Edição nº 11 - Concepcionistas Missionárias do Ensino

Transcrição

Edição nº 11 - Concepcionistas Missionárias do Ensino
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
1
09
Vocação: dom de
Deusdo CMI-RJ refletem e
Alunos
celebram o mês vocacional
17
Ano VI - Nº 11- Dezembro 2004
Seções
EDITORIAL
DESTAQUE
Gestos de Amor
Colégios Concepcionistas realizam
gesto concreto pela CF-2004
I Congresso Internacional Concepcionista: culturas
diferentes unidas em um só ideal
PÁGINA 05
PASTORAL
ESPIRITUALIDADE
A Creche Lar Escola Carmen Sallés,
de São Paulo, está em um novo
espaço
Sonhar sem fronteiras
HOMENAGENS
Ir. Terezinha de Jesus Duarte,
diretora do Colégio Madre Carmen
Sallés de Brasília, partilha sua
experiência na Irlanda
PARTILHA
PELO MUNDO
PROJETOS
PSICOLOGIA
De cara nova
26
AÇÃO COMUNITÁRIA
PEDAGOGIA
20
A expansão da missão Concepcionista na Ásia
PÁGINA 28
36
Educar através da arte
Crianças do Lar Maria Imaculada de
Mococa desenvolvem projeto sobre o
escultor Bruno Giorgi
44
ATIVIDADES
Nossa Capa
450 anos de História
Feira Cultural do Colégio Maria
Imaculada de São Paulo aborda os
450 anos de fundação da Cidade
Projeto Mostra Cultural agita o Colégio Madre
Carmen Sallés de Brasília,
PÁGINA 48
Expediente
Fachada e alunos do Colégio
Maria Imaculada de Brasíla, DF
Fale conosco
65
Ler e Interpretar
Alunos do CIC-Machado lêem e
interpretam obra de Machado de
Assis e Gil Vicente
INTEGRAÇÃO EM REVISTA é uma publicação das Religiosas Concepcionistas
Missionárias do Ensino n Diretora Responsável: Ir Wanilda Melo Barbara
([email protected]) n Produção Gráfica: Edenilson S. Coelho
([email protected]) n Impressão: Gráfica Nova Prova n Tiragem desta Edição: 7600 exemplares (Distribuição gratuita e dirigida)
Sua opinião é importante para nós! Envie seus comentários, críticas ou sugestões para:
n E-mail: [email protected] ou, se preferir via Correio:
n Rua Humberto I, 395 - Vila Mariana - Cep: 04018-031 - São Paulo - SP
Religiosas Concecpionista
Missionárias do Ensino
SEDE PROVINCIAL
Rua Humberto I,
DESTAQUE
EDITORIAL
Nº 395 - Vila Mariana
Tel. (11) 5539-2577 – Fax (11) 5549 5743
E-mail: [email protected]
04018-031 – São Paulo – SP
COLÉGIO MARIA IMACULADA
Av. Bernardino De Campos , 79
Cep: 04004-050 - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3283-2111
Site: www.colegiomariaimaculada.com.br
E-mail: [email protected]
CRECHE LAR ESCOLA
“CARMEN SALLÉS”
Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 419
Cep: 04014-011 -
Vl. Mariana - São Paulo - SP
Tel.: (11) 5083-0941
RECANTO BETÂNIA
Rodovia José Simões Louro Jr. , 3284
Cep: 06900-000 - Embu Guaçu - SP
Tel.: (011) 4661-1449
E-mail: [email protected]
COLÉGIO MARIA IMACULADA
Rua Francisco Gomes, 661
Cep:13730-320 - Mococa - SP
Tel.: (19) 3656-0107
Site: www.cmimococa.com.br
E-mail: [email protected]
LAR MARIA IMACULADA
Rua Prudente de Morais, Nº 533
Telefax: (19) 3656-0020
E-mail: [email protected]
13730-400 – Mococa – SP
COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO
Rua Professor José Cãndido, 238 - Centro
Cep: 37750-000 - Machado - MG
Tel.: ( 35) 3295 1168
e-mail: [email protected]
ABRIGO JESUS, MARIA E JOSÉ
Rua Prof. José Cândido, Nº 284
Tel.: (35) 3295-1219
37750-000 – Machado - MG
COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO
Rua Cristiano Stockler, Nº 271
Tel.: (35) 3521-8777
– Fax: (35) 3521-6221
E-mail: [email protected]
www.cicpassos.com.br
CASA CARMEN SALLÉS
Rua 11,
N.º 105
Tel. (34) 3428-2262 – Fax (34) 3428-3564
38230-000 – Fronteira - MG
CASA IMACULADA CONCEIÇÃO
Rua Professora Antônia Meireles, Nº 07
Loteamento Carvalho
Tel. (75) 203-2348 – Fax (75) 203-2035
E-mail: [email protected]
48540-000 – Jeremoabo - BA
COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS
Av. L 2 Norte, Quadra 604
Cep: 70840-040 - Brasília- DF
Tel.: (061) 223 2863
Site: www.carmensalles.com.br
CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS
Av. L 2 Norte, Quadra 604
Esperança
e
Esperança é a virtude que impulsiona a pessoa para a busca de
algo na expectativa de alcançá-lo. E se alguém busca algo é porque
experimenta em si mesmo a inconclusão. Somos seres que não
estamos prontos.
Essa consciência é que faz a pessoa sair de si mesma, buscar,
esperar. “E quem espera, sempre alcança”, nos diz o ditado. Mas
não por uma atitude passiva, cômoda de quem permanece de braços cruzados. Como diz Paulo Freire “pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um
modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas, prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à
pura cientificidade, é frívola ilusão”.
A esperança é ativa, é impulso, é atitude de quem olha para frente, percebe o caminho a ser percorrido e não desiste de seguir, porque tem a certeza de que mais adiante está o que deseja encontrar.
A esperança é também a força que motiva a ação educativa, a
utopia de ver uma sociedade nova, um mundo animado pela experiência de paz, de pessoas solidárias com todos os que transitam pelo
mundo fazendo e construindo a história.
Carmen Sallés foi uma mulher de esperança e é a esperança que
podemos perceber, como força motora da Educação Concepcionista retratada em cada uma das páginas desta edição da Revista
Integração. Nelas percebemos a esperança ancorada na prática dos
que descobriram na educação a missão de desvelar possibilidades,
mesmo quando para isso tenham que superar obstáculos.
Cep: 72329-116 - Brasília- DF
Tel.: (61) 359-4901
E-mail: [email protected]
COLÉGIO MARIA IMACULADA
QI 05 - CH 72 - Lago Sul
Tel.: (61) 248-4768 – Fax: (61) 248-6464
E-mail: [email protected]
71600-790 – Brasília - DF
COLÉGIO MARIA IMACULADA
Rua São Francisco Xavier, 935
Cep: 20.550- 011 - Rio De Janeiro - RJ
Tel.: (21) 22644998
Site: www.concepcionistas.com.br/cmirj
Email: [email protected]
(Até Dezembro de 2004)
[email protected]
(A partir de Janeiro de 2005)
COLÉGIO REGINA PACIS
Rua Daniel de Carvalho, 1424
Tel: (31) 33375945
Cep:30.430 - 050 - Belo Horizonte - MG
site: www.rpacisbh.com.br
e-mail: [email protected]
É essa a esperança que todos somos chamados a cultivar em nós
para não sermos dominados pelo medo, pela descrença, pela presença do mal, tão fortemente percebido no mundo de hoje.
Animados pela esperança é que as ações educativas da família,
da escola, de cada pessoa que acredita na força do Bem, contribuirão para a construção de uma cultura de paz e de solidariedade, e
para que se torne realidade concreta a frase: “O AMOR VENCERÁ”.
Desejamos aos leitores de nossa Revista que a vinda de Jesus, no
Natal fortaleça cada um na esperança para fazer de cada dia de
2005, um tempo pleno de vida, de alegria, de paz e de solidariedade.
Feliz Natal! Feliz 2005!
I Congresso Internacional
IR. WANILDA MELO BARBARA
37900-150 – Passos - MG
Por uma Pedagogia da
Concepcionista
Graças porque nos reunimos
Ponto de encontro de diferentes culturas e de um
único ideal: “Evangelizar através da educação”
sob uma única bandeira.
Graças pela oportunidade de
partilhar nossa experiência
educativa e nossa vida,
porque nos convidas cada
dia, através de Carmen
Sallés; adiante, sempre
adiante, Deus proverá.
O I Congresso Internacional Concepcionista, que foi realizado do dia
06 ao dia 10 de setembro de 2004,
na Espanha, teve como ponto fundamental das discussões o tema:
“Claves Identificadoras da Qualidade
Educativa Concepcionista”.
Foram mais de 450 participantes
de 13 países, contando o Brasil com
30 educadores no evento.
O resgate do carisma da Madre
Fundadora Carmen Sallés, do sentimento de caridade e, fundamentalmente, da Ação Educativa de Qualidade através da Educação Concepcionista, foram ingredientes das ricas
discussões permeadas nas palestras
centrais do Congresso:
1-) “La Educación Concepcionista,
su espacio en la Iglesia y en la
sociedad” proferida pelo Pe Francesc
Riu Rovia de Villar;
2-) “Maria Inmaculada, punto focal
de un carisma único, una
espiritualidade comun, una misión
compartida” Pe Jesús Castellano O.
C. D.;
3-) “La proyección misionera de la
educación concepcionista” Ir Maria
Victoria Zorrilla Fernández;
4-) “Parámetros de un educador de
calidad” Prof Dr Francesc Torralba
Roselló;
5-) “Educación de calidad” Dr José
Luis Garcia Garrido.
CONTINUA
CASA NOVICIADO
Rua Herculano de Freitas, 1.566 - Barroca
4
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Tel.: (31) 3332-3933 e 3332-9741
E-mail: [email protected]
30430-120 – Belo Horizonte - MG
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
5
DESTAQUE
Em teu nome, Senhor!
Elevando a Arte
flashes do Congresso
De todos os rincões
do mundo .
Nossa Terra; Terra de
benção.
A participação brasileira no evento teve seu destaque em vários momentos: nas mesas de discussões, na
apresentação do folclore através de
uma dança (Quadrilha) e na seleção
dos trabalhos apresentados ao I Concurso Internacional Concepcionista,
iniciado em 2003, que teve como
tema central: “A Missão Educativa
Concepcionista: Experiência e Vida”.
O Brasil recebeu diversos prêmios,
dentre os quais, dois em nível mundial.
O evento objetivou, principalmente, conhecer e valorizar a importância do carisma Concepcionista, tendo em vista a superação e a melhora
do pensamento para atingir as metas
da educação em todos os países que
fazem parte desse ideal. Além disso,
houve preocupação em intercambiar,
a partir da riqueza e diversidade entre os povos, os trabalhos, as experiências educativas e os valores intrínsecos das diferentes culturas para
enriquecer a ação Educativa Concepcionista.
A riqueza das discussões, a troca
de experiências com países de realidades tão diversas, o carinho e empenho das Irmãs Concepcionistas para
com todos os congressistas foi fenomenal. Trouxemos em nossas bagagens de vida a seguinte conclusão:
“Descobrimos que a Missão Educativa
Concepcionista é uma vocação, um
estilo de vida que permite crescer juntos, leigos e religiosas, na realização
de um mesmo projeto educativo”.
Visita a Ávila
Seleção de trabalhos do
I Concurso Internacional
Noite cultural - Apresentação folclórica
Capela de Madri
Grupos de Trabalho
Sonia Mari K. Lucca; Fabiana
Scoleso; Mauricéia Ribeiro
Colégio Maria Imaculada - São Paulo
6
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Viagem ao Valle de los Caídos e El Escorial
Homenagem a N. Sra. Aparecida
a
passense
Aconteceu no dia 30 de setembro,
no ginásio poliesportivo do CIC/PASSOS, a cerimônia de premiação do
I Concurso Internacional Concepcionista. Irmã Vera Costa Milani, Superiora Provincial do Brasil, foi a portadora dos prêmios e fez a entrega dos
mesmos aos vencedores.
Lançado em 2003, o concurso reuniu trabalhos de várias partes do
mundo, entre pinturas, desenhos,
textos literários, músicas, trabalhos de
informática. Os trabalhos apresentados foram julgados em três fases: local, nacional e internacional. Os trabalhos selecionados no nível nacional foram avaliados por um Júri internacional, no dia 05 de setembro
de 2004, em Madri. O resultado de
todas as fases foi apresentado
em Buitrago, na Espanha, no dia 07
de setembro. As Coordenadoras do
CIC/Passos, Marta Cardoso e Laura
Borges, e a professora Lúcia Faria,
que participavam de Congresso naquela localidade, presenciaram a divulgação do resultado final e vibraram muito, assim como todo o público presente.
Gustavo José Lemos foi o vencedor da catetegoria literatura, nas três
fases. Ele concorreu com a peça “Uma
luz que vem do alto”, que fala sobre
a inspiração de Carmen Sallés para
fundar a Congressão das Religiosas
Concepcionistas.
O Coral Arte em Si, também de
Passos, ficou com o prêmio local da
categoria musical com “Tributo a Madre Carmen”, composta por Melanie
Assad Medeiros (arranjo) e Lourdinha
Martins Faria (letra).
Professores, colegas de trabalho,
alunos e um coral ensaiado por Carlos
Antonio Abreu prestaram homenagens a Gustavo José Lemos. Sua conquista, assim como a do Coral Arte
em Si, enchem de orgulho não apenas a comunidade CIC, mas todo cidadão passense.
O prêmio de Gustavo faz justiça
ao talento do artista. Ele é professor
de artes e diretor de teatro no CIC há
muitos anos. Na cidade de Passos e
na região, além de escrever no Jornal
Folha da Manhã, expõe sua arte através de pinturas, desenhos, figurinos,
cenários, textos, atuações como diretor e ator de teatro, em peças como
a “Paixão de Cristo”, entre outras.
As peças de teatro apresentadas nas
feiras culturais, que são dirigidas por
Gustavo e interpretadas por alunos
dos segmentos I, II e III, emocionam e
marcam as vidas de todos os que participam e assistem, e entram para a
história de Passos e do CIC.
João Gladstone
Assistente da direção administrativa
CIC/Passos - MG
Leia, a seguir, a entrevista
concedida por Gustavo José
Lemos aos alunos do Grêmio
Estudantil CIC 2004
Grêmio Estudantil - Gostaria que
você iniciasse esta entrevista falando
sobre sua peça premiada.
Gustavo - Ela fala sobre cinco cores,
cinco tons de azul que estão em um
lugar completamente abstrato. De
repente, despenca nesse lugar uma
poesia. As cores então pedem a essa
poesia que escreva um texto para ser
entregue a um anjo que vai anunciar
o chamado a Madre Carmen Sallés,
no Santuário de Monserat, nos
Pirineus. Esses cinco tons de azul são
os mesmos que estão no manto de
Imaculada Conceição.
Grêmio – O visual da peça deve ser
fantástico!
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
7
Gustavo - As pessoas estão se confundindo e é até bom que se explique. Eu não ganhei o prêmio pelo espetáculo, foi o texto, dentro da categoria literatura. A primeira montagem
será com os alunos daqui. Pretendemos apresentá-la no dia 31 de dezembro numa Assembléia que acontecerá no Brasil. Serão sete atores. No
próximo ano, ela poderá rodar o país
nas casas Concepcionistas. Nós queremos fazer uma super produção!
Grêmio – Qual o contexto religioso
da peça?
Gustavo - Fala-se sobre o início da
Congregação Concepcionista, sobre o
Carisma, sobre Madre Carmen Sallés,
sobre o que nós vivemos aqui no CIC.
Grêmio - Como você pretende
encená-la?
Gustavo - Queremos montar o texto, fazer um guarda-roupa fantástico e fazer de um jeito para colocar
esses meninos em uma Van e passar
pelas casas concepcionistas ano que
vem, entendeu? É o que a gente
quer..
Inesquecível e gratificante
vitória
Durante o mês de agosto, os alunos do Colégio
n
Grêmio - E como foi o concurso que
você venceu? Contente com a vitória?
Gustavo - Esse concurso aconteceu
nas Instituições Concepcionistas de
todo o mundo. 10 países enviaram
trabalhos. Eu tive a sorte de ganhar
esse prêmio pelo qual recebi muitas
manifestações. Mais do que isso, um
aluno do CIC disse: “Eu aposto que
Madre Carmem deu uma ajuda para
ele”. Esse aluno não está errado.
Grêmio - É possível o pessoal do próprio colégio levar essa peça para rodar o Brasil inteiro?
Gustavo - Mas é claro, nós temos
talentos fantásticos aqui. Veja, um dia
após uma peça um amigo meu me
ligou e disse que havia um gênio no
CIC. Prefiro não dizer quem é. Há
atores aqui que balançaram as almas
e os corações das pessoas.
Grêmio - E o teatro tem essa magia,
não é?
Gustavo - O teatro é a tônica da
emoção e isso é muito importante.
8
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
PASTORAL
Nós, do grupo “Adelante siempre
delante”estamos sentindo alegria,
emoção e muita satisfação após ganharmos o 1º lugar nos níveis local,
nacional e internacional do I Concurso Internacional Concepcionista na
categoria Informática.
Falar, pesquisar sobre a beata Carmen Sallés foi um privilégio para nós,
educadores concepcionistas, pois a
cada detalhe novo que descobríamos,
nossa concepção de educadores ia se
modificando. Que informações são
essas, que possuem o poder de seduzir e conquistar as pessoas que se
aproximam delas? É fácil explicar.
Qualquer pessoa que venha conhecer a vida e obra de Madre Carmen
se transforma porque o Carisma Concepcionista de educadora que ela
transmite é um exemplo de esperança, força e fé que todos nós, educadores, devemos ter durante a nossa
vida.
“Nessa admirável tarefa de educar,
o amor e o carinho aos educandos é
fundamental. Precisamos de
aproximá-los de Deus, em quem está
a fonte do verdadeiro amor”. (Car-
Maria Imaculada do Rio de Janeiro celebraram e
e
refletiram sobre as vocações.
men Sallés). Esta foi uma das frases
que mais marcou o nosso grupo, pelo
fato de nos conscientizar do nosso
papel de educadores perante a Comunidade Concepcionista.
Resta-nos agradecer a Deus, aos
nossos familiares e à Congregação das
Concepcionistas Missionárias do Ensino, que nos deu a oportunidade de
mostrar o quanto é belo vivenciar o
Carisma Concepcionista.
Ana Paula Santos Ferreira, Maria
Estela de Bastos, Eliana Cristina da
Silva, Antônio Carlos Pedrassi
Educadores do CMI de Mococa-SP
O setor de Pastoral do CMI – Rio
aproveitou o mês de agosto para trabalhar com os alunos o tema “Vocações”. Todas as turmas participaram
de uma celebração vocacional salientando o sentido do BATISMO e os diversos estados de vida na Igreja. Foi
explicado aos alunos o objetivo da
CNBB ao instituir o mês de agosto
como mês vocacional para todo o
Brasil.
As turmas (da 1a serie do Ensino
Fundamental ao Ensino Médio) participaram, durante as aulas de Ensino
Religioso, de uma maratona vocacional, com um grau crescente de dificuldade e interesse de acordo com o
nível dos alunos.
A maratona chegou até os professores através das questões colocadas
no mural de sua sala.
Os alunos da Educação Infantil trabalharam sobre o tema vocacional, mas voltados para o lado profissional, através de entrevista com
seus pais ou responsáveis, desta-cando como eles se sentem e o
que mais lhes traz alegria na profis-
são que exercem. Expressaram o que
pesquisaram através de recorte e
colagem e montaram um painel sobre o tema.
O mesmo foi feito em relação
aos estados de vida (sacerdotal, religiosa, matrimonial e laical), pesquisando e buscando figuras relacionadas com os estados de vida
apresentados. No final, cada turma montou um painel e fez uma
visita à capela em ação de graças
pelas pessoas que vivem por um
ideal.
O mês vocacional foi encerrado
com uma celebração da Palavra na
capela, com a participação das turmas, em diferentes horários.
Cada professora acompanhou
sua turma ajudando-a a refletir sobre a importância de despertar a
comunidade para a co-responsabilidade vocacional e para pedir
ao Senhor da messe o aumento de
vocações religiosas e sacerdotais.
Senhor,
que chamaste
os apóstolos
para serem pesc
adores de hom
ens
e construtores
dum mundo no
vo,
chama também
agora os jovens
para os diversos
serviços
e ministérios da
Igreja.
Alarga os seus
horizontes
ao mundo inte
iro
e faze-os ouvir
as súplicas
de tantos irmão
s e irmãs
que anseiam po
r luz e verdade.
Santifica-os pe
lo teu Espírito
e comunica-lhes
a tua sede de re
denção,
para que respon
dam ao teu ap
elo
e sejam sal e lu
z
até aos confins
da terra.
Ámem!
Colégio Maria Imaculada - RJ
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
9
PASTORAL
maior?
Quem é o
e
Este foi o tema do II Encontrinho dos alunos de 1a a 4a
série do CIC/Passos, realizado no mês de Setembro.
Diante do grande ensinamento de Cristo sobre quem
é o maior diante de Deus, as crianças puderam refletir sobre a importância da humildade, da doação e do
serviço.
O Encontrinho teve início na capela, onde as crianças
se colocaram em oração sob a orientação de Adriana Faria, Irmã Sílvia e os alunos da Infância Missionária, que
apresentaram uma dramatização onde cada criança pôde
observar quem realmente tem mais valor para Jesus.
Em seguida foram realizadas várias atividades programadas pelas professoras e pela coordenadora do Setor
de Pastoral. Dinâmicas, trabalhos em grupo e filmes bíblicos ressaltaram as qualidades, os dons que temos e precisamos colocar a serviço dos demais, e os grandes gestos
de solidariedade e doação.
Todos unidos para evangelizar
Os alunos da Juventude Missionária também atuaram
no Encontrinho, levando as crianças a partilharem suas
idéias através de uma atividade bastante organizada e
criativa.
Os professores de Educação Física dirigiram um momento mais descontraído, convidando os alunos para jogarem um bingo bíblico. Através dessa brincadeira, as crianças puderam recordar e aprender também vários nomes
de pessoas, lugares e passagens que marcaram a vida de
Jesus e a nossa também.
Para encerrar a tarde, os alunos confeccionaram uma
minibíblia com ilustrações, versículos e mensagens que eles
mesmos conhecem do Livro Sagrado.
A Equipe de Pastoral, os educadores, as famílias e
os alunos consideram esses momentos muito fortes e significativos para a formação da pessoa,pois marcam profundamente o coração e a mente de cada um. Oferecem
oportunidades para uma reflexão importante sobre a vida,
uma avaliação da própria conduta, dando chances para
descobrir o papel que cada um tem na sociedade em que
vive.
Só seremos felizes quando reconhecermos que somos
todos irmãos e que somos capazes de mudar o rumo da
história, trazendo dias melhores, através do amor e do
serviço.
Adriana F. Alcântara Dias
Coordenadora do Setor de Pastoral do CIC Passos
10
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Encontro
Despertar
Quem é o meu próximo?
n
Nos dias 8, 9 e 10 de outubro
de 2004, os alunos da 7ª série do
colégio Madre Carmen Sallés-DF
participaram de mais um momento de reflexão, convivência e lazer,
no encontro Despertar. O encontro aconteceu na casa de Retiro
Rainha dos Mártires situada no Setor de Mansões Park Way.
O encontro foi organizado e coordenado pelo Setor Pastoral e
contou com a participação e colaboração dos alunos do Ensino
Médio Rafael Nunes, Cláudio, Ana
Paula, Natália, Thatyanne e Patrícia, e da ex-aluna Lorena. Dois
casais de professores (Mary e
Onivaldo e Eliana e Ricardo), o jovem Max, da Comunidade Católica
Shalom, e a jovem Estela participaram do desenvolvimento do encontro e ofereceram ao grupo preciosos momentos de reflexão.
Durante os dias do encontro, os alunos refletiram sobre o tema
“Quem é o meu próximo”, baseado na parábola do Bom Samaritano.
O tema foi desenvolvido através de palestras, dinâmicas, teatros e
depoimentos, procurando despertar nos adolescentes a consciência
para os quatro âmbitos relacionais: consigo mesmo, com os outros,
com a natureza e com Deus.
O encontro proporcionou maior convivência e integração entre as
turmas, levando os alunos a refletirem sobre a importância da família
como o seu bem mais precioso.
No final do encontro, já no colégio, os pais receberam os seus
filhos, cantando a música do Roberto Carlos “Como é grande o Meu
amor por você”. Foi uma grande emoção para filhos e pais.
O mês de setembro é o mês da Bíblia e no CMIRio foi marcado pelo tema “A Bíblia Manual do
Cristão”. Os Alunos, da 1ª série do Ensino do Fundamental ao Ensino Médio, motivados e orientados pela coordenadora de Pastoral e professores,
prepararam uma exposição da Bíblia com cartazes
e curiosidades sobre a mesma.
A exposição recolheu objetos que tratam da palavra de Deus, quadros, chaveiros, calendários,
bibelôs, jogos infantis, CD-ROM, livros e livretos
explicativos, mostrando como a Palavra de Deus é
divulgada. Os alunos puderam visitar a exposição
e apreciar, com alegria e satisfação, o trabalho
realizado.
As crianças da Educação Infantil trabalharam o
tema Bíblia através de textos próprios para sua idade, desenhando e levando a história para contar aos seus pais ou responsáveis.
No anseio de dar continuidade ao projeto “Conhecendo a História da Bíblia com minha Família”, os alunos de 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental fizeram a escolha de uma passagem bíblica que partilharam com toda a comunidade
educativa através do sistema de som do colégio.
Os alunos de 5ª a 8ª série pesquisaram sobre
“o que é ser discípulo” e os alunos do Ensino Médio contribuíram com cartazes bíblicos, trabalhados nas aulas de Ensino Religioso.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
11
PASTORAL
ESPIRITUALIDADE
FORMAÇÃO PARA A VIDA...
Formando para a
a
missão
A Diocese de Paulo Afonso/BA, a
partir de 2004, tem como uma das
prioridades a formação de Leigos.
Para isso, está promovendo um curso de três anos em várias etapas.
Nos dias 2, 3 e 4 de julho aconteceu, na cidade de Santa Brígida/BA,
a 1ª etapa do 1º módulo do curso Formação de Liderança do Zonal 02,
tratando o tema: Pessoa Humana Afetividade e Sexualidade.
Os objetivos dessa etapa foram:
n Possibilitar que as lideranças de comunidade tomem consciência de
sua história pessoal, do seu corpo, do seu contexto, de sua personalidade, do seu potencial, das
suas limitações e condicionamentos, buscando razões do seu jeito
de ser e de se relacionar com as
pessoas e com o mundo.
n Possibilitar que as lideranças se
comprometam, a partir dessa
consciência, com a mudança de
postura, com a valorização pessoal
e possam redimensionar a forma
de se relacionar consigo mesmo,
com os outros e com o mundo.
A etapa desenvolveu reflexões sobre a origem do nome, a consciência
corporal, a sexualidade e a história
pessoal, com enfoque nos fatos, espaços, pessoas e acontecimentos
que marcaram a pessoa, a personalidade e o contexto mais próximo que
influencia e determina o modo de
ser e pensar do ser humano –
AUTOPERCEPÇÃO. Foram 28 participantes de quatro cidades.
