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CROPBIOTECH UPDATE Abril de 2013 NOTÍCIAS Mundiais CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DISCUTE ADOÇÃO DE VARIEDADES TRANSGÊNICAS NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO Uma conferência internacional apresentando as descobertas chaves de um projeto de pesquisa chamado de Adoption and Uptake Pathways ofGM/Biotech Crops by Smallscale, Resource-poor Asian Farmers in China, India,and the Philippines (Caminhos da Adoção e do Consumo de Variedades Transgênicas por pequenos Produtores Agrícolas Asiáticos com Parcos Recursos na China, Índia e Filipinas) e suas implicações na adoção de transgênicos, particularmente nos países em desenvolvimento foi realizada no Hyatt Hotel em Manila, nas Filipinas em 2 e 3 de abril de 2013. A referida conferência foi coorganizada pela John Templeton Foundation, Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA), Southeast Asian Regional Center for Graduate Study and Research in Agriculture (SEARCA), National Academy of Science and Technology (NAST Filipinas) e o Agricultural Biotechnology Support Project II (ABSPII). Durante a abertura, o Dr. Randy Hautea, Diretor do ISAAA Sudeste Asiático, apresentou o status global da adoção pelos produtores rurais das variedades transgênicas. O Dr. Frank Shotkoski, Diretor do ABSP II, discutiu o panorama geral do desenvolvimento de produtos derivados da biotecnologia no setor público. Pesquisadores chaves de cada um dos três países, a saber: Dr. Xiaobing Wang e Dr. Cheng Xiang da China; Dr. Cleofe Torres das Filipinas; e Dr. Charudata Mayee e Dr. Ashok Dhawan da Índia, juntos com alguns produtores previamente selecionados de variedades transgênicas discutiram os destaques dos resultados da pesquisa e compartilharam as suas experiências no plantio de milho transgênico (nas Filipinas) e algodão Bt (na China e na Índia). Nos três países, os representantes de companhias de sementes, colegas agricultores e funcionários do governo ligados à agricultura desempenharam papeis expressivos na adoção de transgênicos pelos produtores rurais. Produtores rurais progressistas de três países também compartilharam suas experiências no plantio de transgênicos. Os pesquisadores discutiram a dinâmica da adoção de transgênicos na China, Índia e nas Filipinas identificando os adotantes da tecnologia, os fatores chaves que influenciaram sua adoção e as mudanças significativas decorrentes do cultivo de transgênicos nas vidas dos agricultores. Após a apresentação dos destaques da pesquisa, o Dr. Javier Verástegui, Membro do Conselho Executivo da PeruBiotech Association, e a Dra. Margaret Karembu, Diretora do AfriCenter do ISAAA no Quênia, serviram como mediadores para validar a experiência asiática e oferecer novas visões sobre a perspectiva de outras regiões em desenvolvimento. Uma mesa redonda suscitou recomendações de políticas que visem melhorar a adoção de transgênicos nos países em desenvolvimento. Entre os participantes da conferência estavam os colaboradores na arena agrícola representados por fazedores de políticas, cientistas e pesquisadores, profissionais da mídia, extensionistas e produtores rurais de países em desenvolvimento. Para mais informações sobre a conferência, envie um email para [email protected]. REUNIÃO DOS CENTROS DE DADOS SOBRE TRANSGÊNICOS DE 2013 A Reunião Anual dos Centros de Dados (os BICs, sigla em inglês) sobre Transgênicos do ISAAA foi realizada de 4 a 5 de abril de 2013 em Le Soleil de Boracay, Aklan, nas Filipinas. O Dr. Randy Hautea, Coordenador Global do ISAAA, fez o discurso de abertura ao grupo, enfatizando os últimos avanços na rede e os desafios a serem tratados este ano. O Dr. C.D. Mayee, Membro do Conselho do ISAAA, deu a tônica da reunião discutindo os avanços nas variedades transgênicas que precisam ser acompanhados paralelamente por estratégias mais fortes de comunicação a serem iniciadas pelo ISAAA e os seus BICs. Representantes de 15 países participantes da Ásia, África e América Latina apresentaram as iniciativas de troca de conhecimento e as estratégias de comunicação científica que eles implantaram no último ano para promover uma maior compreensão da biotecnologia nos seus respectivos países. O grupo discutiu da mesma forma as maneiras de melhorar o alcance do ISAAA e seus BICs nos seus próprios países. A rede de BICs do ISAAA e o seu Centro de Conhecimento Global sobre Biotecnologia Agrícola desenvolvem modalidades de comunicação, busca de parcerias e implantação de programas baseados em necessidades para promover a comunicação sobre a biotecnologia. Os esforços conjuntos pavimentaram o caminho para um ambiente positivo que encoraja um debate transparente e consenso sobre a biotecnologia agrícola. Para mais informações, envie um email para [email protected]. SEQUENCIAMENTO DO GENOMA DA LARANJA DOCE POR EQUIPE INTERNACIONAL Uma equipe internacional de cientistas da China e de Singapura sequenciou o genoma da laranja doce (Citrus sinensis). Os cientistas da Agência de Singapura para Ciências, Tecnologia e Pesquisas (A*STAR), Instituto de Genômica de Singapura (GIS, sigla em inglês), e a Universidade chinesa de Agronomia de Huazhong e seus colegas compararam o genoma da laranja doce com o pomelo (C. grandis) e a tangerina (C. reticulata) usando repetições de sequências simples e marcadores de polimorfismos de nucleotídeos únicos. A equipe descobriu que um quarto dos marcadores da laranja doce correspondia aos do pomelo e três aos da tangerina. O grupo de pesquisa também estudou os dados da sequência para entender a produção da vitamina C, uma das características mais importantes da cultura. Eles procuraram por genes que fossem semelhantes ao GalUR, que produz uma enzima chave nas reações químicas para