Relatórios Regionais

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RELATÓRIOS REGIONAIS 0011 – Região Europa Sul Relatório ao XXIV Capítulo Geral Situação da Região Estatísticas • A Região Europa Sul conta com 8 Unidades: as Províncias de Lyon‐Paris, Estrasburgo, Nápoles, Roma, Madri, Lisboa, as Regiões dos Redentoristas Vietnamitas na França e da Bélgica Sul. • A Província de Estrasburgo é composta de 30 padres e 11 irmãos, divididos em 5 casas canônicas e uma residência. A pastoral dos Santuários de Trois‐Epis e de Bischenberg, e a colaboração paroquial são as atividades principais. A média de idade é de 76,85. • A Província de Lyon‐Paris tem 67 padres e 13 irmãos, repartidos por 5 comunidades das quais uma (Haubourdin) será fechada em novembro de 2009. Além disso, outros 10 padres e 3 irmãos estão numa casa para idosos com assistência médica. A colabo‐
ração nas paróquias e a pastoral em igrejas não‐paroquiais é a atividade mais freqüen‐
te. A média de idade é de 79,04. • A Província de Nápoles é composta de 114 padres, 12 irmãos e 10 estudantes, dos quais: 86 Padres, 8 Irmãos e 4 estudantes na Itália Meridional; 26 padres, 4 Irmãos e 6 estudantes em Madagascar; 2 padres na Argentina, para um total de 16 comunidades na Itália Meridional (Campania, Puglia, Calabria e Sicília), 7 comunidades em Madagas‐
car e 1 na Argentina. A média de idade é de 62,24. Trabalha ativamente em nada me‐
nos que 14 paróquias: 8 na Itália e 6 em Madagascar. Outras atividades: missões popu‐
lares, santuário, etc. • A Província de Roma é composta de 44 padres, 1 diácono permanente, 1 diácono próximo da ordenação e 3 Irmãos, que residem em 10 comunidades e se encarre‐
gam de 8 paróquias. A média de idade é de 69,47. Outras atividades: missões popu‐
lares, santuário, etc. • A Província de Madri conta 162 membros, dos quais 135 são padres, 22 irmãos e 5 es‐
tudantes. Na Espanha há 20 comunidades redentoristas, das quais 14 cuidam de paró‐
quias e 6 são santuários ou igrejas não‐paroquiais. A média de idade é de 68,65 anos. Fazem parte da Província também as Vice‐Províncias de San Salvador, Caracas e Peru Norte, além da Missão de Costa do Marfim. Ao todo são 296 confrades, distribuídos em 44 comunidades. • A Província de Lisboa tem 47 membros, constituídos em 7 comunidades e assim distri‐
buídos: 42 padres, 4 irmãos e 1 estudante clérigo professo. Dessas comunidades 4 cui‐
dam de paróquias. A média de idade é de 68,30. Depende da Província a Vice‐
Província de Luanda com 27 Redentoristas. No total são 74 confrades repartidos por 13 comunidades. • A Região da Bélgica Sul é formada por 25 padres e 6 irmãos, com uma idade média de 76,68 anos, que vivem numa casa canônica e 2 residências. O cuidado pastoral da igre‐
ja não‐paroquial de Namur é confiado aos confrades da Vice‐Província de Matadi; de resto se colabora na pastoral paroquial. 2 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral • A Região dos Redentoristas vietnamitas na França conta com 7 padres e 1 irmão; a mé‐
dia de idade é de 75,25. Trata‐se de uma Sub‐região que depende da Província do Viet‐
nã e a principal atividade é a assistência pastoral aos imigrantes vietnamitas na França. • Em suma, é bastante evidente a tendência a uma forte queda numérica na Região, li‐
gada principalmente à falta de novas e jovens vocações para o nosso Instituto. Estruturas regionais e seu funcionamento Em nível de Região • Assembléia Plenária dos Superiores Provinciais. As reuniões dos Superiores Provinciais realizam‐se uma vez ao ano, quando são determinadas as linhas básicas das comissões da Europa Sul. • Conselho Permanente: reúne‐se uma vez ao ano para programar a plenária e dar con‐
tinuidade aos temas programados. • Comissão da formação que preparou a Ratio Formationis para o noviciado. • Comissão de Pastoral dos Jovens para eventuais encontros regionais dos jovens. • Comissões regionais e suas contribuições. Em nível de Sub‐Região • As Províncias de Estrasburgo e Lyon‐Paris se comprometeram por meio de uma carta datada de 11 de março de 2008 a tornar‐se uma federação. Os dois Conselhos Provin‐
ciais e os organismos para os assuntos econômicos reúnem‐se anualmente e uma as‐
sembléia interprovincial é convocada de dois em dois anos. Estão empenhadas na co‐
laboração de um único secretariado da evangelização e da pastoral dos jovens. Juntas se ocupam da pregação dos retiros em Trois‐Epis e também da obra chamada l’Apôtre du Foyer. Asseguram o serviço comum da gestão das pensões e aposentadorias e o que se refere ao seguro doença. • A Províncias de Nápoles e Roma se comprometeram a colaborar na formação inicial (postulantado e noviciado), na formação permanente e nas experiências comuns de missão ao povo. Têm em comum as Comissões de formação, de apostolado e de e‐
conomia, que permitem assim colaborar melhor e no projeto missionário e formati‐
vo unitário. • As Províncias de Madri e Lisboa têm promovido nos últimos anos algumas iniciativas em comum. Todo ano se reúnem os dois Conselhos Provinciais para programar essas atividades. Igualmente são programados juntos os exercícios espirituais e a formação permanente das duas Províncias. Iniciativas comuns na missão • Congresso missionário de três em três anos com a participação de todas as Unidades. • Algumas missões populares em comum em nível de Sub‐região. Iniciativas comuns na formação • O noviciado comum, o encontro anual para formadores e formandos, o encontro for‐
mativo dos Superiores das diversas casas, o retiro anual dos confrades jubilares. 0011 Região Europa Sul 3 Dificuldades • Durante o último sexênio quais foram as principais dificuldades encontradas na Região em relação a um compromisso mais constante com os pobres abandonados? ƒ A Igreja em geral é hoje fortemente interrogada por um mundo por demais secu‐
larizado, e por isso são muitos os deveres e as dificuldades que nos interpelam e nos indicam os novos pobres e abandonados: crescente número de pessoas que perderam o trabalho, imigrados, lugares onde, pelo escasso número de sacerdo‐
tes, inexiste o trabalho pastoral, etc. ƒ Dificuldade em organizar ações pastorais conjuntas sobretudo para atender a imigração. ƒ Redução do número dos confrades. Com a queda numérica e o aumento da média de idade fica sempre mais difícil responder às novas urgências pastorais. Uma grande parte do nosso esforço é empregada na manutenção das estruturas atuais. Isto impede uma adequada preparação para responder aos novos desafios que também temos considerado. • Quanto à formação ƒ Existem tímidas tentativas para uma linha comum no campo da formação inicial e permanente. A dificuldade nasce da falta de uma escolha comum dos destinatá‐
rios e das formas de apostolado comuns. • Associação e colaboração nas Unidades ƒ As urgências e as necessidades relativas aos territórios nos quais estamos inseridos são diversas e portanto nos trabalhos apostólicos nem sempre é fácil a colabora‐
ção e o entendimento necessários para enfrentar as novas emergências pastorais. Uma outra dificuldade para colaborar e entender‐se é a língua, que muitas vezes e para muitos confrades permanece uma barreira bastante evidente. Não obstante os limites, temos experiências no campo da formação inicial e permanente e existe alguma colaboração no campo da Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista e no campo missionário. • Identidade redentorista ƒ A identidade redentorista é um dos temas debatidos no âmbito das reuniões dos Superiores maiores e dos formadores. ƒ Certamente se faz esforço para entender que a identidade depende mais da esco‐
lha dos destinatários e das urgências pastorais do que das formas de apostolado que foram codificadas no tempo. ƒ No campo teológico‐espiritual percebe‐se a necessidade de que os Redentoristas conheçam a moral e a espiritualidade redentoristas. Dinamismo missionário • Quais são os três fatores que, mais que qualquer outro, encorajam a missão/presença na Região? ƒ Escolha daqueles que foram marginalizados pela sociedade e por uma pastoral de elite. 4 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral ƒ Presença naqueles lugares onde falta uma pastoral eclesial. ƒ Uma nova e renovada evangelização • Quais são os três objetivos missionários que, mais que qualquer outro, revitalizariam a presença redentorista na Região durante o próximo sexênio? ƒ Anúncio explícito da Palavra de Deus ƒ Atenção aos imigrantes ƒ Desenvolvimento da teologia moral ƒ O mundo jovem ƒ Santuários • Quais são as principais sugestões da Região quanto à reestruturação? ƒ Deslanchar um processo de sensibilização da base ƒ Comunidades internacionais com um projeto sério a respeito dos novos desafios e urgências pastorais (imigração, pastoral familiar e mundo jovem) Outras perspectivas • Além dos pontos já mencionados, existem outros (não mais de três) que se referem à vida redentorista na Região, dos quais o Capítulo Geral deveria tomar consciência? ƒ O aspecto histórico, que pede à Europa Sul de encarregar‐se de algumas casas de interesse da Congregação. ƒ A tradição alfonsiana, a ser relida em diálogo com a modernidade. ƒ A necessidade de dar resposta à questão da secularização. O texto original é o italiano. 0012 – Região da Europa‐Norte Relatório ao XXIV Capítulo Geral Situação da Região Estatística Confrades Bispos Sacerdotes Diáconos Permanentes Irmãos Estudantes Clérigos 1.221 6 1.014 3 121 (de votos temporários – 4) 77 (de votos temporários – 52) Faixa Etária Média de idade Mais de 79 70 – 79 60 – 69 50 – 59 40 – 49 30 – 39 Menos de 30 59,16 170 296 181 126 195 162 91 Número de Unidades Províncias Vice‐Províncias Regiões Missões 8 2 6 1 Número de Comunidades 123 Estruturas Regionais • Reuniões de Superiores Maiores ƒ Cada ano, há uma reunião de Superiores (Vice‐)Provinciais e Regionais. ƒ Na metade do sexênio há uma reunião dos Superiores Maiores e Vigários com o Superior Geral e o Conselheiro Geral da Europa‐Norte. • Secretariados, Comissões, etc. ƒ FICOM Europa‐Norte: Comissão Financeira criada para que as Unidades do Ocidente ofereçam apoio financeiro à formação nas Unidades orientais da Região. Secretariado composto de dois Provinciais (um do Ocidente e um do Leste) e dois Ecônomos Provinciais (um do Ocidente e um do Leste). ƒ Secretariado Permanente para os Irmãos: Reunião anual dos Irmãos. No últi‐