Nos dias 23 e 24 de julho aconteceu o repasse do Curso de Formação
de Liderança para os coordenadores
dos bairros e povoados da Paróquia
São João Batista de Jeremoabo/BA.
Aconteceu o mesmo processo do curso do Zonal 02, contando com 36
participantes, que gostaram e mani-
festaram seu interesse por conhecerem-se melhor.
A 2ª etapa do 1º módulo (do Zonal
02) aconteceu em Jeremoabo/BA nos
dias 15, 16 e 17 de outubro, com o
seguinte tema: A Sociedade: análise
da realidade econômica, política e cultural, tendo como objetivo:
n Possibilitar que as lideranças de
grupos e comunidades compreendam a história da sociedade e entendam a política como um esforço de construção do bem comum
e de uma organização social que
visa trazer vida digna a todos, assumindo o seu papel de cristão
frente a essa realidade.
“Sem Mim,
nada podeis fazer”
c
Com esse tema, os educadores do
Recanto Betânia participaram de um
dia de retiro dando início ao segundo
Semestre Letivo de 2004.
Educadores, funcionários e irmãs
se fortaleceram com o alimento espiritual da Palavra de Deus. Refletiram
sobre a importância de estar unidos
a Jesus, formando uma comunidade
cristã. “O tema mostrou que somos
ramos e que nada podemos fazer
separados da árvore. Somos todos
iguais, irmãos, e não há quem se destaque; somos ramos entrelaçados, filhos de Deus”.
Houve momentos de pleno silêncio para deixar que as palavras de
Jesus penetrassem nos corações, es-
pecialmente as seguintes: “Permanecei em mim e eu permanecerei
em vós ... e assim dareis muitos frutos”.
Individualmente, cada um pode
refletir sobre seus relacionamentos,
sua vivência, suas preocupações, alegrias e angústias do dia a dia.
Após a reflexão pessoal, houve um
momento de partilha sobre algumas
palavras-chave do texto: podar, cortar, dar frutos, permanecer, videira,
ramo, limpar, sem mim nada podeis
fazer, dar vida e secará.
Como conclusão do retiro, o grupo percebeu que momentos como
esses ajudam e levam ao crescimento humano e espiritual, tanto dos
educadores e funcionários, como das
Irmãs.
O retiro foi encerrado com a Celebração Eucarística e participação na
Eucaristia, em que Cristo é oferecido
como alimento para a caminhada do
dia a dia.
Educadores do Recanto Betânia
O grupo refletiu sobre a situação
econômica, política e cultural do nosso mundo atual para assumi-lo e
redimi-lo, não como quem está fora
do mundo ou como quem se considera “puro”, mas como alguém que
também precisa de conversão e mudança.
12
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
13
ESPIRITUALIDADE
“Fui
Eu
que vos escolhi”
Partilhando a experiência...
n
No dia 11 de setembro, os educadores do Colégio Imaculada Conceição/Passos participaram de um Retiro preparado com muito carinho pela
Equipe de Pastoral.
O tema “Não fostes vós que me
escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi” deu oportunidade a cada participante de reconhecer a sua importância como pessoa aos olhos de Deus e
repensar a missão que Ele confia a
cada um de seus filhos.
Padre Carlinhos foi quem conduziu toda a manhã, orientando os participantes para uma reflexão profunda sobre:
14
n
o chamado para a vida;
n
o chamado a viver o batismo;
n
o chamado a realizar o projeto de
Deus na sociedade.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Através de várias reflexões pessoais baseadas nos textos bíblicos, orações e um momento de partilha no
final da manhã, os educadores reconheceram que realmente são pessoas
especiais e únicas, e como é sério o
compromisso que devem assumir no
seu dia-a-dia.
Após o almoço, a Equipe de Pastoral retomou as atividades convidando os presentes para uma reflexão
sobre a seguinte questão: “Qual é a
minha resposta diante do chamado de
Deus como um(a) educador(a) Concepcionista?” Como subsídio para este momento foi preparado um material para
leitura, extraído do módulo no 10 da
Missão Partilhada “Educar na perspectiva do pobre” e alguns capítulos da
coleção “Análise da Inteligência de Cristo”. A dinâmica sugerida pela Equipe
de Pastoral foi um painel integrado.
No final do Retiro, durante a avaliação, os educadores se emocionaram
com os comentários e depoimentos
apresentados. Alguns colegas, que
pela primeira vez participaram de um
dia como esse, perceberam que foram tocados por Deus e que se sentiam realmente diferentes.
Foram vários testemunhos, que
servem de lição para o dia-a-dia de
todos: Deus está sempre presente, é
a nossa força, é a nossa luz.
Que cada educador possa se inspirar nos exemplos de Madre Carmen
Sallés, que tinha como fundamento
em sua vida o Cristo Mestre e assuma no seu dia-a-dia a sua vocação,
com fé, garra e perseverança, sob as
bênçãos de Deus e a proteção da Virgem Imaculada.
Adriana F. Alcântara Dias
Coordenadora do Setor de Pastoral
CIC Passos - MG
Em sintonia com Deus
v
“Vinde e Vede!” foi o tema escolhido pelo grupo de Pastoral Vocacional do CMI – Rio para os três dias de
reflexão dos educadores, realizado em
Iguaba, no mês de julho. Foram momentos de partilha, reflexão e crescimento espiritual num local privilegiado, de silêncio e de bela paisagem. A
acolhida e o saboroso almoço marcou
o início do encontro.
O primeiro momento de reflexão
teve como ponto de partida o texto
“A Bagagem”, que suscitou no grupo interiorização e partilha. O Salmo
138, que revela a presença de Deus
na vida de cada pessoa, foi rezado e
partilhado pelo grupo. A presença do
SSmo. Sacramento exposto veio reforçar a certeza de que Deus é pre-
sença e é presente para todos.
Momentos de lazer propiciaram ao
grupo uma maior sintonia e partilha
de suas qualidades e bom humor no
primeiro dia.
No segundo dia, depois de um
delicioso café da manhã, foi a vez da
reflexão pessoal sobre o perdão. Para
esse momento, foram indicados aos
educadores alguns textos bíblicos que
apresentavam Jesus perdoando e convidando a cada um a fazer o mesmo.
Depois de rezar individualmente, houve uma partilha da oração em que cada
um apresentou ao grupo o que significou o texto para si, bem como os apelos percebidos diante do mesmo.
Diante das palavras-chave TRABA-
LHO, FAMÍLIA, SAÚDE, AMIGOS e
ESPÍRITO, os educadores, divididos
em cinco grupos, viveram outro momento de reflexão e fizeram uma representação sobre a palavra-chave.
Cada pessoa foi convidada a elaborar um projeto pessoal de vida, motivada pela frase: “Ama-me do jeito
que és”.
A manhã desse segundo dia foi
encerrada com um churrasco.
Na tarde desse segundo dia os
educadores viveram um momento
com Maria, aprofundando e rezando
um dos mistérios do Rosário. Para encerrar a tarde, participaram da Eucaristia celebrada na paróquia Imaculada Conceição.
No terceiro dia, após o café, todos fizeram a oração pessoal a partir do Salmo 118 e como atividade
pessoal, cada um elaborou o seu próprio salmo, que foi lido diante do SSmo.
Sacramento. Depois, os participantes
foram divididos em dois grupos e cada
um recebeu um texto para discussão,
após a qual, todos permaneceram um
longo momento diante do SSmo. meditando sobre o tema “As Cruzes”.
Cada um fez seu compromisso.
Concluindo o compromisso, foi feita uma avaliação encerrando o retiro, que deixou nos participantes o desejo de que momentos como os que
viveram se repetissem outras vezes
durante o ano.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
15
AÇÃO COMUNITARIA
Vivendo e praticando a
fraternidade
o
Engajados na Campanha
da Fraternidade deste
ano, alunos do CIC-Passos
realizam gestos concretos
em favor da comunidade
local.
16
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Os alunos do Ensino Médio do Colégio Imaculada Conceição/Passos,
preocupados e conscientes da grave
situação sobre a escassez de água em
vários lugares do mundo e indignados com a falta de higiene e de saneamento básico de muitos brasileiros,
resolveram elaborar e desenvolver um
projeto, em sintonia com a Igreja e a
CNBB, que pede para que ninguém
fique sem água.
A iniciativa partiu de alunos das 1ªs
e 2ªs séries do Ensino Médio, através
de uma visita aos moradores carentes da Rua do Valinho, local onde o
CIC atua há mais de dez anos através de campanhas de solidariedade e
promoção social.
Foi feito um levantamento de dados e constatou-se que várias residên-
cias não tinham as mínimas condições
básicas de Saneamento. Muitas pessoas não faziam uso de esgotos e nem
mesmo de banheiros.
Apoiados pelos professores de Ensino Religioso e Biologia, os alunos arregaçaram as mangas e começaram
a trabalhar em favor desses irmãos
mais necessitados. Com a ajuda de
pais de alunos e amigos, conseguiram uma boa parte dos materiais para
a construção dos banheiros e redes
de esgoto para os moradores do
Valinho. Pias, chuveiros, encanamentos, vasos sanitários, cimento e tijolos, foram entregues em algumas
casas. Com a ajuda dos próprios moradores do local, um mutirão foi organizado para começar a construção.
Os alunos puderam observar e tirar uma grande lição de vida: para
que um sonho seja realizado é preciso que a fé, o compromisso e a
fraternidade estejam presentes no
coração de cada pessoa.
Através dos exemplos de vida desses nossos irmãos tão sofridos, mas
que muitas vezes não perdem a esperança e a vontade de lutar por uma
vida digna, é que aprendemos a valorizar a nossa vida, as oportunidades que nos são oferecidas, a tomar
consciência de que somos pessoas privilegiadas com o que possuímos e que
por isso Deus nos confia uma grande
missão: colaborar com o seu Reino,
amando e servindo sempre.
Adriana Faria de Alcântara Dias
Coordenadora do Setor de Pastoral do
CIC / PASSOS - MG
gestos que aliviam
os sofrimentos
“A vida aqui só é ruim quando não
chove no chão; mas se chover dá de
tudo, fartura tem de porção.Tomara
que chova logo! Tomara, meu Deus
tomara! ...”
(Trecho da canção “Último Pau de Arara”, de
Venâncio, Corumba e José Guimarães)
a
Ao propor o tema da CF/2004: “FRATERNIDADE E
ÁGUA”, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) quis chamar a atenção para o valor vital da água
para todos os seres vivos, sua importância social e a necessidade da participação de todos no cuidado e gestão
desse bem comum; quis também questionar o conceito
mercantil da água e mostrar que, mais que um recurso,
ela é um patrimônio e um bem necessário a todos; nela,
de fato, há um vasto conjunto de valores que dizem respeito às mais diversas dimensões da vida, como: econômica, sagrada, simbólica, lúdica, entre outras.
Conscientes dessa importância, os colégios Concepcionistas da Província do Brasil procuraram trabalhar com
os alunos, de forma interdisciplinar, todos os aspectos
que envolvem esse elemento tão essencial para a sobrevivência.
Os alunos foram mobilizados durante o ano para assumirem, em relação à água, os princípios do cuidado,
da responsabilidade e da solidariedade. Diversas atividades foram realizadas para isso.
Em relação ao princípio da solidariedade, houve empenho dos educadores para que os alunos pudessem
conhecer a realidade daqueles que sofrem as conseqüências da falta da água e de cuidados com a mesma. O
projeto “Campanha para ajudar o Semi-árido do Brasil
na construção de poços” foi desenvolvido em algumas
escolas com o objetivo de levar os alunos à expressão
concreta de solidariedade para com os que carecem desse
bem tão precioso. O resultado foi o seguinte:
Colégio Maria Imaculada - São Paulo
R$5.000,00
Colégio Madre Carmen Sallés - Brasília
R$2.000,00
Colégio Imaculada Conceição - Passos
R$1.000,00
As contribuições da Campanha foram enviadas à
CÁRITAS BRASILEIRA, organismo da CNBB, responsável
pela administração do Fundo Nacional de Solidariedade e
serão aplicadas em projetos relacionados ao abastecimento e tratamento de água voltados ao consumo humano
da população do semi-árido brasileiro.
Outros gestos de solidariedade foram desenvolvidos em
outros colégios como no CMI - Brasília, que realizou a Campanha do Filtro com a finalidade de distribuí-los
às famílias carentes do
entorno de Brasília.
Os gestos podem parecer pequenos se comparados com a enorme
necessidade de tantas
pessoas, mas é a expressão dos corações generosos que se despertaUma das cisternas construídas pelo
ram para amenizar os
projeto da Cáritas
sofrimentos dos que padecem. Diante de Deus, gestos como esses se tornam grandes e nos convidam a não esperar que os outros façam
para depois fazermos.
Esperamos que a solidariedade manifestada encontre
novos adeptos e que possamos nos unir às grandes redes
de solidariedade. Assim como o pequeno beija-flor que queria, com a água levada em seu bico, apagar o fogo que devastava a floresta, que nós também possamos ajudar a aliviar
o sofrimento de tantos irmãos que se encontram à margem
da sociedade, excluídos dos benefícios do progresso.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
17
AÇÃO COMUNITARIA
Espanholizar
Multiplicando o saber
c
Com o objetivo de trabalhar a educação em todos os espaços, o Colégio Regina Pacis de Belo Horizonte,
em parceria com a Igreja Santíssima
Trindade, do bairro Gutierrez, vem
desenvolvendo um projeto de educação preparatória para o vestibular.
Além de cumprir a prioridade
educativa da escola, visa desenvolver
entre os alunos os valores, especialmente a solidariedade. Os alunos do
Ensino Médio do Colégio Regina Pacis
sob a coordenação do professor de
espanhol Ronan Oliveira Couto e da
supervisora escolar Vânia Prosdocimi,
ministram as aulas de Espanhol a alunos do pré-vestibular, com uma
metodologia participativa e conteúdo básico da língua.
Nesse processo, os alunos do Regina Pacis preparam as aulas, o material pedagógico e, posteriormente,
repassam o conteúdo aos alunos do
Pré-vestibular Trindade que, em grande parte, são moradores das
vilas e favelas da região.
A troca de experiências e
a aprendizagem, de ambos
os grupos, é fantástica. Por
um lado, os alunos do Prévestibular têm acesso ao
novo saber, à língua e literatura hispânica.
Por
outro
lado, os
alunos do
Alunos do Ensino Médio
do Colégio Regina Pacis
ministram aulas de
espanhol a alunos do
pré-vestibular, com uma
metodologia
participativa e conteúdo
básico da língua.
Regina Pacis , no processo de preparação das aulas, têm a possibilidade
de aprimorar o próprio conhecimento da língua, praticar a solidariedade
e perceber o outro como ser humano capaz, igual em sonhos, desejos e
lutas, ainda que diferente economicamente.
No meio do processo, constatamos
que para alguns alunos a dificuldade
de expressar-se em público, de
verbalizar o saber era imensa. É bem
verdade que alguns alunos se negaram a participar do processo verbal,
se dispuseram a organizar o material
pedagógico, mas não se viam capazes de dar
uma aula,
ainda que fosse sobre um conteúdo
já dominado.
E o que é a solidariedade se não
oferecer um pouco de nós mesmos
sem ferir-nos?
“Senti-me muito lisonjeado, pois
pude perceber que o pouco que
aprendi durante o ano letivo, tive a
oportunidade de ensinar a pessoas
que têm menos oportunidades na
vida”. Sérgio Duarte (aluno do 1º
ano do Ensino Médio)
“Ao subir as escadas não foi possível conter o frio na barriga e a sensação de que iria dar tudo errado e de
que os anos de espanhol estudados
teriam sido em vão. Mas ao entrar na
sala e ver os olhos e faces esperançadas
dos alunos, a vontade de ensinar tornou-se maior do que a vergonha e insegurança, e tudo se tornou mais nítido. O espanhol estudado também
serviu para abrir os olhos e mostrar
que até com pequenas coisas e conhecimentos podemos ajudar os que
necessitam, os que não têm as
mesmas oportunidades como
nós, alunos de uma escola particular”.
“Abri os olhos para
mostrar também que
os bichos de quinhentas cabeças
imaginados por todos são somente
frutos de nossa imaginação e que eles
são alunos como nós, que visam
aprender e poder usar sua sabedoria
para um futuro melhor.” Anna Carolina Gonçalves (aluna do 2º ano
do Ensino Médio)
“A experiência de transmitir e trocar conhecimentos entre pessoas com
realidades sociais diferentes, me alegrou e detonou uma vontade de dar
continuidade a esse trabalho. Uma
das grandes vantagens de tê-lo feito
foi a de experimentar o sentimento
de satisfação que antes era de insegurança e que foi facilmente substituído pelo prazer de estar ali.” Carolina Paulino Alcântara (aluna do 1º
ano do Ensino Médio)
Alguns alunos já repetiram aulas,
programaram outras e estão ativamente envolvidos no processo do prévestibular. Outros, aparentemente
menos envolvidos, estão participando ativamente da preparação das
aulas, dos debates e da avaliação pósaula.
Conquista
o
Hoje, a prática da solidariedade, o
senso da responsabilidade, a caridade e o compartilhar fazem parte da
vida cotidiana dos alunos do Colégio
Regina Pacis, ou simplesmente do Regina, como são conhecidos. E mais
importante do que isso, eles aprendem mais e mais, não só espanhol,
mas a amar, a ver o outro como semelhante, a fazer-se especial e ver o
outro como especial também.
“Tive a oportunidade de ser um
professor solidário durante um dia e
pude experimentar o sentimento de
fraternidade na partilha do conhecimento da língua espanhola que obtive durante o ano letivo, com alunos
que não tiveram oportunidades de ter
esse aprendizado anteriormente.”
Sabrina Galan (aluna do 1º ano do
Ensino Médio)
Ronan Oliveira Couto
Professor de Espanhol do Colégio
Regina Pacis-BH
18
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Voluntariado
Os alunos de 5ª a 8ª série do CMISP, sob a coordenação do Padre Diler,
capelão da escola, desenvolvem um
trabalho voluntário semanal de “Recreação” com as crianças da Creche
Lar Escola Madre Carmen Sallés.
Foi solicitado aos jovens participantes desse projeto de solidariedade que definissem o que é solidariedade. As respostas foram surpreendentes! Eis algumas:
Num mundo tão diverso como o
nosso, em que muitas vezes impera
o egoísmo e os interesses puramente pessoais, os pequenos gestos de
solidariedade fazem a diferença.
A responsabilidade com a implantação de uma cultura solidária começa com pequenos gestos como esses dos alunos de 5ª a 8ª série do
CMI-SP.
Ser voluntário é...
Ajudar o próximo sem
pensar no
que você ganhará em
troca;
Fazer-se criança;
Brincar;
Pintar;
Jogar;
Dar carinho;
“Ser palhaço”;
Receber o amor;
Dar atenção;
Doar tempo livre;
Tornar as crianças felize
s;
Partilhar;
Experiência divina;
Trabalho remunerado
com amor,
carinho e esperança;
Doar-se sem esperar ret
ribuição;
Vontade livre: “eu quero
”;
Entrar no jogo;
Alegria;
Gratificante;
Caridade;
Sorrir;
Brilho nos olhos;
Mostrar que se importa
com as
pessoas”.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
19
AÇÃO COMUNITARIA
De 40 crianças
A Creche Lar Escola Carmen Sallés está de
Casa Nova
É mais um espaço
educativo concepcionista
que se amplia para
melhor cumprir a missão
da congregação:
evangelizar através da
educação preventiva,
tendo Maria Imaculada
como fonte inspiradora.
20
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
a
A Creche Lar Escola Carmen Sallés
iniciou suas atividades no ano de
1992, na Rua Maestro Cardim, próximo ao colégio Maria Imaculada.
Com essa Obra, o CMI-SP se abria
para atender crianças carentes cujas
mães necessitavam de um lugar para
deixar seus filhos durante seu período de trabalho. Era o começo de uma
ação solidária que faria muitas crianças sorrirem e daria uma maior tranqüilidade às mães.
Apesar de todo o empenho para o
desenvolvimento da ação educativa,
a casa era pequena, o que limitava o
trabalho dos educadores, que nem por
isso deixavam de manifestar o grande amor que abrigava seus corações.
Mas se o amor e a coragem eram
grandes, o que dizer dos sonhos? Para
eles não há limites.
Foi o que ocorreu com a visita de
Ir. Maria Luz, Superiora Geral da Congregação, dizendo à coordenadora:
“Maria Lúcia, depois de dois anos não
vejo nada de novo na Creche”. Isso
calou fundo no coração da coordenadora, mas o que fazer! O jeito era
garantir a qualidade do serviço realizado e isso era bem feito.
Não faltavam utopias. Como essas
são impulsos para que as coisas se
transformem, chegou o momento da
Creche ver sua cara nova.
A Congregação encarou de frente
o desafio e uma nova Obra foi
construída. Numa construção feita
com muito gosto, expressão do amor
dos corações das Concecpionistas que
fiéis a sua Fundadora Carmen Sallés,
olham de modo especial os pequeninos, a Obra surgiu.
atendidas pela Creche
nas antigas instalações,
o novo espaço
permitiu o aumento
para 75 crianças.
Chegou o dia da mudança, 27 de
outubro de 2004. Educadoras, mães
e crianças entravam na Creche vislumbradas com tudo o que viam.
Quando as mães souberam da mudança de local, não lhes faltou coragem para mudar a rota de seu retorno para casa por um dia e passar para
ver onde é que levariam seus filhos.
A nova obra tem salas amplas e
arejadas, refeitório e cozinha cuida-
dosamente preparados, sala de atendimento às famílias, sala de coordenação, sala de professores, espaço para recreação e banheiros adequados à faixa etária das crianças. Tudo preparado com bom gos-
É mais um espaço educativo
concepcionista que se amplia para
melhor cumprir a missão da congregação: evangelizar através da educação preventiva, tendo Maria Imaculada como fonte inspiradora, fa-
to para fazer qualquer criança vibrar
de alegria ao entrar em um espaço
limpo, saudável e bonito. E foi assim.
A equipe de coordenação também
teve que fazer seus ajustes. Nada fora
do possível, mas uma adequação necessária para quem sai de um espaço pequeno, adaptado e restrito, para
outro, amplo e adequado ao número de crianças atendidas. Este foi
outro ponto alterado. De 40 crianças atendidas, o novo espaço permitiu o aumento para 75 crianças.
A Creche Lar Escola Carmen Sallés
funciona agora na Av. Conselheiro
Rodrigues Alves, nº 419, perto da Estação Ana Rosa do Metrô.
vorecendo a formação da pessoa e
a percepção de si mesma enquanto
sujeito histórico, capaz de influenciar
na construção de uma sociedade justa e fraterna, por meio do testemunho e anúncio de valores humanocristãos.
Tudo o que foi realizado e
disponibilizado para a formação
das crianças, despertou em todos,
um sentimento de gratidão pela Congregação que, não só busca oferecer condições de formação para
as crianças, mas prima na preparação dos espaços educativos. Que
Madre Carmen Sallés acompanhe o
desenvolvimento dessa Obra em favor de crianças que necessitam.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
21
HOMENAGEM
Adel
a
nte,
siempre adelante!
Seguindo os passos de Madre Carmen Sallés
h
Há nove anos atrás, eu contava
com três filhos no Maria ImaculadaDF. Minha família e eu mantínhamos
estreitas relações com o Colégio.
Certa vez, quando Ir. Vanilda
Rodrigues, diretora do colégio, foi até
a minha casa com outras Irmãs para
apanhar um biombo que minha sogra doara para a Capela do colégio,
tive a surpresa de recebê-la.
Quando a procurei no colégio, ela
disse: “Estamos precisando de uma
pessoa que se disponha a nos ajudar
em alguns setores da escola e pareceme que o senhor é a pessoa indicada.
Gostaria de vir trabalhar conosco?
Acho que o senhor vai gostar”.
Aceitei o convite e, na semana seguinte, iniciava o novo desafio. No
início, com as normais inibições.
22
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Na 2ª semana, a descontração chegou: foi a organização do famoso
claviculário . Começava a nascer
para mim um novo campo de trabalho! Era mais um “atleta do trabalho
que vestia a camisa do Maria Imaculada”.
Os primeiros contatos com os alunos foram de observação para perceber a aceitação à minha pessoa.
Minha descontração foi fundamental.
Hoje, vejo que tudo o que “ fiz na
escola”, retornou a mim como fonte
de ensinamento, de convívio com os
jovens e com as crianças.
Quanta coisa aprendi e quanto me
ajudaram na criação de meus três filhos adolescentes, com os quais, às
vezes, sentia dificuldade de dialogar.
Aos poucos, fui percebendo que
o que fazia não era mais a aceitação
de um convite, mas uma missão, um
objetivo a atingir.
Os alunos do Maria Imaculada passaram a fazer parte do meu dia-adia, o ponto central de minhas preocupações, o foco de minhas orientações disciplinares, um pequeno
exército de pequenos soldados,
tratados como seres humanos em
formação, que muito dependiam de
orientação, firmeza e fraternidade.
Hoje, quando vejo aqueles pequeninos da Educação Infantil e os alunos do Ensino Fundamental cantando respeitosamente o Hino Nacional, com a mão direita sobre o coração, emociono-me porque sinto
que o meu pequeno exército
aprendeu muitas lições, inclusive as
de civismo.
Deus guiou-me até o Colégio Maria Imaculada porque ali estava uma
missão a cumprir, missão que nasceu
de um simples convite para durar
apenas dois anos e que já caminha
para o 1º decênio.
Madre Carmen Sallés deve ter suas
razões para conservar-me como um
servidor de sua missão. Continuarei
realizando essa missão enquanto ela
julgar útil o meu trabalho e enquanto este for necessário.
Carlos Emanoel
Auxiliar de Coordenação do Colégio
Maria Imaculada de Brasília
Uma pessoa comprometida com a
Missão Concepcionista neste pedaço
de Lago Sul
Educar
Ato de amor
e
Educar é um ato de amor, é uma
vocação. Se levarmos a sério nossa
missão de educadores, nossa mensagem, nosso exemplo e testemunho de vida chegarão até nosso
aluno.
O compromisso com o Projeto
Educativo Concepcionista, com
sua VISÃO, com a MISSÃO de evangelizar através da educação preventiva, tendo Maria Imaculada como
fonte inspiradora, fundamentados
nos princípios Religiosos, Éticos e
Políticos, Didáticos e Pedagógicos, favorecerão para que possamos chegar, não só aos nossos alunos, mas também àqueles que se
relacionam com eles e conosco.
Busquemos dentro de nós a solução para resolvermos os problemas cotidianos, inclusive aqueles
que parecem não ter solução.
Transpor montanhas, escalar muros e atravessar rios... A história humana, à luz da fé, é a história da
caminhada de Deus com os homens e mulheres.
Deus que é Trindade comunicanos não só a vida, mas também sua
imagem e semelhança. A criação
toda comunica as maravilhas de
Deus: “Os Céus cantam a glória de
Deus e o firmamento proclama a
obra de suas mãos”. Sem palavras,
a criação fala por toda parte até os
confins do mundo, mas é a pessoa humana a que mais fala de
Deus. Falemos de Deus aos nossos
alunos com nossa vida, vivida na
simplicidade e na bondade...
