Amplificador Integrado MBL 7006 e
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Amplificador Integrado MBL 7006 e
Teste 1 Áudio – Amplificador Integrado MBL 7006 e CD Player MBL 1431 48 agosto/2007 Amplificador Integrado MBL 7006 e CD Player MBL 1431 Fernando Andrette Conheci os produtos da MBL em 2002, em uma viagem que fiz ao exterior. Lembro-me que desta viagem as duas configurações que mais me chamaram a atenção foram o sistema MBL e Accuphase Accuphase. Na volta, passei algumas semanas me perguntando por que essas marcas ainda não estavam no Brasil. Pois não era possível que ambos os produtos não tivessem chamado a atenção dos nossos distribuidores. A Accuphase chegou ao Brasil no início de 2005 e a MBL acaba de desembarcar no país e fará sua estréia oficial no Hi-Fi Show, com a vinda inclusive do presidente da MBL EUA EUA, Mr David Alexander, que é o responsável por toda a logística da marca nos Estados Unidos. A MBL é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes fabricantes de equipamentos highend da atualidade e talvez seja no momento a empresa alemã com maior prestígio mundial. Fundada na década de 80, a MBL ganhou rapidamente respeito e notoriedade pela qualidade de construção de seus produtos, design e inovação tecnológica. Na década de 90, com o lançamento da revolucionária caixa acústica MBL 101 ES ES, a empresa passou a figurar naquele grupo de elite do high-end. Ouvir a caixa MBL 101 ES é realmente uma experiência inesquecível, já que a caixa reproduz sinal em 360 graus, possibilitando a criação de um palco sonoro literalmente holográfico. Foi o palco sonoro mais belo e real que escutei em toda a minha vida, aproximando-se muito do palco em uma apresentação ao vivo. Outra qualidade que me conquistou de imediato foi o absoluto controle dinâmico e de velocidade da eletrônica MBL MBL. Porém, sem perder a docilidade ou a delicadeza, quando assim a música se apresentava. Infelizmente o sistema que escutei era realmente para poucos mortais, pois beirava os 300 mil dólares! Sabendo que nenhuma empresa nos dias de hoje pode dar-se ao luxo de fazer produtos apenas para consumidores milionários, a MBL mantém a linha Reference (feita apenas por encomenda, levando em média três meses entre o pedido e entrega do produto), a linha Noble Line (ainda restrita a poucos) e a linha Basic Line constituída de um CD Player e um amplificador integrado. Para o primeiro teste mundial da linha Basic Basic, recebemos o amplificador integrado MBL 7006 e o CD player MBL 1431 1431. Ainda que considerados produtos de entrada deste fabricante, o acabamento, construção, design e performance, creia, amigo leitor, é indiscutivelmente de produtos de referência. Os detalhes do controle remoto, das luvas enviadas e até mesmo da embalagem, é de deixar “articulistas experientes” muito impressionados. O MBL 7006 possui 6 entradas RCA e 1 balanceada. A potência é de 120 watts em 8 ohms, relação sinal/ruído acima de 115 dB, corrente máxima de 20 ampères e voltagem de 35 V. Seu fator de amortecimento é maior que 500, suficiente para “domar” qualquer caixa acústica. Não há realimentação em nenhum amplificador MBL MBL, ou seja: zero feedback. No estágio de pré-amplificação, os circuitos são semelhantes aos utilizados no pré-amplificador de referência da marca, o MBL 6010 D (da linha Reference Reference). Segundo o fabricante, o sinal do seu estágio de entrada é conectado diretamente ao estágio de potência, eliminando perdas internas ou deterioração do sinal. Sua distorção total está abaixo de 0,0006% em qualquer nível de impedância, mesmo quando medido na potência máxima, e sua banda de freqüência chega a 400 Khz. Seu consumo é de apenas 4 watts em descanso, chegando a 450 watts em pleno uso. agosto/2007 49 Teste – Amplificador Integrado MBL 7006 e CD Player