mo sexênio, houve duas reuniões internacionais, uma em Altötting e a outra em Perth. 6 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral ƒ Secretariado da Europa‐Norte para ‘Parceria na Missão’ promovendo a cola‐
boração com os leigos. Três Conferências ou Reuniões internacionais em 2008: em Dublin, Viena e Toruń. ƒ Comissão ‘Colloquia’: Colóquios entre Europa‐Norte e Europa‐Sul sobre di‐
versos temas. ƒ O tema do primeiro Colóquio, em 2008, foi o Ministério dos Redentoristas nos Santuários e Peregrinações, realizado em Tuchów. Outros colóquios es‐
tão programados para 2010. • Em geral, as estruturas regionais funcionam muito bem. Iniciativas comuns na Missão ƒ Cooperação em missões paroquiais: Praga/Bratislava, Viena/Munique. ƒ Projeto Clapham: Londres/São Clemente/Dublin. ƒ Celebração de São Clemente: Centenário da canonização de São Clemente; responsabilidade compartilhada por cinco Províncias. ƒ Outras Celebrações: do Beato Pedro Donders/Dominik Trčka/Mártires ucrani‐
anos Iniciativas Comuns na Formação • Casas de Formação Inter‐Provinciais: ƒ Tuchów: Varsóvia, Michalovce. ƒ Würzburg: São Clemente, Viena, Munique. ƒ Bratislava: Bratislava, Praga. ƒ Noviciado – Innsbruck, Áustria: Viena e Munique. ƒ Noviciado – Dundalk, Irlanda ou Glenview, EUA: Dublin, São Clemente. ƒ Noviciado – Podoliniec, Slovakia: Praga, Bratislava. • Conferências Anuais de formadores do Leste. • Conferências Anuais de formadores e de provinciais de língua alemã: CSSR‐MSSR‐
OSSR. • Casa Estudantil Internacional (pós‐graduação) a Innsbruck, Áustria: estudantes de Lviv, Bratislava, Índia. • Apoio ao aprendizado de inglês e alemão no verão: Londres, Viena, Dublin. • Formação Permanente para confrades nas Províncias de língua alemã: Garser Hochs‐
chulwoche. • Retiro para Irmãos (de várias Províncias): Estrasburgo, Viena, Munique, São Clemente. Dificuldades A Região da Europa‐Norte tem uma longa história. Muitas de nossas comunidades foram estabelecidas há mais de 100 ou 150 anos. Desde a sua fundação, têm servido os mais abandonados e pobres, mas por causa das circunstâncias que mudam rapidamente, os 0012 Região Europa Norte 7 confrades da Região estão agora trabalhando para redefinir o ministério redentorista em muitas Unidades, onde temos estado presentes por um longo tempo. Na parte ocidental de nossa Região há muitos confrades idosos e são poucos os novos membros que entram. Esta realidade tem um profundo impacto em nossa missão. Um compromisso mais consistente com os pobres abandonados • Identificar quais são precisamente os mais abandonados em nossa cultura permane‐
ce uma constante fonte de debate. • Historicamente, os confrades desenvolveram habilidades para certos apostolados, por ex., pregar missões paroquiais e novenas. Enquanto alguns confrades são bas‐
tante flexíveis para se transferir a novas áreas de apostolado e aprender novas habi‐
lidades, muitos não o são. • Tentamos atingir certos grupos da sociedade que estão sob pressão quando procu‐
ram permanecer comprometidos com a Igreja (médicos, políticos, jovens). • Não houve nenhuma ação conjunta da Região para se aproximar dos pobres e dos mais abandonados. • Há uma falta de pessoal capaz de assumir esse trabalho e uma falta de habilidade para cooperar com os leigos de um modo estratégico. • Falta em algumas comunidades a solidariedade entre os confrades. Formação • Há uma carência de candidatos e de formadores, especialmente na parte ocidental de nossa Região. • Há uma falta de boas estruturas para a formação de uma nova geração de Redento‐
ristas, isto é, uma comunidade de formação internacional, inter‐cultural. • A falta de candidatos dificulta muito planejar e assumir uma cooperação a longo pra‐
zo entre as Unidades. • Nas Unidades que ainda têm candidatos, às vezes precisa haver um processo de se‐
leção mais efetivo. • Embora existam algumas oportunidades para a formação permanente, muitas vezes os confrades não estão dispostos a aproveitá‐las. • Há uma falta de mútua compreensão e visão a respeito da formação dos futuros Re‐
dentoristas. Associação e colaboração entre as Unidades • Como resultado de diferenças históricas e políticas, de cultura e tradição, algum pre‐
conceito e incompreensão podem ser identificados na Região. Há um medo em cer‐
tos confrades de que sua Unidade seja ‘anexada’ por uma outra. • Às vezes a tendência a pensar apenas localmente, por ex., como uma Província, difi‐
culta a cooperação. • Há o perigo de que uma mudança de Superiores maiores [(Vice‐)Provinciais) leve a rever ou mudar anteriores contratos entre as Unidades. 8 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral • Tem havido grande colaboração e intercâmbio entre os vários grupos e indivíduos especialmente entre os confrades jovens. Há também um nível crescente de com‐
preensão e confiança entre os Superiores (Vice‐) Provinciais. Não obstante isto, ain‐
da há claramente uma dificuldade real em identificar e implementar projetos de tra‐
balho apostólico conjunto. Identidade Redentorista • A pressão de uma cultura secular e consumista constitui uma ameaça à identidade redentorista e seus efeitos podem ser vistos nas comunidades e na dificuldade de recrutamento. • A identidade redentorista dos confrades das Igrejas Orientais, com seus ritos e tradi‐
ções, necessita ulterior clarificação; esta é também uma questão de formação. Outros desafios • A Região da Dinamarca é um desafio particular. O atual contrato entre a região e a Província de Viena não é viável. Dinamismo Missionário Fatores Encorajadores • Na área da pastoral da juventude, os Encontros Europeus têm facilitado e expresso um nível muito alto de associação e colaboração. • A vitalidade do nosso ministério de proclamar a Palavra (missões, retiros etc.) e a positiva acolhida que ele continua a receber são animadoras. • Muitos Redentoristas da Região estão trabalhando fora de suas Unidades. • Muitos Redentoristas estão engajados na cooperação com leigos. • Ainda há candidatos batendo às nossas portas, o que constitui um encorajamento para nós em nosso ministério. • Ainda há crescimento em algumas de nossas Unidades. • Os esforços corajosos que se fazem em muitas Unidades para enfrentar os grandes desafios herdados do passado e as tentativas de responder às novas realidades de hoje. As novas estruturas (o nascimento da Província São Clemente de quatro Uni‐
dades preexistentes e a Federação entre Munique e Viena) formadas nos últimos seis anos são um encorajamento para a missão de toda a Região. Três Objetivos Missionários • Um consistente e sustentado compromisso com um projeto (ou projetos) destinado a ser um serviço direto aos pobres abandonados em nível interprovincial ou regional. • Sustentar de modo criativo o nosso ministério da Palavra em suas várias expressões numa cultura secularizada; a descoberta de novos modos e métodos para proclamar a Boa Nova, por ex., através de centros de aconselhamento e lugares de romaria; a renovação de nosso ministério do confessionário. 0012 Região Europa Norte 9 • Uma prontidão para abandonar lugares e projetos que são um peso para a vocação missionária da Congregação e dar apoio aos projetos que são realmente importantes (ainda que possam acontecer fora da própria Província) Principais sugestões da Região a respeito da Reestruturação • Vemos que as mudanças são necessárias. A reestruturação pode trazer nova inspira‐
ção positiva para o nosso ministério e para a formação dos futuros Redentoristas. • É preciso haver um cuidadoso processo para estabelecer uma nova estrutura inter‐
média com autoridade e poder executivo. Outras perspectivas – futuros desafios • Ulterior e maior cooperação com os leigos em novas iniciativas missionárias é um desafio presente e futuro. • Sustentar a atual solidariedade financeira e empreender novas iniciativas num tem‐
po de séria crise financeira é um desafio importante. O texto original é o inglês. 0013 – Região América do Norte Relatório ao XXIV Capítulo Geral Situação da Região Estatística Existem oito Unidades na Região da América do Norte: Baltimore, Richmond, Caribe de língua inglesa, Denver, Extra Patriam, Santana de Beaupré, Edmonton‐Toronto e Yorkton. Esta é a estatística conjunta de todas as Unidades da Região da América do Norte: Confrades 643 Casas/Comunidades 83 Faixa Etária: mais de 70 50‐70 menos de 50 287 membros 245 membros 111 membros Média de Idade: Baltimore Richmond Caribe Denver Santana de Beaupré Edmonton‐Toronto Yorkton Extra Patriam 67.54 67.43 55.66 63.35 70.94 69.17 63.81 52.70 Todas as Unidades, com exceção da Vice‐Província Extra Patriam, estão sofrendo uma contínua diminuição do número de confrades, comunidades e vocações. A média de idade continua a se elevar. Embora os confrades estejam vivendo mais, muitas vezes têm sérios problemas relacio‐
nados com a idade e a saúde. Há também muitos desafios ligados à promoção de vocações. Estruturas Regionais • Encontros de Superiores Maiores Os Superiores Maiores da América do Norte têm se encontrado anualmente desde 1997 e du‐
as vezes ao ano desde 2002. Os Conselhos Provinciais Ordinários têm se reunido regularmen‐
te desde 2006. Há um sentimento crescente de unidade e identidade regional. Elegemos um coordenador regional que nos tem servido bem para organizar nossas reuniões. • Comissões Regionais e suas contribuições ƒ Conselho do Noviciado: Começou em 1997 o Noviciado Interprovincial da América do Norte, que desde então tornou‐se sempre mais internacional. Os Superiores Maiores das Unidades participantes (Baltimore, Richmond, Caribe, Denver, Edmonton‐Toronto e Yorkton) formam o Conselho do Noviciado, que tem se reunido duas vezes por ano desde 1997. Isto tem dado oportunidades para os Superiores Maiores se encontra‐
rem, levando à formação de outras comissões e à colaboração entre outros secretari‐
ados. O noviciado da América do Norte tem recebido candidatos também da Irlanda, Iraque, Alemanha e França. 0013 Região América do Norte 11 ƒ Reuniões de Formadores: Os responsáveis pelas Vocações/Formação da Região têm se reunido de dois em dois anos desde 1994. Eles planejam e coordenam ini‐
ciativas conjuntas no campo da formação. ƒ Comissão para a Espiritualidade: Essa Comissão foi criada depois do Capítulo Geral de 1997. Desde esse ano, tem promovido peregrinações, retiros, publicações e seminários. ƒ Comissão para a Colaboração com os Leigos: Esta Comissão foi criada oficialmente em 2005, embora um comitê ad hoc já viesse trabalhando desde 2003. Ela tem cla‐