Se ensinarmos aos nossos alunos
a gratidão, o direito, a justiça e o
amor de Deus, que é grande e misericordioso, um dia eles reconhecerão e serão capazes de dizer o que
um aluno desconhecido disse a um
de seu professores:
Professor, trago um recado de
muita gente.
Houve gente que praticou uma
boa ação
E manda dizer que foi porque
Seu exemplo a convenceu.
Houve alguém que venceu na vida
E manda dizer que foi porque
Suas lições permaneceram.
E houve mais alguém que superou
a dor e
Manda dizer que foi lembrança de
Sua coragem que o ajudou.
Por isso, você é importante.
O seu trabalho é o mais nobre.
De você nascem a razão e o
progresso,
A união e a harmonia de um povo.
E agora... SORRIA.
Esqueça o cansaço e a
preocupação
Porque há muita gente pedindo a
Deus
Para que você seja muito feliz!
Ser pai é tarefa difícil inda mais no mundo atual,
ser capaz de ser caminho, mas também
ser limite.
Ser doce sem deixar de ser jamais
referência masculina,
ter autoridade sem ser nunca
intransigente,
autoritário, mandão. . .
Ante o insucesso, o desânimo,
antes de dizer que desiste,
é importante lembrar:
pai é âncora e vela
e ele tem tanto a viajar.
Pai não castra sonhos,
estimula e orienta . . .
Não nos querem como deuses,
muito menos seus heróis;
não vamos fazê-los espelhos, cópias ou
nossos iguais.
Cada um tem seu perfil
e é preciso respeitá-lo,
num exercício constante
de ensinar e aprender.
Ser pai é tarefa difícil
mas muito gratificante:
com a mesma firmeza do sim
ser capaz de dizer não,
porque, se não o fazemos,
o mundo e a vida o farão
(nem sempre com a mesma ternura!).
É um misto de alegria,
de medo, de insegurança,
de mundo a ser descoberto,
de história a se escrever.
Pois é. . .
Ser pai é tarefa difícil.
Quanta beleza, no entanto!!!. . .
Wellington Cortes
Ir. Vera Lúcia Marini
Diretora do Centro Educacional
Recanto Betânia
é um renomado educador de Brasília, autor desta
poesia e de muitos textos que poeticamente expressam o cotidiano da família e da escola. Gentilmente ele nos cedeu a poesia para que fosse
apresentada aos pais na comemoração do Dia
dos Pais no
Colégio Maria
Imaculada de Brasília.
INTEGRAÇÃO
n Dezembro 2004
23
HOMENAGEM
Homenagear os
Ao mestre,
com carinho
professores de forma
criativa, no dia 15 de
outubro, é parte da
programação de
atividades dos alunos do
Ensino Médio. O
momento é propício para
que os alunos retribuam a
atenção e o carinho com
que são tratados por seus
professores.
Na semana que antecede
o Dia do Educador, a
professora de português
propõe a produção de
cartões personalizados
que serão expostos nos
murais do colégio e
aguardados com
ansiedade pelos
professores.
Os alunos da 3ª série
contam um pouco dessa
experiência:
24
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Ao longo desses três anos,
tivemos a oportunidade de
conviver e aprender com os pro
fessores, portanto nada mais
justo
que homenageá-los, no dia
dos
professores, com algumas me
nsagens, de forma criativa e
sincera. Achei interessante que
os
professores soubessem o
quão
importantes são, não só
para
nossa formação intelectual,
mas
também para nossa forma
ção
pessoal.
Bruno Karia
s anos pas, como no
ro
b
tu
u
o
mural de
Em
ruímos um
st
n
o
c
s,
o
o os prosad
enageand
m
o
h
s
o
d
a
rec
cia, pois
fessores.
a experiên e d e
m
ti
ó
a
m
u
ad
Foi
o p o r t u n id
a
s
o
m
e
atenção
t iv
arinho e a ssores
c
o
r
a
rn
reto
profe
emos dos
que receb
os do Ensi
n
a
os três
d
o
g
n
lo
ao
.
s
no Médio
e dizer ao
o nosso d
it
m
je
e
s
m
o
u
É
ntim
s o que se
ibam disprofessore
sa
e
u
eles, e q
a
o
ã
ç
la
re
mples, cri
maneira si
a
m
u
e
d
so
ertida.
ativa e div
A tradição de homenagear os mestres
Costa
Carolina
durante o mês de outubro representa
uma das atividades mais esperadas pelos alunos, pois poderão expressar a seus
professores, por meio de cartões expostos no mural do colégio, seu afeto e admiração. A cada ano, inovações quanto
à confecção dos cartões surpreendem os
professores e explora ao máximo a capacidade criativa dos discentes.
Júlia Letícia
co nv ivi
Po r m ui to s an os
av ilh os as
co m pe ss oa s m ar
i o que é
com quem aprend
como condisciplina, respeito,
dos, como
viver bem com to
dades da
combater as dificul
do, conhevida e, acima de tu
eira.
ci a amizade verdad
is como
cia
pe
es
o
Pessoas tã
ixar de ser
essas não podem de
r isso, nós,
homenageadas. Po
os e fazealunos, nos reunim
s mestres,
mos lembranças ao
das e guaras quais são recebi
rinho.
dadas com muito ca
Christianne
Meu nome é Federico Ribeiro Cereijo, tenho 17 anos e este é o
segundo ano que estudo no Colégio Madre Carmen Sallés.
Nesses dois anos em que cursei a segunda e a terceira séries do
Ensino Médio, tive a oportunidade de prestar homenagens aos professores. Essas homenagens são cartões que mandamos para o professor com o qual mais nos identificamos.
Na segunda série, fizemos um jogo de “cruzadas” com a frase
“Ao mestre, com carinho” na vertical e elogios, correspondentes às
letras, na horizontal.
Na terceira série, além do cartão, tive a honra de ser o responsável
pela confecção da frase “Ao mestre, com carinho” em letras grandes
e criativas para a ornamentação do mural.
Tenho que admitir que deu trabalho, porém foi prazeroso. Meu
trabalho foi elogiado e vi que, com toda certeza, valeu a pena.
Espero que esses cartões que foram feitos se tornem uma tradição,
afinal é uma maneira simples de demonstrar o carinho que temos
pelos professores.
O dia do
s profess
ores tem
últimos a
nos uma
s
data marc ido nos
nós, alun
ante para
os, pois é
uma opo
de demo
rtunidade
nstrarmo
s
o
conhecim
nosso afe
ento aos
to e renossos m
uma form
estres. D
a bastan
e
te criativ
dora, a c
a e inova
ada ano,
os discen
vertem e
tes
sc
quais são r e v e n d o m e n s a g se die
muito be
m recebid n s , a s
Esta form
a
s
.
a
de agrad
mostra q
ecimento
ue, além
nos
de uma p
nos passa
essoa qu
seu conh
e
ecimento
guia e no
, que nos
s ensina
os valore
éticos, o
s morais
professo
e
r é algué
preocup
m que s
a conos
e
co, um
amigo, a
verd
quele de
que jama a d e ir o
esquecer.
is iremos
Maria Ce
cília
Poder expressar o que sentimos pelos
professores é algo que adoro fazer. É o
momento em que posso retornar tudo de
bom que recebi e agradecer toda a dedicação e paciência com que somos tratados.
Este ano foi mais especial ainda, aliás
estamos deixando esse ambiente maravilhoso. Sentirei saudades.
Fabiana
Soraia Cristina R. Karia
Professora de Português e coordenadora da
Área de Português do Colégio Madre Carmen
Sallés - Brasília
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
25
PARTILHA
E a procura por esses intercâmbios é espantosa! Varia entre oitocentos a mil estudantes por verão. E
como deslocar tamanha quantidade
de gente da Espanha para a Irlanda?
As Irmãs Concepcionistas mantêm
uma parceria com a Agência ‘Viajes
Dublín’, uma parceria que deu certo.
As famílias dos alunos escolhem,
antecipadamente, a modalidade de
hospedagem que querem para seus
filhos: internatos ou casas de famílias
irlandesas.
E como é um dia de estudante, na
Irlanda? Durante o dia, todos os alunos estão no colégio, com aulas de
inglês pela manhã e atividades esportivas, recreativas e culturais pela tarde. Nos finais de semana, os alunos
Sonhar
sem fronteiras
Ir. Terezinha de Jesus
Duarte conta um pouco
de sua experiència
como monitora de
alunos espanhóis na
Irlanda.
26
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
s
Sonhar sem fronteiras parece um
pleonasmo, pois nossos sonhos já são
sem fronteiras. Com eles vamos concretizando nossos desejos, conscientes ou não.
Meu desejo ia longe, até já estava
empoeirado pelo tempo, pois havia
ocorrido mais forte no final da Faculdade, na década de oitenta, ao término do curso de língua e literatura
inglesas.
E qual era esse desejo? Sair, além
fronteiras, para praticar inglês. Os
sonhos tinham uma direção não voltada para os Estados Unidos e sim
para algum país da Europa.
De repente, em 2004, quando
menos esperava, veio o convite: passar um mês na Irlanda, como
monitora de alunos espanhóis. Uma
oportunidade ímpar para praticar
meu inglês, bastante adormecido pelo
desuso.
Aos poucos fui tirando a poeira,
acordando meu antigo sonho. Acolhi o convite com satisfação e fui.
Mas como assim? Onde fui arrumar alunos espanhóis para acompanhar? Ah, esse trabalho já estava consolidado na Espanha. Há vinte e sete
anos as Irmãs Concepcionistas daquele país realizam essa linda missão de
proporcionar o encontro de pré-adolescentes, adolescentes e jovens com
a cultura e a língua inglesas, na maravilhosa e verde Irlanda, que de tão
verde é carinhosamente chamada de
país esmeralda.
CONTINUA
participam de visitas a museus, a pontos turísticos e a shoppings, em
Dublim e seu entorno. Durante todo
o tempo, os estudantes são acompanhados por seus monitores, na proporção de quinze para um, numa
convivência amiga.
No final do curso, os alunos fazem
um exame, no qual desenvolvem um
tópico de sua escolha e no qual foram trabalhando durante o mês. Os
estudantes podem também fazer a
opção pelo exame oficial. Neste caso,
os examinadores são do famoso
“Trinity College” de Dublin.
Um sonho ainda fica: Oxalá possamos alargar as fronteiras e pensar
grande. Que tal termos alunos brasileiros nesse grupo, enriquecendo ainda
mais o projeto ‘Viagem a Irlanda’?
Ir. Terezinha de Jesus Duarte
Diretora do Colégio Madre Carmen Sallés
- Brasília
Mulheres e homens de coragem
Acredito que quando Madre Carmen fundou a Congregação das Irmãs Concepcionistas Missionárias do Ensino, não
imaginava em que solo fértil havia semeado!
Quanto sofrimento, quanta angústia...mas deu
certo! Ela recebeu a intuição vinda dos céus e
seguiu seu caminho de rosas e espinhos. E venceu! Hoje, depois de mais de 100 anos, seus ensinamentos permanecem através das Irmãs Concepcionistas e de muitos leigos que assumem
o carisma e rodam o mundo esclarecendo
os jovens e suas famílias, ajudando-os na
construção de um mundo mais justo e na
vivência das atitudes de Maria em suas vidas.
Agradeço a Deus, a Maria Imaculada e
a Carmen Sallés por sua coragem em fundar uma Congregação com a missão de
evangelizar através da educação. Se ela
não tivesse dado sim a Deus, hoje, certamente eu não faria parte dessa grandiosa Família Concepcionista.
Observando os alunos do município onde moro e os jovens do Recanto Betânia, constato que são, de fato, diferentes. Talvez não consigamos dar a eles
tudo o que desejamos, mas o principal
são os valores que Carmen Sallés nos deixou como exemplo de vida, e isso eles têm
no coração porque procuramos conhecer,
viver e transmitir a eles esses valores. E como
um mundo melhor se faz com pessoas melhores, percebemos, através do comportamento
dos nossos alunos, que nossa contribuição tem
sido válida.
Agradeço também a Deus, por fazer parte desta Família Concepcionista, e às Irmãs
Concepcionistas Missionárias do Ensino, pela
coragem de prosseguir com tão dignificante
trabalho, apesar de tantas dificuldades.
Marta Valéria
Professora
Recanto Betânia
INTEGRAÇÃO
n Dezembro 2004
27
PELO MUNDO
Concepcionistas em Filipinas
A Congregação Concepcionista
fundada pela Beata Carmen Sallés y
Barangueras no ano de 1892, sentindo o desejo de ampliar a ação apostólica e missionária nos países asiáticos, chegou a Filipinas em 1985.
Para iniciar a missão no país, diante de tantas necessidades, a congregação definiu alguns pontos:
Filipinas é uma nação
que se diferencia da
maioria dos países
asiáticos, pois tem o
cristianismo como
religião predominante.
ial:
Nome ofic
Filipinas
Re pú bli ca da s
.
Pilipinas)
(Republika ñg
,
filipino (oficial), inglês
is
na
gio
re
es pa nh ol, lín gu as
bicol).
o,
ng
ilo
,
alo
tag
o,
(cebuan
Idi om a:
Capital:
Manila
Quezon City
654.761),
(1.989.419), Manila (1.
), Da va o
Ca loo ca n (1. 02 3.1 59
2.2 99 )
(1. 00 6.8 40 ), Ce bu (66
ades:
Principais cid
(1995).
Cr ist ian ism o 93 ,8%
tes tan tes
(ca tól ico s 82 ,9% , pro
nte da s
de
en
ep
Ind
8,3 % , Igr eja
o 4,6%,
Filipinas 2,6%), islamism
outras 1,6% (1990).
Re lig ião :
otal:
Tot
ea
a T
Ár
Áre
300.000 km².
76 milhões,
ineses 2%,
ch
,
%
96
sendo malaios
outros 2%.
dia
ia Declarada no
Independênc
a
cid
he
on
12 de junho de 1898 e rec
46
no dia 4 de junho de 19
00 ):
Po pu laç ão (20
1 pe so (pi so ) = 10 0
centavos (centimo).
Moeda:
28
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Expansão da Missão
Concepcionista na
Ásia
a
As Filipinas são um arquipélago de
7.107 ilhas com uma área terrestre
total de cerca de 300 000 km². As
ilhas costumam ser divididas em três
grupos: Luzon (Regiões I a V + RCN +
RAC), Visayas (VI a VIII) e Mindanao
(IX a XIII + RAMM). Manila, em Luzon,
é a capital do país e a segunda maior
cidade, depois de Quezon City.
O clima é quente, úmido e tropical. A temperatura média anual fica
em torno de 26,5 ºC. Os filipinos costumam falar de três estações: o Taginit ou Tag-araw (a estação quente, ou
verão, que dura de Março a Maio), o
Tag-ulan (a estação chuvosa, entre junho e novembro) e o Tag-lamig (a
estação fria, de Dezembro a Fevereiro).
Localizada no sudeste do continente asiático, a nação filipina é formada por um arquipélago no Oceano Pa-
cífico, entre o Mar das Filipinas e o
Mar da China Meridional. Em geral,
as ilhas são montanhosas e metade
do território é coberto por florestas.
A maior parte das acidentadas ilhas
estava originalmente coberta por florestas úmidas. A origem das ilhas é
vulcânica. O ponto mais elevado é o
monte Apo em Mindanao, com 2,954
metros. Muitos dos vulcões do país,
como o Pinatubo, estão ativos. O país
está também integrado na região de
tufões do Pacífico ocidental e é atingido por uma média de 19 tufões por
ano.
Com 76 milhões de habitantes, Filipinas é a sétima nação mais populosa da Ásia e apresenta alta densidade demográfica. Mais de 30% dos
filipinos têm idade inferior a 15 anos
e estima-se que a população dobrará
de tamanho por volta de 2025.
n
n
n
Embora a maioria dos filipinos habitem zonas urbanas, a população rural reside em áreas de difícil acesso.
A região metropolitana de Manila, a
capital, tem quase 10 milhões de habitantes. Infelizmente, as favelas dominam muitas das cidades filipinas e
há pessoas que vivem até em aterros
sanitários, sobrevivendo com a exploração do lixo. Mais de 90% da população é constituída de malaios, mas
há minorias de chineses e ocidentais.
A maioria da população adulta é
alfabetizada e a nação tem se modernizado gradualmente. Apesar disso, ainda há muita pobreza e o trabalhador filipino ganha, em média,
menos de US$ 5 mil por ano. O país
produz diversos produtos para exportação, mas a maioria dos trabalhadores se dedica à agricultura.
A primeira casa: em Manila;
A atividade apostólica: residência
para estudantes universitárias;
As irmãs: darão aulas de espanhol
na universidade de Adamson e
de Formação Religiosa na
Women‘s University of the
Philippines.
Desde o início, a missão das Irmãs
concepcionistas na Residência de
Manila está centrada na atenção personalizada às residentes, grupos de
reflexão, palestras formativas, celebrações e encontros, tempos de reflexão no final de cada dia, com a leitura da Palavra de Deus e um canto
Mariano do tempo litúrgico, encontros e dias de retiro vocacional, tanto
para as residentes como para outras
jovens interessadas na vida religiosa,
e atividades de solidariedade.
Logo que se constituiu a primeira
comunidade das irmãs na cidade de
Manila, depois dos passos iniciais, começou o que seria o campo apostólico das Irmãs: a Residência Universitária, que tinha como objetivos:
Oferecer um ambiente de família
onde as universitárias pudessem viver
em clima de amizade com as outras
residentes e receber orientações das
religiosas.
·n Ser Casa de Maria, (MARY HOUSE)
e, sob sua proteção, desenvolver todas as atividades pastorais.
n
A Residência se situa em MALATE,
próxima a diversos Centros Universitários, particulares e estatais, o que
favorece para que as universitárias possam ir caminhando para a aula e economizam o dinheiro do transporte.
Bacolod foi a segunda cidade de
Filipinas a receber as Religiosas Concepcionistas. A cidade se encontra situada no coração de Filipinas, na ilha
de Negros.
É uma ilha de forma retangular,
localizada no centro do país e dividida em duas províncias (Negros ocidental e Negros oriental), com dois
idiomas e capitais diferentes.
Bacolod tem 500 mil habitantes e
é a capital de Negros Ocidental, onde
se fala o ilonggo. A cidade tem aparência de uma pequena cidade, pois
a população está muito repartida em
casas, já que não há edifícios altos.
Tem fama de ser a cidade mais verde
de Filipinas, com uma vegetação tropical exuberante. É a maior produto
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
29
PELO MUNDO
Muitos não podem estudar em
casa por falta de luz elétrica e outros
vêm mal nutridos. Para remediar essas carências, as Irmãs estão tentando abrir uma pequena biblioteca para
que as crianças que não têm luz em
suas casas possam aproveitar e estudar na escola. É o único centro escolar do bairro que, por outro lado, é
muito povoado e com grande quantidade de crianças e jovens.
Através da educação no bairro,
que é uma das carências primordiais,
a Congregação quer ajudar a população a melhorar sua situação e transmitir-lhes novos valores para que sejam agentes de transformação da realidade em Bacolod.
Projeto com as mães do bairro
ra de açúcar de Filipinas. Tem também a fama de ser uma das cidades
mais limpas do país. Bacolod é conhecida como a cidade sorriso. Sua
gente simples vive com alegria e faz
festa com tudo.
Bacolod está dividida em 61 bairros. As concepcionistas vivem no bairro 39, “Barangay”. É um bairro muito
pobre da periferia de Bacolod. A maioria dos habitantes vivem em favelas.
Missão em Bacolod
§
§
§
§
Residência Universitária
Escola de Educação Infantil e Elementar
Centro de Espiritualidade
Casa de Formação
As Irmãs Concepcionistas chegaram a Bacolod, na Ilha de Negros, em
1997.
No dia 22 de agosto de 1998, começava uma nova Casa de Maria
Imaculada com o nome de “Carmen
Sallés Youth Home”. A Residência
”, além
“Carmen Sallés Youth Home”
de acolher jovens universitárias, foi aos
poucos se abrindo para uma nova atividade apostólica que não estava prevista no início: Centro de Espiritualidade
para atender aos diversos grupos que
necessitavam de um local para seus
encontros e retiros. Isso ocorreu desde o ano de 1999.
30
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Desde então, a comunidade de
Bacolod recebe muitos grupos de pessoas para retiros, encontros juvenis e
outros.
§
§
§
Escola de educação
infantil e elementar
Além das atividades com as universitárias e Casa de Espiritalidade, as
Irmãs concepcionistas mantêm também a escola “ Blessed Carmen Salles
School”, situada na Rua Antonio Go.
Inaugurada no dia 21 de julho de
2002, atende aos seguintes níveis
educativos:
§
Kinder – para crianças de 4 a
anos;
Preparatório – para crianças de
a 6 anos;
Grado I – para crianças de 6 a
anos;
Grado II – para crianças de 7 a
anos.
5
5
7
8
Todas as crianças da escola pertencem a famílias pobres do bairro. Como
não podem pagar escolas, contribuem
mensalmente com uma pequena quantia de 20 pesos. A escola lhes proporciona livros e uma merenda a base de
leite com chocolate na hora do recreio.
A província de Negros Ocidental
está dedicada, em sua maior parte,
ao cultivo da cana de açúcar e arroz.
As famílias que trabalham no campo
recebem salários muito baixos. Devido a isso, muitos buscam outras formas de sustento. Essa região é considerada uma das mais pobres de Filipinas.
Devido à falta de preparação
e de desenvolvimento, muitas
mulheres não podem encontrar
outro trabalho. Umas, na maioria são empregadas domésticas
e se dedicam ao cuidado das
crianças. Outras, vendem pequenas coisas na rua ou são lavadeiras. O que ganham não é suficiente para manter as necessidades básicas da família.
Com esse objetivo, as Concepcionistas de Bacolod, fiéis ao
Carisma de Carmen Sallés, que
manifestava grande atenção à
formação das mulheres de sua
época, se prontificaram a desenvolver um projeto para oferecer
formação e promoção humana
e cristã às mulheres.
O projeto tem como objetivos:
a. Ajudar as mulheres de
Barangay a desenvolver seu
nível de vida e sua condição
social.
b. Atender as mulheres mais
desfavorecidas em suas necessidades materiais
c. Promover a justiça e o progresso
entre as mulheres pobres.
d. Oferecer às mulheres formação
humana (planejamento familiar,
educação em valores, higiene,
saúde e nutrição, etc.).
e. Estender entre os pobres a Boa
Notícia, o amor e a devoção a
Maria Imaculada, como modelo
de toda mulher.
Para conseguir os objetivos propostos, o projeto oferece os seguintes
cursos, com um mínimo de 50 horas:
§
§
Cozinha e Nutrição.
Cabeleireira e Cosmética.
No final do curso recebem um certificado que lhes ajuda na busca de
trabalho.
Casa de Formação
Desde o ano de 2000 a casa
de Bacolod começou a receber
aspirantes à Vida Religiosa, o que
fez com que a Congregação definisse e sistematizasse, em
Bacolod, a Casa de Formação
no ano de 2001.
As jovens que desejam conhecer mais de perto a Vida Religiosa Concepcionista participam da
vida e das atividades apostólicas
da comunidade e das atividades
da Paróquia, na catequese e
liturgia.
Para as filhas de Carmen Sallés
não há dificuldades que não possam ser superadas. As duas comunidades de Filipinas têm um
ideal claro: estar a serviço do Reino, de acordo com a realidade e
necessidade do povo ao qual
servem. É isso que estão fazendo desde a sua fundação, guiadas pela proteção de Maria Imaculada e Carmen Sallés.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
31
PROJETOS
Educação Física Modular
o
A Educação Física Modular é
o grande diferencial do
Colégio Maria Imaculada de
São Paulo. Poder contar
com toda a estrutura do
Complexo Esportivo e com
os profissionais que nele
atuam (19 professores e 7
monitores) credencia “Maria
Imaculada” como colégio
inovador e um modelo a
ser seguido.
32
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
o diferencial do CMI-SP
O Colégio Maria Imaculada de São
Paulo possui o maior complexo esportivo do Brasil em área escolar. São
9000m² distribuídos em ginásios
poliesportivos, piscinas, salas de ginástica, danças, judô, academia de
musculação, vestiários, etc.
O CEMI – Complexo Esportivo
Maria Imaculada – iniciou suas atividades em maio/2002 oferecendo aos
alunos, aos seus pais e também ao
público externo atividades físicas na
área aquática, ginástica e escola de
esportes.
Pelo anseio dos alunos em poder
participar de todas as atividades que
o CEMI oferece, surgiu o projeto EDUCAÇÃO FÍSICA MODULAR que introduziu um novo conceito de aulas de
Educação Física. Ele deixou de lado o
modelo tradicional e partiu para um
novo sistema de aplicação de atividades físicas que lhes proporciona a
participação em várias modalidades
e aumento da qualidade de ensino,
tornando as aulas mais motivantes e
marcantes.
A Educação Física Modular encontra respaldo na Lei de Diretrizes e
Bases nº 9394/96, em seu artigo 23
que diz “A educação básica poderá
organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos
não seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou
por forma diversa da organização,
sempre que o interesse do processo
de aprendizagem assim o recomendar”.
Divididos em grupos, segundo
as idades e sexo, os alunos participam das atividades físicas no Complexo Esportivo sempre no último horário de aula. Os módulos são
oferecidos em cada bimestre com
dois esportes diferenciados. Os responsáveis pelas aulas de Educação
Física são professores especializados
do CEMI.
O CEMI atende os objetivos gerais
e específicos segundo as faixas
etárias: de 1ª a 4ª série trabalha-se
com atividades naturais, aperfeiçoamento dos movimentos em geral e
ritmados, atividades recreativas, jogos
pré-desportivos e atividades complementares. De 5ª a 8ª série: a iniciação
global aos esportes, iniciação aos fundamentos esportivos, definição dos
gestos esportivos de forma correta,
jogos com regras oficiais. No Ensino
Médio, visa-se ao condicionamento
físico, à especialização esportiva e
competições com regras oficiais.
Os conteúdos foram criteriosamente elaborados com embasamento nos Parâmetros Curriculares Nacionais e obedecem às características,
necessidades e interesses de cada faixa etária. Através das aulas de Educação Física procuramos despertar
nos alunos o hábito pela prática de
atividades físicas, elemento importante para uma vida saudável.
As modalidades
oferecidas são:
1ª a 4ª série
Natação, Recreação, Judô (grupos
masculinos) e Dança (grupos femininos)
5ª a 8ª série
Natação, Futsal, Basquete, Voleibol,
Handebol, Judô/Defesa Pessoal e
Danças Folclóricas.
Ensino Médio:
1ª série
Defesa Pessoal, Natação, Futsal e
Fitness.
2ª série
Handebol, Natação, Futsal e Fitness.
3ª série
Musculação, Natação, Futsal e Voleibol.