MBL 1431 Seu peso é de quase 20 Kg e suas dimensões são de 45 cm de largura, 12 cm de altura e 44 cm de profundidade. A linha Basic possui dois acabamentos: prata e preto. Já o CD player MBL 1431 possui conversor D/A com 24 bits de resolução, com tecnologia proprietária da MBL MBL, denominada Advanced Segment Architecture. Possui saídas balanceadas e single ended, utiliza componentes de altíssima precisão que garantem, segundo o fabricante, uma relação sinal/ruído maior que 111 Dbs, com upsampling de 96 Khz. Seu sistema de transporte fica lacrado em uma câmara anti-ressonante que garante blindagem eletromagnética para uma perfeita isolação dos demais circuitos. Possui fontes independentes para os circuitos de conversão, upsampling e transporte, garantindo baixa distorção com resultados abaixo de 0,0002%. Outro cuidado levado ao extremo pelos engenheiros da MBL foi o desenvolvimento de um mecanismo patenteado de reclock para minimizar o jitter, possibilitando transientes precisos para o resultado sonoro. Seu peso é de 12 Kg, seu consumo é menor que 50 watts e suas dimensões são: 45 cm de largura, 10 cm de altura e 41 cm de profundidade. Os produtos vieram lacrados, o que exigiu uma queima inicial de 100 horas, e depois estendemos o amaciamento para mais 100 horas. Para o teste, utilizamos os seguintes equipamentos: caixas tion acústicas Tempta emptation tion, Contour 3.4 3.4, ambas da Dynaudio Dynaudio, Dali Mentor 6 , Concertino Domus Domus, da Sonus Faber g y Neo 33. ber, e Acoustics Ener Energ ent Cabos de caixa: Tr anspar ansparent Audio Reference XL XL, Purist Audio Anniversary e van den Hul Inspiration Inspiration. Cabos de força: Magic, Purist 50 agosto/2007 Anni ver sar y e Fur utec h P ower Anniv ersar sary Furutec utech Po Reference Reference. Começamos por testar o amplificador integrado, primeiro ligado ao CD player da Accuphase DP-78 com as caixas Contour 3.4 3.4. O resultado foi simplesmente estonteante em termos de refinamento, velocidade e dinâmica. Muito do que havia escutado no sistema de referência da MBL estava presente neste integrado considerado de “entrada”. Seu equilíbrio tonal é preciso, tanto em termos de extensão como de naturalidade tímbrica. Estávamos no momento do teste ouvindo o SACD do pianista Marco Alcantara (leia resenha na edição de julho/2007), e ficamos surpresos com a naturalidade, o decaimento e, principalmente, com o controle de micro e macro dinâmica. Os agudos são limpos, com velocidade correta e um decaimento só presente em produtos genuinamente categoria diamante. Os médios são abertos, luminosos, porém sem nunca soarem frios ou analíticos, mantendo tão correta apresentação, que a vontade é ouvir mais e mais discos. Os graves descem com firmeza, velocidade e extensão. Muitas vezes simplesmente olhávamos para o MBL MBL, duvidando do que ele acabara de nos apresentar. Seu palco sonoro é amplo, arejado, e com uma apresentação de foco e recorte tão sólida que nos permite até mesmo dizer o quando um músico está afastado do outro (este fenômeno ocorreu quando estávamos escutando o SACD do André Mehmari – Lacrimae). O ápice da apresentação do palco sonoro ocorreu quando estávamos escutando o CD Banda Mantiqueira – Terra Amantiquira, em que o enorme palco nos permitiu contar os planos entre os metais e o baterista ao fundo. Nesta altura, já não sabíamos se colocávamos o CD da MBL para tocar em conjunto ou se passávamos toda a metodologia nesta configuração. Pelo grau de sinergia do conjunto, decidimos passar todos os quesitos, para depois inserir o CD player. Como o equilíbrio tonal do MBL é preciso, a reprodução de texturas é perfeita, tanto em termos de intencionalidade como de timbre. Você fica ali apenas apreciando cada detalhe, querendo apenas que as audições se estendam pela madrugada. Quando passamos