Operações de Plantio da Cana-de-açúcar

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Operações de Plantio da Cana-de-açúcar
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Operações, Insumos e qualidade no Plantio da Cana-de-açúcar
Introdução
O plantio envolve uma série de atividades que resultarão em maiores produtividades.
Muitas dessas atividades já foram vistas em outros capítulos deste curso, como o controle do
mato, as pragas, as doenças, a conservação de solo, etc. É necessário que nenhuma operação
seja esquecida, pois todas juntas concorrem para o sucesso final. Antecedendo às operações de
plantio, o planejamento de todas as operações tem que ser criteriosamente organizado, seguindo
basicamente os seguintes passos:
1. limpeza do local (retirada e pedras, tocos, galhos, etc...)
2. levantamento topográfico
3. sistematização dos talhões
4. execução dos carreadores
5. preparo do solo
A sistematização dos talhões visa dividir o campo quando o terreno é muito grande, ou
quando a topografia é irregular. Para a cana-de-açúcar é importante que os talhões tenham
comprimento suficiente para completar a carga de carretas e caminhões que levam os insumos, a
fim de evitar muitas manobras. Esse comprimento é em geral de 100 a 200m. Os talhões em
formato retangular são os mais utilizados na maioria das situações e os em formato trapezoidal
são utilizados em terrenos em declive. O modelo de talhões em faixas, acompanhando as curvas
de nível é muito utilizado, com o intuito de facilitar a mecanização, principalmente da colheita.
Para isso, busca-se deixar os talhões com o máximo de comprimento possível, sem contudo,
comprometer os conceitos de conservação do solo. Neste caso, as linhas de plantio encontram
bom paralelismo. Este talhões podem ter linhas de plantio de 1000 a 2000m.
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Como a cana-de-açúcar é uma cultura altamente mecanizada, a declividade máxima,
prevendo a mecanização, deverá estar em torno de 12%. Locais onde a declividade está acima
desse limite apresentam restrições às práticas mecânicas. Para o uso das colhedoras
automotrizes atuais existentes no mercado, o limite máximo de declividade cai para 8 a 10%.
Caso a área seja acidentada, não dispensar práticas conservacionistas de solo, que visem
diminuir os riscos de erosão, como: Plantio em curva de nível e terraceamento. Esse sistema
conservacionista, apesar de muito eficiente, dificulta as operações mecanizadas da cana-deaçúcar como o plantio e a colheita. Para a mecanização é importante que haja paralelismo entre
as linhas de plantio, sem linhas mortas. Por esta razão, a sistematização do terreno sulcando
sobre as curvas de nível tem sido realizada, porém, não se conhece bem ainda, o comportamento
dessa técnica em diferentes solos e em diferentes intensidades de chuva. A eliminação de
terraços só pode ser realizada com extremo critério, é importante levar em conta a declividade,
manter cobertura vegetal do solo na época de chuvas e reforma. Se o objetivo é diminuir o
terraceamento para as operações de mecanização, deve-se ter em mente que outras práticas
deverão manter o controle da erosão. Quando necessário, segundo Benedini e Conde, (2008) o
terraço embutido poderá ser feito deixando um espaço em cima do terraço de 1,0 metro, para a
passagem da colhedora e uma relação de 1/1,2 para o talude do terraço. Não puxar as pontas
dos terraços nos carreadores (vírgula + lombada = bigode).
Sistemas de produção que evitem o exagerado revolvimento do solo, como o preparo
reduzido ou o plantio direto, a manutenção da palha sobre o solo, o plantio de leguminosas na
reforma, são indicados pela agricultura sustentável e promovem maior conservação do solo.
O sistema conservacionista tradicional da cana-de-açúcar, apesar de ser eficiente no
controle de erosões, prejudica todas as operações mecanizadas, devido à construção de terraços.
Como não existe O revolvimento exagerado do solo no preparo tradicional também prejudica o
controle das águas da chuva, pois dificulta a infiltração, aumentando o escoamento superficial. O
processo erosivo é causado basicamente pelo impacto direto das gotas de chuvas contra a
superfície do solo descoberto. As partículas desagregadas selam a porosidade superficial,
reduzindo a infiltração de água. Na medida em que a taxa de infiltração se reduz, começa a
segunda fase do processo que é a erosão.
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Preparo de solo
O CTC estudou a taxa de infiltração de água em três tipos de preparo de solo, 60 dias após
o plantio da cana-de-açúcar. Convencional, convencional com plantiode Crotalaria juncea e
reduzido. A Tabela 1 apresenta os dados da infiltração em mm/h. A taxa de infiltração de água é
muito maior, tanto na entrelinha quanto na linha, no solo que foi menos revolvido (preparo
reduzido) seguido pelo que recebeu uma cobertura vegetal e esta infiltração está diretamente
relacionada com o controle da erosão. Um dos fatores que influenciam a erosão é a baixa
infiltração de água no solo. Quanto maior o volume de água infiltrado no solo, menor será o
volume de enxurrada a ser administrado.