A Educação Física Modular é o
grande diferencial do Colégio Maria
Imaculada de São Paulo. Poder contar com toda a estrutura do Complexo Esportivo e com os profissionais que nele atuam (19 professores
e 7 monitores) credencia “Maria Imaculada” como colégio inovador e um
modelo a ser seguido.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
33
PROJETOS
Jornada das
Profissões
p
Preocupados em oferecer aos alunos oportunidades de conhecimento
sobre o mundo do trabalho e disponibilizar informações que possam
auxiliá-los na difícil missão de escolha profissional, o CMI-SP organizou
neste ano, ao invés de um dia como
nos anos anteriores, uma Jornada de
Palestras durante uma semana. Apresentaram-se temas diversos e foram
convidadas várias instituições de ensino superior para apresentarem informações sobre seus cursos e vestibulares. Foi realizada uma visita à Escola Mauá com todos os alunos das
3ªs séries do EM, que receberam informações sobre as diversas áreas de
Engenharia, além de conhecer vários
de seus laboratórios. Durante o primeiro semestre, foram oferecidas
palestras na área de Publicidade e
Engenharia. No dia 07/08, os alunos
das 3ªs séries do EM foram convidados a conhecer as Escolas de Admi-
34
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
nistração, Direito e Economia da FGV
com palestra e visita às suas instalações.
Temas abordados
·
– Educação e Mercado de
Trabalho – Prof. Ricardo Orsini
·
10/08/04 – Oportunidade e Desafios
da Educação Superior nos EUA –
Profª. Roseli Azevedo
·
11/08/04 – Exigências e Perfis Profissionais valorizados pelo Mercado de
Trabalho – Prof. Ruy Leal
·
12/08/04 – Vestibular, um grande desafio (histórico e atualidade) – Prof.
Alberto(Anglo)
·
13/08/04 – Mesa Redonda com profissionais de diversas áreas: Turismo,
09/08/04
Artes Visuais, Farmácia e Bioquímica,
Publicidade, Relações Internacionais
(Professores da Belas Artes, ESPM e
USJudas)
Participaram do projeto várias faculdades como: Ibmec, Mauá, Cásper
Líbero, UNIFEI, Metodista, UNESP,
UNIP, Univ. São Marcos, SENAC,
Trevisan, Damásio de Jesus, Sta.
Marcelina, Belas Artes, Fund. Sto.
André, Anglo.
Dando continuidade ao projeto,
coordenado pela Orientadora Regina
Falcini, foram oferecidos aos alunos
das 3ªs séries do EM, no período de
aula, encontros de Orientação Vocacional. As turmas são divididas e enquanto uns alunos participam das dinâmicas de Orientação Vocacional, os
outros lêem e debatem textos/filmes
relacionados com o tema da prevenção ao uso de drogas, sob a coordenação da Profª. Márcia Redá, de Ensino Religioso.
Os momentos de reflexão proporcionaram aos alunos elementos para
que pudessem perceber as características pessoais, expectativas externas, habilidades, mercado de trabalho e as opções de cursos atuais.
As informações dadas na Jornada
das Profissões/2004, assim como as
Feiras de Profissões dos anos anteriores, proporcionaram a satisfação do
objetivo estabelecido, que consiste
em “oferecer aos alunos orientações
para que possam fazer escolhas responsáveis que os levem à realização
pessoal e ao exercício da cidadania”.
Depoimento de alunos que
visitaram a FGV
“A visita à FGV, certamente, foi gratificante, pois, acima de tudo, o vestibulando
de hoje busca informações sobre cursos, carreiras e perspectivas profissi-
que iremos seguir. A palestra ampliou
“A Jornada das Profissões
onais que a FGV disponibiliza tão
o conhecimento sobre os projetos e
deste ano, com temas mais
bem, auxiliando o jovem nessa difícil
propostas de graduação da Funda-
tarefa da escolha da profissão e de
ção”.
uma boa universidade”.
Soraya Dias
Aluna da 3ª série A do EM
Lívia Cretaz
Aluna da 3ª série A do EM
amplos, nos proporcionou
um entendimento maior do mundo
profissional, das escolas para o nosso
futuro e dificuldades que enfrentaremos, além de informações preciosas
sobre os principais vestibulares e sua
“A visita à FGV foi uma ex“A visita à FGV foi muito
periência bem interessante,
positiva, pois esclareceu nos-
pois conhecer os professores
sas dúvidas sobre a indeci-
e funcionários da instituição nos mos-
são relacionada à escolha da carreira
trou o perfil verdadeiro de uma uni-
organização”.
Guilherme Udo
Aluno da 2ª série B do EM
versidade tão respeitada. O plano de
“A Jornada das Profissões
bolsa de estudos
foi importante para nós,
foi algo muito im-
portante, pois o preço do curso não é
pois pudemos ter contato
barato e também auxilia o aluno a
com profissionais que estão inseridos
continuar seus estudos, mesmo que
no mercado de trabalho; assim, po-
a família esteja passando por alguma
deremos nos preparar de uma ma-
dificuldade financeira”.
neira melhor para enfrentá-lo”.
Mariana Hiroki
Aluna da 3ª série A do EM
Lucas
Aluno da 2ª série B do EM
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
35
obras doadas por Bruno Giorgi à cidade de Mococa, mas para o nosso enriquecimento aí estão as principais obras
presentes pelo mundo. Se você passar
por uma, lembre-se que ele é brasileiro e é mocoquense.
arte
n
Educando através da
No mês de setembro, as crianças
do nível III do Lar Maria Imaculada
realizaram um projeto sobre o maior
escultor brasileiro, “Bruno Giorgi”, e
tiveram a oportunidade de conhecer
sua vida e obras.
O objetivo deste foi propiciar oportunidades de auto-expressão e apreciação de objetos artísticos já existentes em seus cotidianos, sendo também o mês dedicado ao artista.
Durante o trabalho as crianças tiveram a oportunidade de combinar
vários elementos numa nova forma,
num todo diferente.
Foram várias as atividades desenvolvidas destacando-se: mostra de figuras das obras do artista (pelo computador); visita aos monumentos da
cidade; registro (escrito e desenho);
produção com argila; e para finalizar,
o projeto foi enriquecido com uma
visita ao museu da cidade onde, de
uma forma lúdica, através de quebracabeças, puderam reunir todas as
partes de uma composição num arranjo lógico.
36
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
O projeto se desenvolveu a partir
da apresentação da história de Bruno Giorgi:
Nascido em Mococa-SP, no dia 13
de agosto de 1905, Bruno Giorgi viveu em Mococa até os três anos de
idade.
Em 1908, a família toda mudouse para Argentina e em 1912 foi para
a Europa, instalando-se em Roma. Lá
terminou seus estudos primários e,
depois, contabilidade, sob pressão
paterna.
Em 1939 instalou-se em São Paulo. Integrou-se à pulsante vida artística paulistana pelas mãos de artistas
da época como Mário de Andrade,
Alfredo Volpi e outros, participando
de salões, ora como artista, ora como
membro do júri. Venceu alguns concursos importantes para o desenvolvimento e estabilização de sua carreira.
No ano de 1944, mudou-se para o
Rio de Janeiro, realizando intensa vida
criativa, sendo considerado por esses
tempos o maior escultor brasileiro.
Bruno Giorgi tinha predileção pelas obras monumentais porque tinham de ser encravadas em
Bruno Giorgi faleceu no dia 07 de
setembro de 1993 aos 88 anos de
idade, deixando sua mensagem estética por onde passou.
Finalizando
logradouros públicos de grande amplitude (praças, espelho d’água, jardins, taludes de prédios públicos e
escolas) onde há intensa movimentação de pedestres, transformando
aquele local em um museu a céu
aberto, onde as suas obras poderiam
ser vistas o tempo todo.
Consagrou sua carreira através dos
tantos projetos que realizou em importantes capitais brasileiras e internacionais.
Finalmente em 1983, retornou à
sua terra natal doando ao município
cinco obras de grande expressividade
plástica, sendo duas delas implantadas nas principais praças de Mococa:
– A MULHER DE MOCOCA
– OS FUNDADORES
O projeto “Educando pela arte”
limitou-se apenas à apreciação das
“Embelezar uma praça é
também uma forma de
e outras expostas no Museu de Artes
Plásticas “Quirino da Silva”:
educar o público
– A MULHER DOS TRANGULOS
– SÃO FRANCISCO E O LOBO DE
GÚBIO, TORSO
– A MULHER AO ESPELHO
maneira de atingi-lo. A
esteticamente, uma
escultura é eterna, não
desbota”.
Bruno Giorgi
n
MONUMENTO À JUVENTUDE BRASILEIRA
1947 – granito – Ministério de Educação e Saúde – Rio de Janeiro
n
MULHER DE MOCOCA
1950 – bronze patinado – Praça Marechal Deodoro – Mococa
n
MONUMENTO A DANTE
ALIGHIERI
1954 – mármore e travertino – Praça Dom José Gaspar – São Paulo
n
OS CANDANGOS OU OS DOIS
GUERREIROS
1960 – bronze – Praça dos Três Poderes – Brasília
n
MONUMENTO A ANCHIETA
1960 – bronze tenerife – Ilhas
Canárias
n
MONUMENTO À CULTURA
1965 – BRONZE – Universidade de
Brasília
n
METEORO
Ministério das Relações Exteriores –
Brasília
n
RITUAL
1968/69 – mármore de carrara – Instituto Weismam – Tel-Aviv (Israel)
n
LABAREDA
1970 – mármore de carrara – palácio dos bandeirantes – São Paulo
n
TENSÃO
1971 – mármore de carrara – FAAP
– São Paulo
n
MONUMENTO À RESISTENCIA
1975 – bronze – AREZZO – Itália
n
CONDOR
1978 – bronze – Praça da Sé – São
Paulo
Bibliografia:
GIORGI, Bruno 1905-1993 - Piedade
Grinberg -Meta Livros
Rosa Maria do Santos Chagas
Pedagoga - Monitora no Lar Maria Imaculada - Mococa
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
37
PROJETOS
Roda de
“Tudo começa quando a
criança fica fascinada com
as maravilhas que moram
dentro do livro. Não são as
letras, as sílabas e as
palavras que fascinam. É a
história”.
(Rubem Alves)
Leitura
e
Estamos vivendo uma revolução
tecnológica no campo das comunicações e da informática; é inegável a
importância da leitura na formação
das crianças, ajudando-as a construir
melhor uma concepção de mundo a
partir da compreensão, análise e crítica do que é lido.
O PROJETO RODA DE LEITURA é
desenvolvido no CMI-Brasília desde o
ano de 1999, com as turmas de MATERNAL ao 3º PERÍODO, com os seguintes objetivos:
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
Desenvolver o prazer pela leitura;
Desenvolver a criatividade e o imaginário;
Explorar as linguagens visual e verbal;
Trabalhar a diversidade a partir da
variedade de interpretações para
cada imagem dos textos;
Criar e recriar textos a partir da
narrativa lida e do cotidiano do
aluno;
Sensibilizar os alunos em relação
aos problemas ambientais;
Desenvolver a curiosidade, a atenção e o senso de observação;
Formar opiniões sobre os valores:
amizade, cooperação, trabalho,
justiça etc. ;
Vivenciar significados como: o sonho, a mentira, o medo, etc.;
Trabalhar os aspectos lingüísticos
como rimas, ritmos e outros.
O projeto conta com a participação ativa das famílias, uma vez que
os livros são enviados para casa juntamente com guias de orientações de
trabalho.
38
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
CONTINUA
Nas orientações do trabalho, sugere-se aos responsáveis que criem
um clima de afetividade e de motivação da criança; priorizamos o relato
das emoções e reações demonstradas pela criança no momento da história; pedimos que registrem por
quem a história foi contada. Com
isso, acreditamos contribuir para a
formação de bons leitores e desenvolver nos alunos a capacidade de ler
e de compreender o mundo.
Para oportunizar a RODA DE LEITURA aos alunos de 1ª a 4ª série,
buscamos contatos com as diversas
Editoras das quais adotamos livros
paradidáticos e solicitamos a doação
de alguns livros pertinentes às diferentes faixas etárias e dentro do interesse dos alunos de 1ª a 4ª série.
Os livros arrecadados foram distribuídos aos professores, que os leram, discutiram a pertinência dos te-
mas e sua integração com os conteúdos abordados nas séries, os classificaram por nível de interesse dos alunos e separaram um título diferente
para cada aluno de cada turma.
A partir da leitura, os professores
criaram, para cada livro, um instrumento com o objetivo de que os alunos pudessem apresentar a leitura
feita. Dentre eles podem ser destacados: leitura de trechos, reconto,
dramatização, discussão, desenhos,
produção de cartazes e propagandas,
etc.
A periodicidade de troca de livros
varia de acordo com a densidade de
cada título. Semanal ou quinzenalmente, os alunos, sob a orientação
da professora, desenvolvem o trabalho e o partilham com os colegas. O
registro dos livros lidos são feitos pelos alunos num quadro que fica no
mural da sala; ele é também um
balizador para a professora detectar
preferências e inadequações, providenciar substituições ou detalhamento de algum livro.
Dessa forma, cada aluno tem a
possibilidade de ler muitos livros, de
viajar, de se emocionar, de desenvolver a imaginação. Claro que o prazer pode ser ainda maior se, nessa
viagem, cada aluno puder contar
com a cumplicidade e o interesse de
uma pessoa da família. É muito bom
partilhar uma leitura no aconchego
do travesseiro.
Os livros da roda de leitura são trocados semestralmente entre as tur-
mas da mesma série, ampliando o
leque de opções e a possibilidade de
leitura. Os registros se transformam
num portifólio apresentado na Mostra da Cultura.
Mais que um procedimento pedagógico, que funciona há mais de 3
anos no Colégio Maria Imaculada de
Brasília, a RODA DE LEITURA é um
abrir de horizontes, pois os livros pertencem a uma classe de instrumentos,
que, uma vez inventados, não serão
aprimorados, porque já estão bons o
bastante, como o martelo, a faca, a
colher ou a tesoura
(Umberto Eco).
Colégio Maria Imaculada de
Brasília
LER
E
ESCREVER
é o meu lazer
Alunos de 5ª e 6ª séries do CIC/MACHADO desenvolveram o Projeto “Ler,
escrever é o meu lazer,” orientados
pela professora de português Anelise
Swerts de Oliveira Lima. O trabalho foi
constituído de tarefas individuais e em
grupo. Além dos livros selecionados
para a leitura em cada bimestre, os alunos leram muitos outros indicados pela
professora ou pelos próprios colegas.
Foram tarefas dos alunos divididos por
grupos:
1ª ETAPA:
1. escolher um dos livros lidos, conhecer, pesquisar e explorar a vida do
autor;
2. em grupo destacar as personagens
principais e dar vida a elas;
3. recontar a história através de fantoches;
4. transformar a narrativa em poema;
5. contar a história lida explorando a
música.
2ª ETAPA:
1. reunir todos os textos escritos pelos
alunos durante o ano originando um
livro impresso intitulado “minha coletânea”;
2. digitar os textos;
3. elaborar prefácio e índice;
4. criar ilustrações referentes aos textos;
5. confeccionar capa do livro.
Os alunos realizaram
uma atividade final na
qual apresentaram os
trabalhos propostos.
No mesmo dia, realizou-se o lançamento
do livro “ Minha Coletânea “ divulgando
as redações dos alunos, complementado por uma manhã
de autógrafos.
Anelise Swerts de Oliveira Lima
Professora de Português de 5ª e 6ª Séries –
CIC
MACHADOn Dezembro 2004
INTEGRAÇÃO
39
PROJETOS
Alimentação Saudável
O Colégio Maria Imaculada de São
Paulo desenvolve projeto para
estimular a mudança dos
a
hábitosalimentares das crianças.
Alimentação é um tema complexo para ser trabalhado com as crianças. Tão fácil de transmitir a teoria, mas,
tão difícil de colocá-la em prática.
Em um tempo onde os hambúrgueres, as batatinhas e
os salgadinhos estão muito próximos das crianças, fica
quase impossível despertar o gosto por alimentos não tão
atraentes, porém, mais saudáveis.
Por isso mesmo, o CMI-SP resolveu trabalhar este tema
com a Educação Infantil, visando a uma reeducação alimentar das crianças e orientação adequada aos pais através de informativos bimestrais.
Nos meses de junho, agosto e setembro foi trabalhado com as crianças do Maternal ao Jardim I o Projeto
“Alimentação Saudável”, estimulando a mudança de
seus hábitos alimentares.
Este projeto foi realizado de maneira interdisciplinar,
envolvendo áreas como Linguagem Oral e Escrita, trabalhando histórias, listagens, desenhos e identificação de
rótulos. Na área de Matemática, classificamos, seriamos,
contamos as figuras de frutas e verduras, e descobrimos
formas e cores variadas nelas. Em Natureza e Sociedade,
trabalhamos os valores nutritivos e os cuidados necessários no preparo dos alimentos.
40
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Para o sucesso desse trabalho, não poderiam faltar as
aulas de culinária, em que as crianças degustaram alimentos diferentes, experimentando diversas frutas, legumes,
verduras e alguns alimentos ricos em proteínas.
Pudemos contar com o apoio das famílias, que atenderam nossas solicitações e incentivaram as crianças em casa.
Tivemos também a parceria de estagiárias nutricionistas
da Universidade São Camilo, que enviaram às famílias um
questionário nutricional. Em outro momento, pesaram e
mediram cada criança, realizaram dinâmicas envolvendo
o tema e deram, como retorno, informações adequadas
aos pais.
Esperamos que,realmente, as crianças tenham aprendido o valor de uma alimentação saudável, transferindo para
seu dia-a-dia todo conhecimento adquirido. Obrigada a
todos e continuaremos investindo!
Dayse, Flávia, Rose e Terezinha
Professoras da Educação Infantil doCMI-SP
a
Descortinando o mundo
através da leitura
A leitura, a escrita e o cálculo são
meios básicos para o desenvolvimento da capacidade de aprender. Não
há desenvolvimento ou aprendizagem
que não passem pela leitura, seja em
situação normal ou especial.
Ler para aprender é meio, pois,
para desenvolvimento da capacidade
de aprender. Mas, para que o educando possa realizar a tarefa de ler
para aprender é necessário, antes de
tudo, aprender a ler. E aprender a ler
é habilidade que exige da escola a
concepção de que leitura é
decodificação (reconhecimento das
letras e discriminação das vogais, por
exemplo) e compreensão (sentido
dado à pré-leitura, leitura e pós-leitura).
É a leitura compreensiva, isto é, ler
e entender o que se lê, descobrir o
propósito do escritor, que irá desenvolver a capacidade de aprender das
crianças.
A aprendizagem da leitura depende, primeiramente, do querer aprender a ler que por sua vez, é o primeiro passo para ler para aprender.
Se há disposição para aprender a
ler, há possibilidade de chegar a
aprender lendo. A aptidão intelectual
ajuda a ler para aprender a pensar a
prática social; a aptidão procedimental, a ler para aprender a atuar no
mundo do trabalho.
Para que o aluno goste de ler e
queira aprender lendo, a escola deve
propiciar a ele meios que o ajude a
experimentar o prazer pela leitura. É
a partir daí que surgem as muitas iniciativas das escolas, como poderemos
perceber nas iniciativas e projetos que
seguem.
O CMI-Rio realizou, no mês de setembro, um projeto de leitura com o
objetivo de resgatar a importância da
oralidade, especialmente a valorização dos momentos do “contar histórias” da história e sua validade no
processo ensino-aprendizagem.
O projeto intitulado PLIC foi enriquecido com a presença de uma contadora de história, que encantou as
crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental no dia 30 de setembro.
Foi muito divertido e a participação dos alunos superou as nossas expectativas. Destacamos também a capacidade de comunicação e habilidade da Contadora de Histórias.
Colégio Maria Imaculada
Rio de Janeiro
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
41
o
t
e
j
o
Pr
Rubem Alves
“Enquanto a sociedade feliz não
chega, que haja pelo menos
fragmentos de futuro em que a
alegria é servida como
sacramento, para que as
crianças aprendam que o
mundo pode ser diferente. Que
a escola, ela mesma, seja um
fragmento do futuro...”
r
Rubem Alves é educador,
escritor, psicanalista e
professor emérito da
Unicamp.
42
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Ruben Alves é membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadãohonorário de Campinas, onde recebeu a medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.
Nasceu no dia 15 de setembro de
1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança. A cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves na música “Serra da Boa Esperança”.
Admirador de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros,
Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T.
S. Eliot, Camus, Santo Agostinho,
Borges e Fernando Pessoa, encontrou
na literatura e na poesia a alegria que
o manteve vivo nas horas más pelas
quais passou.
É autor de inúmeros livros e colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas de grande sucesso,
em especial entre os vestibulandos.
Após se aposentar, tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, onde deu vazão a
seu amor pela cozinha. No local eram
também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de
contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com
“canjas” de alunos da Faculdade de
Música da UNICAMP.
Do Projeto
O Projeto Rubem Alves surgiu com
a leitura do livro “A menina e o pássaro encantado”.
Após ouvirem a história, os alunos
da 3ª série do Colégio Regina Pacis
se encantaram com o texto e demonstraram grande interesse pelo
autor. A partir daí, integrando o eixo
de estudos sobre Minas Gerais, os
alunos iniciaram pesquisas na Internet
para saber onde ficava a cidade de
Boa Esperança. Após a investigação,
pude perceber que as crianças buscavam livros de Rubem Alves na Biblioteca da escola e que as histórias
as tocavam sensivelmente. Aproveitando o interesse da turma a professora trabalhou com os alunos o livro
“A pipa e a flor”. Foi realizado debate com os alunos e a construção de
pipas explorando o conceito matemático de simetria.
Aos poucos foi nascendo o projeto, que tem como principal objetivo
o desenvolvimento da sensibilidade
das crianças. O trabalho com livros
de Rubem Alves desperta nos alunos
a imaginação e os leva ao entendimento de suas emoções. Ler os textos, muitos em forma de fábulas e
contos, nos leva ao mundo invisível e
tão presente dentro de nós. Rubem
Alves tem o dom de dizer através de
seus livros os nossos medos e decepções sem nenhum constrangimento.
Suas fábulas dizem exatamente
aquilo que sentimos ao nos deparar
com situações difíceis em nossas vidas.
Ao selecionar os livros que seriam
lidos, procurei ver em cada um qual
a mensagem principal que o autor
transmitia em suas histórias.
Durante a realização do trabalho,
percebi a curiosidade das crianças e
o desejo de querer ler sempre mais.
Há o dia em que os alunos fazem a
troca dos livros e esse é um dia esperado com ansiedade pelas crianças.
O retorno que recebo é gratificante e ao mesmo tempo surpreendente. Minha aluna disse ao terminar de
ler o livro “A selva e o mar”: “Puxa,
Jaqueline! Parece que ele conhece a
história dos meus pais, pois aconteceu exatamente isso com eles. Por
isso se separaram”. Ao ler “A opera-
Livros
selecionados:
ção de Lili”, uma outra criança disse:
“Minha prima também teve que fazer uma cirurgia e ela teve muito
medo como a personagem da história”.
O projeto contará com uma encenação, para os pais, de três histórias
que serão selecionadas pelas crianças
e que serão apresentadas no final do
ano.
A história dos três porquinhos
A libélula e a tartaruga
A loja de brinquedos
A menina e a pantera negra
A menina e o pássaro encantado
A montanha encantada dos gansos
selvagens
A operação de Lili
A pipa e a flor
A planície e o abismo
A árvore e a aranha
A selva e o mar
A toupeira que queria ver o cometa
A volta do pássaro encantado
Como nasceu a alegria
Estórias de bichos
Lagartixas e dinossauros
O flautista mágico
O gambá que não sabia sorrir
O medo da sementinha
O país dos dedos gordos
O patinho que não aprendeu a voar
Os morangos
Jaqueline
Professora da 3ª série do Ensino Fundamental do Colégio Regina Pacis
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
43
PROJETOS
vídeos e jornais. Construíram
maquetes, representando a Fundação
de São Paulo e uma aldeia indígena.
Houve, também, a construção de
uma oca e de uma casa de taipa, nas
quais foram colocados um altar,
maquetes, objetos e alimentos indígenas. No stand, os alunos explanaram aos visitantes, com entusiasmo,
o que aprenderam.
No auditório, apresentaram a celebração da 1ª missa, usando trajes
típicos de padres e índios. As meninas simbolizaram o vôo delicado da
Araruna, expressando seus costumes,
suas lendas.
As 2ªs séries do Ensino Fundamental tiveram como tema “Os imigrantes – Contribuição para o progresso
de São Paulo”.
Com a intenção de favorecer o conhecimento e a valorização de
nossa história e, aproveitando a comemoração dos 450 anos de
São Paulo, o CMI –SP
realizou, com os alunos
do Ensino Fundamental e Médio, ao
longo de 2004, pesquisas, visitas, trabalhos que puderam sensibilizá-los
para a grandeza da cidade e da responsabilidade que temos com ela
como cidadãos.
São Paulo, essa paradoxal metrópole, torna difícil qualquer tarefa de
reflexão sobre ela. Os usos de seu
território e o lugar se transformaram
intensamente nesses quatro séculos
e meio de existência. E essa transformação, revelada pela paisagem urbana e pelo cotidiano da vida de seus
habitantes, é acompanhada pelo desenvolvimento da ciência, da
tecnologia e da informação. Nessa
perspectiva, temos uma metrópole
em contínua transformação e produção, impulsionadas pela força e poder do capital.
Envoltos e motivados nesse contexto, o onze de setembro de 2004
foi, ao contrário da insegurança e do
medo vivenciados em outras regiões
do planeta, uma comemoração repleta de aventuras, vitórias, conquistas
e descobertas.
44
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Cada série buscou estudar um aspecto da cidade de São Paulo, como
tecnologia, ciência, arte, religiões,
indústria, educação e saúde, a partir
de diferentes períodos históricos.
Foram produzidas análises aprofundadas sobre temas instigantes
que, em sua maioria, haviam sido
vivenciados, anteriormente, pelos alunos e acompanhados de perto por
todo corpo docente do colégio.
O resultado foi a ampliação do
conhecimento sobre o espaço por nós
vivido, com muito carinho e nostalgia, nos diversos momentos de distantes épocas, em diferentes porções
do espaço da metrópole paulistana
que nesses anos todos continua, ape-
sar de suas mazelas sociais, sendo
acolhedora e espaço de vida e de lutas.
Os alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental participaram do
desenvolvimento do projeto, com
pesquisas individuais e grupais que
contribuíram para a elaboração de
conceitos diversos.
O tema das 1ªs séries do Ensino
Fundamental foi “Fundação de São
Paulo, Anchieta e os Índios”. Os alunos visitaram o “Pátio do Colégio”,
iniciando, assim, a pesquisa sobre
Anchieta, índios e a São Paulo de
1554. Além da visita, os alunos pesquisaram a contribuição indígena na
cultura brasileira em livros, revistas,
japoneses, coreanos, italianos, árabes,
chineses, armênios, etc.
As 3ªs séries do Ensino Fundamental apresentaram o tema “Abram alas
para o Café”, permitindo aos alunos
atividades abertas, baseando-se em
uma análise global da realidade, den-
São
Paulo
a capital da união
São Paulo é uma cidade indescritível
Capital da orgia, das festas, do
insaciável
Repleta de vida, de um amor
invencível
Um mundo completamente
inimaginável
Sempre existe um lugar para se
desfrutar
Uma vida inteira para se viver
Um cantinho aconchegante para
Visitando o memorial do Imigrante e a partir de sua descendência histórica, os alunos pesquisaram a origem da família dentro de seu contexto, registrando costumes, cultura,
gastronomia, entre outras abordagens que tanto têm contribuído no
desenvolvimento da cidade de São
Paulo.
