o Projeto Completo

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o Projeto Completo
FACULDADE GUILHERME GUIIMBALA
Curso de Direito – 2011
PROJETO DE ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR
COMPREENSÃO DO ABSOLUTISMO POLÍTICO A PARTIR DO FILME “ELIZABETH”
A prática pedagógica é uma atividade complexa e dinâmica, que se efetiva num ambiente
social responsável pela educação do aluno e deve ser organizada de modo que possibilite a
formação de um cidadão crítico, capaz de lidar com a realidade. Sendo assim, o presente projeto
apresenta o uso do cinema em sala de aula como recurso didático, onde os acadêmicos do primeiro
ano do curso de Direito da ACE/Faculdade Guilherme Guimbala assistirão ao filme Elizabeth,
utilizado como instrumento de conhecimento crítico, propiciando a reflexão sobre o tema
ministrado anteriormente nas aulas teóricas das disciplinas de Ciência Política e Direito
Constitucional I.
As ideias de interdisciplinaridade e do uso de imagem cinematográfica surgiram da
necessidade de efetuar um melhor trabalho em relação ao processo de ensino-aprendizagem e
envolver os acadêmicos integrando-os nas disciplinas do primeiro ano e motivando-os para as aulas.
O cinema conduz a um novo enfoque dos conteúdos porque implica na mudança de
percebê-los, de avaliá-los e de entendê-los e pode ser utilizado como ferramenta pedagógica
complementando as aulas verbalistas e a leitura de obras impressas, oportunizando assim, visões
diferenciadas, aprimorando o conhecimento, estimulando debates e reflexões críticas onde o
acadêmico terá espaço para discutir não apenas de forma jurídica, mas também com uma visão
filosófica, sociológica e política acerca de fatos e problemas históricos, culturais, sociais,
econômicos e políticos.
Segundo Deisy Ventura (2004, p. 92) “o cinema permite o professor atravessar épocas e
fronteiras, além de oferecer subsídios a valiosa análises comportamentais. A organização de um
cineclube ou de ciclos temáticos de cinema, com posterior discussão da película exibida, produz
efeitos certeiros e duradouros”.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS:
A atividade integra a disciplina de Ciência Política, ministrada pela professora Ana Carolina Lopes
Olsen e a disciplina de Direito Constitucional I ministrada pela professora Catiane Cristina Sell.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS:
Professora Ana Carolina Lopes Olsen e professora Catiane Cristina Sell
OBJETO DA ATIVIDADE:
Apresentação do filme “ELIZABETH”, de Shekhar Kapur, 1998, no dia 04 de março de 2011, às
19h00, na sala 204 da instituição de ensino ACE/Faculdade Guilherme Guimbala.
JUSTIFICATIVA:
Tanto na Ciência Política, quanto no Direito Constitucional I, a compreensão da importância
da noção de Estado Democrático de Direito se faz presente. Ocorre que este Estado não é um dado,
mas um construído histórico que vem evoluindo a partir das experiências políticas vividas pela
humanidade, em especial na civilização ocidental.
Esta evolução passa, necessariamente, pelo estudo do Estado monárquico absolutista, no
qual o soberano concentrava em suas mãos todo o poder político, de forma praticamente ilimitada.
O Iluminismo e as revoluções burguesas, e o advento de uma teoria constitucional somente se
justificaram como uma contraposição ao regime autoritário absolutista e seus flagrantes excessos.
Ocorre que, justamente em função da distância histórica que hoje vivemos desta experiência
política, por vezes é difícil fazer com que os acadêmicos destas disciplinas tenham real percepção
do seu fenômeno.
Portanto, justifica-se a caracterização do absolutismo através da obra cinematográfica
“Elizabeth”, de Shekhar Kapur, da Universal Pictures, 1998, no qual a atriz Cate Blanchet –
vencedora do Globo de Ouro – personifica a monarca Elizabeth I, uma das mais emblemáticas
representações do absolutismo na Inglaterra.
OBJETIVO GERAL:
Aproveitar a linguagem cinematográfica em sua riqueza artística para consolidar os ensinamentos já
passados em sala de aula a respeito do absolutismo e a importância da Constituição como limite ao
exercício do poder político bem como a relação desse instituto político com o Estado Democrático
de Direito favorecendo assim a compreensão dos acadêmicos a respeito dos conteúdos trabalhados
através de uma base dialética e interdisciplinar
OBJETIVOS ESPECÌFICOS:
A realização da atividade em questão objetiva, especificamente:
 Demonstrar aos acadêmicos a existência de linguagens diferentes da aula expositiva para
repassar o conteúdo programático das disciplinas.
 Proporcionar ao acadêmico uma interação diferenciada com o mundo jurídico através de
obras cinematográficas.
 Fomentar o interesse dos acadêmicos pelo conteúdo programático, mais propriamente pelos
temas abordados no filme e sua relação com o Estado Democrático de Direito.