Como a cana-de-açúcar é uma cultura altamente mecanizada, prevê-se que mais de 30
operações ocorrem num mesmo talhão ao longo de 5 anos, é inevitável que o solo esteja mais
compactado ao longo dos anos do canavial.
O preparo do solo é então, uma questão de máxima relevância, pois a próxima
oportunidade dessa prática agrícola ocorrerá apenas dentro de alguns anos. Ou seja, se fizermos
alguma prática inadequada, teremos que conviver com o problema por um bom tempo. A alta
produtividade e longevidade, está relacionada com o sucesso no preparo do solo. Todas as
práticas tem igual importância. As práticas que visam a correção do solo como calagem,
gessagem e fosfatagem que propiciarão boas condições para o crescimento radicular, o controle
de plantas daninhas, as operação de sulcação-adubação, o preparo da muda, etc. colaboram
para o sucesso do plantio,do estabelecimento e da produtividade da cultura.
Por outro lado, sabe-se que as operações de cultivo que promovem o revolvimento da
terra, promovem a oxigenação do solo e aumentam a atividade microbiana, com conseqüente
perdas de Carbono para a atmosfera, contribuindo para o problema do aquecimento global e
contribuindo para a perda de matéria orgânica do solo. Nesse sentido, as técnicas de plantio
direto poderiam aumentar a contribuição da cultura da cana-de-açúcar na questão ambiental,
representando um importante mitigador. As opções para preparo do solo são:
(1) Convencional – aração e gradagem
(2) Cultivo Mínimo – operação de subsolagem
(3) Plantio direto - sem movimentação mecanica
(4) Preparo profundo e ou canterizado
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O primeiro passo para definir como será o preparo do solo é o diagnóstico da
compactação. Alguns indicativos sugerem a compactação do terreno, como a formação de
crostas, locais com encharcamento, trincas nos sulcos de rodagem dos tratores, baixa infiltração
da água de chuva e conseqüente erosão, brotação atrasada ou falta de brotação, plantas com
baixo crescimento e amareladas, (canavial com ondulações), raízes mal formadas e pouco
crescimento radicular. Mas para indicar realmente a compactação, é necessário utilizar algum dos
métodos existentes, como :
 Penetrômetros, O uso de penetrômetros tem por finalidade medir a resistência do solo à
penetração, e não serve para medir a compactação do solo em termos absolutos.
 Trincheiras para avaliação das camadas compactadas e do sistema radicular e também
para coleta de amostras de solo para análises físicas. A abertura de trincheiras de 0,5m de
profundidade, ainda é o método mais fácil e barato de identificar a compactação. A Figura 1,
mostra um trabalho realizado pela Copersucar, onde a abertura de uma trincheira demonstra a
existência da compactação e permite delimitar a camada compactada.
Figura 1. Método de trincheira e delimitação da compactação. Fonte: Copersucar.
 Análises Físicas: condutividade hidráulica, densidade, porosidade. A determinação da
densidade do solo é a maneira mais segura para indicar a compactação, porém a coleta das
amostras em anéis volumétricos é muito trabalhosa, inviabilizando o método para grandes áreas.
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 Está em estudo um método que utiliza radar capaz de mapear os níveis de compactação
em grandes áreas.
Para a densidade do solo verifica-se restrições visíveis no crescimento radicular, em
densidades acima de 1,35 g.cm -3. Autores sugerem valores acima de 2,5 MPa, para restringir o
pleno crescimento das raízes e outras consideram críticos os valores que variam de 6,0 a 7,0
MPa para solos arenosos, e em torno de 2,5 MPa, para solos argilosos. (Casagrande, 2005).
Operações no plantio convencional
Caso seja verificada a compactação, o preparo do solo deverá prever a operação de
descompactação, que poderá ser feita com a subsolagem (caso a compactação encontre-se de
25 a 50cm de profundidade) ou pode-se optar por preparo com arado de aiveca se esta estiver a
menos de 40cm de profundidade. As trincheiras podem ser úteis para avaliar a eficiência do
preparo do solo. A Figura 2, mostra que a utilização do arado de aiveca foi eficiente em romper a
compactação mostrada na Figura 1.
Figura 2. A operação de preparo com arado de aiveca foi eficiente no rompimento da
compactação. Fonte: Copersucar.
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Além da compactação, o preparo convencional é indicado quando existe necessidade de
correções químicas em superfície e em subsuperfície. Além disso, o revolvimento das camadas
de solo, favorece o controle de pragas como migdolus, sphenophorus e cupins e permite que
inseticidas de solo tenham melhor efeito.
No sistema de cultivo da cana ocorre uma seqüência de ações de compactação e
descompactação durante sucessivos ciclos da cultura, podendo promover a desagregação da
estrutura do solo. A prevenção da compactação, como o tráfego controlado, as operações
mecanizadas realizadas com o solo seco, a permanência da palhada na superfície, a rotação de
culturas na época da reforma e o uso de matéria orgânica em geral, são práticas muito
recomendadas.