No stand, mostraram suas pesquisas como álbuns, objetos, comidas
típicas confeccionadas em isopor e
“biscuit”.
No auditório, os pais e familiares
se entusiasmaram com os grupos de
danças típicas relembrando suas origens e aplaudiram, com muita alegria, os diferentes grupos de imigrantes tão bem caracterizados pelos nossos alunos: portugueses, espanhóis,
tro do ciclo econômico do café.
Aprofundaram sua história e origem,
aspectos econômicos, escravidão,
imigração (italianos – força de trabalho em substituição aos escravos),
enriquecimento e desenvolvimento
de São Paulo.
A partir da visita ao memorial do
Imigrante e ao Pátio do Colégio, desenvolveram pesquisas individuais e
grupais, confecção de cartazes,
maquetes, aprofundando-se nas aulas de inglês, informática, artes e
música.
Nas aulas de inglês, após pesquisarem intensamente sobre os ingleses e as construções das ferrovias, finalizaram o trabalho confeccionando bonecos que traziam a releitura
dos homens ingleses.
descansar
Uma realidade nova a conhecer
“Viajando” por essa enorme cidade
Encontram-se tipos de todas as nações
Respeitando cada um com humildade
Plantam-se sementes em todos os
corações
Numa metrópole sempre acordada
Não dá para ficar sozinho
Pois, atrás de detalhes frívolos, é
encontrada
A capital perfeita do carinho
Ana Luiza, Danielle, Julianny, Rebeca e
Stefani
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
45
PROJETOS
No stand, bastante diversificado,
os alunos explicavam para os visitantes, com desenvoltura e conhecimento, toda a história do café.
A apresentação artística no auditório foi também contagiante, com
danças alegres que contaram a história do café, da escravidão e dos italianos na lavoura.
O tema das 4ªs séries do Ensino
Fundamental foi “São Paulo Hoje”.
Após visita aos locais históricos e
culturais de São Paulo, as 4ªs séries
apresentaram vasta pesquisa. Através
de debates em classe com temas selecionados e apropriados aos interesses dos alunos, o conhecimento deles favoreceu a compreensão da realidade. As atividades se estenderam
no laboratório de informática sobre
a “História dos bairros”, num trabalho em conjunto com os professores.
No stand, apresentaram cartazes,
produções de texto, painéis com poesias e fotos, motivos para comemorar São Paulo, início da indústria e do
Shopping, os prefeitos, locais simbólicos, pessoas que contribuíram para
o desenvolvimento da cidade e linha
do tempo (principais acontecimentos
de 1554 a 2004).
No auditório, a 4ª série A apresentou a música “São Paulo”, produzida
pelos alunos e acompanhada por ins-
trumentos de percussão, também
criados por eles.
A 4ª série C apresentou um tributo a famosos compositores paulistas
com um “Sarau Musical – linha do
tempo”.
A bandeira
da cidade
Interpretaram canções e participaram da elaboração das coreografias.
Havendo flexibilidade no uso do
tempo e do espaço escolar, os alunos
de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental apresentaram uma maquete única
de 10 metros de comprimento, realizada nas aulas de artes, não só mostrando as diferentes pessoas que circulam pela cidade de São Paulo, os
diversos imigrantes, como também a
confecção de monumentos, prédios,
museus, teatros e lugares que são
muito importantes para a cidade desde a sua fundação.
n
Passando pelas ruas do antigo centro, um dia, eu vejo hasteada uma bandeira que não reconheço… Mas, em
minha lembrança, sei que a conheço…
n
·
não é do meu país nem a do meu Estado. Onde já a vi antes?
Por muito tempo pesquiso em minha memória… Nada… De repente,
como um estalo, me esclareço: Mas é
claro, é a bandeira da cidade! Como
n
No Ensino Médio:
1ª séries – O Impacto da Industrialização em São Paulo.
Linguagem de Paz X Violência.
2ªs séries – Experiências Religiosas
em Busca da Paz.
A Influência da Religião na cidade
de São Paulo.
3ªs séries – Suporte Tecnológico de
Instituições de Ensino Superior.
Lazer em São Paulo.
pude esquecer?
Após um breve momento de em-
Encerramento
baraço, de esquecimento, vejo-me em
frente a ela e ponho-me a admirá-la…
Suas cores, sua forma, todos os seus
detalhes…
Começo a pensar no que ela representa… Uma grande cidade, terra rica,
terra agitada, terra de muitos povos,
raças e culturas que se misturam e vivem em harmonia… Aquela harmonia
Todas as atividades, desenvolvidas
pelos alunos, professores e comunidade educativa, transcorreram de forma criativa e efusiva, tendo sempre o
envolvimento concepcionista como linha mestra; tudo isso contribuiu para
o êxito da Feira Cultural de 2004.
caótica das grandes metrópoles…
Muita pressa, correria, agitação, pessoas
atrasadas… Costumeira pressa, conseqüência da importância da cidade…
E senti-me orgulhoso de ver, naquela pequena bandeira, toda a grandeza
de São Paulo.
46
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Carlos e Paulo
Alunos da 2ª série B do EM
“Para obter bons fins são
necessários bons princípios.
Precisamos espalhar o bem para
que o mal não tenha lugar” .
(Me. Carmen Sallés)
As crianças participam de dois encontros mensais preparados e dirigidos por Denise Freire e Adriana.
Além de destacar os quatro valores escolhidos por toda a escola para
serem vivenciados durante o ano, são
reforçadas várias virtudes e boas maneiras, através de histórias com bonecos e fantoches, dramatizações,
dinâmicas,músicas, expressão corporal etc. Os temas são preparados de
acordo com um relatório feito por
cada professora sobre o perfil de sua
turma.
Na 2ª fase do Ensino Fundamental os trabalhos tiveram os seguintes
temas desenvolvidos:
n 5ªs séries – Gastronomia, Esporte,
Música e Dança
n· 6ªs séries – Do Bonde ao Metrô
n 7ªs séries – São Paulo Ontem até a
década de 50.
Questões Tecnológicas e Semana
de Arte Moderna
n 8ªs séries – São Paulo da década de
60 até hoje.
Arte, Cultura, Tecnologia e Política
s
Maria Luíza Lopes Martins
Coordenadora de 1ª a 4ª série do Ensino
Fundamental
Wilson Fernandes Forti
Professor de Geografia
Colégio Maria Imaculada - São Paulo
rocha
Construindo a minha casa sobre a
o
O projeto Construindo a Comunhão é desenvolvido com muita seriedade pelos alunos e professores do
CIC/Passos. Tem como proposta:
§ formar a mente e o coração das
crianças e jovens;
§ oferecer condições para que percebam a grande diferença entre
os valores cristãos e os contra-valores que aparecem na sociedade
em que vivemos;
§ oferecer elementos para que façam uma análise consciente sobre
as conseqüências tristes e sérias
que enfrentamos por muitas vezes optarmos por um caminho desumano e injusto.
Diante dessa realidade torna-se
necessário desenvolver várias atividades que apontem caminhos para Jesus e que mostrem que os Seus ensinamentos são capazes de tornar o ser
humano realmente feliz.
“Queremos construir a nossa
casa sobre a rocha’’
Baseadas nessas considerações, as
professoras da Educação Infantil e de
1a a 4a série resolveram reforçar esse
projeto com o auxílio da Orientadora
Educacional Denise Freire e da Coordenadora de Pastoral Adriana Faria.
Os frutos do trabalho já começaram a aparecer. No final de cada encontro as crianças recebem uma lembrança, um símbolo que recordará o
que aprenderam durante aquele momento.
Além de interiorizar o que foi trabalhado, os alunos fazem comentários, tiram conclusões, partilham em
casa com a família a sua experiência,
demonstrando que realmente entenderam a mensagem.
O trabalho é gratificante. Percebemos que as sementes são lançadas
em terrenos férteis e a possibilidade
de crescerem e se multiplicarem é
grande. Sentimos o carinho de cada
criança e o apoio que temos das famílias que acreditam e confiam na
educação integral que os colégios
concepcionistas oferecem.
Adriana F. Alcântara Dias
Coordenadora do Setor de Pastoral
do CIC Passos
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
47
PROJETOS
Projeto oferece aos alunos a
Mostra Cultural
oportunidade de trabalharem em
grupo, de exporem suas idéias, de
desenvolverem sua imaginação e
seus talentos artísticos.
Cultural
o
O Projeto Mostra Cultural aconteceu, como
vem ocorrendo em anos anteriores, no Colégio
Madre Carmen Sallés. Teve início quando todos
os professores se reuniram para eleger o tema a
ser trabalhado, que possibilitou vários desdobramentos. Esse ano o tema foi “Há vida em nosso
Planeta”. O evento apresentou trabalhos dos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio.
Após definido o tema, cada educador ficou
responsável por orientar uma turma na escolha
de um subtema a ser desenvolvido.
No segmento 3 (5ª série ao Ensino Médio), o
próximo passo foi a divisão dos alunos em grupos e a escolha do assunto a ser trabalhado por
eles.
Durante as semanas que antecederam à
Mostra, os professores orientaram os alunos,
facilitaram os encontros dos grupos e
oportunizaram atividades de pesquisa.
O resultado foi um grande interesse por parte dos educandos em expor o fruto de seu trabalho.
Na véspera da apresentação, os alunos tiveram um dia para montar os estandes e decorar
a sala de aula.
48
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
No dia da Mostra Cultural, a escola foi aberta a toda comunidade para que pudessem
prestigiar o empenho, dedicação e criatividade
dos adolescentes. Durante a visitação, os alunos expunham o conhecimento adquirido.
Dois professores avaliaram os trabalhos de
cada equipe.
Os aspectos considerados foram os seguintes:
1. pertinência do trabalho dentro do tema;
2. riqueza do material exposto;
3. organização para apresentação dos trabalhos;
4. domínio do conteúdo e;
5. organização do espaço (montagem e
desmontagem).
A realização da Mostra Cultural foi no dia
03 de outubro, num sábado. Na segunda-feira
seguinte foi feita a auto-avaliação pelos alunos. Os professores destacaram os pontos positivos e negativos e fizeram sugestões para
melhoria do projeto. Com esse evento, os educandos tiveram oportunidade de crescer nas
competências de trabalhar em grupo, de expor suas idéias, de desenvolver sua imaginação e seus talentos artísticos.
Água
indispensável à
Vida
t
Tendo em vista as orientações da
Igreja e a partir do lema da CF desse ano (Água, fonte de vida),
os alunos das 6as séries do Colégio Maria Imaculada (Mococa ) desenvolveram um projeto interdisciplinar
(Língua Portuguesa, Espanhol e Educação Artística) conscientizando sobre o
uso da água. Foi escolhido trabalhar com
criação de fábulas, pois os alunos pensaram que colocando animais irracionais
preocupados com a situação do nosso
planeta em relação à água, os seres humanos com certeza também se preocupariam. Nas aulas de Redação, foram
produzidos textos (fábulas) em grupos,
nas aulas de Educação Artística, foram
feitas as ilustrações dos textos; e nas
aulas de Espanhol, os textos foram traduzidos para a Língua Espanhola.
Depois de concluído o trabalho, a diretora do CMI, Irmã Vanilda, escolheu
criteriosamente uma fábula para ser
divulgada para outras classes e trabalhada entre os alunos.
Encerrando o trabalho, foi feita uma
exposição no pátio do colégio com a presença da Tv Direta (regional), que entrevistou os alunos e filmou os belos trabalhos desenvolvidos. Os alunos se empenharam ao máximo atingindo o objetivo maior: CONSCIENTIZAÇÃO
QUANTO AO USO DA ÁGUA.
Leia, a seguir, a fábula escolhida:
O burro e a vaca
Era uma vez, um burro e uma vaca que viviam em uma fazenda no Sudoeste
brasileiro. Na fazenda em que os dois viviam havia um rio onde os animais bebiam
água.
O burro, que sempre escutava a conversa dos homens que trabalhavam na
fazenda, ouviu um boato sobre a falta de água na cidade e resolveu contar à vaca,
que era sua amiga.
— Dona vaca, ouvi dizer que a água na cidade está acabando. Está parecendo
que as pessoas não estão tendo consciência do que fazem com a água que elas
possuem.
— Não estou preocupada, aqui temos o nosso rio, e até a água acabar eu já fui
para o açougue.
— Não diga, dona vaca. Um dia irá se arrepender, pois nós dependemos da
água para viver! Bom, o seu Chico mandou-me juntar alguns baldes de água caso
esta venha a faltar! Eu vou ao trabalho, e você vaca? Que vai fazer?
—Vou beber um gole d’água, pois, esta conversa me deu sede.
Algum tempo depois, a água do rio secou. Como o burro tinha ajudado muito o
fazendeiro, Chico deu uma parte da água coletada pelo burro ao próprio burro. E
a vaca, como não dava lucro ao fazendeiro, acabou morrendo de sede.
MORAL: Não deixe os problemas para resolver futuramente. Aja imediatamente!
Marcus Breda, Henrique Corraine, Douglas Fechio, Luiz Antonio e Bruno
Biagi
Trabalho orientado pelos professores: Vânia (Língua Portuguesa), Henrique (Espanhol) e
Tânia (Educação Artística)
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
49
Estudar
é preciso
O projeto “Grupo de estudo de
educadores”, do Centro Educacional
Recanto Betânia, tem como objetivo:
Propiciar que educadores se encontrem uma vez ao mês, para
estudar e discutir sobre livros e
temas necessários para o crescimento pessoal e para a melhoria
no desempenho da missão
educativa.
Os encontros realizados até agora
favoreceram o estudo dos seguintes
livros:
n “Prova: Um momento privilegiado de estudo”, do prof. Vasco
Pedro Moretto. O livro visa ajudar o
professor na prática do dia a dia, fazendo-o refletir e reformular suas ava-
Int
erlig
ado
PROJETOS
através da
Educadores cultivando
o sabor do saber
liações como um instrumento em que
o aluno busca seu sucesso, assim
como o professor. Avaliação - sentido de transformar. O aluno deve ler,
refletir, relacionar e demonstrar na
prática a competência acerca de
tudo o que adquiriu.
n “Aprendizagem e o Ensino de
Procedimentos”, de César Coll e
Enric Valls. O livro que nos ajudou
muito na reformulação de nossos planejamentos, pois enfatiza e destaca
a importância dos conteúdos, como
um meio para o desenvolvimento das
capacidades do aluno; as condições
da aprendizagem de fatos e conceitos e a avaliação dos mesmos.
n ”A prática educativa – Como
ensinar”, de Antoni Zaballa. Este livro ofereceu-nos elementos e crité-
rios que contribuíram para uma prática reflexiva e coerente, relacionados
ao ato de ensino, registrando preocupações, idéias, conflitos e também
soluções possíveis no âmbito educativo no nosso cotidiano.
n “Pedagogia dos Projetos”, de
Nilbo Ribeiro Nogueira. O livro pretende conceituar projetos e sua dinâmica, implantação e implementação
no ambiente da escola. O livro ajudou-nos no planejamento e execução
de três projetos interdisciplinares que
proporcionaram satisfação tanto aos
educadores como aos alunos.
É verdade que, ao assumir esses
momentos de estudo, demos só um
passo inicial, mas vai se expandindo
para outras escolas do município,
onde os educadores divulgam e discutem os temas estudados, levando
a outros um pouco do Carisma Concepcionista e do nosso jeito de ser
educador.
Cada livro estudado é uma descoberta de novos horizontes na
capacitação de educadores e na
vivência do processo educativo junto
aos educandos.
matemática
a
Ano 2004. Era tecnológica. Mundo globalizado.
Houve um tempo em que se concebia conhecimento como um bem
passível de acumulação ou como um conteúdo que preencheria um reservatório vazio que o indivíduo possuía inicialmente.
Hoje, a idéia de conhecimento é bem diferente: é algo que se adquire,
que se constrói.
A atividade matemática escolar não consiste em olhar para as coisas
prontas e definitivas, mas na construção e na apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar
a realidade.
Foi através da visão desse mundo em construção que, juntamente com
meus alunos de 5ª e 6ª série, iniciamos um projeto valorizando os aspectos que a educação matemática tem destacado como essenciais:
-
trabalho de temas atuais associados a outros conteúdos;
atividades que valorizam o raciocínio e deduções;
atividades em que o próprio aluno constrói o saber.
Daí surgiu o primeiro “interligado” – Matemática ligada a outros conteúdos. Os alunos pesquisaram e apresentaram, mostrando um pouco do
saber, da criatividade e da construção do conhecimento.
Durante todo o desenvolvimento do projeto pude perceber como os
alunos se interagiam com os conteúdos e com a matemática. Bem sabemos que a matemática fornece instrumentos eficazes para compreender
e atuar no mundo que nos cerca e possui um forte caráter integrador e
interdisciplinar.
Avaliando o projeto, observei que os alunos viram a matemática como
algo agradável e prazeroso e sentiram-se seguros da própria capacidade
de construírem conhecimentos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; interagiram com seus pares de forma cooperativa, trabalharam coletivamente. Ficaram interligados!!!
“Que nós possamos fazer pequenas coisas agora e maiores coisas nos
serão confiadas dia a dia”. (Pensamento persa)
Professora Margareth
Professora do Centro Educacional Recanto Betânia
50
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Michelle Pereira
Professora de Matemática de 5ª e 6ª Séries – CIC/MACHADO - MG
Unindo conhecimento,
lazer, crescimento
e partilha
Com o Projeto “Conhecer a região mais desenvolvida do país”, os alunos da 8ª série do CIC/
Machado-MG, fizeram uma excursão no período
de 8 a 15 de setembro de 2004, para o sul, com
o objetivo de descobrir e conhecer as raízes da
imigração européia, bem como conhecer as causas das diferenças sociais entre as regiões brasileiras.
O projeto, de caráter interdisciplinar, envolveu
os conteúdos da seguinte maneira:
n Português: registrar com fotos (restaurantes,
lojas, produtos, cardápio, comida, outdoors, painéis...) a invasão de línguas estrangeiras na língua portuguesa;
n Artes: através das fotos, montar um painel
para apreciação das turmas;
n Matemática e Ciências: conhecer o tipo de
escala usada na construção do mapa da cidade;
registrar velocidade e distância da viagem; marcar a altitude de Camboriú e a extensão do litoral
de Santa Catarina e registrá-la em gráficos comparando-os com a extensão de outros estados brasileiros;
n Geografia: conhecer a economia do Vale do
Itajaí, rios e tipos de clima e vegetação;
n Ensino Religioso: conhecer a história de Santa
Catarina, a padroeira que deu nome ao Estado.
n História: comparar hábitos e costumes e a
miscigenação ocorrida no sul do país; entender
por que as cidades do sul estão entre as que oferecem melhor qualidade de vida do país; apresentar Curitiba, através de filme, mostrando que
a cidade tem a maior área verde por pessoa no
mundo, entre outras características, além de organizar as apresentações com relatório e realizar
a partilha.
A viagem seguiu o roteiro: Camboriú, Brusque,
Blumenau, Joinvile, Florianópolis e Curitiba, encantando os alunos a cada parada.
É gratificante proporcionar aos alunos o conhecimento de uma região mais desenvolvida,
ampliando seus horizontes através de uma prática pedagógica que, ao mesmo tempo, leva a uma
melhor integração do grupo, uma educação que
privilegia o “aprender fazendo”.
José Cláudio Siqueira Magalhães
Professor de História do CIC/Machado-MG
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
51
PROJETOS
PEDAGOGIA
“ A língua é um bem que existe para
que possamos usufruir dela. É
necessário que o professor se lembre
que a comunicação não se faz
somente por signos verbais ou
escritos, ela também se faz por
comportamentos e atitudes.”
Trabalhando a
Entrevista
Oralidade
A linguagem é uma forma
de comportamento social cuja
função principal é a comunicação. Foi pensando em vivenciar
a linguagem oral que a professora de português do CIC/ Machado, Anelise Swerts de Oliveira Lima, desenvolveu o projeto “Vivência da Linguagem
Oral“ com a 5ª e 6ª série.
Educar através da
arte
a
A arte apresenta-se como
manifestação da
capacidade de criação dos
alunos, auxiliando o
professor principalmente
na compreensão e na
afeição de seus interesses.
Jornal Falado
Apresentação
de Poesias
52
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Contação de histórias
Dramatizações
espontâneas
A teoria de que a arte deve ser a
base da educação não é nova.Desde
a antiguidade clássica, assim como os
atuais conceitos de maturidade e de
prontidão para a aprendizagem, os
estímulos à expressão através das artes assumem importante papel entre
as atividades e experiências ricas e
variadas que devem ser proporcionadas pelo professor, visando conduzir
o aluno à verdadeira aprendizagem.
Os precursores da Educação Infantil, como Platão, Rousseau, Pestalozzi,
Froebel, Montessori, Decroly,
Claparéde, Dewey, contribuíram para
essa revolução pedagógica, necessária a uma vida cada vez mais voltada
para o espírito científico e prático.
Aqui no Brasil podemos dizer que
a educação pela arte foi a primeira
teoria pedagógica empregada. Utilizando a dramatização e a poesia,
Anchieta, o primeiro mestre do Brasil, levou o catecismo e as primeiras
noções de civilização ao” Novo Mundo”.
Modernamente, sob o ponto de
vista da educação pela arte, cujos
princípios praticam ou recomendam,
dois grandes nomes se destacam em
nosso cenário pedagógico: Monteiro
Lobato e Anísio Teixeira.
Todos estes nomes da História da
arte contribuíram para que se firmasse a idéia de que educação deve realizar-se através da experiência e da
liberdade de expressão, tendo por
base o prazer de criar e produzir, dentro da realidade da vida prática, pela
utilização dos diversos aspectos da
arte.
A arte apresenta-se aqui, portanto, como manifestação da capacida-
de de criação dos alunos, auxiliando
o professor principalmente na compreensão e na afeição de seus interesses.
Nota-se que o trabalho de arte,
agora, desde que estimulado pelo
professor para atingir a determinado
objetivo além dos estéticos, exigirá
muito mais da capacidade de observação, apreciação crítica dos alunos,
que o trabalho espontâneo, de livre
expressão, executado sem outro qualquer compromisso senão o de liberar
a energia criadora.
O professor que levar os alunos à
aprendizagem através de atividades
estéticas, seguindo o interesse e as
aptidões dos alunos, poderá observar
que, graças ao harmonioso conjunto
de atividades que proporciona, o interesse pela aprendizagem aumenta
na medida em que se desenvolvem
as habilidades e as funções mentais.
Não se trata de fazer dos alunos
grandes escritores, atores, músicos ou
artistas plásticos, mas de dar-lhes
oportunidades que muito contribuirão para o desenvolvimento do seu
pensamento lógico e de um espírito
crítico, aberto e lúcido, pelos hábitos
de observação, pesquisa e criação.
É através da arte, a arte no seu
amplo sentido, visual e plástico, literário e musical, espontânea, mas estimulada, motivada e orientada, que
melhor cumpriremos a nossa tarefa
de educadores.
Rosa Maria do Santos Chagas
Pedagoga - Monitora no Lar Maria Imaculada - Mococa
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
53
PEDAGOGIA
Amostras
Estatísticas
à
À medida que os conteúdos matemáticos vão se tornando mais avançados, mais difícil é a integração com
outras áreas do conhecimento, visto
que situações do cotidiano envolvendo conceitos sofisticados requerem
também ferramentas matemáticas
ainda não dominadas pelo aluno,
nesse nível de escolaridade. Dessa
forma, o estudo da Estatística tornase importante no conteúdo do ensino da Matemática.
Em vista disto, os alunos das 8as
séries do Colégio Imaculada Conceição de Passos trabalharam os dados
de uma pesquisa realizada com a participação de todos os alunos do ensino fundamental (5as a 8as séries).
Os dados foram coletados com a
ajuda de alguns professores que aplicaram o seguinte questionário:
n Sexo
n Disciplina de que mais gosta
n Escolha da profissão
n Profissão escolhida
n Motivo da escolha
n Escolha da área
n Área escolhida
o
Os alunos da 6ª série A do CMI-Mococa trabalharam
durante o mês de agosto e setembro nas aulas de Língua
Portuguesa o seguinte tema: “Miséria, a Fome no Brasil e
a Exploração Infantil”. Na avaliação de Redação no final
de agosto foi solicitada uma descrição de uma favela e
uma carta a uma autoridade contando o que tinha visto
e pedindo soluções para o problema. Leia ao lado, a carta do aluno Luiz Antonio Fernandes Dias Neto, destinada
ao Presidente da República, e abaixo, a resposta que obteve da Diretoria de Comunicação Histórica do Governo:
A partir dos dados acima, foram
tiradas conclusões importantes e “curiosas”.
Vale a pena observar que nas 5as e
6as séries a maioria dos alunos já tem
escolhida a sua profissão, enquanto
na 8ª série, apenas uma minoria revelou sua opção. Outro dado a registrar é quanto à escolha da profissão.
blica
BLICA
REPÚ cia da Repú
A
D
A
n
I
ê
C
DÊN
4
Presid
de 200
PRESI Pessoal da
e
tembro
t
e
e
s
n
i
e
b
d
a
G
a, 23
Brasíli
Entre os homens foi a Engenharia,
(nos seus mais diversos campos); entre as mulheres, Medicina, escolha
essa motivada por vontade pessoal.
Já as disciplinas História, Matemática, Educação Física e Artes foram
apontadas como as preferidas entre
os entrevistados.
Quanto à preferência pela área, os
homens apontaram Exatas, enquanto as mulheres apresentaram um
empate entre Biológicas e Humanas.
Todo o estudo, análises e elaborações de gráficos foram importantes
para retomar conceitos estatísticos a
partir da leitura de tabelas.
É através deste aprendizado que o
aluno vai adquirir capacidade para
interpretar o resultado de pesquisas
publicadas pelos diversos meios de
comunicação.
Lúcia Faria Pimenta Andrade
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Senhor presid
ente, escrevolhe para fazer
Quando passei
um apelo.
bem ao lado da
fiquei observan
favela do Rio
de Janeiro,
do e me asso
mbrei. Vi casa
p an o s n o te
s velhas com
to . A lg u m as
at é d e lo n a
esburacadas, er
q u e es ta v am
am casas muito
pequenas, amon
sobre as outras
toadas umas
. As ruas eram
pequenas com
e esburacadas,
po
ças de lama
cheias de bara
tas e um odor
esgoto a céu
terrível pelo
aberto. Banco
s velhos e até
cantos das ca
geladeiras nos
sas e, de long
e, pude observ
jogando um ba
ar
uma mulher
lde de lixo na
rua. Os postes
cos eram dese
de
ncapados e al
fios elétriguns estavam
Quando olhei
destruídos.
pra mim mesm
o e me vi com
cia e limpa, co
m um tênis no
roupa mavo que acabar
meu pai, de ba
a de ganhar do
nho tomado, se
m sujeira, e qu
gasse em casa
e quando che, teria um belo
café da tarde
mãe... Senti um
feito por maaperto no cora
ção e quis faze
algo que nunc
r algo novo,
a percebi e de
i importância:
PRÓXIMO.
