para receberem a bênção de J esus os discípulos viram com olhar de censura e reprovação e procuraram afastá-las. J esus, porém, advertiu seus discípulos, instruindo para que não impedissem a aproximação das crianças. J esus compreendia o cuidado das mães para educarem seus filhos segundo a Palavra de D eus e identificava suas preces em favor dos pequeninos. E le mesmo as havia atraído ao ouvir suas súplicas. O s filhos foram confiados a nós pelo C riador e é dever de cada mãe e de cada pai orientar, esclarecer, orar e suplicar pelos filhos. C ertamente notamos a sede de saber destes reencarnantes que, há menos tempo que nós, deixaram a Pátria E spiritual para retornar à E scola Bendita da Terra, na ânsia e desejo de acertar, corrigir, reparar e evoluir. C abe mais uma vez repetir para maior compreensão que os filhos nos foram confiados por Deus e é nosso dever o esforço no trabalho de educação e orientação, sem projetarmos nossos conflitos em nossos filhos. É dever dos pais educar e orientar para emancipação humana de acordo com os princípios e a compreensão da natureza espiritual, baseando-se nos ensinamentos de J esus. C onscientizar as crianças sobre a importância das Leis terrenas e espirituais, pilares a nortearem suas funções nesta oportunidade bendita da reencarnação. A educação interliga aspectos físi- Canal Aberto cos, orgânicos, morais, sociais, mentais, sentimentais e espirituais. Importante a observação dos pais e educadores ao perceber logo em tenra idade a tendência desordenada pela estima de si mesmo, desprezando e desrespeitando os outros, querendo elevar-se acima dos seus semelhantes. É prec iso identificar a erva daninha do orgulho e egoísmo que surge sutilmente e se alastra através de graves faltas. O orgulho é uma enfermidade terrível da alma. Desenvolve a pretensão que a criatura tem em se achar superior aos outros. Desencadeia-se nesse processo a ira, a inveja, a preguiça, a luxúria e todos os males que nos levam para o sofrimento. A ira, além de prejudicar o espírito, prejudica o corpo físico promovendo movimentos violentos, linguagem inadequada, adentrando em faixas vibratórias equivocadas, nas quais impera o desequilíbrio. J á ouvimos dizer que é melhor ser aleijado do que colérico. E sses males são combatidos no esforço pela calma, no exercício da paciência e da paz, procurando suportar os sofrimentos e investidas conforme os preceitos de J esus, confiando na Bondade e na J ustiça Divina, sempre. Toda criança precisa conhecer a religião. A religião significa nossa ligação com o Pai. Nos auxilia a identificar nossos deveres e propósitos como espíritos eternos que somos. A dedicação ao estudo da Lei Divina nos aproxima de Deus. A oração nos liga ao C riador e nos torna receptivos ao S eu amparo. A religião nos conduz a Deus. O estudo e o trabalho são ferramentas para canal que nos tornemos melhores, superemos nossas imperfeições e conquistemos a humildade, a bondade, a lealdade, na pratica da caridade, fazendo todo o bem que possamos nos empenhar a realizar, inclusive àqueles que nos fazem mal, vibrando, consolando e aliviando, compreendendo e auxiliando. Nossa responsabilidade é inegável ao entender e praticar os ensinamentos de J esus para que ao transmitirmos às crianças, o teor tenha respaldo nas nossas atitudes, que seja verdadeiro, pois sabemos que as crianças nos copiam e imitam. Assim, orientaremos a criança com base na Verdade, instruindo que o homem virtuoso é aquele que cumpre seus deveres para consigo mesmo, para com o próximo e para com Deus. Amar a Deus de todo nosso coração, conhecimento e alma, com todas as nossas forças e ao próximo como a nós mesmos. Nereide Bibliogra�a: Espiritismo para Crianças C airbar S chutel, E ditora O C larim, 30ª ed., 2000. Imagem: http://3.bp.blogspot.com/-ze0uLIRd_mE / Tgy3Q gmO E cI/AAAAAAAAAak/FmzC h0uic6M/ s250/J E S US .jpg aberto E ste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores. Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados. A Excelência do Amor J esus, o justo por excelência, recomenda-nos que coloquemos o amor verdadeiro acima de tudo. É ilusão pensar que o dinheiro é a solução para as dificuldades da vida. O dinheiro é útil quando bem usado em nosso favor e do nosso semelhante. Do contrário, é fonte de puro egoísmo e de satisfação de falsos prazeres e necessidades irreais. Todo ser humano que almeja a felicidade, não pode e nem deve esquecer que ela é fruto de trabalho ao próximo. O u seja, é uma conquista que nasce do trabalho de servir ao outro. A humanidade age como uma criança que dá os primeiros passos ao aprender 18 seareiro_11_2011.indd 18 18/10/2011 05:16:13 a andar. É recorrente a sua preocupação maior com as coisas da matéria. Poucos são aqueles que procuram realizar um trabalho voluntário em favor de outrem. Na verdade, nós vamos perceber tardiamente a oportunidade bendita Calendário Novembro que desperdiçamos, quando do nosso retorno ao mundo espiritual. Por isso, amigos, não sejamos imprevidentes, façamos o melhor. O momento é de serviço ao próximo. S er útil é a senha que garantirá o nosso retorno numa melhor condição ao Mundo Maior, o contrário é engano. O importante, em qualquer situação da vida, é servir e fazer sempre bem feita a nossa tarefa. Amigos! O amor verdadeiro está acima das tolas fantasias da matéria. Ricardo S antos - S ão Paulo - S P calendario DIA 01 1918 desencarna em Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo; cristão autêntico, espírita ativo, médium e fundador do Colégio Allan Kardec, cognominado “Apóstolo do Triângulo Mineiro”. O seu primeiro contato com a Doutrina Espírita ocorreu em 1903, através do seu tio, conhecido como Sinhô, que, após tentar explicar os pontos básicos da doutrina, emprestou ao sobrinho o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Ocorreu, então, uma transformação em sua vida: mudou-se da casa de seus pais e fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, em1905, onde, além de realizar reuniões mediúnicas e doutrinárias, também prestava auxílio aos mais necessitados. Foi médium de variadas funções: inspirado, vidente, audiente, receitista, psicofônico, psicógrafo, de desdobramento e de bicorporeidade. Como médium receitista, psicografava prescrições do Espírito Dr. Bezerra de Menezes. Veja em nossa revista sua biografia detalhada <http:// www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_08_2004.pdf>. DIA 05 1839 nasce em Lincolnshire, Inglaterra, Stainton Moses, reverendo protestante, que se voltou para o Espiritismo, tendo deixado a obra “Ensinos Espiritualistas”. DIA 06 1835 nasce em Verona, Itália, Cesare Lombroso; criminalista, pesquisador e escritor espírita, em experiências com a médium Eusápia Paladino. DIA 07 1913 desencarna na Inglaterra o cientista e pesquisador espírita Alfred Russel Wallace. DIA 08 1834 nasce em Berlim, Alemanha, Johann Karl Friedrich Zöllner, pesquisador espírita. DIA 10 1835 nasce em Sevilha, Espanha, Amália Domingos Soler, vulto de grande destaque no Espiritismo espanhol. Fundou o jornal ”La Luz del Porvenir”. Escreveu ”Reencarnação e Vida”, ”Perdoa-me” e ”Memórias do Padre Germano”. DIA 14 1849 as Irmãs Fox realizam as primeiras demonstrações públicas de suas faculdades mediúnicas no Corinthian Hall, em Rochester. DIA 18 1881 nasce em Piraí, Rio de Janeiro, Alfredo José dos Santos Nora. Foi um grande poeta e jornalista. Lutou pela divulgação Espírita, através de seus versos, conseguiu aliar adeptos de outros credos quando estudante de Engenharia. Desencarnou em 13 de novembro de 1948, no mesmo local de seu nascimento. Consta no livro “Parnaso de Além-Túmulo” a poesia “Carta Ligeira” de sua autoria. DIA 22 1897 desencarna no Rio de Janeiro Júlio César Leal. Foi um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil. DIA 23 1795 nasce em Thiais, França, à época da revolução francesa, Amélie-Gabrielle Boudet, educadora e escritora. Casou-se com o Professor Hypolite Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) e colaborou na divulgação do Espiritismo. Filha única, seus pais lhe proporcionaram uma reta educação moral e intelectual. Era professora primaria e seguia a linha de Pestalozzi, assim como A. Kardec, quando lecionava em Paris. Exerceu também as atividades de poetisa e artista plástica. Foi professora de Letras e Belas Artes; escreveu três livros: Contos Primaveris (1825), Noções de Desenho (1826) e O Essencial em Belas Artes (1828). Veja em nossa revista “Seareiro” do mês de Setembro de 2006, sua biografia completa <http:// www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_09_2006.pdf>. DIA 29 1982 desencarna Edgard Armond, ligado à Federação Espírita do Estado de São Paulo, autor de várias obras espíritas entre elas “Os Exilados de Capela” e pioneiro do movimento de unificação. Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” DIA LIVROS ESTUDADOS O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec; Livro da E sperança – E mmanuel*; A G ênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz* 3ª O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec; Livro da E sperança – E mmanuel*; O C onsolador – E mmanuel*; O Livro dos E spíritos – Allan Kardec 4ª O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; Viagem E spírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque J acintho 5ª O E vangelho S egundo o E spiritismo; E mmanuel – E mmanuel*; S eara dos Médiuns – E mmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec 6ª O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec; Livro da E sperança – E mmanuel*; O s Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque J acintho Domingo O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de E mmanuel* 2ª Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas 3ª e 6ª, às 15 horas Domingo, às 10 horas Artesanato: S ábado, das 10 às 17 horas Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova sede (Rua dos Marimbás, 220, Vila G uacuri, S ão Paulo) Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30 Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45 3ª e 6ª, às 14h45 Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas *Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier Rua das Turmalinas, 56 / 58 Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345 Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança 19 seareiro_11_2011.indd 19 18/10/2011 05:16:14 seareiro_11_2011.indd 20 18/10/2011 05:16:16 FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela E C T Destinatário Ó rgão divulgador do Núcleo de E studos E spíritas “Amor e E sperança” C aixa Postal 42 Diadema - S P 09910-970 ... 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