No sistema convencional de plantio, são feitas:
 1 aração ou gradagem pesada (ex. 16 x 32" ou 20 x 34"),
 1 subsolagem, ou mais uma gradagem (ex. 20 x 32"),
 1 gradagem de destorroamento (36 x 26" ou 40 x 26")
 1 gradagem de nivelamento;
A primeira aração é profunda, e deve ser feita com bastante antecedência do plantio,e tem
como objetivo destruição os restos da soqueira ou da cultura anterior, a incorporação e
decomposição dos restos culturais existentes. Para a destruição da soqueira pode-se utilizar
herbicida ou também uma enxada rotativa.
A gradagem tem o objetivo de romper blocos de terra e nivelar o terreno. Pouco antes do
plantio deve ser feita nova gradagem com objetivo de controlar plantas daninhas e preparar o
nivelamento para a sulcação.
As grades pesadas têm substituído o arado devido ao maior rendimento operacional e
também devido à facilidade de transporte e a menor necessidade de regulagem.
Os tratores devem prever a potência exigida para as operações tendo em mente o uso dos
implementos. A aração de um solo argiloso (grade aradora pesada), requer mais potência que a
aração de um solo de textura arenosa ou média. Influencia também a profundidade de operação
que se pretende. Quanto mais profundo, maior é a potência requerida. A aração profunda pode
auxiliar na incorporação dos corretivos e melhorar o ambiente para o crescimento das raízes. Por
isso, o uso do preparo de solo com arado de aiveca que consegue revolver o solo até
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profundidades de 40 a 45cm, podem promover ganhos de produtividade. Esse preparo profundo,
além de romper camadas compactadas, também pode auxiliar no controle de pragas de solo.
Preparo Reduzido
Este tipo de preparo do solo é indicado para locais onde não se verifica forte compactação,
nem problemas de barreiras químicas que necessitariam de calagem e gessagem, nem
problemas de pragas de solo. A subsolagem com hastes a 40 cm de profundidade, é eficaz para
romper a compactação, principalmente onde a situação não é tão crítica. Também seria indicado
para áreas mais declivosas, onde os problemas de erosão são mais críticos. Bons resultados têm
sido obtidos com a subsolagem feita na linha do sulcador; através do uso do implemento
conhecido como “beija flor” que proporciona melhores condições de descompactação no sulco
permitindo melhor desenvolvimento radicular, além de permitir que o sulco fique mais raso, de
facilitar a operação de nivelamento da cana-planta e favorecer a colheita mecanizada.
 erradicação da soqueira - É feita através do uso de herbicida como glifosate (4 a 6 L/ha)
 subsolagem
 gradagem para nivelamento. É possível também, incorporar um subsolador na haste do
sulcador, visando quebrar a camada subsuperficial compactada. (Figura 3). A Copersucar
desenvolveu também o sulcador-subsolador-destorroador, que efetua, simultaneamente, os
operações de subsolagem, sulcação e destorroamento através da enxada rotativa, permitindo
uma boa brotação da muda (Perticarrari & Ide, 1988). Existe outro implemento chamado sulcador
Rossetti, semelhante ao modelo da Copersucar, diferenciando-se deste por possuir a enxada
rotativa atrás da haste e internamente, entre as asas do sulcador (Alleoni & Beauclair, 1996).
Os benefícios esperados do cultivo mínimo são: melhorias na produtividade devido ao
aumento dos teores de matéria orgânica e de nutrientes, a melhoria da estrutura e da capacidade
de retenção de água do solo e a preservação do solo, principalmente pelo não-revolvimento e
conseqüente manutenção dos resíduos das culturas na superfície.
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Figura 3. Esquema ilustrativo de implementos alternativos usados na cultura da cana-deaçúcar, com vistas a diminuir a formação de camadas compactadas (adaptada de Perticarrari &
Ide, 1988; Aleoni & Beauclair, 1996).
Plantio direto
O sistema de plantio direto é muito difícil de ser executado na cultura da cana-de-açúcar,
pelas razões citadas anteriormente. A principal vantagem é o grande controle da erosão e a
grande mitigação de Carbono da atmosfera. O plantio direto poderá ser um fracasso para a
produtividade se o solo for muito ácido ou se tiver alumínio e profundidade, uma vez que a
incorporação do calcário e do gesso, fica muito dificultada. Caso não haja problema muito grave,
sugere-se aplicar 2/3 da dose em área total e 1/3 dentro do sulco de plantio Neste caso as
operações seriam:
 Erradicação química ou mecânica da soqueira Curso Tópico da Cultura de Cana IAC
 sulcação direta nas entrelinhas da cultura anterior.
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Figura 4. Plantio direto da cana, após aplicação de herbicida e sobre a palhada
remanescente da cana.