AJUDAR O
Queria que o
senhor tomasse
uma providên
eu tomei.
cia, como
Abraços,
ece-lhe
a agrad ens
v
l
i
S
a
P
Lula d elas mensag
Inácio
z
i
rasil.
u
nho p
L
m cari óximo do B ese
idente
t
s
e
s
r
i
o
P
O
carta, p , o futuro pr iciativa de d
or sua
s
n
muito p be dos joven fessor pela i ionais.
o
dos
e
r
c
ac
p
e
n
r
u
para to is
ta se
que
emas
l
o
n
t
e
b
i
o
u
m
r
i
m
p
r
p
os
ando
o e ma
Ele cum alunos para
t r a b a l h , u m p a í s j u s t vens.
á
t
s
s
e
o
a
r
r
l
Lu
cês jo
elho
perta
idente
v i d a m tivas para vo e c o n t i s
e
a
r
m
P
u
O
rspec
terem
ém qu
ileiros
boas pe e s s á r i o t a m b a s e r e m c i o s b r a s que ofereça
c
ne
e par
ro,
çado, é p r e p a r a n d o - s Brasil que de
n
a
c
próspe
l
a
r
e
e
O
s
.
e
t
e
n
d
so
Para is udando basta es na socieda
t
t
s
n
e
a
a prot
r
m
o
nue
ços par que
r
e imp
o
s
f
i
s
.
e
e
t
s
ú
o
o
d a d ã o s á e m s u a s m ã a r e m ju n t a n d d a s p r o p o s t a s
u
st
n
a
e
i
t
t
e
l
n
m
p
o
a
j
c
m
se
s para
ção co
Pedimo implementa
os a
nte.
dente.
m o v e r m L u l a P r e s i d e roso do Presi
m
lo
e l e g e r a a o abraço ca
b
e
Rec
te,
osamen
Atenci
ica
ha
es Roc entação Histór
r
a
o
S
m
o
i
Cláud iretoria de Docu
Luiz A
rezado
Professora de Matemática 6as e 8as séries
- Colégio Imaculada Conceição - Passos MG
54
DE: Luiz Anton
io Fernandes
Dias Neto
PARA: V. Exª
Sr. Presidente
Luiz Inácio L
ula da Silva.
Mococa, 19 de
agosto de 2004
.
A POBREZA
ntonio,
Direto
55
r-D
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Luiz Antonio
Um dos passos principais para a solução
dos diversos e urgentes
problemas sociais do
Brasil está na conscientização sobre a realidade social. Nesse sentido, o aluno Luiz Antonio (foto) ficou muito
empolgado com a resposta à sua carta e
aguarda realmente tomada de atitude por
parte do Sr. Presidente
em prol das pessoas menos favorecidas.
O Trabalho foi realizado sob a orientação da
professora Vânia Aparecida Macedo Palos - Língua Portuguesa.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
55
PEDAGOGIA
Unidade e Fidelidade à
Para tornar os alunos bons
leitores, para desenvolver,
Pedagogia
muito mais do que a
capacidade de ler, o gosto
pela leitura e um
Concepcionista
compromisso com ela, a
escola precisa mobilizar
seus alunos, internamente,
pois aprender a ler e ler
Formando bons
Leitores
a
A leitura, como prática social, é
sempre um meio, nunca um fim. Ler
é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal.
Fora da escola não se lê só para
aprender a ler; não se lê de uma única forma; não se decodifica palavra
por palavra; não se responde à pergunta de verificação de entendimento, preenchendo fichas exaustivas;
não se faz desenhos para mostrar do
que mais gostou e raramente se lê
em voz alta, ou seja, a prática constante da leitura não significa a repetição infindável dessas atividades escolares.
Uma prática constante de leitura
na escola pressupõe o trabalho com
a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas de leitura de fato. Diferentes objetivos exigem diferentes textos e
cada qual por sua vez exige um tipo
específico, uma modalidade.
Em certos textos basta ler algumas
partes, buscando a informação necessária; outros precisam ser lidos, exaustivamente, várias vezes. Há textos que
podem ser lidos rapidamente e outros que devem ser lidos devagar.
56
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Há leituras em que é necessário
controlar atentamente a compreensão, voltando atrás para se certificar
do entendimento; outras são lidas seguidamente, sem dificuldade, nas
quais o leitor apenas se entrega ao
prazer de ler.
Há textos que requerem enorme
esforço intelectual e, a despeito disso, dão vontade de ler sem parar; outros, no entanto, o esforço é mínimo
e mesmo assim dá vontade de deixálas para depois.
Para tornar os alunos bons leitores, para desenvolver, muito mais
do que a capacidade de ler, o gosto
pela leitura e um compromisso com
ela, a escola precisa mobilizar seus
alunos internamente, pois aprender
a ler e ler para aprender requer esforço.
Aprender fazendo
Os alunos devem ver na leitura algo
interessante e desafiador, uma conquista capaz de dar autonomia e dependência. E devem estar confiantes,
condição para enfrentar o desafio e
aprender fazendo.
contínuo, evoluindo a partir do momento em que o educando possa
partilhá-la com o outro.
Nesse processo é de suma importância a formação continuada dos
educadores. É indispensável que eles
estejam preparados e atentos para
orientar e ajudar o aluno a fazer o
“link” do conhecimento prévio com
o que será abordado em sala de aula.
Trazer notícias atuais e significativas, “fazer” (e não dar) uma aula
diferente na cozinha experimental,
projetar um filme que facilite o assunto a ser abordado, agilizar atividades no Laboratório de Informática, enfim, usar realmente os recursos disponíveis nas escolas (poucos
ou muitos) é proporcionar momentos em que os alunos vivenciam o prazer da sala de aula, constroem e
ressignificam o conhecimento.
para aprender, requer
esforço.
Ler para as crianças é uma atividade fundamental: elas merecem que
os adultos leiam diariamente para
elas. Antes de ler um texto para as
crianças, o professor precisa conhecêlo para poder comentar as razões de
sua escolha e demonstrar seu interesse de leitor em compartilhar suas
descobertas.
A leitura não deve ser uma atividade-extra, quando sobra tempo,
quando a turma está muito agitada
ou quando faltaram muitos alunos.
A leitura precisa ocupar o horário nobre da aula.
Mesmo quando as crianças não
sabem ler, a sala de aula deve ter um
espaço com livros, revistas, jornais, folhetos e gibis, para poderem folhear
à vontade, sem que alguém fique perguntando o que estão entendendo.
Enquanto isso, é interessante que
o professor também leia seu próprio
livro, revista ou jornal. É imprescindível que as crianças percebam que ler
é uma atividade importante e que o
adulto também gosta de realizá-la.
Professor: lembre-se de que uma
prática de leitura que não desperte
nem cultive o desejo de ler, não é uma
prática pedagógica eficiente.
Maria Vanilda
Professora de 1ª série do Colégio Maria
Imaculada de Brasília e pós-graduanda
em Gestão Educacional pelas Faculdades
Pitágoras.
dadãos conscientes que possam se integrar e se comprometer com a moeducadores estejam preparados dificação da sociedade em que vivem.
É indispensável que os
para orientar o aluno a fazer o
“link” do conhecimento prévio
com o que será abordado em
a
sala de aula.
Atualmente sabemos ser necessário instaurar mudanças na sala de
aula que atendam às crianças e jovens de nossa época, sem perdermos
de vista os princípios da Educação
Concepcionista. Somamos a isso a
preocupação com uma Formação Integral, Religiosa, à luz do olhar de
Madre Carmen Sallés, evangelizando
através da educação, formando ci-
Maria Rosângela
Coordenadora Pedagógica de 5ª a 8ª série do Colégio Maria Imaculada de Brasília
Como fazer?
Basta que a Proposta Educativa
Concepcionista, comum a todos os
colégios concepcionistas, seja transformada em ação. Dessa forma, a
aprendizagem pode acontecer de
forma prazerosa e seguir o rumo esperado, em que a escola oportuniza
e facilita a construção do conhecimento.
O conhecimento acontece na medida em que uma pessoa interage
com a outra e, através dessa
interação, o educando adquire autonomia e prazer pela descoberta. Por
isso, a aprendizagem é um processo
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
57
PEDAGOGIA
Há um brinquedo
certo para cada idade
b
Brincar é sempre saudável e importante no desenvolvimento de crianças e jovens mas, especialmente com as crianças, é preciso cuidado e precaução na hora da escolha dos brinquedos.
É comum pais, tios e avós comprarem para
as crianças brinquedos que lhes chamam atenção pela exposição na mídia ou porque o adulto que o está comprando sonhou com ele, em
alguma etapa de sua vida. É o carro de controle remoto para o filho de apenas 1 ano, as bonecas do tipo Barbie para a linda menina que
ainda não completou 2 anos. Também é muito
comum notar a decepção desses adultos ao perceberem que o brinquedo não despertou o interesse
da criança, ou ela o quebrou por não ter ainda,
habilidade para manuseá-lo.
Na hora da escolha do brinquedo é preciso observar se ele tem o selo do IMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Individual) e se é apropriado para a idade. Não devem
ser adquiridos, para as crianças menores, brinquedos
que tenham partes destacáveis (como olhos de bichinhos de pelúcia) ou ainda com partes pontiagudas e pequenas. Portanto, a dica é: compre brinquedos que tenham peças maiores do que o pulso
da criança. Cordinhas para puxar brinquedos também não são recomendadas.
Abaixo encontram-se algumas orientações, por
faixa etária, para a escolha de brinquedos:
Do nascimento até 1 mês e 1/2
O bebê ainda não consegue segurar objetos intencionalmente. Só por reflexos. Nesta fase é importante estimular
os sentidos cantando, abraçando e acariciando o bebê.
Exagere nas fisionomias bem próximo ao rosto da criança. Demonstre alegria e satisfação.
De 2 a 4 meses
Nesta fase, o bebê passa do estado de quase inércia para
as primeiras reações intencionais. Ele diverte-se quando é
levado ao alto e gosta de fixar o olhar em objetos atraentes e coloridos.
Sugestões de brinquedos:
n Brinquedos com texturas e formatos de fácil manipulação
n Móbiles
n Brinquedos que emitam sons (com guizos em seu interior, por exemplo)
De 5 a 7 meses
A criança já consegue ficar mais tempo fixando um
objeto. Volta-se para a direção de onde vem algum som.
O bebê já emite alguns ruídos com o intuito de chamar
atenção. Aos 7 meses já atende se for chamado pelo nome.
Sugestões de brinquedos:
n Tapetes de atividades com sons e espelho, pois aqui o
bebê já é capaz de se reconhecer
n Brinquedos que emitam sons
De 8 a 10 meses
A criança já interage com jogos simples e busca algum
objeto de desejo. Gosta de bichinhos de pelúcia e bonecos. Livros plásticos para o banho também são uma ótima
pedida. Tudo muito colorido.
Sugestões de brinquedos:
n Livrinhos de banho
n Jogos de interação em que se aperta algum botão e
emitem som
n Bichos de pelúcia e bonecos
58
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
De 11 meses a 1 ano
A linguagem está em pleno desenvolvimento. Consegue concentrar-se por um pequeno período de tempo
ouvindo uma história. Repete tudo o que escuta. Gosta
de reproduzir as palavras que aprendeu com o telefone
ao ouvido. Quando consegue equilibrar-se bem, a bola
também é um elemento inseparável.
Sugestões de brinquedos:
n Livros com grandes figuras e pouco texto que retratem objetos de seu dia-a-dia: mamãe, papai, carro,
mamadeira, etc.
n Livros com fotos ou desenhos de bichinhos
n Telefones
n Bolas
De 1 ano a 1 ano e 1/2
Imita sons e reconhece objetos. Brinca de espalhar e
guardar tudo, claro que a seu modo.
Sugestões de brinquedos:
n Caixote com objetos de formas geométricas. Cubos,
círculos e triângulos de plástico ou feltro
n Potes e tampas
n Panelinhas
De 1 ano e 1/2 a 2 anos
A criança já reconhece algumas cores e formas. Sabe
procurar e encontrar objetos que guardou. Gosta de brinquedos que possa empurrar, puxar, encaixar e explorar
com os dedos. Adora tentar descobrir como as coisas funcionam.
Sugestões de brinquedos:
n Brinquedos de montar
n Bichinhos de plástico
n Cubos com formas vazadas para encaixar peças similares
n Carrinhos e caminhões
n Chaves
De 2 anos a 2 anos 1/2
Após os 2 anos a criança começa a descobrir o prazer
em brincar com o outro. O egocentrismo começa a sair de
cena e começa o processo de socialização. Até os 2 anos
e ½ a criança assimila centenas de palavras em pouco
tempo. Já é capaz de construir frases simples, completas.
Reconhece cores e formas. Compreende o significado da
palavra “NÃO”. Classifica formas, cores e espessuras.
Sugestões de brinquedos:
n Blocos lógicos - encontrados em lojas de brinquedos
educativos. Possui quadrados, círculos, triângulos e
retângulos nas cores primárias, com diferentes tamanhos e espessuras
n Blocos de madeira com diferentes formas e tamanhos
para fazer torres e pequenas construções.
3 anos
Nesta fase, papais e mamães precisam ter bastante disponibilidade para responder a todos os questionamentos
da criança - Como? Quando? E a preferida: Por quê? Apesar da linguagem ainda estar em desenvolvimento,
seu vocabulário já é bastante extenso. Consegue comunicar-se com perfeição. Sua coordenação fina está mais segura. É nesta fase que a lateralidade (destra ou canhota)
normalmente se define.
Sugestões de brinquedos:
n Cubos de tecido, onde em cada lado existe um treino
motor como zíperes, botões e ganchos para abrir e
fechar.
n Cubos com tamanhos decrescentes e que se encaixam
um dentro do outro, para serem empilhados.
4 anos
A criança apresenta maior coordenação global e, conseqüentemente, coordenação fina. Começa a se interessar por
brincadeiras coletivas e demonstra maior equilíbrio.
Sugestões de brinquedos:
n Jogos em equipe com uso de bola e bastões
n Bicicleta
n Trabalhos manuais, com tesoura de ponta redonda e
sob supervisão de adultos
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
59
PEDAGOGIA
n
n
n
n
n
Matemática na
Jogos eletrônicos
Jogos em computador
Bonecos e bonecas
Palavras cruzadas
Jogos com figuras e letras que representem a letra inicial do objeto
7 a 9 anos
5 anos
Nessa idade a destreza e motricidade já estão bem
definidas. A criança descobre a satisfação em tentar resultados diferentes e conseguir realizar trabalhos esteticamente bonitos. A gama de opções cresce bastante.
A criança torna-se mais sociável e descobre o prazer de
brincar em grupo.
Sugestões de brinquedos:
n Modelagem em massinha, argila ou gesso
n Canetas e caderno de desenho
n Quebra-cabeças
n Pular corda
n Jogos coletivos com regras e objetivos mais elaborados
O raciocínio lógico pode ser usado quase em sua totalidade, permitindo o trabalho com jogos de estratégias
simples.
Sugestões de brinquedos:
n Jogo da velha
n Jogo de damas
n Trilha
10 a 12 anos
O pensamento lógico já está desenvolvido em sua plenitude; pode-se usar jogos mais complexos e estratégias
que necessitem de abstração.
Sugestões de brinquedos:
n Batalha naval
n Jogos de tabuleiro que forcem cálculos, previsões, custos e lucros, tipo banco imobiliário
n Jogos de conhecimentos gerais com perguntas e respostas das mais diversas áreas de conhecimento.
6 anos
A criança já é capaz de realizar várias tarefas sozinha:
troca-se, escova os dentes, dá laço no tênis, demonstra
certa independência, conhece a função de cada objeto.
Evidencia maior interesse por jogos eletrônicos e computador. Neste sentido a polêmica é grande, mas é preciso
saber dosar, pois são tecnologias que fazem parte do cotidiano moderno e que são muito válidas no desenvolvimento de raciocínio e estratégia. É preciso impor limite
ao uso deles e, também, critério na escolha dos materiais
a serem disponibilizados; estes devem privilegiar os aspectos educativos.
Sugestões de brinquedos:
60
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Marisa Mendes
Coordenadora Pedagógica do Colégio Maria Imaculada
de Brasília
s
AÇÃO
Sou professora e coordenadora da área de Matemática, do Colégio Madre Carmen Sallés – Brasília. Faço parte
de um grupo de estudo de professores da Unb (Universidade Federal de Brasília), coordenado pelo professor
Cristiano Muniz, doutor em educação matemática. O grupo se reúne a cada quinze dias para debater assuntos práticos e teóricos de educação matemática que possam contribuir para uma verdadeira construção do conhecimento
matemático. Depois que comecei a freqüentar essas reuniões e dei início ao meu curso de mestrado, descobri que
o professor tem que ser um verdadeiro pesquisador e que
a sua própria sala de aula, entendida como uma unidade
envolvendo uma relação dialética entre o aluno, o saber e
o professor, é um ambiente riquíssimo para desvendar diferentes maneiras de ensinar e aprender Matemática.
Por isso, resolvi aproveitar meu espaço educativo na
sala de aula para desenvolver um projeto mais amplo sobre o ensino da Matemática, que faz parte da minha dissertação de mestrado. O projeto está sendo desenvolvido
pela equipe de Matemática do Ensino Fundamental do
“Carmen Sallés” da qual participam também as professoras Cláudia e Solange.
Para nortear o projeto, iniciamos discussões sobre o
assunto e nos apoiamos na Teoria dos Campos Conceituais
de Gérard Vernaud e em Vygotsky.
Vernaud é pesquisador francês nas áreas de psicologia cognitiva e didática da Matemática. Ele desenvolveu a Teoria dos Campos Conceituais, a qual tem
permitido conceber uma visão curricular da Matemática menos fragmentada e mostra o quanto a didática
tem de partir da concepção de que o papel do professor é o da provocação que favoreça o desenvolvimento de novos esquemas mentais. Seus trabalhos de pesquisa têm tratado sobre a aprendizagem matemática
e seu ensino, sobretudo o pensamento e
conceitualização necessários à resolução de situaçõesproblema de Aritmética e de Álgebra elementar. Sua
teoria tem grande penetração no campo da pesquisa
em Educação Matemática no Brasil.
Resolução de situações-problema, construção de
conceitos e aprendizagem matemática
Durante nossos estudos e pesquisas em sala de aula,
percebemos que é na ação efetiva do aluno que podemos
entender seu processo de construção de conceitos e
procedimentos e, na mesma linha de raciocínio, é através da ação, e não apenas do discurso, que poderemos
provocar o desenvolvimento conceitual que deve ser objetivo pilar do ensino da Matemática, como nos afirma
Vygotsky:
Vygotsky (1896-1934) psicólogo russo, elaborador
da teoria sócio-histórico-cultural da aprendizagem e
do desenvolvimento humano. A partir de seus estudos sobre conceitualização, Vygotsky mostra como o
processo de construção do conceito está atrelado à
ação, e não meramente ao uso de terminologias. Ele
ressalta o engano cometido por pesquisador ou educador que avalie as capacidades intelectuais da criança apenas por utilização de palavras. Essas idéias estão apresentadas em sua obra Pensamento e Linguagem.
Segundo esse autor, a ação do aluno deve ser um
critério para análise do desenvolvimento conceitual
e, neste sentido, a situação vivenciada pelo aluno é
de grande importância, pois ela é que dá sentido às
ações.
Você deve estar percebendo que, quando falamos da
ação, referimo-nos àquela operada pelo aluno em certo
contexto, em uma dada situação.
Veja um exemplo da ação dos alunos e do desenvolvi
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
61
PEDAGOGIA
mento conceitual ocorrido, realizada com as turmas de
8ª séries pelas professoras Sandra e Cláudia para construir
o conceito de trigonometria.
Começamos com a construção de um instrumento para
determinar as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente.
• Desenhe, em papel milimetrado, um setor circular cujo
arco mede 90º (um quarto da circunferência) e cujo
raio mede 1 dm (ou 10 cm).
• Marque, com o auxílio de um transferidor, os arcos
correspondentes a 10º, 20º, 30º, 40º, 50º, 60º 70º e
80º, como mostra a figura a seguir:
Está pronto o seu instrumento! Agora veja como usá-lo:
INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO
Observe o triângulo retângulo marcado no papel
milimetrado abaixo. Ele tem um ângulo de 40º. Você pode
“ler” diretamente no papel milimetrado o valor do seno,
medindo o segmento 01 .
Ensino Religioso
na Educação Infantil
• Pelo ponto A, trace $7 , perpendicular ao segmento
2$ , com medida de pelo menos 2 dm (20 cm).
• Cole esse desenho num pedaço de isopor, cortiça, EVA
ou papelão.
• Corte um canudinho do tamanho de um raio (1 dm) e
passe por dentro dele um pedaço de barbante de 2,5
dm (25 cm).
• Fixe com uma “tachinha” uma das extremidades do
canudinho/barbante no ponto O.
Veja como ficará na figura a seguir:
Sabe por quê? O valor do seno é encontrado dividindo-se o cateto oposto () pela hipotenusa (), que mede
1 dm.
01
01 = H VHQ ž =
E quanto mede cos 40º? Basta ver quanto mede o segmento .
Quanto mede tg 40º? Basta medir o segmento .
Desta forma os alunos foram construindo na ação os
conceitos de trigonometria.
O trabalho descrito é apenas uma das atividades realizadas em sala de aula e constatamos que através da ação
houve:
·n Compreensão dos alunos das idéias, conceitos e procedimentos matemáticos.
·n Desenvolvimento de competências e habilidades de investigar, questionar, compreender e argumentar.
Nesse âmbito, concluímos que a apresentação de atividades, na qual os alunos possam aprender os conceitos
através da ação, possibilita uma aprendizagem motivadora
e significativa.
Sandra Aparecida de Oliveria Baccarin
Formada em Ciências e Matemática, mestranda em Educação,
membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática), coordenadora de área - Ciências e Matemática - do Colégio
Madre Carmen Sallés/DF
62
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
a paz
ianças querem sã o
“Todas as cr
das
m a s n e m to
no mundo,
da discrires da ótica
educadas liv
”
minação(...).
de falar
ianças gostam ndem
cr
as
as
d
o
“T
re
nem todas ap
em Deus, mas
o(...).”
çã
n
ti
is
d
a, sem
am
s
eu
D
e
u
q
enerosas,
ianças são g
“Todas as cr
lhes enpre há quem
mas nem sem
ulam nos
ar o que acum
sine a partilh
coração.”
lancheira, no
armários, na
frases de Frei Beto
s
Ser religioso é uma dimensão
constitutiva do ser humano.
Aos educadores, preocupados com
o desenvolvimento do ser humano em
sua totalidade, cumpre aprofundar a
reflexão sobre a dimensão religiosa e
descobrir meios de despertar a religiosidade presente na criança.
Na Educação Infantil, o Ensino Religioso deve valorizar as experiências
possibilitando a vivência de práticas
sociais, da ética, de direitos e deveres, e a formação de valores. Vivência
que deve partir da realidade que temos para a construção da realidade
que queremos.
O professor deve estar atento o
tempo todo, aproveitando pequenos
eventos do dia a dia para propor discussões a partir deles. Trabalhar com
valores é um grande desafio, porém,
o principal é que os valores sejam uma
preocupação constante e que
permeiem as aulas e a conduta do
professor.
“É fundamental a coerência entre
o que se pretende ensinar e o que se
pratica”, diz a filósofa Helena
Milanezi.
O Ensino Religioso para crianças
pequenas deve respeitar o momento
que elas estão vivendo. Assim, compreenderão mais os testemunhos do
que os discursos sobre Deus.
Pierre Faure diz que “a criança
descobre Deus na família e vai desenvolvendo aos poucos sua relação com
Ele. O importante nessa educação é
permitir que a criança adquira a correta imagem de Deus, não de um ídolo ou justiceiro, mas do Deus que se
preocupa com ela.”
É significativo para as crianças ver
alguém que lhes é referência falando
de Deus. Através das atitudes dos
adultos a criança descobrirá que Deus
é bom, é alegria, é paz, é amor.
Cristina Monteiro Gomes
Professora do Jardim III
Colégio Madre Carmen Sallés/DF
No Colégio “Maria Imaculada”, em
Mococa, a professora Solange Lima, junto aos alunos do Ensino Médio, vem
desenvolvendo o “Curso de Interpretação”.
O curso é realizado semanalmente.
São trabalhados poemas, letras de músicas e textos atuais que despertam o
gosto pela codificação e decodificação
da palavra.
Alunos das três séries do Ensino Médio que participam desse curso (cerca
de 70) são agrupados, sem distinção de
série ou turma, o que possibilita uma
troca de experiências, ajuda a quem tem
dificuldades e ampliação do conhecimento daqueles com maior facilidade.
Como passamos por um momento
marcado pela globalização, em que
ocorre um enorme intercâmbio de cultura e informação, a professora pretende desenvolver nos alunos a capacidade
de perceber e interpretar os fatos ocorridos no passado e no presente; pretende desenvolver, também, o espírito crítico dos alunos para que analisem as
expressões em geral, sejam na arte, na
política ou no cotidiano.
Dessa forma, jovens mais aptos à interpretação estarão melhor preparados
para
ler o mundo
de forma madura,
INTEGRAÇÃO
n Dezembro 2004
63
consciente e crítica.
PEDAGOGIA
Teatro
Alunos do CIC-Machado lêem
Teatro
e interpretam “Dom
Casmurro“, de Machado de
Assis e o “Auto da Barca do
Inferno”, de Gil Vicente.
Educação Infantil
no Colégio Maria Imaculada de Brasília
“As crianças constroem o
conhecimento a partir das
interações que estabelecem
com outras pessoas e com o
meio em que vivem. O
conhecimento não se
constitui em cópia da
realidade, mas sim, fruto de
um intenso trabalho de
criação, significação e
ressignificação”. (Referencial
Curricular Nacional para
Educação infantil, pág. 21).
É o que caracteriza o nosso trabalho... Visão do aluno como ser: social, histórico, agente ativo do processo de construção do conhecimento,
buscando o desenvolvimento global e
harmonioso da criança, trabalhando
com as diferentes áreas do conheci-
64
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
mento: cognitiva, afetiva e psicomotora.
Nosso Projeto Educativo prevê diferentes atividades que possibilitam
a expressão de sentimentos, o desenvolvimento do espírito de investigação, o exercício da democracia e o
fortalecimento de sua identificação
pessoal e social, garantindo espaços
de liberdade de expressão e ação,
através de experiências lúdicas, desafiadoras, alicerçadas em valores
como o respeito à partilha e à acolhida.
Trabalhamos com Projetos cujos
temas são do interesse das crianças e
partem sempre do conhecimento prévio de cada aluno, possibilitando a
integração das áreas do conhecimento, propondo desafios, despertando
a curiosidade e permitindo às crianças o confronto com suas hipóteses,
buscando uma aprendizagem significativa, contextualizada e prazerosa.
Asseguramos o bem-estar, o crescimento e o desenvolvimento das
crianças, atendendo às suas necessidades e aos seus interesses, apoiando suas iniciativas e incentivando-as
a brincar e a movimentarem-se em
espaços amplos; expressar sentimentos e pensamentos; desenvolver a
imaginação e curiosidade ampliando,
permanentemente, seu conhecimento, não só através de atividades específicas mas, também, em ações e
interações das crianças, professores
e famílias, com o objetivo de maior desenvolvimento moral e intelectual.
