CRONOGRAMA DE AULAS DA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA E
Transcrição
CRONOGRAMA DE AULAS DA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA E
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE MEDICINA – DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA DISCIPLINA: MED7021 – SAÚDE DO ADULTO V NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA CRONOGRAMA DE AULAS DA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA – 2012 / 2º SEMESTRE 1. JUSTIFICATIVA: O sistema nervoso é o principal regulador de todas as funções do nosso corpo, exercendo controle sobre todas as atividades: pensamento, planejamento, emoções, comunicação, funções vegetativas... De acordo com o Atlas da OMS, 2004, a cefaléia é o sintoma neurológico mais freqüente na atenção primária de saúde, seguida por epilepsias e doenças vasculares cerebrais; no entanto, a carga horária dedicada à Neurologia durante a graduação e mesmo durante a residência médica é desproporcionadamente baixa. Apesar destas dificuldades, nossa meta é lhes ensinar Neurologia de qualidade e em linguagem clara. Em outras palavras, oferecer informações básicas para um raciocínio lógico que lhes permita identificar e tratar pessoas sofredoras de transtornos neurológicos comuns em nossa Sociedade. Finalmente, gostaríamos de salientar que o conhecimento ofertado é essencial para uma boa prática médica, e de qualquer profissional, não importando qual seja sua especialidade. 2. ESTRATÉGIA DE ENSINO: A elaboração de um diagnóstico diferencial, a escolha dos exames complementares e a interpretação dos resultados são habilidades fundamentais para todos os médicos. No ensino de Neurologia, far-se-á uma abordagem prática e informativa do processo diagnóstico, onde casos de pacientes reais serão integrados e o método científico, sempre que possível, será trazido à cabeceira do leito. O processo mais difícil na formação de um médico é ensiná-lo a pensar de maneira simples e objetiva, aumentando sua acurácia diagnóstica. Por isso, as aulas versarão sobre uma queixa comum em Neurologia, geralmente começando com o relato de um caso, e uma explicação da maneira de conceber o diagnóstico mais apropriado. À medida que o caso progride, o raciocínio clínico é articulado e algoritmos diagnósticos serão apresentados. O diagnóstico diferencial é resumido em quadros que delineiam os indícios clínicos e incorporam os exames importantes para a hipótese diagnóstica principal e as hipóteses alternativas mais importantes. As enfermidades pertinentes serão revisadas. Como acontece na vida real, o caso será esclarecido por etapas à medida que os exames vão sendo realizados e os diagnósticos confirmados ou refutados. Os alunos serão estimulados a participarem ativamente por meio de questões que direcionam a investigação diagnóstica. Por fim, aspectos terapêuticos serão apresentados e, além disso, considerações preventivas, quando pertinentes, serão igualmente discutidas. 3. SISTEMA DE AVALIAÇÃO: Duas avaliações escritas e individuais, conforme cronograma do semestre. Adicionalmente, um relato de caso (caso clínico) de paciente das enfermarias do HU-UFSC, elaborado individualmente, bem como discussão do caso após pesquisa de literatura médica pertinente, deverá ser entregue ao final do semestre, conforme cronograma. A média será obtida através do cálculo de média aritmética comum de duas avaliações escritas (todas as avaliações possuem peso 1,0) e um relato de caso (peso 1,0) e será considerado aprovado o aluno que obtiver média igual e ou superior a 6,0 (seis) e uma freqüência equivalente ou acima de 75%. O aluno que não alcançar esta média será reprovado. De acordo com § 2º. do artigo 70, da RESOLUÇÃO Nº 17/CUn/97, de 30 de Setembro de 1997 que dispõe sobre o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFSC: “§ 2o - O aluno com freqüência suficiente (FS) e média das notas de avaliações do semestre entre 3,0 (três) e 5,5 (cinco vírgula cinco) terá direito a uma nova avaliação no final do semestre, exceto nas disciplinas que envolvam Estágio Curricular, Prática de Ensino e Trabalho de Conclusão do Curso ou equivalente, ou disciplinas de caráter prático que envolvam atividades de laboratório ou clínica definidas pelo Departamento e homologados pelo Colegiado de Curso, para as quais a possibilidade de nova avaliação ficará a critério do respectivo Colegiado do Curso reprovado. 