Canteirização do canavial
Uma nova idéia tem sido a canteirização, onde o caminho das rodas dos tratores e
implementos são deixados eternamente como caminhos e prepara-se apenas o solo dos
canteiros. Esse sistema faz com que as rodas permaneçam sempre sem pisotear a linha de cana.
A canteirização é entretanto um processo a ser construído ao longo do tempo. No Estado de São
Paulo, a Usina São Martinho foi pioneira desse sistema, e já colhe seu canavial há mais de 10
anos sem a queima, permanecendo grande quantidade de palhada sobre o solo. A Figura 5,
mostra como ficaria um canavial implantado em sistema de canteiros, com 1,5m de espaçamento.
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Figura 5. Formação dos canteiros de cana e das ruas para os rodados das máquinas.
Preparo Profundo
No preparo profundo procura-se mesclar a canteirização com o preparo do solo em
profundidade, rompendo camadas compactadas, porém mantendo as entrelinhas intactas. É um
sistema que não movimenta a totalidade da área de plantio, porém, realiza um preparo profundo,
com movimentação de camadas de solo para a execução dos canteiros. O equipamento utilizado
é conhecido como penta, porque executa cinco operações.
As operações realizadas pelo equipamento são:
- Preparo profundo, usando uma haste de 80-90 cm
- Incorporação de corretivo em 2 alturas
- Enleiramento da palha
- Incorporação da palha ao solo
- Destorroamento e homogeneização do solo
Nesse sistema, o subsolador alado de 80cm de profundidade combinado com uma enxada
rotativa de 40cm de profundidade por 1,2m de largura, permite a introdução em sub-superfície de
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corretivos que possam vir a corrigir o solo em profundidade maior que a alcançada pelo preparo
convencional, aplicando qualquer produto a 80cm e a 60cm de profundidade. Além disto, o
equipamento permite a incorporação com enxada rotativa de corretivos ou fertilizantes à
profundidade de até 40cm, dando a segurança que a mistura solo x corretivo será eficaz.
A potencia exigida do trator é alta, ao menos 240cv, dependendo do tipo de solo, da
compactação, entre outras características.
Para a canteirização são interessantes os espaçamentos combinados, como (1,5x0,90;
1,60x0,90x1,5x0,6). Os canteiros permitem que o pisoteio ocorra apenas entre os canteiros,
preservando as linhas de cana da compactação.
É importante que sejam adotadas práticas de agricultura de precisão e uso do GPS para o
tráfego dirigido de tratos culturais e colheita.
O sistema de canteiros permite que insumos sejam aplicados apenas em 50% da área,
podendo trazer uma redução de custo de produção.
Outra vantagem importante desse sistema é a possibilidade de maior infiltração de água e
também de maior retenção, já que o volume de solo trabalhado é maior que o volume revolvido no
sistema convencional. É possível que ocorra maior resistência ao stress hídrico quando a cana
está sob esse sistema de plantio em canteiros com preparo profundo.
Figura 6. Preparo profundo do solo em canteiros. Foto Mafes.
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Sulcação
A sulcação é feita através de sulcadores, à profundidade de 25 a 30 cm. Durante a sulcação
podem ser feitas a adubação e a aplicação de inseticidas se for necessário. A Figura 7 mostra a
sulcação sendo feita com o auxílio de um marcador (haste lateral que marca o chão no
espaçamento desejado). Esse sistema evita que o sulcador tenha que remontar o sulco anterior
para manter o paralelismo.
Figura 7. Sulcação em sistema de preparo tradicional e sobre palhada de soja e capim
dessecado.
Espaçamento
O espaçamento escolhido contribui para o resultado final da produtividade. Analisando de
maneira simplista, espaçamentos menores levam à maior produtividade uma vez que há maior
número de plantas por hectare. Mas, existe um espaçamento ótimo para a variedade escolhida,
para o solo em questão e para as condições climáticas do local.
Em espaçamentos menores o índice de área foliar é maior durante todo o ciclo da cultura,
de maneira a que ocorre o fechamento da linha mais rapidamente, sendo que se economiza com
o controle de plantas daninhas. Variedades eretas são mais indicadas para espaçamentos
estreitos, pelo melhor aproveitamento da luz solar.
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A diminuição do espaçamento leva a um maior número de plantas por hectare, como pode
ser visto na Tabela 1, mas o aumento no número de plantas pode significar um menor diâmetro
dos colmos. Praticamente não ocorrem alterações na qualidade da matéria prima ao diminuir o
espaçamento.
A Figura 8, preparada por Galvani et al. (1997), ilustra as relações que ocorrem em relação
ao espaçamento da cana-de-açúcar
Figura 8. Quadro apresentado as as relações que ocorrem em relação ao espaçamento da canade-açúcar.
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Tabela 1. Tipos de sulcos, espaçamentos e quantidade de metros lineares de cana
correspondentes.