a produção de vitamina C e descobriram 18 cópias que são altamente expressas nas frutas da laranja. A disponibilidade do genoma da laranja doce irá agora facilitar o estudo de outras características importantes, inclusive a resistência a doenças, sabor, teor de açúcar e cor da fruta. Xiaoan Ruan do GIS disse que: As descobertas nos oferecem novas ferramentas e abordagens para o melhoramento vegetal futuro usando modificação ou engenharia genética para a obtenção de uma alta produção de vitamina C. A equipe apresentou os resultados do seu estudo na revista científica Nature Genetics. O trabalho pode ser acessado em http://www.nature.com/ng/journal/v45/n1/full/ng.2472.html (doi:10.1038/ng.2472). CIENTISTAS SEQUENCIAM O GENOMA DO ARROZ VIETNAMITA Os cientistas do Genome Analysis Centre (TGAC), o John Innes Centre (JIC) na Noruega e no Reino Unido e o Instituto de Genética Agrícola (AGI) em Hanói, no Vietnã completaram o sequenciamento do genoma de 36 variedades de arroz vietnamita selecionadas. Ele será usado em pesquisas genéticas e de melhoramento diferentes, inclusive para identificar as funções dos genes e desenvolver marcadores moleculares. O diretor do AGI Le Huy Ham acrescentou que o genoma totalmente sequenciado das 36 variedades selecionadas de arroz do Vietnã será usado por grupos de melhoramento diferentes para desenvolver variedades altamente produtivas, de alta qualidade que são resistentes a múltiplos fatores bióticos e abióticos. A conclusão deste projeto de colaboração foi marcada por um evento especial patrocinado pelo AGI com a presença de autoridades do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã (MARD), Ministério de Ciência e Tecnologia (MOST) e representantes do TGAC. Confira a nota à imprensa do TGAC em http://www.tgac.ac.uk/news/48/68/Firstsequenced-Vietnamese-rice-genomes/. BENEFÍCIOS ECONÔMICOS GLOBAIS DAS VARIEDADES TRANSGÊNICAS CHEGAM A QUASE $100 BILHÕES Em um comunicado à imprensa da PG Economics, foi divulgado que as variedades transgênicas no seu décimo-sexto ano de comercialização possibilitaram benefícios de renda agrícola aos produtores rurais em um nível sem precedentes e forneceram consideráveis benefícios ambientais aos países que estão plantando variedades transgênicas. Perto de $100 bilhões em renda agrícola global foram alcançados durante o período de 16 anos devido a ganhos de rendimento decorrentes de uma menor pressão por pragas e doenças e do melhoramento genético e do menor custo de produção. "No caso dos produtores rurais que tiveram a escolha de plantar variedades geneticamente modificadas, os níveis de adoção têm sido tipicamente rápidos. Por quê? Os produtores rurais percebem que os benefícios econômicos são evidentes e chegaram a uma média de acima de $130/hectare em 2011", disse Graham Brookes, diretor da PG Economics e coautor do relatório. "A maioria destes benefícios continua a crescentemente ir para os produtores rurais em países em desenvolvimento. O meio ambiente também está se beneficiando à medida que os produtores rurais adotam crescentemente práticas de plantio conservacionista, constroem suas práticas de gestão de plantas daninhas ao redor de herbicidas mais benignos e substituem o uso de inseticidas por variedades GM com resistência a insetos. A redução na aplicação de pesticidas e a mudança para um sistema de plantio direto estão continuando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa decorrentes de atividades agrícolas". O comunicado à imprensa e o relatório completo pode ser visto em http://www.pgeconomics.co.uk/page/35/. PAÍSES EXPORTADORES ENFATIZAM A NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DENTRO DE PRAZOS ESTABELECIDOS COM BASE CIENTÍFICA DAS VARIEDADES TRANSGÊNICAS Uma declaração em conjunto de seis países exportadores, a Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Paraguai e os Estados Unidos, publicada este mês, enfatiza a necessidade da regulamentação das variedades transgênicas ter "base científica, ser transparente, dentro de prazos estabelecidos, não sendo mais restritiva ao comércio do que necessário para cumprir com objetivos legítimos e consistentes com as obrigações internacionais relevantes”. Os seis países se comprometem em colaborar para: promover a aplicação de abordagens reguladoras com base científica, transparentes e previsíveis que promovam a inovação e garantam um abastecimento mundial seguro e confiável de alimentos, inclusive o cultivo e uso de produtos agrícolas derivados de tecnologias inovadoras e empenhar seus esforços no trabalho em conjunto, promovendo o sincronismo das aprovações pelos órgãos reguladores, particularmente para alimentos humanos e animas e fins de processamento. A declaração está disponível em http://www.fas.usda.gov/itp/biotech/LM%20statement%20on%20innovative%20ag%20%20GE%20crops%20-%20Final%20April%202013%20endorsements.pdf. África BURKINA FASO RECEBE US$1,2 BILHÕES DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO TRANSGÊNICO A Burkina Faso obteve mais do que US$1 bilhão da venda de algodão em 2012. Segundo um levantamento feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), as exportações da Burkina Faso triplicaram ao longo da última década. O Index Mundi, que monitora os preços das commodities, divulgou que a produção de algodão na Burkina Faso havia sofrido uma queda de quase 50% antes do algodão transgênico ser comercializado. Quando o algodão Bt foi plantado em 2008, a produção aumentou significativamente. A produção de algodão no país aumentou em 57,5 por cento em 2012, conforme dados divulgados pelo Sindicato Nacional de Burkina dos Produtores de Algodão (UNPCB, sigla em inglês). Em 2012, a Burkina Faso foi a 14a maior produtora de variedades transgênicas globalmente e um dos três países africanos