4. CRONOGRAMA: Data 06/09/2012 QUINTA Hora 10:1011:50 13/09/2012 QUINTA 20/09/2012 QUINTA 27/09/2012 QUINTA 04/10/2012 QUINTA 11/10/2012 QUINTA 18/10/2012 QUINTA 25/10/2012 QUINTA 30/10/2012 TERÇA 30/10/2012 TERÇA 01/11/2012 QUINTA 06/11/2012 TERÇA 06/11/2012 TERÇA 08/11/2012 QUINTA 15/11/2012 QUINTA 22/11/2012 QUINTA 27/11/2012 TERÇA 27/11/2012 TERÇA 29/11/2012 QUINTA 04/12/2012 TERÇA 04/12/2012 TERÇA 06/12/2012 QUINTA 11/12/2012 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 07:3010:00 10:1011:50 10:1011:50 07:3010:00 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 07:3010:00 10:1011:50 10:1011:50 07:3010:00 10:1011:50 10:1011:50 07:30- Conteúdo Apresentação da disciplina. Princípios fundamentais do raciocínio clínico em neurologia: diagnóstico sindrômico, topográfico e etiológico. Semiologia neurológica: A história clínica e o exame neurológico. Professor Dr. Paulo Dra. Katia SACI - CALIMED Doença de Parkinson: diagnóstico e tratamento. Dr. Paulo Doença vascular encefálica isquêmica. Dra. Katia Cefaléias primárias e secundárias. Ataxias hereditárias e adquiridas. Dr. Luiz Paulo Dr. Ylmar Síndromes demenciais. Dr. Ylmar Patologias vasculares do SNC. Dr. Jorge Aula Prática 1. Todos Epilepsias: diagnóstico e tratamento. Neurocisticercose. Hipertensão intracraniana e distúrbios da dinâmica do LCR. Dr. Paulo Aula Prática 2. Distrofias musculares, neuromuscular. FERIADO miopatias e doenças da junção Dr. Marcelo Linhares Todos Dr. Ylmar Avaliação I. Dr. Paulo Neoplasias do SNC. Dr. Antônio Aula Prática 3. Todos Doenças do Neurônio Motor. Doenças Desmielinizantes do SNC. Tratamento neurocirúrgico de transtornos neurológicos crônicos. Dr. Paulo Aula Prática 4. Dr. Marcelo Linhares Todos Neuropatias periféricas. Dr. Ylmar Doenças da coluna vertebral. Dr. Daniel TERÇA 11/12/2012 TERÇA 13/12/2012 QUINTA 18/12/2012 TERÇA 20/12/2012 QUINTA 5. 10:00 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 10:1011:50 Aula Prática 5. Entrega do Relatório Clínico. Todos Neurotoxicologia. Dr. Paulo Avaliação II. Dr. Paulo Avaliação de recuperação. Dr. Paulo LOCAL DAS AULAS: Horário 07:30-08:20h. 08:20-09:10h. 09:10-10:00h. 10:10-11:00h. 11:00-11:50h. Segunda S. 13/FMC S. 13/FMC S. 13/FMC Prática SM/HU Prática SM/HU Terça Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Quarta CLC CLC CLC CCS 907 CCS 907 Quinta Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Aud. TOCE Sexta CCS 914 CCS 914 CCS 914 CCS 907 CCS 907 * Ponto de encontro para aulas práticas: Em frente ao Departamento de Clínica Médica do HU/UFSC, onde os alunos serão divididos em 6 grupos menores e terão um professor de aula prática responsável por cada grupo: Dra. Katia, Dr. Paulo, Dr. Jorge, Dr. Charles, Dr. Wuilker, Monitor. 6. PROFESSORES PARTICIPANTES: Professores da disciplina Profa. Katia Lin Prof. Marcelo Linhares Prof. Paulo Bittencourt Prof. Ylmar Corrêa Neto Professores colaboradores: Dr. Antônio Mussi Dr. Charles Kondageski Dr. Daniel Sousa Dr. Jorge Moritz Dra. Louise Lapagesse Dra. Lucia Sukys-Claudino Dr. Luiz Paulo de Queiróz Dr. Marcelo Tournier Dra. Patrícia Khan Dr. Rafael Martins Ferreira Dr. Rinaldo Claudino UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA SAÚDE DO ADULTO V – MED 7021 NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA AVALIAÇÃO Serão avaliados os aspectos cognitivos (2) e procedimentais (1) de acordo com seus respectivos pesos abaixo: Aspecto Item Cognitivo Procedimental 1. Peso Prova escrita I 1,0 Prova escrita II 1,0 Relatório de anamnese, exame físico e correlação clínico-semiológica 1,0 A freqüência será computada de forma separada com relação às atividades teórica e prática, ficando a aprovação condicionada ao cumprimento de freqüência mínima exigida pela Instituição (75%). 2. Nas aulas teóricas, solicita-se postura individual condizente com as boas maneiras: não será permitido o consumo de alimentos (inclusive chicletes, pirulitos, etc.) e/ou bebidas durante as aulas, bem como uso de telefone celular, conversas paralelas e a permanência de pés sobre cadeiras. 