a avaliação para transientes, já estávamos no terceiro dia de teste. Portanto, supúnhamos que não haveria mais nenhuma surpresa. Foi preciso escutar apenas o pianista Gonzalo Rubalcaba – Diz, faixa quatro, para começarem novamente os Teste – Amplificador Integrado MBL 7006 e CD Player MBL 1431 “sobressaltos”. A velocidade com que o MBL apresenta a mão direita do pianista e a impetuosidade da mão esquerda é de bater palmas! O mesmo ocorreu com o exemplo do grupo Uakit – I Ching, faixa 3. Parece que você é virtualmente transportado para a sala de gravação com os músicos. Nada se perde, tamanho controle e autoridade do MBL MBL. No quesito macro dinâmica, o integrado da MBL deixou muito power falando sozinho, pois ele parece não se incomodar com nenhuma variação dinâmica, ainda que “cavernosa”. Ele jamais perde o controle ou muda de “atitude”. Aplicados todos os quesitos da metodologia, estava na hora de colocar o CD player 1431 em conjunto com o 7006 7006. O player também não faz feio, mostrando ser um genuíno “puro sangue”. Seu equilíbrio tonal é de altíssimo nível, com agudos limpos, muito velozes e com um decaimento só presente nos produtos top. Os médios possuem a mesma assinatura sônica do integrado e os graves apenas nos pareceram nada menos impetuosos (se não tivéssemos utilizado o DP-78 DP-78, talvez não teríamos como chegar a esta conclusão). O sound stage do player 1431 também é muito similar ao do 7006 7006, com enorme espaço e profundidade, e uma sensação de arejamento impressionante. À medida que fomos ouvindo o conjunto e chegando às conclusões, começamos a mudar as caixas acústicas, os cabos de força e de caixa. Em qualquer situação, o nível de refinamento sempre foi excelente, digno de produtos categoria diamante. O destaque do player, na nossa opinião, foi a apresentação do corpo dos instrumentos, principalmente de piano solo. 52 agosto/2007 Foi tão contundente, que passamos uma tarde inteira ouvindo pianos. principalmente agora que eles começam a invadir o território exclusivo dos prés e powers top de linha. Achamos o 7006 um pouco superior ao 1431 1431, mas, como já falamos, só chegamos a essa conclusão após um longo teste a x b com um CD player que custa 6 mil dólares a mais. Os cuidados com um sistema desta categoria parece óbvio: as caixas devem estar no mesmo padrão, assim como todos os cabos. Trata-se de um sistema capaz de satisfazer o mais exigente audiófilo por muitos e muitos anos. E pelo seu grau de acabamento e beleza, certamente também terá o apoio de toda a família. Ambos altamente recomendados e sérios candidatos a produto do ano. Conclusão Mesmo se tratando de um produto de entrada deste fabricante, os MBL MBLs da série Basic ainda são caros para a nossa realidade. No entanto, temos muitos leitores que se dispõem a gastar 17 mil dólares para adquirir um sistema diamante. A vantagem desse sistema é certamente o grau de sinergia e, claro, de refinamento. O amplificador integrado não fica devendo absolutamente nada a muitos powers high-end e, ainda por cima, permite uma simplificação do sistema, que pode ser muito interessante. Eu sou cada vez mais um defensor entusiasta de amplificadores integrados, INTEGRADO MBL 7006 E CD PLAYER MBL 1431 CD P LAYER 1431 I NTEGRADO MBL 7006 EQUILÍBRIO TONAL PALCO SONORO TEXTURA TRANSIENTES DINÂMICA CORPO HARMÔNICO ORGANICIDADE MUSICALIDADE TOTAL 9,8 9,5 9,8 9,5 9,2 9,5 9,5 9,5 76,3 Pontuação máxima, equipamento categoria Diamante: 80 EQUILÍBRIO TONAL PALCO SONORO TEXTURA TRANSIENTES DINÂMICA CORPO HARMÔNICO ORGANICIDADE MUSICALIDADE TOTAL 9,5 9,5 9,5 9,5 9,0 9,5 9,5 9,5 75,5 Pontuação máxima, equipamento categoria Diamante: 80 Distribuidor: Logical Design (21) 8666-0000 Preço Médio Integrado R$ 20.000,00 CD Player R$ 15.000,00
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