a plantar transgênicos. Leia o artigo original em http://visitor.benchmarkemail.com/c/v?e=2962D0&c=36B72&l=2D7D. LINHAGENS DE MILHO COM MATURAÇÃO PRECOCE PORTADORAS DE TOLERÂNCIA A SECA PODEM SALVAR PRODUTORES RURAIS AFRICANOS Os pesquisadores têm conseguido identificar quais as linhagens ancestrais do milho e híbridos que contêm altos níveis de tolerância à seca dentre os genótipos do milho com maturação precoce e extra-precoce desenvolvidos por e conservados no Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA). Esta identificação bem sucedida também que levou à disponibilidade e à possibilidade de desenvolvimento sustentável de variedades mais resilientes de milho com a dupla características de conseguir escapar das e tolerar as secas em um futuro próximo. Fazendo a apresentação sobre o assunto “Genetic Analysis and Molecular Characterization of Early Maturing Maize Inbred Lines for Drought Tolerance” (Análise Genética e Caracterização Molecular das Linhagens Endogâmicas de Milho com Maturação Precoce para Tolerância à Seca) como parte da série mensal do “IITA Western Africa Hub”, Muhyideen Oyekunle disse que 48 por cento das linhagens de milho com maturação precoce sendo estudadas do IITA tinha índices de tolerância à seca variando de 0,17 (baixo) a 15,31 (alto). O estudo envolveu filtrar mais de 150 linhagens endogâmicas de milho precoce e híbridos com objetivo de identificar a característica de tolerância à seca ao longo de um período de dois anos através de seis zonas agroecológicas da Nigéria. Para mais informações, confira http://www.iita.org/2013-press-releases//asset_publisher/CxA7/content/early-maturing-maize-lines-at-iita-hold-drought-tolerancethat-could-save-farmers-in-africa?redirect=%2F2013-pressreleases&utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter#.UW5qCqJGC8A. Américas CIENTISTAS DESCOBREM GENE PARA DESENVOLVIMENTO DE ALFACE PARA CLIMA QUENTE Cientistas da Universidade da Califórnia, em Davis, descobriram o gene da alface e a enzima responsável por interromper a germinação durante o clima quente. Este estudo poderá levar à criação de alfaces que poderão germinar melhor e crescerem até sua maturidade em qualquer época do ano, mesmo em altas temperaturas. Os pesquisadores estudaram a genética da alface para compreender os mecanismos relativos à temperatura que estão envolvidos na germinação das sementes. Isto os levou à região no cromossomo seis de um ancestral selvagem das variedades de alface comercializadas que conseguem germinar em temperaturas quentes. O aprofundamento do mapeamento genético os levou a um gene em particular que é responsável pela produção do hormônio vegetal conhecido como ácido abscísico. Este hormônio inibe a germinação da semente. O gene identificado é ativado na maioria das sementes de alface ao ser exposto a temperaturas quentes, mas é inativo no ancestral selvagem, sendo assim o ácido abscísico não é produzido. O grupo de pesquisadores é também composto de especialistas da Arcadia Biosciences e da Universidade de Agronomia Archaya N.G. Ranga baseadas na Índia. Leia mais em http://news.ucdavis.edu/search/news_detail.lasso?id=10546. CIENTISTAS DA UGA DESCOBREM GENE RESPONSÁVEL PELO NANSIMO DO MILHETO PÉROLA Os geneticistas da Universidade da Geórgia (UGA) divulgaram o isolamento bem sucedido do gene responsável pela característica de nanismo vegetal das variedades de milheto pérola. Segundo Katrien Devos, líder do estudo, a descoberta do gene irá auxiliar os melhoradores de plantas a desenvolver variedades mais eficientes e sustentáveis de milheto pérola semianão, que são desejáveis para alguns produtores rurais e criadores de animais. Os pesquisadores desenvolveram marcadores que podem ser usados pelos melhoradores para fazer a filtragem da presença do gene, mesmo antes do gene ser visualmente expresso. O gene afeta o transporte descendente do hormônio de crescimento auxina, que é produzido na parte superior da planta. Se o gene for ativado, o hormônio flui livremente, permitindo o crescimento da planta até sua altura plena, que é de cerca de 3 metros. Quando o gene é desligado, a planta cresce somente de 90 cm1.5 m. O estudo foi publicado na edição de março de G3:Genes, Genomics, Genetics. Leia o comunicado à imprensa da UGA at http://news.uga.edu/releases/article/researcherstrack-down-gene-responsible-short-stature-dwarf-pearl-mill/. ARGENTINA ACELERA PROCESSO DE APROVAÇÃO DE TRANSGÊNICOS Levou 20 anos para a Argentina aprovar o plantio comercial de 13 variedades transgênicas e mais 15 foram aprovadas nos últimos três anos. Em 2012, a Argentina foi a terceira maior produtora de variedades transgênicas globalmente com um plantio total de 23,9 milhões hectares. O demorado processo de racionalização da regulamentação foi concluído quando o ministro de agricultura do país lançou em 23 de março de 2013 uma estrutura normativa abrangente para as avaliações e aprovações das variedades transgênicas. Espera-se que esta recém-criada estrutura melhore o processo de avaliação dos riscos e dos benefícios da adoção das novas variedades transgênicas na Argentina. Leia o artigo original em http://www.agranet.com/portal2/fcn/home.jsp?template=newsarticle&artid=20018036513&pubid=ag096. OS TOMATES RESISTENTES A DOENÇAS LUTAM CONTRA PRAGAS LETAIS As linhagens de tomate que são resistentes aos tisanópteros e o vírus mortal que eles portam foram desenvolvidas na Universidade de Cornell pela melhorista de plantas Martha Mutschler-Chu. Através de melhoramento molecular, as linhagens de tomate foram desenvolvidas para resistir os tisanópteros pela introdução no tomate cultivado de genes resistentes ao inseto descobertos no tomate silvestre do Peru. Mutschler-Chu descobriu que o gene de resistência é mediado por pingos de ésteres de