Tipo de Sulco
Espaçamento
m.Sulco/ha
Sulco Simples-
1,30 m
7.692
1,50 m
6.666
1,70 m
5.882
1,70 m
5.882
1,80 m
5.555
1,90 m
5.263
2,10 m
4.762
1,90 m
5.263
2,10 m
4.762
2,30 m
4.348
Base Larga
Sulco Duplo
Atualmente, os espaçamentos têm sido pensados, não apenas levando em conta o alto
stand da cultura, mas sim, em função da mecanização, principalmente da colheita e o possível
pisoteamento das máquinas na linha da cana. O pisoteamento é muito indesejado, uma vez que
reduz grandemente a produtividade. A Figura 9, retirada do Relatório Planalsucar (1978), mostra
que no espaçamento 1,4m há o pisoteamento de uma das rodas do conjunto colhedoratransbordo. Já no espaçamento de 1,7m este fato não ocorre. As Figuras 10 e 11 mostram o
efeito do pisoteamento da linha de cana.
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Figura 9. Espaçamento x pisoteamento da linha de cana. Planalsucar, 1978.
Figura 10. Pisoteamento da linha de cana-de-açúcar. Foto: Alencar Magro.
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Figura 11. Efeito do pisoteamento da linha de cana-de-açúcar. Foto: Alencar Magro.
Os espaçamentos podem ser classificados em:
 uniformes – a distância entre os sulcos de plantio é constante. É o sistema mais comum.
 alternados - quando a distância entre sulcos varia, seguindo um esquema pré
determinado
 combinados - é uma mistura dos dois sistemas anteriores.
O sulco duplo, conhecido como plantio abacaxi, (1,20m x 0,60m ou 1,40m x 0, 40m) e foi
imaginado tomando-se por base a bitola de caminhões. (Figura 16 e 17). Em geral, a
produtividade obtida com o sulco duplo é maior, conforme exemplo da Figura 18. Esse
espaçamento, entretanto, foi abandonado por algumas usinas porque a linha dupla favoreu o
desenvolvimento da cigarrinha, tornando os danos dessa praga, mais severos. É possível que ao
longo dos anos, com a estabilidade da praga e o desenvolvimento dos inimigos naturais, esse
espaçamento volte a ser interessante.
Além dos diferentes espaçamentos, existe também o sulco de base larga, desenvolvido por
Fernandes (1979), onde o fundo do sulco não forma um V e sim, apresenta base alargada, com
mais toletes de cana sendo colocados no sulco, como pode ser verificado nas Figuras 12, 13, 14
e 15.
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Figura 12. Tipos de sulcos e diferentes espaçamentos.
Figura 13. Sulcador de base larga (DMB).
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Figura 14. Distribuição das mudas em sulco de base larga.
Figura 15. Brotação do canavial plantado com sulcos de base larga, com
espaçamento de 1,8m. Usina Colorado, SP.
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Figura 16. Plantio abacaxi ( 1,4m x 0,4m).
Figura 17. Dois tipos de sulcos, duplo e simples. Usina Colorado, SP.
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Figura 18. Produtividade da cana plantada com sulcos simples e sulcos duplos
na Usina Colorado, SP, 2002.
A Figura 19 mostra a sulcação feita em três linhas com espaçamento duplo 1,3m x 0,5 m, na
Usina Delta, MG. Para esse implemento, é necessário um trator com maior potência. Se opreparo
do solo não estiver bem feito, poderá ocorrer variações na profundidade do sulco.
Figura 19. Plantio com espaçamento duplo 1,3m x 0,5 m, na Usina Delta, MG.
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Plantio:
O plantio deve ser realizado logo após o corte das mudas, pois pode ocorrer
comprometimento da brotação se a estocagem for longa. Em geral até 7 dias após o corte das
mudas, ainda é possível fazer o plantio, desde que as mudas tenham sido armazenadas na
sombra. Apesar disso, recomenda-se fazer o plantio o quanto antes. A fase de viveiro e a
multiplicação das mudas, já foi assunto de outra aula deste curso.
Plantio manual
É ainda a principal forma de plantio da cana-de-açúcar. Deve-se atentar para a uniforme
distribuição dos colmos nos sulcos, de maneira a que sejam plantados colmos para que haja
entre 12 a 18 gemas por metro linear, para garantir um bom estande inicial de plantas. Em
condições ótimas de plantio, época chuvas, solo bem preparado, pode-se optar por 12 gemas por
metro linear. Em condições adversas, aumentar sempre o número de gemas por metro linear.
As gemas da ponta dos colmos apresentam maior vigor de germinação, pois os tecidos são
mais jovens e produzem auxinas que induzem a brotação das gemas. Para compensar a menor
brotação das gemas do pé da cana, os colmos são colocados nos sulcos de maneira a cruzar "pé
com ponta". Os colmos dentro do sulco deverão ser seccionados em toletes menores com 3 a 4
gemas, para quebrar a dominância apical existente na gema da ponta, e evitar que o colmo se
entorte dentro do sulco e que brote apenas a gema onde ocorre a dominância apical. O corte em
toletes de três gemas foi o sistema que melhor favoreceu à brotação uniforme.