3. Não será permitida a participação de alunos nas aulas práticas sem o uso de jaleco ou roupa branca. Também não será permitido o uso de bermudas, saias exageradamente curtas, decotes pronunciados, cabelos longos soltos, calçados abertos e uso excessivo de jóias e outros aparatos em profusão. A não observação a tais recomendações resultará em advertência. 4. O Relatório será individual. Deve ser escrito manualmente e constar OBRIGATORIAMENTE o registro e leito do paciente no HU, a data da realização da entrevista. O trabalho deverá ser entregue em data marcada no cronograma, impreterivelmente, em mãos, ao professor. a. Após relatar a anamnese e exame físico do paciente, a análise do sinal/sintoma observado deve seguir o roteiro com os seguintes itens: • Definição de sinal/sintoma; • Semiotécnica para observação e avaliação; • Mecanismo fisiopatológico subjacente; • Diagnóstico sindrômico, topográfico e etiológico; • Comentários (se necessário); e • Referências bibliográficas segundo (http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html) o estilo de Vancouver BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: LIVROS-TEXTO: 1. DeJong’s The Neurological Examination. Edited by William Campbell, 671 pp., illus., Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2005. 2. Brain’s diseases of the Nervous System, 11 th Edition Edited by Michael Donaghy, Oxford: Oxford University Press, 2001. 3. Neurological Differential Diagnosis. Edited by John P. Patten, 2nd Ed, Springer, 2002. 4. Adams and Victor's Principles of Neurology Edited by Ropper, Allan H.; Brown, Robert J. McGraw Hill, 2005. 5. Occupational and Environmental Neurotoxicology. Edited by Feldman RG, Lippincott Williams & Wilkins, 1999. 6. Experimental and Clinical Neurotoxicology. Edited by Spencer, PS; Schaumburg, HH; Ludolph, AC. 2nd ed. New York: Oxford University Press, 2000. 7. Neuroanatomy through clinical cases, de Hal Blumenfeld, Ed. Sinauer, 2002. 8. Neurology in Clinical Practice (2 vol. set) Edited by Walter Bradley, Robert Daroff, Gerald Fenichel, Joseph Jankovic. Butterworth-Heinemann; 5 th Edition, 2008. 9. Cefaléias. Editado por José Geraldo Speciali e Wilson Farias da Silva. São Paulo: Lemos Editorial, 2002. 10. A prática da neurociência: das sinapses aos sintomas. John c. M. Brust. 289 páginas. Rio de janeiro, Rechmann & Affonso Editores, 2000. 11. Medicina de Reabilitação. Sergio Lianza. 463 págs. Editora Guanabara, 2001. 12. Nitrini R, Bacheschi LA. A neurologia que todo médico deve saber. 2ª Ed. Atheneu, São Paulo, 2003. ESCRITORES PARA ALIMENTAR O CÉREBRO: 1. Antônio Damásio 2. Deepak Chopra 3. Fiódor Mikhailovich Dostoiévski 4. Joaquim Maria Machado de Assis 5. Jorge Luis Borges 6. José Saramago 7. Gabriel Garcia Marquez 8. Mário Vargas Llosa 9. Noam Chomsky 10. Oliver Sachs 11. Márcia Angell – A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos 12. Eric R. Kandel – Em busca da memória 13. David Servan-Schreiber – Anticâncer & David Servan-Schreiber – Curar 14. Vilayanur S. Ramachandran – Fantasmas no cérebro PAGINAS ELETRÔNICAS RECOMENDADAS: www.neurologia.ufsc.br http://brain.oxfordjournals.org www.psiqweb.med.br http://www.abneuro.org http://emedicine.medscape.com/neurology http://emedicine.medscape.com/rehabilitation http://www.isprm.org www.neuroguide.com/ www.medscape.com/neurology www.neurologychannel.com/ www.mic.ki.se/Diseases/C10.html www.neuro.wustl.edu/neuromuscular/ www.ilae-epilepsy.org/ www.wemove.org/ www.i-h-s.org http://www.stoppain.org/ www.sosmatatlantica.org.br http://litmed.med.nyu.edu/Annotation?catid=3&action=listcat OBS: Os dois últimos endereços são as únicas páginas não neurológicas; porém, é impossível lograrmos Saúde, não importando sua adjetivação, sem preservação da Natureza. A última, para que busquem um bom filme relacionado à nossa profissão. Com certeza, estórias bem narradas, muitas vezes, é a maneira mais eficaz de ensinar e aprender sobre ética, cada vez mais distorcida entre nós. Making the simple complicated is commonplace; making the complicated simple, awesomely simple, that's creativity (Charles Mingus, 22/04/1922 – 05/01/1979).