açúcar chamados de acilaçúcares que são produzidos e exalados dos pelos que cobrem as plantas. Os acilaçúcares evitam que os insetos coloquem seus ovos nas plantas. Os tisanópteros também são portadores do vírus mortal chamado de vírus do bronzeamento do tomateiro. Um ou ambos dos dois genes naturais conhecidos por resistirem ao vírus foram inseridos nas linhagens das variedades resistentes a insetos. "Se alguns tisanópteros conseguirem passar com o vírus, os genes de resistência ao vírus estarão lá para eliminá-lo", disse Mutschler-Chu. Os resultados obtidos neste estudo são a base de uma nova colaboração que irá testar as linhagens do tomate em regiões diferentes para que se alcance uma resistência mais durável contra a praga e o vírus. Detalhes desta notícia podem ser lidos em http://www.news.cornell.edu/stories/2013/04/disease-resistant-tomatoes-fight-lethalpests. NOVAS VARIEDADES PROMISSORAS DE FEIJÃO-DE-CORDA PARA A ÁFRICA E O RESTO DO MUNDO A Universidade de Texas A&M e a Fundação Buffett trabalharam em um projeto de pesquisa para desenvolver variedades novas de feijão-de-corda que deverão contribuir para a produção de alimentos nos países tropicais e subtropicais do mundo. As novas variedades de feijão-de-corda foram testadas na Fazenda de Ukulima da Nature Conservation Trust na África do Sul e também na Estação da Faculdade e em Beeville no Texas. Estas variedades foram desenvolvidas nos últimos cinco anos de cruzamentos das melhores linhagens de feijão-de-corda do Instituto Internacional de Agricultura Tropical e da Texas A&M. As novas variedades de feijão-de-corda com resiliência ao estresse juntam a maturação extra-precoce com alto teor proteico e potencial de alto rendimento conferindo resistência a importantes doenças e afídeos e a altos níveis de calor e tolerância à seca. Leia mais sobre isto em http://today.agrilife.org/2013/04/10/new-cowpea-varieties-offerpromise-in-south-africa-other-parts-of-the-world/. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE WASHINGTON IRÁ LIDERAR DESENVOLVIMENTO DE TRIGO TOLERANTE AO CALOR A Universidade Estadual de Washington irá liderar um projeto de $16,2 milhões para desenvolver variedades de trigo que poderão melhor tolerar as altas temperaturas encontradas na maioria das regiões mundiais de cultivo da planta. O projeto irá focar na região da Planície Indo-Ganges, lar de quase 1 bilhão de pessoas. Os pesquisadores irão combinar ferramentas de melhoramento para identificar os genes ou conjuntos de genes ligados à tolerância ao calor, já que o calor exerce um importante papel no rendimento do trigo. A produtividade da planta do trigo cai quando as temperaturas sobem acima de 27.77 graus C, com efeitos particularmente dramáticos durante o estágio de floração. O projeto irá incluir pesquisadores da Universidade Estadual do Kansas, DuPont Pioneer; Conselho Diretor de Pesquisas sobre o Trigo e Gabinete Nacional de Recursos de Genética Vegetal da Índia, GB Pant University, CCS Meerut University, Universidade de Agronomia de Punjab, Universidade de Agronomia de Rajendra; e duas empresas privadas na Índia. Trinta e cinco alunos de cursos de doutorado e 30 de pós-doutorado ou pesquisadores bolsistas também estarão envolvidos no projeto. Para mais detalhes sobre este projeto, leia o comunicado à imprensa em http://news.wsu.edu/pages/publications.asp?Action=Detail&PublicationID=35847. PESQUISADORES DESCOBREM DETALHES DE COMPOSTOS SAUDÁVEIS NO ARROZ INTEGRAL COLORIDO Cientistas do Departamento de Agricultura dos E.U.A. e colaboradores divulgaram detalhes sobre a composição química e biodisponibilidade em potencial de compostos nutricionais em um grupo representativo de cinco variedades coloridas de arroz. As descobertas podem ajudar os melhoradores a buscar selecionar estas características a partir de 18.000 amostras de arroz, chamadas de variedades distintas de planta (accessions, em inglês). A equipe usou métodos analíticos para determinar os perfis dos tocoferóis, tocotrienóis e gama-orizanol no farelo de arroz branco, marrom claro, marrom, vermelho e roxo. Eles descobriram uma ampla variação nas concentrações das duas formas de vitamina E e de gama-orizanol. A equipe também analisou outros fitoquímicos—especificamente os fenólicos e flavonóides—nas mesmas cinco categorias de cor do farelo de arroz. O estudo mostrou que os tipos de farelo de arroz vermelho e roxo continham maiores concentrações fenólica e de flavonoides do que os tipos mais claros de farelo de arroz medidos. Os pesquisadores também identificaram uma variedade de farelo de arroz roxo que continha alto teor de compostos fenólicos, bem como vitamina E e orizanóis. Confira o comunicado à imprensa do ARS-USDA em http://www.ars.usda.gov/is/pr/2013/130415.htm. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SOUTH DAKOTA ESTÁ DESENVOLVENDO TRIGO TOLERANTE À SECA Uma equipe de cientistas da Universidade Estadual de South Dakota (SDSU) está desenvolvendo variedades de trigo tolerantes ao calor usando o germoplasma da Universidade de Alexandria no Egito. A equipe liderada pelo Professor Assistente da SDSU Jai Rohila busca descobrir os genes para tolerância à seca e ao calor e usá-los para preparar o trigo de South Dakota para os anos secos e quentes. A equipe de Rohila analisou a composição genética do trigo egípcio e a comparou a do trigo de South Dakota, e eles identificaram 96 proteínas espalhadas ao longo das células da planta. Segundo Rohila, estas proteínas descobertas são "expressas diferencialmente no trigo tolerante à seca", e elas precisam determinar a saúde das células individuais do trigo. Os cloroplastos do trigo de South Dakota se desintegram na seca e no calor, e a equipe da SDSU irá examinar as proteínas que agem dentro das células do cloroplasto no