Ao cortar os colmos com facão, podemos multiplicar doenças a exemplo de podridões.
Sempre que for utilizado o facão nas operações agrícolas da cana-de-açúcar é necessário
desinfeta-lo através da imersão periódica em solução a 10% de creolina ou formol, para evitar a
disseminação de doenças.
É comum o plantio em sistema de banquetas, onde dois sulcos são deixados para facilitar o
tráfego do caminhão que transporta as mudas. Nos sulcos próximos à banqueta, são deixadas
mudas suficientes para completar os futuros sulcos que o sulcador fará sobre a banqueta, ao
final.
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Figura 20. Plantio tradicional com banquetas para o tráfego do caminhão de mudas.
Plantio semi mecanizado
Existem máquinas que facilitam o trabalho de plantio no campo. A grande vantagem dessas
máquinas é manter a mão de obra no campo. O plantio semi mecanizado necessita treinamento
do pessoal, quanto à velocidade de distribuição das mudas e a uniformidade. Até que o
aprendizado ocorra, alguns problemas são esperados, como falhas no plantio, desuniformidade
de profundidade do sulco, compactação do fundo do sulco, entre outras. Esses problemas tendem
a ser sanados com o aprendizado da operação. As Figuras 21 e 22, mostram o plantio semi
mecanizado realizado na Usina Moreno, SP, em 2002. As Figuras 23 e 24 , mostram o resultado
desse plantio.
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Figura 21. Plantio semi mecanizado. Usina Moreno, SP. 2002.
Figura 22. Plantio semi mecanizado. Usina Moreno, SP. 2002.
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Figura 23. Canavial plantado manualmente e semi mecanizadamente, na Usina Moreno, SP,
em 2002. Nota-se o menor vigor da brotação, possivelmente em função do sulco mais profundo
ou de compactação no fundo do sulco.
Figura 24. Falhas no plantio semi mecanizado da Usina Moreno, SP, realizado em 2002.
(Foto: Ivan Nogueira).
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Plantio mecanizado
A mecanização do plantio tem sido implantada nos canaviais, com tendência de grande
aumento, por proporcionar redução no custo da mão de obra. As primeiras tentativas de
mecanização do plantio ocorreram com construção de protótipos desenvolvidos pela Santal em
1964 e pela Motocana em 1978. Posteriormente a DMB, a Civemasa, a Planimasa e a Plantocana
fabricaram plantadoras tracionadas por tratores. A concepção inicial era a da utilização de cana
inteira e máquinas picadoras que passavam sobre os sulcos deixando cair os toletes.
O primeiro sistema com colhedora de cana crua picada e plantadora de toletes foi
apresentado no Brasil em 1989, dando início à nova geração de plantadoras (Nascimento & Pinto,
2005). A Copersucar, atual CTC, foi pioneira no desenvolvimento das máquinas de plantio. Em
1991, o então CTC fez estudos de viabilidade para fabricar uma plantadora no Brasil, seguindo a
tecnologia Australiana. Vários protótipos foram avaliados até o teste final do protótipo de 2 linhas
da Copersucar, nas Usinas São João, Santa Luiza e Bela Vista, ambas no Estado de São Paulo.
O mesmo foi aprovado para comercialização em 1998. Neste período ocorreu também uma
avaliação da plantadora importada da Austrália – a Austoft A 295 – nas Usinas São João e São
Martinho. Em 2000 foi fabricado no Brasil o modelo A295 da Brastoft 4000 pela Case IH.
A operação mecanizada exige treinamento e paciência. As máquinas estão ainda em
desenvolvimento, embora atualmente já desempenhem a operação com bastante sucesso. Os
principais problemas ocorreram com a distribuição das mudas, com a quantidade de gemas
danificadas, com a profundidade irregular de plantio, com as falhas promovidas no canavial e com
conseqüente menor produtividade.
Com o aprendizado da nova operação, esses problemas tendem a diminuir muito.
Existem plantadoras que podem ser acopladas nos tratores, mas a preferência é pelo
sistema automotriz.
As plantadoras mecanizadas realizam as operações de sulcação, distribuição do adubo,
podem picar a cana inteira para distribuir os toletes, deposita as mudas no sulco, aplica
inseticidas ou fungicidas, cobre e compacta levemente o sulco. Alguns modelos aplicam também
torta de filtro. As carretas transportadoras de mudas carregam em geral 4 t de mudas.
A Figura 25 mostra a plantadora automotriz produzida pela Sermag.
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Figura 25. Plantadora automotriz Tropicana da Sermag (Foto: Jornal Cana, 2007).
A plantadora DMB modelo (PCP 6000) (Figura 26) teve projeto desenvolvido em parceria
com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Essa plantadora faz as operações em duas linhas
de cana simultaneamente., com desempenho operacional de aproximadamente um hectare por
hora.