reado a compreensão sobre a variedade de modos pelos quais os leigos podem co‐
laborar conosco e tem reunido recursos para a formação de Associados Redento‐
ristas. Está sendo preparado para publicação um livro de orações para associados e colaboradores. ƒ Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista: Os que trabalham na PJVR na América do Norte estão se encontrando regularmente. Planejaram Diálogos, e agora estão preparando um simpósio para os que estão engajados na PJVR em toda a América do Norte. Iniciativas Comuns na Missão Tem havido iniciativas missionárias interprovinciais. As Províncias de Baltimore e Denver, junto com a Vice‐Província de Richmond, têm trabalhado juntas na pregação de missões em âmbito diocesano em três dioceses dos Estados Unidos: a diocese de New Ulm (Minnesota), a diocese de Portland (Maine) e uma grande área de missão em Staten Island na arquidioce‐
se de Nova York. Em novembro de 2010 a Região da América do Norte vai pregar uma mis‐
são em toda a arquidiocese de Grouard‐McLennan, situada na parte noroeste da Província de Alberta, Canadá. Todas as Unidades estão sendo convidadas a participar na preparação e na realização dessa missão. Durante o triênio passado, houve algum intercâmbio de pessoas em nível interprovincial. Iniciativas Comuns na Formação A colaboração na área da Formação tem sido constante e crescente. ƒ Noviciado: Todas as Unidades da América do Norte, com exceção da Vice‐Província Extra Patriam participam do noviciado interprovincial de Glenview, Illinois, EUA. ƒ Pré‐Noviciado: Baltimore, Richmond, Caribe e Denver participam do programa de pré‐noviciado em Nova York City. ƒ Pós‐Noviciado/Teologia: Está em andamento a discussão sobre o estabelecimento de um Teologado da América do Norte. Não é sem dificuldades e por isso ainda não foi implementado. ƒ Temas Redentoristas Comuns: Programas regulares são organizados para todos os estudantes em áreas redentoristas como espiritualidade, pregação, teologia moral, história, etc. ƒ Preparação para os votos perpétuos: Várias vezes houve um programa comum. ƒ Formação permanente de confrades de votos perpétuos: Existe um programa para padres recém‐ordenados e irmãos que recentemente professaram votos perpé‐
12 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral ƒ Promotores Vocacionais: Os Promotores vocacionais de Baltimore, Richmond e Den‐
ver trabalharam juntos no ano passado. Essa colaboração deve continuar no futuro. Dificuldades Nos últimos seis anos, têm sido estas as principais dificuldades sentidas na Região a respeito de: Um compromisso mais consistente com os pobres abandonados A dificuldade principal é a questão de pessoal. Com a diminuição do nosso número e o enve‐
lhecimento de nossos confrades, temos menos membros disponíveis para assumir diretamen‐
te um trabalho entre os mais abandonados, especialmente os pobres. Quando precisamos tomar decisões sobre fundações, o nosso compromisso com os mais abandonados, especial‐
mente os pobres, é às vezes sentido em conflito com as necessidades de nossos colegas mais idosos e enfermos e o cuidado deles. No entanto, continuamos a servir os pobres e abando‐
nados de muitos modos significativos. Temos muitos de nossos confrades servindo os novos imigrantes. Usamos nossos recursos financeiros para servir os pobres. Formação Entre as principais dificuldades indicamos: ƒ Promoção de vocações: há uma notável falta de vocações e um reduzido número de candidatos, ƒ Obter formadores devidamente preparados, ƒ Sustentar entre os candidatos em formação a esperança e a perseverança, que muitas vezes são muito frágeis. Associação e colaboração entre as Unidades Embora tenha havido um consistente aumento dessa colaboração, existem algumas dificuldades: ƒ Muitas Unidades sofrem diminuição de pessoal. ƒ Diferentes necessidades pastorais, línguas, ritos, etc., impedem a colaboração em certas áreas. ƒ Há um certo medo de perder uma identidade provincial particular. ƒ Estamos trabalhando em prol de uma “mentalidade” mais regional. No entanto, já que muitos dos nossos não foram formados num modelo de solidariedade regional, é uma fase de educação para nossas Unidades. Identidade Redentorista A identidade redentorista tem sido fortalecida durante esse sexênio por meio de retiros co‐
muns, colaboração, novas iniciativas e algumas mudanças estruturais em várias Unidades. Por outro lado, as dificuldades surgem quando alguns confrades parecem ter optado por ficar de fora do projeto comum, perderam a esperança, e se retiram do compromisso corporativo das Unidades. O individualismo e a dispersão de pessoal podem minar a nossa identidade re‐
dentorista e para contrastá‐lo é mister uma renovação de nossa espiritualidade redentorista e um consistente compromisso com os mais abandonados, especialmente os pobres. 0013 Região América do Norte 13 O encerramento de apostolados e fundações também tem afetado o nosso senso de uma identidade missionária redentorista comum. Com o envelhecimento dos confrades e a dimi‐
nuição de candidatos, menos confrades são capazes de trabalhar nas missões estrangeiras, a saber, nas Vice‐Províncias e Regiões dependentes das Províncias da Região. Menos pessoal e compromissos ministeriais personalizados criam menos exposição pública e resultam numa perda da presença redentorista entre aqueles com os quais trabalhávamos anteriormente. Isto leva a menor interesse de possíveis candidatos pela nossa vida apostólica, causando o atual declínio em nossas fileiras. Precisamos continuar a afirmar e encorajar nosso empenho religioso e nossa identidade reden‐
torista, desenvolvendo estratégias para encorajar os confrades para de novo se empenhar em partilhar a vida e o ministério em projetos ou iniciativas comuns, de modo que eles não se re‐
traiam nem fiquem desanimados diante da diminuição do nosso número e de nossos recursos e da falta de possibilidades que de outra forma criaria e estimularia uma paixão para a missão. Dinamismo Missionário • Estes três fatores, mais que quaisquer outros, dão encorajamento à missão e à pre‐
sença redentorista na Região: ƒ Novas Iniciativas: um renovado empenho para ir ao encontro dos mais abandonados, especialmente dos pobres (isto é, os novos imigrantes). Há também um renovado in‐
teresse em pregar missões paroquiais, estações missionárias e colaboração com ou‐
tras Unidades da América do Norte para pregar missões em âmbito diocesano. ƒ Um renovado sentido da identidade e da espiritualidade redentoristas, focalizando especialmente a solidariedade na Congregação e na Região da América do Norte. Esta renovação é também fomentada pela colaboração internacional com confra‐
des de outras Regiões. Comunidades redentoristas fortes contribuem de modo significativo para um senso de identidade e de dinamismo missionário. ƒ A colaboração com os leigos, inclusive os associados redentoristas, na missão, na vida e na espiritualidade. • Estes três objetivos missionários, mais que quaisquer outros, revitalizariam a presença redentorista na Região nos próximos seis anos: Um consistente compromisso de ir até os mais abandonados, especialmente os po‐
bres. Este compromisso deve servir de critério efetivo para criar projetos comuns de colaboração entre as Unidades da América do Norte. ƒ Um renovado empenho na evangelização, sobretudo na proclamação extraordinária. ƒ Um consistente compromisso de colaboração em todos os níveis dentro da Região da América do Norte e com outras Regiões da Congregação. • São estas as principais sugestões da Região sobre a reestruturação: ƒ Precisamos desenvolver uma ‘mentalidade’ que transcenda o provincialismo. Isto não nos será fácil. A questão mais importante deve ser a missão da Congregação, mais do que a sobrevivência ou crescimento de Unidades individuais. ƒ Precisamos de estruturas que nos possibilitem colaborar de modo efetivo e consis‐
tente com a Região da América do Norte e entre as Regiões. 14 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral ƒ Algumas Unidades são favoráveis ao modelo de Conferência proposto no Instrumen‐
tum laboris, com uma estrutura executiva, e com uma visão ainda mais forte para a rede inter‐conferências. A outros agrada mais o modelo de Federação, que permite uma partilha de recursos e missão, embora reconheçam que existem diferenças e sensibilidades culturais e geográficas únicas. Outros querem uma abordagem vinda da base para as questões da reestruturação e não são favoráveis à imposição de es‐
truturas por parte do Governo Geral. Pensam que às vezes o que funciona mais efi‐
cazmente é o que se constrói a partir da base, mais do que o que vem de cima. ƒ Temos de encontrar modos de identificar e implementar iniciativas de colaboração dentro da Região da América do Norte e entre Regiões, vencendo as complexas di‐
ferenças multiculturais e lingüísticas que às vezes criam obstáculos para desenvol‐
ver possibilidades criativas. Outras Perspectivas • Além dos pontos já mencionados, existem três outros pontos referentes à vida reden‐
torista em nossa Região, dos quais o Capítulo Geral deve tomar conhecimento: ƒ Existe uma diminuição contínua do número de confrades nas Unidades e de sacer‐
dotes diocesanos na Região. Há enormes desafios para a missão da Região à luz da estrutura das idades, o número muito elevado de confrades idosos e doentes, que contam com os confrades mais jovens – cujo número diminui – para apoio e trata‐
mento. Há uma grande necessidade de colaboração entre as Unidades e as Regiões aqui em vista da missão na América do Norte. Tivemos experiências muito boas de colaboração com pessoal entre as Regiões durante esse sexênio. ƒ Finanças: A atual crise financeira no mundo afetou seriamente todas as Unidades da nossa Região. Isto tem implicações para a nossa vida e nosso ministério, como também para toda a Congregação, que apenas começamos a analisar. Alguns su‐
gerem a colaboração em desenvolver novos modelos de solidariedade financeira na Região, que remediaria a diminuição de recursos financeiros e seu efeito so‐
bre a missão de toda da Congregação. ƒ A questão do abuso sexual de menores pelo clero católico e a omissão de muitos Bis‐
pos de cuidar desse seriíssimo problema nos últimos quarenta anos ou mais teve conseqüências devastadoras para as vítimas, suas famílias, os fiéis católicos e a credi‐