germoplasma egípcio e tentar transferir essas características para as células no trigo de South Dakota. Leia mais detalhes do comunicado à imprensa disponível em: http://www.sdstate.edu/news/articles/sdsu-works-toward-developing-drought-tolerantwheat.cfm. ESTUDO MOSTRA QUE NITROGÊNIO É CHAVE PARA O CONSUMO DE OUTROS NUTRIENTES NO MILHO Uma pesquisa mostrou que novos híbridos de milho consumem mais nitrogênio do que variedades mais antigas da planta após o estágio crítico de floração. O Professor Tony Vyn da Universidade de Purdue e Ignacio Ciampitti, um assistente de pesquisa do curso de pós-doutorado, estão analisando o tempo que leva para os nutrientes serem consumidos no milho e de que forma este processo afeta o seu rendimento. Eles descobriram que os híbridos modernos de milho (lançados após 1990) consumiam 27 por cento mais nitrogênio do solo após a floração do que as plantas de milho anteriores a 1990, e que o consumo de nitrogênio após a floração nos híbridos pós-1990 ficou na média de 56 por cento do nitrogênio total do grão no fim da estação. Segundo Vyn, o tempo que a planta leva para consumir o nitrogênio também é importante para compreender como outros nutrientes vegetais são afetados. Ele disse que os níveis ideias de nitrogênio aumentaram as habilidades das plantas em absorver fósforo, potássio e enxofre. A quantia adequada de nitrogênio garantiu porcentagens mais altas de total de fósforo, potássio e enxofre na planta, na fração do grão na época da colheita. Vyn e Ciampitti também descobriram que o tempo que leva para a planta consumir nutrientes é importante para prever as eficiências produtivas e nutricionais. Eles disseram que identificar características simples e em estágios de desenvolvimento inicial da planta que pudessem ser medidas para prever o rendimento final seria benéfico em termos financeiros, apesar de que o mais rápido que puderam prever o rendimento com mesmo assim só 50 por cento de certeza foi na floração. Para mais informações sobre este estudo, leia o comunicado à imprensa disponível em: http://www.purdue.edu/newsroom/releases/2013/Q2/nitrogen-key-to-uptake-of-othercorn-nutrients,-study-shows.html. Ásia e Pacífico VARIEDADES DE ARROZ RESISTENTES A SALINIDANDE PLANTADAS NO VIETNÃ Os produtores rurais no Distrito de Hong Dan da Província de Soc Trang foram usados para plantar coqueiros para produção de água de coco e cajeputi na sua região por causa do alto teor de salinidade da água. No entanto, desde 2009, os produtores rurais têm recebido uma variedade de arroz tolerante a salinidade, o soi, da Universidade de Can Tho, uma variedade de arroz tolerante a sal que pode sobreviver com teor de 0,1 por cento de salinidade e produzir mais de 4 toneladas por hectare em 150 dias de maturação. Outro arroz tolerante a sal aromático, o ST, também desenvolvido em Soc Trang, pode se desenvolver bem em águas salinas e campos de arroz consorciados com a produção de camarão. Em 2011, o Delta de Mekong oficialmente plantou 15 novas variedades salinoresistentes que podem gerar alto rendimento em água contendo de 0,4 – 0,6 por cento de sal. Estas variedades foram plantadas nas províncias de Kien Giang, Ca Mau e Bac Lieu. De alguns milhares de hectares em 2005, as linhagens salino-tolerantes foram plantadas em 160.000 ha em 2012, segundo o Departamento de Cultivo de Plantas sob o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Mais sobre esta notícia pode ser lido em http://en.vietnamplus.vn/Home/Salineresistantrice-varieties-improve-profits/20133/32981.vnplus. CIENTISTAS DO IRRI DESENVOLVEM ARROZ SUPER TOLERANTE A SAL Uma equipe de cientistas do Instituto Internacional do Arroz, o IRRI, desenvolveram uma nova linhagem de arroz que pode expelir o sal que consumir do solo para o ar através de glândulas de sal que possui nas suas folhas. O Dr. Kshirod Jena, cientista chefe da equipe, explicou que a variedade de "arroz super tolerante a sal” foi desenvolvida pelo cruzamento de duas espécies diferentes de arroz, a espécie de arroz silvestre exótica Oryza coarctata e a variedade de arroz IR56 da espécie O. sativa de arroz cultivado . Isto é considerado um feito inédito expressivo, já que é difícil cruzar as espécies de arroz silvestres com variedades de arroz cultivado. A localização do O. coarctata na sequência do genoma do arroz fica na outra ponta do espectro do que das variedades de arroz como o IR56 e, assim sendo, o embrião tende a se autoabortar. Os pesquisadores têm tentado fazer o retrocruzamento das duas espécies de arroz por que a O. coarctata consegue tolerar água altamente salina (semelhante à água do mar) enquanto que as variedades cultivadas não. Finalmente, a equipe conseguiu três embriões após 34.000 cruzamentos. A planta sobrevivente foi mantida em uma solução de nitrogênio líquido e quando se tornou forte o suficiente foi plantada no campo e retrocruzada com a IR56. O retrocruzamento garantiu que a planta resultante tivesse todas as características da IR56 e a característica desejada de tolerância a sal das espécies de arroz silvestre. A equipe irá continuar testando a nova linhagem nos próximos 4-5 anos para garantir que ela virá a satisfazer as necessidades dos produtores rurais e consumidores. Leia mais em http://irri.