Figura 26. Plantadora de cana DMB (Foto: JornalCana 2007).
A plantadora PCP2 Santal (Figura 27), pode abastecer transbordos dos dois lados,
proporcionando flexibilidade de carga proporciona flexibilidade de carga, redução de tempo de
parada e aumento de produção. Segundo a empresa, é a única máquina existente no mercado,
que planta toletes de até 50 centímetros. Além disso, realiza duas operações: durante a época do
plantio, planta cana, e fora desse período, aplica torta de filtro, reduzindo o custo fixo do
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equipamento, e custo menor. A capacidade de plantio de muda é de 6 toneladas com distribuição
de 12 a 22 gemas viáveis por metro Dependendo das condições da área e de transporte, a PCP 2
pode plantar de 15 a 20 hectares em 24 horas de trabalho.
Figura 27. Plantadora automotriz Santal PCP2. (Foto: JornalCana, 2007).
A Plantadora Automática de Cana Picada (PACC 2L) Figura 28, que possui sistema de
acionamento individual das esteiras por meio de comando eletrônico e válvula proporcional, o que
possibilita a opção para o usuário trabalhar com apenas uma esteira em caso de arremate de
plantio e, com isto, alterar a velocidade das esteiras separadamente sem ter que parar a
plantadora. Essa máquina é equipada com um defletor central localizado entre as duas esteiras
acionado por cilindro hidráulico com curso de 90º, que tem a função de não permitir o
embuchamento entre as esteiras. Isto é possível devido a um sistema automático de vai e vem,
que oscila para os dois lados automaticamente com o simples acionar de um botão no painel.
Esse modelo tem capacidade de carga de até 6.000 quilos.
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Figura 28. Plantadora PACC 2L, Civemasa (Foto: JornalCana, 2007)
Épocas de Plantio
Tradicionalmente, existiam duas épocas de plantio para a região Centro-Sul, a cana de ano
e meio e a cana de ano. Com manejo específico, a cana pode ser plantada praticamente o ano
todo:
 Plantio de Janeiro a abril (cana de ano e meio):
É a época mais recomendada em função das condições ideais de pluviosidade e
temperatura. Em regiões onde há forte déficit hídrico, dar preferência para o plantio em março e
início de abril, porque ao chegar a estiagem, a cana estará na fase conhecida como “capim
cidreira”, ou seja, o crescimento não é muito grande, de tal forma que, por não ter ainda muitas
folhas, não há também grande evapotranspiração. O plantio de cana de ano e meio, permite que
uma outra cultura seja plantada na área de reforma.
A Figura 29, apresenta os diversos estádios de crescimento da cana de ano e meio.
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Figura 29. Estádios de crescimento da cana-de-açúcar plantada em fevereiro.
 Plantio de Maio a outubro (Plantio de inverno).
É muito freqüente que não haja tempo hábil para o plantio de todas as áreas no período
ideal (janeiro a abril). Por isso, pode-se plantar no inverno, mas muitas vezes é necessário prever
a irrigação. O uso da fertirrigação com vinhaça pode favorecer o êxito do plantio de inverno. O
déficit hídrico pode interferir na brotação e causar grandes falhas no estande. Se realmente
tivermos que fazer o plantio de inverno, dar preferência para os solos muito suscetíveis à erosão.
Para esses plantios, é indicado também o uso da torta de filtro “in natura” (não compostada)
por fornecer água, a torta contém cerca de 70% de umidade. Além disso, a decomposição da
torta gera calor, o que pode favorecer a brotação na época de inverno.
 Setembro-outubro (cana de ano):
O plantio de cana de ano é feito quando não foi possível finalizar o plantio da cana de ano e
meio em tempo hábil. Não é a época mais recomendada, uma vez que a embora possa ser
colhida em apenas 12 meses, a produtividade é menor que a cana de ano e meio. Esse plantio
ocorre principalmente em áreas de expansão, quando se faz necessária grande aporte de matéria
prima.
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Rotação de culturas
No período da última soqueira e o novo plantio do canavial, é possível e muito desejável que
se faça a rotação de culturas ou com adubo verde, ou com alguma cultura de grãos.
No caso do plantio de adubos verdes, faz-se a dessecação química do canavial anterior, a
correção ou execução de terraços, a aplicação de corretivos, operação de subsolagem, se
necessário uma gradagem leve, semeadura a lanço de leguminosas (crotalária juncea, crotalária
spectabilis, feijão guandu), incorporação da massa , preferencialmente, com rolofaca, ou apenas
tombamento da massa (Figura 30), aguardar a secagem da massa verde, sulcação e plantio da
cana. Resultados em áreas comerciais tem indicado que a Crotalaria juncea pode elevar a
produtividade da cana-de-açúcar em 5-10%, com algum reflexo positivo no aumento da
longevidade.