 Propiciar uma melhor compreensão do fenômeno do absolutismo na Inglaterra, e com isso
justificar a importância do limite ao poder político através das constituições.
 Incentivar e fomentar a interpretação crítica do absolutismo a partir da obra cinematográfica.
 Propiciar uma melhor compreensão da evolução das experiências políticas ocorridas nas
civilizações ocidentais e a sua relação com a democracia atual e a Constituição brasileira de
1988.
METODOLOGIA
As turmas “A” e “B” do primeiro ano do curso de Direito da ACE serão reunidas em sala nas
dependências da faculdade, na qual será projetada a obra cinematográfica em aparelho de
multimídia. Logo em seguida, os alunos receberão dos professores envolvidos a atividade a ser
desenvolvida, respondendo questões pertinentes ao filme.
RECURSOS DIDÁTICOS
- projetor multimídia
- Notebook com leitor de DVD
- filme Elizabeth
PÚBLICO ALVO
Acadêmicos da turma A e B do primeiro ano de graduação do curso de Direito da ACE/Faculdade
Guilherme Guimbala
FORMA DE AVALIAÇÃO:
Após a exibição dos filmes, os alunos atenderão às atividades propostas pelos seus professores, os
quais procurarão explorar a obra cinematográfica no que for mais condizente com sua matéria, sem,
contudo, perder o inafastável elemento de ligação, qual seja, a noção segundo a qual a existência do
absolutismo é responsável pelo movimento político de oposição que gerou a criação das
Constituições, e a limitação, delas derivada, do exercício do poder político.
I – Deverá o acadêmico, após assistir ao filme, responder às seguintes questões:
a) Descreva ao menos duas cenas do filme que exibem exemplos de manifestação do poder
absoluto do monarca.
b) Qual a relação entre a Igreja Católica e o monarca na Inglaterra durante o período retratado
no filme?
c) Havia limites jurídicos para a atuação da monarca Elizabeth? Explique sua resposta.
d) Descreva o modelo de governo absolutista diferenciando-o da democracia atual do Brasil
(mínimo 8 linhas)
e) Responda sim ou não fundamentando sua resposta: Os poderes absolutos do Estado
viabilizam, dentro de cada comunidade estatal concreta, o exercício dos direitos e garantias
individuais e coletivos e a prática efetiva das liberdades públicas?
ANEXOS:
Anexo 1: Sinapse do filme
Anexo 2: Fotos da atividade desenvolvida
Joinville, 04 de março de 2011.
Profª. ANA CAROLINA LOPES OLSEN
Disciplina: Ciência Política
Prof.ª CATIANE CRISTINA SELL
Disciplina: Direito Constitucional I
ANEXO 1: SINOPSE DO FILME ELIZABETH (1998)
O filme analisa a Inglaterra absolutista de Elizabeth I (a Rainha Virgem), que subiu ao trono em
1558 para tornar-se a mulher mais poderosa do mundo. No reinado anterior de sua meia irmã Mary
I, a Inglaterra encontrava-se à beira do caos com a repressão do governo aos protestantes. Com a
morte de Mary, Elisabeth Tudor, filha de Henrique VIII (o rei das seis esposas), com Ana Bolena,
assume o comando do reino, iniciando o mais glorioso governo da Dinastia Tudor. Para impedir que
o país fosse destruído, Elizabeth decide enfrentar todos inimigos internos e externos que meaçavam
a Inglaterra, abdicando de sua própria vida pessoal em nome de seu povo. No contexto de transição
para a Idade Moderna o reinado de Elizabeth I foi fundamental para desintegração do feudalismo,
onde a frágil monarquia medieval evoluiu na direção de uma monarquia centralizada e forte,
contribuindo para expansão do capitalismo.”
Sinopse:
Inglaterra, 1554. O país está dividido entre católicos e protestantes. Mary Tudor (Kathy Burke) está
no poder e é uma católica fervorosa, mas tem um tumor que a deixa com os dias contados. Sua
meia-irmã, Elizabeth (Cate Blanchett), é uma protestante convicta e a primeira na linha de sucessão.
Elizabeth é levada até a rainha, que tenta fazê-la prometer que o país seguirá o catolicismo. Mas,
apesar de poder morrer, Elizabeth diz que será fiel à sua consciência. Já no leito de morte de Mary
Tudor, o Duque de Norfolk (Christopher Eccleston) tenta fazer em vão com que a rainha assine a
pena de morte de Elizabeth que, com a morte de Mary, é coroada rainha. Entretanto, Elizabeth
herda um país falido, sem exército e com inimigos por todos os lados, até mesmo na sua própria
corte, forçando-a a calcular cada passo para permanecer no poder. Inicialmente ela comete erros
graves, mas gradativamente vai se firmando e, sempre aconselhada por Sir Francis Walsingham
(Geoffrey Rush), ela planeja matar todos os seus inimigos para consolidar seu poderio.
Cartaz do filme
Imagem do filme
Imagem do filme
ANEXO 2: FOTOS DA ATIVIDADE DESENVOLVIDA