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=12537%3Awildparent-spawns-super-salt-tolerant-rice&lang=en. Europa CIENTISTAS IRÃO DESENVOLVER O MILHO QUE SE AUTOFERTILIZA A Fundação Bill e Melinda Gates (BMGF) concedeu uma bolsa para um projeto de pesquisa que visa desenvolver uma variedade de milho que poderá criar seu próprio fertilizante. Em escala global, isto poderá levar a uma diminuição no uso dos fertilizantes artificiais e desta forma menos poluição ambiental. O grupo internacional de cientistas responsável pelo projeto está sendo encabeçado pelo Professor Jens Stougaard da Universidade de Aarhus na Dinamarca. Antes desta pesquisa, Stougaard esteve liderando uma equipe de pesquisa que já descobriu como os legumes são capazes de criar simbiose com bactérias que podem usar nitrogênio aéreo para que a planta – para simplificar – crie seu próprio fertilizante. Se o projeto for bem-sucedido, o método será ambos, barato e sustentável para os agricultores. Barato, porque o mecanismo de produção do fertilizante estará embutido no grão que eles já usam. Sustentável, porque a aplicação de fertilizantes será desnecessária, evitando assim a poluição ambiental. Mais em longo prazo, os resultados podem ter um impacto significativo no mundo, já que é possível que isso venha a reduzir – ou até a eliminar – o uso de fertilizantes artificiais e desta forma diminuir a poluição ambiental. Confira o comunicado à imprensa da Universidade de Aarhus em http://mbg.au.dk/en/news-and-events/news-item/artikel/super-maize-can-putsustainable-food-on-the-table/. EFSA: MILHO TRANSGÊNICO 59122 SEGURO PARA ALIMENTOS HUMANOS E ANIMAIS A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar publicou seu parecer científico sobre a avaliação de risco para o lançamento comercial do milho geneticamente modificado 59122 para uso em alimentação humana e animal e cultivo. Segundo o Painel de OGMs do EFSA, a variedade transgênica dificilmente trará qualquer efeito adverso ao meio ambiente, salvo pela possível evolução de resistência às proteínas Bt nas pragas-alvo. Sendo assim, o Painel recomenda a execução de estratégias adequadas de gestão de resistência a insetos e monitoração específica caso-a-caso. O Painel também declarou que a cultura será tão segura quanto a sua contraparte convencional e variedades de milho comerciais em termos de possíveis efeitos adversos à saúde humana e animal. Leia o parecer científico do EFSA em http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/3135.htm. NOVA TECNOLOGIA AERONÁUTICA VISA MELHORAR OS RENDIMENTOS DO MILHO Uma equipe da Universitat de Barcelona liderada pelo Professor Joseph Lluís Araus desenvolveu uma aeronave não pilotada e operada por controle-remoto chamada de 'Skywalker', projetada para ajudar a selecionar quais as variedades de milho são mais bem adaptadas a condições ambientais adversas. Foram colocadas câmeras de reflectância spectral e imagem térmica nas asas do avião para avaliar o crescimento da cultura, temperatura e água do solo. O avião pode voar acima de 600 metros a uma velocidade média de 45 quilômetros por hora. As horas de decolagem e pouso podem ser automaticamente programadas e os desenvolvedores esperam que os dados coletados pelo Skywalker contribuam para um melhoramento mais eficaz do milho e avanços mais rápidos no desenvolvimento de variedades de milho resistentes à seca e com baixo consumo de nitrogênio. O primeiro protótipo do Skywalker foi doado para o escritório sul africano do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (CIMMYT), onde os pesquisadores coordenaram um teste de campo. Planeja-se doar uma segunda unidade para o Instituto Nacional Peruano de Pesquisas Agronômicas (INIA). Mais informações sobre o Skywalker estão disponíveis em http://www.ub.edu/web/ub/en/menu_eines/noticies/2013/04/006.html. VARIEDADE DE CEVADA DA ERA VITORIANA TEM CARACTERÍSTICA VALIOSA DE RESISTÊNCIA À DOENÇA, DESCOBREM CIENTISTAS Os pesquisadores do John Innes Centre (JIC) no Reino Unido fizeram reviver a herança clássica da cevada Chevallier, popular durante o período Vitoriano. Com o conhecimento de que as variedades antigas são uma rica fonte de novos genes, os cientistas do JIC conduziram mais estudos sobre a Chevallier através da Unidade de Recursos Genéticos do instituto como parte do projeto de melhoramento da cevada. Registros históricos indicam que a variedade produzia um malte de qualidade prêmio e bons rendimentos. Os cientistas também descobriram que a Chevallier tinha uma resistência valiosa a doenças, o que pode prevenir a contaminação do grão por micotoxinas, que preocupa a indústria de malte. Veja o comunicado à imprensa do JIC em http://news.jic.ac.uk/2013/04/beer-brewedfrom-victorian-barley-variety/. CIENTISTA CHEFE DO REINO UNIDO DIZ QUE TRANSGÊNICOS ESTÃO GANHANDO FORÇA Sir Mark Walport, o recém-designado consultor científico chefe do governo do Reino Unido alega que o crescimento de transgênicos é ‘inexorável’ e mais destas variedades poderiam ser plantadas no Inglaterra, à medida que os argumentos científicos para o seu uso se tornam “mais fortes". Falando publicamente pela primeira vez na sua nova posição, o consultor pessoal de assuntos ligados à ciência de David Cameron disse que a evidência dos benefícios de se plantar transgênicos estava ficando "cada vez mais forte" conforme a tecnologia tem começado a "mostrar seu valor". Os comentários do consultor-chefe de assuntos científicos sugerem que a tecnologia transgênica está rapidamente ganhando influência após anos de hostilidade pública e independentemente dos receios sobre os chamados "alimentos Frankenstein". Para mais informações, visite http://www.europabio.org/news/case-gm-crops-becomingstronger-says-chief-scientist. PESQUISAS EFEITOS DOS PESTICIDAS NEONICOTINÓIDES NAS MAMANGABAS A Agência de Pesquisa sobre Alimentos e o Meio Ambiente publicou um relatório que fala sobre o efeito de tratamentos à base de neonicotinóides nas mamangabas (Bombus terrestris) escrito por Helen Thompson e colegas. O estudo visou testar se os pesticidas neonicotinóides, usados juntamente com as variedades transgênicas, têm um efeito na saúde das colônias de mamangabas. Os pesquisadores compararam o desenvolvimento das mamangabas de três locais próximos às lavouras da semente oleaginosa de