bilidade da Igreja Católica na América do Norte. Esta crise atingiu todos os sacerdotes e religiosos que trabalham na América do Norte. Somos desafiados a sanar essa terrí‐
vel realidade, e também a lutar para manter nosso moral diante dessa crise atual. O texto original é o inglês. 0014 – Região América Latina e Caribe Relatório ao XXIV Capítulo Geral Introdução A América Latina é um continente eminentemente cristão católico, “batizado mas não evan‐
gelizado”, como dizem alguns teólogos. Há fortes expressões da religiosidade popular, mas também se nota a busca de uma expressão social da fé. No plano político, desde algumas dé‐
cadas, nossas sociedades estão procurando viver em democracia e consolidá‐la depois de lon‐
gas e violentas ditaduras. Existe uma grande variedade de expressões ideológicas que vão desde posturas mais conservadoras até as mais radicais de esquerda. Há uma grande varieda‐
de de expressões culturais na conjunção dos diversos grupos humanos que compõem nosso continente, desde os primitivos habitantes até o presente com as comunidades, expressões e apelos culturais mais atuais. A situação socioeconômica indica muito desemprego, precariedade no trabalho e no empre‐
go, muito comércio informal como modo de sustentação, emigração forçada, pouca alfabeti‐
zação, acumulação de bens nas mãos de poucos, narcotráfico, corrupção generalizada, injusti‐
ça social, poluição ambiental. Há muitos pobres e pessoas excluídas dos bens da sociedade, especialmente nas zonas periféricas dos grandes centros urbanos e na zona rural. Nos últimos anos, o número de pobres aumentou consideravelmente no continente. Talvez a faixa mais abandonada esteja representada pelo mundo indígena. Situação dos Redentoristas na Região Estatísticas Na Região da América Latina e Caribe há 1.572 Redentoristas: 23 são bispos, 1.180 são sacer‐
dotes, um é diácono permanente, 124 são Irmãos Redentoristas, e 244 são estudantes profes‐
sos. Há 255 casas redentoristas na Região. A média de idade é de 50, 37. Há 903 Redentoristas com menos de 50 anos; 181 com idade entre os 50 e 60; e 488 Redentoristas com mais de 60 anos. Em geral, na Região, a tendência é de crescimento. Porém, há Unidades que não estão cres‐
cendo e algumas de fato estão diminuindo em número. Na sociedade latino‐americana e cari‐
benha aumenta a secularização. Será necessário prestar muita atenção e cuidado com a pas‐
toral vocacional porque existe o risco de diminuição segundo as tendências européias e norte‐
americanas. A distribuição por Unidades nas três Sub‐regiões é a seguinte: URB (Brasil) Unidade 1307 Fortaleza 1702 Bahia 2300 São Paulo 2303 Recife Sacerdotes
Irmãos 38 34 147 29 1 2 31 6 Estudantes TOTAL professos 4 43 5 42 17 199 4 40 Bispos Casas
0 1 4 1 11 9 18 8 16 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral 2600 Rio de Janeiro 3500 Porto Alegre 4100 Campo Grande 4300 Goiás 4501 Manaus 47 40 56 68 22 10 3 3 7 5 4 8 7 9 12 63 52 66 85 41 2 1 0 1 2 11 10 14 14 6 A missão no Suriname (0061) está a cargo da URB. Aí trabalham 8 Redentoristas: 7 sacerdotes e um bispo. URNALC (Sub‐Região norte) Unidade Sacerdotes 1502 Caracas 1506 San Salvador 1507 Peru Norte 1904 Porto Príncipe 2400 Quito 2800 Bogotá 3600 México 3900 San Juan 0059 Cuba 32 43 22 18 35 162 59 45 4 Diáconos Permanentes
0 0 0 0 0 1 0 0 0 Irmãos 1 6 2 2 4 20 4 1 0 Estudantes
TOTAL Bispos Casas
Professos 8 41 0 9 12 61 0 10 8 33 1 4 20 40 0 6 8 47 0 8 25 211 3 27 3 66 0 12 6 52 0 12 0 4 0 2 URSAL (Sub‐Região sul) Unidade 0101 Pilar 0705 Assunção 1701 Resistencia 2200 Buenos Aires 2201 Peru Sul 3000 Santiago 4800 Bolívia Sacerdotes 14 28 39 63 42 40 46 Irmãos 0 1 3 5 3 1 3 Estudantes Professos 3 12 8 15 26 9 11 TOTAL 17 42 51 84 71 50 63 Bispos 0 1 1 1 0 0 3 Casas 4 7 15 10 8 11 11 A missão no Uruguai está a cargo da URSAL desde 2008. Aí trabalham 3 Redentoristas. Estruturas regionais A Região da América Latina e Caribe está organizada em três Sub‐regiões: URNALC (União dos Redentoristas do norte da América Latina e Caribe), URB (União dos Redentoristas do Brasil), e URSAL (União dos Redentoristas do sul da América Latina). Cada Sub‐Região tem um coordenador ou presidente, conta com suas próprias estruturas e seu modo de organizar a participação, a comunhão e a colaboração entre as Unidades. Os Su‐
periores das Unidades de cada Sub‐Região se reúnem regularmente. Os da URNALC se reú‐
nem duas vezes por ano. Os da URB se reúnem duas vezes por ano. Os da URSAL se reúnem uma vez por ano. Faz falta um sistema que facilite e favoreça o encontro entre os coordena‐
dores de cada Sub‐Região. Cada Sub‐Região conta com áreas (comissões ou secretariados) para organizar a colaboração mútua e para a animação. Por exemplo, na URSAL as áreas de animação são: Formação inicial e 0014 Região América Latina e Caribe 17 permanente, Missão, Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista, Espiritualidade Redentorista, Sacerdotes jovens, Irmãos, Leigos. Na URNALC também as áreas de animação são: Formação inicial e permanente, Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista, Espiritualidade Redentorista, Missões Populares, Irmãos, Sacerdotes jovens, Ecônomos, e outros. Organizam‐se encontros que promovem e animam a vida apostólica redentorista na Sub‐Região. O mesmo acontece com a URB. Existem vários secretariados dentro dessa Sub‐Região, com encontros e colabora‐
ção mútua: pastoral juvenil e vocacional, equipe missionária itinerante, comissão para as mis‐
sões, secretariado de Formação, secretariado de Espiritualidade, secretariado para os Irmãos Redentoristas, Comissão para os meios de comunicação social, etc. No entanto, podemos dizer que ainda nos falta crescer mais em colaboração e solidariedade mútua. Necessitamos de conhecer‐nos mais e apoiar‐nos mais dentro da Região. Iniciativas comuns na missão Há colaboração entre as várias Unidades dentro das diversas Sub‐regiões na pastoral missioná‐
ria. A URB, como Sub‐Região, assumiu a missão do Suriname em 2001. As duas Vice‐Províncias do Paraguai assumiram, em 2001, a missão em Cuba. Agora, estamos num processo de transi‐
ção. Em Cuba há um missionário da Província de Bogotá e um da Vice‐Província de San Salva‐
dor. A Sub‐Região da URNALC assumirá plena responsabilidade pela missão em Cuba a partir de janeiro de 2011. A Sub‐Região da URSAL assumiu em 2008, a missão no Uruguai. Algumas Unidades têm missões fora de seu território. A Província de Bogotá tem uma missão em Gana desde 1994. Faz também muitos anos que colabora com a Província da Bolívia, espe‐
cialmente no Vicariato de Reyes. Tem também missionários trabalhando na Venezuela, nos Estados Unidos e Cuba. A Província de Buenos Aires tem a missão em Moçambique desde 2002. A Província de São Paulo tem uma comunidade em Worcester, Massachussets, EUA e a de Campo Grande tem uma comunidade em Newark, New Jersey, EUA. A Vice‐Província do Peru Sul, desde uns dez anos aproximadamente, tem um acordo com a Província de Estrasburgo (França) e há alguns missionários peruanos trabalhando ali. Existe um acordo de colaboração missionária entre a Província do México e a Província de Denver (Estados Unidos). Há um acordo de colaboração missionária entre a Região de Porto Príncipe (Haiti) e a Província de San Juan. Há missionários do Haiti trabalhando na Província de Santana de Beaupré (Canadá) e na ilha caribenha de Guadalupe. Dentro do Brasil há boa colaboração entre as Unidades, em diversos campos. Apóia‐se a Vice‐Província de Manaus e a Província de Porto Alegre é responsável pela missão em Belém do Pará. A Vice‐Província de Resistencia assumiu em 2007 a prelazia de Esquel, Chubut (na Patagônia argentina), em colaboração com a Província de Varsóvia. Um Redentorista foi nomeado bispo para a zona. Quando possível, há colaboração entre algumas Unidades para a pregação de missões popula‐
res nas Sub‐regiões. Missionários do CESPLAM da Província de Madri também pregaram e con‐
tinuam pregando Missões Populares em colaboração com Redentoristas da América Central. Iniciativas comuns no campo da Formação Na três Sub‐regiões há encontros anuais de Formadores desde há mais de 20 anos. Parti‐
lham‐se experiências e colaboração no campo da Formação. Também há encontros de estu‐
18 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral dantes professos. Foi elaborada a Ratio Formationis, compartilhando experiências e juntan‐
do contribuições. Nos últimos anos deste sexênio tem havido esforços para organizar a Formação conjunta en‐
tre distintas Províncias. Alguma Província atuava como anfitriã e acolhia formandos de outras Unidades. Assim vinha se realizando uma forma de formação intercultural e internacional, embora não fosse estritamente interprovincial. Mas agora há esforços para estabelecer programas de formação autenticamente interprovin‐
ciais, com responsabilidades compartilhadas. Em geral, a formação dos aspirantes e postulan‐
tes é feita nas Unidades locais. Mas há vários Noviciados internacionais e interprovinciais. A URSAL tem um Noviciado comum em Cochabamba (Bolívia). Estão trabalhando na elaboração de uma “Ratio” única para o Noviciado. A URNALC tem seu Noviciado comum em Piedecues‐
ta, Bucaramanga (Colômbia). Também há uma “Ratio” comum. No Brasil, há três Noviciados comuns, compartilhados em colaboração. Ainda não existe um Teologado plenamente inter‐
provincial. Porém, algumas Unidades acolhem estudantes professos de outras Unidades. Exis‐
te abertura e colaboração. Dificuldades Com respeito a um maior compromisso com os mais pobres e abandonados Há muito discurso sobre a evangelização aos mais pobres e abandonados. De fato, anuncia‐
mos o Evangelho aos mais pobres e aos abandonados pela sociedade e pela Igreja. Chegamos até muita gente simples e muita gente no mundo rural. Chegamos também aos habitantes das periferias urbanas. Contudo, há muitas dificuldades nesta missão. As maiores dificuldades e desafios continuam sendo: Evangelizar as periferias dos grandes centros urbanos, atingir o povo nas grandes cidades. Não conseguimos encontrar uma meto‐
dologia adequada para chegar com a pastoral missionária e a pregação de Missões Populares nesses centros urbanos. Temos muitas dificuldades para chegar com a nossa mensagem aos jovens, nos custa convocar e evangelizar os jovens. Nossas prioridades pastorais não são tão claras e acabamos por dispersar nossas energias em atividades e programas que nem sempre estão na linha do dinamismo missionário. Dedicamos mais tempo à “pastoral de manutenção” que a uma autêntica “pastoral missionária”. Não podemos negar que, muitas vezes por co‐