Maria Helena Rodrigues Faria
Coordenadora da Educação Infantil do
Colégio Maria Imaculada de Brasília
o
O teatro nasceu entre os gregos,
na Antigüidade. A principal alteração
que tem experimentado, desde então, é quanto à sua função: tem servido para divertir, satirizar a classe
política, refletir sobre problemas sociais, conscientizar os oprimidos, enfim, fazer refletir sobre a própria condição humana. Para o dramaturgo
alemão Bertold Brechet, a principal
função da atividade teatral, entretanto, é a de proporcionar prazer. Um
prazer que educa, conscientiza e diverte.
Publicado pela primeira vez em
1899, o romance Dom Casmurro
é narrado em primeira pessoa por
Bentinho, personagem que, pelas
circunstâncias da vida, torna-se um
verdadeiro casmurro, daí o título da
obra.
O romance foi escrito por Machado de Assis, considerado um dos maiores escritores do mundo. Machado
de Assis revolucionou a nossa literatura, sendo sua obra o grande salto
qualitativo de nossas letras.
Dom Casmurro constitui o mais
célebre enigma de nossa literatura.
Páginas e páginas de críticas já foram
gastas na tentativa de esclarecê-lo.
Teria Capitu, a mulher com o “olhar
de ressaca” e de “cigana oblíqua e
dissimulada” traído seu marido
Bentinho? É este o mote da história.
O romance já foi lido por gerações e
as possibilidades de interpretação
nunca se esgotam.
Gil Vicente, autor de Auto da Barca do Inferno tinha para si uma missão moralizante e reformadora. Não
visava atingir as instituições, mas as
pessoas inescrupulosas que as compunham. Voltava- se para a sociedade portuguesa em sua enorme diversidade de classes e grupos sociais - o
fidalgo, o rei, o clérigo, o burguês
comerciante, a mulher adúltera, a
moça casamenteira, o nobre decadente, a mulher devassa, o juiz desonesto.
O autor escreveu peças de fundo
religioso. Buscava demonstrar como
o ser humano é egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e frágil diante dos
apelos da carne e do dinheiro. Gil
Vicente percebia que, no Renascimento, as pessoas estavam perdendo seus valores sem adquirir novos,
Seria válido tudo que levasse ao enriquecimento, não importando os
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
65
PEDAGOGIA
meios. Gil Vicente questiona essa
nova postura, contrapondo-a a um
passado que ele idealizava: um mundo povoado por pessoas sempre honestas e sinceras. Esses valores vinculam-se aos padrões éticos medievais e a uma visão humanista da Igreja. Tais perspectivas levaram-no a
observar com desconfiança as novas
formações sociais abertas pelos descobrimentos.
Gil Vicente não é apenas considerado o fundador do teatro português.
Suas peças fundaram uma tradição que deu outros frutos em Portugal, em outros países europeus e no
Brasil.
Em Auto da Barca do Inferno, uma
de suas peças mais conhecidas, as
cenas ocorreram à margem de um rio,
onde estão ancorados dois barcos:
um é dirigido por um anjo e leva as
almas que, de acordo com o seu julgamento, serão conduzidas ao céu;
o outro é dirigido pelo diabo, que
levará as almas condenadas ao inferno.
Entre o começo e o final da peça,
desfila uma verdadeira galeria de tipos sociais que compõem um rico
painel das fraquezas humanas. Para
o barco do paraíso vão apenas os
cavaleiros que morreram lutando por
Cristo.
No Ensino Médio do Colégio Imaculada Conceição de Machado, já estava programada para o segundo
Informática e
o
bimestre de 2004 a leitura do romance Dom Casmurro e a do Auto da
Barca do Inferno, do dramaturgo português Gil Vicente.
Com o objetivo de tornar o trabalho de tais obras mais interessante e
envolvente, foi proposto aos alunos
que representassem as obras por
meio do teatro. A proposta foi bem
recebida por todos. O romance Dom
Casmurro foi adaptado para a linguagem teatral. Como Auto da Barca do
Inferno já é escrita em forma de teatro, houve somente a preocupação
de tornar a obra um pouco mais concisa, devido ao tempo para a apresentação.
O 2º ano surpreendeu pelo figurino de época. Os meninos e as meninas vestiram-se como as classes aristocráticas do século XIX, não faltando cartolas, pincenez, bengalas,
diademas... Estavam mesmo muito
elegantes! O cenário foi muito bem
elaborado: móveis antigos, tapetes,
colchas, bules, xícaras, taças, talheres... Enfim, todas as peças ilustravam
os tempos da monarquia. A representação foi empolgante, havendo até
casamento...
O 1º ano representou o Auto da
Barca do Inferno. Muitas pessoas ficaram admiradas, pois os alunos falavam em português arcaico, a língua
portuguesa na época de sua formação a mais de mil anos. A peça criticava a sociedade da época de forma
cômica, sendo que tais críticas podem
ser transportadas para o nosso mundo atual. Os alunos, através de interpretações brilhantes, provocaram
muitos risos e aplausos.
Devido à satisfação causada em todos e à sua intenção moralizante, por
ocasião da Festa do Dia dos Pais em
agosto, a peça Auto da Barca do Inferno foi novamente apresentada.
Muitos alunos foram reconhecidos
como verdadeiros artistas. A peça foi
ovacionada e a experiência foi
satisfatória para todos.
Daniela Damásio P. de Souza
professora de Literatura no Ensino Médio - CIC Machado
66
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Educação
O projeto “Informática na Educação Fundamental” é fruto dos estudos sobre Planejamento Estratégico
iniciado no ano passado pelas Irmãs
Concepcionistas Missionárias do Ensino, na Província do Brasil, que definiu a Tecnologia como uma das opções estratégicas a serem levadas em
conta nas programações dos próximos anos.
Atualmente, pesquisadores e educadores estudam diferentes formas
de utilização da tecnologia dentro de
um ambiente de aprendizagem. Para
isso, investigam o processo de aprender e as características da cognição
frente ao computador. Atenção especial é dada ao uso do computador
e suas possibilidades de utilização
como ferramenta pedagógica e também como meio de formar o processo de aprendizagem que se desenvolve a partir de tais estímulos.
O uso do computador na criação
de ambientes de aprendizagem que
enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios.
Primeiro, implica entender o computador como uma nova maneira de
representar o conhecimento. Usar o
computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender, bem como
demanda rever o papel do professor
nesse contexto. A formação desse
professor envolve muito mais do que
prover o professor com conhecimento sobre computadores. O preparo do
professor não pode se restringir à passagem de informações, mas deve oferecer condições para que ele construa conhecimento sobre técnicas
computacionais e entenda como integrar o computador em sua prática
pedagógica.
Podemos constatar que a informática aplicada ao ensino encontra-se
bastante difundida nos dias de hoje e
é de suma importância que o profes-
sor utilize esta ferramenta para tornar suas aulas mais atraentes e dinâmicas, despertando assim o interesse
dos alunos.
O projeto tem como objetivos:
- Despertar no docente a importância da utilização da informática
como ferramenta de ensino mostrando suas aplicações e possíveis
resultados;
- Motivar os alunos aumentando o
interesse pelo conhecimento;
- Buscar maior integração entre os
companheiros.
Está sendo desenvolvido em duas etapas:
1. na primeira, o planejamento das
atividades, junto aos professores,
de acordo com o conteúdo das
disciplinas e,
2. na segunda, a execução das atividades no laboratório de informática ou na sala Multimídia. O programa utilizado é o Quiz - Jogo
de perguntas de múltipla escolha
com contagem de pontos.
O programa de Informática a serviço da educação vem atender as necessidades dos professores de propor-
cionar aulas mais dinâmicas e
prazerosas, ao mesmo tempo em que
vem atender às expectativas dos alunos, que dispõem de um instrumento a mais para o seu aprendizado.
Com ele, a pesquisa, a simulação, a
arte, a expressão escrita, a imagem
ficam à disposição dos alunos, abrindo possibilidades inimagináveis de criação e recriação.
Ao final do 2° semestre, os professores poderão fazer uma avaliação mais detalhada e palpável a respeito do funcionamento do projeto:
As dificuldades de aprendizagem foram superadas? O ambiente favoreceu o aprendizado? As aulas foram
satisfatórias? O material de apoio foi
bem elaborado? Houve um clima de
colaboração entre todos os envolvidos?
Conectados ao mundo da inclusão digital, alunos e professores devem apropriar-se dessa ferramenta,
que é uma das portas de entrada e
produção do conhecimento.
Vlander Verdade Signoretti –
Professor e Técnico em Informática
do CIC MACHADO
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
67
PSICOLOGIA
HIPERATIVIDADE
HIPERATIVIDADE
A Hiperatividade é um
desvio de comportamento
caracterizado
freqüentemente pela
diminuição da persistência
e consistência na realização
das atividades diárias.
68
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Em uma sala de aula o professor
se encontra diariamente com diversos desafios: desempenhar a sua função de conduzir ao conhecimento,
administrar bem os conteúdos, estar
disposto a ministrar aulas criativas que
despertem em seus alunos o gosto
pelo aprender...Nem sempre tudo
isso é possível quando se trata de uma
turma numerosa e com alguns alunos “levados”.
O que é a hiperatividade?
A criança tem por natural e por
criação, ser mais ou menos agitada.
É importante que o professor não
rotule os seus alunos ou faça por si
próprio um diagnóstico. Apenas um
psicopedagogo poderá fazê-lo. O professor, no caso, será aquele que irá
detectar em seus alunos características de hiperatividade ou outras. É
importante que o professor esteja
atento e preocupado com a sua tur-
ma e principalmente, que esteja disposto a mudar sua postura, sua didática quando percebe que é necessário fazê-lo.
Atualmente a escola tornou-se
uma atividade obrigatória e o êxito
escolar passou a representar um papel importante de realização pessoal
e sócio-econômica. Com isso, as dificuldades e/ou fracassos passaram a
representar um terror para muitas
famílias e entre as várias causas deste insucesso encontramos, talvez entre uma das mais freqüentes, a
Hiperatividade. É dela que falaremos
neste espaço.
A Hiperatividade é um desvio de
comportamento caracterizado freqüentemente pela diminuição da persistência e consistência na realização
das atividades diárias. O termo
hiperatividade refere-se a um dos distúrbios do comportamento mais freqüentes na idade pré-escolar e escolar.
As crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade), em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Freqüentemente têm apelido de “bicho
carpinteiro” ou coisa parecida. Na
idade pré-escolar, essas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem
parar pelo ambiente, mexendo em
vários objetos, inquietas. Mexem pés
e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente
pedem para sair do ambiente.
Elas têm dificuldades para manter
atenção em atividades muito longas,
repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. São facilmente distraídas
por estímulos do ambiente externo,
mas também se distraem com pensamentos “internos”, isto é, vivem
“voando”. Nas provas, são visíveis os
erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em
geral são tidas como “esquecidas”:
esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera
da prova, etc. (o “esquecimento” é
uma das principais queixas dos pais).
Crianças assim tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem
a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem
antes de pensar). Freqüentemente
apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem
ou precisam fazer, têm dificuldades
em realizar ou concluir tarefas e jogos, além de se intrometerem em
conversas e jogos dos outros.
Embora possam ser inteligentes e
criativas, seu desempenho sempre
parece inferior ao esperado para a sua
capacidade intelectual. O TDAH não
se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja
uma queixa freqüente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas).
Quando elas se dedicam a fazer
algo estimulante ou do seu interesse,
conseguem permanecer bem mais
tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados
e conseguem dar um “reforço” no
centro da atenção que é ligado a ele,
A educação não se
também em um agir
tomas do TDAH sejam catalisadores,
tornando as crianças vulneráveis ao
fracasso nas duas áreas mais importantes para um bom desenvolvimento - a escola e o relacionamento com
os colegas.
pedagógico. É preciso
O que o professor pode fazer
resume apenas na troca
de conhecimentos, mas
ter iniciativa de buscar
a qualidade além de
vencer conteúdos.
passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma
atividade não exclui o diagnóstico de
TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora
em que vamos dormir: os portadores
de TDAH vão ter muitas dificuldades
em manter a atenção em várias atividades cotidianas.
As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das
pessoas, logo na primeira infância. O
distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de
no mínimo 6 meses, que se instalam
definitivamente antes dos 7 anos.
Na idade escolar, crianças com
TDAH apresentam uma maior probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e
dificuldades emocionais e de relacionamento social. Supõe-se que os sin-
Para tornar a conduta com alunos
hiperativos a mais valiosa possível,
devemos considerar que uma ajuda
efetiva do professor é preparar seus
alunos para aprender, e isso ocorre
quando ele introduz, conduz e conclui cada aula em seqüência lógica.
Estes princípios de instrução efetiva,
que refletem o que sabemos sobre
como educar todas as crianças na sala
de aula, ajudarão especialmente uma
criança com TDAH a manter-se
focada em suas tarefas, na medida
em que ela passa de uma aula para
outra durante o dia escolar. Estudantes com TDAH beneficiam-se quando o professor explicita claramente
no início da aula quais são suas expectativas. Considere as seguintes
estratégias:
n
n
Avalie as necessidades individuais da criança. Determine as
necessidades educacionais específicas para cada criança com TDAH
em sua classe.
Revise as aulas anteriores. Por
exemplo, lembre a criança que a
aula de ontem focou determina
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
69
PSICOLOGIA
n
n
a criança a agir apropriadamente. Elogie as crianças com freqüência, mas procure elogiar antes não após - da criança estar fora
da tarefa.
Reprimendas verbais. Não hesite em pedir que uma criança
mude seu comportamento. As
reprimendas mais eficazes são
aquelas curtas e dirigidas ao comportamento inadequado - não à
criança.
Prêmios palpáveis. Use prêmios
palpáveis para reforçar comportamentos adequados. Esses prêmios podem incluir rótulos como
“caras alegres”.
HIPERATIVIDADE
HIPERATIVIDADE
n
n
n
n
n
n
n
70
do aprendizado. Revise vários problemas antes de iniciar a aula
atual.
Estabeleça as expectativas de
aprendizado. Estabeleça o que
você espera que eles aprendam
durante a aula atual.
Estabeleça as expectativas de
comportamento. Descreva como
você espera que os alunos se conduzam durante a aula. Por exemplo, diga às crianças que elas podem falar em volume baixo com
seus vizinhos enquanto trabalham
em uma tarefa, ou levantar a mão
para ter sua atenção.
Especifique os materiais necessários. Identifique todos os materiais que a criança precisará durante a aula.
Use materiais audiovisuais. Use
uma variedade de materiais
audiovisuais para dar suas aulas.
Por exemplo, use um retroprojetor
para demonstrar como resolver
um problema de adição. Os alunos podem trabalhar no problema em suas cadeiras, enquanto
você manipula contadores na tela
do projetor.
Verifique o desempenho do estudante. Questione alunos individualmente sobre sua compreensão da aula.
Ajude os alunos a auto-corrigirem seus erros. Descreva como
os alunos podem identificar e corrigir seus próprios erros.
Nível baixo de ruído. Monitore
o nível de ruído na sala de aula e
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
n
n
n
n
n
forneça realimentação corretiva
na medida em que for necessário. Se o nível de ruído ultrapassar
o limite para o tipo de aula
relembre todos os alunos, ou individualmente, sobre as regras
estabelecidas no início da aula. Incentive-os a cantarem uma canção suave que retomem ao ruído
pedagógico.
Posto de correio. Estabeleça um
posto de correio na sala de aula e
ofereça aos alunos oportunidades
de escrever, enviar e receber cartas entre alunos e professor.
Limpeza das classes e mochilas. Peça à criança que periodicamente limpe e organize sua classe, mochila e outros locais onde
trabalhos escritos são guardados.
Preparando espaço de trabalho
organizado. Ensine à criança com
TDA/H como preparar um espaço
de trabalho organizado para completar suas tarefas. Por exemplo,
instrua a criança a guardar livros
ou outros materiais desnecessários antes de começar seu trabalho.
Monitorando temas de casa. Esteja alerta para quão bem seus
alunos com TDA/H completam seu
tema para casa. Discuta e resolva
com eles e com seus pais quaisquer problemas dessa natureza.
Por exemplo, avalie o grau de dificuldade das tarefas e quanto
tempo a criança gasta com seus
temas.
Elogios verbais. Frases simples
como “bom trabalho” encorajam
Estas são sugestões que podem ser
adaptadas à turma conforme o critério que a professora achar conveniente. A professora é a mediadora que
conhece as necessidades de seus alunos e os melhores métodos para agir
e interferir no processo educativo.
A educação não se resume apenas na troca de conhecimentos, mas
também em um agir pedagógico. É
preciso ter iniciativa de buscar a qualidade além de vencer conteúdos.
Para o aluno a escola é uma extensão de sua casa e o professor, principalmente para as crianças, é alguém
em quem eles se espelham.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION. DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4ed. Porto Alegre, Artes Médicas,
1995
CHESS, S.; MAHIN,H Princípios e
Prática da Psiquiatria Infantil. Porto Alegre, Artes Médicas, 1982. p.359-64.
FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Artes Médicas, Porto Alegre,
1992.
KUPFER, M. C. Freud e a Educação:
o mestre do impossível. Editora
Scipione, São Paulo, 1989.
PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia Escolar. T. A . Queiroz Editor, 2a
edição, São Paulo, 1986.
Tatiane de Paula Marques
Formada em Psicopedagogia Clínica e
Institucional pela Universidade de
Brasília- 2004 – Professora de 2° série
Bons Pais e
Pais brilhantes
s
Se ao iniciar a leitura deste artigo você está esperando
encontrar um manual de instruções, com uma série de
regras prontas que irá torná-lo um pai brilhante, posso
adiantar-lhe que terá uma grande decepção. Vale lembrar que a caminhada da educação de nossos filhos se faz
caminhando e é única para cada um de nós.
Diferentemente dos computadores, nossos filhos são
crianças e jovens psicologicamente complexos e diferem
em muitos aspectos uns dos outros. O que se pretende
sempre num bate-papo como este é levantar pontos de reflexão e dar ferramentas para que os pais possam utilizá-las
na sua dinâmica familiar, adaptando-as à sua realidade.
Por que a escolha do título
“Bons Pais e Pais Brilhantes”?
Simplesmente porque nós pais sabemos a diferença que existe entre ser um bom ou um péssimo
pai; agora, a diferença sutil entre ser bom e ser brilhante, vale a pena a gente pensar. E iremos perceber que ser
brilhante não é ser perfeito, porque ser perfeito não é ser
humano e o que mais nos afasta de nossos filhos é sermos
superficiais.
O primeiro ponto que precisamos ter sempre em mente é que todas as experiências vividas por nossos filhos são
significativas e marcam sua história evolutiva. Tudo já está
lá gravado nos solos da memória e não podemos deletar.
O que podemos e devemos fazer é reeditar algumas
vivências, de uma maneira mais positiva, o que o levará a
um crescimento mais sadio, fazendo com que o novo seja
mais intenso que os sofrimentos do passado.
Devemos acreditar que os vínculos afetivos definem a
qualidade das nossas relações. Pais brilhantes dão seu próprio ser, as suas lágrimas, o seu tempo, a sua atenção,
mesmo quando têm longas jornadas de trabalho.
Pais brilhantes amam seus filhos, vibram com suas vitórias, mas não deixam de prepará-los para os fracassos e
derrotas da vida que são inevitáveis; compreendem seus
anseios e suas angústias, mas frustram e colocam limites
quando necessário.
Como já dizia o psicólogo Augusto Cury, bons pais conversam, pais brilhantes dialogam, contam histórias, imitando Jesus Cristo que se fez Homem, encantou a humanidade e muito nos ensinou através de suas parábolas,
sendo, com certeza, um grande contador de histórias.
Pais Brilhantes estão sempre atentos aos sete
pecados capitais na educação dos filhos:
1. Corrigir publicamente os filhos: a exposição pública produz humilhação e traumas complexos difíceis de serem superados.
2. Expressar autoridade com agressividade: ganhamos o
temor dos nossos filhos, não o amor e o respeito dos
mesmos.
3. Ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.
4. Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar
explicações.
5. Ser impaciente e desistir de educar.
6. Não cumprir com a palavra.
7. Destruir a esperança e os sonhos da criança.
Pais brilhantes também se desesperam, choram, sentem-se culpados, mas jamais desistem dos filhos, pois
acham brilhante essa tal história de serem Pais.
Gisele Peterson
Psicóloga clínica e educacional, especialista em saúde mental da
criança e do adolescente
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
71
PSICOLOGIA
Educar...
um desafio e
uma missão
preventiva
A educação exige
conhecimento da
pessoa a qual se
educa, porque
necessitamos saber
que materiais e
métodos devemos
usar no trabalho que
realizamos”.
72
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
n
Na atualidade, nossa preocupação
se volta para o grande desafio da
educação. Pais e educadores se vêem
perdidos diante das atitudes de
indisciplina, falta de limites, violência
em sala de aula, filhos que agridem e
matam pais, uso de drogas, entre
outros. Mediante esta realidade precisamos rever os princípios que
norteiam nossa prática educacional.
Como dizia a Beata Carmen Sallés:
“Para obter bons fins são necessários
bons princípios. Precisamos espalhar
o bem para que o mal não tenha lugar”.
Em tempos de grandes mudanças,
não é nada fácil para pais e educadores identificarem com clareza os limites da verdadeira disciplina no trabalhoso e gratificante processo de educar, afirma Içami Tiba.
Até poucas décadas, os pais educavam seus filhos com base numa
regra simples: cabia a eles exercer sua
ascendência sobre a prole de maneira inquestionável, pois – como dizia
os avós dos adultos de hoje – criança
não tinha querer. Muita coisa mudou
desde então. Com a revolução
comportamental dos anos 60, a difusão dos métodos pedagógicos modernos e popularização da psicologia, a
liberdade passou a dar o tom nas relações entre pais e filhos, a tal ponto
que hoje se vive o oposto da rigidez
que pontificava antes disso.
A questão se tornou tão séria, que
uma tendência que representa um
certo refluxo na maneira de pensar a
educação dos jovens vem ganhando
cada vez mais força. “Chegamos a
uma situação limite. Está na hora de
os pais recuperarem sua auto-estima
e sua autoridade”, diz a educadora
Tânia Zagury. Ela defende, também,
que as práticas que andavam esquecidas na educação dos filhos sejam
resgatadas, em nome do futuro do
próprio jovem e da sociedade. O que
Tânia defende não é uma volta à educação rígida de antigamente, e sim a
busca de um ponto de equilíbrio que
se perdeu em algum momento entre
o fim dos anos 70 e a atualidade.
Na Grécia, o filósofo Sócrates refletiu longamente sobre o desdém
que os adolescentes mostravam pela
autoridade. Cinco mil anos atrás, um
egípcio exasperado mandou inscrever
em sua tumba as seguintes palavras:
“Os jovens já não respeitam os mais
velhos. Eles se tornaram impertinentes e perderam toda noção de
comedimento”. Em todas as épocas
os adolescentes e jovens se mostram
um desafio para educação. Talvez nos
dias atuais esteja mais difícil, por causa da explosão e influência dos meios de comunicação e da globalização.
Podemos observar que jovens educados de maneira negligente correm
o risco de se tornarem adultos infelizes e desajustados. A falta de limites
faz com que muitas vezes essas pessoas se revelem inaptas para lidar com
os reveses e frustrações naturais da
vida. Elas têm dificuldades para relacionar em ambientes marcados por
hierarquias e, em muitos casos, não
conseguem nem mesmo se emancipar, tanto do ponto de vista emocional, quanto financeiro.
“Muitos pais acham que dar tudo
de mão beijada para os filhos é uma
maneira de fazê-los felizes, o que não
é verdade. Quando saem do ninho,
esses jovens se sentem atraiçoados
pela vida, pois não desenvolveram
defesas para enfrentar o mundo”.
Tanto a falta de limites, quanto o excesso, podem causar grandes transtornos na formação da personalidade e na consciência ética-moral de
novos indivíduos. Uns por serem criados com total liberdade acham que
podem tudo, sentem-se super homens. Para satisfazer seus desejos são
capazes de qualquer tipo de
agressividade, até mesmo matar.
Uma boa educação preventiva os
poupariam dessas dificuldades. É claro que muitos pais estão se preocupando com a educação de seus filhos,
prova disso é a grande procura por
bibliografias de auto-ajuda.
Em “Os Direitos dos pais”, Zagury
trabalha com dois conceitos. O primeiro se refere ao fato de que, por
mais que se fale nos direitos sagrados das crianças e dos adolescentes,
“Muitos pais acham que
dar tudo de mão beijada
para os filhos é uma
maneira de fazê-los
felizes, o que não é
verdade. Quando saem do
ninho, esses jovens se
sentem atraiçoados pela
vida, pois não
desenvolveram defesas
para enfrentar o mundo”.
não se pode perder de vista que a
cada direito corresponde um dever.
“Perdeu-se a noção de reciprocidade”. Os pais são obrigados a bancar
a melhor educação escolar para seus
filhos? Então, estes filhos terão sua
contrapartida: devem esforçar-se para
passar de ano. O outro preceito de
que trata a autora é aquele
explicitado no subtítulo de seu livro,
Construindo Cidadãos em Período de
Crise. Os pais precisam, com urgência, ter seu papel regulador
revalorizado para que possam desempenhar, sem culpa, nem constrangimento, a função de moldar seus filhos para serem verdadeiros cidadãos.
“O mundo que estamos construindo será construído de indivíduos
semelhantes àqueles que estamos
criando em nossos lares”. É bom não
pensarmos somente no prazer imediato de nossos filhos, mas adotarmos uma postura sociológica, pensando no global da sociedade.
Portanto, caros pais/educadores,
educar é prevenir. E para prevenir são
necessários bons princípios, pois
“educamos, formamos pessoas concretas. A educação exige conhecimento da pessoa a qual se educa,
porque necessitamos saber que materiais e métodos devemos usar no
trabalho que realizamos”, dizia Carmen Sallés. Por isso, pai, seja pai;
mãe, seja mãe; educador, seja educador. Gastemos tempo com nossos
filhos e educandos para ajudá-los a
serem felizes.
Jorge dos Santos Gomes Soares
Psicanalista, pedagogo, mestrando em
filosofia, PUC-SP e voluntário – Lar Maria
Imaculada –Mococa/SP
[email protected]
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
73
ATIVIDADES
CIC
n
PASSOS
n
CMI
MG
Feira Cultural
vilhas tecnológicas, alimentícias, culturais, médicas, científicas que foram sendo idealizadas pelo homem.
Os alunos do CIC foram chamados a vivenciar a experiência criadora através do desafio de também sonhar,
planejar algo novo e inventar diversas maneiras para
desenvolver e apresentar os seus trabalhos.
Como acontece todos os anos houve uma homenagem especial. Desta vez coube à família Quebra Galho
que inventando peças e desmontando inventos na rua
do CIC, na Passos dos anos 50 a 70, ficaram famosos
pela habilidade manual.
O resultado foi muito bom. Mais ainda para os vencedores que foram “Computador: uma invenção que re-
A Feira Cultural do CIC Passos é um momento do ano
letivo esperado pelos alunos para desenvolver trabalhos
de acordo com suas aptidões , capacidade criativa e
sociabilidade.