canola (A) sem tratamento, (B) tratadas com clotianidina e (C) tratadas com imidacloprida. Diferenças nos resíduos de pesticidas encontrados nas abelhas foram percebidas, mas não foram associadas ao tratamento aplicado à lavoura adjacente. Isto mostra que para se alimentarem as abelhas viajam grandes distâncias. Todas as colônias aumentaram em número e sobreviveram até o final do período de testes. Nos locais com tratamentos A e B, as colônias cresceram com maior massa terminal do que as colônias no tratamento C, mas todas as colônias tiverem maior massa do que as colônias controle. Variações nos resíduos de neonicotinóides foram encontradas através das colônias dentro e entre os sites. No entanto, nenhuma relação clara e consistente foi descoberta. Leia o relatório da pesquisa em http://www.fera.defra.gov.uk/scienceResearch/scienceCapabilities/chemicalsEnvironme nt/documents/reportPS2371Mar13.pdf. ALÉM DA BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA TECNOLOGIA DE DNA DESENVOLVIDA PARA DESCOBERTA MAIS RÁPIDA DE ESPÉCIES Os pesquisadores da Organização para a Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica (CSIRO) e a Universidade da Austrália Ocidental desenvolveram e testaram uma nova técnica molecular que tem o potencial de ajudar na descoberta de novas espécies, especialmente aquelas em áreas remotas e insuficientemente pesquisadas. A técnica, conhecida como "ecogenômica" será usada pelos pesquisadores para levantar dados sobre a vegetação esclerófila da região de Kimberly, tombada pelo Patrimônio Nacional da Austrália. A ecogenômica envolve a identificação de espécies baseada no seu DNA e morfologia de uma maneira mais rápida e custo efetiva do que as estratégias convencionais. Sendo assim, a técnica tem o potencial de melhorar a eficiência das avaliações de impacto ambiental e gestão conservacionista. Nos próximos meses, os pesquisadores irão analisar o DNA de mais de 300.000 espécies de insetos e buscar pela presença de espécies endêmicas. Leia mais emhttp://www.csiro.au/en/Portals/Media/DNA-technology-set-to-speed-upspecies-discovery.aspx. LEMBRETES DE DOCUMENTOS POCKET K ATUALIZADO COM STATUS GLOBAL DAS VARIEDADES DE TRANSGÊNICOS COMERCIALIZADAS O ISAAA realizou o lançamento da sua versão atualizada do Pocket K No. 16 com base no Brief 44: Status Global das Variedades de Transgênicos Comercializadas de 2012 escrito pelo Dr. Clive James. Ele está agora disponível para ser baixado em: http://isaaa.org/resources/publications/pocketk/16/default.asp. Pocket Ks são Pacotes de Conhecimento, informações concisamente compiladas sobre os produtos transgênicos e questões a fins. Eles foram desenvolvidos pelo Global Knowledge Center on Crop Biotechnology para prover informações imprescindíveis sobre a biotecnologia agrícola em um estilo de fácil entendimento e que podem ser baixados em formato PDF para seu fácil compartilhamento e distribuição. POCKET K 43 SOBRE BIOTECNOLOGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS O Pocket of Knowledge número 43 do ISAAA sobre Biotecnologia e Mudanças Climáticas cobre as diversas contribuições das variedades agrícolas em mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Este recente acréscimo à série também cobre um breve relato sobre mudanças climáticas e os seus efeitos na agricultura, bem como as variedades transgênicas que estão sendo desenvolvidas ou estão na linha de produção que têm tolerância aos estresses abióticos, assim como a salinidade, seca e temperaturas extremas. O Pocket K 43 pode ser baixado em http://www.isaaa.org/resources/publications/pocketk/43/default.asp -----------------------------------SUPLEMENTO BIOCOMBUSTÍVEIS -----------------------------------CIENTISTAS CRIAM PAREDE CELULAR VEGETAL PARA MELHORAR A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR NA FABRICAÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS Comunicado à imprensa: http://newscenter.lbl.gov/feature-stories/2013/03/29/makingdo-with-more-joint-bioenergy-institute-researchers-engineer-plant-cell-walls-to-boostsugar-yields-for-biofuels/ Matéria:http://www.biofuelsjournal.com/articles/Joint_Bioenergy_Institute_Researchers_ Engineer_Plant_Cell_Walls_to_Boost_Sugar_Yields_For_Biofuels-131490.html Artigo na revista científica: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/pbi.12016/full Pesquisadores do Joint BioEnergy Institute (JBEI) do Departamento norte americano de Energia (DOE) usaram as ferramentas da biologia sintética para reduzir o teor de lignina e incrementar a disposição de polissacarídeos nas paredes celulares das plantas desenvolvidas geneticamente. A biomassa das plantas criadas por engenharia genética pode ser degradada mais facilmente em açúcares fermentáveis para a produção de biocombustíveis. Os açúcares polissacarídeos nas paredes celulares vegetais das matérias primas celulósicas assim como gramas e árvores estão presos dentro de um polímero resistente chamado de lignina, que reduz a extratibilidade destes açúcares e impede o acesso às enzimas degradadoras antes da sua fermentação e transformação em etanol. Para liberar estes açúcares da prisão da lignina, são usados pré-tratamentos caros. O alto custo dos pré-tratamentos é um sério obstáculo à comercialização dos biocombustíveis celulósicos. Reduzir o teor de lignina na biomassa lignocelulósica não é um feito fácil porque isto pode reduzir o rendimento da biomassa devido a uma perda consequente de integridade nos vasos, os tecidos vitais que transportam e distribuem água e nutrientes das raízes para as partes acima do solo. Ao endereçar o problema da lignina, os cientistas do JBEI redirecionaram a rede da célula secundária na planta modelo Arabidopsis thaliana mudando o promotor por um gene chave da lignina. Esta modificação desconectou