modismo, insegurança ou medo, nos faltam valor e audácia para chegar aos mais pobres nas periferias das grandes cidades. Também a sustentação financeira da missão entre os mais po‐
bres é outro grande desafio. Agora, depois da V Conferência Geral do CELAM em Aparecida (2007), fala‐se muito na “Mis‐
são continental”. Isto representa para nós um grande desafio. Em muitas Unidades há dificul‐
dades para o trabalho da pregação de Missões Populares, por falta de pessoal e por falta de projetos (vice‐)provinciais. É preciso revisar os compromissos pastorais levando em conta os recursos humanos. É impor‐
tante avaliar nossas atividades pastorais e estabelecer prioridades claras que comprometam a todos. Temos que saber reduzir nossa presença em zonas pastorais consideradas menos ur‐
gentes e intensificar nossa presença missionária nos lugares mais necessitados e ante realida‐
des mais desafiantes. Urge ir ao encontro dos mais abandonados na periferia dos grandes centros urbanos, assim como urge também pregar missões e acompanhar as comunidades 0014 Região América Latina e Caribe 19 cristãs na pastoral ordinária. Corremos o risco de “paroquializar‐nos” excessivamente e assim perder o dinamismo missionário em favor dos pobres. Com respeito à Formação dos Redentoristas Há esforços por melhorar a capacitação dos Formadores, os programas de Formação, dar uma maior estabilidade e solidez às estruturas de Formação. Porém, é certo que muitas Unidades não estão em condições de manter um programa completo e sólido de Formação Redentoris‐
ta. Isto sucede por falta de pessoal preparado, por falta de estruturas adequadas e por gran‐
des dificuldades econômicas. Continuam sendo dificuldades: a carência de Formadores bem preparados e experientes. Há dificuldades para “formar” os Formadores. Em muitos dos Centros de estudos onde nossos formandos estudam não se enfatiza o aspecto missionário e não se prepara na dimensão mis‐
sionária. Falta a preparação para missionários capazes de trabalhar pastoralmente em contex‐
tos internacionais, interculturais e interprovinciais. Em muitos casos, nos encontramos com candidatos oriundos de famílias desestruturadas. Provêm de situações de graves problemas familiares. Notamos falta de perseverança nos jo‐
vens. Percebemos que a falta de projetos missionários mais estáveis e duradouros repercute negativamente na Formação. A falta de recursos humanos e financeiros afeta e compromete o sistema de Formação. Deve‐se insistir no trabalho da promoção vocacional e estabelecer condições para a formação de futuros candidatos à vida redentorista. Talvez o maior desafio seja a promoção vocacional redentorista. Nossos processos formativos devem ser mais personalizados e responder me‐
lhor às necessidades do complexo mundo de hoje. Está melhorando a formação dos Irmãos Redentoristas. Mas nesse campo ainda há muito por fazer: faz falta mais promoção vocacional para Irmãos, melhorar os programas de formação e as oportunidades para a formação permanente dos Irmãos. Faz falta promover a participação ativa dos Irmãos na missão da Congregação. Temos dificuldades com a formação permanente. Enviam‐se jovens sacerdotes para fazer es‐
tudos superiores. Mas, a formação permanente é uma exigência para todos. É preciso atuali‐
zar‐se constantemente em temas de pastoral, em temas teológicos, em temas de pedagogia pastoral, de sociologia, etc. De modo especial, faz falta uma atualização constante no campo da teologia moral para dar respostas e ajudar as pessoas no processo do discernimento moral. Com respeito à associação e colaboração entre as Unidades Há esforços de associação, colaboração, apoio e solidariedade entre as Unidades dentro das Sub‐regiões. Em geral, há abertura da parte dos governos (vice‐)provinciais. Mas é possível fazer muito mais. É necessário continuar com um trabalho de explicação, conscientização e motivação para que todos os confrades em todas as Unidades estejam abertos e disponíveis para os projetos interprovinciais e internacionais, para a missão ad gentes. As enormes distâncias no continente dificultam, e às vezes impedem, uma colaboração mais efetiva e eficaz entre as Unidades. Por essa razão, muitas vezes nos custa elaborar e realizar projetos comuns como retiros, cursos de formação permanente, assessorias e apoios entre as Unidades. De fato, todos os projetos comuns são “custosos” para as Unidades porque reque‐
rem participação dos confrades mais capazes, mais abertos e mais comprometidos para levá‐
los à prática. Também requerem investimentos financeiros que afetam as Unidades. Não po‐
20 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral demos pensar que os projetos comuns existam somente para resolver os problemas de algu‐
mas Unidades que não sabem onde colocar alguns confrades. Tampouco podem servir só para encher e “salvar” algumas casas nas (Vice‐)Províncias com dificuldades de pessoal. Com respeito à identidade redentorista A vida comunitária é um desafio especial. Em muitos casos, nos custa trabalhar em comuni‐
dade, como equipe. As iniciativas pastorais com características mais individualistas ou perso‐
nalistas dificultam a vivência da identidade redentorista que se autodefine como “comunida‐
de apostólica”. Na vida comunitária temos que enfrentar os desafios do individualismo e do desânimo. Alguns confrades perderam a vitalidade apostólica e missionária. Parece que alguns perderam a espe‐
rança. Também persiste ainda, em alguns confrades, a tendência de fazer projetos individuais sem levar em conta a comunidade. Nosso maior problema continua sendo talvez o de superar certas tendências individualistas na hora de realizar determinadas atividades apostólicas. A vi‐
da fraterna em comunidade diminuiu e se apresenta o perigo do “protagonismo” individual. É necessário projetar a imagem de uma “comunidade missionária”. Devemos aprender a trabalhar em equipe, como comunidade, com a participação, o com‐
promisso e a colaboração de todos os confrades. Os projetos provinciais, paroquiais e missio‐
nários que se constroem com participação de todos garantem um enfoque de conjunto e dão continuidade aos projetos. Uma mentalidade clericalista, que ainda continua, não permite afirmar o papel e a contribui‐
ção dos Irmãos (e dos diáconos permanentes) à missão da Congregação, eminentemente mis‐
sionária. Também o fato de que vários confrades estão mais comprometidos com outros Mo‐
vimentos eclesiais ou outras espiritualidades. Isto prejudica a vivência da identidade redento‐
rista e transmite a idéia de que falta algo à espiritualidade redentorista. Em todas as comunidades há muito trabalho pastoral. Cada um dos confrades está empe‐
nhado com diversas atividades que requerem muito tempo de atenção e isto dificulta o en‐
contro comunitário. Pode criar dificuldades e ameaçar nossa vida espiritual e comunitária. Pode levar‐nos ao ativismo, com o risco de uma saturação prematura. Muitas de nossas co‐
munidades estão formadas por muito poucos confrades. Sente‐se a escassez de recursos e o pouco pessoal disponível. Dinamismo missionário Três fatores que encorajam a missão/presença redentorista na Região • A pregação extraordinária, as missões populares, e outras formas de “evangelização popular”. • Os Santuários que cuidamos e as Novenas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em tantas partes do continente. São espaços e lugares de missão permanente e evangeli‐
zação constante. Exigem muito compromisso e dedicação da parte de todos. • O anúncio através dos Meios de Comunicação Social (MCS). Temos várias emissoras de rádio em todo o continente, algumas editoras, uma emissora de TV no Brasil, a evangelização através da imprensa, revistas, internet, e muita participação na mídia como espaço de evangelização. 0014 Região América Latina e Caribe 21 Quais objetivos missionários, mais que outros, revitalizariam a presença redentorista na Região durante os próximos seis anos? Já existem vários esforços. Alguns têm mais êxito que outros. Porém, estes objetivos missio‐
nários dariam nova vida à presença redentorista em nossa Região: • Um maior e mais consistente compromisso com os mais abandonados e os mais po‐
bres. O contexto socio‐religioso nos desafia: a proliferação das seitas dos pentecos‐
tais, a religiosidade afro‐latino‐americana, a pobreza de nossa gente, os novos mar‐
ginalizados, as grandes distâncias. • Encontrar a metodologia adequada, além de um maior compromisso dos confrades, para a evangelização nos grandes centros urbanos. • Maior compromisso e dedicação na evangelização dos jovens. Há muitos esforços na pastoral juvenil. Procura‐se chegar aos jovens de vários modos. Há encontros de ado‐
lescentes e jovens, há missões juvenis, há formação de assessores de pastoral juvenil. Há certa colaboração entre as Unidades neste campo. Mas, o fato é que muitas vezes não sabemos como atingir os jovens. Alguns praticamente desistiram de fazê‐lo. É um grande desafio e deveria ser prioridade em todas as Unidades. A pastoral juvenil tam‐
bém está vinculada à pastoral vocacional. • Trabalhar a missão redentorista em associação, em parceria com os leigos e leigas, que compartilham da espiritualidade e da missão Redentorista e que são chamados a ser discípulos e missionários segundo o Documento de Aparecida (2007). Promove‐
se a formação e a participação ativa dos leigos/as na espiritualidade e na missão re‐
dentorista, em nossas comunidades e trabalhos pastorais. No entanto, a colabora‐
ção com os leigos/as e o realizar nossa missão em associação com eles/as continuam sendo um grande desafio. Deve‐se afirmar constantemente o valor eclesial de traba‐
lhar em colaboração com os leigos. Quais são as principais sugestões que a Região faz a respeito da Reestruturação? A nossa Região acolhe bem e está aberta ao processo da reestruturação da Congregação. As‐
sumimos os princípios da reestruturação. Acolhemos a proposta da criação de “Conferências”. Mas não queremos aumentar a burocracia, não queremos aumentar reuniões internas que só olham para dentro, não queremos uma “super‐estrutura”. Preferimos que a “Conferência” tenha autoridade para indicar os princípios, critérios, e dirigir os assuntos regionais na América Latina e Caribe. Que promovam as iniciativas e projetos mis‐