Neste ano a proposta, coordenada pela Área de Estudos Sociais, instigou os alunos a tornarem-se um pouco
inventores e muito criativos para desenvolverem o tema
gerador que foi: “As invenções que mudaram o mundo”
Desde a Pré-História o homem, inteligente e prático
começou a descobrir, entender , tomar posse do mundo
e, através do desenvolvimento de suas capacidades,
iniciou uma escalada vertiginosa rumo às descobertas
tecnológicas e científicas. A ilusão de criar algo novo e
diferente estimulou o homem a inventar cada vez mais e
melhor.
Comumente afirmamos que “a necessidade é a mãe
das invenções” mas, a verdadeira mãe das invenções é a
nossa necessidade interior de criar e descobrir novidades
que proporcionem mais conforto, mais praticidade e prazer transformando a vida humana numa experiência
melhor de ser vivida em todos os aspectos com as mara-
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Agosto é dedicado ao folclore.
No entanto, nem tudo que é popular é folclórico. O
folclore teve, necessariamente, origem anônima, sendo
aceito e praticado por um grande número de pessoas. Além
de resistir ao tempo, foi passado oralmente de geração a
geração.
Acreditando que a cultura popular se alimenta de lembranças coletivas, brincadeiras e brinquedos, músicas, lendas e congadas, as professoras do ensino fundamental,
de 1a a 4a série do CIC, promoveram pesquisas sobre este
tema tão rico.
Sendo o cantar uma das máximas expressões de um
povo, a garotada das 2as séries o explorou. As crianças
puderam pesquisar e cantar as cantigas que seus avós e
bisavós cantarolavam.
Já os brinquedos e brincadeiras estimularam a curiosidade e as habilidades dos alunos de 1a série, que confeccionaram piões, pipas, bilboquês e amarelinhas.
A congada, em que os participantes desfilam enfeitados pelas ruas, acompanhando pessoas fantasiadas de reis
africanos do Congo, foi encenada pelos alunos das 3as sé-
almente mudou o mundo” (João Paulo, Maiko, Marcílio,
Fábio, Everson, Vinícius e André Luiz, alunos da 2a Série
do Ensino Médio) e “As invenções que mudaram o mundo: Chocolate” (Louise, Naiane, Laís, Raíssa, Thales
Henrique, Lucas e Isadora, alunos de 6ª e 7ª Séries do
Ensino Fundamental).
As peças de teatro apresentadas durante a semana de
realização da Feira fizeram muito sucesso e contaram com
a participação ativa dos alunos sob a consagrada direção de Gustavo José Lemos.
O Júri do teatro, composto por Marise Pacheco, Heliza
Faria Pereira, Carlos Jorge Paula Ribeiro, Dalton Teixeira
Filho e Roseymar Zaroni, diante de tanto talento e surpreendentes revelações, teve dificuldades para escolher os
melhores.
Os vencedores foram:
Do Segundo Grau: Argos e Nas dobras daquele véu
Do Ensino Fundamental: O poeta da Vila (a vida de Noel
Rosa) e Deu a louca nos quadrinhos
MOCOCA
n
SP
Homenagem
à Pátria
Todos os anos o Colégio Maria Imaculada de Mococa
proporciona ao público mocoquense uma apresentação
no desfile cívico de 7 de setembro, Dia da Pátria.
A fanfarra acompanhada pelas Balizas, Corpo Coreográfico, Porta Bandeira, Pelotão, se preparou para garantir o sucesso na musicalidade e no compasso. O uniforme
dos componentes da Fanfarra, com suas plumas amarelas, coloriu a avenida. O colorido também foi visto nas
demais alas infantis que utilizou bandeirinhas e arcos como
adereços de mão.
Com essa atividade o CMI-Mococa procurou desenvolver nos alunos o amor à Pátria.
CMI
Professora Leila Maria S. Pádua Andrade
74
Cultura Popular
n
n
SÃO PAULO
n
SP
Orquestra
ries.
As lendas – histórias de heróis que tentam explicar fatos ou fenômenos da natureza – e os mitos – personagens
que têm poderes mágicos – foram explorados pelos alunos das 4as séries. Através desses exemplos da riqueza cultural do nosso povo, trabalharam a oralidade ao contá-los
para os colegas.
Assim, os alunos, conhecendo o folclore, puderam compreender um pouco mais o povo e a história do nosso país
e todos perceberam que a cultura popular deve estar presente no cotidiano escolar, como tema transversal.
Laura Borges Silva
Coordenadora Pedagógica do segmento I – CIC/Passos-MG
Sob a batuta da professora de
música, Ana Valéria Turbiani, os alunos das 4ªs séries A e C do Ensino
Fundamental do Colégio Maria Imaculada de São Paulo foram ao Centro Cultural, assistir a um concerto
didático de música clássica, com
apresentação dos instrumentos da
Orquestra e informação sobre eles,
dando continuidade ao Projeto dos
450 anos da cidade de São Paulo.
O sucesso do evento contou com
o fato de as crianças terem sido bem
preparadas durante as aulas de música e com o valioso
incentivo da Coordenadora Malu e professoras.
Contamos com a colaboração da Gabrielle
(Webdesigner) e da alegria contagiante da nossa Diretora Madre Carmen.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
75
ATIVIDADES
CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS E OBRA SOCIAL MARIA IMACULADA n DF
Duas Instituições
comprometidas com a Vida
A Creche Carmen Sallés e Obra Social Maria Imaculada, Samambaia-DF, oferecem às crianças de 2 a 10 anos
uma educação de qualidade. No tempo em que a criança
permanece na Creche e na Obra, há todo um esforço para
levar avante a Proposta Educativa Concepcionista e favorecer a educação integral dos educandos. Pretende-se
com isso favorecer a formação de um cidadão crítico, com
habilidades fundamentais para o exercício da cidadania.
Para que isso ocorra é necessário que os educadores
levem em conta aspectos importantes do processo educativo. É preciso ajudar as crianças a assimilar informações e
utilizá-las em contextos adequados, interpretando códigos, linguagens e servindo-se dos conhecimentos adquiridos, com uma visão crítica. Outro aspecto indispensável é
a disposição e a capacitação para relacionarem-se com
seus colegas, cujas diversidades devem ser respeitadas. E
ainda, o crescimento na consciência do bem comum e o
incentivo ao trabalho de forma coletiva e democrática.
76
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
Essa construção não se faz de um dia para outro, mas é
um processo que se constrói cada dia, com a participação
de todas as pessoas envolvidas no processo educativo, pessoas que ajudam a fazer das duas Instituições, um local de
aprimoramento do ser humano.
Na Creche Madre Carmen Sallés e Obra Social Maria
Imaculada essa proposta acontece através do desenvolvimento de projetos pedagógicos mensais que incentivam a
aprendizagem por meio de Oficinas. Atividades lúdicas,
músicas, histórias, brincadeiras diversas, cintegram o processo no cotidiano das duas Obras, tornado-as cada vez
mais comprometidas com a realidade.
Dessa forma, a relação entre o currículo e a prática pedagógica caminham lado a lado, procurando focalizar o
desenvolvimento evolutivo das crianças nos aspectos: físico motor, sócio-emocional, espiritual e cognitivo.
Os temas trabalhados no segundo semestre, Família,
Bíblia, Meio Ambiente e “Simplesmente Criança”
oportunizaram momentos de crescimento, espiritualidade
e revelaram a força da unidade nos trabalhos propostos
pela Missão Educativa Concepcionista, que prioriza a
Educação Personalizada.
A Missa da Família ocorreu de forma significativa com a
participação das crianças e de seus familiares. Durante o
mês da Bíblia os textos bíblicos foram trabalhados buscando sua associação com a Criação e a valorização de tudo
que Deus nos dá gratuitamente.
A “Semana da Criança” foi planejada com carinho, buscando favorecer nas crianças a valorização pelo “ser criança”, o que pôde ser vivido através de atividades
diversificadas para cada dia. No final houve a culminância
com um Show de Talentos, um momento alegre e
descontraído para ajudar a crianças aperceber seus próprios dons e riquezas.
COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS
n
BRASÍLIAn DF
Momento de
valorização da leitura
Nos dias 17 e 18 de setembro, a Feira do Livro do Colégio Madre Carmen Sallés, de Brasília novamente teve a
aprovação de todos que participaram.
Na abertura, alunos da Educação Infantil ao Ensino
Médio lotaram o anfiteatro e puderam ouvir histórias e
poesias. A Hora do Conto, com a professora Íris Borges,
encantou a todos os presentes. A Semana de Arte Moderna, de 1922, foi relembrada pelas alunas Cecília e
Juliana da 3ª série do Ensino Médio que tocaram, ao piano, As Bachianas nº 4 e
nº 5, de Villa Lobos. O
aluno Vitor, também da
3ª série do Ensino Médio
declamou um poema de
Oswald de Andrade. O
autor
Wellington
Lavareda falou sobre a
importância da leitura e
declamou um de seus poemas. Ao final da abertura houve a premiação
dos ganhadores do Concurso de Poesias, projeto
da Equipe de Português.
Após a abertura foi o
horário de visitação aos estandes das livrarias presentes na
escola. Livros paradidáticos adotados no Ensino Fundamental estavam disponíveis na Feira e o autor do livro “Amor
de Menino”, Wilson Pereira, autografou os exemplares dos
alunos. A participação de vários autores brasilienses enriqueceu o evento.
Alguns alunos das séries finais do Ensino Fundamental
participaram do Projeto Quem conta um conto aumenta um ponto e contaram histórias para os alunos das séries iniciais e os da Educação Infantil.
Na manhã de sábado a programação foi variada, oficina de origami (dobradura) e oficina de mangá (desenho
japonês), favoreceu momentos de entrosamento e diversão entre pais e filhos. O minicurso “Educar para o pensar”, com a professora Marta Bergamashi, coordenadora
do Núcleo de Filosofia do Distrito Federal, possibilitou aos
pais e professores momentos de reflexão sobre a educação de nossos jovens.
O minicurso “Produção Textual na Escola e na Vida”,
proferido pela professora Lucília H. do Carmo Garcez, Dra.
em Lingüística, foi um espaço para capacitação dos educadores, do qual pais também puderam participar. Ex-pro-
fessora da UnB (Universidade de Brasília) e autora de vários livros, entre eles Técnica de redação – o que é preciso saber para bem escrever, editado pela Martins Fontes, a autora escreve que “aprender exige trabalho sobre
o conhecimento. Não se trata de uma simples transferência, em que o professor ou o texto doam ao aluno a informação nova. É preciso que a pessoa trabalhe bastante para
que o conhecimento passe realmente a ser propriedade
sua”. Segundo Lucília, o ato de escrever está intimamente
ligado ao ato de ler. Para
ela a escrita não pode ser
c o n s i d e r a d a
desvinculada da leitura.
É preciso deixar a preguiça de lado e esforçar-se
por querer saber mais,
ler e escrever muito, textos de diversos gêneros,
todos os dias. É preciso
ainda, considerar a escrita uma competência importante, reconhecer
que pela escrita participamos do mundo. Esses
são, sem dúvida, exercícios que desenvolverão as habilidades de bom escritor.
Houve também a mostra da Feira Bíblica na qual estavam expostos trabalhos de alunos de todas as séries, do
Maternal ao Ensino Médio. Uma bela apresentação do que
foi desenvolvido nas aulas de Ensino Religioso.
A exposição: “Releitura da Semana de Arte Moderna”
exibiu as produções artísticas dos alunos de 5ªs e 6ªs séries, sob a responsabilidade das professoras Janice e
Ângela.
A Biblioteca da escola mobilizou os alunos para a feira
da troca. A cada dois livros que eles tivessem doado, teriam direito a receber outro (entre os doados), de sua escolha. Durante a Feira, eles fizeram a escolha.
As crianças circularam em meio aos estandes, folhearam livros, leram e compraram livros. É assim que se constrói a prática de valorização da leitura. Estar em contato
constante com textos, ouvir e ler, possibilitará o desenvolvimento de habilidades que permitirão a elas pertencer ao
mundo dos leitores. Favorecer isso é função da família e
da escola.
Jussara Pampado Cavedal
Coordenadora Pedagógica - Segmento 3
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
77
ATIVIDADES
CMI
CMIn nBRASÍLIA
DF
n
CMI
DF
Programa Leitor
do Futuro
Ciente da responsabilidade de informar e formar cidadãos, o Colégio
Maria Imaculada aderiu ao programa
Leitor do Futuro com o objetivo de
promover, na sala de aula, a leitura
mais prazerosa com o manuseio de
jornais semanalmente.
A atividade envolve a leitura de todos os cadernos do jornal e conseqüentemente
debates,
questionamentos e posicionamentos
dos alunos relativos à sua realidade.
Com o acompanhamento da professora, os alunos podem estar
atualizados e muito bem informados,
incorporando novos conhecimentos e
comparando-os com os armazenados
anteriormente a fim de formar opiniões bem embasadas.
Vale ressaltar que o jornal não deve
ser entendido como matéria ou disciplina, mas como uma fonte de informação sobre vários e diferentes assuntos, que podem e devem ser trabalhados em qualquer disciplina, ao lado
de outras fontes de informação e leitura.
Em língua portuguesa, por exemplo, trabalhar com imagens ocultando a legenda e solicitar que os alunos
legendem as imagens ou dêem um título ao texto, ou ainda partir de uma
notícia, criar uma manchete, vai exigir dos alunos um exercício de síntese
78
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
na comunicação da idéia, bastante
valioso pedagogicamente.
O que se deve ter como compromisso e desafio dentro da sala de aula
é exatamente o da formação de um
leitor crítico, independente do tipo de
texto ou de suporte em que ele seja
veiculado. Leitura, no sentido mais
amplo, significa ser capaz de analisar os diferentes discursos, os significados e os contextos de produção.
Dessa forma, diante do trabalho
com o jornal em sala de aula, o principal aspecto a ser observado e desenvolvido é o de estimular a escrita
dos alunos e o sentido da cidadania,
partindo do desenvolvimento do hábito da leitura.
O retorno do trabalho é gratificante! Os alunos adquirem uma experiência diversificada e têm a oportunidade de descobrir um mundo novo.
A cada oficina absorvem novas informações e buscam transformá-las em
conhecimento.
Tarciana Rossana
Professora de Língua Portuguesa DE 5ª A
8ª série do Colégio Maria Imaculada
Dia de
Criança
Foi só alegria! Cada dia uma surpresa: pula-pula, cama elástica, tobogã, filme, bingo, enfim, muita brincadeira. Mas, a melhor parte ficou
mesmo por conta da dedicação e do
carinho explícitos na convivência dos
educadores com as crianças: essa é a
marca que transforma nosso dia-adia num eterno dia de criança.
É!... O quanto foi boa a diversão!
Como? Com os colegas e professores participando de muitas brincadeiras e saboreando coisas deliciosas,
como sorvete, pipoca, cachorro quente, algodão doce e muito mais.
Isso aconteceu em nossa escola
com os alunos do Maternal à 4ª série, de 04 a 08 de outubro, com diversas atividades planejadas pelos
educadores, fazendo a felicidade da
garotada com a comemoração especial do “DIA DA CRIANÇA”, dia
de fantasia, do faz- de-conta, das birras e de muitos sonhos. . .
Maria Helena Faria
Coordenadora da Educação Infantil do
Colégio Maria Imaculada, de Brasília
n
RIO DE JANEIRO
n
RJ
Criança feliz...
Feira Cultural
Você sabia que a criação do Dia das Crianças no Brasil ocorreu na década
de 1920. Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do
decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro
como o dia dos pequenos.
O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa
Johnson & Johnson para lançar a “Semana do Bebê Robusto” e aumentar
suas vendas.
Dia das Crianças no Mundo
Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na
Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração
acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a comemoração acontece em 5 de maio.
Dia Universal da Criança
A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nessa
data, no ano de 1959, que os países aprovaram a Declaração dos Direitos
das Crianças. A partir desta data, criou-se um padrão que o mundo todo
deve perseguir:
Por isso mesmo, em meio a tantas celebrações que marcam o mês de
outubro, o “dia das crianças” tem um sabor especial. Para comemorar a
data o Colégio Maria Imaculada do Rio de Janeiro dedicou os dias 13 e 14 de
outubro propiciando aos alunos momentos de muita alegria.
No dia 13/10 o Prof. de Educação Física, José Arimathéia promoveu uma
gincana com os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental até a 4ª
série. Os alunos foram divididos em grupos, tendo cada grupo uma cor. A
atividade mobilizou os alunos, para uma competição sadia, respeitando o
espaço e as habilidades individuais. Após a gincana os alunos fizeram um
lanche coletivo em cada sala. Os pais e responsáveis pela Educação Infantil
prepararam uma divertida e emocionante apresentação para todos os alunos.
No dia 14/10 os alunos foram presenteados pela Barsa-Planeta com um
Grupo de Teatro, que fez uma apresentação sobre o “Circo”, contando a
história e seus personagens. Após o lanche coletivo os alunos puderam se
divertir no pula-pula, piscina de bolas e cama elástica.
No dia 18 de setembro, foi realizada
a Feira da Cultura do CMI-RJ, com participação dos alunos da 1ª série do Ensino do fundamental ao Ensino Médio.
Os temas propostos e assumidos pelas
turmas foram: “Olimpíadas” e “Água,
direito de todos”. Os alunos puderam
desenvolver e apresentar seus trabalhos,
mostrando aos visitantes da feira sua
capacidade de criar e desenvolver as
atividades que lhe são propostas. Os temas foram julgados por uma comissão
avaliativa, e os melhores receberam
uma premiação.
2º Segmento do Ensino Fundamental
n 1º lugar: Tema: Água. Componentes: Douglas, Ramon Silva, Cleber,
Rodrigo e Igor.
n 2º lugar: Tema: Peixes Ornamentais.
Componentes do Grupo: Marcela,
Daniele, Larissa Neiva, Lorenza e
Pedro Paulo.
n 3º lugar: Tema: Tratamento de Água.
Componentes do Grupo: Hanna,
Mariana Azevedo, Aline Noel e Ana
Vitória.
Ensino Médio
n 1º lugar: Tema: A história das Olimpíadas e deusas gregas. Componentes do Grupo: Aline, Karin, Simone,
Mariana Peralta e Carmen.
n 2º lugar: Tema: Olimpíadas “Deuses
da Grécia”. Componentes do Grupo: Rodrigo, Hugo, Rafael Azevedo,
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
79
ATIVIDADES
REGINA PACIS
n
REGINA PACIS
n
BH
BELO HORIZONTE
n
MG
SEDE PROVINCIAL
n
SP
Atividades da
Capacitando
Semana da Criança
para a
comunicação
Na primeira semana de julho técnicos das
áreas de sistemas de informação dos colégios Concepcionistas da província do Brasil,
estiveram em São Paulo para um curso de
treinamento em PHP, linguagem muito utilizada em acessos a bancos de dados e informações via internet.
Foi sensacional a comemoração da semana da criança no colégio
Regina Pacis entre os dias 13, 14 e 15 de outubro. Foram três dias de
pura adrenalina com atividades variadas e de muita emoção! No primeiro dia, após serem acolhidas pela diretora do colégio, Ir. Marlise, as
crianças foram agraciadas com o coral Infantil cantando várias melodias
infantis. Num segundo momento as crianças participaram de uma seção de filmes locados pelo colégio, com direito a pipoca.
No segundo dia as crianças se divertiram com play gangorrinha,
pula-pula na cama elástica, piscina de bolinha, futebolão e foram obsequiadas pela escola, com algodão doce, se servindo à vontade.
No terceiro dia os alunos de 1a- a 4a- série foram ao clube
Barroca, em uma parceria com o colégio, para uma tarde de natação,
enquanto as crianças do Infantil desfrutaram da piscina de plástico, no
colégio. Todos participaram também de brincadeiras com circuito,
velotrol, patins e bicicletas no pátio do colégio e do sorteio de uma
mochila no final da tarde. Para animar a festa a professora de Inglês,
Ana Paula, preparaou um show de músicas em Inglês.
Encerrando as atividades da comemoração da semana da criança, os
alunos receberam um cartão contendo a oração da criança e um pirulito.
Pais e filhos ficaram agradecidos pela imponente celebração que os
deixou muito felizes.
Parabéns às nossas crianças e que Deus as abençoe!
80
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
CIC
n
MACHADO
n
MG
Em ritmo de comemorações
Homenageando os pais
A Educação Infantil e 1ª Série do Ensino Fundamental,
participaram graciosamente das festividades de aniversário de Machado – 123 anos – no Epidauro da Praça Antônio Carlos, mostrando arte e beleza, através de coreografias e o “Parabéns a Você”, representando os que engrandecem a cidade nos setores da educação e cultura,
os três poderes, agricultura, indústria e comércio.
7 de Setembro
A homenagem aos pais aconteceu no dia 22 de agosto
de 2004, às 19h 30 min, no Salão Nobre da Escola Estadual Iracema Rodrigues, com a participação de alunos do
Ensino Infantil, Fundamental e Médio.
Iniciando com a palestra “A Missão de Ser Pai”, proferida pelo Padre Jean Rafael Eugênio Barros, da vizinha
paróquia de Poço Fundo, seguindo com apresentações de
danças, dramatizações, jogral, teatro, encerrando com a
carinhosa música “Amigo”, de Roberto Carlos, cantada
por todos os alunos de 1ª a 4ª série.
Tradição folclórica
O objetivo do curso foi preparar os responsáveis pela informática para o desenvolvimento e atualização dos sites dos colégios
a fim de crescerem nos serviços on-line.
O curso foi ministrado pelo professor Pedro
da IMPACTA e participaram do mesmo profissionais da Sede Provincial do CMI-SP, CMIMococa, CMI-Rio, CIC- Passos, CIC-Machado, CMI-Brasília, do Regina Pacis-BH e do
colégio Madre Carmen Sallés de Brasília.
A oportunidade, além de proporcionar
integração entre os participantes, contribuiu
para o crescimento de todos enquanto profissionais da área de informática. Aproveitando o momento, foram definidas algumas diretrizes para a continuidade e fortalecimento do setor de informática e comunicação
on-line na província, visando a oferta e
disponibilização de maiores e melhores serviços aos usuários concepcionistas, pais, alunos, educadores e irmãs.
Cidadania e Arte
O CIC marcou presença nas homenagens à Pátria, no
Epidauro da Praça Antônio Carlos. Participação dos alunos
do 1º e 2º segmentos, com o tema “Pessoas que constroem o Brasil”, homenageando funcionários da limpeza pública, serviçais de escolas, domésticas, enfermeiras,
frentistas, lavradores, com entrega de medalhas, poemas
e coreografias.
Exposição de Sucata
A Educação Infantil e de 1ª a
4ª série, mostraram o folclore desde suas origens, enfocando a tradicional Festa de São benedito, com estudos, apresentações de danças, encenações e a caminhada com os estandartes de São Benedito, Santa Efigênia e Nossa Senhora
do Rosário. Contou com a presença da Sra. Maria de Fátima de Paula, presidente da Associação dos Congadeiros
de Machado, que foi também homenageada.
Alunos e professores de 1ª a 4ª série visitaram no dia
26/10, a 6ª Exposição de Sucata, promovida pela rede
municipal de ensino, realizada na Casa da cultura de Machado. Foi uma oportunidade de conscientização pela
reciclagem e desenvolvimento da criatividade: inventar e
construir.
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
81
ATIVIDADES
CIC
n
MACHADO
n
MG
Eleição para monitores de recreio
Às vésperas da eleição 2004,
como o momento se fazia propício,
o Colégio Imaculada Conceição de
Machado, em parceria com a People
Computação de Poços de Caldas/
MG, sob a orientação da professora de Informática, Maria Lilian
Andrade Costa Siqueira, realizou no
dia 1º de outubro de 2004, a eleição de monitores do recreio.
Inicialmente, houve um trabalho
de conscientização feito pelas professoras regentes, sobre o que é o voto,
como escolher e eleger um candidato representante de turma. Foram escolhidos 2 representantes da 3ª e 2
da 4ª série, que visitaram todas as
salas, divulgando suas propostas.
Uma das urnas foi instalada em um
computador, com as mesmas funções
de uma urna eleitoral, isto é, com as
fotos dos candidatos, os botões CONFIRMA, CORRIGE e EM BRANCO. Os
alunos receberam seu título de eleitor, preparado para o momento da
votação.
Com dois dias de antecedência, a
sala de informática ficou aberta para
os alunos conhecerem e se familiarizarem com a urna eletrônica. A sala,
no dia da eleição, se transformou
uma seção com quatro mesárias: Irmã
Caridade, Irmã Helena, Marly Botazini
Rodrigues e Luciana Dias.
Uma vez iniciada a votação, cada
aluno assinava a lista de presença que
era conferida pelas mesárias.
Após a votação as mesárias realizaram a apuração e após o recreio, o
resultado foi divulgado, ficando eleitos
os alunos: Bruna de Oliveira e Gabriel
Nasser Barix, ambos da 3ª Série.
A eleição transcorreu num
clima de muito respeito, responsabilidade e normalização.
Paralela à eleição dos
monitores, os alunos do 2º Grua
(2º do Ensino Médio) receberam
a visita dos candidatos à prefeito de Machado, que vieram
apresentar e divulgar suas propostas para o governo de 2005
a 2008. São eles: Carlos Alberto
Pereira Dias, José Carlos Vilela
e Roberto Camilo Órfão Morais.
Na oportunidade, os alunos
os entrevistaram com questões que
poderiam facilitar o entendimento e
aprofundamento de seus planos de
governo.
Essas foram formas concretas, desenvolvidas pelo
CIC – Machado, para favorecer
entre os alunos, uma educação para
a responsabilidade e cidadania.
Maria Lilian A C. Siqueira - Professora de Informática do CIC Machado
Marly Botazini Rodrigues - Assistente de Direção do CIC Machado
Passeio Ecológico
Os alunos de 3ª e 4ª séries do
CIC Machado, acompanhados
pela Coordenadora Pedagógica,
Irmã Catarina, e as professoras
Maria Bernardete e Elizabeth, visitaram o CEPA – Centro de Estudos e Pesquisas Ambientais da
ALCOA em Poços de Caldas, no
dia 06 de outubro de 2004.
O passeio tem como objetivo
desenvolver atividades continuadas e construtivas relacionadas ao
Meio Ambiente, onde o “aprender e praticar” incentivará o aluno a adotar posturas na escola,
em casa e na comunidade, e conseqüentemente levará a uma
conscientização na melhoria da qualidade d vida.
Na chegada, receberam calçados especiais da guia para fazerem a trilha. Durante o percurso, puderam observar a fauna
e a flora
local que formavam
uma
natureza exuberante.
INTEGRAÇÃO
n Dezembro
2004
82
Em conversa com os alunos, a
monitora do CEPA, Flávia Carvalho, afirmou que é importante:
Motivar o educando a identificarse como parte integrante do Meio
Ambiente, percebendo os processo pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em
relação ao Meio Ambiente.
O passeio ecológico acrescentou mais conhecimento e informação aos alunos, além do incentivo à pesquisa e uma visão
abrangente de que os temas relacionados ao Meio Ambiente desenvolvem um sentimento
de respeito por si mesmo e pela natureza.
Marly Botazini Rodrigues
Assistente de direção do CIC / Machado-MG
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004
83
84
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004

Documentos relacionados

Edição nº 15

Edição nº 15 Projeto Pau-Brasil, a árvore símbolo nacional PÁGINA 59

Leia mais