Para o plantio de grãos: dessecação da soca velha, distribuição de corretivos, incorporação
com subsolador/destorroador, plantio da cultura eleita para a rotação (soja ou amendoim), ou
distribuição de corretivos logo após o corte, subsolador/destorroador a seguir, plantio de soja
RR(resistente a glifosato) , que permite a dessecação gradual de remanescentes de soca, pousio
no verão, colheita do grão no outono, sulcação direta e plantio.
Em regiões onde tem sido mantida a palhada de cana por longos anos, formando um
colchão de palha, pode-se plantar a cultura de grãos como em verdadeiro sistema de plantio
direto, utilizando plantadoras desenvolvidas para o plantio direto do amendoim ou da soja, que
apresentam um disco para cortar a palha da cana e incorporar melhor a semente.
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Figura 30. Tombamento da crotalária e sulcação da cana-de-açúcar.
Operação de cobrimento do sulco
Após o plantio faz-se o cobrimento dos sulcos com uma camada de solo de 6 a 8 cm.
Existem implementos que realizam esta tarefa, como os apresentados na Figura 32. Note que
esses implementos apresentam um rolinho na parte traseira para promover leve compactação e
nivelamento. A Figura 31 mostra um implemento pantográfico para o cobrimento de 3 linhas
simultâneas.
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Figura 31. Implementos para o cobrimento dos sulcos.
Figura 32. Equipamento para cobrimento de 3 sulcos simultâneos.
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Qualidade das operações de plantio - O futuro – Agricultura de Precisão
A Figura 33, mostra que mesmo que façamos todas as operações com o maior cuidado
possível, é provável que encontremos imprecisões e variações no espaçamento, e isso também
ocorre em várias outras operações mecanizadas ou manuais. No exemplo, pretendia-se fazer o
espaçamento de 1,5m e para o trabalho escolheu-se um tratorista treinado de reconhecida
prática. Mesmo assim, o espaçamento resultante variou de 1,20m até 1,80m, mostrando que por
melhor que se faça, variações ocorrem. Por ocasião da colheita, essas variações promoverão o
pisoteamento da linha em alguma situação.
Figura 33. Imprecisões e variações no espaçamento da cana-de-açúcar. Usina Catanduva.
Fonte: Oliveira, 2002.
Nos próximos anos teremos o grande desenvolvimento da mecanização aliada à
automação. Além da eficiência das máquinas, será priorizada a qualidade das operações. As
plantadoras trabalharão com taxas variáveis de aplicação de fertilizantes, e permitirão também a
aplicação de outros insumos, como o gesso ou calcário. As colhedoras terão kits diferenciados
para a colheita de mudas de cana, com sistemas que visem não danificar as gemas.
A nova fronteira para a inovação tecnológica também está na agricultura de precisão. Alguns
exemplos dessas inovações são o uso do computador de bordo, AFS Guide (Case IH), Auto
Tracker, Piloto Auxiliar (Parallel Tracking), Piloto Automático (AutoTrac), Base RTK e de
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Softwares. Estes permitem operações de direcionamento via satélite, localizando os talhões,
mapeando e promovendo a documentação de todas as atividades realizadas pela máquina,
orientando o trator a seguir determinado traçado, eliminando o disco marcador do sulcador, evita
o pisoteio da linha de cana (Borgonhone, 2006), controla a altura de corte de base e conduz
automaticamente a direção do trator, colhedora ou pulverizador. Existem programas de
computador para criar e manipular dados que serão utilizados na agricultura de precisão, a
exemplo de mapas de produtividade, mapas de análises de solos, mapas de identificação de
pragas, doenças, entre outros.
LITERATURA CONSULTADA
ALLEONI, L. BEAUCLAIR, E.G.
http://www.infobibos.com/Artigos/2006_3/C7/Index.htm
BENEDINI, M.S; CONDE, A.J. Sistematização de área para a colheita Mecanizada da cana-deaçúcar. Revista Coplana, p. 23 a 25. Novembro 2008.
BORGONHONE, F. O mercado de cana-de-açúcar: evolução e perspectivas. Opiniões, Ed. WDS,
ltda, Ribeirão Preto, out. dez, p. 68, 2006
CASAGRANDE, A.A. Plantio da cana-de-açúcar. Revista Opiniões jul/set2005
COLETTI, T. Técnica cultural de plantio. In: Cana de açúcar, cultivo e utilização. Ed. Cargil, p. 284
– 332. 1987.
FERNANDES, J. Relatório técnico de atividades. Piracicaba, SP. Planalsucar, IAA. P. 54- 75.
GALVANI, E.; BARBIERI,V.; A.B. PEREIRA, N.A. VILLA NOVA. Efeitos de diferentes
espaçamentos entre sulcos na produtividade agrícola da cana-de-açúcar (Saccharum spp.) Sci.
agric., Piracicaba, 54(1/2):62-68, jan./ago. 1997
Mafes. http://mafes.net/cana_acucar2.htm, consultado em julho de 2014
pág. 35

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