sionários comuns, a Formação interprovincial, e a solidariedade econômica. Mas que se man‐
tenham as características, os estilos, as iniciativas comuns, os compromissos e as formas de organização já existentes nas Sub‐regiões. Queremos que se respeite o processo histórico que já estamos seguindo. Que aumente a comunicação entre as Sub‐regiões. Que continuem os secretariados comuns e as áreas de animação. Naturalmente, estamos abertos à criação de novos secretariados considerados necessários. Um desafio é a conscientização e o compromisso de todos os confrades com o processo de reestruturação. Perguntamo‐nos: Como continuar o processo de reestruturação com a quan‐
tidade de compromissos assumidos e com certa resistência por parte dos confrades? Será ne‐
cessário encontrar a pedagogia mais eficaz para motivar e promover a mudança de mentali‐
dade, a abertura de fronteiras, a otimização de recursos, a solidariedade, as conseqüências econômicas do processo, a divulgação e socialização do processo nas comunidades locais. 22 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral Outras perspectivas Principais trabalhos pastorais Queremos finalmente ressaltar alguns dos principais trabalhos pastorais na Região da América Latina e Caribe. São meios importantes, mas que exigem ao mesmo tempo um compromisso cada vez maior, mais atenção, cuidado e dedicação da parte dos confrades. A pregação extraordinária, a pregação de Missões Populares, de Novenas, o trabalho da “e‐
vangelização popular”, a afirmação da religiosidade popular, continuam sendo o modo privile‐
giado de anunciar o Evangelho aos mais pobres e abandonados. Trabalhamos também em muitas paróquias, nas cidades, nas periferias urbanas e no mundo rural. Em muitos casos, estas paróquias rurais são autenticamente missionárias em lugares pobres. A maioria das paróquias nas periferias das cidades grandes são também missionárias, com grande extensão territorial e muita população. São centros de evangelização, de acom‐
panhamento, de celebração comunitária, de ajuda e orientação espiritual, assim como do sa‐
cramento da reconciliação. Oferecem formação cristã aos leigos e criam comunidades missio‐
nárias. Mas este é um desafio permanente: que sejam efetivamente “centros missionários”. Têm todas as possibilidades para ser grandes centros missionários. Todavia, o perigo é aco‐
modar‐se, deixar‐se ficar, e cair na rotina de uma “pastoral de manutenção”, sem audácia nem criatividade. Uma grande parte da eficácia da evangelização depende do testemunho da comunidade e das relações humanas nas paróquias. O trato amável, bom, generoso, aberto e includente, abre o coração de muitas pessoas. A pastoral dos Santuários nos permite proclamar o Evangelho de uma maneira nova, fazer um trabalho de evangelização popular, dar acompanhamento e animação a grandes massas de peregrinos. Esta pastoral respeita e satisfaz as aspirações da religiosidade popular; alimen‐
ta, educa, e fortalece o culto mariano. Os santuários são um espaço e uma grande oportuni‐
dade para a missão permanente. É uma missão popular que faz crescer a fraternidade e a uni‐
dade num contexto de fé e esperança. A maioria absoluta dos peregrinos são pessoas simples, gente economicamente pobre, cultu‐
ralmente fraterna e solidária, gente de coração aberto. Permite‐nos celebrar o amor de Deus e a Redenção em suas dimensões de conversão (celebração da reconciliação) e de encontro festivo e fraterno (a celebração da Eucaristia). A peregrinação visibiliza a dimensão do ser hu‐
mano que busca o encontro com Deus. Peregrino é o ser humano que caminha para a conver‐
são, a possibilidade de uma vida nova, celebra a comunhão fraterna e expressa a universali‐
dade da Igreja no encontro festivo com outros peregrinos. Evangelizar é comunicar a mensagem de Jesus Cristo. os Meios de comunicação social nos permitem chegar a muitíssimas pessoas que não têm possibilidade de ser ajudadas de outra forma. Possibilitam a formação da consciência crítica, assim como uma catequese sistemática. A opção por esta prioridade segue o exemplo de Santo Afonso. As emissoras de Rádio são muito importantes. Várias Unidades têm alguma emissora. Ademais, quase todas as (Vice‐) Províncias têm acesso a emissoras locais e próprias de rádio para retransmitir a mensagem evangélica. Também há bastante trabalho com os meios escritos. Publicam‐se diversos mate‐
riais de caráter missionário, catequético, teológico, científico, informativo e devocional que são utilizados na evangelização. Muitos confrades escrevem em jornais e revistas locais. Al‐
gumas Unidades contam com Livrarias. Além de evangelizar através da divulgação de livros religiosos e de material devocional, as livrarias podem ser uma fonte de entradas para ajudar 0014 Região América Latina e Caribe 23 a formação inicial. Quase todas as Unidades contam com Sitos (vice‐)provinciais na Internet, boletins e informativos nas paróquias e comunidades. Contribuem para a divulgação missio‐
nária, constituem um vínculo entre os confrades da Unidade e entre os Redentoristas da Regi‐
ão. No Brasil, a “TV Aparecida” é uma experiência única, representa um grande espaço e uma grande oportunidade para a evangelização. Outras Unidades também têm acesso à televisão, como um meio valioso de apresentar a mensagem missionária. À guisa de conclusão: questionamentos, expectativas e esperanças Continuamos tendo muitos questionamentos. Estas perguntas representam os desafios que en‐
frentamos e servem para nossa contínua reflexão. Exigem respostas comprometidas, criativas e audazes: Como enfrentar o desafio da missão redentorista nas grandes cidades? Como estar mais perto dos adolescentes e jovens no mundo de hoje? Como pôr em prática, de modo mais concreto hoje, a opção pelos pobres? Como atualizar o método das missões populares para uma participação mais dinâmica e uma evangelização mais eficaz? Quais outros métodos e mo‐
dos de “evangelização popular” podem ser mais eficazes hoje em dia? Como manter todos os trabalhos missionários que assumimos, com o limitado número de confrades que temos? Como avançar em nosso trabalho conjunto, em associação com os leigos? Como sustentar a missão com os pobres, no meio da precária situação econômica? Como cuidar bem dos confrades en‐
fermos e idosos em nossas comunidades? Como favorecer e ampliar os espaços de formação permanente para nossos confrades? Como integrar melhor a ação missionária redentorista no terceiro milênio com as exigências do Evangelho ante os problemas do planeta, a situação eco‐
lógica, as exigências de justiça e paz, e a realidade do mundo pós‐moderno? Mesmo no meio de nossas dificuldades e limitações, temos muita esperança no futuro. Espe‐
ramos que este processo de reestruturação da Congregação aumente o dinamismo missioná‐
rio, a disponibilidade missionária, a caridade pastoral e a solidariedade fraterna entre as Uni‐
dades e os confrades. Estamos conscientes de que fazemos parte de um corpo missionário internacional e esperamos contribuir para que a Congregação seja mais fiel à sua missão e mais ágil em suas respostas missionárias diante de tantas necessidades. Muitos são os sinais de esperança. Enumeramos alguns: a perseverança, a energia, a dedica‐
ção e a entrega dos confrades que já contam com experiência; a chegada de uma nova gera‐
ção de Redentoristas (sacerdotes e Irmãos), jovens generosos e dedicados; a disponibilidade missionária de tantos confrades; os esforços na pastoral juvenil; as constantes tentativas de revitalizar a pastoral vocacional; a solidariedade e a colaboração nos programas de Formação; a colaboração com os leigos/as e o compromisso ativo dos missionários/as leigos/as Redento‐
ristas. Os pobres continuam convidando‐nos à conversão. A esperança dos pobres, em meio às suas enormes dificuldades, anima e move a nossa esperança. A crescente colaboração en‐
tre as Unidades ajuda a fortalecer a pertença a esta comunidade missionária e nos faz crescer em fraternidade. Seguimos os passos do Beato Pedro Donders, grande missionário no Suri‐
name, cujo bicentenário de nascimento celebramos neste ano 2009. No Brasil há dois proces‐
sos de beatificação em andamento: o do Pe. Pelágio Sauter (da Província de Goiás) e do Pe. Vítor Coelho (da Província de São Paulo). A Igreja da América Latina nos convida a “reconsiderar profundamente e a reforçar com fide‐
lidade e audácia a missão nas novas circunstâncias” (Aparecida, 11). Estamos convencidos de que os Redentoristas temos todas as condições para enfrentar o desafio. As estruturas e os meios de evangelização de que dispomos e cujos serviços queremos melhorar (as equipes missionárias, a pastoral nos santuários, os centros missionários redentoristas, as paróquias, a 24 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral evangelização popular, o compromisso ativo e dinâmico dos Missionários Leigos Redentoris‐
tas, os programas de formação, etc.) hão de ser instrumentos eficazes para o anúncio do E‐
vangelho aos mais abandonados e aos mais pobres. Necessitamos viver com fidelidade e de‐
dicação a nossa vocação missionária e continuar a missão de Jesus Cristo o Redentor, especi‐
almente na kénosis (a entrega total) e na compaixão (a misericórdia, a sensibilidade e a solida‐
riedade ante o sofrimento humano). O texto original é o espanhol. 0015 – Região Ásia‐Oceania Relatório ao XXIV Capítulo Geral Situação da Região Estatística Ásia‐Oceania é uma grande e diversificada região do mundo – inclui países em volta do E‐
quador desde a Índia até as Filipinas e outros países que vão desde o Japão no norte até a Nova Zelândia no sul. A Região conta com 15 Unidades Redentoristas, num total de 1034 confrades (712 sacerdotes, 68 irmãos e 254 estudantes) em 117 casas. A maioria dessas U‐