a expressão do gene da lignina da rede reguladora da fibra e redirecionou a biossíntese da lignina para a formação de vasos. Através da alteração do promotor, o mecanismo chamado de circuito de realimentação positiva artificial-APFL também foi introduzido para aumentar as disposições de polissacarídeos nas células das fibras. O resultado foi uma planta desenvolvida por engenharia genética saudável que acumula a coisa boa (polissacarídeos) e diminui o polímero problemático (lignina). Em comparação às plantas não modificadas, as plantas manipuladas exibiram melhores liberações de açúcar da degradação enzimática de suas biomassas. TÉCNICA NOVA PARA ESTUDAR AS ENZIMAS AJUDA PESQUISADORES DE BIOCOMBUSTÍVEIS Comunicado à imprensa: http://newscenter.lbl.gov/news-releases/2013/04/07/sweetsuccess/ Matéria: http://www.ethanolproducer.com/articles/9743/berkeley-researchers-catalyzemore-sugars-from-biomass Artigo na revista científica (resumo executivo): http://www.nature.com/nchembio/journal/vaop/ncurrent/full/nchembio.1227.ht ml Os pesquisadores da Universidade da Califórnia (UC) em Berkeley e o Lawrence Berkeley National Laboratory (Laboratório de Berkeley) têm desenvolvido uma técnica que poderá permitir com que eles elaborem melhores misturas de enzimas celulases que correspondam idealmente à estrutura de substratos específicos de biomassa. Os pesquisadores de Berkeley divulgaram na revista científica Nature Chemical Biology os resultados do seu estudo que trazem uma nova luz sobre a atividade catalítica das celulases, que degradam a biomassa celulósica da grama e madeira para liberar açúcares fermentáveis para produção de etanol. As misturas de enzimas celulases são normalmente usadas porque as celulases individuais interagem preferencialmente com as estruturas de celulose baseadas nas suas distintas organizações estruturais. Aumentar os rendimentos de açúcar fermentável a partir da biomassa celulósica poderá incrementar a produção de biocombustíveis. Um desafio chave é o de reduzir o custo da extração de açúcares fermentáveis otimizando assim a atividade coletiva das enzimas celulases. Os pesquisadores empregaram a técnica conhecida como PALM (“Photo-Activated Localization Microscopy”), microscopia por localização fotoativada, pela qual as enzimas alvo são marcadas com moléculas que emitem luz ao serem ativadas por uma luz ultravioleta fraca. Ao fotoativar as enzimas celulases individuais, os pesquisadores puderam rastrear suas localizações específicas conforme elas foram se ligando aos substratos de celulose. Seus resultados mostraram que as celulases exibem especificidades a estruturas de celulose diferentes, que variam de altamente ordenadas à altamente desordenadas. Eles também desenvolveram um meio de mostrar que uma sinergia valiosa pode ser gerada pela combinação das celulases que se ligam a organizações estruturais similares, mas não idênticas de celulose. A referida técnica poderá ser usada para determinar a combinação ótima de celulases as correspondendo com as organizações estruturais de substratos específicos de biomassa. Isto aumentará a eficiência da degradação da celulose em açúcar fermentável, que, por sua vez, irá ajudar a reduzir os custos de produção de biocombustível. HAVAÍ PILOTARÁ PROJETO DO MAMÃO-A-BIOCOBUSTÍVEIS Matéria: http://biomassmagazine.com/articles/8860/hawaii-invests-in-papaya-to-biofuelproject O estado do Havaí (EUA) tem investido $200.000 em um projeto de conversão que busca produzir biocombustíveis e alimentos para animais usando o mamão como matéria prima. O referido projeto, uma joint venture com a Biotork Hawaii LLC da Flórida através do seu Centro de Pesquisas Agrícolas da Bacia do Pacífico, objetiva desenvolver um projeto economicamente sustentável de conversão com lixo zero produzindo biocombustível e ração animal com alta proteína a partir de mamão não comercializável. O processo de conversão irá usar uma tecnologia otimizada desenvolvida e patenteada pela BioTork. Com esta tecnologia, os produtores rurais poderão transformar os resíduos agrícolas em uma avenida adicional de renda e a produção local de biocombustíveis poderá diminuir a dependência do Havaí na importação de combustíveis fósseis. A tecnologia de conversão também poderá ser aplicada a outras matérias primas identificáveis no Havaí , assim como a batata doce, cana-de-açúcar, manga e árvores invasivas como o faveiro não comerciáveis. USDA IMPLANTARÁ PROGRAMA AÇÚCAR-PARA-ETANOL Matéria: http://www.agri-pulse.com/Rule-implementing-US-sugar-purchases-underOMB-review-04082013.asp Matéria: http://www.reuters.com/article/2013/04/08/us-usa-agriculture-sugaridUSBRE9370YR20130408?feedType=RSS&feedName=environmentNews O Departamento Norte Americano de Agricultura (USDA) pediu à Casa Branca que aprove o programa açúcar-para-etanol, também conhecido como Programa de Flexibilidade de Matérias Primas (FFP, sigla em inglês), que autoriza o departamento a adquirir tanto açúcar domesticamente produzido quanto for necessário para manter o preço de mercado acima nos níveis de apoio, e depois vender o excesso aos produtores de etanol. Culturas abundantes nos EUA e importações baratas do México empurraram os preços do açúcar para abaixo do preço limite de um confisco em potencial do açúcar pelos processadores ao governo. O FFP foi autorizado pela Lei Agrícola de 2008 para ajudar a evitar confiscos. A Lei Agrícola de 2008 orienta o USDA a tornar o açúcar excedente disponível aos fabricantes de etanol, uma disposição que buscou a expansão do fornecimento de matéria prima para biocombustíveis. A Casa Branca tem 90 dias para rever a medida proposta. Se aprovada, seria a primeira vez que o FFP será colocado em operação desde sua criação em 2008.
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