nidades está crescendo em número. Apresentamos a seguir os dados pormenorizadamente: Unidade Sacerdotes Irmãos Estudantes Total Casas Situação Bangalore 119 1 32 152 25 Crescendo Bancoc 50* 4 23 74 8 Crescendo Canberra 65 10 5 80 7 Diminuindo Cebu 60** 6 11 77 9 Crescendo Colombo 9 1 4 14 3 Diminuindo Indonésia 62 1 48 111 8 Crescendo Ipoh 18 4 3 25 5 Crescendo Kagoshima 15 0 0 15 4 Diminuindo Coréia 13 1 5 19 2 Crescendo Liguori 50*** 0 37 87 9 Crescendo Manila 23 3 6 32 5 Crescendo Mumbai 30 2 7 39 6 Crescendo Nova Zelândia 8 3 0 11 3 Diminuindo Tóquio 17 1 2 20 4 Diminuindo Vietnã 175**** 31 71 278 19 Crescendo Total 714 68 254 1034 117 *Em Bancoc, há 50 ordenados (2 Bispos e 48 sacerdotes) **Em Cebu, há 60 ordenados (2 Bispos e 58 sacerdotes) ***Em Liguori, há 50 ordenados (1 Cardeal e 49 sacerdotes) ****No Vietnã há 175 ordenados (172 sacerdotes e 3 diáconos permanentes) Estruturas Regionais Atualmente, a Região se compõe de três Sub‐Regiões. Uma é formada por Tóquio, Kagoshi‐
ma e Coréia. A outra, por Bangalore, Colombo, Liguori e Mumbai. A outra, por Bancoc, Viet‐
nã, Manila, Cebu, Ipoh, Indonésia, Canberra e Nova Zelândia. 26 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral A Região tem um Comitê Ásia‐Oceania (ASIOC), no qual há um representante de cada Sub‐
Região e que se encontra anualmente. Algumas Sub‐Regiões promovem regularmente reu‐
niões dos Superiores das Unidades. Todos os Superiores das Unidades da Região encontraram‐se em Perth, Austrália, em 2006, junto com membros do Conselho geral, para a reunião da metade do sexênio. Os Superiores das Unidades da Região e mais dois confrades de cada Unidade reuniram‐se em Pattaya, Tailândia, em 2007, para um colóquio sobre a Missão Redentorista na Ásia‐Oceania. Os Superiores das Unidades da Região reuniram‐se em Cebu, Filipinas, em 2009, com mem‐
bros do Conselho geral, em preparação para o XXIV Capítulo Geral. A Região tem um Secretariado para os Irmãos, que trabalha em colaboração com o Secreta‐
riado Geral para os Irmãos. O encontro de Pattaya em 2007 formou três grupos de trabalho temporários. Um reuniu dados sobre as necessidades e os recursos das várias Unidades. Um outro investigou a pos‐
sibilidade de fundar um Instituto Regional para a Missão. O terceiro examinou a possibilida‐
de de estabelecer uma Comissão Regional para Justiça e Paz e a Integridade da Criação. Iniciativas Missionárias Comuns A missão na Coréia conta com confrades da Coréia, Cebu, Bancoc e Campo Grande. Na missão em Dalat (Leste da Malásia) participam confrades de Ipoh, Cebu e Indonésia. A missão na China tem a participação de confrades de Canberra e do Vietnã. Tornou‐se possível a assistência pastoral a uma comunidade Siro‐Malabar na Nova Zelândia graças à colaboração entre Nova Zelândia e Liguori. Está planejada uma nova missão para o Laos, Camboja e Myanmar envolvendo confrades de Bancoc, Vietnã, Ipoh e Cebu. Várias Unidades têm enviado confrades para trabalhar em outras Unidades: • Bangalore enviou confrades para Colombo e Quênia. • Liguori enviou confrades para trabalhar em Edmonton‐Toronto, Baltimore, Caribe, Copenhague e Colombo. • Mumbai enviou confrades para Colombo. • Bancoc tem uma missão na diocese de Fresno, San Francisco, EUA, para os membros das tribos Khmu e Lahu que imigraram para lá. Tem havido intercâmbio de confrades entre Bancoc e Nigéria. • Vietnã enviou confrades para servir em Canberra, Bancoc, Lyon‐Paris e Santana de Beaupré. Iniciativas Comuns na Formação Foi fundado em Lipa (Filipinas) um noviciado comum por um acordo entre Manila, Cebu, I‐
poh e Bancoc. Nos últimos anos, outras Unidades têm enviado candidatos a esse noviciado comum, inclusive Canberra e Nova Zelândia. O noviciado em Kotagiri (Província de Bangalo‐
re) às vezes recebe noviços do Sri Lanka. O Teologado Santo Afonso em Davao foi criado por iniciativa conjunta de Cebu, Manila, Ipoh e Bancoc. Indonésia e Vietnã também enviam estudantes. Canberra envia professores. O Teologado de Mount Saint Alphonsus de Bangalore recebe estudantes de Liguori e Mumbai. 0015 Região Ásia‐Oceania 27 Dificuldades Dificuldades referentes ao compromisso com os pobres abandonados Com a diminuição do número de membros em algumas Unidades, o nosso trabalho com os pobres se tem reduzido nessas Unidades. Certas comunidades idosas têm deixado vários apostolados. Às vezes pode ser muito difícil atingir os mais abandonados em áreas onde a cultura e as tradições são muito diferentes. Isto impede a disponibilidade de alguns Redentoristas, por‐
que lhes faltam as necessárias habilidades e não estão treinados ou não são aptos para al‐
guns apostolados desafiadores. As restrições governamentais quanto à concessão de vistos têm causado problemas para comunidades internacionais. Alguns governos não permitem a evangelização e mantêm um olhar vigilante sobre o trabalho redentorista. O nosso compromisso com os pobres é também dificultado por certa atitude de individua‐
lismo e pelo medo ou relutância em correr riscos. Dificuldades no campo da Formação As Unidades menores e mais pobres estão enfrentando dificuldades para encontrar forma‐
dores aptos e bem treinados. Estudantes em formação tiveram às vezes de sair por causa das exigências da língua inglesa para seus estudos, embora sob outros aspectos fossem bons candidatos. Em algumas Unidades, embora muitos candidatos queiram ser admitidos, as Unidades se vêem forçadas a restringir sua admissão por causa do baixo orçamento. Em alguns casos tem havido falta de programas de treinamento para preparar confrades para o seu ministério em outras culturas e uma falta de preparação para confrades indica‐
dos para formar comunidades internacionais. Dificuldades referentes à associação e colaboração com outras Unidades A falta de acordos escritos e de expectativas bem definidas tem impedido a colaboração pa‐
ra projetos comuns na Região. As diferenças de cultura e de tradição tornam difícil e lenta a colaboração entre as Unida‐
des. O processo de aprendizado pode levar muito tempo. Em alguns casos, os confrades não querem ser transferidos para outras Unidades por razões pessoais ou por causa de diferenças na formação e nas tradições. Aceitar apostolados em diferentes países pode ser penoso do ponto de vista financeiro. Dificuldades referentes à identidade redentorista A nossa identidade pode às vezes ficar prejudicada quando certos confrades preferem tra‐
balhar com as classes média e alta. É difícil identificar‐se com os pobres quando se hesita em aprender a linguagem dos marginalizados e das minorias. A opção pelos pobres é imperfeita quando os Redentoristas querem trabalhar com os pobres mas não viver com os pobres – quando eles não abrem mão de suas zonas confortáveis. 28 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral A tecnologia da informática, os meios de comunicação e novos estilos de comunicação nos desafiam a desenvolver a nossa identidade para além das velhas imagens que tínhamos de nós mesmos. Dinamismo Missionário Fatores que encorajam a missão/presença redentorista na Região Iniciativas comuns no campo da missão e da formação na Região da Ásia‐Oceania são fonte de encorajamento para nós. Um aumento do número de candidatos em muitas Unidades da Ásia é motivo de alegria. As Unidades com membros mais jovens podem agora ajudar as Unidades necessitadas e prepa‐
rar confrades para formar comunidades internacionais. O fato de que o nosso carisma em favor dos mais abandonados é ainda válido em nosso tem‐
po é uma fonte de grande encorajamento para nós. O nosso compromisso apostólico (por e‐
xemplo, pregando missões, animando paróquias, fazendo pastoral com os jovens ou envol‐
vendo‐nos em questões de justiça e paz) é visto como uma manifestação desse carisma. Objetivos missionários que revitalizariam a nossa presença na Região • Identificar os pobres de nosso tempo (por exemplo, os imigrantes) e comprometer‐nos novamente com o ministério entre os pobres como prioridade, não apenas cuidando de suas necessidades espirituais mas também ajudando‐os a tornar‐se socialmente e politicamente mais conscientes de seus direitos. • Com o auxílio de leigos, promover um vibrante apostolado com os jovens e o uso dos meios de comunicação. • Desenvolver um espírito colegial entre todas as Unidades da Região através de acor‐
dos de cooperação na formação e na missão, por exemplo, na pastoral dos santuá‐
rios redentoristas, no trabalho no setor da justiça e paz e nas questões de ecologia e no diálogo com as outras religiões. Sugestões da Região a respeito da reestruturação • Informar todos os confrades sobre as razões para a reestruturação, por meio de visi‐
tas a cada comunidade. • Elaborar programas especiais de formação para os confrades designados para ser membros de comunidades internacionais. • Procurar meios pelos quais as conferências sejam financeiramente viáveis. Outros Pontos • Alguns confrades em recentes reuniões da Região da Ásia‐Oceania enfatizaram o va‐
lor de um “tríplice diálogo” em nossa missão nessa Região – diálogo com os pobres, diálogo com as culturas e diálogo com as religiões. • Alguns confrades expressaram também uma preocupação com relação à função e ao futuro dos Irmãos em nossa Congregação. Em nossa Região, uma Unidade tem um grande número de Irmãos, mas outras Unidades têm apenas um pequeno número 0015 Região Ásia‐Oceania 29 de Irmãos, ou mesmo nenhum. O número de candidatos para Irmão tem sido muito pequeno nos últimos anos. • A colaboração com os leigos é muito desenvolvida em algumas Unidades da Região, mas não é tão desenvolvida em outras. O texto original é o inglês. 0016 – Região África e Madagascar Relatório ao XXIV Capítulo Geral Resumo estatístico O fato de não haver muitas Unidades na África, e dada a natureza desta apresentação, é bom inserir a estatística dentro do quadro seguinte para dar uma idéia da expansão da Congrega‐
ção na África, mas também da sua limitação em termos numéricos: Unidade Estudantes Estudantes Irmãos Irmãos Número de votos de votos de votos total de Casas Bispos Sacerdotes de votos perpétuos temporários perpétuos temporários confrades Zimbábue 3 6 1 4 2 3 16 Costa do Marfim 2 1 2 1 4 Moçambique 2 6 6 Gana 1 3 4 7 Angola 6 1 21 1 3 1 27 Quênia 2 9 2 3 14 África do Sul 6 1 19 1 3 1 1 26 Burkina‐Níger 9 1 32 6 10 3 52 Nigéria 14 48 13 52 2 2 117 Matadi DRC 12 36 8 1 2 47 Madagascar 6 27 1 6 2 1 37 Totais Unidades Bispos Sacerdotes Estudantes clérigos de votos perpétuos Estudantes clérigos de votos temporários Irmãos de votos perpétuos Irmãos de votos temporários 11 3 208 27 94 12 9 Número total de Redentoristas na África 353 (Note‐se que a Nigéria constitui cerca de um terço do número total dos confrades na África, que põe os outros números em perspectiva.) Contexto Na África e Madagascar a fragilidade das fundações estabelecidas e também das novas é notá‐
vel. Isto se deve em não pequena parte às condições sociais, econômicas e políticas deste vasto continente: extrema pobreza, guerra, doenças mortais (AIDS, malária e tuberculose), e o deslo‐
camento e migração de povos, com milhões de refugiados atravessando de um país para o ou‐
0016 Região África e Madagascar 31 tro. Somente neste ano, Madagascar, a República Democrática do Congo e Zimbábue (entre outros) experimentaram agitação civil e violentas lutas pelo poder. Há também o obstáculo das enormes distâncias e do altíssimo preço das viagens na África. Por exemplo, o único modo de ir de Angola a Burkina Faso (ambos na África Ocidental) é via Etiópia (África Oriental). Outros fa‐
tores são a diversidade de culturas e línguas dentro do continente e a crescente difusão do Islã. Neste contexto desafiador, a pequenez e a vulnerabilidade da Congregação na África e Mada‐
gascar são intensamente sentidas, com muitas fundações que são recentes e que lutam com escassez de pessoal e limitados recursos financeiros. Entretanto, a despeito das dificuldades, existem sinais de crescimento e de esperança. O número de membros da Congregação está lentamente crescendo em algumas Unidades (com perdas, porém, em outras), e o perfil pes‐
soal está mudando de um grupo estrangeiro para um nativo. Estruturas Atuais Tradicionalmente a Congregação na África e Madagascar tem se organizado em torno de três grupos lingüísticos europeus correspondentes à história colonial: francês, português e inglês. No entanto, por conveniência, geralmente trabalhamos com duas sub‐regiões: de língua in‐
glesa e de língua francesa. Em quase todos os casos, com exceção da Nigéria, as vocações nas várias Unidades têm sido muito poucas. Contando com poucos recursos humanos, os progra‐
mas de formação têm sido estabelecidos na maioria dos países onde os Redentoristas estão presentes. A necessidade que por isso se sente de somar recursos e colaborar na formação tornou‐se a principal motivação para examinar as estruturas redentoristas existentes na África e Madagascar e caminhar para novas configurações. Iniciativas comuns na Formação Língua inglesa Dentro da sub‐região de língua inglesa, a Nigéria, com seu influxo de vocações, tem um pro‐
grama de formação completo por sua própria conta, embora no passado isso incluía enviar estudantes para a África do Sul para experiência pastoral. As outras Unidades de língua inglesa (Quênia, África do Sul e Zimbábue) têm colaborado para estabelecer um noviciado comum. Porém, essas Unidades conservam seus estudantes para a formação teológica no próprio país. A idéia de somar recursos para uma formação teológica comum situada num desses países está ainda em fase de discussão. Língua francesa Na sub‐região de língua francesa existe um noviciado comum em Fada N’Gourma, Burkina Fa‐
so, que no passado recebia noviços da República Democrática do Congo (RDC), Burkina‐Níger e Madagascar. Somente RDC e Burkina‐Níger têm noviços este ano e, a partir de setembro de 2009, há esperança de que Angola também entre. A formação teológica realiza‐se em dois centros: (1) Kinshasa (RDC) onde estudam os de Angola, e (2) Ouagadougou (Burkina Faso) onde estudam os de Burkina‐Níger e Costa do Marfim. Dentro da sub‐região de língua francesa, os formadores de Angola e Burkina‐Níger vivem e trabalham em Kinshasa, e um formador de Kinshasa vai para Burkina Faso fazer parte da e‐
quipe de formação do noviciado. Projetos ainda a serem executados são a redação de uma Ratio Formationis comum, estatutos e contratos entre as Unidades. Espera‐se que as novas estruturas para a Congregação na África ajudem a facilitar isto. 32 Relatórios Regionais – XXIV Capítulo Geral Formação: um comentário geral Ambas as sub‐regiões respectivamente, durante as reuniões em Ibadan (2006) e Johannes‐
burg (2009), levantaram alguns desafios. Às vezes há preocupação sobre a qualidade da for‐
mação acadêmica, e a necessidade de formação suplementar em história redentorista, espiri‐
tualidade e identidade. (Uma preparação em comum para os votos perpétuos é uma possível solução.) Há também questões sobre excessivo apego de candidatos às tradições ancestrais, tribalismo e dificuldades de inculturação e inserção nos diferentes meios sociais. Evolução Recente – uma ‘Rede’ para a África e Madagascar Encorajada por uma nova cultura de reestruturação na Congregação, foi feita uma reunião em Ibadan, Nigéria, em 2006, na qual participaram não apenas todos os superiores maiores das Unidades da África e Madagascar, mas também uma rede de todas as outras Unidades que têm um interesse ou compromisso na África e Madagascar. O Superior General, Pe. Tobin, comenta isto na sua carta de fevereiro de 2007 a todos os Redentoristas da África: Os participantes [desta reunião] estavam cônscios da necessidade de encontrar uma nova estrutura para a missão da Congregação na África…. Particular interesse foi ex‐
presso pelos modelos de conferência e rede. Uma conferência oferece as vantagens de uma estrutura que estimularia uma cooperação mais intensa entre os Redentoris‐
tas da África e providencia algum modo regional de tomar decisões, ao passo que a rede que incluísse as Unidades africanas e suas Províncias‐mães e também outras U‐
nidades da Congregação interessadas poderia canalizar mais efetivamente a nossa so‐
lidariedade e ajudar a promover uma cooperação ainda maior entre os confrades. A reunião de Ibadan passou a estabelecer algumas estruturas que constituem um esforço inicial na África para cooperar já dentro de uma estrutura regional mais ampla (o que ainda não pode ser chamado de ‘Conferência’) conforme imaginada pela Comissão para a Reestruturação. Esta estrutura para a África e Madagascar é composta de todos os Redentoristas da região geográfi‐
ca conforme representados por seus superiores maiores e outros representantes eleitos. Seu princípio diretor é promover a mentalidade de sempre buscar um caminho comum à frente. A estrutura permite decisões a respeito de ação conjunta em assuntos de formação, missão e fi‐
nanças. Isto, naturalmente, acarreta a constituição de um corpo executivo ou equipe dirigente. Estabelecimento da Comissão para a África e Madagascar Como equipe dirigente e corpo coordenador, a “Comissão para a África e Madagascar” foi es‐
tabelecida, com cinco membros: o Conselheiro Geral para a África, os coordenadores dos gru‐
pos de língua inglesa e francesa e dois representantes nomeados pelo Conselho Geral. A Co‐
missão presta contas tanto ao Conselho Geral como à estrutura regional dos Redentoristas da África e Madagascar. A Comissão reuniu‐se pela primeira vez em abril de 2007 e tomou algu‐
mas decisões com respeito à formação (noviciados na África, preparação em comum para os votos perpétuos, etc.) Também começou a trabalhar na composição de estatutos para a ‘Con‐
ferência’ dos Redentoristas na África e Madagascar. Estabelecimento de um Fundo para a África e Madagascar Faz parte dos esforços de colaboração na África e Madagascar a necessidade de um fundo co‐
mum, para subsidiar despesas com viagens, etc., mas principalmente para apoiar iniciativas comuns na formação inicial e contínua e – coisa muito importante – as iniciativas missionárias conjuntas. A questão de um fundo para a África e Madagascar foi discutida no passado em re‐
0016 Região África e Madagascar 33 uniões sub‐regionais, pela Comissão para a África e Madagascar, e pela ‘rede’ para a África e Madagascar que se reuniu em Ibadan, Nigéria. Subseqüentemente, mais que a metade de um dia foi dedicada à apresentação e discussão de um “Fundo de Desenvolvimento Missionário Redentorista para a África e Madagascar” durante a reunião regional pré‐capitular realizada na África do Sul em janeiro de 2009. Iniciativas comuns na Missão Há necessidade de revitalizar a missão redentorista neste continente, em linha com o primei‐
ro princípio da reestruturação. A exploração de novas iniciativas pastorais conjuntas vai dar um novo impulso ao enfoque corrente sobre a formação como a principal área de colabora‐
ção. A formação é para a missão, assim esforços missionários em comum devem inspirar a formação em comum. Um pequeno começo aconteceu na África do Sul, país que tem atraído milhões de migrantes de outros estados africanos, sobretudo da Nigéria, Zimbábue, Congo, Moçambique, Malawi e Zâmbia. Três confrades nigerianos foram a Johannesburg em 2008 para pregar uma missão aos imigrantes. Fomos convidados por bispos da África do Sul para planejar missões populares que incluam confrades da maioria dos países acima mencionados, formando uma equipe missionária africana internacional. Porém, em geral, os desafios à nossa missão parecem insuperáveis. A África é um continente pobre e a proximidade aos pobres abandonados é o pão de cada dia dos Redentoristas. Con‐
tudo, a despeito dos obstáculos, buscamos maneiras de responder juntos como Redentoristas ao fenômeno dos refugiados e migrantes, às aspirações dos jovens, à colaboração na missão com os leigos e à realidade do crescimento do Islã neste continente. Conclusão Talvez um modo de descrever a Congregação na África e Madagascar seria em termos de “so‐
lidariedade na vulnerabilidade – solidariedade na missão”. O contexto e a situação resumidas acima certamente demonstram a nossa vulnerabilidade. Externamente, há grandes dificulda‐
des a enfrentar, como ficou dito. Internamente, a nossa presença e contribuição são realmen‐
te muito pequenas. Outro aspecto de nossa problemática ‘interna’ é o que pode ser chamado de excessivo ‘provin‐
cialismo’ e descentralização dentro da Congregação. Simplesmente não estamos acostumados à colaboração entre as Unidades e, em alguns casos, temos de vencer a dependência em rela‐
ção às Províncias‐mães ou o apego a elas. Mas mesmo dentro dessa vulnerabilidade, tem havido fraternas expressões de solidariedade, sobretudo numa visão de uma ‘rede’ mais ampla para a África e Madagascar. Tudo isso con‐
tribui para uma nova possibilidade de solidariedade na missão, em iniciativas comuns na for‐
mação e no apostolado. A constituição de um fundo para a África e Madagascar vai fomentar a comunicação e criar laços mais fortes entre os confrades desta Região. Esperamos que isto leve a um novo florescer da missão da Copiosa Redenção neste vasto continente que tanto deseja a Boa Nova. O texto original é o inglês. 

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